Filho de apregoados e não recebidos
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Filho de apregoados e não recebidos
Caros confrades,
Encontrei um registo de baptismo de um meu antepassado, que é indicado como sendo filho ilegítimo, pois os pais não eram casados.
Neste registo é referido também que:
o «(...) filho he de apregoados e não Recebidos os Pais (...)»
Qual é a vossa interpretação desta frase?
Cumprimentos,
Arlindo Rodrigues
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RE: Filho de apregoados e não recebidos
Prezado Arlindo Rodrigues,
Salvo melhor juízo, entendo que a expressão era filho de "apregoados e não recebidos os pais", refere-se que o pai e a mãe eram "ajuntados" e que os pais "não eram casados oficialmente".
Continuo a disposição. Fraterno abraço.
Samuel de Castro
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RE: Filho de apregoados e não recebidos
Caro Arlindo Rodrigues:
"Apregoados" podem querer significar que tinham sido afixados pregões ou "proclamas" para o casamento. Isto é, teriam estado noivos mas não chegaram a casar, pelo menos antes do nascimento do filho em causa.
Cumprimentos.
António Taveira
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RE: Filho de apregoados e não recebidos
Correcção:
Isto de escrever a olhar para o teclado e enviar sem ler, tem destas coisas.
""Apregoados" podem querer...." NÃO !!!
"Apregoados" pode querer....
Desculpem-me o pontapé na gramática, não é o primeiro e não será o último....
A.T.
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RE: Filho de apregoados e não recebidos
Caros Samuel Castro e António Taveira,
Muito obrigado pela vossa contribuição para o esclarecimento deste asunto.
Mas parece-me que o casamento teria que ser "anunciado" na Igreja Paroquial, durante a missa, um determinado número de vezes.
Seria assim? Quantas vezes?
Com os melhores cumprimentos,
Arlindo Rodrigues
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RE: Filho de apregoados e não recebidos
Bom dia. Em que época é que é escrita esta frase? Poderá ter várias acepções.
1- A de que os pais viviam em "união de facto" como se diria hoje. Poderiam fazê-lo por razões diferentes. Interessaria saber a época, por isso, bem como se ambos eram portugueses, se eram da mesma raça, se eram da mesma religião, etc.
2- A de que já teriam sido anunciados como noivos ou prometidos mas ainda não casados.
3- O local onde decorre tal facto também não é de somenos. No Norte de Portugal, por exemplo, eram frequentes as uniões de facto em todas as classes sociais antes do múnus apostólico de D.Frei Bartolomeu dos Mártires.
Cmpts, manuel cardoso
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RE: Filho de apregoados e não recebidos
Caro Manuel Cardoso,
Esta frase foi retirada de um registo de baptismo realizado em 1733, na freguesia de Santo António dos Arcos, concelho de Estremoz.
Cumprimentos,
Arlindo Rodrigues
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RE: Filho de apregoados e não recebidos
Caro amigo:
presumindo que ambos fossem católicos, que nenhum fosse escravo e que sobre nenhum de ambos pesasse qualquer impedimento canónico, pode partir-se do princípio que se tratasse de um casal de comprometidos, a dias ou semanas de se casar. Tal hipótese não deve ser difícil de comprovar, no caso de terem efectivamente casado...
Mts cmpts,
manuel cardoso
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RE: Filho de apregoados e não recebidos
Caro Manuel Cardoso,
Este meu antepassado foi baptizado a 17/05/1733 e os seus pais casariam cerca de 3 meses depois (a 23/08/1733).
Cumprimentos,
Arlindo Rodrigues
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RE: Filho de apregoados e não recebidos
Pesquisando melhor sobre este assunto, verifica-se que quando, em determinada paróquia, se pretendia realizar um casamento, o mesmo tinha que ser proclamado (apregoado) publicamente em três dias festivos, durante a missa.
Cumprimentos,
Arlindo Rodrigues
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