Nome de Familia
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Nome de Familia
Desejo saber a orígem histórica da Familia Mont'Mor, Montemor, ou Montemore.
Segundo informações recebidas nossa familia tem origem nos judeus do período da inquisição em Portugal e Espanha.
Outrossim, alguns afirmam que nosas raízes estão em Portugal ou mais especifico na Ilha da Madeira.
Desejo saber mais informações, e se existe brasões o heráldicas com estes nomes.
Meus bisavós, chegaram em Minas Gerais lá pelos de 1800 aproximadamente, e meus avós paternos e maternos são Mont'mor, e residiam no Estadodo Espírito Santo.
Atenciosamente,
Rev. Sebastião Mendes de Freitas
Bispo
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Apelido Montemor (e variantes)
Caro R. Sebastião M. de Freitas,
Montemor, como deve saber, significa literalmente 'monte maior'.
As duas localidades portuguesas mais importantes com essa partícula são Montemor-o-velho e Montemor-o-novo. O primeiro (perto de Coimbra, a jusante do Mondego) foi chamado 'o-velho' por estar há mais tempo nas mãos dos cristãos no seu movimento de reconquista de Norte para Sul. O segundo (a Sul de Lisboa, próximo de Évora, no Alentejo) ficou 'o-novo' por ter sido conquistado posteriormente.
Mas 'montes maiores' houve-os por todo o território, do mesmo modo que a tradição milenar e pré-histórica de se escolherem locais com essa situação topográfica para locais de culto. Por isso, núcleos familiares com esse apelido podem ter existido por todo o espaço nacional.
Quanto aos seus ancestrais terem vindo da Madeira, não eram de certeza originários daí: não havia ninguém na Madeira quando em 1418 os primeiros navegadores oficialmente desconfiaram que a mancha que viam no horizonte visto do Porto Santo poderia ser outra ilha. E era. Os seus ancestrais podem ter tomado esse apelido na Madeira ou trem-no trazido do Continente.
Ou ainda terem-no trazido de outro país. O que dizer do 'Montmorency' francês? Sendo de raiz latina (sendo bispo deve saber), 'mons' + 'major' deu coisas semelhantes a Montemor em diferentes línguas latinas. E mesmo nas línguas germânicas é assim, p.ex. com os nomes acabados em '-berg': eu tenho um amigo alemão de nome Stöltemberg, qualquer coisa como 'monte orgulhoso', o que vai dar quase ao mesmo.
Mas é melhor 'jogar simples' e começar pela origem portuguesa.
Comece pela sua certidão de nascimento (onde vê os seus pais e avós), as dos Srs. seus pais (onde confirma avós e conhece bisavós) e por aí adiante, até chegar ao primeiro Montemor e siga esse filão. Nessa altura fica a saber de onde era.
Agora quanto a heráldicas. Não existe - repito: não existe - tal coisa como um 'brasão da família' X ou Y. As Armas, quando são ... eram! concedidas, eram-no em primeiro lugar por um Rei, em segundo lugar eram-no a uma 'pessoa', e não a uma 'família'. Essa pessoa evidentemente tinha um apelido (ou um patronímico, ou uma alcunha transfigurada, o que fosse). Algumas armas ficavam assim associadas a alguns apelidos. Mas havia dezenas de outras pessoas de outros grupos familiares com o mesmíssimo apelido, na maior parte dos casos nada aparentados como armigerado, e que não foram nobilitadas. Por isso não tinham nem têm nada que reivindicar o direito de uso dos símbolos heráldicos que foram atribuídos àquela pessoa, em geral pelos méritos dos «seus» feitos, e que mesmo assim nem sempre eram transmissíveis aos seus descendentes (houve muitas armas e títulos atribuídos apenas na vida do armigerado).
Desconheço completamente se existe ou não em cada um dos países europeus armas de apelidos relacionados com 'montes'. Mas se as há, são dos que têm 'direito' (o que quer que isso queira dizer nos países que não reconhecem esse 'direito'), e não de todas as pessoas com esse apelido.
Daí voltar ao mesmo: comece a fazer a «sua» genealogia, e tente descobrir por esse via de quem descende, quem eram, de onde eram, que vida tinham, etc. Os registos paroquiais, apesar de serem informativos quanto às actividades e conterem verdadeiras pérolas de informação quanto à vida das pessoas, não são as únicas fontes. Pelo menos em Portugal, há muita documentação correlata que pode compor o quadro da sempre ínfima fracção do que foi a história dos nossos antepassados.
Salvo melhor opinião, parece-me que fui suficientemente claro. Sinta-se à vontade no entanto para contrapôr o que lhe parecer pertinente.
Com os meus cumprimentos,
Victor Ferreira
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