A "Listra II": O regresso de Arnaldo
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A "Listra II": O regresso de Arnaldo
Bem, dizem que as sequências nunca têm a qualidade dos originais.
Mas os nominhos da 'listra' estavam mesmo a pedi-las.
É claro que o interesse é mesmo apenas etimológico, claaaro!...
...
Anice: cheia de graça em francês; A nice name em inglês
Anísio: do grego: "… perfeito". É tempo de experimentar variantes aos cognomes dos nossos reis: por que não D João II, o ‘Príncipe Anísio'?
Anita: “…forma diminutiva de Ana, esse nome revela uma criança que fala pouco mas observa os adultos com atenção …”, ou seja daquelas que nas visitas a parentes nos pegam de ponta e nos fixam de tal maneira que às tantas já estão os pais incomodados e à procura de um pretexto para lhe aplicarem uma palmada nas nalgas e mandá-la ir brincar com a consola.
Antónia: nome de uma muito bonita cientista lusófona que trabalhou no Projecto Manhatan. Não se sabe se devido à sua extraordinária beleza se devido aos seus hábitos alimentares, adquiridos nas suas passagens pela Beira e pela região de Minsa Gerais produtora do feijão preto uberabinha, que o engenho explosivo reesultante levou o seu nome: a "bomba Antónia".
Ariana: “… uma pessoa que consegue se concentrar mesmo em meio à maior algazarra … tem o dom da conciliação: sempre procura criar um clima de paz à sua volta … Mas isso pode se voltar contra ela, … pois às vezes concorda com os outros só por concordar … e depois se arrepende do que disse.” … Hã? … Eu, se me chamasse assim, mudava de nome antes de dar em doido.
Ariel: “nome de um anjo ou espírito do ar. … indica doçura, suavidade”, e por essa última característica também dá para nome de detergente em pó amigo do ambiente.
Aristeu: “do grego: «muito bom»”. Já sabem: quando em Agosto, após uma corridinha em que suamos às estopinhas, pararmos na tasca da esquina a pedir uma imperial bem ‘frusquinha’, não se esqueçam de elogiar com um satisfeito: “Aristeu!” … Se os maduros que estiverem a jogar à bisca pararem o jogo, coçarem as suas barbas de uma semana à Yasser Arafat e olharem para si, é melhor não esperar pela resposta, pagar e ir embora.
Arlindo: “do teutônico: "poderoso como águia"”. Do ‘teutónico’...: podia parar por aqui. Mas adiante. - Não deveria haver benfiquista nenhum que não devesse ser obrigado por estatuto a incorporar esse nome no seu. Exemplos: Luís Filipe Arlindo, Arlindo Veiga, Eusébio Simões (que hoje faz anos: Parabéns!). Ah, um mundo cheio de Arlindos … Pelo menos os 16 milhões.
Arnaldo: “Uma da manhã! Bem bom! Duas da …” … Não?... Não se pode?... É melhor passar este …
Artur: ora então vamos cá ver Camisão: com que então urso heim? Mas a “Listra” não diz isso: diz nobre, generoso, nada de ursos. Faça lá a barba que já deixa vir ao de cima o significado real!
Augusta Renata: … É ele a dar-lhe e a burra a fugir! … Outra vez?! Mas que alma penada será esta que insiste em dar significados empolados a estas conjugações improváveis de nomes …
Bárbara Heliodora: (assim não há condições: estou quase a me dar por vencido …) ‘… se atira de cabeça em tudo …’ provavelmente porque tem vergonha de mostrar a fronha por ter um nome desses, pode acabar como piloto de ensaios numa fábrica de capacetes
Barnabé: ‘… indica uma pessoa que, se souber aproveitar seu magnetismo …’ pode ter dificuldade em trabalhar nos edifícios modernos e em falar ao telemóvel: interfere com as transmissões. Ele que nem se atreva a entrar numa loja Cutipol!!
Baruque: “…caprichoso e instável, que não suporta nenhuma rotina”: pudera, com um nome tão rotineiro, farto de rotina está ele! Lá em casa deve ser um aborrecimento de nomes: o pai Austregésilo, a mãe Aristóbula, a maninha Agripina, o mais velho Anaximandro … Alto! O ‘B’aruque será adoptado? É isso!!
Beatriz: “significa aquela que faz os outros felizes e indica uma pessoa bem disposta, capaz de fazer piada com tudo, para alegrar a si própria e para dar nova luz aos ambientes que frequenta. Mas isso não impede que ela tenha um espírito crítico, capaz de distinguir com muita clareza o certo e o errado …” Ora aqui está uma feliz definição para o carácter da nossa querida Beatriz Costa. De saudosa memória! Aplauso!
Bendita, Benedita, Benta: (‘tá-se mesmo a ver para quem vai esta homenagem: chapelada!) “… significa bendita, benta, abençoada e indica uma pessoa que tem na franqueza e na competência os pontos fortes da sua personalidade” A parte que se segue, fica para ser discutida entre o autor e a destinatária: “…Consegue ganhar bastante dinheiro (eina! eina!), mas não o retém por muito tempo (ohhhh …). Prefere viver bem o presente a economizar para o futuro (pronto, agora é que são elas …)”. Eu fico-me com a primeira parte. Se os lírios dos campos não fiam nem tecem e nem Salomão em toda a sua grandeza se vestiu como um deles, afinal quem é abençoado precisa de quê?!
Bernarda: “…quem tem a força da ursa”; mal controlada pode degenerar em rebaldaria geral.
Bolívar: “… moinho à beira do riacho e indica uma pessoa que … geralmente consegue transformar em pó os obstáculos ao seu progresso”. Não paro de me surpreender com essas associações: “moinho”, “transformar os problemas em pó” … Brilhante, que mais podia ser? Quanto a transformar as coisas em pó, a América Latina é bem prova disso. Sem ofensa aos heróis, mas ofendendo com todas as letras os seus herdeiros relapsos.
Bonifício: em Portugal é o homem que fabrica os fogos de artifácio.
Bóris: “… pessoa com grande disposição para enfrentar os obstáculos … às vezes … confunde … e combate adversários que nem existem.”, o que acontecia sobretudo no fim do seu mandato presidencial, quando já era a pinga a falar e já via a dobrar …
Brandão: nome típico de ‘jogador de futebol brasileiro’. Nome mesmo. Em geral associado a “Marlon” para dar um “Marlon Brandão de Oliveira” … dos Oliveiras … do Hospital … Psiquiátrico … meu Deus, tirem-me esta ‘listra’ da frente …
Brás: “ … gago … pessoa com alguma dificuldade de comunicação, tendência … que desaparece se os pais a incentivarem a dizer sem reserva tudo o que pensa …”. A pessoa que elaborou esta lista chamar-se … “Brás”.
Bruno: “Significa moreno, escuro … Do germânico "luminoso, brilhante"”. Mau! Em que é que ficamos?
Caio: “… que faz tudo o que está ao seus alcance para progredir na escala social …”, e como quanto mais alto se sobe, maior a queda, já lá está o nome para também fazer sentido nessa altura.
Calisto: “… comunicativa, expansiva e sedutora …conquistador, desses que passam de uma aventura amorosa para outra quase sem intervalo” e sempre - muito fetiche - a mexer, e a tratar, e a limar a unhinhas dos pezinhos das amadas, coitado, que se passa de uma para outra sem intervalo, que mais poderá ele fazer?....
Camila:”… mensageira … criada que servia os participantes da cerimónias pagãs …”; para alguns tipos de dislexia também é o feminino de ‘camelo’, por isso não se aconselham os paizinhos a escolhê-lo
Carina: É PROIBIDO A QUALQUER CASAL RESPONSÁVEL PÔR ESTE MALFADADO NOME NUMA CRIANÇA SOB PENA DE DEPORTAÇÃO DE AMBOS EM PRISÃO DOMICILIÁRIA PARA A CASA AO LADO DA DO MOKTAD AL’SADR, EM SADR CITY, BAGDAD! Pronto, saiu-me, desculpem, não foi de propósito. Carin … o tal nome quer dizer “engraçado” … em grego. Em português … em português, eu sei lá, … eu sei lá … Adiante.
Carla (e Carolina, variação de Carla): “… alguém que, pela aguçada capacidade de observação, consegue descobrir até o lado oculto das outras pessoas. Mas nunca usa esse dom de forma inescrupulosa” Olha não!! Desde os chocolatinhos aos cigarros acesos de emergência com os gritinhos de olé! olé! para obnubilar olfacto e audição dos circundantes, coitado do Pintinho que foi ‘observado’ até ao mais profundo da sua alopecia. E alopecia sem acento, uma vez que a raiz grega o pede: também não é ‘leucémia’ nem ‘isquémia’, porque é que há de ser ‘alopécia’? Ora aí estava um nome interessante que falhou ao nosso compilador: Alopecia, significando “pessoa cuja influência nefasta pode levar as depiladoras do bairro a morrerem à fome”. “Oh Alopecia, filha, anda cá, que pareces um ovo cozido e ainda te partes!”
Carmo. ‘…grande força espiritual’, mas quando cai, leva a Trindade junto.
Carol: “…variedade de Carlos”. Como se os Carlos fossem comparáveis a brócolos. Claro que de caras todos estaríamos a pensar no Wojtilla. Mas esse era ‘hors concours’ e foge completamente a essa definição. Contentemo-nos com os brócolos de Inglaterra.
Cassiano: foi ‘escudeiro’ da Casa de Santar durante anos a fio, o que quer que isso tivesse significado. Uma homenagem póstuma ao Cassiano, um indivíduo no mínimo ‘peculiar’.
Cássio: o que eu vou dizer ao meu cão quando for com ele aos patos: ‘cássio! e trag’ó cá!’
Não percam os próximos capítulos da saga: 'É dar-lhes com força e só se perdem as que caem no chão".
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