Os Azevedo/Azevedo Coutinho de S.João de Rei-2
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Os Azevedo/Azevedo Coutinho de S.João de Rei-2
José de Azevedo Coutinho
Torres Vedras, 2001-12-11
Caros Senhores
Após a ausência de alguns meses e com a alteração dos meus contactos regresso ao mesmo tópico.
Agradeço desde já a resposta de Carlos Silva (20-06-01). Li atentamente a sua analise e correcções, consultei outras fontes e em comparação com as mesmas concordo com a maioria das suas opiniões. Não tem no entanto o meu acordo, sobre :
A opinião de Fernão Lopes sobre o pai de Lopo Dias de Azevedo, Diogo Gonçalves de Azevedo é naturalmente tendenciosa, o seu trabalho de escriba do senhor D. João I (seu patrão) representante dos vencedores de Aljubarrota reflecte-se na sua obra.
O avô de Lopo Dias de Azevedo, Gonçalo Vasques de Azevedo não era tio do primeiro Marechal do mesmo nome mas sim primo direito.
O primeiro conde de Marialva, Vasco Coutinho foi neto e não o filho de Vasco Fernandes Coutinho.
A revolução de 1383-1385 afectou os Azevedos no que toca ao Poder especialmente o Ramo do primeiro Marechal e cuja família dominava na corte de D. Fernando a hegemonia de novas Casas nomeadamente a dos Coutinhos na nova Dinastia tiraram-lhes algum protagonismo político. As alianças matrimoniais continuaram a efectuar-se com a antiga nobreza, do ponto de vista do Espaço territorial, a dispersão dos bens pelos filhos sem grande destaque para o primogénito 1º Senhor de S. João de Rei, Lopo Dias de Azevedo, a carreira das armas na criação e manutenção do Império, embaixadores e eclesiásticos não lhes trouxeram vantagens materiais significativas ao longo dos séculos seguintes, a não ser honra...
A origem do nome Azevedo Coutinho mantenho a minha opinião inicial e acrescentarei mais alguns dados numa próxima intervenção.
Cumprimentos,
“S. João de Rei”
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RE: Os Azevedo/ Azevedo Coutinho de S.João de Rei - 2
Caro José de Azevedo Coutinho,
Com certo prazer vejo voltar o assunto tào interessante dos Azevedos de S. Joào de Rei.
De facto tencionava voltar ao topico inicial para mencionar alguns marcos de dataçào do senhorio de S. Joào de Rei.
Apenas pretendo fazer algum comentario sobre os pontos que abordou.
1) Credibilidade de Fernào Lopes
... quanto à opiniào de Fernào Lopes sobre Diogo Gonçalves de Azevedo (pai de Lopo Dias) ser tendenciosa como representante dos vencedores de Aljubarrota.
Diogo Gonçalves de Castro ou de Azevedo, pai de Lopo Dias nào participou nos acontecimentos de 1383-1385.
Morreu nas guerras Fernandinas, como ja dissemos, no cerco de Guimaràes.
Veja cronica de D. Fernando, de Fernào Lopes, capitulo XXIV « Como elRei Dom Hemrrique çercou Guimaraaens, etc... » a saber :
«...e ao seraào entrou Diego Gomçalvez de Castro, padre de Lopo Diaz Dazevedo, em panos de burel demtro da villa, dizemdo que era homem do jullgado que hia a vellar ; e os da villa conheçeromno, e foi logo tomado ; e veemdo que nom havia em el se nom morte, confessou que antre el e elRei Dom Hemrrique avia falla, que posesse o fogo aa villa em quatro partes, e que em quanto os da villa acorressem a apaguar o fogo, que trabalhasse elRei Dom Hemrrique por emtrar a villa ; e elles veendo tal treiçom como esta, mataromno, e leixaramno comer aos caaens. »
2) Gonçalo Vasques de Azevedo
Tem razào. O Gonçalo Vasques de Azevedo que foi sobrinho do avô de Lopo Dias nào era o marechal.
Este era de facto primo (filho de primo direito) do anterior.
Espero que este erro nào tenha prejudicado sua pesquisa.
3) Primeiro conde de Marialva
Eu nào escrevi que o primeiro conde de Marialva era filho de Vasco Fernandes Coutinho. Escrevi que era o proprio Vasco Fernandes Coutinho (II) ou Vasco Coutinho. De facto era neto do primeiro Vasco Fernandes Coutinho, e filho de Gonçalo Vaz Coutinho.
4) Destino dos Azevedos depois de 1383-1385
Se entender que os Azevedos nào conseguiram nunca atingir o nivel de influência do marechal Gonçalo Vasques de Azevedo, tem provavelmente razào.
Sob este aspecto digamos que o Marechal permanenceu figura isolada na familia Azevedo, em termos de poder e riqueza (antes como depois me parece).
Sào estes os parcos elementos que eu estou em medida de trazer à luz da discussào.
Melhores cumprimentos
Carlos da Silva
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RE: Os Azevedo/ Azevedo Coutinho de S.João de Rei - 2
José de Azevedo Coutinho
Torres Vedras, 2001-12-12
Assunto: Relação que a Casa e Honra de Azevedo de S. João de Rei, Terras de Bouro e Aguiar de Pena teve desde a sua fundação com a Casa dos Coutinhos.
Relações com a Galícia (Espanha).
Caros Senhores
Referencio Vasco Fernandes Coutinho, pai de Gonçalo Vasques Coutinho (o marechal de D.João I), que tem como sua prima direita Leonor, filha de seu tio Gonçalo (sem descendência varonil) que tal como seu pai Fernão, foram os primeiros a converter o apelido Fonseca para Coutinho. Leonor vem a casar com Gonçalo Gomes da Silva (alcaide de Montemor-o-Velho, aliado de D.João I, e seu embaixador a Roma na fase de “legalização” da nova Dinastia) que tem como filha Joana Gomes da Silva que vem a casar com o 1º Senhor de S:João de Rei, Lopo Dias de Azevedo cujo cunhado e sucessor da Casa, João Gomes da Silva tem como seu sucessor Aires Gomes da Silva (sobrinho de Lopo Dias), que volta a casar com outra senhora da Casa Coutinho, Brites de Menezes (Cantanhede, que tinha sido de seu pai João Gomes da Silva), tendo como avô materno, Vasco Fernandes Coutinho (acima referenciado). Este casal tem como sucessor João da Silva que casa com sua prima Branca Coutinho filha de Fernão Coutinho (alcaide de Celorico de Basto) e sua mulher Maria da Cunha. Branca era irmã de Maria da Cunha (ou Vilhena) que casou com o 4º Senhor de S. João de Rei, Diogo de Azevedo, meus 12º avós. Esta minha avó era irmã de Gonçalo Vaz Coutinho a quem Carlos Silva se refere num tópico neste fórum a 14-09-2001, a conduta deste Gonçalo e sua descendência teriam sem dúvida problemas de foro psiquiátrico.
Quanto a Fernão Coutinho (alcaide de Celorico de Basto) há a dúvida por parte dos genealogistas se o mesmo foi filho de Leonor Gonçalves de Azevedo ou de Joana de Albuquerque, Carlos Silva defende a tese que o mesmo seria filho de Joana de Albuquerque. No entanto, de acordo com as relações matrimoniais existentes à época a lógica seria, Diogo de Azevedo casar-se com a sua prima, neta da senhora de Azevedo ( Leonor Gonçalves de Azevedo ) reforçando mais vínculos entre as duas casas e reforçando a razão de adopção futura do apelido Azevedo Coutinho e armas de S. João de Rei.
O ramo, oriundo exclusivamente da Casa e Honra de Azevedo é Vasco Coutinho, o primeiro Conde de Marialva, filho de Leonor Gonçalves de Azevedo a trás referida ( e Gonçalves Vasques Coutinho, Marechal), filha de Gonçalo Vasques de Azevedo (1º marechal), neto de Teresa Vasques de Azevedo (abadessa do mosteiro de Lorvão, pelo tempo del Rei D. Afonso IV, 1325 a 1357) e de Francisco Pires (prior do mosteiro de Stª Cruz em Coimbra) bisneto de Vasco Pais de Azevedo Senhor da Casa e Honra de Azevedo. Gonçalo Vasques de Azevedo (marechal) era primo direito (e não sobrinho) do outro Gonçalo Vasques de Azevedo, Senhor da Casa e Honra de Azevedo avô de Lopo Dias de Azevedo 1º Senhor de S:João de Rei.
O ramo de Gonçalves Vasques de Azevedo (marechal) que há semelhança dos outros Azevedos toma o partido de Castela dá origem a uma importante linhagem em Espanha, com relações de sangue com as principais casas desse Reino, dando origem a importantes carreiras de homens de Estado, tal como o tinha sido Gonçalves Vasques de Azevedo o 1º marechal. Desde o 1º quarto do século XIV, os Senhores de Azevedo possuíam terras em Portugal e na Galiza. A sua ligação á Galiza e aos Galegos à semelhança da maior parte da antiga nobreza Portuguesa, tinham laços perfeitamente naturais. Esta relação mantém-se durante todo o período do Senhorio Donatário de S. João de Rei , com excepção do 11º Senhor, Vasco de Azevedo Coutinho que segundo consta apoiou e prestou relevantes serviços durante a Guerra da Restauração 1640 a 1655, conde da Ericeira no seu “Portugal Restaurado”. Curiosamente, tanto o 1º Senhor( Lopo Dias de Azevedo) como o 11º Vasco de Azevedo Coutinho, têm um comportamento político diferente de toda a linhagem, exactamente em períodos decisivos para a nossa soberania em relação a Espanha.
Agradeço desde já, que enviem as correcções ás minhas afirmações e outras informações complementares que julguem necessárias.
Cumprimentos,
“S. João de Rei”
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RE: Os Azevedo/ Azevedo Coutinho de S.João de Rei - 2
José de Azevedo Coutinho
Torres Vedras, 2001-12-12
Assunto: A Progenitura do 2º Senhor de S. João de Rei, João Lopes de Azevedo;
A adopção do apelido Azevedo Coutinho .
A legitimidade de Representação da Honra de Azevedo de S. João de Rei.
Caros Senhores
A progenitura do 2º Senhor de S. João de Rei, João Lopes de Azevedo (século XV) afirmada nos nobiliários quinhentistas, entre os quais se conta o escrito por António Lima seu bisneto, foi no século XVIII impugnada por alguns genealogistas acreditados Montarroio, Felgueiras Gaio e outros mais ou menos respeitáveis, baseados numa inscrição gravada com a data de 1536 na torre solar dos Azevedo com o objectivo de atribuírem a mesma ao seu irmão Martim Lopes de Azevedo, senhor de Souto. São palavras afirmadas por José de Souza Machado que descende de Martim Lopes de Azevedo, contrapõe e afasta essa ideia absurda no “ Poeta do Neiva”.
Esta cena confirma, uma vez mais, a postura incorrecta de Felgueiras Gaio em relação aos Senhores de S. João de Rei e á origem do nome Azevedo Coutinho.
O 8º Senhor de S. João de Rei, António de Azevedo Coutinho que se notabilizou além de outras coisas ter sido o embaixador (procurador e conselheiro) enviado por el Rei D. João III a Espanha negociar com o Imperador Carlos V o tratado da posse das ilhas Molucas em 1529, no 1º quarto do mesmo século o seu tio António de Azevedo que foi filho 3º de seu avô, clérigo, desembargador do Paço e enviado embaixador ao Imperador da Alemanha, a sua bisneta Catarina de Vilhena casa com o bisneto da sua irmã Maria de Vilhena dando origem aos Azevedo Coutinho (comenda da Mata de Lobos) donde nascem três dos ramos principais de Azevedo Coutinho entre os quais o de Marco António de Azevedo Coutinho, embaixador e 1º ministro dos negócios Estrangeiros, reinado del Rei D. João V. Na 2ª metade do século XVI existiu outro António de Azevedo Coutinho este da casa de Vila Verde, Selores em S. Martinho de Mouros (Casa da Soenga – Rezende) que segundo Manuel de Souza da Silva no “Nobiliário das Gerações de entre– Douro - Minho” provêem de Rui Gomes de Azevedo 2º filho de Gomes Pais de Azevedo irmão do Vasco Pais de Azevedo, Senhor de Azevedo bisavô de Lopo Dias de Azevedo 1º Senhor de S. João de Rei. Os Senhores da Casa da Soenga parece que seguiam a opinião daqueles que os faziam oriundos de S. João de Rei, porque nos seus sinetes e pedra de armas usavam as águia dos Azevedos esquarteladas com as estrelas dos Coutinhos, esta era a tradição da casa independentemente da proveniência dos Azevedos, de Manuel de Souza da Silva ou de Álvaro de Azeredo em “ Azevedos Coutinhos de S. Martinho de Mouros” que precisam de uma maior clarificação.
De acordo com o tópico lançado por Carlos Silva sobre as armas dos Azevedo de S. João de Rei criadas no 1º quarto do século XVI daí fazerem parte da sala dos Brasões em Sintra e com origem na mesma época.
A presença das armas dos Coutinho e a primeira adopção do nome de Azevedo Coutinho pelo 8º Senhor de S. João de Rei, António de Azevedo Coutinho acredito fazerem parte de uma declaração de rotura, na procura de maior identidade e afastamento em relação ao ramo do 3º filho de Lopo Dias de Azevedo, 1º Senhor de S. João de Rei, Martim Lopes de Azevedo, cujo filho Diogo de Azevedo adquiriu a casa de Azevedo a seu tio Luís de Azevedo que lhe veio de herança de seu pai Lopo Dias de Azevedo. A situação criada com a pertença da casa de Azevedo por um ramo colateral, a utilização das mesmas armas (que lhes vinham desde “de Baião”) tem toda a lógica a adopção de complementar dos Coutinho no nome e nas armas. Todos os outros ramos dos Azevedo de S. João de Rei adoptaram posteriormente o apelido Azevedo Coutinho .
A situação incómoda das duas distintas Casas mantiveram-se sem que em nenhum Reinado tivesse sido atribuído um título ao ramo de Martim Lopes. Pior a emenda que o soneto. A atribuição do título de Visconde de Azevedo em 1846 no reinado de Dª Maria II e posteriormente de Conde aos descendentes de Martim Lopes, foi a meu ver uma medida errada por dar de imediato origem a polémicas e ir de contra a progenitura e legitimidade da Representação da Honra de Azevedo que é de S. João de Rei. Com o final do Senhorio de S. João de Rei no final do século XVIII (apesar do desaparecimento do tronco principal acontecer na segunda metade do século XIX, com a extinção do Senhorio da Casa da Tapada ) não era por si só razão para se poder atribuir o título de Visconde/Conde de Azevedo aos Senhores do Souto, é talvez de se considerar a época e o ministro (Costa Cabral) viveram períodos um tanto conturbados tendo certamente adoptado medidas políticas de excepção...
Agradeço desde já, que enviem as correcções ás minhas afirmações e outras informações complementares que julguem necessárias.
Cumprimentos,
“S. João de Rei”
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RE: Os Azevedo/ Azevedo Coutinho de S.João de Rei - 2
José de Azevedo Coutinho
Torres Vedras, 2001-12-12
Assunto: Apelidos Portugueses.
Caros Senhores
Álvaro de Azeredo Leme Pinto e Melo em “ Azevedos Coutinhos de S. Martinho de Mouros “ 1918.
Diz-nos este grande Português no prefácio do seu livro:
... Confrontando o texto com os documentos citados, ver-se-á que nestes, as pessoas são indicadas, em geral, só com o nome e primeiro apelido. Era este, como é sabido, o antigo e bom costume Português. A adição de mais apelidos veio depois, ou por pretensão fidalga ou por necessidade de satisfazer ás obrigações impostas na instituição dos vínculos. Os instituidores de vínculos frequentemente impunham aos administradores a obrigação de usarem determinado apelido. E assim se justificava o uso de uma grande série de apelidos ligados ao nome de um indivíduo quando nele ocorria a circunstância de ser administrador de vários vínculos, em cuja instituição houvesse aquela clausula. Hoje, porém, que os vínculos acabaram, só pode ser justificado o uso de muitos apelidos por um respeito pela tradição, nos indivíduos que representam diversas casas ou famílias.
E, a propósito de apelidos, seja-me lícito aqui dizer que até mais de meado do século XIX, sempre as pessoas foram conhecidas pelo seu nome e PRIMEIRO apelido; e só em documentos oficiais é que eram designadas com o nome completo. Mas em Lisboa, modernamente, é moda designar os indivíduos pelo seu nome e ÚLTIMO apelido, á francesa, dizem. Este tolo costume vai-se estendendo, como acontece a todas as inovações disparatadas e sobretudo ás que vêm carimbadas com sinete estrangeiro. Ainda bem que nas províncias, cá no norte pelo menos, se mantêm o velho costume português de se ligar ao nome o apelido principal da família, atirando para o fim do nome com a restante carga dos apelidos.
E já agora , antes de deixar este assunto de nomes segundo a velha usança portuguesa, preciso ainda dizer que nunca em Portugal foi costume sobrecarregar os nomes das senhoras casadas com apelidos dos maridos. É outra modernice, cópia servil do costume francês. As senhoras em Portugal tomavam ou simplesmente os apelidos das mães ou alternavam estes com os dos pais; e era frequente ainda não tomarem nenhum apelido de pai ou mãe, para adoptarem o nome de uma avó, principalmente quando madrinha. Adoptado um nome não o alteravam pelo facto do casamento. Não discuto se este costume era melhor ou pior que o seguido noutras nações. O que afirmo é que era genuinamente português e que a sua manutenção era para mim mais simpática do que a modernice francesa de dar ás senhoras os apelidos dos maridos.
Cumprimentos,
“S. João de Rei”
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RE: Os Azevedo/Azevedo Coutinho de S.João de Rei-2
Caro "S. João de Rei",
o sr. poderia me informar se os Azevêdo Coutinho (ou Azerêdo Coutinho) tem algum vínculo familiar com os Tavares Coutinho [inclusive o Bispo de Portalegre D. Manuel Tavares Coutinho (+ 1798)].
Desde já agradecido,
RAFAEL HENRIQUES
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RE: Os Azevedo/Azevedo Coutinho de S.João de Rei-2
José de Azevedo Coutinho
Torres Vedras, 2001-12-14
Caros Senhores
Caro Rafael Henriques
Acredito que não.
Os Tavares são Beirões e não se afastaram muito das suas raízes, a situação dos eclesiásticos normalmente colocados fora dos lugares de origem... Houve alianças entre Tavares e Coutinhos na Beira Alta, como sabe os Coutinhos e Tavares descendem dos Fonsecas ... Se encontrar algo de concreto avisá-lo-ei .
Não possuo a ligação dos Azevedo Coutinho de Mata de Lobo residentes ou com vínculos em Ponte de Soure, com António AC ramo Fragoso de Siqueira, ali nascido ou em Soure, amigo e compadre de Sebastião José de Carvalho (Pombal) que dá origem ao principal dos ramos hoje dos Azevedo Coutinho em Portugal, este ramo estendeu-se para Portalegre e depois para Lisboa. Em Lisboa, nasce o ramo de Pedro AC que se estende-se para o Algarve ligando-se aos AC de S. João de Rei do Algarve, por intermédio dos Sárreas, posteriormente este ramo segue para o Porto.
Um dos problemas gerados pela genealogia antiga relacionada com este tópico, é que por vezes dá o nome de Soure, á vila de Soure perto de Pombal ou a Ponte de Soure perto de Abrantes.
Os Azeredo e Azeredo Coutinho viveram na zona de Soure, Condeixa e na região de Mesãofrio perto de Lamego.
Os Azevedo Coutinho de Mata de Lobo, viveram em Ponte de Soure.
Desconheço se existe algum topónimo relativo á Comenda de Mata de Lobo na zona de Ponte de Soure ?
Em relação aos Azevedo Coutinho Fragoso de Siqueira, necessito de saber onde se situava:
A quinta da Portela que fazia parte do morgado do Meio Milhão. ?
O Forte de “Boa Viagem”, senhorio dado por D.João V a António AC. ?
Obs.: A referência do nascimento de Francisco AC na Aldeia Galega, pode ser um indicador pois o mesmo casou-se com Mª da Madre de Deus Almada, herdeira do morgado do Meio Milhão acima referido. Perto de Soure existe uma Aldeia Galega, mas há mais em Portugal...
Agradeço desde já, a ajuda que me poderem dispensar.
Cumprimentos,
“S. João de Rei”
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RE: Os Azevedo/ Azevedo Coutinho de S.João de Rei - 2
Caro José de Azevedo Coutinho
As pretensões dos Azevedos, da Casa de Azevedo e descendentes de Martim Lopes de Azevedo, a serem chefes dos antigos Azevedos está explicada na tal placa de 1536 colocada por Martim Lopes de Azevedo II (neto do anterior): sucessão no património. É certo que a placa evoca a existência de morgadios que José de Sousa Machado nas pg. 273 e 274 do “Poeta do Neiva” desmente terem existido, pelo menos na Quinta de Azevedo.
De facto, Martim Lopes de Azevedo não terá sido Sr. de Azevedo, ou pelo menos de toda a quinta, somente por via de sucessão directa, mas também por compra a outros membros da família.
Parece-me que a origem de todo este problema está na forma como o património de Lopo Dias de Azevedo foi distribuído pelos filhos. Ao mais velho, João Lopes de Azevedo, couberam os senhorios de doação régia, como os de S. João de Rei e Terras de Bouro. Terá sido no cumprimento da jurisdição que elege o primogénito varão para suceder neste tipo de património. Mas os bens mais antigos de família e livres dessas obrigações, foram distribuídos pelos outros filhos de Lopo: a alguns coube parte da quinta e Honra de Azevedo, a outro a Torre de Castro, etc. O primogénito, talvez por já ter bastante que herdar na parte dos senhorios de origem régia, terá ficado basicamente de fora do património familiar tradicional, nomeadamente da emblemática Honra de Azevedo.
Não há dúvida que os Srs. de S. João de Rei fizeram aí paços onde viveram bastantes vezes, quando não andavam por fora em pelejas em Marrocos ou em embaixadas. Talvez que esta ausência de sucessão em ao menos parte de Azevedo, não tenha sido muito do seu agrado. Talvez daí não se sentirem inteiramente chefes de pleno direito da linhagem Azevedo, no que teria resultado a sua atitude de querer “fundar” uma nova linhagem com armas novas.
Não creio é que a adopção de mais um apelido, o Coutinho, possa ser interpretada apenas num contexto de reacção aos dos seus primos. De facto, como diz na sua outra mensagem, nessa altura, início do séc. XVI, começa o hábito de ao apelido de varonia, até então único (fora o patronímico, claro), se juntar outro, obviamente proveniente da linha feminina.
Por outro lado, o ramo que consegue reunir no seu património a Honra de Azevedo, nomeadamente Martim Lopes de Azevedo II, parece querer usar esse facto para se afirmar como chefe da antiga linhagem e exibi-lo publicamente, quer pela colocação da tal placa, quer pala colocação de 2 pedras de armas com as armas dos seus passados remotos, somente com a águia, e que muito possivelmente serão da mesma época (ver o que diz Artur Vaz Osório da Nóbrega nas “Pedras de Armas e Armas Tumulares do Distrito de Braga”). Se calhar, também a adopção nas posteriores gerações do patronímico Lopes, claramente por salvaguarda da memória de Lopo Dias de Azevedo, não tenha sido uma simples homenagem ao “herói da família”, mas também uma ponte para a geração anterior a esta polémica, e consequentemente, também às gerações prévias.
Fica então a questão: a chefia da linhagem ou representação, transmitiu-se pela primogenitura ou pelo ramo Sr. do bem mais emblemático?
Quanto à atribuição do título de Visconde e de Conde de Azevedo no séc. XIX ao Sr. da Casa de Azevedo, não sei porque é que há-de ter outro significado para além daquilo que era normal para a época. Nessa altura, os títulos, apesar de puramente honoríficos, eram dados sobre um local ao qual a família estava ligada sendo um dos elos mais usados precisamente a posse de património no local. Era exactamente esse o caso.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Os Azevedo/ Azevedo Coutinho de S.João de Rei
Se o Carlos me permite a intromissão, lembro problema bem mais anterior, na família dos Azevedos: a linhagem correta dos Baiões, família confusa na sua genealogia, por maior que haja sido sua importância.
Por exemplo: não engulo os dois Egas Gondesendes, postulados por Mattoso e aceitos por Pizarro, e me pergunto se de fato estes têm a varonia de Lugo - o nome Arualdo/Arnaldo
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RE: Os Azevedo/Azevedo Coutinho de S.João de Rei-2
José de Azevedo Coutinho
Torres Vedras, 2001-12-18
Caros Senhores
Solicito aos genealogistas brasileiros se possível, informações sobre dois ramos colaterais de S. João de Rei, que pertencem aos Azevedo Coutinho – Lucena da Mata de Lobo, ramos de Araujo Cerveira e de Montaury que se fixaram no Brasil.
1º
António José Corrêa de Azevedo Coutinho,
Segundo me consta foi agraciado com o título de Barão de Meari. ?
Teve descendência ?
Identifico-o na descrição original da Carta de Brasão passada a 10 de Março de 1806, registado no Cartório da Nobreza, Liv. VII, fl. 121.
Um escudo esquartelado ; no primeiro e quarto quartéis as armas dos Correas, no segundo a dos Azevedos e no terceiro as dos Furtados de Mendonça.
A António José Corrêa de Azevedo Coutinho (Tenente), natural da cidade do Maranhão, filho de Theodoro Corrêa de Azevedo Coutinho, capitão de cavalaria auxiliar, a quem se passou brasão de armas a 6 de Maio de 1790, e de sua mulher D. Antónia de Araújo Cerveira ; neto paterno de Constantino Corrêa de Araújo, e de sua mulher D. Leonarda Mendes de Amorim ; bisneto de Inácio Corrêa Coutinho de Cerveira, secretário do estado do Maranhão, e de sua mulher D. Simeana Furtado de Mendonça ; terceiro neto de Manuel de Araújo Cerveira, que serviu vários postos da tropa paga, foi cidadão e juiz presidente do Senado daquele estado, e ouvidor da capitania de Cumá, e de sua mulher, D. Margarida Corrêa de Lucena ; quarto neto de Domingos de Cerveira Bayão, filho de António Cerveira da Câmara e de D. Ana Fernandes de Araujo, e foi o primeiro restaurador daquele estado do Maranhão do poder dos Holandeses, e senhor das Torres de Tamanacú e Canavieiras daquela capitania de Cumá ; e sua bisavó D. Simeana Furtado de Mendonça era bisneta de Diogo de Campos Moreno, sargento mor de todo o estado do Brasil, primeiro conquistador do Maranhão do poder dos Franceses, e comandante general dele em 1614, sendo general do Brasil Gaspar de Sousa, devendo-se-lhe toda a felicidade daquele estado : e D. Margarida Corrêa de Lucena, sua terceira avó era filha de Agostinho de Menezes, capitão de infantaria e governador da fortaleza de Santa Cruz da barra do Rio de Janeiro, e senhor da ribeira do Meari ; neta de Sebastião de Lucena de Azevedo, capitão mor e governador do Grão Pará em 1645, cavaleiro da ordem de Cristo e capitão governador da torre de Cascais, filho de Mateus de Freitas de Azevedo, fidalgo da casa real e alcaide mor de Pernambuco, filho de Sebastião de Lucena de Azevedo, comendador da Mata de Lobos, da ordem de Cristo, guarda mor da cidade de Lisboa, e de sua mulher D. Jerónima de Mesquita, filha de Tomé Borges de Mesquita, neta de D. Pedro Alves de Mesquita, fidalgo castelhano e senhor do morgado de Meões ; bisneta de de Vasco Gil de Moniz. O dito Sebastião Lucena de Azevedo, comendador da Mata de Lobos era filho de Vasques Fernandes Lucena de Azevedo, fidalgo da casa real, um dos primeiros descobridores e povoadores de Pernambuco, a quem se fez mercê a alcaidaria mor de Pernambuco.
2º
José Francisco Correia de Azevedo Coutinho, oficial de Cavalaria, nasceu no Rio de Janeiro-Brasil, a 10 de Abril de 1875.
Teve descendência ?
Filho de:
Francisco de Assis de Melo Pereira de Azevedo Coutinho de Montaury, n. a 01-03-1833 no Brasil, casou a 25-05-1868 com Isabel Carmina Guerreiro de Aboim e Brito Correia de Mascarenhas.
Neto de:
Ana Carlota Margarida de Azevedo Coutinho de Montaury, nascida em Olinda em 1810, faleceu na Baia a 1852, casou com Francisco Xavier de Melo Pereira de Vasconcelos, Capitão de engenharia, Senhor de vínculos em Castro Marim e Tavira, viveu na cidade da Baia-Brasil e foi “Senhor de Engenho”.
Bisneto de:
Matias António de Azevedo Coutinho de Montaury, foi Fidalgo da Casa Real (alvará de 11-11-1808), viveu em Olinda-Brasil, tal como seu pai e irmãos acompanharam em 1807 a Família Real para o Brasil.
Trineto de:
João Baptista de Azevedo Coutinho de Montaury, Tenente General, Marechal de Campo, Ajudante-General do Exercito, Governador do Ceará – Brasil, nascido em Goa – estado da Índia, casou com Francisca Mariana Sabino de Sousa e Silva, filha de Matias António de Sousa Lobato, Guarda-Roupa da Rainha D.Maria I e primo direito do 1º Visconde e 1º Barão de Magé.
Cumprimentos,
“S. João de Rei”
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RE: Os Azevedo/Azevedo Coutinho de S.João de Rei-2
José de Azevedo Coutinho
Torres Vedras, 2001-12-18
Caro Vasco Jácome
Obrigado pela sua opinião na questão da linhagem dos Azevedos.
Pretendia aprofundar no entanto o assunto, relativo á atribuição das Honras na 1ª Dinastia.
Pessoalmente em toda a informação que tenho lido, tem sido claro que não se atribuí o título de Honra - Chefia da Linhagem sem ser á progenitura, o que acho lógico.
A minha dúvida é se a progenitura tem o direito de manter o título de Honra, independentemente de ter perdido o espaço físico, que caracterizou a sua atribuição ?
Cumprimentos,
“S. João de Rei”
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RE: Os Azevedo/ Azevedo Coutinho de S.João de Rei
Caro Francisco Antonio,
Assunto do maior interesse. Mas quanto a mim nào posso trazer elementos na medida em que minhas fontes para o assunto sào precisamente as que citou ; Mattoso e Pizarro. Nào sei o que se poderà pescar na obra de almeida Fernandes, que nào pretendo saber avaliar, mas cujas opinioes contradizem facilmente às de Mattoso.
Posso tentar ver, com tempo.
C.P. Silva
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RE: Os Azevedo/ Azevedo Coutinho de S.João de Rei
O Mattoso cita o Almeida Fernandes, com respeito aos Baiões, num de seus livros. Mas faz uma tremenda confusão com os tais Galindos (que, me parece, são má leitura para Goido ou Gosendo, não me lembro bem), além destes dois Egas Gosendes, que podem perfeitamente ser um só.
A pergunta que faria, de início, é: atesta-se o nome ``Arnaldo'' ou ``Arualdo'' na mesma faixa temporal, *fora* dos Baiões, nessa área? Vc poderia dizer algo?
Grande prazer em reencontrá-lo, Carlos!
fa
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RE: Os Azevedo/Azevedo Coutinho de S.João de Rei-2
Caro José de Azevedo Coutinho
Tanto quanto sei, as Honras da 1ª dinastia eram territórios ligados a nobres. Essa ligação podia ser porque possuíam grande parte desse território, ou honravam uma freguesia inteira porque tinham aí alguns casais, ou pura e simplesmente um filho de nobre era aí criado.
Refira-se que as inquirições identificaram muitos casos de abuso.
Não sei exactamente quais as prerrogativas que um Sr. de Honra tinha no seu território (se é que era igual para todas), mas tinha a ver com a nomeação dos indivíduos que exerciam a justiça e, provavelmente, questões económicas.
As honras surgiam em indivíduos que não só não eram chefes de linhagem, como podiam ser herdadas por mais do que um filho.
Não devem é ser confundidas com o facto de muitos dos territórios donde as linhagens tiravam os seus apelidos serem honras (ou coutos). Como é o caso dos Azevedo.
Mas quebrados os laços factuais que estabeleciam a ligação do indivíduo ao território, ele ficava efectivamente desligado dela. Não havia “representantes”, mas sim Senhores. A Honra medieval era algo de material e definido.
Portanto, no caso dos filhos de Lopo Dias de Azevedo, se o mais velho não herdou nada da Honra de Azevedo (pelo menos, é o que dizem os livros), deixa de estar ligado a ela.
É claro que isto não significa que não fosse uma pessoa honrada :-)... mas aqui honra tem
outro significado.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Os Azevedo/Azevedo Coutinho de S.João de Rei-2
José de Azevedo Coutinho
Torres Vedras, 2001-12-20
Caro Vasco Jácome
Obrigado pelos esclarecimentos sobre a Honra (território) na nossa 1ª Dinastia, e com a sua conclusão: “A Honra medieval era algo de material e definido”.
Particularmente penso, que se deveria ter mantido esse título nas representações das Casas, seria sem dúvida a obrigação, de procura da “excelência” por parte dos seus Representantes – “ O sentimento que leva o Homem, a procurar merecer e manter a consideração pública”
Sendo assim, talvez a Honra não estivesse tão ausente nos dias de hoje...
Cumprimentos,
“S. João de Rei”
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RE: Os Azevedo/Azevedo Coutinho de S.João de Rei-2
José de Azevedo Coutinho
Torres Vedras,
Caros Senhores
Vasco de Azevedo Coutinho 11º sr. de S. João de Rei e 6º sr. da Casa da Tapada, ligou-se por casamento a Luísa Inácia Coutinho. Filha herdeira de Diogo de Castilho Coutinho ( o negro) guarda-mor da Torre do Tombo (C.R. de 11 de Outubro de 1612), alcaide-mor e comendador de Moura, na Ordem de Avis e sr. da grande Casa dos Castilho de Tomar, que faleceu em 1632, e de sua mulher Mariana de Castro, filha de Estevão Homem da Silva, comendador da Freiria de Évora e de sua mulher Inês de Castro, que era filha de D. Rodrigo de Castro e de sua mulher D. Leonor de Cabedo.
Luísa Inácia Coutinho era neta, pelo lado paterno de António de Castilho, dr. ( Cronista-mor do Reino).
Vasco de Azevedo Coutinho, foi um dos fidalgos mais respeitados da sua época e genealogista autorizado, faleceu a 30/03/1690 no Paço de S. João de Rei. A seguir à sua morte, começou a decadência da grande Casa de S. João de Rei, que compreendia os bens da Coroa, de que era antiga donatária, a casa da Tapada e vínculo anexo, as honras de Frazão e Avessadas, o Paço de Ninães e valiosos prazos.
O Casa de S. João de Rei, incluia o grande dote de Luísa Inácia Coutinho, srª do Morgado dos Castilhos de Tomar, da quinta da Guimarreira, freguesia de Areias em Ferreira do Zêzere, quintas da Ramalha, da Bicada e da Caparica em Almada, e da Várzea em Loures.
Maria Antónia Rosa de Ataide e Azevedo Sá Coutinho, tratada por Maria Rosa de Azevedo Coutinho, nasceu a 13/07/1759 e faleceu a 06/07/1794, era filha do último senhor de S. João de Rei (13º), Luís Manuel de Azevedo Sá Coutinho, e herdou ou levou como dote ?, um dos últimos vínculos dos Castilho, a quinta da Várzea em Loures. O palácio de Pintéus era a sua residência de Verão, hoje pertença do meu amigo João Ferreira Rosa. Maria Rosa grande senhora de baixa estatura, foi avó de Maria Amália Vaz de Carvalho, consagrada poetisa e prosadora elegante e de alto valor, considerada pela seu talento e pelas suas excelsas virtudes a maior escritora portuguesa.
Esta é relação de S. João de Rei, com a importantíssima Casa dos Castilho, que tantos filhos ilustres deram à Pátria.
Surge então o novo tópico, os Castilho...
Cumprimentos,
“S. João de Rei”
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RE: Os Azevedo/Azevedo Coutinho de S.João de Rei-2
“Filhas de Gomes de Sousa e Xisto da Cunha”
16-05-2001, 13:02
Autor: Carlos Silva
Caro Vasco Jacome,
o mosteiro de Oliveira nào possuia bens em S. Martinho de Dume, ou no arredores de Braga (Tombo de 1504 / Maria Rosario Costa Bastos, "Santa Maria de Oliveira, um dominio monastico do Entre douro e Minho nos finais da idade media", Cadernos Vale do Ave, Pelouro da Cultura, Famalicào 1996).
Quanto ao "poeta do Neiva", se começa no decimo senhor nào corresponde à epoca que eu estudo. Mas talvez relate episodios anteriores ao decimo donatario.
O titulo III deve ser interessante quanto a outro aspecto, pois se me reporto a Bramcaamp Freire em principios do seculo, no seu titulo de Azevedos (brasoes da sala de Sintra)existe um forte duvida sobre a ligaçào entre Lopo Dias de Azevedo (o de Aljubarrota, 1° senhor de S. Joào de Rei) e os antigos Azevedos.
A casa de Crasto é mencionada no dito artigo, e o estudo dos successivos propretarios pode ter algum interesse para resolver o caso (muito embora eu esteja mais inclinado em pensar que neste aspecto Bramcaamp nào està certo, i.é. nào vejo problema maior nos antepassados de Lopo Dias de Azevedo, nem pelo facto do pai de Lopo, Diogo Gonçalves ser apelidado pelo nome desta Quinta de Crasto).
Em que epoca foi escrito?
cumprimentos
C. Silva
16-05-2001, 19:59
Autor: Vasco Jácome
Talvez eu me tenha expressado mal, mas o Título II, relativo aos Srs. de S. João de Rei e de Terras de Bouro, acaba no 10º Donatário. Começa no 1º, Lopo Dias de Azevedo.
Quantos às eventuais dúvidas de filiação deste Cavaleiro, nunca as vi referidas em mais parte alguma. Pelo contrário, nesta obra é reafirmada a versão tradicional. Diogo Gonçalves herdou o Crasto de seu pai, e este, de sua mãe, D. Maria Rodrigues de Vasconcelos (filha de Mencia Rodrigues, filha esta de Rui Vicente de Penela).
Diogo Gonçalves, terá tido o apelido Crasto por ter reedificado esta Casa e ter fixado lá residência.
A obra data de 1928.
A propósito de filhos de Lopo Dias de Azevedo: tem alguma indicação, para além do Gayo, sobre Luís de Azevedo, descrito por este no §20 N17 e cc D. Joana de Melo Feio? Enfim, como se faz a ligação dos Azevedo Feio ao tronco dos Azevedo? Uns dizem que este Luís de Azevedo era bastardo, mas Sousa Machado diz que ele é irmão inteiro de Martim Lopes de Azevedo.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
17-05-2001, 12:45
Autor: Carlos Silva
Caro Vasco Jacome,
Obrigado pela resposta.
Com efeito deve ser muito interessante este titulo II. O Periodo que cobre Lopo Dias de Azevedo, Joào Lopes de Azevedo, Diogo Lopes de Azevedo e Diogo de Azevedo é o que desperta maior curiosidade por minha parte.
Devo dizer que as alianças matrimoniais desses senhores é um aspecto que eu gostaria de aprofundar : Por exemplo o casamanto "Carvalhal" ou o casamento "Leitào".
Ao contrario, penso que o casamento Vilhena Coutinho nào contem dificuldade significativa, tratando-se de uma linhagem bem estudada.
No que diz respeito à linhagem de Lopo Dias de Azevedo, tive uma ideia que nào passa de mera possibildade;
Os nobiliarios, ou melhor os contemporaneos membros da linhagem podem ter prestado um apelido diferente a Diogo Gonçalves de Azevedo ou entào de Crasto, por causa das circunstancias bem pouco honrosas de sua morte.
Com efeito segundo Fernào Lopes na cronica de D. Fernando, tentou entrar disfarçado dentro de Guimaràes para a entregar por traiçào ao rei de Castela que entào a sitiava.
Foi conhecido, logo morto e dado de comer aos caes(De facto, exactamante o contrario de seu filho, considerado um heroi).
Mas a lista dos patronos de mosteiro de Grijo de 1365 (que é anterior aos factos) poderà confirmar ou nào o que fica aqui escrito.
Por enquanto encontrei apenas Bramcaamp Freire a afirmar que houve duas casas de Azevedo diferentes.
E Bramcamp Freire nào é por certo qualquer um.
Creio alias que a opiniào dele foi depois espalhada por outros autores, enciclopedias etc...
Se estiver interessado em ver os argumentos que ele desenvolve posso transmitir.
No meu parecer a diferença de apelido é o motivo desta duvida em Bramcamp e outros.
O Poeta do Neiva é obra de 1928, e certamente nào se arranja tào facilmente.
Um estudo sobre a casa de Crasto e sua transmissào é, sem duvida o bom meio de ter certezas.
Emfim quanto a Luis de Azevedo, minha opiniào inclina para que foi irmào inteiro de Martim Lopes de Azevedo.
Minhas fontes sào as seguintes :
* A batalha de Alfarrobeira, de Humberto Baquero Moreno (1979), contem sua biografia, ja que Luis de Azevedo teve um papal importantissimo junto ao regente D. Pedro.
* A cronica de D. Pedro de Meneses, de Gomes Eanes de Azurara, que escreve que Lopo Dias de Azevedo teve 6 ou 7 filhos
- 3 sào mencionados entre os participantes nos eventos da Ceuta do Conde D. Pedro de meneses : Martim Lopes, que parece chefe de linhagem, Pero Lopes de Azevedo cuja morte heroica em 1416 (10 meses depois da tomada de Ceuta) é contada em pormenor, e Joào Lopes de Azevedo que é varias vezes mecionado e ao qual o conde chama "sobrinho")
- 4 filhos nào nomeados que ele Gomes Eanes de Zurara conheceu pessoalmente entre os quais distingue especialmente pela grande autoridade que gozaram :
Frei Fernào Lopes de Azevedo, Comendador da Ordem de Cristo
Luis de Azevedo, vedor da fazenda
Em nemhum lugar parece haver a minima diferença entre Luis de Azevedo e os outros irmàos.
Luis de Azevedo é geralmente considerado como terceirogenito.
De resto vou tentar ver em que medida se pode deslocar essa nossa conversa para outro topico ja que alguem pode ter alguma opiniào de valor sobre os Azevedos e nào se aproximar por nào ter nada a oferecer ao topico Sixto da Cunha.
melhores cumprimentos
C. Silva
Autor: S. João de Rei
Torres Vedras, 2002-01-24
Caro Carlos Silva
Um tópico já com um tempinho, mas que só agora li.
Quando Vasco Jácome, aborda “O poeta do Neiva”, penso que se esqueceu de referir com o interesse para este tópico, que a filha de Sisto da Cunha, Maior da Cunha casou-se com António de Azevedo Coutinho, 8º Senhor de S. João de Rei por volta do ano de 1520.
Quando Carlos Silva se refere aos Vilhena Coutinho, e que já os tem documentados, gostaria de saber se condiz com os meus dados, ou seja que descendem do filho de Fernão Coutinho, alcaide de Celorico de Basto, Fernão da Cunha Coutinho, cunhado do 4º Senhor de S. João de Rei, Diogo de Azevedo. Essa descendência tenho-a comigo até Salvador da Cunha de Albergaria Vilhena Coutinho ( Carta de Brasão a 1826).
Curiosamente “A Casa dos Coutinhos” de Luís Filipe Oliveira, não tem o registo deste filho de Fernão Coutinho que tal como o pai foi alcaide de Basto.
Em relação aos filhos de Lopo Dias de Azevedo, eles não são seis ou sete mas sim nove. Curiosamente pelos dados que tenho, todos herdaram senhorios menos Luís de Azevedo, que tinha cargo público e Fernão que seguiu carreira eclesiástica/política.
As filhas foram: Joana, Inês, Filipa e Maria Coelho.
Os filhos:
João Lopes de Azevedo, 2º senhor de S. João de Rei.
Lopo de Azevedo, senhor da Casa de Crasto e Ponte de Sor.
Fernão Lopes de Azevedo (Frei), Comendador da Ordem de Cristo e Embaixador em Roma no tempo d’el Rei D. Afonso V.
Martim Lopes de Azevedo, senhor de Sta Maria do Souto de Riba d’Homem.
Luís de Azevedo, Vedor da Fazenda d’el Rei D. Afonso V.
Sendo filho natural, não seria herdeiro ?
Cumprimentos,
José de Azevedo Coutinho
25-01-2002, 19:29
Autor: Vasco Jácome
Caro José de Azevedo Coutinho
A minha omissão do casamento de Maior Cunha com António de Azevedo Coutinho não foi esquecimento. O meu objectivo principal com este tópico era a questão das filhas de Gomes de Sousa, embora tenha aproveitado para esclarecer a possível ligação deste a Xisto da Cunha.
Assim, a restante descendência do cónego e abade não era “prioritária”.
Já agora, aproveito para lhe perguntar se tem alguma coisa sobre a descendência de Luís de Azevedo, Vedor da Fazenda d’el Rei D. Afonso V, para além do que está no Gayo?
Cumprimentos,
Vasco Jácome
26-01-2002, 18:17
Autor: Carlos Silva
Caro José de Azevedo Coutinho,
Fernào da Cunha Coutinho, filho de Fernào Coutinho, é desconhecido dos livros de linhagem do séc. XVI. Tambem é desconhecido de Alào de Moraes, e por outra lado Felgueiras Gaio escreve que é duvidosa sua filiaçào.
Braamcamp Freire apenas cita « Fernào Coutinho, senhor de Basto e Montelongo cuja descendencia masculina em breve se extinguiu ».
Quanto aos universitarios actuais, ja assinalou a posiçào de Luis Filipe de Oliveira, e acrescento mais que Humberto Baquero Moreno igualmente nào o conhece no seu recenseamento dos filhos de Fernào Coutinho.
Sào esses os poucos elementos que lhe posso dar. Espero que sejam de algum proveito.
cumprimentos
Carlos Silva
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RE: Os Azevedo/Azevedo Coutinho de S.João de Rei-2
Torres Vedras, 2002-01-26
Caro Vasco Jácome
Sem ser a informação que Luís de Azevedo se casou com Aldonça de Menezes, filha natural de D. Pedro de Menezes, 1º Capitão de Ceuta (1415 a 1437) e 1º Conde de Vila Real, que teve três mulheres. Luís de Azevedo teve como filha herdeira Catarina de Menezes que foi mulher de João Rodrigues de Sá, alcaide-mor do Porto; c.g.
Rui Gomes da Silva primo direito de Luís de Azevedo, tenho registos que em 1422 casou com outra filha natural de D. Pedro de Menezes permanecendo em Ceuta até 1426 ou 1427. Noutra versão, o mesmo que foi primogénito de Diogo Gomes da Silva e herdeiro da Casa do pai, o morgado da Chamusca e Ulme casou-se com D. Branca de Almeida, filha de Diogo Fernandes de Almeida e de sua mulher Brites de Goes. Talvez as duas situações se complementem...
De momento não tenho mais nada.
No entanto sobre Luís de Azevedo existe outra informação curiosa:
Ele esteve em Alfarrobeira junto do Infante D. Pedro, apesar de ter desempenhado cargos relevantes junto de D. Afonso V, antes ou depois da batalha?...
Lopo de Azevedo, senhor da Casa de Crasto e Ponte de Sor, esteve junto com o seu irmão em Alfarrobeira e perdeu os vínculos...
Junto com estes dois irmãos esteve mais um primo Azevedo, Rui Gomes de Azevedo certamente com idade avançada, pois cronologicamente situava-se na geração do bisavô dos dois irmãos. É o progenitor dos Azevedo da Terra da Feira – S. Martinho de Mouros – Casa da Soenga. Curiosamente esta geração de Azevedos adopta o apelido Azevedo Coutinho em consonância com o costado principal dos Azevedo, os de S. João de Rei no mesmo período, reinado de D. Manuel I.
Estavam junto destes irmãos, o cunhado da irmã Joana de Azevedo, Martim Coelho, Senhor de Felgueiras e Vieira (do Minho) e outros vínculos e que também ficou sem os ditos senhorios, que passaram para os Pereira, Nun’Alvares voltou a entregá-los (diminuídos), mais tarde a Martim Coelho.
Estava igualmente junto, o irmão do compadre de João Lopes de Azevedo ( 2º senhor de S. João de Rei), Rodrigo de Lucena (Doutor Mestre) que acompanhou o irmão Vasques Fernandes de Lucena (Doutor) por volta de 1433-1434 o qual se casou com Violante de Alvim, filha do 2º senhor de S. João de Rei.
Neste campo entre parentes estava também Aires Gomes da Silva, alcaide-mor de Montemor-o-Velho e Regedor da Casa do Cível, que foi suspenso de Regedor na sequência de Alfarrobeira, a sua tia-avó Joana Gomes da Silva era casada com Lopo Dias de Azevedo (1º senhor de S. João de Rei).
Estavam também João da Silva e Fernão Teles de Menezes filhos do anterior Aires Gomes da Silva, João o primogénito foi também alcaide-mor de Montemor-o-Velho e valoroso cavaleiro do Rei D. Afonso V, casou com sua prima Branca Coutinho irmã de Maria de Vilhena/Cunha casada com Diogo de Azevedo (4º senhor de S. João de Rei), Fernão o filho segundo, que foi senhor de Unhão, Meinedo,Cepães e Ribeira de Soaz, casou com outra Maria de Vilhena, filha de Martim Afonso de Melo e Margarida de Vilhena, Martim combateu no campo contrário (Rei D. Afonso V).
Cumprimentos,
José de Azevedo Coutinho
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RE: Os Azevedo/Azevedo Coutinho de S.João de Rei-2
Torres Vedras, 2002-02-17
Caro Carlos Silva
Tenho acompanhado com interesse e satisfação as suas intervenções no capítulo da Genética, á semelhança creio, de todos os integrantes deste Forum.
Curiosamente neste seu Tópico, á tempos atrás comentei o comportamento destes antepassados, atribuindo-lhe problemas de Foro Psiquiátrico. Hoje acredito serem na realidade consequências de Foro Genético.
Diogo Lopes de Azevedo o 5º senhor de S. João de Rei, foi sobrinho deste Gonçalo Vasques/Vaz Coutinho, filho de sua irmã Maria da Cunha/Vilhena. De acordo com o seu comportamento repreensível foi-lhe tirado por el Rei D. Manuel I, o senhorio de S. João de Rei.
José de Sousa Machado diz:
Diogo Lopes de Azevedo casado com Leonor de Menezes (sua prima), filha de Henrique de Sá de Menezes, senhor de Sever, Matozinhos etc. e de sua segunda mulher Brites de Menezes, da casa de Cantanhede. Parece que passou a segundas núpcias, mas não houve filhos nem do primeiro nem do segundo matrimónio.
Era tresloucado e brigão, e tantos crimes praticou que foram confiscados os seus bens. Os senhorios de S. João de Rei, de Terras de Bouro e de Aguiar de Pena voltaram à Coroa.
Manuel de Sousa e Silva refere no seu nobiliário esses crimes, que outros denominam desmandos ou excessos filhos das manias que tinha.
Deu uma cutilada no rosto de Leonor de Menezes sua mulher; tomou à ponte de Caldelas uma donzela do povo que vinha com o noivo da igreja onde se haviam casado; e matou um padre que estava no altar a dizer missa.
Morreu contrito em Roma.
Os senhorios Régios, padroados, jurisdições e data dos tabeliães, passaram à Coroa e foram dados ao infante D. Luís tendo sido este o 6º senhor de S. João de Rei. Entretanto mais tarde estes senhorios foram devolvidos à família, na pessoa de Pedro Lopes de Azevedo irmão de Diogo Lopes e que foi o 7º senhor de S. João de Rei.
Sem dúvida o comportamento de Diogo semelhante ao do seu tio e primos, devem-se penso eu a implicações genéticas.
Enviarei uma cópia desta carta para o tópico de “S. João de Rei”.
Cordiais cumprimentos,
José de Azevedo Coutinho
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RE: Os Azevedo/Azevedo Coutinho de S.João de Rei-2
Caro José de Azevedo Coutinho,
Tenho uma informação sobre um primo meu em 6º grau:
Veríssimo José de Quintanilha e Mendonça Soares e Cunha Pato Moniz Pereira:
Nasceu em Lisboa a 1 de Junho de 1846 e morreu na mesma cidade a 23 de Outubro de 1917. Capitão de Mar e Guerra, Pagador do Ministério de Marinha, e um dos sócios fundadores do Club Militar Naval. Fidalgo Cavaleiro da Casa Real, com exercício, 7º e último Senhor do Morgadio do Sardoal, Comemdador da Ordem de Nª Srª da Conceição, Cavaleiro das Ordens de Cristo e S. Bento d'Aviz.
Casou a 1ª vez com D. Luciana Salter de Sousa, de quem não teve geração. Casou a 2ª vez com D. Maria Joana de Azevedo Coutinho de Gama Lobo (nasceu a 11 de Agosto de 1862 e morreu a 26 de Dezembro de 1946), filha do Tenente General Francisco de Azecedo Coutinho Gama Lobo, Senhor do Morgado de Meio Milhão, Moço Fidalgo com exercício, Cavaleiro da Torre Espada, etc., e de sua mulher D. Ana Augusta Curvo Semedo Delgado. Sem Geração.
Não sei se já tinha esta informação.
Melhores cumprimentos,
Vasco Quintanilha Fernandes
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RE: Os Azevedo/Azevedo Coutinho de S.João de Rei-2
Bom dia,
Alguém tem alguma informação sobre uma família Mello de Azevedo que, pelo no séc. XIX, vivia em Lisboa. Tenho os seguintes lementos:
Jácome Mello de Azevedo teve
João Augusto Mello de Azevedo, teve
Setastião Tavares Mello de Azevedo (m. 1965)
Obrigado,
JTA
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RE: Os Azevedo/Azevedo Coutinho de S.João de Rei-2
Caro José de Azevedo Coutinho,
Vi hoje este tópico sobre a casa de S. João de Rei, e queria perguntar-lhe se sabe alguma coisa sobre o casamento de um dos senhores desta casa, na segunda metade do Século XVIII, com uma Francisca Moura Coutinho de Castro (ou Aranda), filha de Francisco ou de Diogo de Moura Coutinho e Castro, da casa de Borba.
Obrigado, e cumprimentos,
Jacinto Bettencourt
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RE: Os Azevedo/Azevedo Coutinho de S.João de Rei-2
Caro José de Azevedo Coutinho
Peço-lhe imensa desculpa, mas só hoje é que vi esta sua resposta! Bom, de facto, o problema é que o José respondeu a si mesmo, de modo que não recebi a mensagem de notificação. Mas vamos ao que interessa. A questão deste Luís de Azevedo é a seguinte:
Gayo, no ttº de Azevedos, no §11 faz Luís de Azevedo, filho de Lopo Dias, casado da forma como disse. Depois, no §20, diz que casou a 2ª vez com Joana de Melo Feio, dando origem aos Azevedo Feio, ligados à Torre do Vilar, em Figueiredo, Amares.
Esta casa foi possuída pelo seu descendente José de Sousa Machado. Acontece que este genealogista (deve ter investigado o caso) no “Poeta do Neiva”, pg 275, na nota de rodapé, diz que Luís de Azevedo, ascendente do Vilar, era irmão de Diogo de Azevedo (portanto filho de Martim e sobrinho do Luís que fala Gayo no §11 e 20).
Confrontando Sousa Machado com este último autor, diria que há alguma confusão com o Luís do §40.
Era esta questão que eu queria ver esclarecida!
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Os Azevedo/Azevedo Coutinho de S.João de Rei-2
Caro Vasco Jácome
Essa sua resposta a José Azevedo Coutinho, creio que me permite identificar o destinatário de um pequeno poema, manuscrito e não assinado, mas datado de 1920 e que reza assim:
A José Machado
Certas pessoas há n"esta terra
Da mais alta e subida estirpe
Que ao prelo, quando não emperra,
Obriga a dizer" está de cama com gripe".
..........
.........
......
etc. e termina:
Deve passar uns dias ao ViLLAR
P"ra encher os pulmões de bom ar
Se assim aconselhar o Dr. "Jurdan".
Época da Gripe/meados de 1920.
Então concluo com certeza que se trata do genealogista Dr José de Sousa Machado.
Obrigado pela ajuda , que sem querer, me dá.
Cumprimentos
vbriteiros.
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RE: Os Azevedo/Azevedo Coutinho de S.João de Rei-2
Caro Vasco Briteiros
Desconhecia inteiramente esse poema, mas fiquei curioso. A que terra se referirá o autor?
Se fosse possível, e não fosse muito incómodo, gostaria de conhecer o resto. Se pudesse enviar um scaner do poema completo, agradecia.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
vascojacome@net.sapo.pt
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RE: Os Azevedo/Azevedo Coutinho de S.João de Rei-2
Caro Vasco Jácome.
O meu scaner avariou e eu vou saír, só voltando fins próxima semana. No regresso, vou tentar reparar o scaner e então enviar-lhe-ei o dito poema. Mas tenho mais velharias que tento identificar e que não percebo a origem.
Entre elas há uma fotografia, que já mandei digitalizar, que representa uma torre medieval linda e que eu julgo ser a torre de Crasto, mas que seria tirada de outro ângulo que a do livro " O poeta do Neiva". Representa em primeiro plano uma pequena capela tendo um portão anexo, sem portadas,tendo mais atrás um edificio e atrás de tudo a torre ameada, que na parte superior é identica á da gravura. Não conheço a Casa de Crasto de modo que não pude ainda comparar. Só sei que é uma foto do norte de Portugal( videiras e árvores típicas do Minho) tirada no príncipio do´séc xx está muito estragada, mas com a digitalização ficou óptima. Tenho perguntado a inúmeras pessoas do Minho e ningém ainda me soube dizer que torre era. Se me der o seu e-mail posso também mandar-lha.
Cumprimentos
vbriteiros
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RE: Os Azevedo/Azevedo Coutinho de S.João de Rei-2
Caro Vasco Briteiros
O meu e-mail é: vascojacome@net.sapo.pt
Tenho todo gosto em tentar identificar essa Torre. Não será a Aguiã, nos Arcos? Se for, em:
http://www.monumentos.pt inventário do património arquitectónico pesquisa simples Distrito: Viana do Castelo Concelho: Arcos de Valdevez Designação: aguiã
a 3ª imagem deve ser semelhante a essa foto.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Os Azevedo/ Azevedo Coutinho de S.João de Rei
Torres Vedras, 2002-03-16
Caros Carlos Machado da Silva, Vasco Jácome, Manuel Abranches de Soveral, Artur Camisão Soares, Vasco Briteiros e demais Senhores.
Torre do Ladrão Gaião, segundo o padre Carvalho da Costa, na sua Corografia Portuguesa, século XVIII, as ruínas situavam-se na comarca de Tomar, entre Tomar e Cabaços.
Gaião, parece ser “alcaide de Santarém”, homem poderoso, pouco aceite no povo e severo nas matérias da justiça”, segundo Carvalho da Costa escrito na Monarquia Lusitana, parte III, livro X, capítulo XLIV
Os Correias, senhores de Gayão vem referidos no Felgueiras Gaio. Descendem dos de Farelões – Santarém. Situando-se o solar de Gayão junto ao Rio Minho.
A 4 de Maio de 1790, foi feito o pedido de registro de Brazão no cartório da Nobreza liv. IV, fl. 158 V, por António Correia Furtado de Mendonça. Na descrição da sua ascendência, por Sanches de Baena, aparece o seguinte:
... de Sebastião de Lucena, e de sua mulher Maria de Vilhena, filha de Diogo de Azevedo, 4º senhor de S. João de Rei, casado com Brites Dias Correia, filha de João Correia “o Português” e de sua mulher Leonor Anes filha de João Correia, senhor da Torre de Ladrão Baião, na comarca de Tomar, calculo á volta do 1º quarto do século XV.
Segundo Felgueiras Gaio, Sousa Machado e outros genealogistas, Diogo de Azevedo 4º senhor de S. João de Rei, casou primeiro com Mª da Cunha/Vilhena Coutinho, com geração. Segunda vez com Leonor de Melo, sem geração, tendo esta senhora casado mais duas vezes. Esta terceira mulher Brites Dias Correia e sua ascendência, é para mim uma incógnita...
Cumprimentos,
José de Azevedo Coutinho
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RE: Os Azevedo/ Azevedo Coutinho de S.João de Rei
Caro José de Azevedo Coutinho
Vou tentar consultar na próxima semana o "Theatro Genealógico de D. Tivisco", que julgo existir na BPPorto pois parece-me que é a obra que cita Sanches de Baena e que por coincidência me interessa consultar por causa dos Madureiras de Ancêde(Baião).
Cumprimentos
Vasco Briteiros
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RE: Os Azevedo/ Azevedo Coutinho de S.João de Rei
Caro José de Azevedo Coutinho
Também desconheço esse eventual 3º casamento de Diogo de Azevedo com uma Correia.
Aos genealogistas que refere, acrescente-se Manuel de Sousa da Silva, que também não fala desse casamento.
De qualquer modo, não vejo no texto da Carta de Armas qualquer referência à ligação da tal torre de Ladrão Baião à Casa de Gayão (Galiza) ou Farelães (Barcelos).
Parece-me que poderemos estar perante uma fantasia genealógica, que deverá ser comprovada por outros documentos, antes de ser aceite de ânimo leve.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Os Azevedo/ Azevedo Coutinho de S.João de Rei
Caro José de Azevedo Coutinho
Tenho de pedir desculpa pela minha mensagem anterior, pois por falta de tempo, acabei por não ver devidamente o Gayo!
Pelo que ele escreve no ttº de Azevedos §81 N21, tudo isto resulta de uma má leitura do texto da Carta de Armas publicado por Sanches de Baena. Verdade seja dita, a respectiva pontuação não ajuda nada...
D. Brites Dias Correia era m.er de Vasco Fernandes de Lucena e não de Diogo de Azevedo, Sr. de S. João de Rei!
Estará então desfeito o equívoco. Resta-me apenas chamar a atenção para o facto de Sousa da Silva no seu ttº de Azevedos §5 N17 (pg. 347 do vol. I) dizer que D. Maria foi freira e não falar em nenhum casamento com Sebastião Lucena.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Os Azevedo/ Azevedo Coutinho de S.João de Rei
Torres Vedras, 2002-03-17
Caros Vasco Jácome e Vasco Briteiros
Bem hajam pela vossa pronta resposta e ajuda.
A Vasco Jácome, agradeço desde já ter desfeito o equivoco.
Portanto, Vasco Fernandes de Lucena era filho de Maria de Vilhena e neto de Diogo de Azevedo 4º senhor de S.J.Rei e terceiro neto de João Lopes de Azevedo, 2º senhor de S.J.Rei, por parte da sua filha Violante de Alvim casada em 1439 com o primeiro Vasco Fernandes de Lucena a chegar a Portugal vindo de Espanha, de que é igualmente terceiro neto.
Esta linhagem, dá origem aos Lucenas da Mata de Lobos e que se dividem, após Sebastião de Lucena de Azevedo, neto de Maria de Vilhena, nos Azevedo Coutinho de Montaury e nos Azevedo Coutinho de Mearim. Ramos, que tenho já estudados.
Voltando aos Correias, há alguma pista destes, dos que descendem de Brites Dias Correia?
Outra informação que tenho de seu pai, João Correia “o Português”, é que era de Vila do Conde. A relação de seu pai com a Torre de Ladrão Gaião ? E se, se confirma a sua situação em Tomar onde referi na mensagem anterior?
Obrigado,
José de Azevedo Coutinho
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RE: Os Azevedo/ Azevedo Coutinho de S.João de Rei
Caro José de Azevedo Coutinho
O que Gayo diz no ttº de Azevedos §81 N21 é que D. Brites Dias Correia era fª de João Correia, de Vila do Conde, chamado o Português, e de sua m.er Leonor Anes, que era fª de João Correia, Sr. da Torre do Ladrão Gayão.
Nada é dito sobre a localização da tal Torre.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Os Azevedo/ Azevedo Coutinho de S.João de Rei
Caros José de Azevedo Coutinho, Vitor Briteiros e Vasco Jacome,
Transcrevo o pouco que vem na Pedatura Lusitana, que confirma o N.F.P. de Felgueiras Gaio, e confirma o determinante marco cronologico constituido pela presença de Vasco Fernandes no Brasil, para levantar ambiguidade.
Alias Antonio Correia Furtado de Mendonça era Brasileiro, do Maranhào.
Nos « Lucenas, do fisico-mor » : « Um Vasco Fernandes de Lucena, que , dizem foi Alcaide-mor de Pernambuco, c.c. Brites Dias Correia ; e teve : Sebastiào de Lucena de Azevedo, Comendador da Mata de Lobos.. ».
Nào estabelece ligaçào com os irmàos Vasco, Afonso e Rodrigo de Lucena.
Em nota, minha ediçào da Pedatura chama oportunamente a atençào para a obra « Os Lucenas » de A. Sacadura Falcào, Braga, 1993
Gratos cumprimentos
Carlos Silva
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RE: Os Azevedo/ Azevedo Coutinho de S.João de Rei
Caro José de Azevedo Coutinho
Relativamente ao 4º Senhor de S.João de Rei(Rey) e a Vasco Fernandes Lucena, pouco terei a acrescentar.
No que diz respeito à "Torre de Ladrão Gayão", ela situa-se entre os lugares de Milheiros e Avecasta, na estrada de Tomar para Cabaços; teve também o nome de "Langalhão", "Torre de D.Gayão". Pertence ao concelho de Ferreira do Zêzere.
Dou-lhe a indicação dum site:
www.terravista.pt/nazare/1830/hist%/F3ria.htm
Um abraço
Artur Camisão Soares
PS. Vou tentar saber mais sobre a questão.
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RE: Os Azevedo/ Azevedo Coutinho de S.João de Rei
Caro José de Azevedo Coutinho
[EMENDA]
Ainda estou bastante «ensonado», se me permite a expressão!
Bom, o correcto é:
www.terravista.pt/nazare/1830/hist%F3ria.htm
Reiterado abraço
Artur João
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RE: Os Azevedo/ Azevedo Coutinho de S.João de Rei
Caro Carlos Silva
O que é dito em “Os Lucenas” sobre esta questão, é o que está aqui no GP. Existem 2 ligações entre Lucenas e Azevedos de S. João de Rei. A mais antiga, foi o casamento entre Violante de Alvim e Vasco Fernandes de Lucena, que pode ver aqui em:
http://www.geneall.net/pessoas/pes_show.php?id=16787
Gayo também refere este casamento. Depois, um bisneto deste casal, Sebastião Lucena cc Maria de Vilhena, filha do 4º Sr. de S. João de Rei, Diogo Lopes de Azevedo:
http://www.geneall.net/pessoas/pes_show.php?id=20217
Daqui descende, entre outros, o armigerado António Correia Furtado de Mendonça. Por aqui, já pode ver a ligação aos irmãos Lucena Vasco, Afonso e Rodrigo:
http://www.geneall.net/pessoas/pes_show.php?id=16783
A diferença para Gayo, está em que este não identificou os pais de Sebastião Lucena, apenas diz Maria de Vilhena cc um primo. No ttº de Azevedos §38 N19 colocou-o como filho de Violante de Alvim e Vasco Fernandes de Lucena, filiação errada, segundo a obra de Sacadura Falcão.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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