Mártires da Pátria SM. El Rei Dom Carlos e SAR. O Principe Dom Luís Filipe
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Mártires da Pátria SM. El Rei Dom Carlos e SAR. O Principe Dom Luís Filipe
Homilia do Revº Padre Gonçalo Portocarrero de Almada
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Ontem às 12:23
Caros Amigos
Pelo seu interesse e oportunidade, publico aqui na integra a excelente Homilia ontem proferida pelo Revº Padre Gonçalo Portocarrero de Almada ontem na Missa de Sufragio pelas Almas de SM El Rei Dom Carlos e SAR O Principe Dom Luis Filipe
MÁRTIRES DA PÁTRIA
Homília na Missa por El-Rei D. Carlos e pelo Príncipe Real
(Igreja da Encarnação, 1-2-2010)
1. Introdução. Começa o ano civil com a comemoração do Dia Mundial da Paz, sob os auspícios da nossa Padroeira e Rainha, Nossa Senhora da Conceição, cuja maternidade divina se celebra também, liturgicamente, nesse primeiro dia de Janeiro. A esse tão feliz início do primeiro mês do ano, segue-se, no primeiro dia do mês seguinte, a trágica recordação de igual data do ano de 1908, em que tombaram, por Deus e pela Pátria, Sua Majestade El-Rei D. Carlos I e Sua Alteza Real o Príncipe D. Luís Filipe, em dramático atentado ocorrido no Terreiro do Paço, onde hoje uma lápide comemorativa recorda tão funesto acontecimento.
É já uma tradição de muitos portugueses, monárquicos ou simplesmente patriotas, recordar esta efeméride com uma Missa de sufrágio pelas Pessoas Reais assassinadas no 1º de Fevereiro, seguida de singela romagem aos seus túmulos, no panteão da Família Real, em São Vicente de Fora. Hoje, por uma singular circunstância, não é possível essa homenagem junto das urnas que guardam os seus restos mortais e, por esse motivo, a celebração eucarística em sufrágio das suas almas ocorre nesta Igreja de Nossa Senhora da Encarnação, por especial favor do seu Prior, o Senhor Cónego João Seabra, a quem agradeço a hospitalidade.
Saúdo também, em especial, Suas Altezas Reais os Duques de Bragança, na sua qualidade de Chefes da Casa Real e, por isso, representantes de El-Rei D. Carlos I e do Príncipe D. Luís Filipe. Cumpre-me também saudar o Senhor Presidente da Causa Real, o Senhor Presidente da Direcção do Instituto da Nobreza Portuguesa, o Senhor Presidente da Associação da Nobreza Histórica de Portugal, o Senhor Presidente da Real Associação de Lisboa, a quem agradeço o honroso convite para presidir a esta celebração, e os outros representantes de todas as outras entidades que, uma vez mais, promovem ou se associam a este acto.
Por último, mas com não menos consideração, cumprimento os numerosos fiéis que quiseram participar nesta liturgia, porque o fazem por um dever de justiça, que muito os honra, para com a memória das vítimas do atentado e na perspectiva de um renovado compromisso com a sua fé cristã e com o futuro de Portugal.
2. Memória e celebração. Que celebra a Igreja quando recorda, mais de um século depois, o passamento de El-Rei D. Carlos e de seu filho, o Príncipe Real? Não poderá resultar anacrónica esta evocação, tanto tempo decorrido já sobre o nefasto acontecimento? Não se estará porventura a incorrer num retrógrado saudosismo de outros tempos e eras? A estas dúvidas quanto à oportunidade desta celebração, poder-se-iam ainda acrescentar outras questões respeitantes à sua pertinência. Com efeito, o facto de esta evocação ocorrer numa igreja e em plena liturgia eucarística, não poderá ser entendido como uma desvirtuação da instituição eclesial e da própria Santa Missa? Não se corre o risco de confundir o temporal com o espiritual, o trono com o altar?
A Eucaristia é sempre uma acção de louvor à Santíssima Trindade, pela qual se realiza verdadeiramente, embora de forma incruenta, o Sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo no Calvário. É, por isso, uma acção litúrgica, ou seja, de culto divino, que realiza o fim latrêutico que anima toda a vida eclesial, porque a principal finalidade da Igreja, dos seus fiéis e até de cada homem é dar glória a Deus. Mas como a glória de Deus é, como já ensinava São Leão Magno, o homem vivo, a celebração da divindade é também, em Cristo Nosso Senhor, comemoração da humanidade assumida e redimida no Verbo encarnado. Para além de verdadeiro sacrifício, a Missa é também memória e celebração.
Neste preciso sentido, esta evocação é, em primeiro lugar, uma Missa de sufrágio pelas almas do falecido monarca e de seu filho primogénito. Sem desrespeitar a dignidade da sua estirpe real, nem a excelência das elevadas funções que ambos exerceram, é sobretudo enquanto fiéis cristãos que a Igreja os recorda nesta celebração e eleva ao Céu preces pelas suas almas.
A este propósito, vem a talho de foice recordar um cerimonial ainda em uso na Casa Real austríaca, sempre que um membro desta família imperial é sepultado no panteão real, sito na vienense Igreja dos Capuchinos.
À chegada do féretro e do seu acompanhamento, a entrada do templo encontra-se fechada, pelo que um dignitário do cortejo percute na respectiva porta. A esse toque, alguém responde de dentro:
- Quem é?
Nos termos protocolares, enunciam-se então todos os títulos nobiliárquicos e os tratamentos honoríficos a que esse membro da família imperial tivesse direito.
Mas a essa apresentação do defunto, segue-se uma lapidar negativa:
- Não conheço.
Repete-se o acto de bater à porta e, inquirida por segunda vez a identidade de quem deseja entrar, dizem-se de novo, mas de forma mais abreviada, as honrarias inerentes ao falecido. Então, de dentro da igreja fechada, ouve-se mais uma vez uma voz anónima que diz laconicamente:
– Não conheço.
À terceira vez, já não se referem altezas nem títulos, não se citam honras, nem nobiliárquicas prerrogativas, e o corpo insepulto é apresentado apenas como o de um pobre pecador.
E é só então que a porta, que não cedeu ante pergaminhos de imemorial nobreza, que não se rendeu ante séculos de gloriosa história familiar, atestada pela infindável ladainha das honras herdadas, se abre de par em par, dir-se-ia que comovida pela grandeza da humildade de um pobre de Cristo, que suplica a graça de um lugar de descanso para o seu corpo, enquanto não chegar a hora, tremenda e gloriosa, da ressurreição final.
Assim é também a entrada no reino dos Céus, majestoso pórtico que permanece indiferente às mais sublimes dignidades terrenas, sejam elas de natureza política, histórica, intelectual, económica, artística ou outra. Para a salvação eterna, pouco importa o poder, a fidalguia, a beleza, a inteligência ou a riqueza material do cristão. Não é por esses seus atributos que se lhe franqueará a porta do paraíso que, no entanto, se escancará ante a singela grandeza de quem tiver a dita de se reconhecer a si mesmo o que afinal todos somos nesta vida: pobres pecadores em demanda da pátria celestial, que só pela infinita misericórdia de Deus poderemos alcançar.
3. Mártires da Pátria. Se é este piedoso propósito a principal razão desta liturgia, também é verdade que esta celebração é igualmente comemorativa, não do facto lamentável do regicídio, mas das suas vítimas inocentes.
Já os primeiros cristãos se reuniam nos seus templos para a celebração dos mistérios divinos, mas também para a gloriosa comemoração dos seus irmãos que tinham dado a vida pela fé, pois a palma do seu martírio era razão suficiente para concluir, com absoluta certeza, a sua eterna salvação. Foram estes os primeiros santos do calendário cristão, os primeiros também a serem celebrados com festas próprias e a merecerem o culto público dos fiéis, mas sempre subordinado à adoração que só às Pessoas divinas é devida.
Muito embora a definição de martírio pressuponha, por regra, a entrega voluntária da vida por causa da fé, também é verdade que a Igreja tem admitido, ao longo da sua bimilenar história, algumas excepções. Por exemplo, a antiquíssima veneração dos santos inocentes, as crianças assassinadas por Herodes no seu intuito de matar o recém-nascido Rei dos Judeus, parece indiciar uma aplicação sui generis do conceito de martírio, na medida em que aquelas crianças não eram crentes, nem morriam voluntariamente em defesa de uma fé que, por certo, ignoravam absolutamente. Nesse caso, como a sua vida foi ceifada em nome do ódio anti-cristão, que movia o ímpio tirano, a Igreja entendeu que lhes era devida a honra do martírio e, como tal, as festeja no seu calendário oficial, na oitava do Natal.
Outro exemplo significativo e bem mais recente é o caso de São Maximiliano Kolbe, também oficialmente considerado como mártir, mas cuja morte também não se ficou a dever directamente à sua fé. Prisioneiro num campo de concentração nazi, este bem-aventurado ofereceu voluntariamente a sua vida em resgate de um outro detido, cuja morte tinha sido decidida como medida de retaliação. Não obstante a sua morte não ter sido provocada directamente pelo facto de ser cristão, o dicastério competente da Santa Sé entendeu que este santo religioso tinha sido mártir, senão em nome da fé, pelo menos em nome da caridade, pois ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos.
Neste sentido mais amplo, não repugna considerar El-Rei D. Carlos I e o Príncipe Real como vítimas do ódio dos seus assassinos e ainda das associações em que os mesmos militavam e foram também, por esse motivo, cúmplices morais do regicídio, pois ninguém pode pôr em dúvida que a morte de ambos foi uma consequência directa da sua heróica entrega ao seu país e ao seu povo, que souberam amar e servir até ao fim.
Os Reis D. Carlos e D. Sebastião são, curiosamente, os únicos monarcas portugueses que faleceram de morte violenta. Se o penúltimo rei da dinastia de Avis pereceu no campo de batalha, às mãos dos inimigos do império e dos infiéis, o penúltimo monarca da quarta dinastia tombou no Terreiro do Paço, sob as balas dos inimigos do trono e do altar. A tragédia de Alcácer-Quibir foi o princípio do fim da independência e da grandeza de Portugal de aquém e além-mar, como o drama da Praça do Comércio foi um atentado contra a independência nacional, o princípio do fim da monarquia e também do Portugal ultramarino.
Não me cabe a mim reconhecer a grandeza do supremo sacrifício de El-Rei D. Carlos I e de Dom Luís Filipe, mas creio que expresso uma convicção comum a todos os verdadeiros portugueses, qualquer que seja a sua ideologia política, se disser que ambos foram, sem favor, mártires da Pátria.
Dos primeiros fiéis que foram martirizados dizia-se que eram sementes de novos cristãos, porque o seu sangue, tão heroicamente derramado, não podia deixar de dar frutos de verdadeira santidade. Mutatis mutandis, atrever-me-ia a dizer que as vítimas inocentes do regicídio são também um título de glória para Portugal: são penhor da nossa esperança, na certeza de que o seu sacrifício não foi inglório, antes prenúncio de outros heroísmos, de outros portugueses igualmente capazes de se darem sem medida pela sua fé e pela sua pátria.
4. A Igreja e a República. Este ano de 2010, centésimo segundo aniversário do regicídio, é também o ano em que se recorda a proclamação da república portuguesa. Como é sabido, a alteração do regime político ficou-se a dever ao golpe de Estado de 5 de Outubro de 1910 e, mais remotamente, ao atentado que vitimou El-Rei D. Carlos I e o Príncipe Real.
A relação entre o regicídio e a posterior instauração do regime republicano não é já uma simples conjectura ou uma mera hipótese científica, mas uma verdade histórica indesmentível. Não será portanto desprovido de fundamento que esta reflexão incida também sobre este particular, tendo em conta que esta celebração ocorre precisamente no centenário da república, cujas comemorações oficiais tiveram ontem o seu começo.
A Igreja não tem preferências de carácter institucional, não apenas porque respeita a legítima autonomia dos povos no que concerne à sua organização política, mas também porque o seu fim é transcendente. Contudo, não pode deixar de se pronunciar sobre aqueles regimes que, de algum modo, atentam contra a liberdade da Igreja e dos fiéis, nomeadamente violando os mais elementares direitos fundamentais. Neste sentido, a Igreja não é, nem nunca foi ou poderá ser, republicana ou anti-republicana, monárquica ou anti-monárquica, mas será sempre contra todos os sistemas políticos que, qualquer que seja a sua configuração constitucional, oprimam o homem e se oponham ao bem comum.
Sem ânimo para me espraiar sobre um tema que é mais próprio de uma sessão académica do que de uma homilia, gostaria no entanto de enumerar, a título de exemplo, algumas das medidas levadas a cabo pelo primeiro governo provisório republicano, logo após o golpe de 5 de Outubro de 1910, portanto numa época em que o supremo órgão executivo nem sequer contava com nenhum tipo de legitimidade democrática.
Dois dias depois, a 7 de Outubro de 1910, todos os feriados religiosos foram suprimidos, mantendo-se apenas o 25 de Dezembro, mas como festividade laica, ou seja, como Dia da Família portuguesa. Por sinal, as anticlericais leis da família, que estabeleceram o divórcio e acintosamente previam pensões para as «viúvas» e filhos dos padres, foram publicadas no dia 25 de Dezembro de 1910, numa provocatória ofensa ao santo dia de Natal.
Foi também em Outubro de 1910 que se procedeu à encarceração e à posterior expulsão dos religiosos da benemérita Companhia de Jesus, dando por vigentes os correspondentes decretos pombalinos. De imediato, proibiram-se os juramentos religiosos, bem como a presença de crucifixos nos edifícios públicos e, ainda, o uso de vestes talares pelos clérigos e religiosos. O ministério da Guerra mandou retirar de todas as fortificações militares os nomes dos santos que até então as designaram e impediu-se o ensino da doutrina cristã nas escolas. Fechou-se ao culto a capela da Universidade de Coimbra, que foi convertida, à boa maneira bolchevique, num museu de arte sacra. As matrículas no primeiro ano da Faculdade de Teologia foram anuladas, por decreto do governo, e abolida a cadeira de Direito Eclesiástico nas faculdades estatais. Foi vedada aos membros das Forças Armadas a participação em actos religiosos e, já em 1911, à imagem e semelhança da Revolução Francesa, foi determinado pelo governo que, nos tribunais, cartórios e repartições do Estado, não se fizesse menção à era de Cristo.
Não é preciso prosseguir para poder concluir, mesmo sem necessidade do aval de nenhum historiador, a matriz profundamente anti-cristã do regime instaurado em Portugal em 5 de Outubro de 1910. Uma tal afirmação não nasce de nenhum preconceito, mas de um juízo desapaixonado dos factos, de que a precedente lista não é mais do que uma significativa e eloquente amostra. Negar o seu carácter essencialmente anti-católico é negar uma evidência e, como se costuma dizer, contra factos não há argumentos.
No contexto desta política, tão anticlerical como anti-democrática, entende-se que o regicídio fosse indispensável para a implementação de medidas que, pelo seu carácter profundamente sectário e injusto, nunca poderiam ter o patrocínio de um rei. Nenhum soberano cristão digno desse nome, nenhum verdadeiro Rei de Portugal, nação fidelíssima, se sujeitaria nunca a uma tal tirania e, por isso, os revolucionários de 5 de Outubro aperceberam-se de que só a queda da monarquia poderia permitir a vitória do seu ideário. E como a realeza era então, como sempre foi, querida pelo povo, não restava outro expediente para a sua abolição que não fosse o crime e a traição.
Triste regime o que nasce de mãos assassinas, tingidas com o sangue inocente de dois dos maiores mártires da história de Portugal: El-Rei D. Carlos e o Príncipe Real!
5. Salvar a família, salvar Portugal. Talvez alguém pense que o carácter profundamente anti-democrático e anti-cristão da primeira república é apenas uma desastrada reminiscência, uma triste página de um passado que, felizmente, nada tem a ver com o nosso tempo.
É verdade que o Portugal de 2010 é muito diferente do de 1910, mas talvez não seja temerário afirmar que o espírito laicista de outrora permanece vivo no regime que, talvez por se identificar tanto com os seus centenários fundadores, se presta a festejá-los com tanta pompa e circunstância, a expensas do exausto erário público. Não obstante as convicções cristãs da grande maioria dos portugueses, insiste-se numa política contrária à mais elementar liberdade, através de medidas que, embora não hostilizando directamente a Igreja Católica, procuram a sua destruição. Não se impede formalmente a acção da Igreja, mas silencia-se a sua voz, atenta-se contra o seu magistério e contra as suas instituições.
Medidas que seriam impensáveis para os republicanos de 1910, são hoje uma triste realidade. Pense-se no aborto, impunemente realizado e pago pelas instituições do Estado, que não têm contudo verbas para os doentes crónicos, nem consegue atempadamente satisfazer todos os pedidos de intervenção cirúrgica. Pense-se no divórcio, entendido como um simples repúdio que banaliza a família e atenta contra a dignidade do cônjuge mais desfavorecido. Pense-se na iníqua equiparação do casamento civil às uniões entre pessoas do mesmo sexo, por alguns festejada como ponto alto das celebrações do centenário republicano, talvez para vincar que os actuais governantes se revêem na índole anticristã dos seus predecessores.
Para salvar a família e salvar Portugal, é preciso que muitas famílias cristãs se não demitam da sua responsabilidade social!
Para salvar a família e salvar Portugal, é preciso que a Família Real, que é a fiel depositária de oito séculos de tradição cristã e de glória nacional, nos continue a guiar pelos caminhos da nossa História, na fidelidade à Igreja e à nossa memória e independência nacional!
Para salvar a família e salvar Portugal, é preciso que o exemplo heróico de El-Rei D. Carlos I e do Príncipe Real sejam fermento de muitos portugueses que hoje, como naquele fatídico 1º de Fevereiro de 1908, dêem a sua vida pela fé e pela Pátria!
6. Conclusão. Quando Suas Majestades El-Rei D. Carlos I e a Rainha D. Amélia, e Sua Alteza Real o Príncipe Dom Luís Filipe atracaram, pelas 17 horas do dia 1 de Fevereiro de há 102 anos, na estação fluvial do Terreiro do Paço, voltavam a Lisboa depois de uma estadia em Vila Viçosa. Junto ao seu Paço Ducal, ergue-se o Santuário da veneranda imagem de Nossa Senhora da Conceição, pelo que talvez não seja excessivo supor que a Santíssima Virgem Maria terá acompanhado a Família Real no seu regresso à capital, retribuindo assim a sua boa vizinhança. E como Nossa Senhora é Mãe que quer sempre o nosso bem e Rainha que tudo pode, é certo que assistiu a El-Rei e ao Príncipe Real na sua última hora. Que os tenha pois em Sua santa glória!
A Nossa Senhora da Conceição dirigimos uma última prece, pedindo à nossa Padroeira que seja agora de novo – como foi, em 1385, para o Santo Condestável e, em 1640, para El-Rei D. João IV – a nossa bandeira, sob a qual nos comprometemos a defender a fé, para salvar Portugal.
P. Gonçalo Portocarrero de Almada
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RE: Mártires da Pátria SM. El Rei Dom Carlos e SAR. O Principe Dom Luís Filipe
Caro Confrade,
Foi de facto brilhante o P. Gonçalo Portocarrero de Almada, que tive também a oportunidade de escutar in loco, e uma optima ideia partilhar aqui este texto.
Num ano em que estamos a assistir a um multiplicar de disparates sobre as virtudes da República, esta é uma achega importante para uma compreensão distanciada do que lhe deu origem e das suas consequências.
Pergunto-me, no meio da cobertura que se tem dado às celebrações do centenário da República, porque ninguém pergunta ao Dr Santos Silva e a tantos outros defensores deste regime, quando afirmam, por exemplo, que República é sinonimo de liberdade e democracia, se na verdade pensam que existe défice de liberdade ou democracia em Espanha, no Reino Unido, na Bélgica, Holanda ou Suécia, entre outros....
Que tem o XX a ver com as calças?? Enfim...
Obrigado e Cumprimentos,
Paulo B rehm
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RE: Mártires da Pátria SM. El Rei Dom Carlos e SAR. O Principe Dom Luís Filipe
http://clubedasrepublicasmortas.blogs.sapo.pt/285664.html
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RE: Mártires da Pátria SM. El Rei Dom Carlos e SAR. O Principe Dom Luís Filipe
A república pode ser sinal de liberdade ou democracia. Não existe liberdade e democracia na Suiça? Nos EUA? Na Finlândia?
E, inversamente, não existe falta de liberdade e democracia nalgumas monarquias?
Uma coisa não é sinónima da outra.
Muito honestamente - e creio estar acompanhado da maioria dos portugueses - penso que os nossos problemas não residem na "República Portuguesa", que agora comemoramos e muito na "República".
Os nossos problemas, infelizmente e não temos de ter receio de o assumir, residem no "Portuguesa"...
O que está mal somos nós, portugueses. E não vejo grandes soluções ou mudanças de relevo, porque nós, portugueses, vamos continuar por aqui, vamos continuar a ser (mal)governados por portugueses, vamos continuar a ter políticos (portugueses) corruptos e incompetentes, sucateiros desonestos, figuras públicas com comportamentos transviantes, etc, etc....
E como se tal não bastasse, vamos continuar a ser medíocres, a pensar pequenino, sempre com medo, sempre inseguros, cheios de complexos, de roda da sotaina do sr. prior, etc, etc....
Não vejo como um Rei ou Rainha pudesse alterar este estado de coisas, a menos que me falem duma monarquia absoluta, em que um génio pudesse resolver todos os nossos problemas, bastando-nos a nós acatar as ordens.
Mas enfim, as pessoas são livres de terem os seus passa-tempos e ideiais e quem sou eu para criticar ou dar palpite...
Na esperança de melhores dias, sou, Attº e obgº,
João Pombo
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RE: Mártires da Pátria SM. El Rei Dom Carlos e SAR. O Principe Dom Luís Filipe
Caro João Pombo
A sua intervenção, deveras corajosa, obriga-me, por deve de honra, a tomar uma posição sobre esta matéria, posição essa que estava a calar desde que li a pseudo- homilia do Sr. Padre Almada.
Lamento que uma Missa por alma de D. Carlos e D. Luís Filipe, que fazem parte da nossa história sejamos monárquicos ou republicanos, sirva interesses de mera política e dê azo a que se chame á colação, e mal, e pessimamente, temas como o aborto ou os casamentos entre homossexuais. seja eu a favor ou contra essas duas posições . E sou contra, tanto contra uma como contra outra! Mas questões desse cariz não deviam nunca ser abordadas numa missa de sufrágio por alma seja de quem for e muito menos com a leviandade de quem quer ostensivamente ignorar que regimes monárquicos como a Espanha, a Holanda, a Bélgica, etc sancionaram idêntica legislação.
Admito perfeitamente que o Sr. Padre Almada seja monárquico, e que, na sua vida privada defenda a monarquia e tudo o mais que sentir ser seu direito. Como sacerdote não deveria nunca tomar posições políticas e, muito menos, posições que apenas servem para desunir portugueses. E, uma vez mais, lembro que todos somos poucos para ajudar a Pátria a ultrapassar este momento difícil.
Contra a homilia do Sr. Padre Almada, presto justa homenagem ao Senhor D. Manuel II, patriota acima de inteesses mesquinhos de mera governação, que deu um espantoso exemplo de como se deve comportar um verdadeiro Português em todos os momentos da sua vida.
Na esperança de melhores dias, um grande abraço da
Maria Benedita
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RE: Mártires da Pátria SM. El Rei Dom Carlos e SAR. O Principe Dom Luís Filipe
Cara Maria Benedita:
Perante o despudor e a mentira descarada propagadeada nas comemorações do centenária da dita, não quererá também comentar o artigo no blogue abaixo:
http://clubedasrepublicasmortas.blogs.sapo.pt/285664.html
Muito sinceramente gostava de ler um seu comentário.
Ser monárquico é um acto de coragem. Dizer-se republicano é puro comodismo...
Não vejo em que é que a possa chocar a tomada de posição numa homília contra o casamento gay. Ninguém tem dúvidas da posição da Igreja. E, se o governo tivesse a coragem de referendar a legislação, ouviria muitas homílias nesse sentido. Certamente, ou não, o referendo chumbaria a lei, como já fez. Ainda por cima, sendo uma legislação criada por um governo que nada mais pode fazer que piscar o olho à esquerda para governar contra o que a esquerda espera dele. Mera manobra abjecta de oportunismo político.
Sabe quantos republicanos estariam na missa a prestar homenagem a D. Carlos e D,. Luis Filipe, patriotas como diz e mártires da pátria acrecento eu. E, porquê ?
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Mártires da Pátria SM. El Rei Dom Carlos e SAR. O Principe Dom Luís Filipe
Caro João Pombo
Palavras sábias, as suas!!! O Mal não está na República ou na Monarquia, o Mal está em nós, portugueses!!!
"Não vejo como um Rei ou Rainha pudesse alterar este estado de coisas, a menos que me falem duma monarquia absoluta, em que um génio pudesse resolver todos os nossos problemas, bastando-nos a nós acatar as ordens"
E Reis génios, só consigo ver D. João II, D. Sebastião ou D. Miguel. Foram vencidos, e dos vencidos não reza a História!!!
"Os nossos problemas, infelizmente e não temos de ter receio de o assumir, residem no "Portuguesa"..."
Acrescentaria eu, "Portuguesa" camuflada de "Francesa".
Somos a partir de D. Manuel I um país sem identidade, um país imperfeito, à Castelhana, logo à inglesa ou à francesa. Não foi por acaso que D. Manuel I ordenou que não se acabassem as capelas do Mosteiro da Batalha, ás quais agora chamamos de Imperfeitas, à imagem do pais que queria construir ficaram sem telhado e há 500 anos que chove dentro delas como na rua!!! As capelas Imperfeitas são exactamente a imagem deste pais imperfeito, porque para Perfeito, só um génio, D. João II !!!
O Mal não está na Monarquia ou na República, o Mal está na “Monarquia francesa” ou na “República francesa”!!!
O Mal está em nós portugueses, e não temos de ter receio de o assumir, reside na afirmação do “Portuguesa”.
E D. Carlos, tal como Soares eram “franceses”, ambos pensaram que a Salvação de Portugal estava nos ideais da França. Hoje está provado que estavam enganados, ambos foram vitimas da França!!!
Também na esperança de melhores dias, despeço-me com amizade
Zé Maria
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RE: Mártires da Pátria SM. El Rei Dom Carlos e SAR. O Principe Dom Luís Filipe
Caro António Taveira
Uma Missa de Sufrágio por alma e alguém é, para mim, a invocação da memória do sufragado, da saudade que deixou, dos exemplos de vida que legou á posteridade. Não pode ser uma bandeira política, e, muito menos, uma bandeira política que se tente hastear face a factos ocorridos 100 anos depois, ainda por cima quando esses factos seriam exactamente idênticos em República ou em Monarquia. Vide a vizinha Espanha, monarquia com um Rei de eleição e cuja legislação há anos que permite o aborto e o casamento gay. Um padre tem que cuidar das almas, não tem que se intrometer em politiquices de regimes governativos, e mais, deverá cuidar primeiramente das almas perdidas no seio da própria igreja. e não vale a pena tecer mais comentários sobre este tipo de assuntos pois são públicos e notórios.
Quanto ao referendo ao casamento gay, assinou? Eu assinei. E é mediante essas atitudes de cidadania que nós nos devemos pronunciar. E um padre, fora da igreja, é um cidadão como outro qualquer, assine referendos, mas não se sirva do púlpito para fazer política, quer de esquerda quer de direita quer seja do que for.
Ser monárquico ou repúblicano, isento e coerente, é que é um acto de coragem face á história deste país de há quase 2 séculos para cá.
Cumprimentos
Maria Benedita
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RE: Mártires da Pátria SM. El Rei Dom Carlos e SAR. O Principe Dom Luís Filipe
Cara Maria Benedita
"Ser monárquico ou republicano, isento e coerente, é que é um acto de coragem face á história deste país de há quase 2 séculos para cá."
Independentemente de ter sido monárquico ou repulicano, dê-me exemplos de feitos históricos em que os portugueses se possam glorificar nos 2 últimos séculos para cá? Guerra Civil, Mapa Côr-de-Rosa, Grande-Guerra, Fome, Guerra Colonial, Entrega das Colónias ou Adesão à CEE???
Cumprimentos
Zé Maria
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RE: Mártires da Pátria SM. El Rei Dom Carlos e SAR. O Principe Dom Luís Filipe
Caro João Pombo:
Não sei que dizer da sua descrença: a culpa é nossa dos portugueses. Com certeza, pois se a soberania reside no povo...
Certamente que existe liberdade e democracia na Suiça, nos EUA e na Finlândia. Se fosse suiço, americano ou finlandês seria òbviamente republicano. Não é esse o caso. A monarquia só faz sentido em nações que nasceram com ela. Onde foi sinónimo de independência e liberdade. Desde antes de 1143 até 1910. Sou português e monárquico. A monarquia é indissociável da minha nacionalidade e da minha crença na liberdade e democracia para nós, nossos filhos, netos e gerações vindouras. Se quiser comparar regimes verá que os povos com democracias mais avançadas, na região do mundo e na cultura em que se inserem, são monarquias. Na Europa, na Ásia, na África e no Médio Oriente.
Poderá imaginar o que seria a Espanha se não fora a restauração monárquica de 1975? Ou o que teria sido o século XX português se não fora a obra da maçonaria e carbonária no período final da monarquia com o regicídio, a implantação da república e a bandalheira e arbitrariedade instalada até ao Estado Novo? E o que foi a República Nova que se instalou a seguir, durante 48 anos. Estariamos com certeza muito melhor em 1974 se não fora o crime de 1908 pelo qual três gerações de portugueses pagaram tão caro. É muito mais cómodo não questionarmos o regime, mas será intelectualmente sério e honesto ? E se esse regime trouxe vantagens à Espanha após 1975 e traria vantagens a sua manutenção após 1910 em Portugal, porque seria? E, sendo assim, porque não uma monarquia nova para o século XXI em Portugal?
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Mártires da Pátria SM. El Rei Dom Carlos e SAR. O Principe Dom Luís Filipe
Cara Maria Benedita:
Na homilia foi referido o anticlericalismo militante da 1.ª república numa intolerável perseguição à Igreja. Se ficou ferida com as palavras, certamente tem uma visão idílica do pós 5 de Outubro. D. António Barroso, bispo do Porto, expulso da sua cidade em 1910, com o paço episcopal ocupado pelos fanáticos carbonários, está a ser canonizado...
Um irmão de um meu bisavô foi nomeado administrador de um concelho rural transmontano no dia 6 de Outubro de 1910 por Adelino Samardã. Sua mulher e filhos foram por ele proibidos de frequentar a igreja que era ao lado da sua casa...
Devo-lhe dizer que não poucas vezes vou à missa em Espanha, sei o que ouvi a propósito do aborto. Ou o conceito de liberdade é poder-se dizer "laicamente" o que se entende. E tentar impedir a igreja de em comunidade defender os seus valores. O padre no púlpito não faz política, defende os valores da religião em que acredita. É esse o seu dever e missão.
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RE: Mártires da Pátria SM. El Rei Dom Carlos e SAR. O Principe Dom Luís Filipe
(por esquecimento não assinei a mensagem)
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Mártires da Pátria SM. El Rei Dom Carlos e SAR. O Principe Dom Luís Filipe
Caro António Taveira
A 1ª república foi militantemente anticlerical, é verdade, sem lugar para dúvidas. Mas o Mata Frades, era republicano? E o nosso Marquês de Pombal, poupou os jesuítas? A conversão forçada ou expulsão dos judeus, deu-se no reinado de D. Manuel I ou em plena República? E a Santa Inquisição, actuou durante a 1ª República, a Ditadura ou a 2ª República?
A intolerância não é, infelizmente, apanágio da curta época que vai de 1910 a 1926, e intolerância é adjectivo que não se aplica apenas á República e, muito menos, á 1ª. É adjectivo a aplicar a todas as épocas, a todas as religiões, e a expurgar de qualquer sociedade que se pretenda civilizada.
O padre, no púlpito, deve defender os valores da religião em que acredita, neste caso os valores da religião católica, duvido muito é que entre esses valores esteja a defesa clara do sistema monárquico e a condenação do sistema republicano.
"No contexto desta política, tão anticlerical como anti-democrática, entende-se que o regicídio fosse indispensável para a implementação de medidas que, pelo seu carácter profundamente sectário e injusto, nunca poderiam ter o patrocínio de um rei. Nenhum soberano cristão digno desse nome, nenhum verdadeiro Rei de Portugal, nação fidelíssima, se sujeitaria nunca a uma tal tirania e, por isso, os revolucionários de 5 de Outubro aperceberam-se de que só a queda da monarquia poderia permitir a vitória do seu ideário. E como a realeza era então, como sempre foi, querida pelo povo, não restava outro expediente para a sua abolição que..."
"É verdade que o Portugal de 2010 é muito diferente do de 1910, mas talvez não seja temerário afirmar que o espírito laicista de outrora permanece vivo no regime que, talvez por se identificar tanto com os seus centenários fundadores, se presta a festejá-los com tanta pompa e circunstância, a expensas do exausto erário público. Não obstante as convicções cristãs da grande maioria dos portugueses, insiste-se numa política contrária à mais elementar liberdade, através de medidas que, embora não hostilizando directamente a Igreja Católica, procuram a sua destruição. Não se impede formalmente a acção da Igreja, mas silencia-se a sua voz, atenta-se contra o seu magistério e contra as suas instituições."
Deduzo, aliás, que para o Sr. Padre Almada a Espanha é uma República, quiçá a de Manuel Azaña!
Melhores cumprimentos
Maria Benedita
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RE: Mártires da Pátria SM. El Rei Dom Carlos e SAR. O Principe Dom Luís Filipe
Cara Maria Benedita,
Obrigado pelas suas palavras, mas a minha intervenção nada teve de corajosa.
Corajoso é, nos nossos dias e contra ventos e marés, montar uma empresa, enfrentar uma turma de energúmenos numa escola de periferia, partir para o Haiti numa missão portuguesa, levantar a voz a um juiz, etc...
Eu limitei-me a ficar sentado na poltrona e a escrever meia dúzia de palavras...
Quanto à homilia ou pseudo-homilia, não estive presente, nem li o texto.
Não conheço o padre Almada, salvo de uma ou outra intervenção aqui no fórum.
Mas a ideia que tenho é que fará parte do sector mais conservador da Igreja Católica e, por conseguinte, da sociedade portuguesa.
Curiosamente, é primo do poeta Ary dos Santos, homem de esquerda, homossexual assumido e que também se assumia como proveniente duma família burguesa (o Sr. Padre, segundo consta do Genea, é visconde).
Mas enfim, contas de outro rosário, como diz o povo.
Aceito e retribuo o seu abraço, pese embora com menos esperança...
João Pombo
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RE: Mártires da Pátria SM. El Rei Dom Carlos e SAR. O Principe Dom Luís Filipe
Cara Maria Beneditina:
Comparávamos o período imediatamente anterior a 1910 com o imediatamente posterior. A monarquia constitucional e parlamentar com a 1ª república que criminosamente a substituiu. A monarquia que tínhamos e queríamos com a república que nos foi imposta. A supressão da liberdade de opinião. As prisões arbitrárias. A morte à mão de esbirros políticos. Dum rotativismo parlamentar assente numa eleição universal, passámos a uma ditadura controlada pelo PRP, apoiado num universo eleitoral drásticamente reduzido.
A homilia na missa por alma de D. Carlos e D. Luis Filipe integrou o seu assassínio no período em que viveram. Foram mártires dos carbonários que instalaram o regime republicano. Tenho para mim que o padre Almada, pensando como pensa, se fosse suíço seria, como eu com ele, republicano.
Ainda bem que concorda que desde a Santa Inquisição, mas desde a primeira metade do século XVII, não houve período de tão grande intolerância como a criada pelos próceres republicanos em 1910. Aí estamos de acordo. E, por ser como eu avessa a toda a intolerância. E por ser como eu amante da liberdade e da democracia, espero vê-la um dia dizer que a implantação da república em 1910, mau grado as boas intenções de muitos, foi uma desgraça nacional.
Leu certamente o artigo de Rui Ramos no blogue que lhe pedi para comentar. Verá a mesma associação do centenário da república a este laicismo renovado, perdidos os ideais marxistas nas curvas da história.
A Espanha é certamente uma república, mas com um rei. Como eu espero que um dia seja Portugal, para nosso bem.
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Mártires da Pátria SM. El Rei Dom Carlos e SAR. O Principe Dom Luís Filipe
Caro António Taveira
Há muito que leio o Padre Almada e os tópicos sobre o Padre Almada. creio que, mesmo que fosse suiço, não seria republicano.
Já no que a si respeita, creio que é mais o que nos une que o que nos afasta: efectivamente ambos somos adeptos da tolerância e da democracia. E eu não nego a intolerância que venceu, na 1ª República, os ideais democráticos de muitos dos que a implantaram. Contudo, a República começou em 1822, não em 1910. E foi-se desgastando no rotativismo, na corrupção, no compadrio, na traição, em tudo o que se tem vindo a manter até hoje, levemente atenuado, e a contragosto o digo, no período da Ditadura.
Li o artigo de Rui Ramos, mas terei que ler muito mais de Rui Ramos para o poder comentar. Andando para trás no respectivo blog, vi muitas participações com as quais concordei, nomeadamente no que respeita á liberdade, ou não, de imprensa, mas esbarrei numa que tem muito que se lhe diga http://clubedasrepublicasmortas.blogs.sapo.pt/283331.html
Portugal poderá vir a ser uma República com um Rei, como a Espanha, poderá igualmente ser uma República com um Presidente, esperemos é que a massa humana portuguesa mude ( a cultura opera milagres) para, em Monarquia ou em República, sermos um país de cara levantada, coisa que hoje em dia, decididamente não somos.
Melhores cumprimentos
Maria Benedita
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RE: Mártires da Pátria SM. El Rei Dom Carlos e SAR. O Principe Dom Luís Filipe
Caro José Maria
Concordo plenamente que o nosso problema é de Identidade.
E é por isso que me parece tão urgente, que se deslinde toda a História.
É imperioso que os Portugueses conheçam a verdadeira História de Portugal e da Humanidade. Urge quebrar os Tabús institucionalisados, as falsas verdades, as meias mentiras.
É tempo de cada um de nós saber quem é.
Porque existiu uma razão, para que, a aparente Identidade, que existiui até ao assassinato de Dom João II, se tenha perdido.
Porque houve uma razão, para que desde então Portugal, tenha deixado de ser UNO.
A cisão, que nessa altura aconteceu, ou que talvez sempre tenha existido, mas sem que fosse aparente, teve uma motivação.
Desde D. Manuel I que existem Duas Nações, Duas Identidadel. Não Uma.
Tudo o que tem acontecido é um reflexo dessa cisão.
Uns por Espanha. outros por Portugal. Uns por França, outros por Portugal. Uns pelos Sovietes, outros por Portugal. Uns pela diluição na União Europeia, outros por Portugal.
E não refiro a meras divergências pontuais. A Cisão é profunda, e por culpa dela, existiu uma Guerra Fraticida, em Portugal. E a segunda, foi apenas diferida, graças ao encobrimento de um assassinato.
Basta de destruição!
Ou somos um País ou somos Dois.
Mas temos que nos conhecer. E cada um de nós terá que fazer a sua escolha!
Saudações
Airmid
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RE: Mártires da Pátria SM. El Rei Dom Carlos e SAR. O Principe Dom Luís Filipe Errata
Deve lêr-se:...Tabús institucionalizados...
....que existiu até ao assassinato....
Arimid
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RE: Mártires da Pátria SM. El Rei Dom Carlos e SAR. O Principe Dom Luís Filipe
Caro João Pombo,
Penso concordamos num ponto: a liberdade e a democracia não são exclusivos de um regime, monárquico ou republicano. O que me choca, honestamente, é ouvir, em alguns dos discursos "oficiais" das comemorações, defender que foi à conta da mudança de regime em 1910 que se conquistaram essas características. Isto acontece, creio, porque mesmo os mais acérrimos republicanos têm dificuldade em encontrar "bandeiras" para defender a sua opção de regime.
O que estava em causa eram os Governos e, admito, em última análise, alguma incapacidade dos monarcas de então em mudar esse estado das coisas. Mas isso não valida, na minha opinião, a tese de que a mudança de regime iria mudar fosse o que fosse, como se veio a verificar. O regicídio, que independentemente das convicções de cada um não pode, na minha opinião, merecer mais do que o vivo repúdio de cada ser humano, foi apenas um pretexto para uns poucos sequisosos de poder, que conseguiram arrastar, pela ignorância, muitos outros que nada teriam contra a monarquia ou contra a família real.
Não se ganhou nada, antes pelo contrário.
O liberalismo foi uma experiência complicada de gerir, com muitos erros. Precisaria de tempo para amadurecer e naturalmente que esteve, em boa parte, na génese da anarquia que conduziu à insatisfação. Precisaria de mais tempo para alcançar o nível de civilidade que atingiu nas restantes monarquias europeias.
Seja como for, deixo para os especialistas as análises históricas. Essencial é, para mim, sermos todos rigorosos na análise das vantagens e desvantagens de cada regime. Esse sim deveria ser o debate, livre e sem a manipulação que, pelos vistos, continua uma minoria a exercer sobre a maioria.
Acredito que um regime monárquico em Portugal, que obviamente seria adaptado aos tempos em que vivemos, tal como as monarquias que citei como exemplo (europeias por uma questão de cultura e valores), aportaria muitas vantagens, mais que desvantagens, face ao regime em que vivemos. O modelo de governance das sociedades que vivem sob regimes monárquicos distingue bem os papeis dos monarcas e dos governos e, na minha opinião, é bem mais eficaz (já para não dizer também menos dispendioso) do que o que temos em Portugal com um Presidente e um Governo com fronteiras de acção, na prática, muito ténues. (e não há como mudar, dado que são ambos fruto de interesses político-partidários).
Numa monarquia moderna, o único partido do monarca é o seu povo.
Quanto à homilia, já muito foi aqui debatido por isso não me vou estender muito. Sou católico por convicção, tenho as minhas ideias acerca do papel do clero, acredito que tem de existir tolerância com todas as demais convicções, mas reconheço o direito a um qualquer católico de defender, abertamente e nos foruns que bem entender, as suas crenças.
Foi isso que, na minha opinião, fez com destacada mestria o Pr. Gonçalo. Defender as convicções daqueles que, sendo crentes, continuam hoje a ser alvo de ataque da mesma minoria que condiciona o regime. Portugal, estou disso convicto, continua a ser essencialmente católico.
Por mim, teria provavelmente o mesmo discurso aquando da decisão do Marquês de Pombal, repudiando, tal como em relação à decisão de Joaquim António de Aguiar quando decide acabar com as Ordens Religiosas. Num e noutro caso, foram decisões que pouco tiveram a ver com questões de regime. Com o republicanismo, foram mais um pretexto à imagem de outros como a liberdade ou a democracia.. tudo poeira para os olhos.
Cumprimentos,
Paulo B rehm
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Défice ...
Como resposta a desafio anteriormente ignorado, para comentar um artigo - aliás notável ou não tivesse eu próprio feito a sua divulgação neste tópico - alega ter de ler mais sobre Rui Ramos.
Pedia-se uma opinião sobre artigo, alega-se a necessidade de uma prévia análise biográfica do autor.
É pouco ...
D qualquer forma, sempre recomendo a leitura da “História de Portugal”, ed. de “A Esfera do Livro, ISBN 978-989626-139-9, de que Rui Ramos foi coordenador e escreveu a III Parte - Idade Contemporânea (Sécs. XIX-XXI).
Da respectiva Nota Sobre os Autores:
“ Rui Ramos é investigador principal do Instituto de Ciências Sociais Sociais da Universidade de Lisboa, onde ensina nos cursos de Mestrado em Política Comparada e de Doutoramento em Ciência Política, e professor convidado da Universidade Católica Portuguesa (Lisboa). Licenciado em História pela Universidade Nova de Lisboa e doutorado em Ciência Política pela Universidade de Oxford , é autor de vários livros ... .... Em 2002, recebeu e distinção de “Burgen Scholar” concedida pela Academia Europeia. ... ....
Pedia-se opinião sobre um artigo de Rui Ramos, depois de ler para trás no respectivo “blog”, alega ter esbarrado numa opinião que “tem muito que se lhe diga” mas que não é de Rui Ramos mas de Henrique Raposo e sobre assunto alheio ao tópico.
Muito pouco ...
E, “ao muito que se lhe diga”, nada diz.
Pouco ...
A. Luciano
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RE: Défice ...
Caro A. Luciano
Confesso que não me apetecia muito "esbarrar" consigo, mas paciência, os fados assim o determinaram.
Efectivamente o blog é de Henrique Raposo, e o artigo de Rui Ramos. Quando tiver tempo e disposição, farei uma leitura mais cuidada do artigo de Rui Ramos e, se tiver algum comentário a fazer, procederei em conformidade.
Por enquanto, ainda sou em que gere o meu tempo e o meu espaço.
Anoto a tremenda humildade com que se refere a si próprio, "artigo aliás notável ou não tivesse eu próprio feito a sua divulgação neste tópico "
Maria Benedita
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RE: Défice ...
Caros confrades
Sempre ouvi dizer que "bizantinices" era aquilo em que se entretinham a discutir os habitantes de Bizancio quando os turcos aguerridamente se aproximavam das portas da cidade.
Parece que tambem discutiam o sexo dos Anjos e coisas parecidas.
"Bizantinices" é no que se entretem um grande numero destes confrades a discutir.
O nosso país cada vez está mais anémico e a culpa da situação actual não é de D. Carlos nem dos politicos da 1.ª Republica. É nossa! De todos nós. Não seria mais interessante discutirmos o que cada um pode fazer por melhorar a situação, antes que os "turcos", sob uma forma qualquer, se aproximem das portas da cidade?
Mário Marques
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RE: Mártires da Pátria SM. El Rei Dom Carlos e SAR. O Principe Dom Luís Filipe
Caro Paulo B rehm,
Discutir religião pode ser um passa-tempo perigoso.
Seja como for, é daquelas temas que têm de ser tratados com pinças, com muito cuidado para não ferir susceptibilidades e sempre respeitando as crenças e convicções dos outros.
Sou culturalmente católico, nasci numa família culturalmente católica e não conheço ninguém da família que não seja ou católico, ou ateu/agnóstico.
São mais as vezes que defendo a Igreja Católica do que as vezes que a ataco.
Aliás, desagrada-me aquele anti-catolicismo primário que, infelizmente, abunda por aí, não sendo apenas apanágio de uma certa esquerda.
Mas acima de tudo procuro ser um humanista, um democrata, uma pessoa tolerante - e isso vai-se aprendendo com a vida.
Por isso me agradam as posições moderadas que a Igreja Católica toma em relação a certas questões, os apelos à tolerância, as muitas dezenas de padres moderados e sábios cujos sermões são verdadeiras licções, da mesma forma que me repugnam as posições ultra-conservadoras e intolerantes, algumas com a chancela de Roma, outras nem por isso.
Cumprimentos,
João Pombo
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RE: Défice ...
Caro Mário Marques,
Subscrevo a sua intervenção na íntegra.
Muitos dos grandes "temas" que, muitas das vezes inconscientemente, acabamos por discutir, não interessam à maioria das pessoas, neste caso à maioria dos cidadãos portugueses.
Bem pelo contrário, são-nos impostos pela agenda política e pela comunicação social, esta tantas vezes de mão dada com a política e com os grandes interesses económicos.
Esta "agenda", este poder não democrático, tem a capacidade de transformar questões corriqueiras em verdadeiras catástrofes e tragédias, sendo que normalmente o objectivo é criar o pânico nas pessoas ou distrair as atenções dos incautos, desviando-os dos problemas importantes para fait-divers sem qualquer relevância.
Mas termino com uma nota positiva: a internet, que por enquanto ainda é um espaço livre, já nos permite seleccionar a informação que verdadeiramente nos interessa e o debate de ideias é possível nos abundantes fóruns, chats e redes sociais que existem.
Cumprimentos,
João Pombo
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RE: Défice ...
Caro confrade Mário Marques
Efectivamente tudo isto são bizantinices, e o artigo de Rui Ramos é mais uma bizantinice!
A 5 de Outubro comemora-se, e sempre se comemorou a implantação da República, mesmo "clandestinamente" durante a Ditadura (sempre alguns velhos republicanos foram discretamente, neste dia, pôr flores na estátua de António José de Almeida, em Lisboa, e noutras estátuas pelo resto do país- lembro a de José Estevão, em Aveiro, por exemplo). É uma data simbólica, escolhida como todas as outras efemérides celebradas pelo mundo inteiro. Questionar que tipo de República se comemora nesse dia é exacta e cabalmente igual a questionar que tipo de Restauração a Monarquia comemora a 1 de Dezembro: a expulsão dos Filipes, a Guerra Civil, a expulsão dos judeus e a Inquisição, os Descobrimentos, o Mapa Cor de Rosa, a questão dos tabacos, o Cabralismo???A 5 de Outubro comemora-se a implantação de um regime que teve de tudo, do bom ao mau e ao assim assim. No 1º de Dezembro comemora-se outro regime que, igualmente, de tudo teve. A 28 de Maio comemorava-se um golpe militar que, como os anteriores, foi multifacetado, e por aí adiante, como em qualquer efeméride.
O importante é que todos possamos, livremente, comemorar simbolicamente aquilo em que acreditamos, certos ou errados, mas livres para o fazer.
Melhores cumprimentos
Maria Benedita
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RE: Mártires da Pátria SM. El Rei Dom Carlos e SAR. O Principe Dom Luís Filipe
Cara Benedita
Aceito as criticas ao Padre Almada se as fizer também ao 1º ministro.O 1º ministro como tal (leia-se Governo)extravasou as suas competências como violou os mais elementares princípios da Democracia.Um Governo, em democracia, não pode organizar em nome do Estado e pagos pelo erário público, eventos de propaganda da sua própria ideologia (embora não se saiba bem quais os ideias propagandeados), guindando-a a ideologia do Estado e escancarando gratuitamente as portas às "dinastias"(Soares Santos Silva e as demais do costume), para desenvolverem a sua habitual falsa e estafada, propaganda.Lembro que a maçonaria socialista e jacobina já tem o seu dia gratuito para a propaganda (5 de outubro), mas exigir do governo um ano de borla para se saciar é demais e um autentico atentado à democracia.Pergunto onde está a oposição?onde estão os portugueses?será que todos os portugueses são jacobinos, ou será que os portugueses são todos ignorantes da história? A partir deste momento farei todos possíveis para enganar o fisco, o meu dinheiro não serve para pagar faustos anuais e alheios à minha pessoa como a tantos portugueses.
Se a ética democrática não é cumprida e ninguém se revolta , como se poderá criticar a Igreja de utilizar os meios que têm ao seu dispor para defender as suas convicções e fé?
O que seria dito se tivesse sido a 2º republica a organizar este evento?????no mínimo de fascista.
Haja justiça!
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RE: Mártires da Pátria SM. El Rei Dom Carlos e SAR. O Principe Dom Luís Filipe
Caro Pedro
Que a República comemore o seu centenário, parece-me legítimo. Os gastos demasiados que a citada comemoração envolve critico-os tanto como o Pedro.
Um abraço
Maria Benedita
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RE: Mártires da Pátria SM. El Rei Dom Carlos e SAR. O Principe Dom Luís Filipe
Em Democracia não compete ao Estado fazer propaganda de qualquer ideologia mas sim à sociedade civil e aos partidos, que para isso têm de alargar os cordões à bolsa.
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RE: Mártires da Pátria SM. El Rei Dom Carlos e SAR. O Principe Dom Luís Filipe
Cara Maria Benedita:
A república que diz ter começado em 1822 (que de facto começou muito antes) não é a que festeja o 5 de Outubro de 1910. Essa, que diz ter começado em 1822 (mas que de facto começou muito antes), que eu festejo, celebra o 5 de Outubro...mas de 1143. É, de algum modo, a diferença entre República e Monarquia – a diferença entre facção e nação.
Certamente que é mais o que nos une do que o que nos afasta. Sou republicano no sentido clássico do termo. A República, aperfeiçoando-se, foi sucedida pelo Império. A Monarquia é o Império sem o poder do imperador, com regras de sucessão definidas e com referendo popular renovado. Esse foi o progresso civilizacional da sociedade europeia. Sou profundamente monárquico, porque creio que só uma chefia de estado dinástica representa o todo nacional, passado, presente e futuro. Encontro-lhe muito mais vantagens do que inconvenientes – menos tensões políticas (o chefe de estado não é eleito por uns contra outros) e económicas (sai-nos mais barato - já andamos a pagar mordomias a três-ex e o quarto está para breve). Se fafarmos da terceira república: o 1.º ex- criou um partido contra o governo eleito, dividindo-o e derrubando-o, colocou a consorte em campanha eleitoral contra o partido governamental. Foi chuva de Verão. Já ninguém se lembra disso. A instabilidade política custou-nos caro nesses anos. O 2.º ex, incapaz de se demarcar da sua militãncia partidária foi o núcleo da oposição ao governo, só descansando com a sua queda. O 3.º ex fez cair um governo com apoio parlamentar maioritário de cor política adversária da sua, para manter além do limite um governo da sua cor com prejuízo das suas funções constitucionais. O futuro 4.º ex já mostrou, mau grado as sua boas intenções, o grau de conflitualidade com o governo. São inenarráveis as cenas presenciadas por todos a seguir às eleições parlamentares do Outono passado. Todos eles cidadãos exemplares, cheios de boas intenções. O sistema é que não serve. Compare com o que aconteceu em Espanha nos mesmos 35 anos. Um chefe de estado sempre aliviador de tensões socias e regionais (em Espanha mil vezes mais complicadas do que cá) que funciona como amortecedor de tensões políticas.
A grande divergência é que a minha amiga não aceita uma chefia de estado natural, aceite pela república, que, por ser natural, sendo para todos não pode por todos ser exercida. Nós não escolhemos o nosso irmão mais velho. E, ainda assim, se nada for determinado em contrário (e cá estamos para decidir ou não em contrário), ele será chefe de casal, representando toda a família.
Quem poderia ter mandado calar Chavez senão um rei... Está a ver o nosso Cavaco a fazê-lo ? E sei o que ouvia a monárquicos espanhois em 1974/75, acerca da incapacidade do principe D. Juan Carlos para reinar. Lá como cá... Basta ser educado para a função, honestidade, bom senso e a inteligência de qualquer português ou espanhol...
Melhores cumprimentos,
António Taveira
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Superior... Inferior... Monarquia... República...
"Na Monarquia, havia vozes... Mas nossa República estabeleceu o silêncio... Com o governo parlamentar, as Câmaras Legislativas constituem uma escola. Com o presidencialismo, uma praça de negócios" (Ruy Barbosa)
"É sob a Monarquia que temos obtido a liberdade de que gozamos e que outros países nos invejam. E podemos mantê-la com amplitude suficiente para satisfazer as aspirações do mais brioso. Viva a Monarquia, sim! Forma de governo que a imensa maioria da Nação abraça; e a única, a única que pode fazer a sua felicidade e a sua grandeza" (Visconde de Ouro Preto)
"Tudo quanto é a favor da República é contra o povo; e tudo quanto é contra a República é a favor do povo. Porque a República é essencialmente anti-nacional, anti-popular, meramente demagógica, eleitoralista, fiscalista e exploradora das paixões inferiores do homem. Política monárquica - Enquanto se puder reduzir a despesa, não há direito de criar novos impostos" (Visconde de Ouro Preto)
Dirigindo-se a D. Pedro II: "Infelizmente, não temos na Europa um monarca como Vossa Majestade. Por que? Se houvesse, não existiria um só republicano..." (Victor Hugo)
"Uma sã Democracia, fundada sob princípios imutáveis da Lei Natural e das verdades reveladas, será absolutamente contrária àquela corrupção que atribui à legislação do Estado um poder sem freios nem limites, o que faz também do regime democrático, não obstante as aparências contrárias, um puro e simples sistemas de absolutismo" (Papa Pio XII)
"Os príncipios do Cristianismo, bem gravados no coração, seriam infinitamente mais fortes que a falsa honra das virtudes humanas das Repúblicas e o temor servil dos citados despóticos" (Montesquieu)
"A Restauração, antes de ser uma opção pela Monarquia, é escolha consciente do restabelecimento dos princípios liberais e democráticos que a Monarquia defendeu. A Proclamação usurpou e a República nunca conseguiu reaver" (Amarílio Antônio Garcia Avelino)
"Quarenta anos de república liberal-democrática! Quarenta anos de lutas entre os grandes Estados! Quarenta anos de discursos! Quarenta anos de política pessoal desenfreada! Quarenta anos de eleições falsificadas pelos governos estaduais! Quarenta anos de abandono do cidadão! De exploração do sentimento municipal! De opressão dos pobres, de proteção aos ricos! Quarenta anos de negociatas e de advocacias administrativas! Submissão ao estrangeiro!... O primeiro aniversário..." (Plínio Salgado)
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As Incoerências da Democracia-sem-idéiais
As incoerências da Democracia-sem-idéias - Plínio Côrrea de Oliveira
Monarquia parlamentarista, República presidencialista ou República parlamentarista?
Para entender este artigo:
Democracia é a forma de governo em que a direção do Estado cabe ao povo. O pressuposto da democratização política é a igualdade de todos perante a lei.
A situação ideal na democracia é aquela em que a vontade popular é unânime. Ocorre então o chamado consenso. Mas, na prática, tal situação raramente acontece. E, quando isso se verifica, é por pouco tempo.
Assim, na democracia se atribui força decisória à maioria.
Nos países de muito pequena população, a democracia se exerce pela manifestação direta da vontade de cada cidadão, expressa em reunião plenária, em praça pública. A contagem dos votos se faz na hora. Tal é a chamada democracia direta.
Esta ocorreu, por vezes, em remotas eras. Por exemplo, na Grécia antiga. Mas, via de regra, é impraticável em nações contemporâneas. Excepcionalmente, a democracia direta ainda tem vigência, no plano municipal, em alguns cantões da Suíça atual. Um vestígio da democracia direta são o referendum e o plebiscito.
Hoje, a democracia é normalmente indireta, ou seja, representativa.
Os cidadãos elegem representantes que votam as leis e dirigem o Estado segundo as intenções do eleitorado.
O poder político de fazer ou de revogar leis (Legislativo) é exercido habitualmente, nas democracias representativas, de modo colegiado, através de parlamentos ou congressos. As decisões são tomadas pela maioria dos representantes populares (deputados ou senadores). A maioria parlamentar representa – pelo menos em princípio – a maioria do eleitorado.
_____________________
A autenticidade do regime democrático repousa por inteiro sobre o caráter genuíno da representação.
É isto óbvio. Pois, se a democracia é o governo do povo, ela só será autêntica se os detentores do Poder Público (tanto o Executivo, como o Legislativo e, na sua ótica muito específica, também o Judiciário) forem escolhidos e atuarem segundo os métodos, e tendo em vista as metas desejadas pelo povo.
Se tal não se dá, o regime democrático não passa de vã aparência, quiçá de uma fraude.
Esta é a razão pela qual a representatividade é focalizada com tanta atenção ao longo das presentes reflexões.
* * *
A mais básica das condições para que uma eleição seja representativa é que o eleitor tenha efetivamente opinião formada sobre os diversos assuntos em pauta no prélio eleitoral. A opinião do eleitor sobre estes diversos assuntos constitui o critério segundo o qual ele escolhe o candidato de sua confiança.
Em outros termos, se cada eleitor não tiver opinião formada acerca desses temas, o candidato eleito será livre de agir unicamente segundo suas convicções pessoais.
Porém, neste caso, ele não representa a quem quer que seja. E uma câmara toda constituída por deputados sem representatividade é vazia de conteúdo, de significado, de atribuições, em um regime de democracia representativa.
Ou seja, ela é inexistente e incapaz de atuar.
O exercício autêntico da democracia supõe a existência, no País, de instituições privadas e públicas idôneas para estudar os problemas locais, regionais e nacionais, e propor-lhes soluções, bem como para a difusão destas em larga escala, com o propósito de suscitar a tal respeito controvérsias esclarecedoras.
Igualmente é necessária, para a formação da opinião nacional, a cooperação dos meios de comunicação social que, por sua própria natureza, dispõem de peculiar influência na missão de informar e de formar seus leitores ou ouvintes. Para tal, devem eles refletir as principais tendências da opinião e, pelo diálogo como pela polêmica, manter o público informado da atuação e das metas das várias tendências ou opiniões.
É necessário ainda que tais instituições e órgãos de comunicação social se empenhem em erradicar do espírito público certa imprevidência otimista e sistemática, muito disseminada em nosso povo. Baseada no pressuposto de que "Deus é brasileiro", essa atitude imprevidente induz a negligenciar temerariamente o estudo e a reflexão sobre os problemas do bem comum, e a imaginar suficiente o mero "palpite" (emitido em via de regra tão-só com base em simpatias ou fobias pessoais) para dar fundamento ao voto. Voto este que, assim obviamente inidôneo e irrefletido, só pode dar origem a leis ineptas e governos incompetentes, que singrem despreocupadamente os mares do absurdo.
A falta de seriedade no clima pré-eleitoral, simbolizada com dramático poder de expressão pela presença cada vez mais marcante de shows nos comícios políticos, prova que, no Brasil hodierno, o debate sério tende rapidamente a desaparecer. E, quando existe, interessa pouco. O que constitui uma prova a mais de quanto urge extirpar de nosso País o voto não sério, tornando freqüente, interessante, conclusiva a exposição – quando não o debate dialético ou polêmico – dos grandes temas nacionais.
Se tal não se fizer, não adianta clamar, bradar ou uivar a favor da democracia. Presentemente, o principal fator da precariedade dela não reside em seus adversários, porém nela mesma, isto é, no estado de espírito com que a praticam tantos e tantos dos que a louvam e aclamam.
* * *
Considerada a problemática do ponto de vista não do processo eleitoral, mas dos representantes, deve-se observar que, no Brasil, "político" tornou-se freqüentemente sinônimo de "político-profissional", sobretudo quando se trata de político que não tem haveres pessoais suficientes para se manter sem o concurso dos honorários correlatos com o exercício de funções na vida pública.
Político-profissional é aquele que dedica à atividade política uma parcela muito preponderante (quando só isto) de seu tempo e de suas energias; que no êxito da carreira política põe o melhor de suas esperanças e ambições; e ao qual resta, para outras atividades, uma parcela pouco expressiva de sua atuação no exercício de alguma profissão rendosa.
Assim, mesmo fora dos períodos pré-eleitoral e eleitoral, de si tão absorventes, o político-profissional passa o tempo cultivando o seu eleitorado para conseguir eleger-se, ou reeleger-se.
Sobretudo está o político-profissional atento em conseguir favores para os seus cabos eleitorais, a fim de que estes lhe consigam, por sua vez, os eleitores de que precisa.
Uma vez eleito, o exercício do mandato lhe absorve quase todo o tempo. E pouco lhe resta para outras atividades. Tanto mais quanto, logo depois de eleito, deve começar a preparar sua reeleição. A situação normal do político-profissional é a de um candidato permanente.
Em relação a tais políticos-profissionais, a opinião pública se mostra – por motivos diversos – bem pouco entusiasmada. Se bem que essa disposição de alma seja eventualmente injusta em relação a este ou àquele político-profissional, o fato é esse. E não há exagero em dizer que grande parte dos votos em branco ou nulos, das últimas eleições, se deveu à verdadeira saciedade que o público sente em relação a candidatos que figuram habitualmente no amplo rol dos políticos-profissionais.
* * *
O que seria, de outro lado, um político não profissional? Alguém que, financeiramente independente, só faz política por amor à arte, pelo gosto da fama, ou até da celebridade com que o macrocapitalismo publicitário premeia os políticos do inteiro agrado dele? Ou o homem abonado, e ao mesmo tempo lutador desinteressado, que fosse levado à ação política por mero idealismo religioso ou patriótico? Ou, por fim, o homem idealista que, embora não abonado, arrisca para si e para sua família a aventura de sacrificar gravemente sua profissão habitual, com o objetivo de se consagrar, com honestidade modelar, ao serviço da Pátria?
Tal é a elevação desse último gênero de perfil moral que, por isso mesmo, o político não profissional é inevitavelmente raro em nossos tristes e convulsionados dias.
Ademais, parece certo que a essa última categoria não se ajusta bem o qualificativo de "profissional". Pois, por homem "financeiramente independente" parece entender-se mais bem o que vive de rendas, sem profissão definida. E, portanto, com possibilidade de consagrar à política todo o seu tempo. O que contribui obviamente para serem ainda mais raros os políticos não profissionais. Pois o número de pessoas "financeiramente independentes", ou seja, abonadas, vai decrescendo rapidamente dia a dia.
Talvez fosse preferível qualificar esse gênero de homem público, de político por mero idealismo.
* * *
Entretanto, além dos políticos-profissionais e dos políticos por mero idealismo, há que considerar ainda um terceiro gênero. Ou seja, o daqueles a quem, sem fazer mero jogo de palavras, se poderia designar como profissionais-políticos.
Trata-se, neste caso, de profissionais que, tornando-se insignes pela categoria e abundância de seu trabalho profissional, adquirem realce na própria classe ou meio social.
Tendo atingido esta situação, é normal que neles pensem muitos eleitores para o exercício de altas funções públicas de caráter eletivo.
Quando alguém se destaca de modo notável em qualquer setor de atividade, na respectiva profissão por exemplo, adquire com isso uma autêntica representatividade daquele setor.
Assim, se um Carlos Chagas, ou um Oswaldo Cruz, estivesse vivo hoje, ele se destacaria certamente como representante natural da classe médica em todo o País. Na Câmara, pela natureza de sua celebridade, e pelo cunho específico de seu mandato, seria ele o porta-voz dos colegas. Porém não só deles. Os habitantes da região onde nasceu, seus companheiros e amigos no campo das relações sociais e do lazer etc., todos os brasileiros inteirados de seus feitos e de seus méritos através da mídia, se sentiriam – a um título ou a outro – representados por ele.
Análoga coisa se pode dizer de outras profissões, como comerciantes, industriais, agricultores, professores, militares, diplomatas, bem como funcionários públicos das mais diferentes atividades, engenheiros, advogados e técnicos de toda ordem.
Esta enumeração, meramente exemplificativa, de modo nenhum exclui, a seu modo, os representantes de quaisquer outros grupos sociais ou profissionais, desde os mais elevados na escala social, até os mais modestos: proprietários rurais tanto como bóias-frias ou colonos, proprietários urbanos tanto quanto locatários, empresários industriais ou comerciais como trabalhadores na indústria ou comércio. E há que incluir ainda, nessa lista, grupos ou categorias naturais de outra índole, como associações de filatelia, de enxadrismo, de esportistas, de atividades recreativas honestas etc.
Enfim, as pessoas notáveis de todos os ramos de atividade devem ser particularmente viáveis como candidatos a um mandato eletivo, especialmente quando este tem missão constituinte.
Por sua vez, estes não aspiram naturalmente a ser deputados ou senadores ad aeternum.
A eleição para um mandato legislativo lhes é honrosa, lhes enriquece o curriculum vitae. Mas a necessidade de estar sempre na vanguarda da profissão ou campo de atividade em que adquiriram destaque, impede que eles dediquem toda a sua existência à política. Sua notabilidade profissional é o pedestal de seu êxito político. E, portanto, é só excepcionalmente que eles limitam tal atividade em benefício de sua notoriedade política. A notoriedade é a causa do seu mandato; não é o mandato a causa de sua notoriedade.
É a esse elevado tipo de profissional que se deve designar honrosamente de profissional-político.
(...)
Assim, posto que estamos em regime democrático, cumpre que seja ele coerente. O que certamente conduz à vigência da democracia-com-idéias. E à rejeição da democracia-sem-idéias.
Manda a verdade que se reconheça não ter o regime republicano, nestes cem anos de vigência, conseguido formar, nas camadas profundas do País, um conjunto de hábitos intelectuais e morais, bem como de instituições partidárias, culturais, e outras, que criassem entre nós um ambiente cívico-político denso de cogitações patrióticas, quer filosóficas, religiosas e culturais, como também políticas, econômicas, sócio-políticas e sócio-econômicas, voltadas para os grandes problemas do mundo contemporâneo, bem como para as realidades concretas do País.
Cumpre confessar – sem qualquer eiva de partidarismo – que o ambiente político do Brasil-Império apresentava, a esse respeito, maior riqueza de conteúdo intelectual. Questões como a libertação dos escravos, ou a alternativa monarquia-república, interessavam muito mais ao quadro eleitoral, nos dias remotos do Brasil-Império, do que a Reforma Agrária, a Urbana e a Empresarial vão interessando a massa da população nas grandes cidades do País.
O Brasil-Império foi muito mais autenticamente uma democracia-com-idéias, do que o é, ao cabo de cem anos, o Brasil-República.
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RE: Mártires da Pátria SM. El Rei Dom Carlos e SAR. O Principe Dom Luís Filipe
Caro João Pombo
Como é que pode dizer que lhe agradam: " as posições moderadas que a Igreja Católica toma em relação a certas questões, os apelos à tolerância..." e depois dizer que: "lhe repugnam as posições ultra-conservadoras e intolerantes, algumas com a chancela de Roma" ?
A Igreja não é uma democracia! Tudo o que a Igreja defende, todas as directivas toda a doutrina vêm de Roma. Quem não está pelo Papa, quem não segue o Santo Padre não é católico. Todos os padres pela sua condição defendem o Sumo Pontífice. Não faz qualquer sentido elogiar a prática da Igreja Católica e criticar o Sumo Pontífice.
É verdadeiramente espantoso como pessoas que nada, ou quase nada, têm a ver com a igreja se acham com o direito de mandar palpites e dar conselhos sobre uma instituição que não reconhecem nem chegaram a conhecer .
Cumprimentos
Felpo
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RE: Mártires da Pátria SM. El Rei Dom Carlos e SAR. O Principe Dom Luís Filipe
Caro Felpo,
"Quem não está pelo Papa, quem não segue o Santo Padre não é católico." (sic)
Esta frase - na minha opinião infeliz - faz-me lembrar aquela do Bush, logo depois dos "atentados" do 11 de Setembro.
Por isso e por não me rever nesse tipo de radicalismos, não a vou comentar.
"Todos os padres pela sua condição defendem o Sumo Pontífice." (sic)
Teoricamente, assim deveria ser, mas não é. Há muitos padres que criticam determinadas posições da Igreja Católica. Em todo o caso, eu não critiquei o Sumo Pontífice. E nunca o faria em termos generalistas, mas apenas em relação a determinadas questões concretas. De todo o modo, não me parece que as posições da Igreja Católica estejam acima de crítica (aliás se até os sacerdotes se permitem criticar, porque não um simples fiel?)
"Não faz qualquer sentido elogiar a prática da Igreja Católica e criticar o Sumo Pontífice" (sic)
Não concordo, são coisas distintas. O Papa é o líder da Igreja, é um chefe de Estado que, num determinado período, lidera os destinos dos católicos e da Igreja enquanto instituição. Mas esta perdura muito para além do consulado dos seus líderes... Mas repito que não critiquei o Papa.
"É verdadeiramente espantoso como pessoas que nada, ou quase nada, têm a ver com a igreja se acham com o direito de mandar palpites e dar conselhos sobre uma instituição que não reconhecem nem chegaram a conhecer. (sic)
Estou basicamente de acordo. Mas permita-me que não enfie a carapuça...
Cumprimentos,
João Pombo
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RE: Mártires da Pátria SM. El Rei Dom Carlos e SAR. O Principe Dom Luís Filipe
Cara AIRMID
"...Desde D. Manuel I que existem Duas Nações, Duas Identidades. Não Uma.
Tudo o que tem acontecido é um reflexo dessa cisão.
Uns por Espanha. Outros por Portugal. Uns por França, outros por Portugal. Uns pelos Sovietes, outros por Portugal. Uns pela diluição na União Europeia, outros por Portugal...."
Talvez por isso, D. Manuel I não tenha querido acabar as Capelas Imperfeitas de Santa Maria da Batalha para não se sepultar junto D. João I e de seus descendentes, D. Duarte e D. Afonso V e D. João II. Talvez por isso, D. Manuel tenha querido se distanciar e mandado construir o Mosteiro dos Jerónimos para nele se sepultar, para não afrontar os espanhóis!!!
Talvez por isso, D. Manuel amar tanto os espanhóis, passámos a ser Duas Nações, Duas Identidades, não Uma!!!
Talvez por isso, a partir de D. Manuel, passámos a ser um País Imperfeito. Imperfeito como as Capelas, falta qualquer coisa, falta cumprir-se Portugal!!!
Quem te Sagrou [em Sagres] criou-te português.
Do mar e nós em ti nos deu sinal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império[de Cristo] se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!!!
Saudações fraternas
Zé Maria
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RE: Défice ...
Na "mouche" Maria Benedita. É isso mesmo
Da "Portuguesa" que hoje é Hino Nacional mas que D. Carlos ouviu, e provavelmente tambem cantou, quero destacar:
"Levantai hoje de novo o Esplendor de Portugal"
Mário Marques
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RE: Défice ...
Caro confrade, sr Mário Marques
Julgo que os "turcos" referidos também estão mal. No entanto receio que mesmo assim queiram alimentar-se das nossas migalhas... Será assim que também pensa...
Fernando L. M. Fernandes
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RE: Mártires da Pátria SM. El Rei Dom Carlos e SAR. O Principe Dom Luís Filipe
Caro João Pombo,
Com certeza saberá que na Igreja Luterana é inexistente o culto dos Santos.
Ao contrário, na Igreja Católica todos são chamados à Santidade.
Essa escolha é feita seguindo o caminho trilhado pelos Santos, isto é, o caminho trilhado pelos que imitam Cristo. Cristo é o modelo.
Não devemos estigmatizar os que, por não conseguir, não querer ou não saber, seguem outro caminho.
As questões da imanência (materiais) interessam à Igreja na medida que são caminhos a trilhar para a Santidade, para a transcendência.
Apesar de ser muito comum parece-me abusivo, e lamento, compararmos de maneira directa, os interesses da Igreja com os interesses dos estados.
Com os melhores cumprimentos
Fernando Pinto Coelho
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RE: Amor a Portugal!
Caro Senhor Granada,
Gosto muito de Portugal, gosto muito de Música.
Mas lamento dizer que não é desta a maneira que olho para Portugal e não é desta a maneira que aprecio a interpretação musical.
De qualquer maneira agradeço a sua gentileza de nos mostrar a sua escolha
Cumprimentos
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RE: Amor a Portugal!
Caro Sr. Felpo,
Não consegui ainda entender a relação da música (ou estilo) com as "visões" acerca de Postugal. Sinceramente, não entendi o que o Sr. quis dizer...
Respeitosas saudações
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RE: Amor a Portugal!
Caro Sr. Granada,
Tem razão, o que escrevi está ilegível.
Ao ver a ligação que escolheu para vermos, pareceu-me que o seu ponto de vista sobre o que é Portugal não o meu.
Não gosto de olhar para um território, onde habitam pessoas, como se fosse um mostruário de tipicidades, e abstracções pinturescas.
Por outro lado, Dulce Pontes é uma cantora muito aclamada, mas apesar disso, na minha opinião, embora tenha um bom instrumento canoro (voz) canta mal, abusa de glissandos, portamentos e trémulos, não poucas vezes grita e esforça a voz com jeitos desnecessários.
Felizmente em relação a qualquer assunto podem coexistir muitos pontos de vista, as trocas de opinião são sempre um enriquecimento.
Os meus cumprimentos
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El Rei D. Carlos e SAR O Principe D. Luís Filipe.Hino de Portugal dedicado por Keil ao Rei D. Miguel
Caro José Maria
Sugiro-lhe então, que faça favor de arregaçar as mangas, e fazer a parte que lhe cabe, para o Cumprimento de Portugal.
É exactamente agora, que todos temos que dar tudo por tudo.
Para amenizar o trabalho, pode usar como Música de Fundo, a do Hino de Portugal que Alfredo Keil dedicou ao Rei Dom Miguel I.
Entre as Brumas da Memória
Ó Pátria Sente-se a Voz
Dos Teus Egrégios Avós
Que há-de Levar-te à Vitória!
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El Rei D. Carlos e SAR O Principe D. Luís Filipe.Hino de Portugal dedicado por Keil ao Rei D. Miguel
Continuação
Saudações
Airmid
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RE: Amor a Portugal!
Caro confrade Felpo,
Está explicado!
Devo lhe dizer que não discordo do senhor. Apenas achei a música um tanto quanto sincera em sua essência, apesar de também não gostar de certos exageros vocálicos. Acabei de chegar da igreja; lugar onde, sempre, eu ouço a melhor música tocada sobre a face da terra. A sacralidade e a suprema imponência da música composta para a Glória de Deus nos faz, por vezes, esquecer que existem algumas poucas centelhas de verdade e boa vontade espalhadas por entre os pedregais do profano. Todavia, como dito, o senhor tem a razão a lhe assistir. Agora, felizmente, eu pude entender sua posição.
Sinceras e cordiais saudações.
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RE: Amor a Portugal!
Que vá berrar para o deserto!
Mas que horrível cantadeira!
Excelente vídeo e letra:
Amor a Portugal - Dulce Pontes
http://www.youtube.com/watch?v=LGeMmOLjQ5I
Merecia a voz duma portuguesa de Viena de Áustria que estava prometida para cantar o hino nacional português se fossemos heróis da bola, porque dos mares não voltam a ser.
Uma amiga suíça perguntava-me qual erra o problema que motivava a berraria que ouvia em minha casa quando me ligava no momento em que eu ouvia o TJ da RTPi, não lhe pude dizer que a voz da locutora da RTP era o timbre típico das peixeiras de Lisboa, tive que lhe dizer que na CNN fazem o mesmo.
Os portugueses não sabem o que são nem como são vistos no estrangeiro.
Portugal excelente país, povinho muito mau!
Cumprimentos,
José Manuel CH-GE
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RE: Amor a Portugal!
Caro José Manuel
Não generalize, por favor, que não está a ser justo.
Há muitos Portugueses que sabem quem são, e como são vistos no estrangeiro.
Cada um à sua maneira e com os meios de que dispõe, anda há anos ,a tentar explicar precisamente isso.
Eu percebi perfeitamente o que o Conde de Granada quis demonstrar quando sugeriu o Amor a Portugal. Como compreendi a reacção do Confrade Felpo, e a sua.
Esse vídeo cujo link forneceu, não nos pertence. É mera propaganda do regime político vigente, que mistura o que pretende que seja o presente, com algumas mensagens subliminares, baseadas em imagens que fazem parte do nosso imaginário, aumentando assim a possibilidade de recepção, da verdadeira mensagem que pretende passar:
A noção de Vitória, aliada a Durão Barroso e Sócrates.
Só quem está moldado pelos padrões veiculados pelo poder dos últimos 250 anos, pode ser influênciado por esse vídeo.
Para os outros, que sabem quem são e de onde vieram, sugiro:
http://www.youtube.com/watch?v=UErlpqKGkvg
Madredeus- As Ilhas dos Açores
Cumprimentos
Airmid
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RE: Amor a Portugal!
Airmid,
Seguindo a ligação que nos deixou não consegui enxergar a música que nos anunciou.
Cumprimentos
felpo
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RE: Amor a Portugal!
Não se pode ganhar e perder ao mesmo tempo.
Os portugueses, são os verdadeiros herdeiros dos Argonautas. Não se afundam, nem ficam a boiar. São a alma dos artistas, dos que não se contentam com conquistas, querem sempre mais e melhor.
Os bens materiais são um simples instrumento; o objectivo não tem fim. É este o nosso destino mesmo quando por tempos os porcos se põem no caminho.
Direct link:
RE: Amor a Portugal!
Caro Felpo
Pois, eu também não. O Youtube mandou-me esperar.
Vou tentar de novo:
http://www.youtube.com/watch?vUErlpqK
Cumprimentos
Airmid
Direct link:
RE: Amor a Portugal!
Entretanto envio algumas ligações que me fazem sentir bem português:
http://www.youtube.com/watch?v=rISjBGOtHhs&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=8e3I0iagWXU&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=_Q2yok0iSlY
http://www.youtube.com/watch?gl=BR&hl=pt&v=57YOdXIY3sU&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=UJKtVQTNKow&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=wnLM2QhCPPs&feature=related
Cumprimentos
felpo
Direct link:
RE: Amor a Portugal!
O Objectivo não terá Fim.
Mas nós temos!
É verdade que os porcos também têm.
Mas enquanto eles anunciam que vão comprar uma nova frota de Aviões Executivos, com o nosso dinheiro, porque os Falcon estão "démodé", a maior parte dos idosos que vive só, recebe menos de 250 Euros por mês.
Este, é o Presente dos pobres Argonautas!
E é demasiado triste!
Direct link:
RE: Amor a Portugal!
É de facto demasiado triste.
É na contrariedade que os Argonautas mostram e mostrarão a sua fibra.
Direct link:
RE: Amor a Portugal! (A Gente Não Lê & Cantar de Emigração)
Cara Airmid,
Quando disse sobre Dulce Pontes:
... (Que vá berrar para o deserto! Mas que horrível cantadeira! Excelente vídeo e letra: Amor a Portugal - Dulce Pontes
http://www.youtube.com/watch?v=LGeMmOLjQ5I Merecia a voz duma portuguesa de Viena de Áustria que estava prometida para cantar o hino nacional português se fossemos heróis da bola, porque dos mares não voltam a ser.Uma amiga suíça perguntava-me qual erra o problema que motivava a berraria que ouvia em minha casa quando me ligava no momento em que eu ouvia o TJ da RTPi, não lhe pude dizer que a voz da locutora da RTP era o timbre típico das peixeiras de Lisboa, tive que lhe dizer que na CNN fazem o mesmo. Os portugueses não sabem o que são nem como são vistos no estrangeiro. Portugal excelente país, povinho muito mau!);
Estava a criticar os meus conterrâneos Lisboetas que impingem o Fado como canção nacional, os tais "Mouros de Lisboa"...
E eu detesto mouros e fado, tenho-lhes uma fobia, tenho as minhas razoes pessoais e privadas sobre o assunto, não sou emigrante mas sou desterrado, foi expulso pelos mouros de Lisboa, como fizeram a outros cinco milhões de portugueses, e a coisa continua.
A Gente Não Lê & Cantar de Emigração é o que proponho como amor a Portugal" no lugar do "Amor a Portugal - Dulce Pontes":
A Gente Não Lê
http://www.youtube.com/watch?v=4BHdvDYyCVA
http://www.tsrocks.com/r/rui_veloso_texts/a_gente_nao_le.html
Aí senhor das furnas
Que escuro vai dentro de nós
Rezar o terço ao fim da tarde
Só para espantar a solidão
Rogar a deus que nos guarde
Confiar-lhe o destino na mão
Que adianta saber as marés
Os frutos e as sementeiras
Tratar por tu os ofícios
Entender o suão e os animais
Falar o dialecto da terra
Conhecer-lhe o corpo pelos sinais
E do resto entender mal
Soletrar assinar em cruz
Não ver os vultos furtivos
Que nos tramam por trás da luz
Aí senhor das furnas
Que escuro vai dentro de nós
A gente morre logo ao nascer
Com olhos rasos de lezítia
De boca em boca passar o saber
Com os provérbios que ficam na gíria
De que nos vale esta pureza
Sem ler fica-se pederneira
Agita-se a solidão cá no fundo
Fica-se sentado à soleiro
A ouvir os ruídos do mundo
E a entendê-los à nossa maneira
Carregar a superstição
De ser pequeno ser ninguém
E nã quebrar a tradição
Que dos nossos avós já vem
__________________________________
Cantar de Emigração - GFTUA
http://www.youtube.com/watch?v=_l9wmxgSYAQ&feature=related
Cantar D'Emigração
(Tuna portucalense lusófona cantar emigração )
http://www.youtube.com/watch?v=vPoCwQhD7vM&feature=related
Antigos Orfeonistas U.Coimbra-Cantar de Emigraçao- J. Afonso
http://www.youtube.com/watch?v=BaiiRYbs2X8&feature=related
A Gente Não Lê & Cantar de Emigração:
É para contribuir a inverter estas duas, que nem monárquicos nem republicanos souberam cuidar que ainda guardo a nacionalidade portuguesa, pois seria um crime abandonar.
Cumprimentos,
José Manuel CH-GE
Direct link:
RE: Amor a Portugal! (A Gente Não Lê & Cantar de Emigração)
Caro José Manuel
Eu percebi-o muito bem.
O José Manuel é que não percebeu que o que eu pretendi com o tema dos Madredeus - As Ilhas dos Açores, foi recuperar um passado muito mais longínquo, e muito mais perto da nossa verdadeira identidade.
Sem ressentimentos! Sem mágoas!
Porque NÓS estamos para além de tudo isso.
Cumprimentos
Airmid
Direct link:
Ainda, deve-se amar Portugal!
Caríssimos confrades,
Reunindo o amor de todos pela Pátria, reconcilie-mo-nos com uma música que, espero, agrade gregos e troianos. O papa João Paulo II já dizia, mutatis mutandis, sabia e serenamente, que "o amor que nos une é maior que as contendas que nos separam". O amor por Portugal foi, é e sempre será maior do que gostos musicais ou perspectivas ideológicas. Ao menos, creio que todos nós bradamos com os corações latejando de emoção e com o espírito em extremo comovido: "Real! Real! Real! Por D. Duarte, Rei de Portugal!"
http://www.youtube.com/watch?v=6b-RehmqZUE
Sinceras e humildes saudações,
Granada
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RE: Ainda, deve-se amar Portugal!
Caro Conde
Concordo em absoluto.
A Música é excelente, e o Vídeo é uma pequena maravilha.
Saudações
Airmid
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RE: Amor a Portugal! (A Gente Não Lê & Cantar de Emigração)
Caro José Manuel,
Tudo isto é muito comovente!
Nasci e cresci numa cidade, oiço estas coisas como uma realidade do campo, um campo que, dizendo bem, para mim funciona como paisagem, um lugar de contemplação de passagem, entre a saída de uma cidade e a chegada a outra cidade.
Não sei se conseguiria viver num mundo afastado do contacto com pessoas anónimas. Estou viciado nisto: sentir-me anónimo no meio dos outros.
Como Português senti-me muito bem em cidades como Milão e Nova York.
Em baixo deixo uma lista de compositores portugueses que ignorados por nós também são quase desconhecidos do Mundo da música. Não compreendo porque se exporta literatura portuguesa para o mundo, exigindo para ser compreendida um tradução/traição, e a música como a pintura ou escultura ou qualquer outra linguagem que não use a língua, e que portanto não precisa de tradução, é ignorada na sua própria casa.
Afonso X, o Sábio *1221, +1284
Roi (Rui) Paes de Ribela
Joan Garcia de Guilhade
Joan Airas (Aires) de Santiago
Roi Fernandes de Santiago
D. Dinis
Juan de Anchieta *1462, +1523
Estêvão Lopes Morago c.1500
Manuel Machado *c.1500
Pedro Escobar *c. 1500
Alexandra Mudarra?
Bartolomeo Trosylho *1500, +1567
António Carrera *1530, +1594
Manuel da Fonseca +1540
Manuel Rodrigues Coelho *1555
Duarte Lobo *1565, +1640
Frei Manuel Cardoso * 1566, +1650
Claudio Monteverdi *1567, +1643
Filipe de Magalhães *1571, +1652
Estêvão de Brito *1575
Frei Domingos de São José *?, século XVII
Pedro Araújo * 1662, +1668
António Caldara *1670, +1736
Jean-Philippe Rameau *1683, +1764
Domenico scarlatti *1685, +1757
Georg Friedrich Händel *1685, +1759
Nicola Porpora *1686,+1768
Leonardo Vinci *1690
Francesco Feo *1691, +1761
Carlos Seixas *1704, +1742
José Leite da Costa * ?, +1712
Giovanni Battista Pergolesi *1710, +1736
Frei Manuel Elias *?, +1772
Joseph Haydn *1732, +1809
Giovanni Paisielo *1740, +1816
Frei Francisco de s. Boaventura *?, 1794
Frei Jacinto do Sacramento *c. 1712, +?
Pedro Avondano * Lisboa, 1714, +Lisboa 1782
Frei Xavier Baxixa *?, +1787
Franz Schubert *1797, +1828
João de Sousa Carvalho *1745, +1798
José Francisco Leal *?, +?, séc XIX
Hector Berlioz *1803, +1869
Fanny Mendelssohn *1805, +1847
Alfredo Keil *1850, +1907
Francisco Lacerda *1869, +1955
Béla Bartók *1881, +1945
Luís de Freitas Branco *1890, +1955
Heitor Villa Lobos *1887, +1959
Serge Prokofiev *1891, +1953
Frederico de Freitas *1902
Olivier Messiaen *1908
Leonard Bernstein *1918, +1990
Joly Braga Santos *1924, +1988
György Ligeti *1923
Constança Capdeville *1937
John Adams * 1947
Esa-Pekka Salonen *1958
Com os melhores cumprimentos
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RE: Amor a Portugal! (A Gente Não Lê & Cantar de Emigração)
Caro Felpo
Desculpe mas não percebi!
Ou por outra, o que percebi, não parece poder ser.
Existem na sua lista, muitos compositores Portugueses, Joly Braga Santos, Frederico de Freitas, Alfredo Keil, Luis de Freitas Branco, Heitor Villa Lobos, ou Constança Capdeville.
Sabemos de Dom Diniz, mas a sua música é de facto desconhecida, como é a da maioria dos Compositores Medievais, e dos Séculos, XV e XVI.
Mas, nessa lista estão vários compositores muitíssimo conhecidos, como Mendelsson. Béla Bártok, Berlioz, Haydn, Shubert, Pergolesi, Handel, Montverdi. ProKofiev?!
Todos descendem de Portugueses? Tal como Leonard Bernstein?
E Da Vinci, está na sua lista.
Sabemos que Da Vinci não era o verdadeiro nome, e que a sua identidade permaneceu secreta.
Creio subentender das suas palavras, que todos descenderão de ...
Não, não pode ser.... Mas deve ser!
O Confade Felpo, não o escreveria se não fossem!
Mas se for assim....
Juro que estou sem palavras!
Explique-nos, por favor.
Melhores Cumprimentos
Airmid
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RE: Amor a Portugal! (A Gente Não Lê & Cantar de Emigração)
Caro,
O Monte e o Valado:
Sem entrar em discussões que saem fora do tema do tópico inicial diria que sim o cerne do problema tem sido a falta de comunicação, actualmente esteja-se no campo ou na cidade pode-se utilizar o www com tudo o que proporciona. Mas já antes do 25 de Abril de 74 havia a tele escola que chegava aos montes, com professores melhores que os dos valados, e nem por isso mudou a capacidade de a maioria das pessoas conseguirem apreciar o lado bom das coisas, o original equilibrado benéfico, para quem o vê ouve maneja. A letra do " A Gente não lê" não é um problema de mundos diferentes, Monte e o Valado, é um problema comportementale mímico que não se consegue romper entre gerações, nem monárquicos nem republicanos o conseguiram fazer, será feito com o ensino pré-escolar obrigatório.
felpo diz " Tudo isto é muito comovente!", pois é esse o problema, são as emoções, que os do Monte controlam e os do Valado propagam, o timbre de voz do "Amor a Portugal - Dulce Pontes" quase que arrebenta com os cristais do Valado e é insuportável no Monte onde o ruído é mais audível, por isso mantenho que o deserto é o local mais adequado para lá ir berrar o seu " Amor a Portugal".
Foi um prazer esta discussão, para mim o assunto está encerrado, pois não tenho mais a acrescentar.
Cumprimentos,
José Manuel CH-GE
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RE: Amor a Portugal! (A Gente Não Lê & Cantar de Emigração)
Cara Airmid,
Sei que não tenho muito jeito para expor as minhas ideias, o meu meio de expressão é outro.
Como São Paulo, que não fazia acepção de pessoas e dizia que não era fundamental a circuncisão para se ser cristão, penso que o mais importante na relação entre as pessoas, de modo a propiciar o bem-estar, não é serem parentes de sangue, mas sim parentes num ideal comum.
Para mim, sem sombra de dúvida, embora possa parecer para muitos uma utopia, esse ideal é o amor, o amor pelos outros.
A educação, o saber, a cultura são os meios através dos quais se estabelecem os laços verdadeiramente eficazes entre as pessoas.
Por essa razão escolhi a música como um forte elo que, ultrapassando muitas especificidades linguísticas, a todos toca.
Não sei o código genético de Beethoven ou de Marin Marais mas estavam muito próximos de D. João IV (o nosso rei músico) no seu gosto e empenho pela música.
Com os melhores cumprimentos
felpo
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RE: Amor a Portugal! (A Gente Não Lê & Cantar de Emigração)
Caro Felpo,
Pensava que tinha escolhido a pintura, em que é mestre, músicas, há muitas.....
Um abraço
fpa
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RE: Amor a Portugal! (A Gente Não Lê & Cantar de Emigração)
Em coimbra, o grande e glorioso caudillo republicano que dá pelo nome de Affonso Costa vivia com a mãe, que lhe servia de creada. (...) Chegou a chamar-lhe o nome mais degradante da dignidade d'uma mulher, e desceu á baixeza de a espancar barbaramente. Porque? Vae ver. Um dia, na louca embriaguez das orgias escandalosas, começou a levar para casa meretrizes, ceava com ellas, e obrigava a mãe a servi-las. De principio, a mãe, enojada da desenvergonha do filho, recusou-se ao baixo mister de creada de mulheres publicas; mas em desforço da rebeldia materna, Affonso Costa sovou generosamente e atirou carinhosamente por uma escada abaixo a mãe, que ficou com o braço partido. Foi sempre tamanho o amor a sua mãe, que esta viu-se na dura necessidade de ir supplicar a pessoas da relação do filho a finesa de lhe pedirem que a não tratasse com tanta ternura de aggressões e tal carinho de insultos. Um modelo de dedicação filial, o Affonso Costa, digno rival de Nero. Um mandou rasgar o ventre da mãe; outro partiu-lhe um braço. Um foi imperador Romano; o outro aspira a ser presidente da republica portugueza.
In, jornal "Povo de Aveiro", 31 de Outubro de 1909
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RE: Amor a Portugal! (A Gente Não Lê & Cantar de Emigração)
A I República foi ainda o primeiro regime a excluir expressamente as mulheres da vida cívica, ao negar-lhes por lei o direito de voto. Nas colónias de África, seguiu uma política dura e racista, que em 1915 chegou ao genocídio das populações do sul de Angola. Afonso Costa forçou ainda a entrada de Portugal na I Guerra Mundial (1914-1918). Em dois anos, houve quase tantos mortos como nos treze anos de guerras coloniais entre 1961 e 1974. É com este regime que a nova democracia portuguesa se quer identificar em 2010?
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RE: Amor a Portugal! (A Gente Não Lê & Cantar de Emigração)
Caro Felpo
Ser Português, é muito mais que nascer em portugal, é UM ESTADO DE ALMA, é por isso que tantos Portugueses, sentem como nós, sem sequer nos conhecerem e tantos dos que aqui vivem são estrangeiros, e Portugal é uma Nação à beira do Abismo.
Será sempre assim.
Os 5 000 sobreviventes do Dilúvio, na Europa, refugiaram-se em Portugal. E foi daqui que partiram muitos anos depois, para a repovoar de novo.
Eu sei que Da Vinci foi Português, e que a Mona Lisa é nossa. Da Vinci também sabia.
Tal como Wagner, o Das Valquírias, Dos Nibelungos, De Lohengrin e Do Navio Fantasma.
Melhores Cumprimentos
Airmid
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RE: Amor a Portugal! (A Gente Não Lê & Cantar de Emigração)
Caro Luso
Vem dar-me razão!
Para ser Português, não basta nascer em Portugal!
Afonso Costa, o Caudilho que espancava a própria Mãe, não era Português.
Nunca o poderia ser.
Cumprimentos
Airmid
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Ser Português...
Confrades,
Ser português é sentir Portugal nas veias d'alma, enfim, não é, necessariamente, ter o coração a bater com o mesmo sangue dos "barões assinalados"... A praia lusitana é mais espiritual do que supõem erroneamente alguns... Meus maiores eram portugueses, espanhóis, italianos, franceses, alemães, suecos, holandeses, austríacos, belgas, russos, enfim, possuem suas raízes na Velha Europa, todavia, entre todos, prefiro a boa Nação Portuguesa, cujas glórias, desventuras, dores, alegrias, lágrimas e vitórias carrego não apenas no sangue e no sobrenome, mas, sobretudo, carrego como marca perene que, dia após dia, irriga o meu humilde ser com esperança; esperança de ver a terra de Afonso Henriques tomar o lugar que lhe é devido no grande conselho das nações. Ademais, essa esperança deixará de ser apenas devaneios quando, enfim, os monarcas bragantinos voltarem a reger os destinos deste bravo povo. É o que penso.
Esse é o amor a Portugal!
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RE: Ser Português...
Exmo. Senhor
Conde de Granada
Estou curioso em saber o seu nome completo. Com tanto sangue Europeu, assim poderemos avaliar a quantidade de sangue Português que corre nessas veias....
Por favor satisfaça-me esta curiosidade!
Com os meus cumprimentos,
João de Magalhães e Moraes de Abreu Coutinho
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RE: Amor a Portugal! (A Gente Não Lê & Cantar de Emigração)
Cara Airmid,
Estava a referir-me a outro. Houve um músico Leonardo Vinci, compositor italiano *Srongoli na Calábria 1690, +Nápoles 1732.
Foi discípulo de Gaetano Greco e condiscípulo de Pergolese em Nápoles. Teve uma actividade intensa entre 1719 e 1732, fazendo representar 33 óperas de sa autoria. Começou com “Lo Cecato Fanzo” seguida de “Le Doje Lettere”, ambas o Teatro dei Fiorentini. O que lhe deu mais fama foi “Semiramide”1723 e “Ifigénia in Tauride”em 1725. Foi Mestre da Capela Real de Nápoles, escreveu várias cantatas, árias, duas missas, motetes e oratórias “ La Protezione del Rosario” e “ La Vergina Adolorata”. Parece que morreu invenenado por um parente de uma dama por ele amada.
Com os melhores cumprimentos
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RE: Amor a Portugal! (A Gente Não Lê & Cantar de Emigração)
Caro fpa
Claro que me interessam muitas outras áreas, mas a música é sem dúvida a que mais facilmente pode ser difundida e entendida. A divulgação e sucesso de um discurso depende do interesse de quem tem o poder. O discurso arquitectónico (a arquitectura) não é transportável e a sua vivência e usufruto obriga a que o utente se desloque ao local onde se situa. Bem publicitada muitos são os que fazem grandes viagens para ver uma obra.
Um abraço
felpo
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RE: Amor a Portugal! O PORTUGUÊS MARTIM WALDSEEMULLER
Caro Felpo
Até eu sei que a Mona Lisa é um quadro!
Referi Da Vince porque se desconhece quem foi, e eu creio que teve muito a vêr com Lohengrin.
Não com o filho de Parcival, o Rei Dom Afonso Henriques. Mas sim com o outro Lohengrin, o da versão posterior, orientada por Dom Afonso V, O Cavaleiro do Graal, seu descendente, que atravessou o Mar Oceano numa Barca Guiada por Cisnes.
Por isso lhe falei de Wagner, que o confrade não referira.
Andei à procura de Semiramide, para me servir de fundo, mas não encontrei.
Assim sendo, tive que ficar com Partenope - Un core Infedele, por Sónia Prima.
Quando publicar a lista de Pintores, já que li aqui, uma referência, classificando-o de expert, não se esqueça de juntar uns Cartógrafos.
Afinal existem Mapas que são autênticas Telas.
Deixo-lhe uma sugestão:
Martim Waldseemuller - O Português que os Americanos não conhecem, e a quem atribuem o Nome AMÉRICA.
Saudações
Airmid
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RE: Amor a Portugal! O PORTUGUÊS MARTIM WALDSEEMULLER
Cara Airmid,
Dos músicos que escolhi privilegiei os que são menos conhecidos, sei que mesmo assim coloquei muitos que toda a gente conhece.
Lamento que, apesar do esforço de Rui Vieira Nery, muita da música portuguesa continua a ser completamente desconhecida.
Tenho uma verdadeira paixão por mapas, livros de horas e iluminuras, se tivesse dinheiro gastava-o na compra de réplicas. Os originais estão espalhados pelos museus raramente aparecem à venda.
Mesmo assim comprei há uns anos um exemplar, réplica "quase original" em pergaminho pintado e dourado do Atlas Universal século XVI de Diogo Homem, cujo o original se conserva na Rússia na biblioteca de São Petersburgo. Quando Molero Editores fez a exposição dos seus mapas não fui ver para não ser tentado e se por caso resistisse à tentação, não ficar com pena de não os ter em minha posse.
É extraordinário o que foi feito na cartografia pelos portugueses.
Os melhores cumprimentos
Felpo
PS é lindo a imagem dos cisnes a puxarem uma barca
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RE: Amor a Portugal! O PORTUGUÊS MARTIM WALDSEEMULLER
Caro Felpo
Há uns anos estive quase a comprar uma reprodução da Molero. Era um livro de Plantas e receitas.
Mas depois acabei por não comprar. Fiz mal! Era outra época.
Não fui à exposição de Dezembro, porque foi no Porto.
Se tivesse havido uma em Lisboa não teria deixado de ir. Mas assim, guardei o Catálogo e o Convite.
Pode ser que um dia...
Estão a preparar uma nova Edição do Atlas de Fernão Vaz Dourado, que está em Portugal na Torre do Tombo.
Enfim... se conseguirmos inflectir a rampa descendente a caminho da Banca Rota....Quem sabe?
Se ao menos se conseguisse desembaraçar a História mais rápidamente, poderíamos utilizar esse trunfo no ressurgimento de Portugal.
Poderíamos virar o Mundo!
Mas eu já perdi a esperança neste grupo que por aqui anda há seis anos, sem nunca mais se decidir.
Há factos tão evidentes!
Ás vezes, penso que na verdade não querem esclarecer nada Que preferem deixar tudo como está.
Que escrevem por escrever. Apenas por passatempo...
Têm o Passado e o Futuro nas mãos, mas preferem perder-se no presente.
Lamento imenso.
Melhores Cumprimentos
Airmid
P.S. Mas o Confrade Felpo também tem o Passado e o Futuro nas suas mãos, quando pega no Atlas Universal de Diogo Homem.
Afinal o Waldseemuller datado de 1507, é considerado o 1º Atlas do Mundo Moderno, e o Atlas de Diogo Homem, posterior, datado de 1565, três anos após David Melgeiro atravessar o Ártico, não tem a cartografia da Costa do Pacífico da América do Norte e do Canadá completa, mas em compensação, tem um Continente entre o Canadá e a Groenlândia, a Antártida cartografados
Mas o confrade Felpo fez mal em não ter ido. Deve ter sido uma Exposição magnífica, e a Molero, simpáticamente oferecia uma Iluminura da sua Colecção, a todos os visitantes.
T
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Ilhas Afortunadas e a Macaronésia da UE
Ilhas Afortunadas e a Macaronésia da UE
Obrigado a José-Maria por ter relembrado a existência da Macaronésia, onde os portugueses parecem desconhecer que lhes reserva a Macaronésie da União Europeia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Macaron%C3%A9sia
Pois estamos no ano de 2010, e não na antiguidade das Ilhas Afortunadas:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ilhas_Afortunadas
Este artigo está muito bom, já não se escondem certas evidências, mas está muito longe o dia em que esta geração que herdou a historiografia da inquisição e dos impérios nacionalistas desapareça para se saber o pouco da verdadeira história que escapou às respectivas inquisições e fogueiras das noites de cristal.
Cumprimentos,
José Manuel CH-GE
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RE: Ilhas Afortunadas e a Macaronésia
Caro José Manuel,
É bom largar as amarras e ir à procura de outros lugares, outros mundos.
Quando descobrirmos que cada um de nós é uma dessas ilhas, não podemos perder tempo com errâncias. Cada escolha pode propiciar ou comprometer a fortuna. Só a razão nos pode guiar na preservação e construção da Macaronésia.
O objectivo de toda a criação ( todos serem um arquipélago em bem-estar).
Cumprimentos
felpo
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RE: Ser Português...
Caro Conde,
O seu orgulho na Nação Portuguesa quase que me deixa envergonhado....
Eu acredito que seja sincero, pese embora à primeira vista me parecer quase infantil ou "apatetado", perdoe-me a expressão...
Honestamente - e sou português de todos os costados - não vejo assim tanto motivo de orgulho, sobretudo para quem tem de repartir este "orgulho" com uma herança genética que vai de Espanha à Rússia, passando pela Alemanha e Bélgica.
Mas enfim, posso estar enganado e se calhar brevemente voltaremos a ocupar o lugar que nos é devido no grande conselho das nacções...
Respeitosos cumprimentos,
João Pombo
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RE: Mártires da Pátria SM. El Rei Dom Carlos e SAR. O Principe Dom Luís Filipe
Caro Confrade
Fico na dúvida em que mundo vive...
Os partidos a abrir os cordões à bolsa. Essa é hilariante !
Os partidos não passam de agremiações chupistas, sempre prontas a criticar o governo e o seu despesismo quando na oposição e a servir-se dele em proveito próprio quando no poder.
É o "venha a nós de sempre".
Não espere que algum partido vá comemorar qualquer efeméride a expensas próprias.
Há muito tempo que ouvi uma célebre frase:
"As pessoas julgam que elegem os políticos para resolver os seus interesses (1), quando estes são eleitos para resolver os seus (2) interesses".
(1) seus, dos eleitores
(2) seus, dos políticos
Bernardo
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RE: Ser Português...
Caro João Pombo,
Concordo com o senhor. De fato, eu devo ser mesmo apatetado, pois meu ser pertence à outra era, a outros tempos... Hoje, diante das profundas e dolorosas mudanças que se abatem sobre a Civilização Cristã, sou mesmo um "homem infantil", um exilado, um peixe fora d'água, um pássaro sem ninho... Mas, tudo bem.
Respeitosamente,
D.
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RE: Ser Português...
Caro Sr. João de Abreu Coutinho,
Francamente, por certo, não é e nunca foi minha intenção desatar a falar de minhas origens familiares e, muito menos, do meu nome. Pode estar certo que, caso for “medir” a dosagem de sangue lusitano, o senhor terá razoavelmente muito mais do que eu, pois, naturalmente, bastaria comparar os nossos costados e a resposta seria mais do que óbvia. Ademais, o sangue português do senhor é “mais ilustre”, pois possui mais titulados especificamente nessa ascendência lusitana. Mas, como dito, isso me é e sempre será indiferente. Não engorda e muito menos emagrece, pois, como diz o provérbio popular, “fidalguia não enche barriga”... Entretanto, já que tanto insiste, abrirei uma cordial exceção para o senhor, pois, ademais de a conversa ser outra, como dito, não vejo motivo razoável para me alongar no assunto levantado.
Meu “sangue português”, parafraseando-lhe, provém do meu avô materno e de uma trisavó minha por costado paterno. Por lado materno, são Bernardo da Silva, cuja varonia é Sousa, da tríade Alagoas-Pernambuco-Ceará, donde provém todo o meu “patrimônio genético lusitano” dos tempos da Colônia, pois estão no Brasil desde a segunda metade do século XVI, tendo havido ligações com Albuquerques, Cavalcantis, Mellos e “Companhia Limitada” (daí o sangue batavo, belga e ect, ect, ect... e, mais ancestralmente, indígena, judeu e árabe/mouro – como todo descendente de Caramuru e Garcia d’Ávila, do qual meio nordeste descende). É a chamada “nobreza da terra”, sem títulos. Como diz o meu amigo e professor Dr. Otto de Sá Pereira, o maior monárquico dos trópicos, “o Brasil nasceu no Nordeste”. Por lado paterno (de minha avó), provém de uma trisavó, Judite, de um ramo dos Oliveira de Viana do Castelo (absolutamente entrelaçadas de cristãos novos oriundos da pequena-média burguesia urbana, ou seja, sem quaisquer vínculos com a aristocracia lusitana, portanto, honesta e digna gente do povo), que casou-se no Brasil com meu trisavô Luiz Rosa (um arquétipo perfeito do burguês-fazendeiro rico que, por se achar um liberal clássico, desdenhava de qualquer condição de nobreza), pai de minha bisavó Maria Luiza.
Meu sangue varonil paterno (de meu avô) é totalmente espanhol, de empobrecidos (coisa das mais naturais depois na Idade Contemporânea) mas orgulhosos e heráldicos “cristãos velhos”, cheios da teimosia do bom e velho D. Pelayo, como dizem por aí... não possuindo ligações com à alta e todo-poderosa nobreza da corte (Osunas, Albas, Medina-Sidonais e outros), posto que são descendentes de vários ricos-homens cujos antepassados já brigavam contra os mouros quando os de alguns duques e "Grandes de España" de hoje ainda eram enforcados como ladrões de cavalo; já o de minha avó é uma boa mistura, pois seus avós eram italianos (do velho e "lascado" patriciato milanês “fedeli ai della Torre”), austríacos e alemães (na verdade, bávaros e prussianos, portanto, católicos e luteranos – estes últimos de maioria ligada à burocracia estatal, com um ou outro junkeer na ascendência por conta de casamentos) com apenas uma portuguesa (a que referi acima, de origem sefardista). Por lado materno, já expliquei o de meu avô; o de minha avó é por varonia austro-italiano (originária da pequena nobreza, com notável "tendência" à vida castrense) e húngaro (com alguns ancestrais russos, em outras palavras, membros da pequena nobreza mais do que decadente do século XIX). Não vou me por a listar os nomes e sobrenomes porquê seria por demais cansativo para o senhor e, também, para mim. O tempo urge!
Ter muito “sangue europeu” (ou não tê-lo ou, ainda, tê-lo em doses), sendo nobre ou não (geralmente se provém de ambos, pois, mutatis mutandis, como dizia Darcy Ribeiro, "o brasileiro tem o sangue do opressor e do oprimido"), é coisa absolutamente comum no Brasil, pois, como é sabido, o nosso patrimônio genético é, felizmente (com a santa graça de Deus), o mais rico e abundante deste lugar que chamamos de Terra, habitada por uma única estirpe e raça: a linhagem adâmica, a linhagem decaída da “imagem e semelhança” do Eterno. Digo isso sem me deixar levar por quaisquer frêmitos igualitários/utópicos – Vade retro!. No Brasil, é ainda mais do que raro possuir sangue português (ou qual seja) pelos quatro costados. No final das contas, temos [quase] todos nós o sangue de Abraão, de Maomé, do rei Davi, de Gengis Khan, de Constantino, de Pirro e de outros célebres (bons e maus) e desconhecidos (também bons e maus), além das cinco bolinhas coloridas do Genea (é claro que com maiores e menores repetições)... Meço os homens pelo seu valor e méritos, nunca pelo sobrenome. Por isso, fico indignado e me revolto com facilidade contra quem se arvora em “polida mesquinhez” e se julga superior apenas dizer ter “localizado” o próprio Buda entre os seus ascendentes, chegando a falsificar a História apenas pelo prazer de grudar um brasão na parede de sua sala-de-jantar ou se ufanar do “nada que agora é tudo”. A nobreza é um estado de alma (abstrato, portanto) que deve ser perpetuado na sociedade através das famílias, tradições e demais formas históricas e sociais (concretas) que impliquem na melhora e profunda transformação do individuo e na busca do salutar e bendito Ideal Cristão de sociedade (totalmente orgânica, portanto, disposta segundo a Lei Natural), onde “aquele que se julga maior, deve servir”. Um nobre serve a sociedade, nunca vive dela (a Revolução Francesa não foi tão culpada e infundada quanto dizem alguns seres mais reacionários... e, apesar dos pesares, permaneço indiferente aos ecos da Marseillaise e as pedras da Bastilha). Por isso, defendo o regime monárquico e a instituição da verdadeira nobreza; mas, sem as “pedantescas” máscaras carnavalescas e sem dourar a pílula. Que se separe História de fantasia, mérito de vaidades, certo do errado. Tenho horror a gente recalcada e cheia de frustrações, coisa por demais abundante entre vários grupos de genealogistas e pseudos-monárquicos (são estes, e não os republicanos, abortistas, ateus, liberais, esquerdistas e toda sorte de “hereges”, quem são os piores inimigos da boa causa monárquica, posto que a corroem por dentro, pelo cerne, pelas estruturas internas)...
Espero poder ter satisfeito sua curiosidade quanto aos meus “avós portugueses”, mesmo com algumas das minhas restrições. Espero que, assim, me deixem continuar a amar Portugal e, como diz nosso lema, “Fiat Voluntas Dei”.
Atenciosamente,
Granada, que não é nome ou sobrenome, mas é pseudônimo com suas vetustas e boas razões de ser...
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RE: Ser Português...
Caro Senhor Conde de Granada
Muito obrigado pela sua missiva, embora escusava de ser tão extensa!
Obviamente que não respondeu ao meu pedido, relativamente à omissão do seu nome verdadeiro, que aliás aceito e respeito a sua discrição.
Relativamente à Nobreza de qualquer individuo, concordo consigo., ela provem dos “actos de cada um”, enaltecendo a grandeza de quem o representa e não somente por herança genética.
Ser Português é corpo e Alma, como refere em “Nacionalismo literário” de Afonso Lopes Vieira em verso:
Ó Portugal, florida Alpendurada
sobre o mar, coisa saudosa….
Esta é a Pátria ditosa
Minha amada, minha amada!
Com os meus cumprimentos,
João de Abreu Coutinho
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RE: Ser Português...
Caro Conde de Granada
Magnífica resposta!
Os meus Cumprimentos
Airmid
(Plebeia dos quatro costados, que tanto pode ser Konii, Celta ou Lusitana, ou de um outro Povo já extinto, mas definitivamente POR TI GRAAL)
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RE: Ilhas Afortunadas e a Macaronésia da UE
Caro José Manuel
Basta seguirmos "a voz que vem no som das ondas, e não é a voz do Mar", para nos libertarmos da Mascarada Jacobina, e alcançarmos As Terras sem Lugar".
Melhores Cumprimentos
Airmid
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DIES IRAE
Caro José Maria
DIES IRAE
A D. Manuel I, tal como à Rainha D. Leonor, ficou para sempre vedada a entada no Mosteiro da Batalha.
Nenhum deles se atreveria a pisá-lo, de novo, nem mesmo depois de morto.
Todas as Pedras do Mosteiro cairiam e ambos ficariam subterrados debaixo dos escombros, por toda a Eternidade.
O seu crime não teve perdão!
Saudações
Airmid
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RE: Ilhas Afortunadas e a Macaronésia da UE
Cara Airmid,
Fico com curiosidade de saber se a Capital da Macaronésia será em Marrocos ou em Portugal?
Interreg III B http://www.interreg-atlantique.org/iiib/
Pois esta União Europeia permite a fusão de Regiões de onde os Estados desaparecerão.
Para os portugueses que pensam Portugal como rectângulo sagrado imutável, utopia, para quem observa três sociedades regularmente como eu, apercebesse que regiões cidades e vilas se reagrupam fusionam e mudam de nome, uma câmara municipal todos os 20 Km's é insustentável, por isso a cooperação de regiões da UE ter a longo prazo a sua fusão administrativa, quando vou ver um artigo à Wiki tenho por hábito de comparar as versões das línguas que entendo bem; inglês francês português espanhol italiano galego e vou ao alemão para tira teimas, e sobre a Macaronésia na Wiki o artigo francês levanta a ponta do véu ao contrário das outras que são cópias da inglesa geralmente:
Macaronésie
La Macaronésie est l'ensemble qui regroupe les îles Canaries, l'archipel de Madère, les Açores, les îles Selvagens et les îles du Cap-Vert.
Le nom de Macaronésie (parfois écrit à tort 'Macronésie') signifiait « les îles fortunées » en grec ; ce terme était utilisé par les anciens géographes grecs pour désigner des îles situées à l'ouest du détroit de Gibraltar.
C'est une entité physique qui partage une réelle histoire commune, des liens culturels (architecture, folklore, artisanat, etc) forts, ainsi qu'une flore et une faune analogues : formations sèches à dragonnier, laurisylve et nombreuses autres genres et espèces communs (Aichryson, Diplazium, Woodwardia, Ranunculus cortusifolius, ...); oiseaux canaris, etc.
Aujourd'hui, la Macaronésie est l'espace du programme de coopération transfrontalière européen INTERREG III-B Macaronésie entre les gouvernements espagnol, portugais et capverdien.
http://fr.wikipedia.org/wiki/Macaron%C3%A9sie
Cara Airmid como pode observar a versão francesa diz a Macaronésie; " C'est une entité physique qui partage une réelle histoire commune, des liens culturels (architecture, folklore, artisanat, etc).
Penso que esta identidade física Macaronésie pode passar a politica administrativa jurídica, não é só composta das tais ilhas arquipélagos, fazem parte da Macaronésia outras zonas da costa do norte de África, por isso me interroguei se a haver qual será a Capital da Macaronésia da UE? Em Marrocos ou em Portugal?
Cumprimentos,
José Manuel CH-GE
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RE: Ser Português...
Caro confrade João de Abreu Coutinho,
Perdõe-me por não lhe satisfazer essa curiosidade, mas, saiba que do resto concordo plenamente consigo.
Belos versos esses de Afonso Vieira! Dariam um belo hino.
Ó Portugal, florida Alpendurada
sobre o mar, coisa saudosa….
Esta é a Pátria ditosa
Minha amada, minha amada!
Conheço um sacro que bem se adaptaria ao paraíso português, e que diz:
Terra mui feliz!
Terra de amor!
Oh, não queres ir lá?
Oh, não queres ir lá?
Respeitosa e fraternalmente,
Granada
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RE: Ser Português...
Caríssima Airmid,
Sois, verdadeiramente, portuguesa!
Confúcio dizia que "Não é a verdade que torna grande o homem, mas o homem que torna grande a verdade". Atrevo-me a trocar apenas duas palavras do sábio pensamento do velho Confúcio; veja: "Não é Portugal que torna grande o português, mas o português que torna grande Portugal."
Receba meus sinceros respeitos e cumprimentos,
Granada
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RE: Ser Português, o verdadeiro património.
Do património o mais importante não são os montes, os rios, ou os mares. O mais importante é o HOMEM.
Claro que os montes, os rios, e os mares e tudo o que neles habita é importante; assim como toda obra deixada ao longo da História pelo o homem; até para que, estudando e interpretando todo o passado, melhor o podermos compreender. Mas é o património vivo e o que há-de vir que temos que cuidar.
Tantas vezes por causa de glórias vãs se cometem crimes. Tantas vezes por um monte, por uma pedra, por uma qualquer posse, se mata, se compromete um património em processo, se compromete a vida.
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Ilhas Afortunadas e a Macaronésia da UE. M. Bruni e a Burka
Caro José Manuel
O Cigano M. Bruni, até pode querer o que muito bem lhe apetecer. Não quer dizer que algum dia aconteça o que ele deseja.
Se ele fosse minimamente informado, já nem digo inteligente, porque isso seria evocar uma impossibilidade; ora se M. Bruni fosse informado, não esticava demasiado a corda.
É que se arrisca a rebentá-la!
Por cá nunca se viram, nem franceses nem espanhóis com bons olhos!
A aversão pode nem ser aparente, mas é latente. Basta que alguém encontre o rastilho adequado e estoira tudo.
O Bruni, que se junte ao Sapateiro, e mudem-se ambos para Marrocos. São todos, genéticamente aparentados.
E por lá, até se fala espanholês e françol, pelo que todos se entenderão lindamente.
O passado, não faz parte deste filme, já que os berberes muçulmanos da actualidade, não têm nada a vêr nem com Cartago, nem com Tiro, nem sequer com Granada.
Nós não temos NADA em comum, nem História, nem Artesanato, nem Folclore. Muito menos Arquitectura.
Os Berberes Muçulmanos da actualidade têm tanto a vêr com os Árabes de Granada, como os Índios da Amazónia têm a vêr com a Terra Preta de Índio, que por lá foi descoberta, ou com os Construtores de Tijuanaco ou Machu Picho.
Em Marrocos, a nós, não apanham nunca!
E não é por causa do Deserto, é por causa da estúpidez!
Quando estive em Marrocos, ía batendo num dos Guias, que ousou contestar o direito das mulheres a estudarem e Licenciarem-se.
É evidente, que não passava de um inútil, que se pavoneava à volta dos estrangeiros, enquanto os filhos, a mulher e a mãe trabalhavam como escravas, e foi isso mesmo que eu lhe disse.
Não representava a totalidade da sociedade marroquina como é evidente, mas do que vi, e vi bastante, esta era, e é, a mentalidade da maioria.
Pelo que, manda o bom senso que M. Bruni, se cuide. e não abuse da sorte que a actual conjuntura ainda lhe dá.
Porque, caro José Manuel, os portugueses até se podem calar, mas garanto-lhe que as Portuguesas acabam com essa fantochada em três tempos.
Experientem tentar limitar-nos, e impôr-nos regras que nunca foram nossas, e verão do que as Fúrias serão capazes!
Melhores Cumprimentos
Airmid
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RE: Ilhas Afortunadas e a Macaronésia da UE. M. Bruni e a Burka
http://www.youtube.com/watch?v=UErIpqKGkvg
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RE: Amor a Portugal!
Para os outros, que sabem quem são e de onde vieram, a Airmid sugiriu:
http://www.youtube.com/watch?v=UErIpqKGkvg
http://www.youtube.com/watch?v=8Szzo5oD28M&NR=1
Madredeus- As Ilhas dos Açores
Cpts
Zémaria
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Temos muitas coisas comuns, mas o fado é de Lisboa e o vinho verde tinto é do Norte Litoral
Temos muitas coisas comuns, mas o fado é de Lisboa e o vinho verde tinto é do Norte Litoral
A nova "História de Portugal" coordenada por Rui Ramos recapitula os 900 anos do país, propondo releituras heterodoxas de acontecimentos tão fundadores como a crise de sucessão de 1383-85, a expansão ultramarina ou a Revolução Liberal de 1820. Em entrevista, Rui Ramos analisa a grande construção desses 900 anos: a "inerradicável" pluralidade do país:
http://ipsilon.publico.pt/livros/texto.aspx?id=249107
(... ) Tenho sempre uma enorme dificuldade em compreender as obras que passam por uma antropomorfização de Portugal, como se Portugal estivesse ali ao lado sentado a tomar café. Há dez milhões de portugueses, logo há dez milhões de maneiras diferentes de se ser português. A alternativa a esse discurso é uma História de Portugal que não procura uma explicação filosófica geral. Temos muitas coisas comuns, mas o fado é de Lisboa e o vinho verde tinto é do Norte Litoral. Não tentemos esconder a pluralidade nem substituí-la por uma qualquer leitura secular do velho providencialismo divino.
______________
Cumprimentos,
José Manuel CH-GE
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RE: Temos muitas coisas comum: A Viola, O Violão, A Flauta dos Andes O SOL e o MAR
Caro José Manuel
Mas qual Fado?
E que dez milhões de maneiras de ser Português?
Eu nasci, e vivo em Lisboa, e detesto Fado! E como eu tantos outros.
Nós não temos nada a vêr com os sons esganiçados do Deserto, dessa moirama que nos impingiram à força pela porta!
Os nossos sons são os da Viola, ou do Violão, do Violoncelo. São os sons graves, das cordas. O Som do Mar!
Ao longe, ouvem-se os violinos, ou uma Flauta, vinda dos Andes.
Se algum dia um compositor Português, conseguiu captar e transformar em Música, a Saudade Imensa que os nossos Antepassados nos deixaram do seu Mundo Perdido, foi Pedro Aires de Magalhães, nas Ilhas dos Açores.
O Sr Professor Doutor, será muito letrado, mas substimou um pormenor com cerca de 12 500 anos!
Cumprimentos
Airmid
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