SAPO: Filme de Manoel de Oliveira premiado

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SAPO: Filme de Manoel de Oliveira premiado

#166874 | Decarvalho | 08 Sep 2007 16:23

O Portal SAPO apresentava ontem, 7 Set, à noite, a seguinte notícia publicada pelo Semanário o SOL

«Festival de Cinema
Manoel de Oliveira premiado em Veneza
Três grandes mestres da 7ª Arte – Nikita Mikhalkov, Youssef Chagine e Manoel de Oliveira - encerraram o Festival de Veneza.
A 64ª edição do mais glamouroso certame do mundo do cinema considerou o português Cristóvão Colombo – O Enigma como «o filme mais significativo da mostra»

Cristóvão Colombo – O Enigma, nova produção do nonagenário Manoel de Oliveira, foi homenageado no Festival de Veneza com o Bisato D’Oro, atribuído pela crítica independente. A película foi considerada «a mais significativa da mostra».

A crítica afirmou que a obra de Oliveira é «o olhar de um grande mestre sobre o nosso mundo. Um retorno ao mito de Ulisses e à Demanda. Uma repreensão a quem se esquece que o amor move todas as coisas».

Depois de Belle Toujours – inspirado no cinema surrealista de Luis Buñuel – o veterano luso explora a História nacional para abordar a origem de Cristóvão Colombo. De acordo com o investigador Manuel Luciano, Colombo seria um filho bastardo de um duque da família real portuguesa.
(...)

SOL com agências



Esta crítica independente deve ser mesmo muito obtusa. É que no dia da estreia do filme, um crítico português escrevia algures (tenho muita pena de já não conseguir encontrar o link) que Manoel de Oliveira tinha de aprender duas coisas: direcção de actores e História, sugerindo para esta última que tivesse lições com o prof. José Hermano Saraiva.

Também acho. E acho ainda que a crítica independente do Festival de Veneza também tem muito que aprender com este crítico português.
Não há ninguém como estes portugueses!!!

Grande SAPO !!!

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RE: SAPO: Filme de Manoel de Oliveira premiado

#166876 | josemariaferreira | 08 Sep 2007 16:54 | In reply to: #166874

Carlos Carvalho

Sugiro então, um novo Filme de Manuel de Oliveira" A Batalha de Ourique" baseado na versão de José Hermano Saraiva.


Senhores telespectadores, este nosso programa de hoje vai ser inteiramente feito aqui no concelho ou mesmo na ilustre Vila de Ourique. Ourique fica no Baixo Alentejo, no Baixo Alentejo, mas não é longe, não é longe, daqui a Lisboa são 180 quilómetros, sempre por auto-estrada, daqui a Sevilha são 140 quilómetros, portanto é um lugar perfeitamente acessível. E o Alentejo é uma bela província, província de grandes planícies, de mansos e pacíficos sobreiros, de gados a pastar, outrora terra das grandes searas loiras como as
tranças das raparigas, é realmente uma terra de paz, de grandeza e de fartura. Eu quando venho ao Alentejo sinto-me sempre comovido, o Alentejo é um lar, é a terra da paz, podem crer. Eu estou aqui num miradouro, vêem-se além umas serras azuis, aquelas serras já são Algarve, sobem-se as ladeiras e lá do cimo dos visos daqueles montes já se avista ao longe a grande planície azul do mar. Estamos portanto no sul de Portugal e vamos conhecer, vamos conhecer finalmente a nobre Vila de Ourique.

O grande orgulho histórico desta Vila de Ourique é a famosa Batalha de Ourique. Bom, nós não sabemos nada sobre a Batalha de Ourique, isto é falar verdade, há realmente, numa inquirição feita muitas dezenas de anos depois, aparece uma pessoa a depor e para marcar uma data diz “isso não sei mas foi tantos anos depois ou tantos anos antes da Batalha de Ourique”, portanto que houve Batalha, houve, isso não há dúvida nenhuma e que essa Batalha ficou na memória dos povos ficou, também não há dúvida nenhuma, mas não
sabemos mais nada. Não sabemos onde foi, porque Ouriques há vários. Olhem, ali perto do Cartaxo, houve um, lá um movimento e fizeram lá um grande monumento, disseram que a Batalha era ali, fizeram um monumento enorme. Em Leiria também, enfim, com alguma razão, porque a batalha dum lado, o chefe era o D. Afonso Henriques, doutro lado o chefe era o Esmar, que era o vali mouro de Santarém, portanto é possível que a Batalha fosse naquela região. Agora a terra que desde cedo se apresentou como sendo o verdadeiro lugar eram aqui os campos de Ourique e a cabeça dos campos de Ourique claro que era este, esta Vila de Ourique. Isto tem um foral desde o século XIII, portanto antes do século XIII isto não era importante, mas a região foi sempre muito importante, porque eram grandes, grandes prados com pasto pró gado. Os gados que vinham lá de cima do norte, vinham pastar aqui na altura do gelo, era uma terra agrícola realmente importante e chamavam a isto os Campos de Ourique. É muito possível, muito possível que a batalha tenha sido aqui nesta região. É claro, há quem diga que não, e diga “então, então o D. Afonso Henriques era assim tão, tão irresponsável que nessa altura em que a fronteira entre cristãos e mouros passava no rio Mondego, nem sequer chegava ao Tejo, nem sequer chegava ao Tejo e ele, lança-se assim
por aqui a baixo, por estas planícies até ao coração das terras sarracenas, não, ele não era
capaz disso!”. A verdade é que era capaz disso, isso eram as, eram operações militares que se faziam na primavera, chamava-se a isso fossados. Os fossados eram excursões muito rápidas, com cavalaria ligeira, pelas terras do inimigo, em que assaltavam os celeiros, as adegas, as aldeias, levavam toda a gente escravo, vinham como um relâmpago, geralmente era em, era nos tempos da primavera, voltavam rapidamente e bom, e era disso, era disso, desses, desses raptos que se vivia. Olhem, eu já num programa aqui há meses, mostrei lá cima na Beira Alta um lugar que está completamente esquecido dos nossos historiadores, é uma igreja antiga que se chama Nossa Senhora de Sacaparte, sacaparte quer dizer dá cá o meu, sacaparte era aquela Nossa Senhora que presidia à divisão do produto dos raptos entre os cavaleiros que tinham tomado parte na cavalgada. Portanto é perfeitamente possível que
D. Afonso Henriques tenha saído de Coimbra à frente dos seus cavaleiros, tenha entrado
aqui por esta região, que era uma região rica, de cereais, de azeite, de população das
aldeias, e que aqui tenha sido surpreendido pelos mouros. Isso é perfeitamente possível,
porque a verdade é que não sabemos nada, mas absolutamente nada sobre as circunstâncias dessa batalha. Só sabemos que ela aconteceu, isso é verdade, o resto é tudo fantasia. Por isso eu admiro-me muito por ver aqui à porta da Câmara Municipal, está ali uma placa com uma série de nomes, eu quando entrei até julguei que aquilo eram os nomes dos mortos na Primeira Grande Guerra Mundial, porque é isso que é costume ver. Sabem que na terrível Batalha do 9 de Abril, Batalha de La Lys morreu muita gente, muita gente, muita gente portuguesa. Os alemães passaram por ali, mas primeiro cilindraram tudo aquilo com tapetes de bombas, foi uma coisa horrorosa, e morreram milhares e milhares de rapazes, foi uma coisa horrorosa, e em muitas câmaras têm a lista dos saldados que morreram na Batalha e La Lys. Eu julguei que aquilo era o mesmo, e perguntei “o quê, então morreu esta gente toda?” e disseram-me “não, não, esses morreram na Batalha de Ourique, no século XII”, “o quê?!” “é”, então comecei a ler. Lá em cima diz Fernão Mendes de Bragança e os seus dois
irmãos, Egas Moniz e os seus dois filhos, Afonso vi, o Moço Viegas, o Soeiro Viegas, o Garcia Mendes, o Lourenço Mendes até lá está o D. Fuas Roupinho. Como sabem o D. Fuas Roupinho era um almirante que parece, também segundo, tudo isso é lenda, tudo isso é lenda, mas enfim, a lenda que chegou até nós é que era o almirante do D. Afonso Henriques. É o tal do milagre da Nazaré, é o tal que o Diabo, o Diabo feito corsa queria atirar ao mar, felizmente estava ali Nossa Senhora num rochedo, agarrou na pata do cavalo e assim se salvou milagrosamente o D. Fuas Roupinho. Mas veio a morrer mais tarde ali ao largo do Cabo Espichel com os tais corsários. Eu sempre achei muita graça a isto D. Fuas Roupinho
andar atrás dos corsários e o milagre dizer que ele ia atrás duma corsa. O corsário é o que corre, a corsa também corre muito. Bom, depois até o D. Fuas Roupinho mataram aqui para
fazer aquela lápide. Eu sinceramente discordo dessas invenções históricas, Portugal tem tanta glória verdadeira, tem tantos factos de que nós nos podemos sinceramente orgulhar, que escusamos de recorrer a estas invencionices. Nós não precisamos, graças a Deus, nesse capítulo de episódios gloriosos de roubar nada a ninguém.
Esse milagre de Ourique é uma lenda bonita. Diz que o D. Afonso Henriques avançou por ai abaixo, veio, veio por ai fora, por ai fora, com os seus homens, até que chegou aqui, e isto já era no coração da terra dos mouros, porque nessa altura a fronteira ficava muito, muito lá em cima, isto foi em 1139 e como sabem só mais tarde em 1147 é que D. Afonso Henriques conquistou Santarém. Ora bem, Santarém é muito longe daqui, portanto isto era o coração da terra dos mouros. Pois ele vem por ai abaixo, mas quando chegou aqui encontrou uma multidão de mouros, com cinco reis mouros, com milhares e milhares de guerreiros. Bom, e o
D. Afonso Henriques ficou preocupado, os nobres que vinham com ele ficaram com medo, “tanta gente, como é que a gente vai fazer?”. Mas estava o D. Afonso Henriques a pensar nisso quando aparece, há junto da tenda onde ele estava acampado um velho ermitão que lhe diz “D. Afonso não tenhas medo, quando, antes do raiar do sol, durante a madrugada, ouvires tocar um badalo sai da tenda, sai da tenda, abre os olhos e vê, e faz o que te mandarem”. Bom, D. Afonso Henriques voltou para a tenda, lá adormeceu, a certa altura houve tocar um badalo, bum, bum, bum, vem cá para fora, e o que é que ele vê? Vê nem mais nem menos que Nosso Senhor crucificado, na cruz, a dizer-lhe “Afonso não temas, eu estou do teu lado, ajudo-te, dá batalha aos mouros”. Bom e D. Afonso Henriques depois vai, os seus homens aclamam-no, põem-no aos ombros, dizem que agora ele é que é Rei, e ele dá a Batalha e ganhou. Devo dizer que esta lenda foi contada como se fosse o relato rigoroso da verdade até ao século XIX, até que Alexandre Herculano vem dizer “isso não tem pés nem cabeça, isso nem sequer é uma lenda portuguesa, isso é uma lenda galega, é uma lenda ligada com Santiago de Compostela!”. Há realmente no século XIII, já não é, a Batalha é no século XII, é depois disso, no século XIII, que aparecem dois escritores espanhóis, um é o Frei Lucas de Tui, outro é o Arcebispo de Toledo, que em dois livros, com poucos anos de intervalo contam um milagre semelhante. O milagre é que o rei vai dar uma batalha aos mouros, os mouros são maiores, o rei está com medo, aparece o tal frade, toca o badalo, diz-lhe que saia da tenda, o rei sai da tenda. Quem lhe aparece não é Cristo crucificado, é o próprio Santiago, o Santiago de Compostela, o Santiago mata mouros e o Santiago diz-lhe “rei não temas, eu estou do teu lado, vou-te ajudar!” e realmente o rei dá a batalha, Santiago ajuda-o, e ele ganhou. É claro que esta lenda aqui de Ourique do aparecimento de Jesus crucificado é exactamente igual à lenda galega, só com uma diferença, dum lado fala-se em
Santiago, doutro lado fala-se em Nosso Senhor crucificado que é muito mais que Santiago.
Eu não sei que explicação tem isso, mas tenho cá a minha hipótese, é que quando os portugueses andavam em guerra com os castelhanos e com os leoneses, o patrono das armas de Castela e de Leão era o Santiago, o Santiago apóstolo, o Santiago de Compostela e portanto quando eles atacavam a galope, a cavalo, diziam “Santiago, Santiago, Santiago!”.
Bom, e nós também havíamos de chamar pelo Santiago? “Santiago, Santiago!”. Então e o
Santiago a quem é que ia acudir? Então ambos chamavam por ele, porque é que o Santiago
havia de ir para eles e não havia de vir para nós, era uma dificuldade para o Santiago. Por
isso quando no século XV, na crónica de Cinco Reis, que a meu ver é já inteiramente do punho de Fernão Lopes, o genial cronista português, quando contam o milagre já não metem o Santiago, já não foi o Santiago, é Nosso Senhor crucificado que é muito mais que Santiago.
Quer dizer os portugueses contaram a história duma maneira a ficar por cima, ao nosso D.
Afonso Henriques quem aparece é o verdadeiro senhor crucificado na sua cruz. O que é espantoso é que para desfazer esta lenda foi preciso chegarmos ao tempo de Alexandre
Herculano, e quando Alexandre Herculano vem dizer, na sua História de Portugal, “isso é
uma lenda que não tem nada que ver com a história portuguesa, é uma lenda que vem lá de
fora!”. Toda a gente lhe caiu em cima, disseram, disseram que ele estava a destruir, enfim, a
piedade portuguesa, que ele era realmente um blasfemo, era um pecador, estragava a glória
das cinco quinas, que eram as cinco chagas do senhor e houve uma guerra medonha contra
o Herculano, porque o Herculano dizia o que era uma verdade evidente. Essa guerra, uma
verdadeira guerra contra a história de Herculano mostra bem o que era o atraso da mentalidade e da cultura portuguesa ainda nos meados do século XIX.

Bom, a verdade é que o próprio Alexandre Herculano começava a História de Portugal com o
Conde D. Henrique. O Conde D. Henrique que casou com uma filha, com a D. Teresa, filha do Imperador Afonso VI, e que depois veio a ser mãe do nosso D. Afonso Henriques e dizia o Herculano “Bom, para trás disso há muito tempo, mas não há noticias”. Aqui a própria história
de Ourique é cheia dessas notícias, Ourique tem história milhares de anos antes do Conde D.
Henrique. Eu agora estou a falar-lhes no que a meu ver foi o grande núcleo urbano que foi o
avô da actual Vila de Ourique. Isto é o Castro da Cola, chama-se assim mesmo, Castro da Cola. Não sei a origem da palavra cola, mas há quem diga que vem de alcalá, “al” é o, é o prefixo, quer dizer “a”, “alcalá” quer dizer a fortaleza e de calá teria vindo Cola, é possível não tenho a certeza. O que é certo é que nos fins do Neolítico, nos inícios da Idade do Bronze, já
aqui há uma grande povoação. Estão a ver ainda, as casas redondas, aqui, isto foi explorado
por um grande arqueólogo, o Abel Viana. Abel Viana é um dos mais ilustres arqueólogos portugueses, e isto está hoje classificado como monumento nacional, porque realmente isto é
muito importante, é um castro enorme, com uma muralha que ocupa tudo isto. Isto fica aqui
colocado num esporão, um esporão rochoso, que fica entre dois braços de água, dois braços
de água ligados ao Rio Mira e aqui se instalou há quatro mil anos uma população. Depois
abandonou isto, mas reparem isto só foi abandonado ali pelo século XIII da era cristã,
portanto isto foi povoado e foi importante durante, perto de, 4 mil anos. Bom, hoje, hoje é um monumento nacional, felizmente está bem protegido, até tem ali uma estação em que
explicam cuidadosamente o que isto era. Isto é visitadíssimo e vale a pena vir a Ourique para
vir aqui ao Castro da Cola. Até porque, depois do Castro e logo a seguir há outra estação
arqueológica, e outra, e outra, aqui neste correr de montes há 18 lugares arqueológicos que
são 18 informações sobre o passado deste povo que nós somos. E devo-lhes dizer que o nosso passado arqueológico é extremamente importante por uma razão, por uma razão. Isto aqui como sabem é uma península, uma península, os povos que nessa altura tinham uma vida errante, ambulante e vinham sempre no sentido do sol, vinham sempre do nascente para o poente, do nascente para o poente, e portanto cada povo
expulsava o povo que encontrava na sua frente, esse povo fugia e fugia sempre na direcção
do poente, até que chegava ao mar, “e quando a terra acaba e o mar começa” como dizia o
Camões ninguém mais pode fugir, e aqui todos se misturavam, viessem donde viessem, iberos, celtas, gente da África, gente do norte, gente, todos aqui tinham, olhem, que se acasalar, conviver, mesclar, e acabava por dar uma mescla étnica que deu este tipo que nós somos. O português não é uma raça, o português é realmente uma anti raça, e isso tem o
seu preço. Reparem que o problema fundamental que todos os nossos escritores têm, têm posto é este problema da identidade nacional. Afinal quem somos nós os portugueses? É isso que toda a gente pergunta, os grandes pensadores, o Eduardo Lourenço, lembra-me do Ferro, lembra-me do Oliveira Martins, quem somos nós os portugueses. Isso exactamente porque somos a mistura dessa grande mescla étnica que fez de nós um povo universal. Eu acho que a nossa grandeza no mundo, esta capacidade de chegar a toda a parte, à Ásia, à África, à América, à Oceânia, e construímos lá os nossos lares, e pôr essa gente a falar o português, isso tem essa raiz longínqua. Nós já somos a flor duma raiz que enraizava em todas as partes do mundo.
A vila passou lá para baixo, para Ourique, mas deixou aqui um vestígio. Havia aqui uma
tradição muito antiga, um culto, um culto que vinha não se sabe de quando, mas que na fase
cristã era um culto da mãe, da mãe. Um culto de Nossa Senhora aqui do Castro da Cola, é claro, era a Senhora da Cola, e as mulheres que queriam ser mães vinham aqui numa peregrinação, continuam a vir, é em Setembro, e são romarias de milhares e milhares de mulheres que vêm fazer uma festa. A imagem está ali, vêem-na lá em cima e ela segura numa das mãos um menino, na outra das mãos um fruto. Eu sei que aqui se discute se o fruto é uma pêra, se fruto é um figo, eu julgo que é apenas um fruto, aquilo é uma ideia da
Ave Maria, Ave Maria que diz que “bem dito é fruto do vosso ventre”, portanto é um culto da
maternidade, da mulher mãe, é o fruto que ela mostra, e do outro lado o seu menino. Bom,
este culto continua até hoje. Uma coisa curiosa, o que sai na procissão não é a imagem
verdadeira que está além, dizem que aquela é a senhora, o que sai é esta que está cá em baixo, que dizem que é a criada, quem sai a fazer o trabalho é a criada, quem fica no seu trono é a senhora. Reparem como isto é ainda um vestígio medieval. Bom, mas aqui Ourique não tem só passado, também tem futuro, queria-lhes falar no futuro.

Um outro valor para o qual eu quero chamar a atenção é o trajo do pastor alentejano. O
Sérgio está aqui a guardar esta vara de porcos, está vestido com um pelico. O pelico como vêm é um casaco, ele realmente é almofadado, é uma espécie de casaca, uma casaca que deixa os braços livres, e que é o ideal para trabalhar. Eu confesso que nos meus Invernos tenho um pelico, deixa-me os braços livres para escrever, almofada-me, aquece-me. Bom, e eu não percebo porque é que os costureiros portugueses ainda não tentaram lançar nos trajes esta peça que é única em todo o mundo. Este pelico permite trabalhar confortavelmente. Eu já vi kimonos japoneses na nossa moda, túnicas a lembrar muçulmano, carapuças da Lapónia, os nossos costureiros inventam tudo, só não olham para isto que está diante dos nossos olhos. Esta casaca rústica, esta peça excelente, que podia dar realmente um tipo de vestuário em todo o mundo. Aqui fica a minha esperança de que numa das próximas passerelles do Inverno que ai vem, eles façam desfilar também este traje estilizado
que é o pelique do Alentejo.

Eu antes de ir lá para cima pró castro perguntei “e agora este concelho o que é que dá?”. Bom, e responderam-me “bom pouco, olhe isto agora dá porcos e medronhos”. Não é
verdade, porcos sim, há grandes manadas de porcos pretos, e está-se a instalar uma
indústria grande, que vai dar milhares e milhares de toneladas de porco preto, que realmente podem ser uma riqueza para a região. Bom, mas não há só isso. Eu acho que aqui há
sobretudo a paisagem, uma paisagem extraordinária. Olhem, ai no cimo desses montes o
que eram as casas dos pastores que estavam em ruínas, tem vindo gente de fora, muitos ingleses, muitos alemães, sobretudo ingleses, já passam mais de uma centena de famílias e
pegaram nas ruínas, fizeram moradias, vivem lá, enfim, e querem passar aqui os seus últimos
dias, é claro, também há alguns portugueses, também há alguns portugueses. Mas foram
realmente eles quem, quem está a descobrir esta beleza extraordinária que é o Alentejo. Há
outra coisa, é que aqui ainda, ainda a terra, compra-se aqui uma propriedade, perguntei
preços, disseram “olhe, vendeu-se isto, vendeu-se aquilo”. Isto anda à volta de mil contos o
hectare, vendeu-se agora uma coisa com 10 hectares por 10 mil contos. Ora bem, isso é o
que naquelas regiões à volta de Lisboa, regiões sem beleza, sem horizontes, sem árvores, estão a pedir por um hectare. Quer dizer, lá a terra é 10 vezes mais cara e também 10 vezes mais pobre.

Olhem, eu estou-lhes agora aqui a falar junto duma barragem e num sítio, isto é uma grande herdade, a Herdade da Arrábida onde se vai instalar um grande empreendimento turístico, um empreendimento com campos de golfe que vai ocupar 300 hectares. Bom, e não duvido que virá gente de toda a parte para gozar este sol, para ver realmente estes campos, esta, esta beleza que é o Alentejo. Eu cheguei ao fim do meu tempo, gostava de passar por algumas aldeias tão bonitas, tão bonitas que há aqui no concelho, mas não se pode fazer tudo assim em tão pouco tempo. O senhor telespectador venha cá e veja com os seus próprios olhos.

Senhor Carlos Calado, não delire, por a delirar andamos nós todos há 500 anos e ainda hoje nós somos vitimas desse delirio, incluindo os historiadores e os realizadores! Afinal eles também foram vitimas, perdoai-lhes!

Cumprimentos

Zé Maria

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RE: SAPO: Filme de Manoel de Oliveira premiado

#166903 | MariaDavid | 09 Sep 2007 02:06 | In reply to: #166876

Caro José Maria Ferreira

Como eu soltei umas genuínas gargalhadas a ler a "sua" prosa! Valeu a kilometragem do texto por este excelente e bem apanhado momento de humor. Atenção, tenho muito respeito pelo Prof. José Hermano Saraiva e considero-o um grande comunicador. Mas estas "lições" de história são qualquer coisa de surrealista e este seu contributo, sinceramente, fez-me recordar uma cena passada na minha juventude que não resisto em contar, por se enquadrar no espírito desta mensagem.

Uma velha amiga de meu pai tinha o hábito de coleccionar, ao longo da sua vida de professora, os disparates que os seus alunos diziam nas aulas, dizia ela que serviria para ocupar os dias da sua reforma, escrevendo um livro sobre isso. E contou-nos este mimo que se segue.

A cena passa-se numa sala de aula, de uma quarta classe de há 60 e tal anos atrás, quando as crianças aprendiam a História de Portugal logo na primária. Ela escreve no quadro preto " O milagre da rainha Santa Isabel". Pede aos meninos que façam uma bonita composição sobre esse momento tão especial da nossa história. Depois, calmamente, vai revendo as composições. Guardou uma especialmente, pela deturpação que a criança fizera desse facto "histórico". Mais ou menos com estas palavras e muito resumidamente, o menino escrevera:

"Eu cá gosto muito da rainha Santa Isabel, porque ela era muito boazinha e amiga dos pobres. Foi assim, estava a rainha a passear no jardim, muito descansadamente, olhando as flores que eram muito belas. Vai daí o rei, que era mau, apareceu à frente dela e pensando que ela levasse coisas escondidas para os pobres disse para ela levantar a saia. A rainha, que era boazinha e com medo do rei, levantou a saia. O rei, então, baixou-se e espreitou, olhou bem e disse-lhe:podeis baixar a saia, senhora, que já vi tudo. São rosas:"

Cumprimentos

maria

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RE: SAPO: Filme de Manoel de Oliveira premiado

#166905 | felpo | 09 Sep 2007 05:01 | In reply to: #166903

Caros confrades,

Ainda estou para ver se esse filme, ou a visibilidade que vai dar à questão columbina, é útil para um início de uma verdadeira investigação científica, ou se vai servir a continuação das mitificações tão do interesse dos fazedores de enredos.

FPC

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RE: SAPO: Filme de Manoel de Oliveira premiado

#166906 | aeiou2 | 09 Sep 2007 08:26 | In reply to: #166876

Caro Zé Maria,

Por acaso vi e ouvi esse programa do "nosso contador de histórias", porque é o que Ele é. Faz um bom programa de "entertain".

Deve tê-lo gravado para ser tão preciso.

Ao lê-lo associei a imagens que ainda estavam guardadas na minha memória.

O que é verdade, é que, nós aprendemos, a nossa História de acordo com respectiva política da época, quando frequentávamos o ensino primário, e anos seguintes, e cada vez com menos informação sobre a verdadeira História de Portugal.

Será que os saudosos da sua versão aprendida da História de Portugal, ainda assim querem continuar?

Porque será que continuamos sempre tão invejosos daquele(a) que tenta descobrir a verdade?


Um abraço
Maria

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MAIS TV ... RE:SAPO: Filme de Manoel de Oliveira

#166910 | kolon | 09 Sep 2007 10:50 | In reply to: #166905

Caro Confrade FPC,


"o início de uma verdadeira investigação científica," começou em 1991 resultando na 1ª edição d'O Mistério Colombo Revelado.
Agora não se pode voltar atrás. Nunca mais se poderá voltar aquela história da carochinha de um tecelão de lã genovês casar com uma filha, irmã e cunhada de capitães e tia de Marqueses e Condes.
Mas embora não se possa voltar atrás também ainda não se chegou á pura verdade. Falta muito.

Em Junho fui entrevistado para um documentário do Discovery Channel e pela TV da Andaluzia.
O Carlos Calado foi entrevistado pela Tv da Andaluzia.

No Domingo que vem estará em Lisboa uma equipa da TV da Bélgica para fazer um documentário sobre os locais relacionados com Colôn que apontei no meu livro. Além da minha participação nesse documentário espero que outros como o Engº. Carlos Calado, Prof. Calazans e Veríssimo Serrão possam participar.
Espero assim de começar a abrir os olhos a muitos (especialmente em Portugal) que os mantêm fechados e espero de poder adicionar de dia a dia mais portugueses a esta causa para que um dia se interessem pela verdade.

Filmes como o de Manoel de Oliveira e entrevistas como as que servem para fazer o grande público ter conhecimento do enigma e eventualmente.

Cpts,
Manuel Rosa

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MAIS TV ... RE:SAPO: Filme de Manoel de Oliveira

#166912 | nunoinacio | 09 Sep 2007 12:06 | In reply to: #166910

Caro Manuel Rosa

Felicito-o pelos resultados do seu esforço e do trabalho.
Quanto a Manuel de Oliveira, nos seus noventa e tal anos demonstra mais lucidez e abertura de espírito do que muitos notáveis mais novos que por aí (e aqui) andam.

Cumprimentos

Nuno Inácio

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Nós temos o direito -MAIS TV ... RE:SAPO: Filme de

#166914 | kolon | 09 Sep 2007 13:37 | In reply to: #166912

Caro Nuno inácio,

Nós como portugueses devemos de lutar pela probabilidade de C. Colôn ter sido portguês.
Mesmo que houvesse somente 1% de chance deveriamos de lutar por isso até nos provarem que não o era.

Mas hoje a probabilidade é mais de 50% que ele foi Português e por essa razão devemos de lutar todos para que não deixem outro país ficar com ele.

Se ao fim ao cabo for provado que não era português muito bem, seremos vistos como um povo que luta para enforçar os seus direitos mesmo tendo duvida se esses são nossos.

Se não lutarmos e for provado ele ser de outra nação seremos vistos como um povo que dezistiu sem saber ainda a verdade.

Se dezistirmos e for provado que foi mesmo português então seremos vistos como um povo que não crê no seu próprio património dando a outro a possibilidade de o usurpar e o trabalho de o provar.

Génova desde sempre lutou por um homem que nunca se soube ser de lá.

Em 1580 enviou Colombos com papeis falsos para irem-se meter na herança do Almirantado Espanhol
Em 1894 publicou um livro enormíssimo com documentos mencionando Colombos de Génova como provas que o Almirante era de lá mas sem um só documento que os liga ao Almirante.
Em 1904 Hugo Assereto pode ter falsificado um documento que mostra que o tecelão Colombo estava ligado ao Paolo de Negro por negócios em Lisboa.


Os Galegos falsificaram documentos para fazer Colon ser de Pontevedra.
As incertezas seguem.


Nós, os portugueses, não temos que falsificar nada nem inventar nada.

O homem, viveu em Portugal, casou em Portugal, navegou para Portugal, e ajudou Portugal.
O homem mesmo sendo residente em Castela comunicava-se secretamente com o Rei de Portugal e ainda disse que Portugal era "minha terra" sendo também tido como "português" pelo contabilista da rainha em 1487.

O homem foi a caminho de Lisboa para dar as novas da sua descoberta ao Rei de Portugal antes de as dar a qualquer outro rei.
Atracou no Restelo março de 1493-- quantos portugueses sabem disto?

Atendia Missa no Mosteiro de Santos o Velho, sua esposa vivia lá e foi enterrada no Carmo.
O 2º Almirante foi 100% português.

Nós temos o direito de nos sentir orgolhosos tanto pelo pai como pelo filho.

Não devemos de despresar-los mas abraçar-los para nossa glória e nosso próprio porveito de turismo e por espalhar a nossa fama de navegadores de novo pelo mundo que já se esqueceu e pensa que a era dos descobrimentos começou com uma curta viagem de 33 dias em 1492.


Cpts,
Manuel Rosa

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desprezam o que é nosso mas ..MAIS TV ... RE:SAPO

#166915 | kolon | 09 Sep 2007 13:58 | In reply to: #166912

Caro Nuno Inácio,

Digo ainda que a Bélgica não tem nada a ver com Colôn mas entendem o pode comercial desse nome montando já o inicio de uma campaha comercial (www.expeditiecolumbus.be) para apoiar a entevista que vão fazer em Lisboa e um livro sobre as pegadas de Colôn desd Portugal, á Madeira ao Novo Mundo.

Eles estão a ser apoiados pelo Turismo de Portugal e pela TAP mas sendo eu a pessoa que alertou o Jornalista a estes locais e que faz parte desse documentário tanto o Turismo de Portugal como a TAP recusaram-me um bilhete par ir a Lisboa mas oa mesmo tempo os Belgas trazem uma equipa que viajará grátis e será hospedada da mesma forma.

Esta é a mentalidade portuguesa desprezam o que é nosso mas apoiam qualquer coisa que vem do estrangeiro, múscia, filmes, roupas, calçado, ideias, etc., etc.

Cpts,
Manuel Rosa

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RE: SAPO: Filme de Manoel de Oliveira premiado

#166916 | AIRMID | 09 Sep 2007 14:03 | In reply to: #166906

Cara Maria

Como sabemos, A História de Portugal, contada nos últimos 500 anos, é uma História de Equívocos.
Alguns bem estruturados, mas que não deixam por isso de ser equívocos.

Cinco séculos de domínio estrangeiro, deixam sequelas profundas.

Os textos do José Maria Ferreira e a redação da criança que a Maria David nos reproduziu, são um belíssimo exemplo desses equívocos.
Mas o sentido de Humor, revelado em ambos os textos, é magnifico.

A mim, pelo menos, restituiram-me a boa disposição.

Apesar do meu profundo cepticismo, começo a acreditar, que finalmente a verdade vai ser reposta.

Os melhores cumprimentos

AIRMID

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#166923 | josemariaferreira | 09 Sep 2007 17:00 | In reply to: #166903

Cara Maria David

Vou responder à sua mensagem, mas que isso não seja entendido como um menosprezo pelos restantes confrades, pelo contrário respondendo a sua mensagem penso que seja extensiva a todos os outros.
Você bateu no cerne da questão, fê-lo de uma maneira irónica, mas de uma maneira pedagógica e inteligente. Toda a gente sabe que o Milagre das Rosas da Rainha D. Isabel é uma farsa inventada por uma determinada Instituição, (como foi também uma farsa, a deturpação do Milagre de Ourique) e que o fundamental da questão é muito anterior a D. Isabel, mas sim á sua tia D. Isabel ou Elizabete da Hungria irmã do Rei da Hungria Koloman. E estas rosas não terão nada a ver com as rosas que nos apresentam no regaço da Rainha, mas sim com a Páscoa das Rosas ou da Ressurreição, isto evidentemente não é no campo da caridade mesquinha, mas sim de uma Ressurreição de Cristo, isto é, passar da teoria á prática os ensinamentos de Cristo! A construção de uma sociedade mais justa e fraterna baseada na igualdade, fraternidade, como dizia S.Francisco “O trabalho, embora humilde e simples, confere honra e respeito e sempre será um mérito ante Nosso Senhor".
Essas Rosas não foram só exaltadas por D. Isabel, foram-no muito antes não só pela sua tia a Santa Isabel da Hungria, mas também por D. Afonso X, o Sábio, avó de D. Dinis e tio ( por casamento) da Rainha Santa Isabel. São de facto umas Rosas muito especiais são as mesmas Rosas que usaram D. Henrique, assim como o seus Sobrinhos D. Fernando e D. Diogo, estas Rosas foram então associadas á Cruz de D. Afonso Henriques (a Santa Cruz, como lhe chamou a nosso primeiro Rei na evocação e construção da Igreja com esse nome em Coimbra).

Rosas das rosas
Esta é de loor de Santa Maria, c
om' é fremosa e bõa e á gran poder.

Rosas das rosas e Fror das frores,
Dona das donas, Sennor das sennores.

Rosa de beldad' e de parecer
e Fror d'alegria e de prazer,
Dona en mui piadosa seer,
Sennor en toller coitas e doores.
Rosas das rosas e Fror das frores,
Dona das donas, Sennor das sennores.

Atal Sennor dev' ome muit' amar,
que de todo mal o pode guardar;
e pode-ll' os peccados perdõar,
que faz no mundo per maos sabores.

Rosas das rosas e Fror das frores,
Dona das donas, Sennor das sennores.

Devemo-la muit' amar e servir,
ca punna de nos guardar de falir;
des i dos erros nos faz repentir,
que nos fazemos come pecadores.
Rosas das rosas e Fror das frores,
Dona das donas, Sennor das sennores.

Esta dona que tenno por Sennor
e de que quero seer trobador,
se eu per ren poss' aver seu amor,
dou ao demo os outros amores.

Rosas das rosas e Fror das frores,
Dona das donas, Sennor das sennores.

Então, associando a Rosa à Cruz ficará Rosacruz, e aí estará o fundamento principal da fundação do Reino de Portugal pelos Cavaleiros Pobres da Ordem do Templo. A formação de um Reino que se tornará no futuro num Império baseado no Espírito e Ressurreição de Cristo.

É verdade que isto nos levaria muito longe até ao tempo dos Oscos (S. Vicente e S. Valério) e de Sertório que lutaram contra o Império Romano, mas o melhor é ficar por aqui…….

Cumprimentos

Zé Maria

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desprezam o que é nosso mas ..MAIS TV ... RE:SAPO

#166934 | nunoinacio | 09 Sep 2007 20:07 | In reply to: #166915

Caro Manuel Rosa

Palavras para quê?
É o país que temos!
São os desgovernos que nos têm governado.
É o povo de brandos costumes que permite tudo, até...
É o Zé ir dentro preventivamente por dá cá aquela palha, invocando-se o risco de fuga e os Mr e Mrs irem de abalada com transmissão em directo para todo o mundo.
São os iluminados divinos que têm ideias brilhantes e de enorme interesse nacional, como o trocar o nome Algarve pelo Allgarve e ainda ganham uns trocos com isso.
Acho que isto anda pela rua da amargura há muitos anos, mas vai-se agravando a olhos vivos.

Cumprimentos

Nuno Inácio

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#166936 | Decarvalho | 09 Sep 2007 20:08 | In reply to: #166876

Caro confrade Zé Maria,

Sinceramente não percebi o porquê do último parágrafo da sua mensagem.
Ou eventualmente foi o confrade que não percebeu a ironia do meu comentário às considerações do tal crítico português.

Se, no entanto, percebeu mas vê aqui uma situação de confronto entre teses portuguesas, não conte comigo para entrar nesse tipo de guerra fraticida (como já tive oportunidade de manifestar noutra ocasião).

Melhores cumprimentos
Carlos Calado

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#166938 | nunoinacio | 09 Sep 2007 20:11 | In reply to: #166923

Caro José Maria

"Vou responder à sua mensagem, mas que isso não seja entendido como um menosprezo pelos restantes confrades, pelo contrário respondendo a sua mensagem penso que seja extensiva a todos os outros."

Boa piada!

De facto, o caro confrade tem um humor brilhante...

Cumprimentos

Nuno Inácio

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#166942 | josemariaferreira | 09 Sep 2007 20:29 | In reply to: #166938

Caro Nuno Inácio

Piada,piada, seria eu apresentar aqui o historial de um monumento nacional em que os historiadores, pura e simplesmente ignoram qual a sua origem, devido ao seu encobrimento pela Inquisição. É de rir a potes pela fertilidade da imaginação humana, de certeza que você e todos iriam ver o que é o humor!!!
Enfim alguem brincou e ainda está a brincar com a memória dos nossos antepassados, espero que não seja você!
Só o não faço aqui, porque o caso é gritante de tal dimensão que seria um escandalo nacional e por respeito a esses historiadores, que também foram vitimas da Inquisição, o não coloco aqui para que não cultive o humor!

Cumprimentos

Zé Maria

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#166947 | nunoinacio | 09 Sep 2007 21:22 | In reply to: #166942

Caro Zé Maria

A piada não era o conteudo das suas intervenções, com as quais poderei concordar ou discordar, mas que certamente respeito.
A piada está no facto de o caro confrade iniciar tópicos e apresentar ideias, que são perfeitamente legítimas, outros confrades darem-se ao trabalho ou à gentileza de lhe responderem directamente e V. Exª, pura e simplesmente ignorá-los e agora, neste tópico, dar-se ao trabalho de responder a uma confrade salientando que o fazia sem "desprimor" para os outros, que se dirigem a si e que nunca tiveram resposta noutros tópicos.
A sua intervenção, neste e em todos os tópicos (incluindo os que são iniciados por si) sempre foi, é e continuará a ser perfeitamente legitima e louvável.
Quanto a brincar com a memória dos nossos antepassados, não o faço de certeza. A menos que o caríssimo confrade entenda por brincar com a memória dos nossos antepassados o não concordar com uma qualquer ideia sua. Nesse caso, quanto muito, poderei brincar com a sua ideia mas que, sendo uma ideia sua, da actualidade, na melhor (ou pior) das hipóteses apenas o atingirá a si e nunca os nossos antepassados, que merecem todo o respeito.
E já agora, se tem mais matéria humoristica que queira partilhar connosco, pela minha parte terei todo o gosto em ler, rir e responder se for caso disso.

Cumprimentos

Nuno Inácio

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#166953 | AIRMID | 09 Sep 2007 22:15 | In reply to: #166936

Sr Eng. Carlos Calado

Desculpe a minha intromissão nesta questão. mas como há algum tempo, noutro Fórum, procurei compreender a tese de José Maria Ferreira, penso que agora que ele a expôs claramente, também devo manifestar a minha opinião, como Portuguesa, a quem óbviamente importa, tudo o que respeita ao seu País.

Nesta discussão sobre "Quem foi o Homem que conhecemos como Cristóvão Colombo", estamos face a duas Teses distintas, cujo único ponto comum, será o que ambas defendem que a sua nacionalidade foi a Portuguesa.
Quanto a todos os outros pressupostos, a divergência é total.
Foi isso mesmo que procurei dizer a Manuel Rosa, com o alerta que escrevi.
Compreendo, que o Manuel Rosa- e é ele quem o diz- se tivesse sentido de certo modo pressionado, pela religiosidade do seu co-autor.
Compreendo que a documentação encontrada, o tenha encaminhado no sentido de que Colombo, tivesse sido um Espião de D. João II, e não um Missionário Espiritualista, primo e cunhado do Rei, e comunhando ambos, dos mesmos princípios Religiosos.

Tudo isto, se entende.
Por vezes numa mesma pesquisa, os caminhos podem a certa altura divergir.

Mas Sr Eng., não lhe chame guerra fraticida, ou poderemos ser levados a concluir, que só uma Tese, será autorizada.

Os caminhos em busca da Verdade, até podem divergir.
Não podem é de modo algum ser condicionados.
Ou a Verdade, uma vez mais, ficará esquecida.
Talvez, e de novo, convenientemente, esquecida.

Os melhores cumprimentos

AIRMID

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RE: SAPO: Filme de Manoel de Oliveira premiado

#166956 | josemariaferreira | 09 Sep 2007 22:39 | In reply to: #166947

Caro confrade

É evidente que o que eu queria realçar era a minha falta de tempo para responder a todos os confrades, que muito considero.

Talvez não me tivesse feito entender da melhor maneira, o que deu azo ao seu humor. O que eu queria dizer era:

Vou só responder à sua mensagem, mas que isso não seja entendido como um menosprezo pelos restantes confrades, pelo contrário respondendo à sua mensagem faço-o como se fosse extensivo a todos os outros.

Tal como Colombo também eu trabalho de dia e de noite a conduzir as pessoas de um lado para o outro!!! Infelizmente não tenho tempo para os conduzir a todos.

Quanto ao humor logo se verá quem é o último a rir. Sempre ouvi dizer que o último a rir é o que ri melhor!!!

Cumprimentos com humor

Zé Maria

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RE: SAPO: Filme de Manoel de Oliveira premiado

#166958 | josemariaferreira | 09 Sep 2007 22:52 | In reply to: #166936

Caro Carlos Calado


Eu acho que você está mesmo a delirar com a invenção de um Salvador Fernandes Zarco, natural de Cuba.(...)
Não é preciso inventar nada, basta você descobrir quem foi Colombo!!!


Zé Maria

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RE: SAPO: Filme de Manoel de Oliveira premiado

#166963 | Decarvalho | 09 Sep 2007 23:31 | In reply to: #166958

Caro confrade José Maria Ferreira e cara confrade Airmid,

A Historiografia oficial aceitou a tese do tecelão genovês por falta de comparência dos outros candidatos.
A tese portuguesa não ultrapassa as barreiras internas porque, apesar de todos os indícios, provas e pistas, lhe falta um documento.
Se e quando esse documento for encontrado, poderemos estar perante uma prova de que era português apenas, ou perante uma prova mais específica.
Até lá, eu vou continuar a dizer que é português e vou continuar a apresentar as pistas, provas ou indícios que encontrar ou de que tiver conhecimento, sobre a ligação de CC com o Duque de Beja e com a Cuba.
Aos escritos do confrade José Maria Ferreira sempre respondi que pertencem a um domínio onde não consigo entrar. Nunca lhe disse que eram um delírio. Nem lhe vou dizer.
Nem quero limitar o que quer que seja, como me aponta a confrade Airmid.
Não entro em guerras fraticidas significa que não emitirei qualquer opinião para destruir uma tese portuguesa. Se, nessa tese eu encontrar factos positivos, tentarei ser o primeiro a realçá-los.
Sobre o texto do confrade josé Maria Ferreira, "Colombo - o imperador RosaCruz" não efectuei qualquer comentário, mas posso dizer que o texto é excelente.
Melhores cumprimentos
Carlos Calado

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RE: SAPO: Filme de Manoel de Oliveira premiado

#166965 | nunoinacio | 09 Sep 2007 23:36 | In reply to: #166956

Caro confrade

Sinto-me privilegiado por que tenha dispendido algum do seu precioso tempo a responder a estas minhas mensagens, deveras insignificantes, quando comparadas com outros assuntos bem mais sérios, de outros tópicos em que temos participado.

Não pretendendo de forma alguma fazê-lo perder mais tempo, resta-me desejar-lhe os votos de continuação de boa condução!
E já agora, aconselho uma condução segura, em marcha adequada ao estado do piso e redução nas curtas e com fraca visibilidade. Muita atenção às placas de orientação para não se enganar no caminho e às passadeiras, não se vá cruzar com algum ressuscitado do tempo de D. João II...

Para finalizar, digo-lhe que não me importo minimamente que prove a sua tese (até ficaria feliz com isso) e que se ria muito no fim; no entanto, enquanto não a provar, permita-me o humor, que depois permitirei a troca de papéis :-))

Cumprimentos

Nuno Inácio

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RE: SAPO: Filme de Manoel de Oliveira premiado

#166968 | josemariaferreira | 10 Sep 2007 00:10 | In reply to: #166963

Caro Carlos Calado

Eu interessa-me o texto, mas sobretudo a Verdade que lhe está subjacente, e que não andara muito longe de Cuba.
Enfim, aí já teremos pelo menos um ponto de convergência.
Sobre o documento, pode ficar descansado que jamais alguém encontrará um documento de Colombo, quer ele seja de casamento ou outro. Colombo era Templário, como tal tinha de manter o celibato, por isso não se podia casar, aliás estava mesmo proibido pela Regra da Ordem!!! O celibato era a condição fundamental para ingressar à Ordem, pois se acreditava que "a castidade é a convicção do coração e a sanidade do corpo. Pois se um irmão não fizer o voto de castidade ele não poderá alcançar o descanso eterno nem poderá ver Deus, conforme a promessa do apóstolo que disse "Esforçai-vos para levar a paz a todos, conservai-vos castos, sem o que ninguém pode ver Deus"."
Só a partir do reinado de D. Manuel, este rei autorizou o casamento dos cavaleiros da Ordem de Cristo.

Contudo, isso não impediu que Colombo tivesse 3 mulheres e 3 filhos e como trinitário que era descobrisse o Novo Mundo em 33 dias!!!


É pena que o confrade, assim como Manuel Rosa, que investigou durante 15 anos e revelou o mistério no seu livro, ainda hoje andem à procura desse documento do casamento de Colombo em Portugal!!! Á procura dum documento de casamento dum Templário??? Enfim…

Cumprimentos

Zé Maria

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RE: SAPO: Filme de Manoel de Oliveira premiado

#166974 | JoãoGaspar | 10 Sep 2007 01:05 | In reply to: #166923

Caro José Maria Ferreira

Os seus textos sempre foram muitíssimo interessantes para mim, pela forma como iluminam o leitor, estimulam a nossa imaginação e finalmente explicam como alguns factos da nossa história realmente foram ou porque o foram e ao mesmo tempo, assumem que ao longo dos séculos, a regra era inventar a história e não contar a verdadeira história.
Já o felicitei várias vezes por partilhar momentos da sua versão da história, teses e pontos de vista.
Para mim fazem sentido e como tal gostaria de saber o que mais não sei!
Mas primeiro talvez comece com as minhas duvidas…

Mas o que será isto da verdadeira história?
Se é um facto que a história tem vários intervenientes, todos eles terão o seu ponto de vista, que pode ser comum ou não. E por este facto não quer dizer que o ponto de vista de A seja mais “verdadeiro” que o ponto de vista de B. Num típico caso familiar, quem nunca brigou com o irmão? E quando os pais perguntavam o que se passava, o natural era ambos os filhos terem a sua própria versão dos factos!
A menos que a história tenha somente um interveniente e nenhuma testemunha, esta terá sempre mais que uma verdade ou não?
Uma das características humanas, é a imaginação, e quão fértil esta pode e parece ter sido sempre em nós, fantasiamos Mundos novos, e Ordens Secretas, Rituais e Santos, Divindades e Regras para nos manter “ordeiros” e subservientes e nunca questionar-mos sobre o que é realmente verdade. Eu não sou historiador e qualquer um de vós ao ler as primeiras frases, já constatou isso, sou simplesmente alguém, que gosta de história, da verdade e de questionar factos e verdades inquestionáveis!
Durante séculos pecados e regras da Santa Igreja eram contornados através de Missivas e dinheiros, dai que talvez a religião Católica Apostólica Romana fosse vivida de modo diferente por um camponês ou por um Conde. Foi esta verdade que fez com que Marthin Luther, inicia-se um movimento que ficou conhecido como Protestante, foi excomungado pelo Papa, e protegido por Duques contra a Inquisição, era o que acontecia a quem na época tivesse a ousadia de questionar a verdade indiscutível e tivesse a sorte de um Duque da Baviera compartilhar com o seu ponto de vista!

“Então, associando a Rosa à Cruz ficará Rosacruz, e aí estará o fundamento principal da fundação do Reino de Portugal pelos Cavaleiros Pobres da Ordem do Templo. A formação de um Reino que se tornará no futuro num Império baseado no Espírito e Ressurreição de Cristo.

É verdade que isto nos levaria muito longe até ao tempo dos Oscos (S. Vicente e S. Valério) e de Sertório que lutaram contra o Império Romano, mas o melhor é ficar por aqui…….”

Por muito que concorde com os seus textos e de poder partilhar do seu conhecimento, não poderei concordar quando diz que o melhor é ficar por aqui!!! Isso é um “turn off”…

Espero que vá iluminando aos que como eu, nada sabem, mas que gostariam!

Cumprimentos

João Paulo

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RE: SAPO: Filme de Manoel de Oliveira premiado

#166992 | Decarvalho | 10 Sep 2007 09:36 | In reply to: #166968

Caro José Maria Ferreira,
É precisamente nos pontos de convergência que insistiremos.
Sobre o documento que faltará, não fiz qualquer limitação para um documento de casamento.
Mas também se o celibato era uma condição, e deveriam fazer voto de castidade, que raio de congruência era aquela.
cumprimentos
CCalado

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RE: SAPO: Filme de Manoel de Oliveira premiado

#167020 | josemariaferreira | 10 Sep 2007 16:58 | In reply to: #166992

Caro Carlos Calado


Salomão tinha um harém de belas mulheres e nem por isso deixou de levantar o Templo mais famoso em honra à Divindade do qual tanto os templários se orgulhavam!
Jesus Cristo apesar da sua Espiritualidade, teve filhos de Madalena! No entanto, a sua Espiritualidade nunca esteve em causa, tendo a sua Fé se espalhado por todo o Mundo, o que fez dela uma religião Universal (Católica)!!!
O Papa Alexandre VI e o Arcebispo de Lisboa D. Pedro de Noronha foram celibatários, mas ambos tiveram vários filhos!
Porque se interrogar sobre Colombo, ele como Ser Iluminado não poderia também ter filhos como muitos outros Templários os tiveram, apesar de integrarem uma Ordem que impunha o celibato. Uma coisa não implica a outra, uma pessoa pode não casar para ser celibatário mas poderá ter filhos, se for essa a vontade de Deus!!! Ninguém conheceu nenhum casamento de Colombo, apesar de se saber que ele viveu com 3 mulheres,

A proibição do casamento é imposta pela lei dos homens e não pela Lei de Deus ou Natureza.
O celibato é o estado de uma pessoa solteira, sexualmente abstinente, que fez voto de castidade.

Castidade, na visão religiosa, significa não pecar contra o próprio corpo, como o de fazer sexo só pelo prazer, se ter filhos é pecar então o Mundo estaria todo cheio de pecadores!!!! Segundo a Bíblia, Deus quando criou Adão e Eva, disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.(Gênesis 1.28)
Se a reprodução fosse pecado, o Cristianismo estaria em contradição com
Deus. Cristo é filho de Deus.

Cumprimentos

Zé Maria

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RE: SAPO: Filme de Manoel de Oliveira premiado

#167023 | artur41 | 10 Sep 2007 17:25 | In reply to: #167020

Caro Zé Maria,

Jesus Cristo teve filhos teve filhos...!?
Importa-se de fundamentar aquilo que escreveu com "documentos"?

É boa hora, quanto a mim, de separ o "conhecimento especulativo" do "conhecimento científico".

Quanto ao filme de Manoel de Oliveira: fértil imaginação e grande capacidade de comunicação, e...muito "marketing"!!

Melhores cumprimentos,

Artur João

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RE: SAPO: Filme de Manoel de Oliveira premiado

#167024 | artur41 | 10 Sep 2007 17:26 | In reply to: #167023

Onde se lê separ deve-se ler separar

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RE: SAPO: Filme de Manoel de Oliveira premiado

#167025 | aeiou2 | 10 Sep 2007 17:41 | In reply to: #167023

É a geração do Santo Graal

Maria

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RE: SAPO: Filme de Manoel de Oliveira premiado

#167028 | josemariaferreira | 10 Sep 2007 17:56 | In reply to: #167025

Cara Maria e restantes confrades

O Santo Graal, andou por terras donde partiu D. Henrique!!! Aquele Dom a que os espanhóis tanto gostavam de ter, até há filólogos espanhóis a defender que o DON espanhol tem o mesmo significado que o DOM português. Vejam lá do que são capazes os espanhóis, já não bastava falsificarem o Vinho do Porto, agora até querem falsificar o DOM português que é unico de entre as Nações. Este Dom português está mesmo ao Serviço de Deus, isso vos garanto eu.


Cumprimentos fraternos


Zé Maria

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RE: SAPO: Filme de Manoel de Oliveira premiado

#167033 | Oimparcial | 10 Sep 2007 18:19 | In reply to: #167023

Manoel de Oliveira não fez qualquer marketing sobre o novo filme.
Os ecos que se fizeram ouvir veem todos de jornalistas, nenhuma politica de propaganda pela parte de Oliveira.

Não estamos a falar de um blockbuster pois não?
Blockbuster, intenção comercial, politica de marketing? Desculpe desiludi-lo mas estas palavras são impossiveis de associar com o nome de Manoel de Oliveira.

De rir,
Cumprimentos
O imparcial

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RE: SAPO: Filme de Manoel de Oliveira premiado

#167038 | aeiou2 | 10 Sep 2007 18:43 | In reply to: #167033

Muito bem. Aplausos
Maria

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RE: SAPO: Filme de Manoel de Oliveira premiado

#167039 | artur41 | 10 Sep 2007 18:51 | In reply to: #167033

Não me desilude.

Manoel de Oliveira tem nome na "praça", percebe...!?
Independentemente da valoração do filme em causa, não me venham com "estórias"!!

Cumprimentos,

Artur Camisão Soares

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RE: SAPO: Filme de Manoel de Oliveira premiado

#167041 | Oimparcial | 10 Sep 2007 19:26 | In reply to: #167039

Sr.Artur Camisão Soares,

Independentemente da radiação mediatica que Manoel de Oliveira pode ter na "praça", o cinema que se pode atribuir a este homem é rigorosamente de tipo "intelectual", dai a minha aversão pelo uso de termos como "marketing" (que é ainda por cima uma iniciativa puramente jornalistica neste caso) ou "comunicação" que remetem sem duvida a uma intencionalidade comercialista atribuida ao filme "Cristovão Colombo - O enigma".
Quem realmente fez o esforço de ver e de comparar a obra de uma vida entre Manoel de Oliveira, James Cameron ou Steven Spielberg não se aventuraria com tais alegações.

Pela mão de Oliveira o cinema português é basicamente um cinema intelectual, sem qualquer ação ou efeitos especiais, não é um cinema feito para as massas (os dois efeitos são volontariamente implicitados aqui). Manoel de Oliveira fez o filme, nada mais.

Da mesma maneira, é insensato e disproporcional falar de uma vontade comercial subjacente no livro de Manuel Rosa ou nas suas intervenções neste forum.
"O misterio Colombo revelado" é uma obra rigorosamente cientifica sem qualquer fantasia comercial e muito menos factual, dai o pouco agrado as massas dos nossos dias.
A comparação entre Manoel de Oliveira e James Cameron vale portanto, de certa forma, entre "O misterio Colombo revelado" e "O codex 632".

Cumprimentos,
Oimparcial

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RE: SAPO: Filme de Manoel de Oliveira premiado

#167042 | Oimparcial | 10 Sep 2007 19:30 | In reply to: #167041

Errata:
"não é um cinema feito para as massas (os dois efeitos são volontariamente implicitados aqui)", deve ser "não é um cinema feito para as "massas" (os dois sentidos da palvra são volontariamente implicitos aqui)".

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RE: SAPO: Filme de Manoel de Oliveira premiado

#167043 | artur41 | 10 Sep 2007 19:38 | In reply to: #167041

Caro Senhor,


Tenho o maior repeito por Manoel de Oliveira. Não sou é obrigado a concordar com tudo.
Julgo que me fiz entender.

De resto:???


Renovados cumprimentos,

Artur Camisão Soares

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RE: SAPO: Filme de Manoel de Oliveira premiado

#167044 | artur41 | 10 Sep 2007 19:46 | In reply to: #167043

Caro Senhor,

O "respeito" é muito bonito, já dizia o meu falecido pai.

Cumprimentos,

Artur Camisão Saores

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RE: SAPO: Filme de Manoel de Oliveira premiado

#167048 | Decarvalho | 10 Sep 2007 20:26 | In reply to: #167020

Caro confrade José Maria Ferreira,
obrigado pelo esclarecimento sobre a castidade na visão religiosa.
nessa perspectiva não faz sentido a minha interrogação sobre a coerência.

cumprimentos
Carlos Calado

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RE: SAPO: Filme de Manoel de Oliveira premiado

#167051 | Trismegisto | 10 Sep 2007 20:51 | In reply to: #167025

Cara Maria:
O santo Graal, esse, vive em Portugal. Rima e tudo.

D. Filipa de Lencastre
Que enigma havia em teu seio
Que só génios concebia?
Que arcanjo teus sonhos veio
Velar, maternos, um dia?
Volve a nós o teu rosto sério,
Princesa do Santo Gral,
Humano ventre do Império,
Madrinha de Portugal!
Fernando Pessoa, in “A Mensagem”.
Ínclitas saudações,
Hermes, o Trismegisto
P. S.: Atente também no poema a D. João I. Ou o Fernando Pessoa era tolo, o que não me parece nada, ou sabia a verdadeira História de Portugal. Afinal também ele era um iniciado...

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RE: SAPO: Filme de Manoel de Oliveira premiado

#167062 | josemariaferreira | 10 Sep 2007 22:08 | In reply to: #166974

Caro João Gaspar

A verdadeira historia é aquela que não esconde os factos, é aquela que não é tendenciosa!
Você sabe que houve uma mudança política e religiosa em Portugal, com a morte de D. João II. Então, a partir daí o nosso País passou a ter uma Historia cheia de enigmas, que por mais boas que sejam as intenções e se esforcem os nossos historiadores, não condiz, a menos que também eles sejam tendenciosos.

O reinado de D. Manuel, foi um período fértil para se apagar a memória de certos acontecimentos dos nossos antepassados, houve até mudanças nome de Templos, Ordens, ocultaram-se pinturas, tapeçarias, fez-se um movimentos para eliminar certas escrituras e fazer outras de novo, estão neste casos as Crónicas escritas no reinado de D. João II que foram logo reescritas no reinado seguinte sob a revisão e censura de D. Manuel I. Estas alterações ficaram conhecidas como Leitura Nova!!!


A Leitura Nova, um dos símbolos da política administrativa e centralizadora do reinado de D. Manuel I, (1495-1521), é uma das mais belas colecções de códices iluminados quinhentistas da Humanidade. Trata-se de uma colecção de 61 livros no total, cujo objectivo foi o de proceder à cópia de alguns documentos do seu reinado, e de reinados anteriores, em códices de pergaminho iluminados, visando a vontade política de isolar, do enorme volume documental existente no então Arquivo da Casa da Coroa, alguns documentos que pudessem ilustrar uma história exemplar de Portugal assim como atender, com rapidez e eficácia, à necessidade administrativa de responder às solicitações que lhe eram dirigidas.

Mas esta colecção é também reveladora do desejo de ostentação da riqueza do reinado de D. Manuel I, traduzido na excelente qualidade e na elevada quantidade da iluminura, na dimensão colossal dos livros, na utilização de pergaminho, (nacional e importado da Flandres), de muito boa qualidade e de grandes dimensões, assim como pelos materiais utilizados para as encadernações e respectivas decorações, tal como consta das referências documentais relacionadas com os custos desta empresa.

O pressuposto base do movimento da Leitura Nova era o de copiar alguns documentos da Chancelaria Régia, Bulas, Inquirições, e Colecção das Gavetas, que na expressão de Cristóvão de Benavente, diziam respeito a “cousas cuyo effeito ha de durar pera sempre, como sam doações de cousas da coroa, de juro, privillegios, aforamentos, apresentações de igrejas, administração de capellas, legitimações e asi aquellas cousas que sam da coroa, ainda que sejam dadas em vida somente do donatário, pera se saber como as traz somente em vida. E as mais cousas que se extingue o vigor dellas com a pessoa a que forom concedidas, como sam cartas d´officios, comendas, perdões, nam se tralladam e fiquam no original que se guarda mui bem”.

Estes documentos eram escolhidos e assinados pelo guarda-mor ou pelo escrivão da Torre do Tombo, que no original lançava, a vermelhão, um pequeno sumário, e o tipo de livro a que se destinava cada texto. Segundo a “hordenamçam em que estes e os outros livros vaão postos e a maneira que se ha de teer na busca das scripturas”, os textos eram transcritos nas várias séries de códices.


Em 1526 já se encontravam prontos alguns dos livros correspondentes a 6 das 7 séries referidas na “Hordenamçam” para a sua elaboração e, além destes, outros que não tinham sido previstos, como é o caso dos livros de Reis, Direitos Reais e Inquirições. Por sua vez, em 1532 estava finalizado o livro que faltava dos do plano primitivo – o livro das Ilhas assim como um livro de Forais Antigos e três livros de Legitimações, (sendo certo que nada faria crer na existência destes últimos quatro, tendo em conta que as legitimações deveriam estar incluídas nos livros de Místicos).

Em meados do século XVI estava concluído o movimento da Leitura Nova.


Fonte:
“Os Forais de D. Manuel 1496-1520”, Maria José Mexia Bigotte Chorão, AN/TT, Série Estudos, Lisboa, 1990


Não é por acaso que só no final do séc. XIX foram descobertos os Painéis de S. Vicente que estavam entaipados, assim como só no século seguinte se conseguiu descobrir onde paravam as tapeçarias alusivas ás Cruzadas de D. Afonso V ao norte de África, as Profecias de Colombo também só apareceram no século passado. Na minha terra desapareceram relíquias que desde a fundação do Reino de Portugal se encontravam no Sacrário da Igreja de S. Pedro, desactivaram Santuários de grande devoção e peregrinação que foram durante a Idade Média. A devassa continuou e ainda no tempo dos Filipes, que lhe fizeram o último assalto, perpetrado pelos homens apoiantes do Rei espanhol, com a própria conivência da hierarquia da Igreja, imagine!!!

D. Manuel muda o rumo do país e envia uma embaixada ao Papa, submetendo-se a sua vontade e à da Espanha, aliás é mesmo o seu filho, o Cardeal D. Henrique que depois vai mesmo entregar Portugal aos espanhóis.

Constituída numa altura em que Portugal era nação pioneira em diversos domínios e rica do comércio com outros continentes, a faustosa embaixada de D. Manuel I à Santa Sé foi enviada em 1513. Tinha como objectivo reiterar a obediência do soberano português ao papa Leão X e, ao mesmo tempo, apresentar-lhe certas propostas, que se podiam reunir em dois grupos: as de carácter geral, no sentido do fortalecimento doutrinário e institucional da Igreja Católica, e aquelas que, sem deixarem de estar relacionadas com as instituições religiosas, tinham a ver com aspectos específicos da orientação política de D. Manuel.
A embaixada era composta por mais de cem pessoas. Era chefiada por Tristão da Cunha, nomeado em 1505 primeiro governador da Índia. Como seus assessores iam Diogo de Pacheco e João de Faria, sendo o secretário Garcia de Resende, homens que ainda acalentavam na Salvação da Pátria deixada por D. João II.
Através dos seus representantes, D. Manuel enviou a Leão X presentes magníficos: pedrarias, tecidos e jóias, bem como um cavalo persa, uma onça de caça e um elefante que executava diversas habilidades.
A embaixada fez sensação na corte pontifical, tanto pela sumptuosidade dos trajos e riqueza dos presentes, como pelo exotismo do séquito que passava pelas ruas de Roma a 12 de Março de 1514, dia em que foi recebida por vários embaixadores. O papa recebeu-a a 20 de Março, tendo sido mais tarde discutidas as questões apresentadas pelo monarca português. Apesar de os chamados "pontos gerais" não terem sido atendidos, aqueles que interessavam mais a D. Manuel foram considerados e satisfeitos, sendo a sua obra na propagação da fé católica largamente recompensada através de diversas bulas e breves que se sucederam após o envio da embaixada.
Esta iniciativa diplomática atingiu, assim, os principais objectivos que o monarca lhe tinha estabelecido. Afirmou de forma clara o seu poderio, vendo D. Manuel reconhecido o papel de Portugal na descoberta e conquista de novos territórios e a sua soberania sobre eles? Bem me parece que não, a América reivindicada por D. João II, aquando da chegada de Colombo na sua primeira viagem, passou para a mão dos espanhóis, assim como as Molucas e muitos outros territórios que a Espanha e Holanda e Inglaterra deitaram mão. Portugal ficou então submisso da Espanha!!!

Depois logo respondo ao resto: -Os oscos e a sua influência em Portugal.

Um abraço

Zé Maria

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Leitura Nova e Embaixada ao Papa

#167063 | josemariaferreira | 10 Sep 2007 22:09 | In reply to: #166974

Caro João Gaspar

A verdadeira historia é aquela que não esconde os factos, é aquela que não é tendenciosa!
Você sabe que houve uma mudança política e religiosa em Portugal, com a morte de D. João II. Então, a partir daí o nosso País passou a ter uma Historia cheia de enigmas, que por mais boas que sejam as intenções e se esforcem os nossos historiadores, não condiz, a menos que também eles sejam tendenciosos.

O reinado de D. Manuel, foi um período fértil para se apagar a memória de certos acontecimentos dos nossos antepassados, houve até mudanças nome de Templos, Ordens, ocultaram-se pinturas, tapeçarias, fez-se um movimentos para eliminar certas escrituras e fazer outras de novo, estão neste casos as Crónicas escritas no reinado de D. João II que foram logo reescritas no reinado seguinte sob a revisão e censura de D. Manuel I. Estas alterações ficaram conhecidas como Leitura Nova!!!


A Leitura Nova, um dos símbolos da política administrativa e centralizadora do reinado de D. Manuel I, (1495-1521), é uma das mais belas colecções de códices iluminados quinhentistas da Humanidade. Trata-se de uma colecção de 61 livros no total, cujo objectivo foi o de proceder à cópia de alguns documentos do seu reinado, e de reinados anteriores, em códices de pergaminho iluminados, visando a vontade política de isolar, do enorme volume documental existente no então Arquivo da Casa da Coroa, alguns documentos que pudessem ilustrar uma história exemplar de Portugal assim como atender, com rapidez e eficácia, à necessidade administrativa de responder às solicitações que lhe eram dirigidas.

Mas esta colecção é também reveladora do desejo de ostentação da riqueza do reinado de D. Manuel I, traduzido na excelente qualidade e na elevada quantidade da iluminura, na dimensão colossal dos livros, na utilização de pergaminho, (nacional e importado da Flandres), de muito boa qualidade e de grandes dimensões, assim como pelos materiais utilizados para as encadernações e respectivas decorações, tal como consta das referências documentais relacionadas com os custos desta empresa.

O pressuposto base do movimento da Leitura Nova era o de copiar alguns documentos da Chancelaria Régia, Bulas, Inquirições, e Colecção das Gavetas, que na expressão de Cristóvão de Benavente, diziam respeito a “cousas cuyo effeito ha de durar pera sempre, como sam doações de cousas da coroa, de juro, privillegios, aforamentos, apresentações de igrejas, administração de capellas, legitimações e asi aquellas cousas que sam da coroa, ainda que sejam dadas em vida somente do donatário, pera se saber como as traz somente em vida. E as mais cousas que se extingue o vigor dellas com a pessoa a que forom concedidas, como sam cartas d´officios, comendas, perdões, nam se tralladam e fiquam no original que se guarda mui bem”.

Estes documentos eram escolhidos e assinados pelo guarda-mor ou pelo escrivão da Torre do Tombo, que no original lançava, a vermelhão, um pequeno sumário, e o tipo de livro a que se destinava cada texto. Segundo a “hordenamçam em que estes e os outros livros vaão postos e a maneira que se ha de teer na busca das scripturas”, os textos eram transcritos nas várias séries de códices.


Em 1526 já se encontravam prontos alguns dos livros correspondentes a 6 das 7 séries referidas na “Hordenamçam” para a sua elaboração e, além destes, outros que não tinham sido previstos, como é o caso dos livros de Reis, Direitos Reais e Inquirições. Por sua vez, em 1532 estava finalizado o livro que faltava dos do plano primitivo – o livro das Ilhas assim como um livro de Forais Antigos e três livros de Legitimações, (sendo certo que nada faria crer na existência destes últimos quatro, tendo em conta que as legitimações deveriam estar incluídas nos livros de Místicos).

Em meados do século XVI estava concluído o movimento da Leitura Nova.


Fonte:
“Os Forais de D. Manuel 1496-1520”, Maria José Mexia Bigotte Chorão, AN/TT, Série Estudos, Lisboa, 1990


Não é por acaso que só no final do séc. XIX foram descobertos os Painéis de S. Vicente que estavam entaipados, assim como só no século seguinte se conseguiu descobrir onde paravam as tapeçarias alusivas ás Cruzadas de D. Afonso V ao norte de África, as Profecias de Colombo também só apareceram no século passado. Na minha terra desapareceram relíquias que desde a fundação do Reino de Portugal se encontravam no Sacrário da Igreja de S. Pedro, desactivaram Santuários de grande devoção e peregrinação que foram durante a Idade Média. A devassa continuou e ainda no tempo dos Filipes, que lhe fizeram o último assalto, perpetrado pelos homens apoiantes do Rei espanhol, com a própria conivência da hierarquia da Igreja, imagine!!!

D. Manuel muda o rumo do país e envia uma embaixada ao Papa, submetendo-se a sua vontade e à da Espanha, aliás é mesmo o seu filho, o Cardeal D. Henrique que depois vai mesmo entregar Portugal aos espanhóis.

Constituída numa altura em que Portugal era nação pioneira em diversos domínios e rica do comércio com outros continentes, a faustosa embaixada de D. Manuel I à Santa Sé foi enviada em 1513. Tinha como objectivo reiterar a obediência do soberano português ao papa Leão X e, ao mesmo tempo, apresentar-lhe certas propostas, que se podiam reunir em dois grupos: as de carácter geral, no sentido do fortalecimento doutrinário e institucional da Igreja Católica, e aquelas que, sem deixarem de estar relacionadas com as instituições religiosas, tinham a ver com aspectos específicos da orientação política de D. Manuel.
A embaixada era composta por mais de cem pessoas. Era chefiada por Tristão da Cunha, nomeado em 1505 primeiro governador da Índia. Como seus assessores iam Diogo de Pacheco e João de Faria, sendo o secretário Garcia de Resende, homens que ainda acalentavam na Salvação da Pátria deixada por D. João II.
Através dos seus representantes, D. Manuel enviou a Leão X presentes magníficos: pedrarias, tecidos e jóias, bem como um cavalo persa, uma onça de caça e um elefante que executava diversas habilidades.
A embaixada fez sensação na corte pontifical, tanto pela sumptuosidade dos trajos e riqueza dos presentes, como pelo exotismo do séquito que passava pelas ruas de Roma a 12 de Março de 1514, dia em que foi recebida por vários embaixadores. O papa recebeu-a a 20 de Março, tendo sido mais tarde discutidas as questões apresentadas pelo monarca português. Apesar de os chamados "pontos gerais" não terem sido atendidos, aqueles que interessavam mais a D. Manuel foram considerados e satisfeitos, sendo a sua obra na propagação da fé católica largamente recompensada através de diversas bulas e breves que se sucederam após o envio da embaixada.
Esta iniciativa diplomática atingiu, assim, os principais objectivos que o monarca lhe tinha estabelecido. Afirmou de forma clara o seu poderio, vendo D. Manuel reconhecido o papel de Portugal na descoberta e conquista de novos territórios e a sua soberania sobre eles? Bem me parece que não, a América reivindicada por D. João II, aquando da chegada de Colombo na sua primeira viagem, passou para a mão dos espanhóis, assim como as Molucas e muitos outros territórios que a Espanha e Holanda e Inglaterra deitaram mão. Portugal ficou então submisso da Espanha!!!

Depois logo respondo ao resto: -Os oscos e a sua influência em Portugal.

Um abraço

Zé Maria

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RE: SAPO: Filme de Manoel de Oliveira premiado

#167080 | RAAL | 11 Sep 2007 00:20 | In reply to: #167042

Caro oimparcial
Gostei do Manuel Oliveira do Aniki Bobó e pouco mais. O resto é propaganda e eles tÊm de dar uns aos outros os" repolhos de ouro" e as "nabiças de prata".
Já agora,escreve-se "voluntariamente".
Cumprimentos
RAAL

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produtivo de todos os monges iniciados no celebáto

#167081 | kolon | 11 Sep 2007 00:32 | In reply to: #167048

Caro Carlos Calado,

No livro apontei que o Infate Henrique parece ter tido uma filha que foi até hoje esoncida e seria ecelente alguém encontrar mais factos sobre isso porque como nos disseram ele morreu virgem.

Depois temos o gardesssissimo rei D. João I que era um monge da Ordem de Avis e seu Mestre mas não foi imcapaz, na sua ordenada castidade, de fazer um filho que veio a dar-nos o 1º rei da quarta dinastia.

Depois temos talvez o mais produtivo de todos os monges iniciados no celebáto D. Álvaro Gonçalves Pereira Prior da Ordem de S. João: http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=39285

que teve pelo menos 25 filhos sendo um deles o D. Nuno Álvares Pereira, 2º condestável de Portugal també antepassado do 1º rei da quarta dinastia.

Cpts,
Manuel Rosa

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RE: SAPO: Filme de Manoel de Oliveira premiado

#167087 | JoãoGaspar | 11 Sep 2007 02:51 | In reply to: #167023

Caro Artur João,

Acha mesmo que os filmes de Manuel de Oliveira têm muito marketing? lol

Cumprimentos

João Gaspar

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RE: SAPO: Filme de Manoel de Oliveira premiado

#176550 | ggseixas | 15 Dec 2007 15:52 | In reply to: #166936

Confrade Calado

Pode não entrar na guerra, mas que a vai haver pode crer que vai. Aliás já aí está.
Já há dois portugueses bem posicionados para subir ao podium, ou ao trono, como queiram, de Colombo. o português. Os espiritosantistas aplaudem o jovem Diogo, os cubanos aclamam o Salvador ( não a da pátria mas o Fernandes ). Vamos a ver qual vence a maratona da imaginação, mas olhe que o espírito santo está-vos a dar cartas.
Ou os cubanos descobrem mais romãzeiras e encontram a Isabel Câmara, que fugiu para Génova sabe-se lá porquê, ou estão feitos ao bife!

Isto de lutar contra ilhéus santificados pela pombinha é um cabo dos trabalhos.
Reze ao espírito santo que lhe proteja a cuba ou fica sem ela.
Saudações

Gonçalo, a pombinha de S. Miguel

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RE: produtivo de todos os monges iniciados no celebáto

#176552 | ggseixas | 15 Dec 2007 16:03 | In reply to: #167081

Confrade Rosa

será que Colombo era uma Colomba? Bate tudo certinho com essa do infante D. Henrique ter tido uma filha que esconderam, esconderam, mudaram-lhe o nome,eeeeeetemos o Colombo.
Olhe que esta ideia não me sai da cabeça. A filha do infante, Salvadora Henriqueta Zarco, transforma-se em Colombo e emigra para Castela após ter conspirado contra D.JoãoII que lhe calara o pio.Tapa muitos buracos da sua tese, até o de ninguém a ter reconhecido quando regressou a Portugal, vestida de homem e deixando crescer a barba quem havia de a reconhecer? Aposto na Salvadora.Viva a Salvadora, tudo pela Salvadora.

Gonçalo Salvador

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RE: SAPO: Filme de Manoel de Oliveira premiado

#176583 | Decarvalho | 15 Dec 2007 20:22 | In reply to: #176550

Caro confrade Gonçalo Pombinha de S. Miguel,
é bom constatar que ainda há confrades com espírito de humor e muita imaginação.
mas olhe que por aqui é capaz de não ter muita saída. Não tarda nada e estão a chamar-lhe todos os nomes feios que conhecem, ou pior ainda, a nomeá-lo para o Clube.
Não se perca, e se conseguir manter a veia, apareça numa das Tv's, que aquilo por lá está fraquinho.
saudações
Carlos Calado

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RE: SAPO: Filme de Manoel de Oliveira premiado

#176587 | pintassilgo | 15 Dec 2007 20:59 | In reply to: #176583

Caro confrade Carlos Calado,

Ando por este forum á poucos dias (uma semana), e já levei algumas chamadas de atenção, de alguns confrades. ainda não me chamaram "nomes feios", mas deve faltar pouco...
Uma pergunta se fizer o favor de me responder, o que é "nomeá-lo para o Clube"?
Não estou a ser irónica, simplesmente não sei se era uma alegoria, ou se o dito "clube" realmente existe!

Desde já muito obrigada.

Atenciosamente

Anabela Pinto

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RE: SAPO: Filme de Manoel de Oliveira premiado

#176588 | ggseixas | 15 Dec 2007 21:03 | In reply to: #176583

Confrade Calado

A pomba está sempre por aí. Onde menos se espera lá vem ela, e deixa marca, experimente deixar o se pó-pó ao pé de um pombal e vai ser se não fica logo marcado. Nomes feios chamam-me desde que me lembro, agora Clube, isso é que não!Só o FCP, com ele nasci e com ele hei-de morrer. O dragão também é um símbolo, S.Jorge pôs-lhe o pé em cima mas teve primeiro que lhe dar três romãs cortadas em triângulo. Lá em Cuba há algum pórtico com dragões? Pois, mas nas ilhas o espírito santo semeou dragões, e é precisamente por isso que uma delas foi baptisada como S.Jorge.E nas ilhas há celtas, ou pensa que por lá andam alentejanos? Celtas, e é a eles que devemos ir buscar o nome, para meter medo ao D.Manuel que deu a Portugal 450 anos de obscurantismo. Os outros 50 roubou-lhos o Toninho de Santa Comba e fez muito bem que isto de monopólios nem para reis deve ser.
Acautele o Salvador que a pombinha vai-lhe passar por cima da careca.UI.Já passou. Olhe como ficou a careca dele. Toda borrada.

Saudações

Gonçalo, a pombinha micaelense

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RE: SAPO: Filme de Manoel de Oliveira premiado

#176590 | ggseixas | 15 Dec 2007 21:09 | In reply to: #167051

Confrade Trimegisto

O seu nome também é celta? E é pombinho? Então fuja que o Confrade Calado ainda lhe dá um tiro! Uma pombinha borrou-lhe a careca ao Salvador ( Fernandes Zarco, é claro)

Gonçalo, o maratonista

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