nomes judeus
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nomes judeus
ola meu nome rui manuel rodrigues correia , minha mae armandina rasinhas rodrigues correia e é oriunda da beira - resende - são martinho de paus , filha de antonina rasinhas e de josé rodrigues , sabe-se que temos familia de origem polaca ou judia anterior aos meus avós , e o elo perde-se ! gostaria que me ajudassem a descobrir esse elo perdido obrigado Rui Correia senão conseguirem saber arranjem-me os maiores dados possiveis da minha familia que eu mandarei investigar
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RE: nomes judeus
Caro Rui Correia
Acho que você já está no caminho certo: já tem parte dos dados e já pode mandar investigar!
Boa sorte
Maria
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Corrija o tiro
Caro Rui Correia,
1. ao contrário do que a sua mensagem parece fazer alusão, não existe uma espécie de 'livro sagrado' onde estejam escritas, prontas a consumir, as histórias familiares das pessoas. Nem em Portugal, nem em nenhuma outra nação com assento na ONU (ou fora dela);
2. como já percebeu, os Srs seus avós podem ser pessoas muito estimadas e conhecidas pela sua família, mas para a maior parte do resto da humanidade, podem não ser mais que dois ilustres desconhecidos. Não menos respeitáveis por causa disso, mas apenas isso. Considere que a seguir aos Srs. seus avós 'o elo perde-se' provavelmente porque ninguém nunca o procurou, ou pelo menos nunca o procurou como devia. Ora, se o nosso caro Rui Correia é o primeiro na família a se preocupar com isso, parabéns, porque vai ter o trabalho todo, mas vai ter todas as revelações em primeira mão. No caso de pessoas nascidas em Resende, a coisa pode complicar-se ainda com o que vem no ponto a seguir;
3. O Rui já sabe a terra de origem da Srª sua Mãe é Paus de S Martinho. Paus é a actual "S Pedro de Paus". Pode procurar em um motor de busca e vai ter a vários sites entre eles o site da (Junta de) Freguesia (=menor divisão administrativa do território) onde pode ler alguma coisa sobre a história do local. Isso já ajuda muito;
4. Paus, que é uma Freguesia do Concelho (=Município) de Resende, fica no Distrito (mais ou menos equivalente a 'Estado' no Brasil) de Viseu. Os registos paroquiais estão depositados no «Arquivo Distrital de Viseu» (ADV). Escreva isso num motor de busca qualquer, entre no site, procure em Fundos e Colecções»Paroquiais»Resende e vai ver os intervalos de datas dos livros de Paus que há em Viseu.
5. Como não disse que idade tem, se tiver 18 ou 81 anos a Srª sua mãe e os Srs. seus avós podem calhar em tempos completamente diferentes. Estando nos intervalos, poderá mandar uma mensagem com os seus dados e o pedido que tiver para fazer (uma certidão, várias pesquisas, etc) para o ADV. Eles lhe farão um orçamento e a partir daí entenda-se com eles. O e-mail pode encontrar no próprio site;
6. fora do intervalo de tempo dos livros do ADV: para posteriores, na Conservatória do Registo Civil mais próxima de Resende; para anteriores ... começa a confusão. Os livros anteriores estão, ainda, à guarda da Diocese de Lamego, que tem em projecto ou em construção um arquivo próprio. Mas primeiro chegue até aonde pode em Viseu e depois logo se vê.
Se chegou até aqui é porque quer perceber o mecanismo destas pesquisas e está de facto interessado em caminhar pelo rumo certo. Leia na página de rosto deste site (Introdução ou Iniciação à Genealogis), boas pesquisas e sempre que tiver alguma dúvida, volte a este seu tópico que aparecerá certamente alguém para o ajudar. Não desista e cumprimentos.
Victor Ferreira
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RE: nomes judeus
Cara Maria David,
Referiu que os seus ascendentes são da Beira Interior.
A minha pesquisa incide precisamente sobre esta zona.
Já concluiu todas as suas pesquisas ou continua a pesquisar?
Talvez possamos cruzar algumas informações.
Cumprimentos,
Ana D
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RE: nomes judeus
Cara Ana
Regressei este passado fim de semana de Castelo Branco e só agora dei conta da sua mensagem devido ao alerta na minha caixa de correio. Lá não tenho net em casa mas vou passar a ter dentro em breve. Vou demorar bastante a colocar-me em dia com este Forun, são tantas as mensagens temáticas...
Respondendo à sua pergunta, as pesquisas genealógicas NUNCA, NUNCA estão concluídas.Podemos ter alguns avanços numa determinada área ou ramo, mas em termos da palavra FIM, isso nunca vai acontecer. Se me falar em termos de assentos paroquiais, é certo que podemos chegar a um ponto da nossa investigação a partir do qual não possuimos mais registos, dado que não existem mesmo devido à circunstância de não ser costume fazer esses registos ou, simplesmente, por se terem perdido ao longo dos tempos. Mas uma genealogia não "deve" basear-se só no mero registo de nomes e datas. Fica esvaziada de conteúdo. Precisamos de saber mais sobre os nossos avoengos para termos uma percepção "real" de quem foram, o que fizeram, o que nos legaram em termos de património cultural, social, económico, enfim, que valores nortearam a sua vida e como esses valores chegaram até nós. Como eu costumo dizer, brincando com as palavras, fazer uma genealogia de nomes e datas é simplesmente construir um esqueleto da nossa árvore genealógica. De seguida, temos que rechear esse esqueleto de músculos, vasos sanguíneos, órgãos, dar-lhe um cérebro, vestir-lhe umas roupas e saberemos "entender" o seu retrato. Tudo isso demora muitíssimo e nem sempre conseguimos as fontes necessárias para concretizar tal empresa.
Em relação a si, fico satisfeita por saber que é mais uma pessoa a trabalhar sobre as genealogias beirãs. Tenho tido algumas "frustrações" nesta troca de informação porque os meus ancestrais não têm sido os mesmos pesquisados pela maioria dos investigadores deste forun. Algumas excepções, muito poucas.
Diga-me quais são os nomes que lhe interessam e locais de origem (freguesias) e talvez lhe possa dar alguns contributos.Também pode ter a sorte de eu ter referências a processos da inquisição já consultados e que pertençam aos seus ancestrais. Fico disponível para o que estiver ao meu alcance.
Cumprimentos amistosos
Maria
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RE: nomes judeus
Cara MariaDavid
Gostei muito de ler a sua msg. dirigida a nossa confrade Ana.É como eu entendo a Genealogia e é como a Maria David a cultiva - com saber, arte e sensibilidade que transcende a narração, porque vivemos os acontecimentos,cultiva-nos o espírito e leva-nos a viajar no tempo e no espaço.
Também lamento não saber mais das minhas raízes da Beira,mas não sei de genealogistas que estudem famílias dos concelhos de Pedrógão Grande e de Castanheira de Pera;felizmente que do B.xo Alentejo e Algarve alguns parentes e confrades vão colocando muitas e valiosas inormações que me são úteis.
Cumprimentos amigos
Rafael
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RE: nomes judeus
Olá, caro Rafael!
Faz tempo que não trocamos dois dedos de prosa. Gostei da sua mensagem pois faz-me sentir acompanhada nestas lides de inventeriar o passado. Assim conseguissemos todos nós concretizar essa velha aspiração, que é a da maioria dos genealogistas, presumo, trazer para o presente, como num toque de mágica, todos aqueles que, algures, no passado, nos deram origem. Com os seus defeitos e virtudes. Com os seus brasões ou ausência deles. Mas que foram acima de tudo seres humanos e que nos deixaram um legado que é preciso preservar a tudo o custo - a memória da sua cultura familiar para que não "morram" no esquecimento dos homens.
Obrigada pelas suas gentis palavras.
Abraço
Maria
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RE: nomes judeus
Ola
Sou mais uma pessoa de origem Beira (avo materno da Beira Baixa e pai da Beira Alta). Tenho avancado um pouco gracas a ajuda de varios utilizadores deste site e tambem das muitas certidoes que tenho pedido.
Se nao se importar poderia-me dizer em que freguesias anda a pesquisar? Da Beira Baixa tenho muitos antepassados da zona da Serta.
Luis
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RE: nomes judeus
Caro Luís
Presumi que a questão me era dirigida e vou responder. A Sertã não aparece como local das minhas investigações, por enquanto e até ao início do século XVI.Tenho as seguintes localidades, distribuídas entre Beira Baixa, Beira Alta e Alentejo, como terras de origem:
Sarzedas
Idanha a Nova
Castelo Branco
Monsanto
Fundão
Covilhã
Penamacor
Teixoso
Sabugal
Belmonte
Vila Nova Foz Côa
Pinhel
Guarda
Linhares
Sta.Comba Dão
Celorico da Beira
Almeida
Trancoso
Marialva
Sousel
Portalegre
Ciudad Rodrigo-Castela
Quais são as suas freguesias de estudo e que apelidos?
Cumprimentos
Maria
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RE: nomes judeus
Maria David,
também eu tenho ascendentes em algumas localidades que referiu, entre outras que não constam. De momento estou parado com as minhas pesquisas. Gostaria de saber que apelidos já tratou para as localidades de Fundão, Covilhã, Penamacor, Sabugal e Belmonte. Vou voltar a pegar nos meus papéis e poderemos ver se temos algum antepassado em comum.
Obrigado
Carlos Pereira
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RE: nomes judeus
Cara Maria David
Desculpe intrometer-me na conversa, mas li agora a sua mensagem e sinto-me em perfeita sintonia com a sua forma de fazer Genealogia. Claro,que fazer, assim, temos obra não para uma vida,mas para várias e, eu que só começou na idade da aposentação dá-me uma certa ansiedade, sobretudo,porque encontramos muitos escolhos ( muitos paroquiais inexistentes,outros mal se leem).....arquivos ainda por tratar, arquivos que não se sabe onde param, enfim,todos os males dum país que sempre desprezou o seu património...
Mas sempre que encontro alguém que anda a investigar nas regiões onde pesquiso, fico feliz," pois " são mortos que dos livros poeirentos ressuscitamos ".
A minha familia paterna é toda da Beira Alta, distrito da Guarda,(Almeida e Guarda)encontrei uma avó originária de S.Vicente da Covilhâ,mas muito dificil de averiguar,pois casou na Ramela mais ou menos nas datas onde não se sabe onde param os livros ( 50 anos de casamentos e de óbitos....)
Posso posteriormente dizer-lhe as freguesias em que tenho pesquisado e datas,ainda estou muito no inicio, aqui na Estremadura é que cheguei nalguns ramos ao inicio do sec. XVII.Nas zonas de fronteira e não só, da Beira Alta faltam muitos paroquiais.
Tenho recolhido muita literatura,incluindo alguns jornais antigos.Na Hemeroteca da Camara de Lisboa e a BN têm quase todos ex. de jornais antigos do distrito.
Vou uma vez por semana à TT e estou disponivel para ajudar se necessitar.
Saudações cordiais e Pascoa feliz
Dulce José
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RE: nomes judeus
Olá Maria David,
Há muito que não temos contacto. Vi aqui na sua lista de freguesias a de Almeida, tenho lá antepassados Caetano de Brito Freire cc. Inês Rodrigues, que teria casado por volta de 1670/80, a filha Francisca de Brito Freire cc. Manuel Teixeira, em S.Romão, não tenho datas dos casamentos. Tenho só a data de nasc. em S.Romão duma filha Maria 1/9/1700, tem alguém com estes apelidos nos seus antepassados? No distrito de Portalegre tenho antepassados em Niza, os seus são mesmo de Portalegre? Tenho também em Corigeira-Guarda.
Os meus melhores cumprimentos,
Fernanda Farrajota
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nomes judeus
Cara Maria,
Tenho antepassados em:
Sarzedas (Sarzedas)
Idanha-a-Nova (Idanha-a-Nova)
Castelo Branco (Alcains, Escalos de Baixo, Póvoa de Rio de Moinhos, entre outras)
Fundão (Alpedrinha, Vale de Prazeres, Freixial dos Potes, entre outras)
Covilhã (São Martinho, Erada, entre outras)
Penamacor (Penamacor)
Sabugal (Vila do Touro)
Pinhel (Ervedosa, Pinhel)
Santa Comba Dão (São Joaninho)
Trancoso (Guilheiro, Rio de Mel, Maçal da Ribeira, Vila Franca das Naves, Reboleiro)
Marialva
Ciudad Rodrigo
Entre outros concelhos: Vila Real, Braga, Penela, Meda, etc.
Talvez tenhamos algo em comum.
Cumprimentos
Lourval
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RE: nomes judeus
Cara Fertnanda Farrajota
António da Costa, natural de Braga, casou com Luisa de Brito Freire, natural de Santa Maria, Ceia.
Tiveram a Sebastião de Brito Freire que casou com Isabel Garcia Rosa, natural do Rosmaninhal onde tiveram filhos a partir de 1744, com descendência no Rosmaninhal.
Tem referências deste casal?
Cordiais cumprimentos
Manuel da Silva Rolão
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RE: nomes judeus
Cara Fernanda
É verdade, faz muito tempo que não trocamos palavra. A vida encarrega-se de nos solicitar para tantos lados e tantas coisas que nem sempre arranjamos o tempinho necessário para mantermos os relacionamentos, ainda que virtuais.
Começo por lhe dizer que em relação ao casal que mencionou, nada tenho, infelizmente. O nosso caríssimo confrade Manuel Rolão, sempre atento, já colmatou essa falha, respondendo. Sobre a Guarda, os meus ramitos pendurados são:
1º. Álvaro Fernandes (presume-se nascido no Fundão cerca de 1616) e casado com Brites Rodrigues em 24.04.1639, natural de S.Vicente, da Guarda, filha de Fernão Rodrigues (natural de Belmonte) e Inês Rodrigues (natural da Guarda), neta paterna de António Fernandes e Antónia Rodrigues (ambos naturais de Belmonte), neta materna de X e Branca Rodrigues.
Álvaro é filho de Diogo Rodrigues, do Fundão e Brites Rodrigues, da Guarda.
2º. Manuel Rodrigues Sarzedas, natural de S.Vicente, Guarda, nascido por volta de 1594 e que casou por volta de 1642 com Joana Mendes (filha de Manuel Franco, de Penamacor e Ana Rodrigues, de Monsanto); ele foi filho de António Lopes (natural de S.Vicente, Guarda) e Branca Nunes (natural de Marialva), neto paterno de Manuel Lopes, de Sarzedas e Leonor Gomes, de Vila Nova Foz Côa.
Como pode ver, nada têm em comum com os nomes que mencionou. Estão todos os parentes muito relacionados uns com os outros e quase sempre vou dirigida, nas investigações, a um ponto concreto de pesquisa.
Mais alguma coisa, diga. Se estiver com alguma coisa, disponibilizo de imediato.
Cumprimentos
Maria
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RE: nomes judeus
Olá, caríssimo Manuel Rolão!!!
Quem é vivo, sempre aparece.
Em Castelo Branco, bem tentei ver se o encontrava pelo arquivo, mas nada.
Volto para lá amanhã, passar a Páscoa com a minha filha. Mas devo voltar já na próxima terça-feira.
Conto regressar à TT na próxima semana, para restabelecer as minhas rotinas. Conto vê-lo por lá.
Uma boa Páscoa para si e para os seus. Abraço.
Maria
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RE: nomes judeus
Boa noite, Lourval, como vai?
Acho que temos grandes hipóteses de encontrar algo em comum. Parto amanhã, novamente, para Castelo Branco mas desta vez já tenho garantias de ter net móvel, pela minha filha. Sendo assim, vou fazer um apanhado dos nomes e das respectivas localidades e envio-lhe logo que possível.
Cruze os dedos, para ambos termos sorte! lol!!
Cumprimentos
Maria
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RE: nomes judeus
Cara Dulce
Foi com imenso gosto que li a sua simpática mensagem. Por muitos motivos. As suas palavras denotam cordialidade, simplicidade e verdadeiro espírito de genealogista.
Gostei, sobretudo, desta sua frase: "Mas sempre que encontro alguém que anda a investigar nas regiões onde pesquiso, fico feliz, pois " são mortos que dos livros poeirentos ressuscitamos ". É isso mesmo que eu sinto! Recordo tão bem a emoção que experimentei, a primeira vez que tive entre as mãos o processo do António José da Silva, e vi os vestígios das torturas a que o submeteram pelas assinaturas irregulares...
Pensei nos sofrimentos que lhe infligiram, físicos e psicológicos...
E eu tinha 18 anos.
De então para cá, fazer genealogia familiar começou por ser obsessão, hoje é um imperativo de vida, para não deixar tombar no esquecimento todos aqueles que me deram vida, ao longo de uma imensa cadeia de relacionamentos e a quem devo, em grande parte, tudo aquilo em que me tornei.
Bem-haja! Quero conhecê-la, na primeira oportunidade em que ambas nos deslocarmos à TT. Eu passo lá a maior parte do meu tempo disponível.
Obrigada pelos votos de boa Páscoa, que retribuo com a mesma cordialidade.
Até breve.
Maria
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RE: nomes judeus
Olá Maria David
Tenho andado "atarefado", e não tenho vindo muito ao Fórum.
Vou tb amanhã para Castelo Branco, se tiver disposição ligue-me para o 936494335 ou 272328124.
Uma boa Páscoa tb para si e para os seus
Um beijo
Manuel da Silva Rolão
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RE: nomes judeus
Cara Maria David
Muito obrigada pela sua mensagem :-) Quanto ao fim da histo´ria genealo´gica da familia, eu tambem nunca chegarei ao fim da minha, pois tal nao e´possivel :-) (Referia-me apenas, e mais concretamente, `a questao da inquisiçao; mas vejo agora, pelos seus posts, que sim... que ja encontrou essa documentaçao)
De qualquer maneira, o facto de nunca se chegar ao fim do estudo, isto e´, o facto de se tratar de uma investigaçao sempre em aberto, e´ tambem talvez um dos factores que tornam a genealogia interessante!...
Para mim, isto ainda e´ um hobby muito recente, mas que ja deu alguns frutos.
Afirmou que encontrou registos dos seus ancestrais em Penamacor. Eu tenho um grande tronco da familia dai´: cerca de 10 APELIDOS em Penamacor. (Apelidos como Borges, Oliveira, Ferreira ..... entre outros). E´ costume colocar os apelidos aqui no Forum ou ha alguma forma de os fazer chegar a si? Ja tem colocado todos os apelidos das suas familias aqui? Se calhar e´ o mais pratico e eficaz! :-)
Tambem ja enveredei por Monsanto, mas avancei apenas nas geraçoes iniciais, mais precisamente ate 1828. Vou ter de estudar esse lado melhor. E para Monsanto, para ja, os apelidos sao tao comuns como Martins, Santos e Almeida.
Uma ultima pergunta... Descreve como consultou um processo da inquisiçao quando tinha apenas 18 anos! O que a fez procurar em tao tenra idade essa informaçao? Historias que ouviu contar na sua familia?
Muita sorte nos seus estudos
Cumprimentos amistosos
Ana D
(P.S. - espero que a ausencia de acentos nao afecte a leitura deste meu post, mas para ja, estou a usar um teclado anglo-saxonico, o que dificulta a inserçao de acentos. Espero que isso nao diciculte a compreensao dos meus textos)
("Bem-haja")
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RE: nomes judeus
Cara Ana
"Uma ultima pergunta... Descreve como consultou um processo da inquisiçao quando tinha apenas 18 anos! O que a fez procurar em tao tenra idade essa informaçao? Historias que ouviu contar na sua familia?"
Muito rapidamente, vou responder à sua pergunta.
Quando andava no liceu, no velho 7ºano, tive uma extraordinária professora de Latim e Literatura Portuguesa que se chamava Maria Luisa Peixoto (espero que ainda esteja viva!!!) e que tinha um dom fantástico para nos captar a atenção. As aulas dela não corriam, voavam! Os minutos pareciam sempre poucos para escutar aquele monumento de cultura que ela representava. Acompanhava as aulas com expressões muito castiças e sempre oportunas. Recordo uma, por exemplo, quando questionava as alunas e estas falhavem nas respostas "Seus monstros acéfalos!". Ríamo-nos porque ela dizia isto com carinho e por ela tinhamos o maior respeito.
Quando uma aluna chegava 5 minutos atrasada à aula, lá vinha mais uma "Ora aqui está mais uma turista em Paris!". Adiante.
Certo dia, ela enveredou o tema pelo António José da Silva, as "Guerras do Alecrim e da Mangerona", as óperas cómicas, a Inquisição, S.Domingos, os judeus....
Em casa, meu pai, à mesa do almoço, questionava-nos sempre como tinha sido o nosso dia e que matérias tinham sido dadas. Respondi, como era hábito. Então ele sussurrou que ainda eramos parentes dele, do António José da Silva. Eu pretendi saber mais sobre o assunto mas ele reduziu-se a um pesado silêncio e mandou-me calar. Naqueles tempos, ordem de pai era para ser obedecida e foi o que fiz. Posteriormente, tentei abordar novamente a questão mas só ouvi dele "Não quero voltar a falar sobre isso, ponto final!"
Conversando com Maria Luisa Peixoto, relatei-lhe o episódio do meu parentesco com o dramaturgo e das dificuldades em arrancar quaisquer pormenores do meu pai.
Foi então que ela me aconselhou a investigar os meus ancestrais, até encontrar a ligação ao António José da Silva. Assim fiz. Comecei a fazer genealogia aos 17 anos e aos 18 sentei-me pela primeira vez na sala de leitura da velha Torre do Tombo, ali a S.Bento, no mesmo palácio do Parlamento, abrindo deslumbrada o processo do António José da Silva.
Escusado será dizer que apanhei o "virus" e do qual nunca consegui, até hoje, qualquer vacina! Fiquei viciada neste tipo de investigação e é sempre com imenso prazer que recordo as primeiras tentativas de busca das minhas raízes.
Espero ter satisfeito a sua curiosidade. Se me mandar um endereço de mail, terei todo o gosto em lhe enviar, em PDF, o artigo que fiz para a revista Gerações/Brasil, Boletim da Sociedade Genealógica Judaica do Brasil, onde é contada a forma como descobri os meus antecedentes cristãos-novos.
Bom trabalho para si e até breve
Maria
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RE: nomes judeus
Cara Ana D,
referiu como apelidos de antepassados seus de Penamacor, Borges, Oliveira, Ferreira. Pois entre outros, também são os meus. Por acaso não estão associados aos apelidos Cansado (Oliveira, oriundos de Sortelha), Pereira Miguéis (Borges), este último ligado ao governador militar da Praça de Penamacor de c. de meados de 700`s, José Pereira Miguéis, por sua vez oriundo de Mértola? Alguns destes meus antepassados, com os apelidos que referiu eram miltares (oficiais). Outros apelidos que tenho para Penamacor são Esteves, Lopes, Carrasco, Lourenço, Guerreiro, Centúrio, Gomes.
A ver se temos antepassados comuns.
Os meus cumprimentos,
Carlos Pereira
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RE: nomes judeus
Para o Lourval e Carlos Pereira
Esta mensagem já devia ter sido enviada desde o final da semana passada mas nem sempre as nossas disponibilidades de tempo nos permitem honrar os compromissos assumidos. Mas, como diz o ditado, mais vale tarde que nunca.
Em relação aos apelidos que procuro investigar, por terras:
Fundão:
Lopes
Pereira da Silva
Rodrigues
Monsanto:
Henriques
Mendes
Rodrigues
Penamacor:
Fernandes
Franco
Lopes
Mendes
Nunes
Paiva
Rodrigues
Covilhã:
Lopes
Mendes
Rodrigues
Belmonte:
Fernandes
Nunes
Rodrigues
Sabugal:
Rodrigues
Guarda:
Fernandes
Lopes
Loução
Mendes
Nunes
Rodrigues
Celorico da Beira:
Rodrigues
Seixas
Vila Nova Foz Côa:
Campos
Fernandes
Lopes
Matos
Mendes
Pinto
Rodrigues
Vaz
Destes nomes, tenho algumas referências a processos da Inquisição. Basta que me digam quem são os parentes que procuram; quanto a paroquiais, são poucos os dados que possuo.
Ao vosso dispôr, com os meus cumprimentos
Maria
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RE: nomes judeus
Para o Lourval e Carlos Pereira
Esta mensagem já devia ter sido enviada desde o final da semana passada mas nem sempre as nossas disponibilidades de tempo nos permitem honrar os compromissos assumidos. Mas, como diz o ditado, mais vale tarde que nunca.
Em relação aos apelidos que procuro investigar, por terras:
Fundão:
Lopes
Pereira da Silva
Rodrigues
Monsanto:
Henriques
Mendes
Rodrigues
Penamacor:
Fernandes
Franco
Lopes
Mendes
Nunes
Paiva
Rodrigues
Covilhã:
Lopes
Mendes
Rodrigues
Belmonte:
Fernandes
Nunes
Rodrigues
Sabugal:
Rodrigues
Guarda:
Fernandes
Lopes
Loução
Mendes
Nunes
Rodrigues
Celorico da Beira:
Rodrigues
Seixas
Vila Nova Foz Côa:
Campos
Fernandes
Lopes
Matos
Mendes
Pinto
Rodrigues
Vaz
Destes nomes, tenho algumas referências a processos da Inquisição. Basta que me digam quem são os parentes que procuram; quanto a paroquiais, são poucos os dados que possuo.
Ao vosso dispôr, com os meus cumprimentos
Maria
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RE: nomes judeus
Boa tarde, Fernanda
Como tem pessoas a pesquisar em Almeida, lembrei-me de lhe colocar uma questão.
Este casal:
Manuel Henriques da Cruz (n:19.02.1691, o:30.01.1752) e Isabel Henriques. Dados sobre a ascendência dele, que são de Almeida:
Pais:
Manuel da Cruz Henriques ( cc Brites Mendes em 17.10.1685)
Brites Mendes (n:10.01.1663)
Avós paternos:
Joseph da Cruz e Isabel Henriques
Avós maternos:
Francisco Mendes de Paredes e Branca Rodrigues
Pergunta: tem algum dado que me permita avançar este ramo, quer em matéria de datas ou referência a processos? Sobre a mãe e os avós maternos tenho os processos mas ainda não estão confirmados, o que só farei quando voltar à TT. Mas se puder contribuir com mais alguma pista, facilitaria imenso a minha busca.
Com os melhores cumprimentos
Maria
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RE: nomes judeus
Caro Manuel Rolão:
agradeço a sua pronta resposta Esta Luísa de Brito Freire é muito capaz de ter ligação com os meus antepassados. Tenho uma Luísa de Brito Freire, anterior, de 1700 mais ou menos. Logo que me for possível vou pesquisar esta de Seia, pode ser que encontre ligação.
Os meus cumprimentos,
Fernanda Farrajota
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RE: nomes judeus
Cara Maria
Fiquei curiosa em relaçao ao artigo que escereveu e teria muito gosto em le-lo!... :-)
Aqui fica o meu endereço de e-mail: carla_dias_777@hotmail.com
Obrigada e ate breve!
Ana D
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RE: nomes judeus
Caro Carlos Pereira,
Fiquei admirada com a sua mensagem. Parece-me que sim, que temos pontos de informaçao em comum.
Para mais informaçoes contacte-me, se quiser, directamente para o e-mail carla_dias_777@hotmail.com.
Cumprimentos,
Ana D
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RE: nomes judeus
Olá Maria:
quando lhe pedi informação sobre os meus antepassados Brito Freire, de Almeida foi porque ainda não tive oportunidades de consultar os microfilmes de Almeida. Estou sempre atenta ao fórum porque já tive algumas ajudas, como a Maria sabe pertencemos a tantas freguesias que não há tempo para todas. Últimamente tenho estado a rever os microfilmes da família de meu marido e deixei os meus para trás.
Sobre os meus Brito Freire que me apareceram em S.Romão, oriundos de Almeida, o sr.arquitecto Eduardo Osório já me informou da existência desta família em Seia, parece que militares de Almeida, não tive ainda a oportunidades de fazer a pesquisa. A informação que me passou o sr. Manuel Rolão, sobre uma Luísa Brito Freire, de Seia vou tentar seguir-lhe o rasto porque uns 40 anos antes tenho uma de mesmo nome em S.Romão, em muitos casos há nomes que se repetem na família.
Lamento também não poder ajudá-la sobre os seus antepassados nem sequer ainda o microfilme requisitei. Faço a pesquisa em Oeiras, na igreja dos mórmons.
Sobre o trabalho que fez para a revista brasileira, gostaria também de ter acesso. Penso que tem o meu endereço electrónico.
Os meus cumprimentos,
Fernanda
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RE: nomes judeus
Olá, Fernanda, boa noite
Agradeço muito a sua resposta. Quanto ao seu endereço, infelizmente não tenho. Se quiser fazer a gentileza de me enviar, tenho todo o gosto em lhe enviar o que pediu.
Com os meus cumprimentos
Maria
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RE: nomes judeus
Cara Maria:
Uma vez que refere cristãos-novos de Almeida do século XVII, gostaria de saber se por acaso encontrou informação de uma família Carrasco que lá viveu por essa época:
1. Manuel Carrasco, de Almeida, c. c. Maria Rodriguez, de Mérida, residentes em Almeida. Tiveram:
-- 2. Diego Rodriguez Carrasco, n. Ossuna, c. c. Maria (ou Guiomar) Nunes, de Almeida, filha de Jorge Rodrigues e Maria de Miranda. Filhos:
----- 3. Benjamim Carrasco, morador em Bordéus.
----- 3. Abigail Carrasco, moradora em Bayonne, c. c. N. de Campos.
-- 2. Miguel Carrasco, n. Almeida, c. c. Joana ... .
-- 2. Isabel, c. c. seu primo Francisco Lopez, filho de Miguel Lopez e Leonor Rodriguez (irmã de Maria Rodriguez).
-- 2. Francisco Lopez Carrasco, n. Almeida, c. c. Isabel Maria, n. Granada, filha de Duarte Mendes e Catarina Mendes. Tiveram:
----- 3. Manuel Francisco de Miranda, n. Granada, c. c. Leonor de Mendonça, n. Faro, filha de Miguel Marques Ferro e Maria de Mendonça.
-- 2. Gaspar Carrasco, n. Almeida, solteiro.
Toda a informação que indico acima é de processos da Inquisição pois não encontrei nada nos registos paroquiais. A linha que me interessa mais é a dos Rodriguez, de Mérida, pois descendo de Miguel Lopez e Leonor Rodriguez. Sei que Maria e Leonor eram irmãs mas não conheço a respectiva filiação. A sua Branca Rodrigues será da mesma família? Pelas datas podia ser irmã de Maria e Leonor...
Por enorme coincidência também tenho ligação com Maria de Mendonça que é meia-irmã de uma antepassada minha de um ramo cristão-velho do Algarve.
Desde já agradeço qualquer dado adicional.
Cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: nomes judeus
Caríssimo Rui, boa tarde
Como está desde o jantar?
Sobre o que pediu, não tenho nada concretamente dos seus "Carrasco". Mas passo já o que tenho, igualmente sem paroquiais (só informação de processos), dos meus Rodrigues:
António Nunes filho de Manuel Fernandes e Brites Rodrigues, neto paterno de Fernão Nunes e Catarina Guterres e materno de Diogo Fernandes e Isabel Mendes.
Este Diogo Fernandes foi casado outra vez com uma tal Ana Guterres, que penso seja cunhada dele, irmã da primeira mulher. Mas os paroquiais são fundamentais e ainda não consegui chegar a eles.
António Nunes foi casado com Maria da Silva, filha de António Fernandes e de outra Maria da Silva.
O único paroquial de António Nunes que tenho é o seu assento de baptismo. Ele nasceu a 13.08.1674, em Freixedas, Pinhel.
Além destes, com raízes em Almeida e trancoso, tenho:
Manuel Henriques da Cruz (n:19.02.1691; cc Isabel Henriques em 16.08.1714; o:30.01.1752), filho de Manuel da Cruz Henriques e Brites Mendes, casados em 17.10.1685, ela baptizada em 10.01.1663, neto paterno de Joseph da Cruz (tb José da Cruz) e Isabel Henriques e materno de Francisco Mendes de Paredes e Branca Rodrigues. Esta Branca Rodrigues, de entre os filhos que refere, fala de uma Leonor (teria que ter nascido cerca de 1653/1654, pois ela diz que na data da sua genealogia tinha 10 anos) e da minha Brites, cuja idade bate certo, pois ela fala que tinha 8 meses.
Se quiser, escreva-me para o meu endereço pessoal, pois posso esclarecer mais alguma dúvida.
Abraço e bom fim de semana, cumprimentos aos seus pais
Maria
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RE: nomes judeus
Desculpe, Rui, houve engano nas datas!!!!!
Vou ver o que se passou e envio a seguir
Acho que já me aconteceu isto mais 2 vezes, por erro de configuração. O programa assume diferente do que eu pretendo registar.
maria
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RE: nomes judeus
Cara Rui, boa tarde
Afinal, fui rever as datas e estão certas. Confundi-me com outra mensagem a que estava a responder e cujos nomes são praticamente iguais. Lamento o falso alarme.
Mas esta demora na confirmação levou-me a encontrar um único registo de Carrasco, embora da Covilhã. Passo na mesma, pois pode interessar a alguém:
Trata-se do casamento de Francisco Nunes de Lara com Maria Mendes, em 18.08.1695, em S.Vicente, Guarda. Ele, filho de Manuel Lopes Carrasco e Beatriz Nunes de Lara, ambos da Covilhã e ela filha de Belchior Henriques e Brites Rodrigues, ambos de S.Vicente, Guarda.
Sei que precisava de outros dados mas não tenho.
Abraço
Maria
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RE: nomes judeus
Cara Maria:
Muito obrigado pelas suas mensagens.
Talvez o Carrasco da Covilhã seja parente dos de Almeida. Nestes também há um Lopez(s) Carrasco, embora eu não saiba qual a origem do apelido Lopes. Atendendo à habitual endogamia destas famílias poderão ser dos mesmos de Miguel Lopez.
Não deixarei de informá-la se encontrar informação dos seus ramos.
Um abraço,
Rui Pereira
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RE: nomes judeus
Vejo que falaram muito em Almeida e outros concelhos da Guarda. Tembém tenho lá família, mas ainda estou muito no inicio da pesquisa (tenho 15 anos).
O meu bisavô, nascido em 1889 em Almeida (Vale da Mula) era António Fernandes Rodrigues. Ainda pouco sei sobre os seus antepassados.
Era casado com Engrácia de Andrade Alves, filha de José Alves e de Engrácia de Andrade. Esta última, nasceu em 1853 em Almeida (Malpartida) e era filha de António de Andrade, natural de Pinhel (Almofala) e de Theodora Morgada, natural de Pinhel (Malta). Era neta por parte paterna de José de Andrade e Maria Ferreira e por parte materna de António Monteiro, natural de Pinhel (Malta) e de Maria Margarida, natural de Figueira de Castelo Rodrigo (Cinco Vilas).
É tudo o que sei. Agradeço qulquer informação.
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RE: nomes judeus
Bom dia, caro João
É sempre muito gratificante ver um jovem interessar-se pelas suas raízes! Só pelo seu interesse e pela pouca idade que diz ter, os meus sinceros parabéns!
Pela forma como expõe o pouco que já sabe sobre os seus avós, denota um mínimo conhecimento de como estas coisas funcionam em termos de genealogia. Está no bom caminho, pois avança como manda o figurino, ou seja, partindo de si e recuando para o passado, seguindo geração após geração.
A todos os que começam costumo dar sempre o mesmo conselho: aproveitem, primeiro, a presença dos vivos (pais, avós, tios, primos afastados ou até pessoas sem serem da família mas que dela têm algum conhecimento) para adquiriri o máximo de informação que se vai revelar preciosa ao longo da nossa construção genealógica. Tudo servirá para obtermos pistas de quem eram, como eram, o que faziam, o que tinham, gostos, doenças, instrução, hábitos daqueles que nos deram origem. E isto não vem em registos paroquiais!!!!! Estes registos são o alicerce da nossa investigação, sem eles nada do que possamos dizer sobre os nossos avoengos tem credibilidade. Imagine que aparece aqui alguém e escreve " Sou descendente de D. Manuel I". Tudo bem, até poderá ser verdade. Mas terá que o provar, via documentos legais. E estes documentos principais são precisamente os registos paroquiais de nascimento e casamento dos antepassados, até chegar ao venturoso D.Manuel I. Sem esse tipo de prova, qualquer um pode dizer que é descendente do Faraó Ramsés I ou do último Xá da Pérsia....entende?
O valor dos registos tem um peso decisivo na feitura de uma genealogia. Mas há outros aspectos e esses são os tais dados que nos chegam por via "oral": os pais contam como era o feitio da avó X, as doenças do avô y, as propriedades da Tia Pancrácia, como era fisicamente o bisavô Pantaleão, etc. Ora isto, meu caro João, não vem nos assentos.
Sugiro, então:
1 - Aproveite qualquer reunião familiar para ir "entrevistando" os elementos mais idosos. Arranje um pequeno gravador de bolso e converse com essas pessoas. Tente retirar do baú das suas memórias tudo o que for possível, sem receio de ser intrometido, pois elas vão adorar! Quem não gosta de fazer uma viagem ao passado, lembrando a sua infância e juventude, o que faziam, as pequenas histórias e dramas familiares, as guerrinhas entre parentes, as disputas pelas posses, os velhos ódios de estimação e porquê, enfim, gravando estas conversas vai capitalizando informação que se vai tornar preciosa, quando quiser fazer um "verdadeiro" retrato" dos seus. Quase sempre ficamos a perceber as "alcunhas" que têm e a razão delas, porque foram vendidas e a quem determinadas propriedades, quem foram os rebentos que morreram à nascença, porque determinado objecto passa na família de geração em geração, como eram fisicamente os nossos parentes (já que a fotografia é recente no tempo e não era acessível a todos, assim como os retratos a óleo)....enfim, uma montanha de dados que se retiram destas conversas informais em festas de aniversário e não só. Esteja atento, também, ao que se diz em velórios e casamentos: muitos parentes só aparecem nessas alturas e quase sempre, em conversas de circunstância, acabam por dizer coisas interessantes.
2 - Arranje um dossier para ir catalogando/armazenando as cópias dos registos de baptismo, casamento e óbito de cada membro familiar directo que vai conseguindo; em relação aos colaterais, basta que tenha as datas e a menção das fontes.
3 - Caso tenha computador, arranje um bom software de genealogia, onde vai introduzindo tudo o que vai descobrindo sobre todos. Caso não tenha, pode fazer uns quadros à mão e ir preencendo. Nesse caso, arranje outro dossier para catalogar esses quadros.
4 - Arranje uma pasta ou caixa (ou várias, dependendo do material que tem) onde vai guardar tudo o que possa servir para investigar, desde postais de férias dos seus antepassados, cartas familiares ou de amor, registos de propriedades, fotografias dispersas, diplomas, etc, etc, etc. Sobre as fotografias, quase todos nós temos fotos não identificadas, antigas, encontradas entre os muitos papéis que nos ficaram dos nossos parentes. Pegue nessas fotos não identificadas e junto dos mais velhos inquira-os sobre se conhecem aquela pessoa/pessoas, em que circunstâncias. Às vezes resulta. Depois, escreva por detrás da foto quem é o ilustre desconhecido e mais qualquer coisa que lhe sirva de referência.
Penso que isto é o que se me afigura dizer, já de início, para avançar com a sua árvore genealógica. Leia aqui no Forum tudo o que puder, pois vai encontrar a solução para eventuais dúvidas. Não se esqueça que o trabalho inicial tem que ser seu. Os contributos do Forun aparecem já mais para trás, quando há dificuldades de registos ou ausência de outras informações que nos permitam saber realmente quem é quem. Mas até chegar lá.....ainda vai um bom pedaço. De qualquer modo, os apelidos Fernandes e Rodrigues, na região da Guarda, são muito frequentes e eu própria os tenho. Mas só poderei (eu ou qualquer outro confrade) dar uma ajuda quando o João tiver avançado mais. O nível da sua investigação ainda está muito próximo, no tempo, e só o João saberá quem são os seus ancestrais. A não ser que algum frequentador deste espaço seja seu familiar e saiba quem são as pessoas que referiu acima, na sua mensagem, tendo algum trabalho já feito.
Quero dizer-lhe que tanto eu como os demais confrades estaremos sempre prontos em dar uma ajuda. Partilhe os dados que vai conseguindo e pode acontecer ter alguma agradável surpresa, mais depressa do que estava à espera. Mas tem que avançar mais.
Parabéns, mais uma vez e estimule outros jovens seus amigos a fazer o mesmo. Eles vão gostar e o país agradece! A nossa história colectiva, enquanto povo, é feita do somatório das nossas histórias individuais, porque tudo funciona numa relação causa/efeito. O João não seria hoje o João se o seu pai não tivesse casado com a sua mãe. Isto levado aos extremos, leva-nos à evidência que tudo está relacionado e que a nossa genealogia familiar é importante para entendermos o contexto em que nascemos.
Abraço
Maria
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RE: nomes judeus
Cara Maria,
Gostei imenso da sua resposta e agradeço desde já todos os conselhos.
Foi já há cerca de dois anos que descobri esta paixão pela genealogia, quando encontrei uma fotografia de um meu tetravô. Desde aí tenho-me centrado essencialmente nos ramos familiares mais recentes (principalmente sec. XIX) e exactamente como me aconselhou, tenho tentado construir uma imagem dos meus antepassados. Falou também em fotografias. Dou-lhes muito valor. Em todos os curtos trabalhos que tenho feito, faço sempre questão de que ao lado dos dados de cada indivíduo, conste uma fotografia. Posso considerar que tenho sorte nesse aspecto, já que pela parte de um dos meus trisavôs, possuo centenas de fotos, daquelas antigas coladas em cartão da segunda metade do séc. XIX, dos pais, tios, primos... era bastante usual trocarem-se fotografias entre as famílias. Muitas delas não sei quem são, mas com o tempo, vou descobrindo...
Quanto a familiares mais velhos, eu posso considerar que sei mais do que qualquer outro membro da família em relação aos nossos antepassados. No entanto, o mesmo trisavô que referi em cima, por quem sinto uma grande admiração (embora não o tenha conhecido; nem a minha avó, quanto mais), tinha o hábito de apontar tudo: datas de nascimento dos filhos, mortes, quem eram seus os pais, avós, contabilidade, propriedades... de maneira que consigo uma boa ideia da pessoa e da forma de viver daquela época.
É esta a história da minha pesquisa. Como também já li por aqui, é impossível chegar ao fim da procura genealogica, já que há sempre mais algo a conhecer e mais algo a procurar...
Mais uma vez obrigado pela sua disposição. Já agora aproveito e faço uma questão. Ainda não tive oportunidade de procurar nada em registos paroquiais e gostava de saber como funciona e se é possivel procurar alguém sem saber a data de nascimento.
Aguardo resposta,
Abertamente,
João Rodrigues Alves
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RE: nomes judeus
Caro João
Muito interessante a forma como adquiriu esta "doença". Achei, também, muita curiosa a coincidência do livrinho de apontamentos do seu trisavô. No meu caso, foi minha avó paterna que se deu a esses cuidados. Ela registava tudo, desde a ida ao dentista, à compra de um piano novo, ao primeiro passeio de automóvel à Figueira da Foz...
É, na verdade, muito entusiasmante começar-se a fazer genealogia quando temos, à partida, um conjunto de nomes e de laços de parentesco que permitem esboçar uma árvore genealógica.
Caso viva em Lisboa e se as terras dos seus ancestrais tiverem os respectivos Registoa Paroquiais, em livros ou microfilmes, disponibilizados para consulta na TT, tem a sua vida enormemente facilitada. Se não conseguir arranjar tempo durante a semana (com a sua idade deve estar a estudar e terá pouco tempo livre), sempre pode preencher as manhãs de sábado com investigação.
Respondendo à sua questão:
É possível procurar alguém, sem se saber a data do seu nascimento. Pode é acontecer não conseguir resultados, por vários motivos, que poderei explicar mais tarde. Mas quanto à procura, vou tentar ser breve.
1º - Tem que ter SEMPRE uma referência, para que se possa orientar: uma data de um parente próximo, o nome de uma freguesia, o nome de um casal.
Exemplo: tem uma dada pessoa, da qual sabe a data da nascimento/baptismo e, por norma, os nomes dos pais e eventualmente os avós.
Caso: Francisco, nascido a 10.10.1882, na freguesia de S.Vicente, Guarda, filho de António Gomes e Rosa Rodrigues, neto paterno de João Alves e Isabel Vaz e materno de Jerónimo da Silva e Carolina Micaelis.
Vamos imaginar que é tudo o que tem, sabendo que Francisco é apenas um irmão do seu personagem a investigar.
Ora todos os registos fazem menção da freguesia onde a criança nasceu, assim como das terras donde são naturais os pais, chegando muitos a dizer também as freguesias de origem.
Partindo de 1882 e de S.Vicente, Guarda, o João tem à partida uma linha de orientação: como não sabe se o Francisco foi o primeiro filho do casal ou do meio ou último, vai retirar no mínimo 15 anos àquele ano de 1882 e começa a analisar o livro de Registos de Baptismo da freguesia de S.Vicente a apartir de 1867. Procure ver se há outros baptismos com os mesmos nomes de pais e avós. Assim, vai encontrando os filhos do casal António Gomes e Rosa Rodrigues. Imagine que nesse lapso de tempo não encontra nada mas encontra, por exemplo, em 1885 e em 1887 e em 1894, etc. Pode fazer uma dedução simplista: o Francisco parece ter sido o primeiro. Repare que eu disse "parece", porque pode não ter sido assim. Adiante.
Sendo o primeiro, pode pensar: talvez se tenham casado um ou dois anos antes (isto tb não quer dizer nada pois já vi casos de haver casamento posteriormente ao nascimento de filhos). Como medida de segurança, dado que também pode ter acontecido o casal não ter tido filhos imediatamente ao casamento, retira a 1882 cinco anos e começa a procurar registos de casamento a partir de 1877. Quando encontrar, pode ter a sorte de ter deparado com um padre rigoroso que escreveu:
Aos tantos de tal...se receberam por palavras....António Gomes, solteiro, de 24 anos, natural desta freguesia, filho de João Alves, natural de Pinhel e de Isabel Vaz, desta mesma freguesia, e Rosa Rodrigues, solteira, de 20 anos, natural de S.Tiago, Belmonte, filha de Jerónimo da Silva, natural da cidade da Guarda e Carolina Micaelis, natural do Fundão.
Repare a quantidade de informação que consegue recolher deste assento:
A data de casamento dos pais do tal Francisco inicial
A confirmação do nome dos avós
A data (aproximada) de nascimento dos pais - 1858 para ele, 1862 para ela
A freguesia de nascimento dele:S.Vicente, Guarda
A freguesia de nascimento dela: S.Tiago, Belmonte
A pista para encontrar o baptismo do avô João Alves: Pinhel (terá que saber quantas freguesias tem Pinhel)
A freguesia da avó Isabel Vaz
A pista para encontrar o baptismo do avô Jerónimo da Silva
A pista para encontrar o baptismo da avó Carolina Micaelis (saber quantas freguesias tem o Fundão)
Partindo do mesmo raciocinio anterior, fará todos os passos, deduzindo datas para cada evento: nascimento e casamento, nunca esquecendo que em épocas antigas os casamentos podiam realizar-se com idades bastante precoces. Eu parto sempre com uma idade para casamento, à partida, de 17 anos, consciente que pode ser um pouco antes ou muito depois. Depende de muita coisa.
Também pode utilizar o sistema de "varredura completa": vê de fio a pavio um livro de assentos de baptismo, analisa cada nome e tenta descobrir o que quer. Isto só traz vantagens quando se quer ir mais fundo nas genealogias familiares e se pretende completar informação com colaterais. Mas para isso é preciso criar uma base de dados onde se irão inserir as informações recolhidas para serem utilizadas posteriormente. Já tive agradáveis surpresas com este sistema, acabando por descobrir todos os colaterais de um ramo familiar, muito tempo depois de ter feito esse levantamento.
Muito há a dizer sobre isto mas penso que seria importante ler, primeiro, TUDO o que se tem dito sobre esta matéria, quer aqui quer em publicações da especialidade. Mas penso que lhe dei uma pálida ideia de como contornar essa dificuldade.
Fazer investigação genealógica tem muito de "policial" e de quebra-cabeças. É um permanente desafio à nossa capacidade dedutiva e para mim, é nestas dificuldades que reside o "charme" da genealogia. E quando, de repente, fazemos uma descoberta, meu caro João, não imagina o prazer que isso dá!!!!!! Felizmente não sou só eu a dar festa nestas coisas, lançando foguetes e apanhando canas: já ouvi, no silêncio das salas de leitura, um gritinho não disfarçado "UAU!!!!finalmente....!!!!". Olhamos todos uns para os outros, sorrimos, pois já todos tivemos essas alegrias incontrolávis.
Fico-me por aqui hoje. Amanhã preciso de me levantar cedo e tenho abusado nas horas. Disponha sempre.
Maria
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RE: nomes judeus
Caro Lourval,
Reparei que tem ascendentes em Vila do Touro e em Penamacor. Eu também, e muito próximos, o meu Pai era de Abitureira, Vila do Touro, e a minha varonia vem toda dessa zona.
A minha varonia é REI e em 1845, o meu trisavô José João Rei casou com Dona Joaquina Augusta Leitão de Sousa, de Vila do Touro, mas neta materna de Dona Ana Leitão Toscano de Sousa, de Penamacor (S.Tiago) e de Manuel António da Fonseca Coutinho, de Vila do Touro e seu Monteiro-Mor.
Não sei se estes apelidos lhe dizem alguma coisa, mas tenho tb ligados à varonia, dessa região: Esteves, Novaes, Serra, Robalo, Fernandes, Gonçalves, Antunes e atlvez algum mais de que agora não me recordo e não tenho apontamentos comigo nem estou em casa.
Com os melhores cumprimentos,
António Rei
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Vila do Touro
Caro António Rei,
Minha varonia também está em Sabugal, Vila do Touro e de pai para filho, segue abaixo:
Lourval dos Santos Silva 18.09.1957 - Brasil, São Paulo, Santos
Walter dos Santos Silva 04.08.1934 - Brasil, São Paulo, Santos
Abrahão dos Santos Silva 08.12.1911 - Castelo Branco, Póvoa de Rio de Moinhos
José dos Santos Silva * 14.11.1886 - Castelo Branco, Póvoa de Rio de Moinhos
João dos Santos Silva * 12.06.1862 - Castelo Branco, Alcains
Francisco dos Santos Silva * 17.10.1823 - Castelo Branco, Alcains
Francisco dos Santos Silva * 26.09.1801 - Castelo Branco, São Miguel
Inácio dos Santos * 18.11.1764 - Castelo Branco, Escalos de Baixo
Manuel dos Santos * 01.11.1718 - Castelo Branco, Alcains
Manuel Afonso * 19.11.1682 - Sabugal, Vila do Touro
André Afonso * 29.08.1648 - Sabugal, Vila do Touro
André Afonso * 22.08.1620 - Sabugal, Vila do Touro
André Afonso - Sabugal, Vila do Touro
Em Vila do Touro, as esposas ou tem apelidos Gonçalves ou João.
Cumprimentos
Lourval
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RE: nomes judeus
Bom dia,
deixo aqui uma mensagem para saber se entre todos vós haverá alguém que esteja a investigar antepassados na Beira Baixa (ou que tenha informações) sobre/com o apelido Quaresma.
Também sobre o apelido Pires em Penamacor tenho algumas informações e procuro complementá-las.
Bom trabalho a todos!
Cumprimentos,
Ana D
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RE: nomes judeus
Caro Luis
Não sei se já tivémos contacto, au sujeito dos nossos ascendentes da Sertá!
Tenho alguns de Palhais e arredores.
Cumprimentos
Carlos Luiz
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RE: nomes judeus
Cara Maria David
Em primeiro LKugar mito boa noite. Por um acaso este Manuel Franco a que a Sehora se refere tera alguma coisa a ver com os Francos de Mafra? ou Gradil?
Se me puder responder eu agradeço
Com os meu cumprimentos
Francisco C. Simoes
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RE: nomes judeus
Caro Francisco Simões
Em resposta à sua questão, quero adiantar-lhe o seguinte:
1- Esta minha gente é toda das beiras, numa faixa raiana que vai de Castelo Branco a Trancoso, com predomínio das seguintes localidades: Fundão, Monsanto, Covilhã, Guarda, Celorico da Beira, Vila Nova Foz Côa e Pinhel.
2- Até onde chega o meu conhecimento, os meus pouquíssimos Francos são de Penamacor e Guarda, sendo o primeiro dos meus ancestrais nascido em 1650 e o último conhecido em finais do século XVI, em Penamacor.
3- Penso que já uma vez me fez essa pergunta e eu, sinceramente, queria muito ajudá-lo mas até ao momento não apanhei ninguém com origens nesse lado de Portugal, de Mafra ou Gradil. Sugiro que me elucide sobre os seus Francos e com datas, filiações, para eventualmente tentar perceber se algum deles saiu da minha zona. Contudo, há muitos Francos que nada têm a ver uns com os outros, da mesma forma que Sousas, Rodrigues, etc. Acho que a partir das datas que lhe indiquei como parâmetros de referência, poderá chegar a alguma conclusão.
Sempre ao dispôr, aguardo que me dê mais informações.
Cumprimentos
Maria
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RE: nomes judeus
Caro Carlos Luiz,
Tenho alguns ascendentes da zona da Serta (grande parte da familia do meu avo materno), Serra de S. Domingos, Passaria e Codiceira.
Cumprimentos,
Luis Ramos
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RE: nomes judeus
Caro Luiz Ramos
Os meus parentes são de Palhais, e de Nesperal, pode até haver relação entre nossas familias, tudo é possivel!
cumprimentos
Carlos luiz
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RE: nomes judeus
Caro Carlos,
Sim e' possivel. Infelizmente ainda nao investiguei a minha familia na Serta o suficiente. Apelidos que tenho de la sao: Carvalho e Domingues
Cumprimentos,
Luis Ramos
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Acentos Paroquiais
Cara Maria,
Só hoje, quando revia a sua pormenorizada resposta sobre a pesquisa de acentos, reparei que não cheguei a responder-lhe e a agradecer.
Eu não vivo em Lisboa, no entanto, já tentei ir á Torre do Tombo, mas fiquei imensamente desiludido - é para maiores de 18! É realmente um grande incentivo para os mais jovens!
Não cheguei foi a perceber bem onde posso pesquisar em cada freguesia. Será na própria Igreja? Não faço mesmo ideia.
Muito obrigado então por toda a informação que me forneceu, que será muito útil!
Os melhores cumprimentos,
João Rodrigues Alves
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A'ss'entos Paroquiais
Caro João Alves,
'Lapsus scriptae'. Acontece.
Os com 'c' são para a acentuação ortográfica.
Permita-me esta pequena correcção, que faço com a mais autêntica das simpatias pelo seu interesse na pesquisa de ancestrais.
Como dizem os brasileiros, se conselho fosse bom, não se dava: vendia! (chama-se a isso 'consultoria' ...). Mas os conselhos da confrade Maria David reúnem essas duas vantagens: são dados, e são do melhor que há.
Quanto à historinha da idade mínima para consultar na TT, se fosse comigo pedia o livro de reclamações, 'punha a boca no trombone', desancava-os da forma mais subtil que pudesse, e solicitava um pequeno exame aos meus conhecimentos, postura perante a pesquisa, atitude, modos, maturidade intelectual, e ao fim, se ainda não me ligassem nenhuma, entrava por ali a dentro com os seguranças a correr atrás de mim ... Bom, deixe de ler a partir de «... e ao fim ...», que é mau exemplo.
Mas o resto, que fazia, fazia mesmo.
Um abraço do Victor Ferreira
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RE: Acentos Paroquiais
Caro João
Desculpe não ter respondido antes mas outros imperativos se meteram de permeio e ...sabe como é.
Não há qualquer problema quanto à sua "falha" de comunicação.
Fiquei sensibilizada pela sua frustração em relação à TT e quero ajudá-lo. Entre em contacto comigo para o meu endereço de mail um ou dois dias antes do dia da sua disponibilidade em ir à TT. Escreva todos os nomes em minúsculas, separados por um traço rebaixado assim _
Os nomes são maria david eloy seguidos do sinal de arroba e do yahoo seguido de ponto e da palavra com, também seguido de ponto, terminando em br. Parece uma chinezisse esta forma de dar um endereço mas desde que me alertaram para programas especiais que fazem a leitura automática de endereços, tendo em vista listagens para envio de material pernicioso, passei a adoptar os conselhos dados.
Cautela e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém.
Cumprimentos e tenha confiança. Os problemas resolvem-se sempre, de uma maneira ou de outra.
Maria
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RE: A'ss'entos Paroquiais
Boa noite, caro Victor Ferreira
Mas uma vez, a sua gentileza e cavalheirismo a virem ao cimo. Obrigada pela amabilidade.
Abraço
Maria
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Assentos Paroquiais
Caro Victor Ferreira,
Antes de mais, agradeço a sua correcção - de certeza que assim não me voltarei a distraír. É sempre um risco quando escrevemos...
Quanto à TT, eu ainda chamei o responsável e dei a minha opinião, mas não me serviu de nada. Por acaso, o senhor foi bastante sincero comigo e até me deu razão, mas ficou-se por aí.
Abraço,
João Rodrigues Alves
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RE: Acentos Paroquiais
Cara Maria,
Muitíssimo obrigado pela sua disponibilidade. A minha é que já não é tanta. Eu vivo em Braga e daquela vez estava de passagem pela capital com os meus pais. Não sei se terei outra hipótese de fazer tal viagem. Mas de qualquer maneira, mais dois aninhos...
Mas tenho outras possibilidades de pesquisa, sem ser na TT, suponho. Na próxima semana, estarei em Arcos de Valdevez (distrito de Viana), vila de onde é natural uma grande parte dos meus antepassados, e eu gostava de aproveitar a minha estada para pesquisar alguns dados. Mas, como sabe, sou novo nestas andanças e não faço ideia aonde ir. Por isto gostava que me ilucidasse, quando puder, acerca das opções que tenho.
E mais uma vez obrigado por toda a ajuda que me tem prestado.
Os melhores cumprimentos,
João Guilherme
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RE: nomes judeus
Tenho Rodrigues nos meus Costados, do Soito, Sabugal
-Luis Ramos
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RE: nomes judeus
Caro Luís Ramos
Tenho estado ausente e só agora vi a sua mensagem. Responderei melhor ao longo da próxima semana.
Cumprimentos e votos de um excelente 2009
Maria
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RE: nomes judeus
Cara Maria,
Encontrei na TT online o seguinte processo:
Processo de Inês Gomes
31/1/1727-3/8/1728
"Acusada de Judaísmo, é natural da Covilhã e moradora em Quadrazais, Sabugal, tem 14 anos de idade, e por ser menor de 25 foi-lhe nomeado Curador Filipe Neri, capelão dos cárceres da penitência, filha de Mateus Orobio, cristão-novo, mercador, e de Catarina Navarra, cristã-nova, moradores que foram em Teixoso e presentemente em Lisboa, que os seus avós paternos se chamavam João Francisco Orobio e Inês Gomes, e os avós maternos, Manuel Lopes Álvares e Inês Gomes, é solteira, apresentou-se a 31 de Janeiro de 1727, tendo sido sentenciada em Auto de Fé, realizado na igreja do Convento de São Domingos, em Lisboa, no dia 25 de Julho de 1728, com as penas de ir ao Auto de Fé na forma costumada, com hábito penitencial que lhe será tirado após a leitura e publicação da sentença, onde abjure em forma os seus erros heréticos, tenha cárcere a arbítrio dos inquisidores, tenha penas e penitências espirituais e instrução na Fé. Da excomunhão de que incorre seja absolvida. Foi solta a 03 de Agosto de 1728. "
Tenho uma antepassada, tambem de Quadrazais de nome Maria Gomes e nascida a cerca de 1770 ou 1780, que curiosamente tem uma neta chamada Ines.
Tenho um palpite que a minha antepassada descende da senhora mencionada no processo, a nao ser que houvessem varios Gomes em Quadrazais.
Luis Ramos
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RE: nomes judeus
Daí os exorcismos a Maria filha do Jacinto Gonçalves e da Teresa? Francisca
Fernandes do Vale de Espinho, e que espantou alguns.
Eu pensei :Serão judeus, convertidos?
A Maria David é uma expert nesse aspecto pois tem muita famíla com processos da Inquisição
Um abraço
Maria Oom Oliveira Martins
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RE: nomes judeus
Caro António
Como vão as suas pesquisas?
Um dia destes, teremos que combinar uma "tertúlia cafeziana", aguardo melhor oportunidade, a ver se me será possível, nos próximos tempos, libertar-me mais dos afazeres profissionais...
Após a leitura das suas intervenções neste tópico, nomeadamente quando refere que tem ascendência com ligações a "Robalo", de Vila do Touro, não resisti a perguntar-lhe se, por alguma casualidade, não se terá deparado com alguma pista que possa ajudar-me a clarificar a filiação de uma minha ascendente, ainda que a mesma se reporte a um período relativamente recuado, a saber:
Isabel Robalo, n. Vila do Touro - Sabugal, c.c. Sebastião Gonçalves, n. Rendo - Sabugal. Tiveram:
Manuel Robalo, n. Rendo, casou a 1.8.1717 - Oledo, com Isabel Lourenço (ou André) n. Oledo. Tiveram:
Maria Lourenço Robalo,n. 17.8.1718 - Oledo, c.g.
Já agora, por mera curiosidade, sempre conseguiu apanhar o rasto do seu "Charrua" do Alandroal?
Um abraço,
Luís Projecto Calhau
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RE: nomes judeus
Caro Luís,
Pois faz tempo que não nos sentamos calmamente a discorrer sobre os nossos ancestros. Também como você, os deveres profissionais impõem-se.
Não sei se poderei ter algum tempo livre até meados de Julho.
Sobre os "meus" Robalos: o meu 4º avô, José António da Serra Robalo, era Robalo por sua mãe, D. Maria Robalo. Não tenho este ramo explorado e não lhe conseguirei nada de consistente.
Sobre o Charrua, tb está tudo muito parado. Tenho a suspeita de Terena, mas sem qualquer confirmação. Mesmo na certidão de óbito do meu trisavô Charrua, dá-o como natural de Redondo, mas terá sido uma solução expedita do pároco, pois o assento de baptismo não se encontra.
Se me quiser mandar algum mail, para acertarmos a "tertúlia cafeziana", faça-o para:ajreiarrobasapopontopt.
Um abraço,
António Rei
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RE: nomes judeus
Caro António,
Então fica combinado, contactá-lo-ei logo que me sinta "free mind" face aos afazeres profissionais, talvez a partir da segunda quinzena de Julho. Nessa altura, poderemos então cruzar alguns dados da nossa ascendência beirã.
Um abraço,
Luís Projecto Calhau
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RE: nomes judeus
Ex.ma Senhora Maria Oliveira Martins,
É preciso ter atenção quanto ao que se chama de exorcismos... No ritual do Baptismo, ainda hoje, se fazem os exorcísmos, que não são mais do que orações para a libertação do baptizando das influências maléficas do Demónio, libertando-o para receber a luz de Jesus ressuscitado. Fazem-se, sem excepção, a todas as pessoas que recebem o Baptismo. E, por conseguinte, não demonstram nenhuma outra coisa para além disso mesmo!
Há outro caso em que se usa a mesma palavra, mas aí falamos do ritual do "Grande Exorcísmo", que também ainda hoje se faz, como outrora, para os casos de possessão diabólica, onde a pessoa fica práticamente alienada à mercê do Demónio.
Conforme o contexto em que se fale de exorcísmo, será o motivo pelo qual se fez...
Com os melhores cumprimentos,
Tiago Monteiro Dias.
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RE: nomes judeus
Cara Maria Oom Oliveira Martins
Antes de mais, boa noite e espero que esteja tudo bem.
Em todos os registos que consultei, sempre que o batismo era feito em crianças em perigo de vida, o Padre declarava sempre "fiz os exorcismos e pus os Santos Óleos a..." raramente declarando os padrinhos. Independentemente de serem XXVV ou XXNN.
Um beijo
Manuel da Silva Rolão
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RE: nomes judeus
Caro Manuel da Silva Rolão,
É um prazer ouvi-lo! Tenho andado bem, embora com umas alergias.
Muito obrigada pela sua observação.
Mas segundo várias explicações e minha consulta do ritual do baptismo católico, havia sempre exorcismo para tirar "o inimigo" do corpo da criança ou do baptizando, só que a maioria dos párocos não escreviam , pois mesmo o que deviam escrever sabe Deus o que lhes custava.
Um beijo
Maria Oom Oliveira Martins
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RE: nomes judeus
Caro Tiago Monteiro Dias, Primeiro, sff, trate-me só por Maria, como todos aqui no Fórum.
Muito obrigada pela sua observação, mas o assunto já está completamente resolvido.
á sempre lugar a exorcismo, para libertar o corpo do "inimigo"
Com os melhores cumprimentos
Marua Oom Oliveira Martins
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Conversao de Judeus ao Cristianismo em Portugal
Hi Maria:
Eu nasci em Portugal, mas estou a viver em Sydney (Australia) desde `a 22 anos, e tenho as duas nacionalidades.
Enquanto eu vivia em Portugal, eu nunca ouvi ninguem da minha familia, que tivesse falado da possibilidade que a n/ familia era descendente de Judeus.
Mas li `a uns anos atras, aqui em Sydney um artigo muito interessante num jornal Australiano, acerca da conversao de Judeus ao Cristianismo em Portugal, e no artigo faziam referencia aos sobrenomes relacionados com "arvores & animais" que sao os sobrenomes que foram adoptados pelas familias de descendentes de Judeus que converteram ao Cristianismo para evitarem preseguicao.
A minha avo' paterna era "Oliveira" (e como tal o penultimo sobrenome do meu pai era "Oliveira"); e o meu avo^ materno era "Pereira" (e como tal o ultimo sobrenome da minha mae era "Pereira").
Entao pelos vistos eu sou descendente (por ambos lados) dos antigos Judeus de Portugal. Interessante por saber esta informacao depois de estar fora de Portugal, depois de tantos anos sem saber desse passado, e agora a viver no estrangeiro, e depois do falecimento dos meus (que morreram muito novos), so' entao e' que vim a saber desta informacao! Impressionante!!!
Tenho visto algumas das suas mensagens, e uma delas esta' copiada a baixo (onde oferece a oportunidade de enviar uma email p/ enviar um documento "PDF", contando a forma como voce descobriu os seus antecedentes cristãos-novos).
Por favor, sera' possivel dar-me alguma assistencia p/ descobri os meus proprios antepassados.
Se possivel p.f. envie-me tambem uma copia para mim na Australia: O meu nome e' Margarida Sa'-Sawyer, e email: msasawyer@gmail.com
Desde ja' agradeco imenso a sua assistencia.
E entao ficarei `a espera da sua mensagem.
Cumprimentos,
Margarida Sa'-Sawyer
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"Escusado será dizer que apanhei o "virus" e do qual nunca consegui, até hoje, qualquer vacina! Fiquei viciada neste tipo de investigação e é sempre com imenso prazer que recordo as primeiras tentativas de busca das minhas raízes.
Espero ter satisfeito a sua curiosidade. Se me mandar um endereço de mail, terei todo o gosto em lhe enviar, em PDF, o artigo que fiz para a revista Gerações/Brasil, Boletim da Sociedade Genealógica Judaica do Brasil, onde é contada a forma como descobri os meus antecedentes cristãos-novos.
Bom trabalho para si e até breve,
Maria"
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RE: Conversao de Judeus ao Cristianismo em Portugal
Cara Margarida:
Essa ideia de que os judeus convertidos ao Cristianismo em Portugal adoptaram preferencialmente nomes relacionados com árvores ou animais é uma lenda muito divulgada mas que não tem qualquer fundamento! De facto, por lei de D. Manuel I, qualquer "novamente convertido" ao Catolicismo tinha o direito de adoptar o apelido que quisesse, por mais nobre que fosse, pelo que muitos o fizeram, mas sem privilegiarem especialmente os apelidos com origem em plantas ou animais.
Alguns desses apelidos com origem em plantas ou animais, como os que cita, eram já usados por linhagens nobres de origem medieval; em particular "Pereira" era o apelido de uma das mais nobres linhagens portuguesas, sendo ainda hoje usado pelos Duques de Cadaval, por exemplo. O que não quer dizer que não tenha havido cristãos-novos a adoptar o apelido "Pereira" e que não haja inúmeras famílias Pereira que nada tenham que ver na origem com os Pereiras da conhecida linhagem nobre medieval. O que é certo é que muito antes da conversão forçada dos judeus eram conhecidos em Portugal diversos apelidos de linhagens nobres com essas características; para além dos citados Pereira e Oliveira, temos Silva, Coelho, Carvalho, Cão, Figueiredo, Pinheiro, etc.
Assim, apenas pelo apelido, se se tratar de apelido português, é completamente impossível concluir se existe ou não ascendência cristã-nova; será necessário estudar laboriosamente a ascendência e pode acontecer que se chegue a algum antepassado cuja ascendência cristã-nova se encontre comprovada por algum documento. Mesmo assim é muito raro conseguir-se concluir por qual linha se chega a um judeu convertido e qual o apelido por ele adoptado; nos casos conhecidos não se encontra esse padrão mítico de adopção preferencial de apelidos com nomes de plantas ou animais. Possivelmente grande parte dos judeus convertidos terá apenas usado patronímicos, como era usual na população em geral no século XVI; seria aliás pouco lógico que os recém-convertidos adoptassem apelidos com alguma marca distintiva que os identificasse como cristãos-novos em vez de procurarem diluir-se na população cristã-velha, como a lei autorizava.
Com os melhores cumprimentos,
António Bivar
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RE: Conversao de Judeus ao Cristianismo em Portugal
Caro António Bivar
Atrevo-me a interromper este tópico, mas senti necessidade de o felicitar pela forma linear e completa como esclareceu e rebateu um erro que, por razões que desconheço, anda ligado aos "Cristãos-Novos", aos nomes judeus. Mais, deu, em poucas palavras um total esclarecimento sobre a adopção dos apelidos e rebateu, brilhantemente, com o argumento de "passar despercebido", aquela teoria. Argumento que talvez sirva para esclarecer a razão pela qual também não escolheram, na generalidade, apelidos da Grande Nobreza.
Com os meus melhores cumprimentos,
José Alfredo Soares de Oliveira
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RE: Conversao de Judeus ao Cristianismo em Portugal
Boa tarde, Margarida
Li o que escreveu com a maior atenção. Compreendo a sua curiosidade sobre os possíveis ancestrais com origem cristã-nova.
Na sua mensagem, este pequeno trecho "... um artigo muito interessante num jornal Australiano, acerca da conversao de Judeus ao Cristianismo em Portugal, e no artigo faziam referencia aos sobrenomes relacionados com "arvores & animais" que sao os sobrenomes que foram adoptados pelas familias de descendentes de Judeus que converteram ao Cristianismo para evitarem preseguicao" lava-me a algumas considerações.
1 - Não pode NUNCA ser fundamentada uma origem judaica pela adopção de apelidos de árvores e plantas, pela simples razão de que há descendentes de judeus que não têm esses apelidos (nomes de árvores e de animais) e há muita gente com esses nomes e não tem "origens" judaicas, pese embora a teoria da mistura de sangues ( tema já longamente debatido neste forun e por experientes genealogistas, que não eu).
2 - Só uma investigação pessoal e exaustiva nos pode levar a algumas conclusões sobre essa matéria, quer ao nível de vestígios culturais ( como costumes, preces, etc) quer ao nível de vestígios materiais (objectos de culto, por exemplo) quer, por fim, ao nível de vestígios documentais (cartas, livros, processos da Inquisição, etc).
A Margarida acaba por revelar, na sua mensagem, que nunca ouviu nada, da parte da sua família, que a pudesse levar a supor ser descendente de cristãos-novos. Ora aqui está um aspecto importante para reflectir e começar a sua investigação. Ter como apelidos Oliveira e Pereira não quer dizer nada. Então, sugiro o seguinte:
1 - Leia com muita atenção todos os temas que já foram debatidos neste forun sobre a matéria.
2 - Faça a sua árvore genealógica com isenção e rigor, seguindo todos preceitos recomendados neste mesmo forun e guiando-se por todos os conselhos já aqui dados por outros investigadores e até por mim.
3 - Converse abertamente com os seus parentes ainda vivos e que lhe podem dar indicações sobre o passado, procurando indícios, vestígios, pistas.
4 - Quando atingir um nível de informação já considerável, aí por volta dos seus sétimos ou oitavos avós, tente procurar nos processos da Inquisição se algum dos seus ancestrais foi preso pelo santo ofício e porque motivos. Haver um único ancestral não é significativo. Agora imagine que tem a maioria passando pela Mesa do santo ofício com fundamentos de práticas de judaísmo, etc. Assim, já pode agarrar-se a algo que lhe permita confirmar as suas raízes.
5 - Partilhe aqui no forun esses dados mais antigos para que alguém possa ajudá-la a confirmar a sua investigação. Não se esqueça que a Inquisição acabou em Portugal no princípio do século XIX, De lá para cá não há processos do santo ofício, logo terá que fazer um longo caminho de investigação genealógica até poder ter outro tipo de ajudas.
Espero ter respondido a algumas dúvidas. Sempre ao dispôr
Maria
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RE: nomes judeus
Para Maria DAVID,
Desculpe aburdá-la desta forma, mas o nome Maria Luíza Peixoto, fêz-me voltar aos tempos do meu Colégio Feminino de Francês, na Rua do Salitre, aquele fantástico Palácio.
Hoje o espaço físico da Fundação Oriente.
Eu tenho 54 anos, e entrei com 6 anos, neste Colégio, doce e fantástico, a Drª Maria Luiza Peixoto, foi minha professora de Português, nunca lhe poderei agradecer o suficiente, a forma e o amor que me ensinou, a ter pela nossa lingua mãe.
Também procuro as minhas raízes Sefraditas, eu com um bisavõ de nome , Efraim Antunes, e com uma avó, que nos aconselhava a que não "fizessemos muitas perguntas, porque, alguém poderia fazer-nos mal".
Se por acaso, partilhámos este espaço mágico que foi o "Feminino de Francês". Por favor contacte-me.
O meu mail é : mimita.pas@gmail.com
Um caloroso abraço
Mimita
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RE: nomes judeus
Cara Mimita
Só agora abri esta mensagem mas foi com imensa satisfação e curiosidade que a li. Efectivamente, Maria Luisa Peixoto foi minha professora de literatura portuguesa e latim. Dela guardo as mais gratas recordações, quer como pessoa quer como académica. Vou responder-lhe directamente para o endereço que enviou, já que este espaço é vocacionado para a genealogia e acho - tenho a certeza! - que vamos ter muitas coisas para conversar sobre o colégio.
Um abraço para si, também
Maria
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RE: nomes judeus
Prezada Maria
Em resposta á sua msg do dia 21 de Abril de 2008, venho informa la que os meus francos seriam de uma localidade chamada Alcainça e Gradil, Asseiceira grande e Malveira, todos os locais pertos de Mafra. No entanto o Domingos Francisco Franco casou com Barbara Luis em Alcainça Foram pais de:
Domingas foi baptizada em Alcainça a 2 de Fev. 1627
Antonio " " " " " 6 de Nov. 1628
João " " " " " 25 de Dezembro 1635
Domingas Foi Baptrizada " " " 5 de Novembro 1641
Manuel Franco foi baptizado em Alcainça a 24 de Fevereiro de 1645, foi testamenteiro de sua mãe, Casou 0em Alcainça a 25 de Novembro de 1674, com Maria João Filha de João Alvares, e de Brizida Fernandes do casal da Pedra e foram moradores na Carrasqueira
Francisco Franco morador e casado em Alcainça ate 11de setembro de 1668 no Gradil com Filipa Luis, dai natural e baptizado a 26 -7-1648, fillha de Pedro Luis e de Maria Antunes do casal da Chanquinha freg. do Gradil
Pertendo Saber se na realidade a Maria ou algum confrade me puder informar os pais deste Domingos Francisco Franco
eu ficaria Grato
Com os melhores cumprimentos
FRancisco Cannas Simoes
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RE: Assentos Paroquiais
CAro Confrade
João Rodrigues Alves
Admiro a sua persistencia ao querer fazer a geneologia dos seus ancestrais, quanto a meu ver a T T deveria ser aberta a todo o tipo de publico, infelizmente e devido ao governo que temos, isso ainda nao é possivel, no entanto lembrei me, que se quizer poderá o meu amigo escrever uma carta para o ministerio da justiça, e espôr a sua situaçao
Com os melhores cumprimentos
Francisco Cannas Simoes
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RE: Assentos Paroquiais
Caro Francisco Cannas Simoes,
Agradeço muito a mensagem e a sugestão. No entanto, volvidos precisamente 23 meses sobre a minha mensagem anterior, estou a pouco mais de um mês de atingir a maturidade e desenvolvimento intelectual necessários para pesquisar nos fundos da TT (características essas que só aparecem com os 18 anos) e portanto, por mim não será necessária carta.
Mas é certo que os Arquivos Distritais me têm proporcionado tudo aquilo que pretendia e que pretendo nesta fase da minha pesquisa e até me são de mais fácil acesso, pois não vivo em Lisboa. Na altura da mensagem não sabia ainda bem aonde me deslocar e só tinha conhecimento da Torre do Tombo. Mas rapidamente e com a ajuda dos confrades deste fórum percebi aonde recorrer.
Acredito no entanto que essa carta deva ser redigida, pois não faz qualquer sentido esse limite de idade. Muitos jovens têm mais cuidado e apreço pelos documentos antigos e pela sua preservação do que muitos funcionários de alguns arquivos! E falo por experiência própria. Obrigado mais uma vez. Será algo que equacionarei.
Cumprimentos,
João Guilherme
P.S. Um primo meu casou recentemente com uma parente sua Canas, descendente de Mariana Soledade Canas. Creio que a informação ainda não aparece na base de dados do genea. Foi o sr. que actualizou os dados no genea destes Canas, ou há mais genealogistas na família?
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RE: Assentos Paroquiais
Caro Joao
Peço desculpa de ter vindo tao tarde com a sugestao da carta, mas tenho tido alguns problemas via Internet e só agora pode olhar algumas mensagens no genea como sempre faço, infelizmente nao sou eu que faço a actualizaçao do genea, mas agradeço muito que me de o nome da minha parente e do seu primo e dos seus tios mais as datas de nascimento, pois tenho uma arvore só minha que eu elaborei em my heritage e se meu amigo nao se importar eu ja actualizava esses seus dados.
Com um forte abraço e agradecimento deixo- lhe aqui o meu email fara algo que necessecite. francisco cann 1 arroba hotmail.com
Francisco cannas Simoes
P.S João o meu email é tudo pegado inclusive o 1
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RE: Assentos Paroquiais
Caro confrade,
Contactá-lo-ei brevemente.
Cumprimentos,
João Guilherme
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RE: nomes judeus
Boa noite João.
Sou do Brasil e temos o nscimento de nossos antepassados na Aldeia de Vale da Mula em comum. Não sei se podemos nos ajudar mas não custa tentar. Meu tataravo nasceu em Vale da Mula em 1875, chamava-se Manuel dos Santos, filho de Antonio Joaquim dos Santos e Emilia Martins. Eles emigraram ao Brasil no ano de 1896 através a Cidade do Porto em um vapor da Mala Real Inglesa (R.M.S.P. La Plata). Porém, contava-nos que seus apelidos haviam sido trocados antes do embarque. Passaram assim de "dos Santos" para "Alvite". Não sei dizer onde isso ocorreu, mas é fato confirmado por eles. Os pais de Antonio Joaquim eram Antonio dos Santos e Theresa Morgado e os pais de Emília Martins eram Bento Lameu e Candida Morgado. Espero que possamos nos ajudar e/ou ser ajudados pelo forum.
Recentemente (Abril-2011), estive em Portugal a passeio, e não consegui obter mais informações, porém descobri que o apelido "dos Santos" ainda existe em moradores de Vale da Mula; local que visitei. Sei que todos os registros da Paróquia de Vale da Mula estão no Arquivo Distrital da Guarda, mas sempre que encaminho solicitação de pesquisa, sou ignoado. Acredito que precisaria ir pessoalmente até lá! De qualquer forma se pudermos nos ajudar será de minha parte um prazer. Um forte abraço!
Almir
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RE: nomes judeus
Boa tarde ,Maria David.
Apreciei o seu texto, pois traduz na perfeição o meu sonho, perante a descoberta das nossas raízes.Sem estas, como seriam as folhas?
Sou beirã, do concelho de Seia e tenho descoberto coisas fascinantes.Não sou genealogista, mas sonho saber de onde venho.
Com os melhores cumprimentos,
Maria Amélia moura
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RE: nomes judeus
Boa tarde, Maria Amélia Moura
Obrigada pelo seu comentário.
A Genealogia é fascinate, em si, mas muito mais quando são inventariados os nossos ancestrais. Desejo-lhe o maior sucesso nas suas buscas e que possamos trocar ideias a esse propósito.
Deixe-me acrescentar que o seu nome próprio, Maria Amélia, é muito comum em terras beirãs e na minha família nos dois séculos mais próximos no tempo, tive imensas Marias Amélias, inclusivamente uma tia direita.
Cumprimentos
Maria
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RE: nomes judeus
Boa noite, Maria David.
Agradeço as suas palavras de apreço.De facto tem sido fascinante.
Ao ler todos os comentários deste tópico, alguém falou que a Maria conhece bastante a temática deste tópico, ou seja nomes judeus.Queria partilhar consigo uma descoberta feita há tempos. Uma tetrató de nome Joana Maria, casou em Paranhos da beira, Seia,com Manuel Rodrigues de Moura, em 1813 e era originária de Oliveirinha, Tábua. Ora tendo acesso on-line ao o AUC, foi fácil descobrir os meus antepassados até ao século XVII nesta região.
Ora bem...a certa altura, em meados do referido séc. encontrei o seguinte registo: Joé Lopes filho de Baltazar Lopes, que se diz médico da província de Trás-os-Montes, casou com Vitória da Conceição, filha de Manuel Nunes alfaiate, filho de outro manuel Nunes, alfaiate.
Não tenho dúvidas que eram cristãos-novos.
Que lhe parece?
Cumprimentos
Maria Amélia Moura
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RE: nomes judeus
Boa noite, Maria David.
Agradeço as suas palavras de apreço.De facto tem sido fascinante.
Ao ler todos os comentários deste tópico, alguém falou que a Maria conhece bastante a temática deste tópico, ou seja nomes judeus.Queria partilhar consigo uma descoberta feita há tempos. Uma tetrató de nome Joana Maria, casou em Paranhos da beira, Seia,com Manuel Rodrigues de Moura, em 1813 e era originária de Oliveirinha, Tábua. Ora tendo acesso on-line ao o AUC, foi fácil descobrir os meus antepassados até ao século XVII nesta região.
Ora bem...a certa altura, em meados do referido séc. encontrei o seguinte registo: Joé Lopes filho de Baltazar Lopes, que se diz médico da província de Trás-os-Montes, casou com Vitória da Conceição, filha de Manuel Nunes alfaiate, filho de outro manuel Nunes, alfaiate.
Não tenho dúvidas que eram cristãos-novos.
Que lhe parece?
Cumprimentos
Maria Amélia Moura
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RE: nomes judeus
Bom dia, Maria Amélia
Nem sei por onde começar na resposta à sua questão. Explico porquê:
1 - Falou de uma descoberta: "Uma tetrató de nome Joana Maria, casou em Paranhos da beira, Seia,com Manuel Rodrigues de Moura, em 1813 e era originária de Oliveirinha, Tábua. Ora tendo acesso on-line ao o AUC, foi fácil descobrir os meus antepassados até ao século XVII nesta região.
Ora bem...a certa altura, em meados do referido séc. encontrei o seguinte registo: Joé Lopes filho de Baltazar Lopes, que se diz médico da província de Trás-os-Montes, casou com Vitória da Conceição, filha de Manuel Nunes alfaiate, filho de outro manuel Nunes, alfaiate". Foi óptimo conseguir avançar na sua genealogia, a partir dessa descoberta.
2 - Remata esse comentário dizendo : "Não tenho dúvidas que eram cristãos-novos".
E agora as minhas perguntas:
1 - Tem dados concretos que essas pessoas eram cristãos-novos? Onde recolheu essa informação?
2 - Encontrou processos do TSO relativos aos seus ancestrais, onde ficasse explicado que foram presos por culpas de judaísmo?
3 - Quantas pessoas da sua família passaram pelo TSO?
4 - Que dados tem para afirmar, tão convictamente, "Não tenho dúvidas que eram cristãos novos?
Pelo teor da sua mensagem, eu não me "atreveria" a fazer tal conclusão. Belmonte, por exemplo, considerado justamente um dos redutos mais importantes de descendentes de cristãos novos, tem muita população que NÃO É CRISTÃ NOVA, assim como Monsanto, Covilhã, Fundão, Penamacor, etc, etc, etc. Muitos Mendes, Rodrigues, Lopes, Nunes, Silvas, Carvalhos, Pereiras, etc, etc, etc, NADA TÊM A VER com cristãos novos, pese embora aquela velha questão que todos temos umas gotinhas de sangue celta, mouro, judeu, etc, etc, etc.
Tive oportunidade de explicar já, a outros confrades, que levantaram dúvidas idênticas que, para podermos afirmar com alguma garantia a nossa qualidade de descendentes de cristãos novos é preciso um somatório de pressupostos e que nos cabe a nós inventariar: vestígios familiares, costumes, objectos, crenças, documentos, etc.
Se a Maria Amélia ainda não conseguiu atingir esse ponto de conhecimento da sua família, tem que ser cautelosa nas suas afirmações. Vou dar-lhe apenas um exemplo, o meu:
Vestígios culturais, objectos, orações, gerações sucessivas e sem quebras passadas pelo TSO, desde que a Inquisição foi instituída no nosso país até à sua extinção, culminando neste ponto super esclarecedor: os ancestrais mais antigos a cujas informações acedi revelaram que seus pais e avós tinham, sido baptizados em pé! Assim, posso afirmar com toda a segurança - SOU DESCENDENTE DE CRISTÃOS NOVOS!!!!
Percebe agora a minha dificuldade em lhe responder à questão que me pôs? Não queria ser castradora em relação ao seu entusiasmo pelo assunto mas também não podia alimentar um erro do tipo em que a maioria das pessoas cai: "Todos os nomes de árvores e de animais....são descendentes de judeus!", isto apenas para simplificar. Nada de mais errado!
Resumindo, minha cara Maria Amélia, só com os dados que me apresenta na sua mensagem, nada posso afirmar quanto aos seus ancestrais.
Vou aguardar com todo o interesse o desenvolvimento das suas pesquisas pois, caso consiga alguma prova através de processos por culpas de judaísmo (e mesmo assim é preciso cautela....) da origem dos seus antepassados, pode ser que eu consiga alguma ligação a muitos processos já por mim consultados, facillitando-lhe assim o prosseguir das investigações.
Pode contar com a minha ajuda.
Cumprimentos
Maria
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RE: nomes judeus
Bom dia, Maria.
Li com atenção a sua resposta.Os meus conhecimentos desta temática são poucos ao lado dos seus. Senti-me ingénua ao afirmar que tenho antepassados cristãos-Novos, mas continuo a pensar o mesmo.No entanto, não sabia que , para fazer tal afirmação, teria que ter dados, tais como, a passagem pelo TSO. Pareceu-me que, segundo as suas palavras,será um condição sine qua non para ser considerado descendente de judeus ou cristãos- novos.
Ora bem...a interpretação que fiz, baseou-se nas profissões, tendo em conta o contexto, ou seja, Tempo e Espaço.
Como apaixonada que sou pela História, creio que nem todos os judeus foram perseguidos pela Inquisição.O medo da Dor é inerente a qualquer ser humano.Comprendo que muitos tenham guardado no íntimo de si próprios, as suas crenças, no silêncio das suas casas, até que, com o passar de gerações haver um sincretismo de tradições cristãs e judaicas.Chegaram até mim orações que eu rezo como se fossem cristãs e que são de origem judaica.Mas já me afastei do propósito deste tópico.
O que me diz de nomes próprios, como Marta, Lázaro, Estevão, Manuel, no final do século XVI?Todos eles são de origem hebraica...
O que sinto é uma questão de fé e não de provas.
Com os melhores cumprimentos
Maria Amélia moura
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RE: nomes judeus
Olá, Maria Amélia, boa tarde
Achei interessante a sua frase "O que sinto é uma questão de fé". Como em quase tudo na vida, acreditar em algo tem uma força poderosa e, como diz o velho ditado, a fé move montanhas. Mas ao falarmos de genealogia, na minha modesta opinião não podemos misturar dados objectivos que podem corresponder aos tais pressupostos que falei com dados subjectivos, que se traduzem no desejo, na vontade de acreditar em algo. Digamos, brincando com as palavras, seria como misturar azeite e água.
Disse que a interpretação que fez se baseou nas profissões, considerando o Tempo e Espaço observados. Ora quer ver um exemplo de como essa análise de profissões pode ser um mito? Tenho inúmeros casos familiares em que casais, com imensos filhos, sem qualquer menção de nadar em dinheiro, tem esses filhos trabalhando nos mais diversos ofícios: um é cirurgião, outro sapateiro, outro ferrador, outro homem de negócio, ....
A profissão em si não lhe vai dar nenhuma garantia das raízes judaicas ou cistãs-novas, embora certos ofícios tenham estado, ao longo dos tempos, mais nas mãos de quem teve essas raízes. Estou a pensar, por exemplo, no caso dos mercadores, marchantes, tratantes, tendeiros, porque todos eles viviam mais de trocas comerciais e estas eram, ainda, um reduto conseguido por exclusão de partes.
Regressando às suas constatações, a origem dos nomes mencionados, ainda que os mesmos tenham essa conotação, podem ter sido adoptados por muita gente que foi sempre cristã dos quatro costados. Aliás, a escolha dos nomes e dos apelidos já foi um tema amplamente debatido neste forum, precisamente porque muitos frequentadores apareceram com justificativas idênticas às suas. Além disso, muitos descendentes de judeus adoptaram nomes de santos, de Cruz e outros mais, precisamente para camuflarem as suas origens.
Mas há um traço comum a todos os descendentes de judeus e cristãos novos: saber ler e escrever, no mínimo. Sabe porquê? Porque a sua religião (a observância à Lei de Moisés) a isso obrigava. E era até frequente encontrar esse traço nas mulheres! Eram elas que passavam o testemunho no seio das famílias, liam os livros sagrados e substituíam até os homens nos negócios, quando eles partiam ou morriam. Pense assim e não querendo ir muito mais longe no tempo: quem sabia ler e escrever, por exemplo, em 1600? Alguns nobres, muito poucos (e sendo apaixonada por História sabe que a maioria dos reis era analfabeta), o clero, os homens de leis, os físicos...e os judeus (fossem eles lavradores, ferreiros, sapateiros, tendeiros, tosadores, curtidores, etc, etc, etc.). À luz da nossa cultura actual, relembrando a vida no interior do país e não é preciso ir muito atrás, bastam os finais do século XIX, o analfabetismo era quase generalizado, com as excepções acima mencionadas. Contudo, até um simples pastor de ovelhas, se fosse descendente de cristãos-novos, sabia ler e escrever! Interessante, não é?
Pois aqui tem uma excelente pista para descobrir os seus ancestrais. Se tiverem processos do TSO, analise a respectiva genealogia declarada perante a Mesa e confirme se sabem ler e escrever. Tão simples quanto isso. Mas não deve basear-se só nisso.
Voltando às suas interpretações, terão sido muito poucos aqueles que escaparam às malhas da Inquisição. Esta era tão feroz nas perseguições que nunca se dava por satisfeita, chegando ao ponto de mandar levantar os ossos das sepulturas daqueles que nunca abdicaram das suas crenças, levando os mesmos aos autos de fé para que esses mesmos ossos fossem queimados, já que o não tinham podido fazer em vida!!! Incrível!!!
Queria deixar-lhe uma pequena nota: eu estou no mesmo barco que a Maria Amélia, aprendi muito aqui no Forum e continuo a aprender. Tive a sorte, talvez, de ter desbravado terreno há mais tempo e ter feito um percurso de investigação que já leva muitos anos. Só isso. Mas acredite, estamos ambas imbuídas do mesmo espírito, o de querer descobrir as raízes dos nossos avoengos e todas as dúvidas são legítimas e devem ser esclarecidas. Da parte que me toca, tenho todo o gosto em ajudar a contornar obstáculos e levar as pessoas que me abordam a não cair nos mesmos erros em que eu mesma já caí.
Espero ter contribuído para o seu esclarecimento e também aprender consigo, já que a História é, igualmente, um dos meus fraquinhos.
Abraço
Maria
PS: a título de curiosidade e só, foi também por ter sentido que na minha ancestralidade havia algo por explicar que me meti de cabeça nesta questão da Genealogia. E ainda bem, pois conheci ao longo dos tempos gente fantástica, super interessante e que me ensinou MUITO!
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RE: nomes judeus
Olá Maria.
Esperei ansiosamente pela sua resposta.
Só há dois anos comecei a realizar este meu sonho, que me trouxe imensas surpresas.A aposentação permitiu-me isto. É verdade que os assentos de batismo ou casamento dizem-nos pouco.Para mim, leio nas entrelinhas, talvez um meio pouco credível. A minha investigação pessoal tem-se complementado com Dados no genea. Tenho muitos Juízes e tabeliães no século XVI. E aí concordo consigo que só judeus ou cristãos novos tinham capacidade para tal,isto é, ler e escrever. Quanto a processos, ainda não investiguei. Tenho um dado por descobrir. Na freguesia de Meruge, hoje pertencente a Oliveira do Hospital, mas limítrofe do concelho de Seia, houve um António Rodrigues que foi preso pela Inquisição em 1604. Ora...,é nesta freguesia que eu tenho , pela mesma altura, a minha 10ª avó Marta Rodrigues. Numa povoação tão pequena, suponho que estes Rodrigues fossem parentes. Concordo consigo: são apenas conjecturas.Ora bem...em Paranhos da beira também tenho o meu António Rodrigues em 1655, filho de outro António Rodrigues, que ainda não investiguei .
Ainda a propósito dos apelidos, verifiquei um padrão na transmissão dos mesmos: os apelidos da mãe eram transmitidos às filhas e o dos pais, aos filhos. Fiz perguntas sobre a razão de tal facto em vários Blogs sobre a temática judaica e nada. Somente o meu colega de História Jorge Martins, com trabalho publicado sobre os cristãos novos do Sabugal (ver Capeia raiana), me esclareceu e que é o seguinte: só os filhos de mãe judia eram considerados judeus. Coisa curiosa: uma senhora da beira-Baixa, mãe de um cunhado meu, costumava dizer: os filhos das minhas filhas meus netos são.Os filhos dos meus filhos, serão ou não!Curioso, não!
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RE: nomes judeus
Maria Amélia, se tiver gente mais localizada no interior beirão, junto à raia de Espanha, diga. Posso dar-lhe informações de processos já consultados por mim. Basta que me dê o nome da pessoa a investigar e dos pais. Isso vai facilitar-lhe a investigação.
Eu também estou reformada e investigo, a tempo inteiro.
Boa sorte!
Maria
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RE: nomes judeus
Olá, Maria David! Como está?
Venho pedir-lhe um grande favor.Como é longa a história, peço-lhe que leia o meu pedido no tópico «Famílias de Trá-os-Montes».
Ninguém responde e eu adorava continuar o caminho. Tenho vários Pascoal Lopes na Inquisição, mas não tenho certezas de nada.
Obrigada desde já.
Cumprimentos
Maria Amélia
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RE: nomes judeus
Caro Lourval
Que nomes de antepassados voce tenha en sao martinho (covilha) et alpedrinha ....
tenho rodrigues, caixinha ...
cumprimentos
Germain
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RE: nomes judeus
Li que o sobrenome Azevedo é um dos que se encontram na lista da inquisição, como sobrenome judeu.Pesquiso o assunto e me interessei pelo seu artigo.Você pode me enviar por e-mail.?
Obrigada.
malu.azevedo@bol.com.br
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RE: nomes judeus
I have traced some ancestors who came to England in 1730 from Covilha. Their families lived in Guarda and district for some years. I have just seen some postings from MariaDavid - made two years ago - who I think shares my ancestry. If you can translate this, I send very warm greetings to a distant relative. Manoel da Cruz Henriques and Brites Mendes were parents of Maria Henriques my direct ancestor. I have found baptisms for Maria and her mother Brites but not Manoel her father. I confirm his parents names were Jose da Cruz and Isabel Henriques. Brites was daughter of Francisco Mendes Parades and Branca Rodrigues. I have found his baptism, parents and grandparents names. I have been to Lisbon and taken copies of some Church records and of course use the Inquisition records - I can translate parts of them. I have learned to read a little Portuguese using my dictionary. That is all. I would be interested in exchanging information as I need more background information such as tenancy agreements and information on local tobacco trade. Others ancestors have left Wills as I've found one in England. Is anyone interested?
Pearl
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RE: nomes judeus
Tentando traduzir;
Eu já identifiquei alguns antepassados que vieram para a Inglaterra em 1730, a partir da Covilhã. Suas famílias
viviam no Distrito da Guarda. Acabo de ver alguns - lançamentos de Maria David, feitos há dois anos - que eu
acho que partilha a minha ancestralidade . Enviamos saudações para um " parente distante," Manuel da Cruz
Henriques e Dª Brites Mendes, eram Pais de Maria Brites meu ancestral directo. Encontrei baptismos de Maria
Brites e sua mãe, mas não encontrei de seu pai Manuel. Eu confirmo o nome de seus pais: eram;-- José da Cruz
e Isabel Henriques. Brites era filha de Desfiles Francisco Mendes e Rodrigues Branca. Eu encontrei seu baptismo, os pais e os nomes dos avós.
Estive em Lisboa e levei cópias de alguns registos da Igreja e, claro usar os registos Inquisição- Posso traduzir
parte deles. Eu aprendi a ler um pouco de Português, usando o meu dicionário, isso é tudo.
Estarei interessado em troca de informação. Preciso de mais informação de fundo, tais como;-- Contratos
de Arrendamento e informações sobre o comércio local do Tabaco. Outros ancestrais deixaram "Testamento ",
como eu encontrei um na Inglaterra. Haverá alguém interessado ?
Pearl
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HRC
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RE: nomes judeus
Dear Pearl
You are right! We have the same ancestors! Is good for you and me, because we can exchanging information. Please, write to me for maria_david_eloy@yahoo.com.br
Your direct ancestor is Maria Henriques (married with José Nunes de Lara) and mine is Manuel Henriques da Cruz (married with Isabel Henriques) his brother.
I give you all informations I have.
Thank's.
Maria
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RE: nomes judeus
ola boa tarde eu gostava de saber se nas familias de tras dos montes ter no sobrenome lopes era sinal de as familias serem de origem judaica.por favor a minha avó chamava-se Aida da Conceição lopes e morava em cerva sitio de Alvite
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RE: nomes judeus
Cara Rosa Filipe,
Ter sobrenome "Lopes" não era sinal de nada, nadinha disso...
Sem querer ser ou parecer demasiado acutilante atrevo-me a dizer-lhe que com a sua questão revela claramente que não leu ou, pelo menos, não assimilou as ideias principais que foram apresentadas, de forma transversal, no presente tópico e complementadas pelo exposto noutros que versam sobre a mesma temática. Sugiro, desta forma, que procure resposta às suas dúvidas nas diversas intervenções esclarecedoras, por exemplo, da nossa confreira Maria David.
Cumprimentos,
Luís Projecto Calhau
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RE: nomes judeus
boa noite dona Maria David, gostaria de saber se tem alguma informação de uma senhora que casou em cerva(sitio de alvite) com o nome de Aida conceição Lopes.desde já agradeco todas as informações que tiver .
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RE: nomes judeus
Caro Rosa Filipe;
Tomo a liberdade de colocar esta mensagem que em devido tempo foi escrita pela Confreira Maria David,
e que com toda a certeza vai gostar de ler.
Cumprimentos
Ana Simões
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RE: INQUISIÇÃO - INVENTÁRIOS ; BENS CONFISCADOS A CRISTÃOS NOVOS 26-05-2012, 13:04
Autor: HRC1947 [responder para o fórum] Caros Confrades;
Deixo esta msg. que por mero acaso encontrei de uma Confreira,
e que merece ser lida;
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" RE: nomes judeus 14-03-2012, 17:47
Autor: MariaDavid [responder para o fórum] Olá, Maria Amélia, boa tarde
Achei interessante a sua frase "O que sinto é uma questão de fé". Como em quase tudo na vida, acreditar em algo tem uma força poderosa e, como diz o velho ditado, a fé move montanhas. Mas ao falarmos de genealogia, na minha modesta opinião não podemos misturar dados objectivos que podem corresponder aos tais pressupostos que falei com dados subjectivos, que se traduzem no desejo, na vontade de acreditar em algo. Digamos, brincando com as palavras, seria como misturar azeite e água.
Disse que a interpretação que fez se baseou nas profissões, considerando o Tempo e Espaço observados. Ora quer ver um exemplo de como essa análise de profissões pode ser um mito? Tenho inúmeros casos familiares em que casais, com imensos filhos, sem qualquer menção de nadar em dinheiro, tem esses filhos trabalhando nos mais diversos ofícios: um é cirurgião, outro sapateiro, outro ferrador, outro homem de negócio, ....
A profissão em si não lhe vai dar nenhuma garantia das raízes judaicas ou cistãs-novas, embora certos ofícios tenham estado, ao longo dos tempos, mais nas mãos de quem teve essas raízes. Estou a pensar, por exemplo, no caso dos mercadores, marchantes, tratantes, tendeiros, porque todos eles viviam mais de trocas comerciais e estas eram, ainda, um reduto conseguido por exclusão de partes.
Regressando às suas constatações, a origem dos nomes mencionados, ainda que os mesmos tenham essa conotação, podem ter sido adoptados por muita gente que foi sempre cristã dos quatro costados. Aliás, a escolha dos nomes e dos apelidos já foi um tema amplamente debatido neste forum, precisamente porque muitos frequentadores apareceram com justificativas idênticas às suas. Além disso, muitos descendentes de judeus adoptaram nomes de santos, de Cruz e outros mais, precisamente para camuflarem as suas origens.
Mas há um traço comum a todos os descendentes de judeus e cristãos novos: saber ler e escrever, no mínimo. Sabe porquê? Porque a sua religião (a observância à Lei de Moisés) a isso obrigava. E era até frequente encontrar esse traço nas mulheres! Eram elas que passavam o testemunho no seio das famílias, liam os livros sagrados e substituíam até os homens nos negócios, quando eles partiam ou morriam. Pense assim e não querendo ir muito mais longe no tempo: quem sabia ler e escrever, por exemplo, em 1600? Alguns nobres, muito poucos (e sendo apaixonada por História sabe que a maioria dos reis era analfabeta), o clero, os homens de leis, os físicos...e os judeus (fossem eles lavradores, ferreiros, sapateiros, tendeiros, tosadores, curtidores, etc, etc, etc.). À luz da nossa cultura actual, relembrando a vida no interior do país e não é preciso ir muito atrás, bastam os finais do século XIX, o analfabetismo era quase generalizado, com as excepções acima mencionadas. Contudo, até um simples pastor de ovelhas, se fosse descendente de cristãos-novos, sabia ler e escrever! Interessante, não é?
Pois aqui tem uma excelente pista para descobrir os seus ancestrais. Se tiverem processos do TSO, analise a respectiva genealogia declarada perante a Mesa e confirme se sabem ler e escrever. Tão simples quanto isso. Mas não deve basear-se só nisso.
Voltando às suas interpretações, terão sido muito poucos aqueles que escaparam às malhas da Inquisição. Esta era tão feroz nas perseguições que nunca se dava por satisfeita, chegando ao ponto de mandar levantar os ossos das sepulturas daqueles que nunca abdicaram das suas crenças, levando os mesmos aos autos de fé para que esses mesmos ossos fossem queimados, já que o não tinham podido fazer em vida!!! Incrível!!!
Queria deixar-lhe uma pequena nota: eu estou no mesmo barco que a Maria Amélia, aprendi muito aqui no Forum e continuo a aprender. Tive a sorte, talvez, de ter desbravado terreno há mais tempo e ter feito um percurso de investigação que já leva muitos anos. Só isso. Mas acredite, estamos ambas imbuídas do mesmo espírito, o de querer descobrir as raízes dos nossos avoengos e todas as dúvidas são legítimas e devem ser esclarecidas. Da parte que me toca, tenho todo o gosto em ajudar a contornar obstáculos e levar as pessoas que me abordam a não cair nos mesmos erros em que eu mesma já caí.
Espero ter contribuído para o seu esclarecimento e também aprender consigo, já que a História é, igualmente, um dos meus fraquinhos.
Maria
PS: a título de curiosidade e só, foi também por ter sentido que na minha ancestralidade havia algo por explicar que me meti de cabeça nesta questão da Genealogia. E ainda bem, pois conheci ao longo dos tempos gente fantástica, super interessante e que me ensinou MUITO! ".
Autor: MariaDavid
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RE: nomes judeus
Boa noite, Rosa Filipe
Gostava muito de a poder ajudar mas tal como fez a sua pergunta, é impossível.
Penso que não terá muito tempo de investigação genealógica pela forma como quer obter informações. Assim, para que possa reformular a sua questão:
1 -Falou em Cerva. Não faço a mínima ideia onde fica a Cerva a que se refere. Pertence a Ribeira de Pena? ...e esse sítio de Alvite, pertence a Viseu?...
2 -Aida Conceição Lopes. Quem é? Quem foram os pais? De onde foi natural? Quando nasceu?
3 -Diz que Aida casou em Cerva, sítio de Alvite. Com quem casou?Sabe o nome do marido?
4 -Este tópico está subordinado a um tema: nomes judeus. Tem algum dado sobre essa Aida Conceição Lopes que a leve a pensar ter origem cristã nova? Que dados?
Como pode ver, o seu pedido, feito em duas linhas, parecia muito simples...mão não é, não acha?
Tente reformular a pergunta. Logo veremos se eu ou qualquer outro participante deste forum tem possibilidade de responder.
Estarei ao dispor para a ajudar no que puder.
Maria
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RE: nomes judeus
Bom dia dona Maria David.
Realmente sou pessoa muito novata nestas andansas. Mas embora novata ,cheia de curiosidade, :
A minha avó materna chamava-se Aida da conçeição lopes e morava em lugar de Alvite, cerva ribeira de pena.
Esta casou-se com Ernesto da silva-
Agora faço uma pergunta. porque os pais de meu avô o deserdaram porque ele quis casar a força toda com a minha avò? esse casamento foi consumado nos anos de 1936 a 1937 .
A minha avó nasceu mais ou menos no ano de 1906 a 1908
porque a minha mãe
Carolina da silva nasceu em 1938 depois foi a minha tia
Teresa da silva
Augusto da silva
Outra questão..........
Porquê so o nome do pai? os filhos não tinham direito ao nome da mãe
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RE: nomes judeus
Boa tarde, Rosa Filipe
Vamos começar por uma coisinha bem simples: tire o "dona". Aqui estamos todos numa "irmandade" de curiosos sobre genealogia e basta escrevermos com educação, não é necessário qualquer título ou expressão mais formal no tratamento.
Passemos, então, ao teor da sua mensagem. Não interprete, por favor, como falta de consideração por si os comentários que vou fazer mas antes uma forma de a ajudar nos seus propósitos.
1 - Tente organizar as ideias, para conseguir transmitir aos outros o que realmente pretende. Por exemplo, veja este seu parágrafo:
" Agora faço uma pergunta. porque os pais de meu avô o deserdaram porque ele quis casar a força toda com a minha avò? esse casamento foi consumado nos anos de 1936 a 1937" . Qual é, realmente, a sua pergunta? Quer saber porque é que os seus bisavós paternos deserdaram o seu avô?...ou porque quis ele, seu avô, casar à viva força com sua avó?...ou o motivo porque os seus bisavós deserdaram seu avô foi precisamente porque ele teimou em casar com sua avó?...
Está muito confuso. Mas com toda essa confusão, sempre lhe posso garantir uma coisa: eu, Maria David, não posso saber, DE FORMA ALGUMA, que razões levaram os seus bisavós a deserdarem seu avô, assim como não faço a mínima ideia por que quis seu avô casar, à viva força, com sua avó. Poderia, sem conhecer a família, encontrar um montão de razões: porque sua avó era lindíssima, porque ele gostava imenso dela, porque ela teria, eventualmente, muito dinheiro ou estatuto social de relevo, porque seu avô engravidou sua avó e quis reparar o erro, casando com ela antes que a restante família descobrisse, porque...porque...porque...
Está a perceber o que eu pretendi dizer?
2 Sobre o final da sua mensagem, a pergunta já me parece clara:"Outra questão..........Porquê so o nome do pai?"
A atribuição dos apelidos tem variado muito ao longo dos tempos e das culturas. Houve épocas em que o apelido final era da mãe, outras em que o último nome era do pai, mais recentemente a escolha pode ser arbitrária; por outro lado, numa mesma família, acontecia haver filhos com determinados apelidos, uns só com apelido materno e outros só com paterno. Enfim, não vou repetir aqui o muito que já se discutiu neste forun sobre o assunto. Aconselho-a a ler todas as mensagens já trocadas a esse respeito para ficar mais elucidada. Para tal, faça uma pesquisa aqui no site, colocando lá em cima o tema que pretende pesquisar.
Antes de fechar o meu comentário, gostaria que nunca se sentisse mal pela falta de experiência. Não esqueça que ninguém nasce ensinado. Todos já passámos por dificuldades, eu também e ainda hoje as tenho. Portanto, FORÇA! ÂNIMO! Estude os seus dados, organize-se e faça as perguntas que entender. Cá estaremos todos para lhe dar uma mãozinha.
Boa sorte!
Maria
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RE: nomes judeus
Boa tarde, Maria David.
O assunto que me traz hoje, já foi abordado noutro tópico consigo, mas que não me lembro.No entanto, como a temática é os «nomes judeus» penso que não fujo ao assunto.
Encontrei uma 7ª ou 8ª avó, no concelho de Mangualde de nome «Inês da vide».Na altura disse-lhe que talvez se devesse a que havia(há) uma povoação no concelho de Seia, chamada Vide. Porém, encontrei dentro da mesma geração e na mesma paróquia, outra avó de nome Luísa da vide, grafado por vezes «Davide».Os netos delas irão casar-se anos mais tarde, claro.Qual não foi o meu espanto quando, ao pesquisar uma 4ª avó noutra aldeia de Mangualde, encontro duas gerações de mulheres, que não me são nada e de apelido Davide.Não é um apelido comum.Li o óbito de uma criança, tudo isto em meados do séc. XVII,de nome Maria Davide de Marialva e que foi enterrada em «Lobelhe do Mato, filha de Catarina Davide.
Resumindo, são duas gerações de mulheres com este apelido , com origem em Marialva ou por ali!
Um abraço
Maria Amélia Moura
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RE: nomes judeus
Boa noite, Maria Amélia
Vejo que continua nas suas investigações familiares.
Sobre o teor da sua mensagem, a única coisa que lhe posso dizer é que é muito frequente os nomes de terras virarem apelidos e, nessa situação, absolutamente normal que perpassem por várias gerações. Tal como o caso das mulheres que referiu e como aconteceu na minha família com os apelidos Sarzedas, Monsanto, entre outros.
O problema/dúvida para si, segundo depreendo, é:
1 Saber se "da vide" ou "Davide" serão nomes de origem judaica (reporto-me a anteriores conversas suas sobre o assunto)
2 Não sendo comum, na sua óptica, o apelido Davide, se haverá alguma relação com a dita povoação no concelho de Seia, já que encontrou duas gerações de mulheres (que não lhe são nada) com esse apelido, comum ao de suas ancestrais.
3 Continuar na dúvida se os seus antepassados tiveram ou não origem cristã nova.
Pois bem, só há uma saída:CONTINUAR! Eu tive imensas dúvidas em relação a certos antepassados e até deslindar as ligações foi um bico de obra!
Uma pergunta, já encontrou alguém que tivesse passado pelo santo ofício? Isso seria de grande ajuda.
Abraço
Maria
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RE: nomes judeus
Bom dia, maria David.
Agradeço a sua resposta, perfeitamente de acordo com o que eu penso.
Quanto à passagem de antepassados pelo Santo Ofício, ainda não detetei nada, embora a minha pesquisa nesse nível seja muito pouca.Segundo a base de dados deste site, tenho, pelo contrário um Inquisidor e um alcaide da Covilhã que perseguia judeus de Penamacor, o que não me agradou.
O segundo apelido do meu pai era Rodrigues que se manteve em Paranhos (de onde sou) até ao século XVII, mas ainda mal pesquisado.Neste mesmo século houve casamentos entre antepassados da Paranhos E Meruge, onde encontrei uma avó de nome Marta Rodrigues, com um parente de nome António Rodrigues que foi a Auto de Fé em 1604.Ainda não cheguei aos meus Rodrigues de começo de Século.Quanto às Da vide ou Davide, chamou-me a atenção o apelido em si, nesse tempo e com origem em Marialva!!!
Obrigada
Abraços
Maria Amélia Moura
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nomes judeus
Exa. Senhora,
Quase são as informações sobre os Lopes de Penamacor?
Eu tenho : Lopes Cardozo de Penamacor, e Nunes Ribeiro, da Fatela.
Cumprimentos,
P.I
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nomes judeus
Olá. Desculpe, eu não posso ser útil para você. Eu não tenho antepassados de Penamacor ou Fatela. O Cardozo na minha família é de Gibraltar. O único Lopes que tenho é Manoel Lopes Alvers de Sevilha e Covilha. Não há Ribeiro na minha família. Nos registros de enterro para o Novo Cemitério da congregação portuguesa e espanhola de Bevis Marks em Londres são detalhes para Rachel Rebecca e Elizabeth, duas filhas de Michael Nunes Ribeiro. Também há um David Nunes Ribeiro. Se estes são os membros da sua família que vieram para a Inglaterra, posso dar-lhe os detalhes exatos. Os melhores desejos em sua pesquisa.
Pearl Foster
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