Panoyas
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PANOYAS
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Concejo: Tineo
Fecha aproximada: día variable en el mes de noviembre (segunda semana).
Onomásticas este día: Adilón, Almaquio, Eufrosina, Eugenio, Fulgencio, Imposición del Santo Nombre de Jesús, Justino, Magno, Santa María Madre de Dios, Vicente.
Descripción:
Con el afán de recuperar las viejas tradiciones de esta tierra asturiana, distintas entidades del dinámico movimiento vecinal de Navelgas organizan el Festival del Esfoyón y el Amagosto (Esfoyaza y Amagüesto), con el que se pretende rememorar una de las tradiciones más entrañables, para que los jóvenes puedan conocerlas y los mayores revivirlas.
Estos festejos estacionales, vinculados a la recolección, son complemento de otros que las gentes del lugar vienen celebrando durante el año, como la siembra y la siega del trigo o la mallada que se hace durante el Día de los Pueblos de Asturias (último día de agosto). Siguiendo con fidelidad los esfoyones de antaño, la fiesta corre a cargo de los vecinos, que participan en las labores de enriestrado y prenden los fornos de las casas para acoger en ellas a los visitantes, que terminan contando leyendas en el escaño , en torno a la tsariega. En resumen, toda una noche mágica de leyenda y tradición.
La fiesta, organizada alrededor del maíz y la castaña y otros productos estacionales, es una reunión nocturna, donde las mozas y mozos del pueblo se reúnen bajo la panera o el hórreo para deshojar las panoyas que luego van enristrando para colgarlas en el corredor; es la esfoyaza o esfoyón . Durante la labor del enristrado se van tirando panoyas, a la vez que se dirigen cantares:
No voy al esfoyón,
que me tiran panoyadas;
voy a ver la mio morena
que la quiero ver casada.
La panoya que m'embiaste
non la quise recibir,
porque mi madre non quier
que cortexe a un mozo ruin.
Todo ello acompañado del amagosto o amagüesto (asado de castañas).
En esta fiesta se reviven, además, algunos oficios de antaño como una fragua, un cesteiro, un madreñeiro... Todo ello amenizado por grupos folclóricos.
Patrimonio de Asturias. Visitas recomendadas en el Concejo de Tineo:
Carbayón de Valentín
Iglesia del Monasterio de Santa María la Real de Obona
Monasterio de Santa María la Real de Obona
Paisaje Protegido de la Cuenca del Esva
Palacio de los García de Tineo
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RE: PANOYAS
Caros Confrades
Como se vê o termo Panoyas já existia nas Astúrias e está mais ligado ao mundo da botânica e das festas populares do que à HUNGRIA.
Quanto à evolução dos textos que, numa fase muito tardia, começam a falar de aparições de Cristo a D. Afonso Henriques em Ourique é de ler o estudo do Professor Lindley Cintra "A Evolução da Lenda de Ourique". Nos textos mais antigos não há qualquer referências a "milagres", depois começa-se a falar do aparecimento de uma cruz no céu, mais tarde os textos falam do aparecimento do próprio Cristo, e só mais tarde surgem documentos que inventam o discurso de Cristo a D. Afonso Henriques. A história foi sendo acrescentada ao a longo de séculos.
Sérgio Sodré
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RE: PANOYAS
À especial consideração do confrade José Maria Ferreira.
cumprimentos
Sérgio Sodré
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RE: PANOYAS
Caro Sérgio,
Panóias era também o nome de um território medieval em Trás-os-Montes. Penso que correspondia à área de influência de Vila Real. Tinha sede em Constantim de Panóias (c. Vila Real) e teve foral de Dom Henrique em 1096, tal como Guimarães.
Cumprimentos,
Coelho
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RE: PANOYAS
Á Especial consideração dos confrades Sérgio Sodré e Coelho
O nome da minha terra não tem nada a ver com maçarocas de milho, ou outra botânica qualquer o nome da minha terra tem a ver com os Paiones, povo da Antiga Grécia da região da Macedónia, primeiramente eles adoravam o Sol, e depois de se terem convertido ao cristianismo passaram a adorar o Sol na forma do Espírito Santo (que também é apresentado sob a forma de línguas de fogo).
Alexandre o Grande que era macedónio seguiu esse mesmo Sol até às Indías, mais tarde alguém seguirá o mesmo Sol até às Índías. (América)
E eu não escrevo Panoyas com Y por qualquer motivo, alguém quis que assim se escrevesse com “uma Y grega”.
D. Vataça e a dinastia dos Lescaris de Constantinopla eram de raça Paione, não foi por acaso que ela foi Senhora de Panoyas.
O nome da minha terra tem a ver com S. João Baptista, com o culto do Espírito Santo e com Jesus Cristo. Panoyas tem a ver com o Espírito de Cristo que Colombo levou ao Novo Mundo!!!
Panoyas tem a ver com D. Afonso Henriques e a Hungria (Panonias) donde era natural seu pai.
Panoyas tem a ver com isto(...)
Cumprimentos
Zé Maria
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RE: PANOYAS
Caro Coelho
O problema é o termo Panóias está a ser identificado com Panónia e a servir para "provar" que o Conde D. Henrique (pai de D. Afonso Henriques) era filho de um Rei da Hungria. Ora acontece que Panoyas também existia nas Astúrias e sem qualquer ligação a húngaros... (como decerto ocorre em Portugal).
Veja-se LA XUNTURA Primer Diccionario Enciclopédicu de la Llingua Asturiana:
PANOYA - Panoya, mazorca, panoja.
PANOYAL - Panoyal, maizal cargado de buenas y abundantes panojas.
PANOYU - Panoyu, asi se suele decir a las personas inocentes que son un poco atopáes (tontas).
PANOYUS - Panoyus, así se llama a las panojas que no han granado bien y se han quedado pequenas, estas panojas sin esfoyarlas (quitarles la hoja) se destinan para darles pienso al ganado, principalmente a las vacaslecheras.
Em Portugal será o mesmo, não aqui húngaros nenhuns........
Cumprimentos
Sérgio Sodré
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RE: PANOYAS
Caro Sérgio
Em Portugal sobretudo na região Sul havia muitos de apelido Hungria.
Pode certificar-se mesmo aqui no Fórum do Genea.
Cumprimentos
Zé Maria
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RE: PANOYAS
P.S. Os termos Panoyas estão todos ligados à Hungria. Panoías em Braga, está ligado a S. Martinho da Panonia, Constantim de Panonias também está ligado á Hungria, era um general daquela província romana que estava na legião romana em Leon (Legion) e se estabeleceu naquele lugar tendo o mesmo tomado o seu nome. Panoyas do Campo de Ourique também está ligado à Hungria, basta saber o que significava a palavra Campo, para saber também está ligado ao foro militar, Mestre de Campo, General de Campo etc. etc. e refere-se à Batalha vitoriosa que o nosso primeiro Rei travou a Sul (Sol). Segundo a tradição do povo de Panoyas foi mesmo D. Afonso Henriques lhe mudou o nome depois de ter travado a Batalha.
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RE: PANOYAS
Caros participantes neste tópico
Discutir Panoyas é interessante.
Quanto ao comentário do Sérgio algumas questões:
1º Quando foi escrito o texto citado? Será ele anterior ao séc. XII?
2º Que provas tem que estas panoyas das Asturias não vêm da Hungria?
3º O culto do Espirito Santo é um culto popular?
Recordo que Panoyas precede Portugal, ie antes do século XII já havia Panoyas em Portugal.
Já antes de 1100, ainda a região pertencia ao Reino de Leão, e os Sousa eram referidos por Senhores de Panoyas (que é a do Bispado de Braga).
Recordo ainda que as casas reais de Asturias, Leão, depois Castela e Portugal têm algumas géneses comuns e não será preciso procurar muito para estabelecer as ligações (também aos cruzados/templários da Hungria).
É no entanto verdade que muito do que se diz de Ourique (e não de Panoyas no Alentejo) foi criado muito depois em função de objectivos, cooporativos quiçá, mais ou menos revelados, e em que um deles seria precisamente o encobrir de Panoyas.
Cumpts,
Rui Correia
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RE: PANOYAS
“O problema é o termo Panóias está a ser identificado com Panónia e a servir para "provar" que o Conde D. Henrique (pai de D. Afonso Henriques) era filho de um Rei da Hungria. Ora acontece que Panoyas também existia nas Astúrias e sem qualquer ligação a húngaros... (como decerto ocorre em Portugal).”
“Em Portugal será o mesmo, não aqui húngaros nenhuns........”
Caro Sérgio Sodré
Não existe nem nunca existiu Panoyas nas Astúrias, existia e existe ainda o termo panoya na língua asturiana, que é um substantivo feminino e nunca um topónimo.
O nosso Grande Rei D. Afonso IV tinha na sua descendência 5 reis húngaros e dois príncipes da Hungria, se tivermos em conta que ele também descendia da linhagem de D. Henrique, que também era húngara, poderemos considerar que este rei, era mais húngaro que português!!!
Linhagem húngara:
Geza I- Rei da Hungria cc. Sinadena(Sancha) Teodorus
Almos, Duque da Croácia cc. Predislava de Kiev
Bela II- Rei da Hungria cc. Helena da Servia
Geza II – Rei da Hungria cc. Euphrosyne de Kiev
Bella III- Rei da Hungria cc. Maria Komnenos
André II – Rei da Hungria cc. Iolanda de Courtenay, Princesa de Constantinopla
Iolanda, Princesa da Hungria cc. Jaime, Rei de Aragão
Pedro II - Rei de Aragão e Sicília cc. Constança Hohenstauffen, Rainha da Sicília
D. Isabel de Aragão cc. D. Dinis de Portugal
D. Afonso IV- Rei de Portugal
Linhagem portuguesa:
D. Afonso Henriques- Rei de Portugal
D. Sancho I- Rei de Portugal
D. Afonso II- Rei de Portugal
D. Afonso III – Rei de Portugal
D. Dinis- Rei de Portugal
D. Afonso IV – Rei de Portugal
Agora, eu não tenho nada a ver que você não goste dos húngaros eu é que não enfio a cabeça na terra como as avestruzes!!! Já sei que não gosta de D. Afonso IV gosta mais do seu irmão o Pedro, o Conde de Barcelos, que era por Castela e pelo Papa, fique com ele que eu fico com D. Afonso IV, o grande rei, claro o papa é que não gostava dele, mas eu não tenho culpa, de D. Afonso ter sido educado pela Senhora de Panoyas, em cujos Paços se encontravam as relíquias de S. Fabião e S. Romão. O S. Fabião já todos sabem quem foi, o S. Romão era o sobrinho de S. Julião, um romano descendente da família de Júlio César, é o mesmo Santo, junto do qual, Leonardo da Vinci queria ser sepultado, os seus sobrinhos é que não lhe fizeram a vontade!!!
Quanto ao brasão de armas da Vila de Panoyas, uma vez que já o não pode ver, era: em campo azul, dois braços de homem cruzados, com as mãos apontando para cima, um vestido de amarelo e outro de carmim. No meio dos braços, sobre um Sol, uma cabeça de homem com barbas e cabelos loiros, compridos, representando Jesus Cristo. Ou seja, o trabalho do homem perante a divindade de Deus" O brasão já foi censurado muitas vezes mas apesar de tudo, tem resistido, a penúltima foi quando foi atribuído de novo brasão á vila. Não sei porquê? Não compreendo porque querem encobrir a Verdade, só a Verdade é Deus!!!
“PANOYU - Panoyu, asi se suele decir a las personas inocentes que son un poco atopáes (tontas).”
Posso ser um inocente, mas estúpido não sou de certeza……………….sou apenas um panoniano, não nascido duma maçaroca de milho, mas sim, nascido em Panoyas, a única vila do Mundo que tinha Jesus Cristo por brasão, e cujo topónimo é uma palavra erudita formada pelos filósofos gregos ( Pan Jónia) cujo significado D. Afonso V, sabia muito bem. Por isso dele nasceram três joanes imortalizados por Colombo.
Cumprimentos
Zé Maria
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RE: PANOYAS
Caro Zé Maria,
Continue sempre em busca da verdade, e deixe os historiadores,falar para as paredes, pois quase todos, com excepções para confirmar a regra, nunca nos ensinaram a verdadeira história de Portugal, mas a que convinha conforme a situação e época e o tacho a conservar.
Que o Espírito Santo os Ilumine
Cumpts.
Maria
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RE: PANOYAS
Caro Coelho
O que diz na sua mensagem é certo e inatacável. Panóias era um território medieval em Trás-os-montes e teve sede em Constantim.
O que acontece é que esta sede é tardia como logo o nome composto de Constantim de Panóias evidencia.
Infelizmente não sei dizer-lhe onde li que o topónimo simples deriva de um destacamento da VII Legião, vinda da Panónia, que teve acampamento permanente em Vila Real. Certo é que o local onde ela se acantonou é a hoje chamada Vila Velha, antigo núcleo da actual cidade, como digo numa mensagem do tópico “Tristão da Cunha – Navegador”. A análise da topografia do local, não deixa margem para dúvida quanto a esta vertente da questão. Em tempos de paz, compreende-se a migração da mancha urbana para local de mais apropriada topografia, tal como aconteceu com os núcleos populacionais castrenses que, quase sem excepção, desceram dos cumes para os vales, quando as razões militares da antiga implantação deixaram de fazer sentido.
Tendo o topónimo esta orígem, ou seja, constituindo apenas um título celebrando glórias passadas de uma legião romana, que poderia do mesmo modo ser a Germânica, a Gálica, a Macedónica, etc., não estabelece qualquer ligação do território à Hungria; no entanto, a designação Panóias não deixa de derivar do nome que na época se dava à região europeia depois assim conhecida.
Evidentemente que, quando o culto do Espírito Santo surge, o topónimo estava radicado havia alguns séculos, tanto em Trás-os-montes, onde ainda subsiste designando um santuário pagão, como no Alentejo, razão por que o José Maria escreve que a Dona Vataça se foi instalar na Panóias alentejana por causa do nome da terra.
Isto mais não é mais do que uma presunção do confrade, legítima como qualquer outra, mas que, a constituir adequada descrição da realidade, apontaria para uma originalidade sem exemplo, por parte da senhora. Qualquer coisa do género de Eça de Queiroz fixar residência na Maia para escrever o seu mais célebre romance, ou uma fábrica de produtos alimentares italianos estimar dever construir instalações em Massarelos.
Cumprimentos,
Manuel.
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RE: PANOYAS
Cara Maria,
Bem haja!
É-me muito agradável ver que uma participante, prestável, amável, simpática, m-educada, se pouco mais, pelo menos compartilha comigo a opinião que tenho dos historiadores.
Doze dias é muito tempo e suponho, por isso, que não foi pêra doce. Mas acredite que se é bom para si estar de volta, é para nós todos muito bom vê-la de volta e cheia de energia: oito mensagens num dia!
Mas, recomendo-lhe que não tenha pressa. O seu Anjo da Guarda é certamente muito empenhado - no meu caso, em que o cardiologista diz que sou um dos cinco clientes mais sortudos que tem - admito que nem foi o Anjo da Guarda mas mesmo o Filho do Patrão mas, nós temos também de dar uma ajuda. Como calcula, bem prega Frei Tomaz ...
Com os meus cumprimentos,
Fernando Aguiar
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RE: PANOYAS
De leitura muito útil.
"Sobre a formação e evolução da lenda de Ourique (até à Crónica de 1419)", revista da Faculdade de Letras, 3ª série, vol. XXIII, pp. 168-215, 1957
de Luís Filipe Lindley Cintra
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RE: PANOYAS
Caro Manuel,
obrigado pelas informações que me dá sobre a Panóias transmontana, informações que apenas em parte conhecia. Não sei se terá fundamento essa etimologia que refere. Poderá ser uma daquelas etimologias fantasiosas que proliferaram especialmente nos séculos XVI/XVII e que por vezes continuam a ser citadas por quem anda pouco actualizado. Além das duas Panóias já faladas (Trás os Montes e Algarve), há pelo menos uma terceira no concelho de Braga (Minho).
Quanto à plausibilidade da presunção do confrade José Maria Ferreira, estamos de acordo.
Cumprimentos,
Coelho
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RE: PANOYAS
Caro Fernando Aguiar,
Muito obrigada pelas suas amáveis palavras e conselhos.
Foi um aviso.Estiquei o elástico demais e não só.
Agora tenho os meus filhos a mandarem em mim, eu que sou mandona por natureza, deve calcular o que custa, a rédea curta.
Mas foram três grandes arrelias que provocaram o peripaque
Todos os exames deram negativos, só faltao relatóro de uma, RMEC, pois hoje o Doppller das carótidas, informou que estão limpimhas.
Ainda não sei como cheguei ao HFX.
Com os melhores cumprimentos
Maria
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RE: O PAI DO CONDE D. HENRIQUE
Caro confrade Zé Maria
Relativamente à sua afirmação "Panoyas tem a ver com D. Afonso Henriques e a Hungria (Panonias) donde era natural seu pai." recomendo a excelente obra "D. Teresa, a primeira Rainha de Portugal" publicada por "a esfera dos livros". Aí o autor traça a árvore genealógica do conde D. Henrique e explica as circunstâncias em que veio para a Terra Portucalense", e, mais importante, apresenta documentação da época relativa aos pais e antepassados do conde D. Henrique demonstrativa de que o "Rei da Hungria" é mera enfabulação quinhentista de que, infelizmente, Camões e o seu novo túmulo fizeram eco.
D. Henrique foi neto do duque Roberto da Borgonha conforme crónica redigida por volta de 1110, em França "Ainrico, unifiliorum filii eisudem ducis Robert, dedit" Floriacense. A sua vinda para a Península Ibérica está, como parece ser lógico, ligada ao facto de D. Afonso VI ter casado em 1079 com Constança de Borgonha, tia do nosso conde D. Henrique. Não há aqui qualquer Rei da Hungria...
Cumprimentos
Sérgio Sodré
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RE: O PAI DO CONDE D. HENRIQUE
Caro Sérgio Sodré
É preciso saber do que estamos a falar, cada coisa no seu lugar. Primeiro será preciso saber se o conde D. Henrique corresponde a esse tal "Ainrico, unifiliorum filii eisudem ducis Robert, dedit" . Pelo que conheço não há nada que ligue o Conde D. Henrique a França excepto um documento em que ele e D. Teresa vendem uma herdade em França. Mas isso também não prova nada. Ao contrário do que defende esse autor, a efabulação quinhentista, essa sim, é que o fez francês, porque até aí D. Henrique era tido como filho de um rei húngaro. Tomemos o exemplo de Fernão Lopes que sempre defendeu a sua origem húngara, Fernão Lopes que era o guarda-mór da Torre do Tombo e escrivão da puridade do rei D. João I. Em 1449, Fernão Lopes ainda recebe um pagamento de D. Afonso V em reconhecimento pelos seus trabalhos historiográficos.
Portanto foi a partir de D. Manuel e dos seus sucessores pró castelhanos que se começou a propalar essa hipótese francesa, alterando tudo o que até aí era aceite, quanto à origem da sua linhagem.
E quanto à origem do nome da minha terra, ela não tem nada a ver com maçarocas de milho, como você defende, mas sim com Panonias e durante a Idade Média era assim mesmo que era assinalada nos mapas franceses, o que vem de encontro à lenda de Panóias, em que diz que o nome foi alterado por D. Afonso Henriques em memória da batalha que travou com os Mouros nas suas proximidades.
Não se esqueça que D. Vataça “exigiu” aquela terra da Ordem de Santiago, e tal com D. Henrique e D. Afonso Henriques, também ela tinha ascendência húngara. D. Vataça era considerada uma grande religiosa e mística, deixou geração em Portugal e Aragão, mas os nobiliários apagaram a grande mulher que sempre foi e continuará a ser para a eternidade. Posso dizer-lhe que haverá poucos portugueses que não serão seus descendentes, no entanto todos nós o ignoramos ou melhor ignorávamos por força das circunstâncias inquisicionais.
A tese que a Inquisição deixou passar é identica a esta:
De Borgonha vem em 1092 D. Raimundo, filho segundo de Guilherme I , conde de Borgonha. A ele é atribuído o governo de toda a Galiza, cujo poder se encontrava vago pela morte recente do rei Garcia. Casou com a filha legítima de Afonso VI, D. Urraca. Mais tarde, e talvez atraído pelo sucesso do seu PRIMO, vem para a península D. Henrique de Borgonha, da família ducal. Afonso VI casa-o com a sua filha ilegítima D. Teresa e atribui-lhe o governo do condado Portucalense, incluíndo a zona de Emínio (Coimbra).
Você defende esta tese!!! ? Se os Condes de Borgonha são de uma família e os Duques de Borgonha são de outra família, justifique-me lá como é que D. Raimundo e D. Henrique poderiam ser primos?
Cumprimentos
Zé Maria
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RE: O PAI DO CONDE D. HENRIQUE
Caro Zé Maria
Eu não defendo a tese das "maçarocas de milho" (aliás não havia milho na Europa de então), apenas apresentei documentação para efeitos de reflexão... Talvez a ideia de fixação na zona de forças romanas vindas da Panónia possa ter fundamento... mas tudo muito antes de alguém falar ou pensar em húngaros ou em Hungria claro.
O nosso Conde D.Henrique era o irmão mais novo do Duque de Borgonha Eudes "Borrell" casado com Sibila, irmã do Conde D. Raimundo. O pai de Sibila e de Raimundo seria o Conde de Borgonha Renato I. Não havia um parentesco directo entre Henrique e Raimundo, o facto de ambos remeterem para famílias "Borgonha" terá levado a futura lenda de que seriam primos (mas ambos descendiam de Hugo, Conde de Paris 895-956).
D. Henrique aparece em documento de 1074 e em 1082 há um documento que o denomina por puer porque ainda não era maior de idade. Isto em documentação francesa. Pelo menos é o que está escrito na obra que já referi com a citação (Molesme, II, 6, p. 12).
Mas parece lógico que fosse sobrinho da Rainha Constança de Borgonha, mulher de D. Afonso VI, ao invés de ter chegado à Península não se sabe porquê, sem eira nem beira, como filho de um Rei húngaro de que desconhecia o nome... um aventureiro a quem logo D. Afonso VI dava a mão de uma filha??? Ou antes um bem conhecido parente de sua mulher... E quanto a Raimundo? Também alguém diz que fosse húngaro? Ou a ideia é de que seria da Borgonha e nenhuma ligação teria a Henrique?
Ainda não acedi aos estudos sobre a ascendência de D. Afonso Henriques publicados ao longo das primeiras revistas da Associação Portuguesa de Genealogia "Raizes e Memórias", o que seria importante para este assunto.
Cumprimentos
Sérgio Sodré
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RE: O PAI DO CONDE D. HENRIQUE
Caro Sérgio Sodré
A estória de ligarem o Conde D. Henrique a um Raimundo é muito simples. Ligaram-no a um artificialmente para esconderem um outro Raimundo que era de facto seu parente. Este seu parente era D. Raimundo de S.Gilles e ambos casaram com as flhas do Imperador D. Afonso VI e de D. Ximena Moniz. A ligação que quiseram arranjar de D. Henrique ser primo de Raimundo de Borgonha, só serviu para encobrir o outro Raimundo de S. Gilles, o verdadeiro parente de D. Henrique.
O documento por si referido fala de um Henrique "peur", irmão de Eudes, mas não se prova que este Henrique seja o Conde D. Henrique que casou com D. Teresa, pois não? Henrique havia-os muitos contemporâneos, e não só na Casa Ducal de Borgonha, como na de Barcelona, na Alemanha, na Hungria ou até na Sicília.
D. Henrique sendo filho de um rei hungaro, não chegaria a Portugal sem eira nem beira, pelo contrário, viria através da Sícilia e de Aragão que mantinham relações amistosas com o reino magiar. Não se esqueça que foram os normandos que mais contribuiram para a consquista de Portugal aos mouros.
Veja-se as acções empreendidas pelos Rogérios da Sicília sobretudo no Sul de Portugal e Algarve. E este rei tinha inclusivè uma filha casada com um rei húngaro e outra com Raimundo de S. Gilles e foi pela mão deste último que segundo as Crónicas, D. Henrique veio combater os mouros na Península. Segundo os cronistas antigos também Raimundo de S.Gilles teve uma irmã que foi casada com um rei da Hungria, donde nasceria este D. Henrique que foi depois Conde de Portugal, por ter casado com D. Teresa que era cunhada do mesmo D. Raimundo de S. Gilles.
Portanto temos aqui a Casa de Barcelona e nunca a Casa Ducal de Borgonha. Basta ver a sequência dos casamentos que se fizeram depois na Casa Real Portuguesa. Com Barcelona sim, com Borgonha que eram Reis de França, "Rien de Rien".
Cumprimentos
Zé Maria
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RE: O PAI DO CONDE D. HENRIQUE
Caro Zé Maria
Refere que "segundo os cronistas antigos também Raimundo de S.Gilles teve uma irmã que foi casada com um rei da Hungria, donde nasceria este D. Henrique que foi depois Conde de Portugal, por ter casado com D. Teresa que era cunhada do mesmo D. Raimundo de S. Gilles."
Faz-me alguma confusão ver sempre a expressão "um rei da Hungria" sem nunca se concretizar qual foi o rei. Afinal o colega apresenta diversos pormenores que, a serem correctos, tornariam fácil precisar qual o rei e qual a irmã de Raimundo de S. Giles. Qual é a dificuldade?
Segundo li, Raimundo de S. Giles, conde de Toulouse, era cunhado de D. Teresa pelo seu casamento com a irmã mais velha desta, a infante Elvira, em 1994. Tendo Elvira partido para França para casar. Parece ser um facto que a chegada de D. Henrique a Leão terá ocorrido também por essa altura. Pelo menos estava já casado com D. Teresa a 11 de Fevereiro de 1095. Para além da proximidade das datas, não sei se algo mais haverá.
Por outro lado, há documentação que atesta a deslocação do duque Eudes I à Península prestando homenagem à sua tia, a rainha Constança e também para colaborar em acções militares. Nomeadamente, viajou a Leão no Verão de 1087, juntamente com o seu cunhado, o conde Raimundo de Borgonha, talvez então se tenha estabelecido um compromisso entre este e a Infanta D. Urraca.
Ora Eudes tinha um irmão benjamin, Henrique, sexto filho. É este que tem sido identificado com o nosso conde D. Henrique. Terá entrado no contexto do relacionamento tia-sobrinho (Constança e Eudes) e entre cunhados (Eudes e Raimundo). Sem herança, mas bom guerreiro, foi inculcado na corte por Eudes.
Esta versão parece ter mais lógica, mas não sei se está provada para lá de todas as dúvidas...
Cumprimentos
Sérgio Sodré
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RE: O PAI DO CONDE D. HENRIQUE
Caro Sérgio Sodré
“Ora Eudes tinha um irmão benjamin, Henrique, sexto filho. É este que tem sido identificado com o nosso conde D. Henrique. Terá entrado no contexto do relacionamento tia-sobrinho (Constança e Eudes) e entre cunhados (Eudes e Raimundo). Sem herança, mas bom guerreiro, foi inculcado na corte por Eudes.”
Pois é, só que o benjamim Henrique de Borgonha, não tem nenhum documento a provar que é o mesmo D. Henrique que foi conde de Portugal, é que este, também não foi bom guerreiro na Corte do Imperador.
Se, se estudar a história da família de D. Henrique facilmente se chegará à conclusão que D. Henrique pertence a outra família com outros interesses e origens. D. Raimundo e Eudes representam junto do Imperador Hispânico a defesa de uma certa nobreza de origem goda que depois dos territórios conquistados aos mouros queria implantar e implantaram mesmo um regime feudal deveras mais escravizante aos vencidos e até aos próprios cristãos que durante o domínio muçulmano.
Portanto estava em causa dois modelos de sociedade. Um em que preconizava uma sociedade onde pudessem conviver homens multi-raciais, com culturas e religiões diferentes que D. Henrique apoiava, e outro de segregação e escravidão dos vencidos e até de próprios cristãos, nobreza esta, que se apoiava em D. Raimundo. Eu acho muito estranhos dois fidalgos que dizem ser da mesma “casa de Borgonha” virem juntos de França para se combaterem em Espanha por causas diferentes.
Tudo indica que o Imperador D. Afonso VI queria depois da sua morte transmitir o poder ao seu filho D. Sancho, seu único filho varão filho de Zaida uma moura filha do rei de Sevilha, era esta pelo menos a intenção revelada pelo Imperador em 1107, de transmitir a coroa ao referido bastardo, que á semelhança do pai bem poderia vir a ser um bom soberano para reinar os crentes das três principais religiões da Hespania, conforme o documento « Sanctius puer regis filium regnum electus patri factum»que se encontra na Catedral de Santiago de Compostela.
Segundo este pacto o Conde D. Henrique comprometia-se a reconhecer D. Raimundo como soberano e a dar-lhe apoio militar contra quem pretendesse apoderar-se dos Reinos de Leão e Castela. Por sua vez Raimundo comprometia-se a assegurar ao conde Dom Henrique a terça parte dos tesouros de Toledo e a tenência desta mesma cidade e o território dela dependente.
Mas o príncipe mouro, filho do Imperador morre pouco depois, Raimundo de Borgonha porque era casado com uma filha do Imperador, começa a pressionar o Imperador para que a sua mulher Urraca lhe venha a suceder na coroa. Estava desfeito o pacto entre o conde D. Henrique e o seu cunhado Raimundo de Borgonha, porque este não se apoiava na nobreza que queria um regime de três religiões, mas sim de um nobreza segregadora e de elite goda, que a partir desta data irá estar presente sempre nos conflitos ente Castela e Portugal.
Por outro lado o Imperador é pressionado pelo conde D. Henrique, porque com a morte do seu sucessor, só ele estaria em condições de lhe suceder no trono porque a sua política abrangia um leque de nobreza mais “franciscana” aberta á conciliação entre raças e religiões diferentes, como era o caso que se vivia em Hespana. Nos últimos dias de vida do Imperador, D. Henrique vai mesmo a Toledo, tentar convencer pela última vez o seu sogro, mas em vão a ” ilustre nobreza de Hespana” já cantava vitória e D. Raimundo preparava-se através de sua mulher D. Urraca para receber a Coroa Imperial.
Segundo a Crónica de Sahagún, D. Henrique discutiu mesmo com o Imperador e deixou Toledo enraivecido, « poços dias ante que el rrei ficiesse fim de bivir, non sé porque, entebeniente discórdia e sanna, se partio ayraado del rrei»
Para agravar a situação o Imperador morre pouco tempo depois do seu filho Sancho ter morrido. D. Henrique era a pessoa ideal para substituir o príncipe mouro Sancho. A luta entre as duas nobrezas da Hespana continuou e manteve-se através dos tempos, por sua causa, nasceria um Imperador em Ourique, morreria D. Inês de Castro, se construiria o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, apareceria no Mundo Colombo, sem ninguém saber donde era, se submeteria por sessenta anos Portugal, se daria a guerra das laranjas e se entregaria vergonhosamente Valência e os seus territórios, se construiria a barragem do Alqueva e se venderia Portugal aos espanhóis, “a Ilustre Nobreza de Espanha” como lhe chamou Colombo. Venceram finalmente???
Não e nunca, por existe a Lenda de Panoyas!!!
Cumprimentos
Zé Maria
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RE: O PAI DO CONDE D. HENRIQUE
Caro Sérgio Sodré
Continue assim, faça como as avestruzes enfie a cabeça na terra e continue a defender que Panoyas deriva de maçaroca de milho e que D. Henrique era francês de Bolonha!!!
Só que os factos históricos mostram o contrário, o seu filho D. Afonso Henriques em vez de se aliar aos franceses, aliou-se a Aragão/Catalunha e à Sicília do seu tio Rogério, e para combater os franceses até deu uma prenda a Filipe da Flandres, deu-lhe em casamento a sua filha D. Teresa de Portugal e recheou-a com um valoroso dote com que Filipe de Flandres sustentou a guerra durante alguns anos contra a França!!!
Portugal começou em Panoyas, embora isso pareça um absurdo para todo o Mundo, a realidade é essa mesmo, ou não fosse Panoyas a terra do Salvador!!!
A terra do Salvador, para isso começaram a trabalhar os beneditinos húngaros!!! Entre eles estavam S. Romão e São Martinho de Panoyas. (não da Hungria, nem de Trás-os-Montes, mas Mediterrânicas)
Eles navegavam por outros Mares!!!!
Saudações fraternas
Zé Maria
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RE: O PAI DO CONDE D. HENRIQUE
Caro Sérgio Sodré
Desculpe queria escrever Borgonha!!! Se com Borgonha já não se aprendia nada sobre o conde D. Henrique, com Bolonha ainda se aprende muito menos!!!
Não era a França, era a Sicília!!!
Sicília e Portugal, dois Reinos irmãos!!!
Como irmãs eram a Rainha D.Teresa de Portugal e Rainha Elvira da Sícilia!!!
Não foi por acaso que a Rainha Elvira da Sicília teve um filho chamado Henrique!!!
Saudações fraternas
Zé Maria
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RE: O PAI DO CONDE D. HENRIQUE
Caros confrades
Panoyas, a Capital do Império do Espírito Santo!!!
Não foi por acaso que D. Vataça uma grande religiosa bizantina, depositou lá a cabeça do São Fabião, o único Papa eleito por acção do Espírito Santo!!!
Panoyas a Terra onde se veneravam as Cabeças, culto dos nossos antepassados celtas!!!
Celtas que daqui partiram há milhares de anos pela Europa e Norte de África e atingiram a Anatólia, ficando por essa Europa várias regiões com topónimos celtas muitas vezes coincidentes com os da Península Ibérica!!!
Os celtas Lusitanos (paiones) desde tempos remotos sempre tiveram contactos com regiões longínquas que colonizaram, onde implementavam a sua língua, o Osco, uma língua muito parecida com o Latim, do qual derivaram o Provençal, o Romanche, o Catalão, e o Galaico-Português, entre outras.
Os celtas paiones terão se fixado depois nos territórios que hoje pertencem à Hungria e aí fundaram a Panonia, portanto a Panonia, foi uma colónia grega e depois romana, mas antes a sua alma era genuinamente lusitana!!!
Se não fosse assim não teriam os Imperadores romanos enviados várias legiões de Lusitanos para a Panonia, região onde ainda hoje se encontram muitos topónimos de origem lusitana!!!
É Verdade que depois a Panónia foi invadida por Hunos que a destruíram, mas a gene Lusitana (paiones) persistiu no meio das estepes húngaras, para voltar um dia à sua terra de Origem - Panoyas do Campo de Ourique - para renascer das cinzas como a Fénix, e fundar Portugal!!!
Saudações fraternas
Zé Maria
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