Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
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Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caros confrades
Depois de procurar neste forum e no google não encontrei a origem dos 7 castelos no escudo nacional.
Uns dizem que são as conquistas de D.Afonso Henriques e outros falam em D.Afonso III.
O mais curioso é que, ao fazer a visita virtual ao Mosteiro dos Jerónimos em http://3d.culturaonline.pt/Content/Common/VirtualTour/Index.htm?id=75047666-4597-4a28-ae77-9b7567c4732b encontrei no claustro uma referência à "Cruz de Cristo" em que aparecem 7 castelos mas todos diferentes.
Alguém me poderá elucidar mais concretamente quais são estes 7 castelos e será que as diferentes representações apontam para 7 castelos reais (e não domínios mouros como também, por vezes, aparece).
Obrigado
L.Salreta
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro Salreta,
Parece-me que o significam e quais são tem muito de mito!
Acho dificil os castelos terem nome.
Aliás, que eu saiba, começaram por ser 12, passaram a 9 e terminaram em 7
Devem, portanto, ter ruido...
Cumprimentos,
Miguel
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro confrade Salreta
Talvez o tópico Bandeira Nacional de que fui autor lhe traga informação útil. É escusado procurar cada um dos sete castelo, as explicações que os tentam identificar são todas fantasiosas...
Sérgio Sodré
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caros Confrades
Então ainda não sabem que os sete castelos significam, Portugal guardado por Deus!!! Então quem tem guardado Portugal durante quase mil anos??? Se calhar ainda pensavam que era o exército comandado por Sócrates!!!
Saibam que existe um Exército Celestial que tem guardado e defendido bem Portugal, o Porto do Graall!!!
Só graça a Ele é que ainda falamos português!!!
Zé Maria
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro L. Salreta:
A bordadura com os castelos, é a diferença nas armas usadas por D. Afonso III, filho segundo. O irmão; o rei D. Sancho II, usava as armas reais sem essa diferença. Depois de rei, D. Afonso III não mudou as armas que já usava, com a bordadura de castelos, tirada das armas de Castela, que lhe vinham pela mãe a infante da D. Beatriz.
Não pode haver dúvidas em relação a isto, como qualquer heraldista de meia tijela, grupo no qual me incluo, lhe dirá. O resto são disparates fantasiosos.
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro António Taveira
"O resto são disparates fantasiosos".
Olhe que não, olhe que não....
Em língua Maia, o Sol chama-se Kinas, e existe um Hieróglifo com Cinco Kinas, dispostos em Cruz, como as Cinco Chagas das Cinco Quinas de Dom João II.
Dom João II, mandou levantar a Quina do Oriente e a Quina do Ocidente, e reduziu os Castelos para Sete, quando Colombo partiu, em busca do Paraíso.
O Quinto Império, o Império do Quinto Sol, Mito ou Utopia?
Ou quer que eu lhe ponha aqui quantas vezes Colombo pronunciava o 7!!!???
Não ignore a Ilha dos Maias e o seu Senhor!!! Ficava junto da de S. Cristóvão!!!
Os meus melhores cumprimentos
Zé Maria
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro José Maria:
Eu falava das armas de D. Afonso III, de meados do século XIII.
Não meta o D. João II mais os Maias ao barulho. Devo-lhe dizer que de heráldica Maia sei tanto quanto D. Afonso III sabia: ZERO. E aposto que os Maias nem sabiam o que isso era.
A propósito, sabe -me dizer porque é que o número de besantes foi reduzido nos escudetes ? Já agora, gostaria de saber se também tem uma explicação Maia para a redução.
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro António Taveira
"O resto são disparates fantasiosos".
Olhe que não, olhe que não....
Em língua Maia, o Sol chama-se Kinas, e existe um Hieróglifo com Cinco Kinas, dispostos em Cruz, como as Cinco Chagas das Cinco Quinas de Dom João II.
Dom João II, mandou levantar a Quina do Oriente e a Quina do Ocidente, e reduziu os Castelos para Sete, quando Colombo partiu, em busca do Paraíso.
O Quinto Império, o Império do Quinto Sol, Mito ou Utopia?
Ou quer que eu lhe ponha aqui quantas vezes Colombo pronunciava o 7!!!???
Não ignore a Ilha dos Maias e o seu Senhor!!! Ficava junto da de S. Cristóvão!!!
Os meus melhores cumprimentos
Zé Maria
P.S. Se tiver dúvidas pronuncie a palavra quinas e verificará que ainda diz (Kinach) que equivale a Kinich-Ahau, Quinto Sol na língua maia.
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro L. Salreta:
Uma pequena correcção, a mãe de D. Afonso III era a infante de Castela D. Urraca, e não D. Beatriz. Como sabe, inicialmente, o número de castelos na bordadura era maior. A forma dos escudetes e o número de besantes também foi variando.
Há quem diga que as armas dos Eças, descendentes de D. Pedro e D. Inês, se filiam nas armas reais da primeira metade da 1.ª dinastia.
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro António Taveira
Reproduzo uma antiga intervenção minha sobre os castelos:
Quanto à bordadura dos castelos é facto sobejamente conhecido que foi introduzida nas armas reais por D. Afonso III, mas não se percebe bem a razão de não ter usado apenas o escudo com os escudetes após a morte do Rei D. Sancho II seu irmão. Enquanto este era vivo havia a necessidade de diferenciar as armas, mas os castelos poderiam ter sido abandonados uma vez D. Sancho II morto.
De qualquer forma julgo correcto aceitar que a chave documental principal para o aparecimento dos castelos está patente num selo de 1241 de D. Afonso, quando vivia em França e era somente Conde de Bolonha. O selo demonstra que então usava um escudo partido com as suas armas pessoais (polvilhado de castelos) e as armas de sua primeira mulher a Condessa de Bolonha.
Assim, ficou provado que, em França, o futuro D. Afonso III não usava os escudetes dos reis portugueses, mas sim um polvilhado de castelos, portanto em número indeterminado (embora no selo apenas se vislumbrem 6), decerto para patentear a sua condição de neto do prestigiado D. Afonso VIII de Castela (o vencedor de Navas de Tolosa em 1212), facto que também acontecia com outros netos deste rei, segundo ouvi ao grande heraldista Simas Alves de Azevedo.
Deste modo, D. Afonso usava armas inspiradas ou derivadas das de Castela (mas não propriamente as de Castela) e acabaria por as juntar aos escudetes que lhe vinham pelo pai formando um novo brasão real. Terá sido mais um caso medieval de uso de armas vindas pelo lado feminino em detrimento do lado paterno, só parcialmente alterado com a ascensão ao trono.
A ser esta explicação correcta, o brasão ficou constituído pelas armas vindas de D. Afonso Henriques acrescentadas de uma bordadura com as armas pessoais de D. Afonso III, antes de ser Rei. É um pouco diferente de afirmar que a bordadura são as armas de Castela, pois as antigas armas pessoais de D. Afonso derivam ou inspiram-se nas de Castela, mas não são, nem podiam ser, as castelhanas...Seriam as castelhanas se tivessem sido utilizadas directamente como diferença no escudo real português, mas a verdade é antes houve o referido brasão pessoal de D. Afonso que as alterou criando outra coisa, conquanto com ligação visível à origem (claro que esta é uma opinião pessoal, mas procuro sempre fundamentar as minhas opiniões).
Cumprimentos
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caros confrades
A minha questão em termos muito reais e terra a terra é porque, na imagem existente no Mosteiro dos Jerónimos, cada castelo vem com um formato diferente e não todos iguais como se vê em todas as outras representações.
Por acaso alguém já foi ver a imagem? Será somente uma "liberdade" de artista? Qual é a época provável daquela representação?
Obrigado
L.Salreta
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro Sérgio Sodré:
Agradeço-lhe as achegas e precisões que trouxe a este tópico. Mas eu não disse que a bordadura são as armas de Castela. Reproduzo o que escrevi:
".....A bordadura com os castelos, é a diferença nas armas usadas por D. Afonso III, filho segundo. O irmão, o rei D. Sancho II, usava as armas reais sem essa diferença. Depois de rei, D. Afonso III não mudou as armas que já usava, com a bordadura de castelos, tirada das armas de Castela, que lhe vinham pela mãe..."
A constituição de uma diferença com uma bordadura é fenómeno não invulgar, nomeadamente na heráldica castelhana, pelo menos até ao século XV e XVI.
Agradeço-lhe também o esclarecimento que, pelo menos nesse selo de 1241, ele não usava os escudetes das armas reais. O uso das armas da mulher no seu próprio selo deveria ter a ver com a soberania dos condes de Bolonha.
Quando fala do escudo polvilhado de castelos, afigura-se-me uma dúvida. A imagem do selo é muito boa? Ou poderá ser confundida com o carbúnculo de escudetes que teriam sido usados no século XII, de que as armas dos Eças seriam vestígio? É que acho estranho ele não usar as armas de seu pai e avô reis de Portugal.
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro L. Salreta:
Não conheço o escudo e conheço mal os jerónimo, mas certamente que é uma liberdade de artista. De que época é esse escudo ?
Como sabe, o "Mosteiro dos Jerónimos" foi acrescentado no século XIX e XX. Acho estranho que no tempo de D. Manuel I se dessem a essas liberdades, mas já não as estranho num revivalismo de há cem anos. Certo nacionalismo, misturado com ignorância, não gosta de aceitar a filiação da bordadura de castelos nas armas reais de Castela. Vai daí...inventa.
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro Confrade António Taveira
Não menospreze os Maias, porque tiveram uma Civilização a Anos Luz da nossa, que nem Civilização é.
Não passa de Tecnologia.
Os Maias eram Astrofísicos. Sabiam que o Sistema Solar gira numa Órbita em torno de Alcione, a Estrela central da Constelação Pléiades.
Pléiades, Navegantes ou Bando de Pombas, ou talvez ambos.
A última vez que a Terra cruzou o anel de Fótões de Alcione, foi há cerca de 12 500 anos, na Era de Leão, e demorou
2 000 anos a atravessá-lo.
Sete Estrelas. Sete Planetas. Sete Dias. Sete Níveis de Consciência, as Sete Moradas da Vida interior até alcançar a Perfeição.
"Procurai o que faz o Sete Estrelo e o Órion, e torna a Deusa Treva em Manhã e muda o Dia em Noite; o que chama as águas do Mar, e as derrama sobre a Terra: O Senhor é o seu nome."
A Bandeira de Portugal é a Bandeira de Dom João II.
Mas ficou incompleta, como as Capelas do Mosteiro da Batalha.
Digamos, que foi a herança que D. Manuel nos legou:
O Incumprimento
Dom João II, era um Rei Filósofo. E era profundamente Cristão.
Os seus Castelos eram Igrejas.
As Sete Igrejas do Apócalipse:
Efeso - jónica
Esmirna - Império de Alexandre, o Grande
Pérgamo - Grega
Tiatira - Grega
Sardes- Bizantina
Filadélfia - Grega
Laodiceia - Frígia, posteriormente parte do Império de Alexandre, o Grande
A Cinco destas Igrejas, adverte Deus que se arrependam.
A Filadélfia e Esmisna, não o fez, porque eram Igrejas arrependidas.
Os Bezantes, como lhe chama, são Cinco, dispostos em Aspa.
Dispostos segundo a Cruz de Santo André, que foi o Primeiro a ser Chamado.
Dom João II, foi um Rei Culto.
E tinha um Dom.
Sabia de onde vinha.
Sabia que não descendia do Paleolítico Africano.
Sabia que era um dos Flôr de Maio, que sobrevivera ao Dilúvio, como Akhenaton. Como Jesus.
Nas suas mãos estavam depositados, os Mapas com as Rotas que permitiam aos Flôr de Maio Regressar à Terra dos seus Antepassados. Ao Paraíso Perdido.
E apesar das perseguições, da destruição e da morte, os Flôr de Maio Regressaram à Terra que fora dos seus Antepassados.
Cumprimentos
Airmid
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
P.S. Convém não esquecer que Saladino, não era Árabe, era Curdo!
O que fez toda a diferença.
Cumprimentos
Airmid
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Cara Airmid:
Eu não menosprezo os Maias. Mas que eles nada têem a ver com a colocação dos castelos nas armas pessoais de D. Afonso III é óbvio.
Não sei que razões poderão ter levado D. João II a fazer as alterações que fez no estandarte real. Nessa altura podendo-se já falar de "bandeira nacional". Certamente norteadas por critérios heráldicos, estetéticos e talvez também devocionais.
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro L. Salreta:
Estive a ver no link que indicou e tenho de voltar atrás no que disse. O escudo em causa é seguramente do século XVI. Não sei porque razão os castelos na bordadura do escudo são diferentes. Se por liberdade estética ou para simbolizar algo que me escapa de todo.
Agradeço-lhe ter feito essa curiosa observação que, a observador menos atento, escaparia.
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro António Taveira
Não faço a menor ideia porque é que o número de besantes foi reduzido no reinado de D. Afonso III. Talvez o tenha sido por causa de Nencia Lopez de Haro, http://www.geneall.net/H/per_page.php?id=342 é que ela e D. Sancho II, não abdicavam da verdadeira bandeira de Portugal. Nem ela, nem D. Maria Pacheco que mais tarde, ainda continuava a lutar em Toledo junto do tumulo de D. Sancho para defender o Sangue, o Dom de Portugal.
Já quanto ao número de besantes na primeira bandeira sou de opinião que terá relacionado com a Morte e Ressurreição de Cristo.
A AIRMID enviou-lhe uma mensagem às 5.55 mas não foi explicita, ou melhor você não a compreendeu!!!
Assim, 5 quinas representarão as cinco chagas de Cristo reflectidas no Sol.
5×11besantes =55 besantes
5 (do grego Penta) e 55 são números relacionados com Pentecostes, e Espírito Santo e o Quinto Ímpério.
O numero 55 representa aquele que dá partida rumo ao futuro!!!
D. Afonso Henriques fundava assim em Panoyas de Ourique, a Monarquia baseada no Espírito de Cristo, na sua Morte mas também rumo ao futuro para a sua Ressurreição!!!
Segundo a tradição D. Afonso Henriques depois da Batalha, acampou em Panoyas, junto do Poço das Armas. Foi em Panoyas que D. Afonso Henriques mandou gravar as cinco quinas que depois comportariam os trinta besantes ou os trinta dinheiros porque foi vendido Cristo.
Para os cépticos que não acreditam que os portugueses tivessem penetrado tão longe dentro do território inimigo, fica a sua confirmação por documento dos arábes a dar conta por esses mesmos dias, de escaramuças entre cristãos e mouros a ocidente da cidade de Beja. Ora a ocidente de Beja só poderia ser na região do vale do Sado o qual onde se situa Panoyas, e percorrido pela antiga estrada romana que vinha de Silves a Alcácer do Sal!!!
E de Panoyas sairia um Imperador, assinalado no seu brasão de Armas, que no ano de 1492, contra tudo e todos os sábios do seu tempo lhes indicou o verdadeiro caminho das Índias e como recompensa por ter sido o primeiro a avistar aquelas terras, Castela decretou logo um prémio, restitui-lhe os trinta dinheiros porque tinha sido morto Cristo !!!
E aquela terra que primeiro avistou o Imperador saído de Panoyas, lhe pôs ele o nome de São Salvador, que era o seu próprio nome, o nome porque ficou conhecido nos Campo de Ourique.
Talvez ainda um dia compreenda o sentido das bordaduras (em Ouro) dos Maias, tavez um dia compreenda comprenda o seu Pássaro-de-Ouro ou o Homem-Pássaro!!!
E que Colombo, tal como a pombinha enviada por Noé, só voltou depois de ter encontrado terra firme!!!
Os meus melhores cumprimentos
Zé Maria
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro José Maria Ferreira:
Respeito as suas opiniões. Mas não me consigo colocar ao nível das suas análises. Preciso de factos e provas. Sem eles, não consigo entendê-las fora de retórica extreme ou de peças de estilo.
Não consigo viajar no tempo e penetrar por breves segundos no cérebro de D. João II. Perdoe as minhas limitações.
Com os melhores cumprimentos,
António Taveira
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro António Taveira
É fácil penetrar no cérebro de D. João II e de Cristóvão Colombo. Ambas as cabeças eram templos do Espírito Santo!!!
Assim, D. João II consagrou os 7 Dons ou virtudes do Espirito Santo na protecção de Portugal, colocando no escudo da sua bandeira os 7 castelos, simbolizado:
Sabedoria, Inteligência, Conselho, Ciência, Fortaleza, Piedade e Temor de Deus.
E também um pouco sobre os Dons do Espírito Santo sobre os quais já outro Grande Espírito que se intitulou Cristóvão Colombo nos alertava que actuavam dentro dos homens de espírito bom:
• Digo que o Espírito Santo obra em cristãos, judeus, mouros e em todos outros de todas seitas, e não somente nos sábios, mas nos ignorantes. Que em meu tempo eu tenho visto aldeão que sabe dar conta do céu e estrelas e do curso delas melhor que outros que gastaram dinheiro nisso.
• E digo que não somente o Espírito Santo revela as coisas por vir às criaturas racionais, mas mostra-as a nós por sinais do céu, do ar e dos animais quando lhe apraz.
• Trato e conversação tenho tido com gente sábia, eclesiásticos e seculares, latinos e gregos, judeus e mouros e com outros muitos de outras seitas.
• Quem dúvida que este lume não seja do Espírito Santo, assim como de mim?
Com os meus melhores cumprimentos
Zé Maria
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro José Maria Ferreira:
Li-o atentamente, mas não tenho esse dom de entendimento. Uma das minhas múltiplas limitações.
Com os melhores cumprimentos,
António Taveira
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro António Taveira
Eu disse que é fácil penetrar no cérebro de D. João II e de Cristóvão Colombo, mas é preciso pensar Bem, e não Mal como pensou a Espanha!!!
Assim a Espanha nunca penetrou, nem penetrará algum dia, no cérebro de D. João II e de Colombo!!!
A Espanha ofereceu-lhe um prémio de 30 dinheiros a Colombo, por ter sido o primeiro a avistar a terra das Índias. Mas Colombo já antes lhes havia pedido outro prémio, um prémio impagável: pediu-lhes a dizima, que é uma percentagem divina, de tudo que ele descobrisse naquelas novas terras e nelas se produzisse, além de muitos outros títulos. Os espanhóis não sabiam do que Colombo estava a falar, pensaram que tudo aquilo fosse uma ninharia, mas quando viram que tudo aquilo que Colombo tinha pedido faria os seus descendentes serem actualmente as pessoas mais ricas do mundo, deixaram de cumprir com as capitulações!!!
Mas como a Dizima é um tributo que só se paga a Deus (ou ao seu representante na terra) a Espanha ficou e ficará para sempre em divida com Deus!!! Colombo mostrou a todo o Mundo que Espanha não pagou o tributo a Deus!!!
Porque Deus deu-lhe a faculdade de escolher o caminho, e a Espanha seguiu o caminho do Mal, não se quis juntar à Portugal, a nação nascida e fundada em Cristo, o representante e o filho de Deus na Terra.
Por isso Espanha, foi e será para sempre a nação repudiada e não amada por Deus!!!
Portugal continuará no seu cantinho a ser protegido e abençoado pelas 7 fortalezas ou castelos de Deus, através do Espírito Santo!!!
Com os meus melhores cumprimentos
Zé Maria
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro José Maria Ferreira:
Não consigo ter essa visão espiritual. Apesar de compartilhar ascendências com Frei Diego de Deza que apoiou Colon junto dos reis católicos. O avô materno do ilustre dominicano era português.
Com os melhores cumprimentos,
António Taveira
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro António Taveira
Afinal Diego Deza era de descendência galego-portuguesa e era tio de D. Diogo, Duque de Viseu logo se compreende perfeitamente porque interveio Diego Deza tanto e insistentemente em prol de Colombo junto dos Reis Católicos!!!
E mais, não só era tio de D. Diogo por este estar casado secretamente com a sua sobrinha como ambos eram ainda primos com ascendência comum em D. Pedro I, Rei de Portugal!!!
E um irmão de Diego Deza afinal era D. Pedro de Eça, fidalgo da Casa de D. Diogo, que foi testemunha do assassinato do seu Senhor assistindo a tudo pacificamente. como se isso alguma vez fosse possível na Idade Média onde os vassalos tinham por dever defender sempre o seu Senhor!!!
Afinal, Diego Deza e Pedro de Eça como familiares que eram gravitavam ambos à volta dos Morgadio dos Eças que era o mesmo quer em Castela quer em Portugal, apesar de em Castela ficar sedeado em Córdova, e em Portugal em Azeitão, em cuja "Villa Fresca" morava por vezes D. Diogo e que depois ficou para uma filha de D. Afonso, o 8º Condestável de Portugal, este era simultaneamente filho de D. Diogo, Duque de Beja e primo de Diego de Deza!!!
Com os melhores cumprimentos
Zé Maria
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro José Maria Ferreira:
Não misture Dezas com Eças. Os primeiros são galegos descendem dos Turrichãos. Os segundos, como sabe, dum filho do infante de D. João, que foi senhor de Eça. Não acredito que frei Diego de Deza, arcebispo de Sevilha, 2.º inquisidor geral de Espanha (sucedeu a Torquemada) estivesse ao serviço de D. João II. Desculpe, mas são maneiras de ver.
Com os melhores cumprimentos,
António Taveira
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro António Taveira
Agora quanto à origem dos Eças, foi mesmo abordar a questão que eu tinha para lhe falar.
A origem dos Eças como muito bem frisou vem dos Turruchaos, Turrichaos ou Turrechanos antigo nome do lugar onde se situava o seu solar, a fortaleza de Benquerença, próxima do lugar de Eça. Depois abandonaram o apelido toponímico Torrechaos e começaram a usar o de Eça.
E a prova disso mesmo é o casamento de Cristóvão Moniz, filho de Vasco Martins Moniz este que foi comendador de Panoyas e vedor da Casa de D. Diogo, Duque de Viseu.
Assim , Cristóvão Moniz que era ainda descendente dos Turrichaos foi casar com uma sua parenta, Isabel de Eça, filha de D. Pedro de Eça, que era ainda sobrinha do Frei D. Diego de Eça, que intercedeu por Colombo, junto dos Reis Católicos!!!
Assim Cristóvão Moniz descende dos Turrichaos (antiga denominação dos Eças) através de sua mãe Aldonça Cabral, da sua avó materna Teresa Freire de Andrade, da sua bisavó materna Aldonça de Novais , filha de Pedro Fernandes Turrichão!!!
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=188071
Portanto um casamento que à primeira vista não teria qualquer consanguinidade, vem-se depois a verificar que são ainda primos!!! Porque os Eças e de Turrichãos são a mesma linhagem, daí o casamento!!! E note-se como D. Pedro de Eça é fidalgo da Casa de D. Diogo, Duque de Beja, Senhor da Covilhã, Serpa, Moura e Mourão, em que este lhe destinou o cargo da alcaidaria –mór de Moura, assim como Vasco Martins Moniz , o pai de Cristóvão Moniz era vedor da mesma Casa do Duque D. Diogo, era tudo uma família!!!
E note-se como D. Diogo, Duque de Beja, muito antes de aparecer Colombo em Espanha, já andava de braço dado com estes Eças, obviamente tanto em Portugal como em Castela/León!!! E à sobrinha destes Eças, que era prima de Cristóvão Moniz, o que é que ele lhe fez por Amor!!! E o que é que Colombo fez a outra prima de Cristóvão Moniz, também por Amor!!!
Como vê anda aqui o mesmo "intruso" na casa dos Eças e dos Moniz.
Cristóvão Moniz, sobrinho do Frei D. Diego Deza, no ano de 1510 anda a visitar a Villa de Panoyas com D. Jorge de Alencastre, onde como testamenteiro do seu pai, que foi vedor da Casa de D. Diogo, faz cumprir com a vontade deste para que se corrija a Igreja Matriz de D. Pedro, em memória da sua Alma!!!
A dita Igreja tinha sido fundada por D. Vataça, e nela estavam as relíquias de S. Fabião e S. Romão, e era na Idade Média, centro de peregrinação do sul de Portugal!!!
D. Jorge em companhia de Cristóvão Moniz, decidiram também retirar o hábito da Ordem de Cristo, que estava na Igreja. A Ordem de Cristo já era outra, já não combinava com a de Santiago e a do Espirital de S. Xuan dos Eças!!!
No final, Diego Deza roeu a corda, mas isso é outro episódio que não cabe aqui para o caso.
Com os meus melhores cumprimentos
Zé Maria
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro José Maria Ferreira:
Desculpe-me a insistência mas não misture Dezas com Eças. Os primeiros são galegos descendem dos Turrichãos. Os segundos, como sabe, dum filho do infante de D. João, que foi senhor de Eça. Os descendentes de D. Fernando de Eça não descendem dos Turrichãos galegos, antepassados dos Dezas. Os Dezas são galegos. O senhorio de Eça (Eza) era em Navarra. Não há nenhuma relação entre estas duas realidades.
Com os melhores cumprimentos,
António Taveira
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro António Taveira
Realmente a imagem do selo que conheço é muito boa. É um selo equestre, e o polvilhado de castelo aparece no escudo e na zona dianteira da gualdrapa do cavalo. Na zona traseira da gualdrapa, D. afonso usa as armas da sua mulher a condessa de Bolonha. D. Afonso monta o cavalo que galopa e empunha a espada na mão direita e o escudo na esquerda, a cabeça está coberta com um elmo totalmente fechado.
Quanto ao carbúnculo de que fala, a minha opinião é a de que é um erro incluí-lo na leitura das armas reais. Era um mero reforço metálico do escudo pregado sobre os escudetes que apenas eram cinco. Desenhos muito posteriores tudo confundiram e até transformaram as partes mais largas do carbúnculo (onde se fixavam os pregos) em novos escudetes mais pequenos do que os cinco centrais !!! Os Eças é que vão usar o carbúnculo como diferença e transformaram a peça metálica numa peça heráldica desenhada no escudo e assim ficou incluída nas suas armas. Tal não acontecia nas armas reais de D. Afonso Henriques, aí o carbuncúlo não fazia parte do brasão mas sim da estrutura material do escudo.
Na reforma de 1485, D. João II manda endireitar os escudos laterais. O grande Rei ajuizava que os escudetes laterais deitados podiam dar a entender que houvera uma quebra desonrosa das armas. Todos os ecudetes portugueses eram para estar bem direitos, nunca as armas reais tinham sido desonradas!
Cumprimentos
Sérgio Sodré
PS relativamente a outra discussão, é de lembrar que os famosos Maias estavam na idade da pedra e nem conheciam a roda... Mas, enfim, sempre tinham escrita, o que não acontecia com os celebrados Incas...
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro Confrade António Taveira
Dom João II, altera o Estandarte Real, e cria A Bandeira de Portugal em 1485.
Levanta o Ecudete do Oriente, e o Escudete do Ocidente.
Reduz o número de Castelos para Sete.
Retira a Cruz de Aviz.
Dom João II, cria a Bandeira de Portugal por uma Razão Histórica.
O Désir de Pedro e o Talant de Henrique. O Ocidente e o Oriente.
Os Maias de Dom João II, tinham unido ambos os Hemisférios, atravessando as Águas.
Do Tronco da Árvore da Vida partiam agora, Três Ramos, para Oriente e Três Ramos para Ocidente. E os Sete terminavam num fruto que iluminava o Mundo.
E Aviz, O Pássaro do Sol, que voara em busca de Terra Firme, regressara do Paraíso. A Terra dos Antepassados.
O Almirante Turco que conhecemos pelo nome de Piri Reis, escreveu no seu famoso e enigmático Mapa, cópia de cópias de cópias de cópias de vários Mapas Pré-Dilúvianos, que Cristóvão Colombo, de quem também copiara um Mapa, chegara pela 1ª vez à América, em 1485.
Cumprimentos
Airmid
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Cara Airmid:
Respeito a sua opinião. Mas a minha capacidade de entendimento não me permite ir tão longe nas razões e motivações que terão movido D. João II às alterações que fez nas armas reais.
Vou-lhe dar na minha modesta opinião algumas das razões que poderão ter levado a essa mudança. Gostava de lhe chamar a atenção que nesse período, da segunda metade do século XV e início de XVI, o mais fecundo da nossa heráldica, procede-se à sua reorganização e modernizição. Um período que vai do reinado de D. Afonso V ao de D. Manuel I. Nada mais natural que as armas reais não escapem a esse reordenamento. Chamo-lhe a atenção que o número de peças das bordaduras na armaria nacional, na sua grande maioria que podemos atribuir a essa época, varia entre 5 e 7 (só excepcionalmente o número é diverso). D. João II colocou 7 castelos na bordadura. Os escudetes tombados na opinião de heraldistas, como o confrade Sérgio Sodré já referiu, podiam ser confundidos com desonra. É essa uma boa explicação para os levantar. A cruz de Aviz, se bem que estando ligada ao início da dinastia, recordando o seu fundador, já, cem anos depois, não fazia sentido e foi retirada. Além do mais, era uma demonstração perene de que a legitimidade dinástica estivera noutras bandas. Julgo que a redução do número de besantes em cada escudete e a sua disposição em sautor é anterior a D. João II.
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro Sérgio Sodré:
O selo que descreve parece-me ser dos condes de Bolonha, ou usado por D. Afonso como consorte do condado de Bolonha, e não as suas armas pessoais. No escudo e na zona dianteira da gualdrapa usa as suas armas pessoais. Na zona traseira as armas da mulher, condessa titular de Bolonha. Não é, como me pareceu inicialmente, um partido entre as duas armas.
Agora ficamos a saber que as suas armas seriam um polvilhado de castelos ? Quantos ? E como seriam as armas reais de Castela em finais do século XII ?
Percebo as suas reticências em relação ao carbúnculo. Em épocas muito recuadas é difícil tirar conclusões pela escassez de dados. Como sabe é dito que a heráldica terá começado pela construção física dos escudos para a batalha. E daí, um dado escudo usado por um dado indivíduo, com os reforços metálicos e não metálicos com formas determinadas, pouco a pouco, ter passado à descendência até se identificar com uma linhagem.
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro António Taveira
Você conhecerá melhor que ninguem a sua ascendência, mas há historiografia que dá D. Fernando de Eça, como Senhor de Eça, na Galiza (antiga dominação de Turrichãos) E eu também achei essa ligação em Cristóvão Moniz, filho do comendador de Panoyas, meras coincidências!!!
http://www.arqnet.pt/dicionario/eca.html
Com os meus cumprimentos
Zé Maria
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro José Maria Ferreira:
Dou a mão à palmatória. O senhorio de Eça, do qual D. Fernando tomou o nome, era na Galiza. Mas não podemos misturar os Eças, descendentes de D. Fernando, com os Dezas descendentes dos Turrichaos. Não há nenhuma relação, genealógica ou outra, entre eles. A mãe de frei Diego de Deza, Inês Tavera de seu nome, era filha de um português emigrado junto da rainha D. Beatriz. O pai, António de Deza, era filho de um natural de Portugal, de ascendência galega.
Com os melhores cumprimentos,
António Taveira
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro Confrade
Se me permite, gostaria de perceber porque se coloca a questão da hipotética desonra associada aos Escudetes colocados na horinzontal, vários séculos depois da sua inclusão no Estandarte Real.
Receios um pouco tardios, não lhe parece?!
E sinceramente excluir a Cruz de Aviz, exactamente no ano em que se comemorava o Centenário da Batalha de Aljubarrota, não seria a melhor maneira de homenagear os que se haviam batido pela independência de Portugal.
Quanto à legitimidade Dinástica de Aviz se encontrar noutras bandas, desculpe mas discordo.
AVIZ, foi uma Dinastia programada em Família e ao milímetro...
Foi por isso que Dom João II, reduziu os "Castelos" de 12 para 7, os "Bezantes" de 7 para 5, e os dispôs em Cruz, segundo a Cruz de Santo André.
Nas Ruinas Pré-Incas, de Sipan, onde foi descoberta a Múmia de "Lord of Sican". também se encontram As Cinco Quinas dispostas em Cruz de Santo André.
Cumprimentos
Airmid
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Cara confrade Airmid:
Mais uma vez começo por dizer que respeito a sua opinião.
Mas, passando às questões que coloca:
1.ª questão associada à "desonra".
Foi uma mera hipótese formulada num quadro de reordenamento da heráldica nacional. Na grande maioria dos tratadistas o escudo tombado é associado a desonra e bastardia. É possível que essa associação "escudo tombado/desonra" tenha a ver com esse período de renovação heráldica. Mas, se não se aceitar essa associação, um simples ordenamento que impeça que as peças num escudo estejam tombadas, como terá sucedido, também é normativo explicativo.
2.ª questão associada à "Cruz de Aviz".
Não fazia sentido colocar uma cruz duma Ordem Militar, ainda por cima secundária, nas armas reais muito para além do fundador da dinastia. E, se reparar, ela figurou durante o reinado de D. João I - 48 anos. Seu filho e neto, outros 48 anos. Não faria sentido para seu bisneto. D. João II, até porque, como referi, "era uma demonstração perene de que a legitimidade dinástica estivera noutras bandas". As questões de legitimidade dinástica eram cruciais. Por elas tinha D. João II, e toda a nação portuguesa, escassos dois anos antes de subir ao trono, estado em guerra com Castela defendendo os legítimos direitos de D. Joana, única filha de Henrique IV e sobrinha de Isabel a católica. Por elas, por questões de legitimidade dinástica, tinha D. Juan I de Castela e D. Beatriz de Portugal estado em guerra com D. João I de Aviz, o fundador da 2.ª dinastia. Por elas tinha D. Fernando I de Portugal, que detinha a legitimidade dinástica em Castela após a morte de D. Pedro I, o cruel, às mãos de seu meio irmão bastardo, estado em guerras com Castela que puseram termo à sua dinastia, e trouxeram pela primeira vez na nossa história exércitos castelhanos a Lisboa. Foram as três guerras em que Portugal se envolveu com o nosso único vizinho, Castela : sempre por questões de legitimidade dinástica. Por duas vezes o rei de Portugal considerou que a legitimidade dinástica, e considerou bem, no reino vizinho estava do seu lado. Por uma vez o rei de Castela teve a legitimidade dinástica sobre o reino de Portugal do seu lado. De todas as vezes as nações optaram em sentido oposto ao das legitimidades. A paz de Álcáçovas só foi ratificada um ano antes de D. João II subir ao trono. Ele sabia bem o que eram questões de legitimidade.
3.ª questão associada às reduções:
Como já referi na armaria nacional, após a reorganização heráldica empreendida entre o reinado de D. Afonso V e D. Manuel, o número de elementos na bordadura varia entre 5 e 7 (excepcionalmente é mais elevado). Não tenho a certeza se foi no reinado de D. João II que os besantes foram reduzidos para 5. Se foi, anteriormente eles eram em número superior a 7. Seja como, for a disposição em sautor (Cruz de S. André) é a habitual na armaria nacional para 5 peças no escudo. Proibe-se até a disposição das peças em Cruz solta, como estão os escudetes nas armas nacionais, que figuram como excepção para as armas reais.
Devo-lhe dizer que não percebo nada da cultura Inca. Mas também lhe posso indicar "motivos", e chamo-lhe motivos por desconhecer o seu significado, na cultura castreja que se repetem no período romano, no renascimento, reinventados no período neoclássico e que se revigoram no século XX.
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro Confrade
Em relação ao número e disposição dos Bezantes, encontrei uma fotografia da Pedra de Armas de Portugal, com a Nau S. Vicente com os dois Corvos, datada do Século XIV, onde se vêem já Cinco Bezantes, mas dispostos em Cruz Latina. Nesta gravura o número de Castelos são 13.
Numa outra gravura: Uma Iluminura que representa a Batalha de Aljubarrota, que se encontra em Londres, na British Library, as Bandeiras de Portugal, apresentam Escudetes com Cinco Bezantes dispostos em cruz de Santo André, os Escudetes Ocidental e Oriental encontram-se tal como na gravura anterior, dispostos na horizontal, e o número de Castelos parece-me ser 12. A Cruz de Aviz, está presente.
Esta Iluminura está datada do Século XVI, e não será talvez muito rigorosa.
Quanto aos símbolos, que se encontram na cultura Castreja, período Romano, Medieval e Renascimento, são idênticos aos que se encontram nas Culturas Pré-Incas, nos Monumentos do Antigo Egipto, da antiga Babilónia, Índia e Curdistão.
É exactamente essa persistência ao longo de muitos Milénios, e em locais tão distintos da Terra, que se deve valorizar.
Tijuanaco é tido como o mais antigo monumento existente sobre a Terra, e será anterior a 12 500 A.C., e também ai encontramos esses símbolos.
E o mesmo sucede em Puma Punco, e em todos os Monumentos da Antiga Civilização Americana, a que prefiro chamar Pré-Inca, já que desconhecendo-se quem os construiu e quando o fez, não restam dúvidas de que quem os ergueu, não tem relação com os Povos que posteriormente habitaram essas regiões.
Não restando qualquer dúvida, de que os sobreviventes do Dilúvio, no final da última Glaciação, se refugiaram no Sul de Portugal, não me parece difícil de perceber, que transportaram consigo todos os conhecimentos que possuíam, e que os procuram conservar e põr em prática, apesar das condições extremamente adversas que enfrentavam.
E se é um facto, que face ás circunstâncias, existiu uma regressão tecnológica por manifesta falta de meios, nada nos sugere que o mesmo se tenha passado em relação à cultura, e ao espólio que foi possível salvar.
Quando o clima começa a aquecer, e as águas baixam, alguns partem.
Levam consigo, o conhecimento da história dos seus antepassados, e seguramente parte do espólio que se salvou.
Seguem caminhos diferentes. Uns encontram ruínas do passado, que terão reconstruido.
Ainda durante o reinado de Ramsés II, encontramos o Faraó a encarregar um dos seus filhos, de fazer o estudo dos Antepassados, e de proceder à reconstrução dos Antigos Monumentos.
Outros, não terão tido a mesma sorte, já que em muitos pontos da Terra, a destruição terá sido maior, e o período de alagamento mais longo.
No Kosovo, por exemplo, só há pouco tempo se descobriu a Pirâmide do Sol, que está neste momento a ser recuperada, e estudada.
Acresce a estes factores o facto de existirem noutros pontos do Globo, outras populações, com intresses antagónicos, aos dos nossos valorosos sobreviventes, e que como é evidente lhes foram dificultando o caminho ao longo dos Séculos.
E muita documentação valiosa, se vai perdendo durante as lutas.
Foi o que aconteceu com a Biblioteca de Alexandria, em que muito foi destruído.
O que se salvou, está agora lentamente a ser descodificado.
Mas parte do espólio da Biblioteca, que foi retirado antes do incêndio, fica sob a responsabilidade de guardiões, que o tentam conservar através dos tempos.
E lentamente, todos vão regressando ao ponto de partida.
As Épocas são distintas, mas o local é único.
E por isso Afonso Henriques usa aquele estranho selo POR TU GA L.
A História da Portugal começa há cerca de 12.500 anos, mas a memória dos que a irão construir ao longo de milhares de anos, é muito mais antiga.
Dom João II, sabia tudo isto, muito bem.
Cumprimentos
Airmid
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro António Taveira
Você mantém que os Deza de Turrichaos não têm nada a ver com os Eças descendentes de D. Fernando de Portugal. Então como é que D. Fernando de Portugal, Senhor de Eça, que é neto de Inês de Castro e de D. Pedro I de Portugal, recebeu o Senhorio de Eça (Deza em galego)?
Com os melhores cumprimentos
Zé Maria
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro José Maria:
Mantenho que não há nenhuma relação de parentesco entre D. Fernando de Portugal, filho do infante D. João e neto do rei D. Pedro I, e a família galega Deza que descende dos Turrichaos.
D. Fernando foi feito senhor de Eça, julgo que por D. Enrique III de Castela. Por 1440 já detinha o senhorio D. Álvaro de Luna, Condestável de Castela, das mãos de D. Juan II. Deter o senhorio não significa descender da linhagem que usa um determinado apelido.
João Afonso Pimentel foi senhor de Bragança pelo rei D. Fernando e não descendia daquela linhagem medieval.
A única vila de Deza que encontro não é na Galiza nem em Navarra mas sim próximo de Sória, na fronteira de Castela e Aragão.
Com os melhores cumprimentos,
António Taveira
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro José Maria:
A comarca de Deza fica na Galiza. A comarca é atravessada por um rio com esse nome.
Com os melhores cumprimentos,
António Taveira
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro António Taveira
Fernán Ruíz de Castro, III Conde de Lemos, é irmão de D. Inês de Castro.
Os partidários galegos mais relevantes de Pedro estavam reunidos em torno de Fernando de Castro, o corunhês Xoan Fernández de Andeyro, Men Rodríguez de Sanabria, Gómez Gallinato e Fernán Pérez de Deza dos Churruchaos, (prior de Castela da ordem do hospital) entre muitos outros.
"...E mandó el rey a Fernán Pérez Churrichao, e a Gonzalo Gómez Gallinato, dos caballeros de Galicia que querían mal al arzobispo,[D. Suero Gómez de Toledo] que le estoviesen esperando con veinte de caballo a la puerta de la cibdad, e que le matasen; e ellos ficieronlo así (...) e allí finó delante del altar de Santiago. E el rey estaba ese día encima de la iglesia, donde veía todo isto: e tomó al arzobispo todo quanto avía..."
Após a morte do arcebispo D. Suero Gómez de Toledo, Fernando de Castro recebeu todas as fortificações da mitra compostelana, também em Santiago receberá o título de conde de Lemos e os de Adiantado da Galiza e Leão. O povo dizia acerca da morte do arcebispo de Compostela que tinha sido um assassinato político/religioso e não tinha nada de ciúmes.
Sueiro Gómez de Toledo foi arcebispo de Santiago de Compostela nos anos 1362-1366. No meio das disputas sucesorias que tiveram lugar entre Pedro I e Henrique de Trastámara, foi assassinado junto com o deán da catedral, segundo parece na procissão do Corpo de Deus o 9 de Junho de 1366.
A história deu lugar a muitas lendas e obras literárias, e não estão claras as suas circunstâncias. Depois do duro confronto entre a família dos Churruchaos (Súárez de Deza) e o bispo Berenguel de Landoira, que acabaram com a decapitación de Alonso Suárez de Deza, Fernán Pérez Deza Churruchao e Alonso Gómez de Gallinato alancearon o bispo e o deán Pedro Álvarez com o prace do rei Pedro I, pois o bispo apoiava a Henrique de Trastámara. Este acontecimento marcou o fim da casa dos Churruchaos, que seriam absorvidos pela Lemos.
Ora os Deza de Churruchaos não acabaram ligaram-se por casamento com D. Fernando, um neto de D. Inês de Castro, continuando isso sim a linhagem Deza
Esta família Deza constanta três mortes, todas elas misteriosas:
-D. Inês de Castro
-Sueiro Gómez de Toledo
-D. Diogo, Duque de Viseu e Beja
É que esta família descendente dos Eças tal como a descendente de D. Nuno Álvares Pereira eram ambas religiosas do culto do Espítito Santo e ambas militantes da Ordem do Hospital.
Em Castela foi seu Prior Fernán Pérez de Deza e em Portugal D. Nuno Álvares Pereira, talvez agora se compreenda melhor porque passados duzentos anos estas famílias estejam ligadas por laços faniliares a Cristóvão Colombo!!!
É que D. Diogo foi a terceira morte misteriosa que a familia dos Eças testemunhou. E uma das pessoas que D. João II escolheu para testemunha dessa "morte universal" foi precisamente D. Pedro de Eça, um bisneto de D. Inês de Castro e do Rei D. Pedro de Portugal.
Como vê os Deza ou os de Eça são mesmos!!! Não se sabe é com quem casou D. Fernando de Portugal para ser Senhor de Eça. http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=568782
Com os meus melhores cumprimentos
Zé Maria
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro José Maria Ferreira:
Estou totalmente de acordo com os seus quatro primeiros parágrafos. Aí vê-se que estudou a lição. Dái para baixo, começando em: " Ora os Deza de Churruchaos não acabaram ligaram-se por casamento com D. Fernando, um neto de D. Inês de Castro, continuando isso sim a linhagem Deza...". Onde foi buscar isto ? Desculpe-me, mas não tem ponta por onde se lhe pegue....Parece tudo inventado a seu gosto....
Diga-me, por favor, qual é a ligação genealógica entre os Dezas/Turrichaos e Pedro Fernandes de Castro, o da Guerra, herdeiro do 2.º conde de Barcelos, e pai de Inês de Castro.
D. Fernando de Portugal recebeu o senhorio de Deza, como D. João Fernandes Pacheco recebeu o de Belmonte (em Castela), ou João Afonso Pimentel o de Benavente, ou Egas Coelho o de Montalban, ou Lopo Vasques da Cunha o de Buendia e Azanón e tantos outros emigrados portugueses em Castela receberam senhorios, muitas vezes para os compensarem dos que cá perderam. Nesse período, finais do século XIV e início de XV, pelo menos até à conquista de Ceuta, em Castela ainda se admitia a "anexação" de Portugal.
Com os melhores cumprimentos,
António Taveira
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro José Maria
A propósito de catástrofes, recordei-me da ameaça de Marmoto, que até há pouco pendeu sob as Ilhas e a Costa do Pacífico, e fui parar à Polinésia Francesa, mais concretamente ao Tahiti, que é tida como habitada por Polinésios desde cerca de 300 A.C. e descoberta pelos espanhóis em 1606.
Por não ter sido colonizada pelos ditos espanhóis é o explorador inglês Samuel Wallis, quem é considerado como o primeiro europeu a visitar o Tahiti, em 1767.
Posteriormente Bougainville, também por lá passou e considerou-a uma Ilha Paradisíaca.
O que torna a questão interessante, é saber quem deu aquela Ilha, o nome de Taihiti.
Terá sido o mesmo desconhecido, que deu o nome de Cascata de Tahiti a uma das Cascatas das Caldas do Gerês?
Terá Bougainville, passado por Terras do Bouro durante a sua Volta ao Mundo, e baptizado a nossa Cascata?
Eu sei, que o Taihiti, não tem nada a vêr com os Eças, nem com o Castelo de Vila de Rei, e muito menos com a Torre de Cela, ou com o Castelo de Braga, Soure, ou Guimarães.
Nem tem nada a vêr com os Sete Castelos deste Fórum.
Foi apenas uma curiosidade minha.
Porque talvez tenha a vêr com a Cruz Anck.
Saudações
Airmid
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro Confrade António Taveira
Desculpe. Não tem nada a vêr, mas não resisto!
Diz o Caro Confrade, que pelo menos até à conquista de Ceuta, em Castela ainda se admitia a "anexação" de Portugal.
Mas em algum dia das suas inglórias vidas, os espanhóis desistiram, ou desistirão de anexar Portugal?!
Melhores Cumprientos
Airmid
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Confrade Airmid:
O acto fundador de Espanha foi a batalha de Toro. Não pela derrota portuguesa que não existiu, mas pela compreensão de D. Afonso V que dificilmente triunfaria em Castela. Muito pela existência em muitos sectores castelhanos de um forte sentimento anti-português provocado pela estrondosa derrota de Aljubarrota no século anterior. Até esse momento, até à batalha de Toro e consequente união entre Castela (com Galiza e Leão) e Aragão, não se pode falar em Espanha. Em Castela vivia a rainha D. Beatriz de Portugal, legítima herdeira do trono português (sempre se intitulou até ao fim dos seus dias rainha de Portugal), os infantes D. João e D. Dinis e muitos portugueses defensores dum legitimismo dinástico.
Até essa altura, conquista de Ceuta, esses sectores acreditaram poder levar os seus intentos por diante com o apoio granjeado na corte castelhana. Em Castela em 1476 os castelhanos optaram por uma ligação a Aragão em detrimento de Portugal.
Já em mensagens anteriores referi os períodos ao longo do século XIV e XV que entre Portugal e Castela se colocaram questões de legitimismo dinástico. São por demais conhecidos da nossa história:
1.º O rei português D. Fernando I após a morte de seu primo, D. Pedro, o cruel, intitulou-se rei de Castela. Era o representante legítimo dos reis de Castela e invadiu-a com apoio essencialmente galego.
2.º A D. Fernando sucedeu sua filha, D. Beatriz de Portugal, casada com D. Juan I, de Castela. Portugal não aceitou uma rainha casada com um rei estrangeiro mas o legitimismo estava do lado de D. Beatriz.
3.º No reinado de D. Afonso V esse mesmo legitimismo estava do lado português defensor dos direitos de D. Juana única filha de Enrique IV.
Não me parece pois que as suas palavras se apliquem ao contexto histórico em causa.
Com os melhores cumprimentos,
António Taveira
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro António Taveira
Diga-me, por favor, qual é a ligação genealógica entre os Dezas/Turrichaos e Pedro Fernandes de Castro, o da Guerra, herdeiro do 2.º conde de Barcelos, e pai de Inês de Castro.
Não é a ligação entre Dezas de Turrichaos e Pedro Fernandes de Castro, o da Guerra, mas sim entre D. Fernando o 1º Senhor de Eça, que recebeu o senhorio por casamento com uma Senhora de Eza
"...Procedentes de Galicia, en la diócesis de Lugo,su solar faé, según parece, la fortaleza de Benquerencia, próxima al lugar de Deza, y antes de tomar este apellido se llamaron Turruchaos, Turrichaos ó Torrechanos, que todo significa lo mismo; pero por haber muerto, en 1364, al Arzobispo de Santiago D. Suero de Toledo y al Dean de la misma iglesia,se huyeron á su palacio de Pontevedra y de allí á Portugal, en donde residieron mucho tiempo.
Tornaron á Castilla en ocasión del matrimónio de Don Juan I con Doña Beatriz de Portugal, y entonces se desmembró la familia en tres ramas: la una establecida en Toro, otra en Sevilla y la tercera en Córdoba, donde fundó mayorazgo, y después de emparentar con las más distinguidas casas de esta ciudad se extinguió á principios del siglo xvIII.
De los primeros que aparecen en esta estirpe, y dejando á Fernán Pérez Deza, Prior de San Juan en Castilla, que confirma en el privilegio del Rey Don Ramiro á Santiago, por ser apócrifo tal documento, es D. Rui Suárez de Deza, Merino Mayor de Galicia en los tiempos de Alfonso el Sabio...."
Estes são os Eças de Frei Diogo de Eça (Diego Deza) o que apoiou Colombo em Espanha. Estes são os Eças do morgadio dos Eças, dos quais descendente D. Isabel de Portugal.
D. Isabel de Portugal que foi avó de D. Afonso, o 8º Condestável, filho de D. Diogo, Duque de Viseu e Beja. Este filho de D. Diogo foi escondido por D. João II e por D. Pedro de Eça, que testemunhou o “apunhalamento” de D. Diogo!!! D. Pedro de Eça era assim tio da mãe de D. Afonso, o 8º Condestável, e tio por afinidade de D. Diogo, Duque de Viseu e Beja.
Portanto D. João II era primo co-irmão do Duque de Viseu, e escolheu um tio deste para servir de testemunha do seu “apunhalamento”!!! E já agora, D. Pedro de Eça não saberia que a sobrinha tinha um filho do Duque???
Estes são os Eças Espiritualistas, militas da Ordem do Espirital de São João Baptista, os que defendiam os ventos de Elias e os Campos Elísios que Colombo proclamou no Novo Mundo!!!
Com os meus melhores cumprimentos
Zé Maria
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro José Maria Ferreira:
Diz que D. Fernando de Portugal casou com uma senhora Deza (ainda para mais dos Dezas Espiritualistas !!!):" ... entre D. Fernando o 1º Senhor de Eça, que recebeu o senhorio por casamento com uma Senhora de Eza..."
Nunca tal vi nem ouvi. Quem era essa senhora ? Era só espírito ou tinha corpo e nome ?
Com os meus melhores cumprimentos,
António Taveira
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro António Taveira
"Nunca tal vi nem ouvi. Quem era essa senhora ? Era só espírito ou tinha corpo e nome?"
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=568782
Para os genealogistas é N, simplesmente!!! Já para o Prior do Crato D. António, também é N. Para o Infante D. Luís que também foi da dita Ordem do Espirital, também a sua mulher é N. Portanto quando não interessa para a situação é N. Só que os primeiros N, são os ascendentes dos último N. É só NNNNN.... É só Espírito, porque não interessa ter corpo e Alma!!!
Retribuo cumprimentos
Zé Maria
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro José Maria Ferreira:
Mas onde encontrou a informação que D. Fernando de Portugal casou com uma senhora Deza herdeira do senhorio com esse nome. Qual a fonte onde encontrou tal informação ?
Não me diga que foi uma revelação pessoal do Espírito Santo ?
A descendência de D. Fernando de Portugal assinou Portugal (a sua varonia na casa real portuguesa), Guerra (talvez tirado de D. Pedro Fernandes de castro, o da Guerra) ou Eça (nome tirado do senhorio).
E D. Álvaro de Luna, condestável de Castela, senhor de Deza cerca de 1440, também terá casado com a tal N. de que fala ?
Com os meus melhores cumprimentos,
António Taveira
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro António Taveira
“Não me diga que foi uma revelação pessoal do Espírito Santo” ?
Eu já lhe deixei um extracto do livro de autoria de Armando Cotarelo y Valledor, sobre Frei Diego Deza, onde este autor defende que os EZAS de Turrichaos são os ascendentes dos três ramos dos Eças. Já lhe demonstrei que é um facto comprovado pelo casamento de Cristóvão Moniz, filho do comendador de Panoyas, descendente dos Ezas de Turrichaos se vai casar depois com uma prima, filha de D. Pedro de Eça.
Portanto é o autor do livro, e sou eu a comprovar pessoalmente, aquilo que ele argumenta.
Você argumenta que “A única vila de Deza que encontro não é na Galiza nem em Navarra mas sim próximo de Sória, na fronteira de Castela e Aragão.
Com isto tudo fiquei sem saber de onde é que são os Ezas!!!
São galegos, são de Navarra, são de Castela ou são de Aragão???
Com os meus cumprimentos
Zé Maria
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro José Maria Ferreira:
Como já lhe disse, a única vila que encontro em Espanha com o nome de Deza, é perto de Sória entre Castela e Aragão. Conhece outra ?
Como também já lhe disse, o apelido Deza vem de uma comarca galega, atravessada por um rio desse nome, a norte de Pontevedra.
RESUMINDO, como sempre lhe disse:
1.º o apelido DEZA é galego.
2.º o senhorio de DEZA não garanto onde fique.
O senhorio de Deza que pertenceu a D. Fernando de Portugal terá sido o da comarca galega. Só que nunca vi referido por ninguém que esse senhorio lhe veio por casamento. Este é que é o PONTO. ONDE VIU ESTA REFERÊNCIA ?
Conheço bem a obra de Armando Cotarello y Valedor e outras. Ninguém fala nessa fantasmagórica senhora de DEZA (e no século XV na Galiza não passaria despercebida) casada com D. Fernando de Portugal. Mais, todos os autores dizem que os seus descendentes tomaram o apelido daquele senhorio e não por lhes vir por via materna.
Só o meu caro confrade diz outra coisa. Porquê ? Com que fundamento ?
Com os melhores cumprimentos,
António Taveira
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro José Maria Ferreira:
Certos autores dizem que D. Fernando de Portugal foi senhor da vila de Eça, na Galiza. Sem mais.
Como disse a vila de Deza fica na fronteira de Nordeste de Castela próximo de Aragão e de Navarra.
O Geneall diz do apelido Eça:
"Tem este nome raízes toponímicas, visto derivar da terra de Eça, na Navarra e foi adoptado como apelido pelos descendentes do Infante D. João, filho primogénito do casamento do rei D. Pedro I de Portugal com D. Inês de Castro.
Aquele casamento, declarado solene e publicamente pelo referido monarca e testemunhado por fidalgos e clérigos - entre os quais um bispo (!)- é indiscutível nos seus efeitos legais, pelo que o Infante D. João possuía melhores direitos ao trono de Portugal do que seu irmão o Mestre de Avis e até quem sabe, do que sua sobrinha, a filha única de D. Fernando...."
Na Wikipédia vem sobre a vila de Deza, na fronteira Nordeste de Castela:
"...es una villa de realengo desde el siglo XII hasta la segunda mitad del siglo XIV en que el rey de Castilla Enrique II la entrega como recompensa al francés Beltrán Duguesclin, y de éste pasará con posterioridad a otros nobles y finalmente al conde de Medinaceli, formando parte de su señorío. .."
Daí as minhas dúvidas sobre onde ficaria tal senhorio. Se na fronteira de Castela se a norte de Pontevedra. Mas o PONTO é que o obteve por doação como todos os autores referem e não por casamento como uma incógnita N. a que ninguém, salvo o caro confrade, alude.
Esperando encerrar o assunto.
Com os melhores cumprimentos,
António Taveira
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro Confrade António Taveira
Poderia por favor, contextualizar melhor a "Questão da Conquista de Ceuta"?
O que significou a Conquista de Ceuta, de 1414, para que os Legitimistas Portugueses tivessem perdido a esperança, de repôr no Trono de Portugal, com a ajuda de Castela, não D. Beatriz, que falecera em 1410, nem o seu filho D. Miguel, que apenas vivera um ano, mas um outro Rei, que considerariam mais legítimo que o Rei Dom João I?
Melhores Cumprimentos
Airmid
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Cara confrade Airmid:
Antes de mais respondo-lle a uma pergunta anterior ainda sem resposta. Relativamente a imagens de armas portuguesas é preciso, como refere na sua mensagem, ter muito cuidado em relação ao período em que foram realizadas. A sigilografia é essencial. Lida com documentos oficiais e datados.
Respondendo à questão que agora coloca. D. Beatriz de Portugal faleceu em Toro em data desconhecida entre 1430 e 1440, provávelmente mais no início dessa década. Não teve nenhum filho. Um suposto filho, D. Miguel, referido no Geneall é certamente confusão com D. Miguel da Paz, herdeiro jurado do trono de Castela e Aragão, filho de D. Manuel e da infanta de Castela D. Isabel, viúva do príncipe D. Afonso de Portugal. Repare que o nome próprio Miguel não era usado em finais do século XIV.
Os legitimistas portugueses não perderam a esperança, após a tomada de Ceuta, de colocar D. Beatriz no trono de Portugal. Mas, a partir dessa data, tornou-se mais difícil reunir apoios em Castela. A dinastia de Aviz estava consolidada internacionalmente pelo eco de tal façanha pela Europa fora. Os ventos mudaram e Roma viu com muito bons olhos essas novas terras para a Cristandade. O reconhecimento da dinastia de Aviz pelo Papa estava em marcha. A Castela restava obter um acordo favorável e, se possível, defendendo os interesses de D. Beatriz de Portugal. Portugal, inteligentemente, foi-se aproximando de Aragão para politicamente isolar Castela, e forçá-la a um entendimento. Ambos os reis, de Castela e de Aragão descendiam de D. Juan I de Castilla, da mesma dinastia Transtamara que reinava nos dois reinos peninsulares. A inimizada entre Transtamara e Portugal vinha dos tempos de D. Fernando, que se intitulou rei de Castela, Leão e Galiza não reconhecendo Henrique II de Transtamara, o bastardo, o fundador da dinastia. E, assim, o rei D. Duarte veio a casar com uma infanta de Aragão. Um dos ramos Transtamaras tinha reconhecido a casa de Aviz.
Cokm os melhores cumprimentos,
António Taveira
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro Confrade António Taveira
Agora fico na dúvida se a data de nascimento de D. Beatriz, é a que está no Geneall, porque foi em função dessa data, que levantei a questão anterior.
Se o filho Miguel nunca existiu, e a data do falecimento está errada, também a data de nascimento pode estar incorrecta, e se assim for a minha dúvida não faz sentido.
O que pensei, foi que mesmo que D. Beatriz estivesse viva em 1414, teria mais de 40 anos, e nenhum filho vivo.
Qual seria o interesse dos Legitimistas em a colocar no trono, já que a questão da sua sucessão se iria colocar de novo após a sua morte?
Já Dom João I, optou por uma óptima estratégia. Ao conquistar Ceuta para o Vaticano, conquistou o seu apoio.
Ainda assim, creio que também aqui, deva ter existido uma outra razão, mais poderosa.
Melhores Cumprimentos
Airmid
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Cara confrade Airmid:
A data de nascimento é a que consta no Geneal. D. Beatriz teve várias propostas de casamento que sempre foi recusando por não favorecerem os seus planos de regresso a Portugal como rainha legítima. No seio dos legitimistas havia uma forte corrente que apoiava o infante D. Dinis. Este, por motivos tácticos (recolhia mais apoio popular em Portugal) passou a ser apoiado por Henrique III, e intitulou-se rei de Portugal. Castela esperava ter uma palavra a dizer na escolha do rei de Portugal e daí tirar dividendos quando o momento chegasse. Se a anexação não fosse possível tentariam um acordo que os favorecesse. O infante D. Dinis foi um joguete instrumental na política castelhana. Foi sepultado em Castela, como rei de Portugal em data mais tardia do que a que vem referida no Geneall. Mas, para os legitimistas "ortodoxos", extinta a linha de D. Beatriz, restava a do infante D. Dinis que alguns, menos ortodoxos, já apoiavam em detrimento daquela.
O objectivo da conquista de Ceuta não foi a afirmação internacional da nova dinastia. Mas transformou-se num fortíssimo argumento político perante toda a Cristandade e perante o Papa que ungia os Reis.
Com os melhores cumprimentos,
António Taveira
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro Confrade António Taveira
Eu também não penso que o objectivo da Conquista de Ceuta, tenha sido a afirmação internacional da nova Dinastia.
Foi sim, uma Estratégia magistral, baseada num extraordinário disfarce.
E se não se tivesse dado o caso, de D. Manuel ser um idiota, que queria porque queria, a mulher do primo, o maldito Filipe II, nunca teria sabido de nada.
Ou por outra, saber saberia, mas teria que engolir a raiva, calado.
E se Dom Sebastião não fosse um jovem franco e solidário, como são todos os verdadeiros Portugueses, os espanhóis nunca se poderiam ter vingado, usando a mesma moeda:
O Truque do Norte de África.
A vingança dos espanhóis, foi rasteira! Custou-nos a Independência, e a Vida da nossa melhor nobreza, e dos nossos melhores Homens.
E várias vezes tenho dito:
"Maldita Ceuta e Maldito dia".
Mas, ainda que mais não houvesse, e muito havia, só pela cara de imbecis dos castelhanos, quando descobriram que tinham sido enganados, Ceuta, valeu a pena!
Ah! Se valeu!
Melhores Cumprimentos
Airmid
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Cara confrade Airmid:
Veja a página de Ceuta na Wikipédia. É o único local do planeta onde a nossa bandeira ainda se mantém orgulhosamente. Aquela mesma bandeira que originou este debate. Na defesa da qual tanto sangue português foi derramado no Norte de África. Estamos a escassos 4 anos de 6 séculos de permanência ininterrupta.
Com os melhores cumprimentos,
António Taveira
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Eis a explicação de Rui de Pina ...
"Por falecimento del-Rei Dom Sancho deste nome o segundo, a que disseram
Capello, porque delle não ficou herdeiro do Reino legitimo descendente,
que o succedesse, foi alevantado, e obedecido por Rei na Cidade de
Lisboa o Ifante Dom Affonso Conde de Bolonha, seu irmão, a que o Reino
de Portugal por sucessão direitamente pertencia, em idade de trinta e
oito annos na era de mil e duzentos e quarenta e sete, (1247) o qual
era, filho legitimo del-Rei Dom Affonso o Segundo, irmão menor do dito
Rei Dom Sancho, por cujos defeitos, e por não reger como devia elle veo
de Bolonha a este Reino de Portugal, e o governou, e defendeo dous
annos, não se chamando Rei, mas Procurador, e Defensor delle por mandado
do Papa, como na Coronica del-Rei Dom Sancho claramente se disse, e
depois que o dito Rei Dom Affonso Reinou durando os primeiros annos de
seu Reinado, e antes de ter cazado a segunda vez com a Rainha Dona
Breatiz, sua sobrinha, filha del-Rei Dom Affonso deste nome o Decimo de
Castella, se intitulou sómente Rei de Portugal, e Conde de Bolonha, e
trouxe seu Escudo com as sós Quinas sem a Orla, e bordadura dos
Castellos, assi como os outros Reis de Portugal até este tempo
trouxeram, segundo eu Coronista o vi nos sellos pendentes de algumas
suas Cartas, que naquelle tempo passaram, e as achei na Torre do Tombo
destes Reinos, de que por o officio sou Guarda-mór.
Porque depois que com a dita Rainha Dona Breatriz lhe foram dadas as
Villas, e Castellos do Reino do Algarve, elle foi o que primeiro se
intitulou Rei de Portugal, e do Algarve, e poz na orla do dito Escudo, e
Quinas os Castellos dourados em campo vermelho, que logo elle, e depois
os outros Reis de Portugal que delle decenderam sempre atégora
trouxeram, e esto afirmo assi por declaração da duvida, que por muitos
sobre os ditos Castellos já ouvi mover, a saber, se são Castellos por
esta rezão, que disse, ou pelos de Riba de Coa, que a este Reino
creceram, ou se eram com folões, ou bandeiras, que se dizem as Armas do
Condado de Bolonha, e assi disputar sobre o numero dos ditos Castellos,
a que digo, e afirmo que não podem ser Castellos pelos de Riba de Coa,
porque El-Rei Dom Diniz filho del-Rei Dom Affonso os ganhou, e houve
depois que Reinou, como em sua Coronica se dirá, nem menos pareçam, que
sejam por respeito das Armas de Bolonha, que por seu cazamento, posto
que em sua vida as trouxesse, ellas não ficavam, nem podiam ficar depois
de sua morte á Coroa Real do Reino de Portugal, quanto mais que a
honestidade, e rezão contrariavam elle trazer em Portugal as Armas de
Bolonha, por memoria da Condeça sua molher de que contra direito, e em
desprezo della se apartou, e nunca depois a quiz ver, por onde é mui
certo que sómente são pelos ditos Castellos do Reino do Algarve como
disse.
Os quais Castellos, posto que na primeira doação del-Rei de Castella
ficam del-Rei Dom Affonso, seu genro a seus filhos, estão por numero
certo, e assinados, nem por isso obrigam serem trazidos nas Armas por
aquelle numero certo, porque naquelle tempo El-Rei de Castella lhe deu
os mais que ganhasse, como ganhou sem os declarar, assi que estes
Castellos são postos na Orla, não por numero certo, mas o que nella em
boa proporção bem podesse caber, e porém El-Rei Dom Affonso logo como
Reinou, e assi depois que a segunda vez cazou foi bom Rei, verdadeiro, e
prudente, e de coração mui esforçado, e muito amigo da Justiça, por a
qual a muitos mal feitores, que foram prezentes, e em seus crimes
comprehendidos, deu suas devidas penas, com medo das quaes outros se
foram da terra, e regeo bem o Reino com devida, e inteira equidade, e
proveo o povo em inteira Justiça, e sua real Caza, e Fazenda com
singular regra, e louvada ordenança, e fez muitas boas, e novas
povoações em muitas partes do Reino, que eram despovoradas, e mandou
lavrar, e aproveitar os termos de muitas Villas, e Castellos para
repairo, e culto da terra, que dos tempos passados estava mui
denificada, e quaes foram as obras dinas de memoria que fez além dos
feitos grandes darmas de sua conquista do Algarve, no fim desta sua
Coronica em soma particular estão declaradas."
in "Chronica do muito alto e muito esclarecido principe D. Afonso III, quinto rey de Portugal"
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caros confrades
Muito obrigado pelos esclarecimentos apesar de a razão de aquela representação no Mosteiro dos Jerónimos ter 7 castelos e todos com aspecto diferente não estar explicada - provavelmente nunca será.
aparte: aborrece-me imenso quem se aproveita de perguntas reais e concretas para se "apropriar" do tema e impestá-lo com questões isotéricas que não são para aqui chamadas. Por favor se NÃO sabem responder realmente criem um tema próprio. O que vale é que, nos temas que me interessam, quando aparecem intervenções destas pessoas, já raramente as leio (só quando estou também num tema isotérico.
Obrigado a todos
L.Salreta
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro L. Salreta
Sendo assim as divisas que são lemas, ou frases simbólicas que se toma como norma de procedimento, também são de conteúdo esotérico? E se as divisas o são, por não seria o conteúdo da bandeira?
Qual a diferença, ambas não são estandartes, marcas ou distintivos? Se a bandeira é um distintivo que caracteriza ou que identifica uma nação, instituição ou organização não pode a bandeira através de um emblema exaltar às virtudes que sirvam de norma a esse povo ou nação???
Assim, os 7 castelos na nossa bandeira exaltam as sete virtudes porque nos devemos todos reger para que como povo nos tornarmos invencíveis!!!
Às armas, às armas! Sobre a terra, sobre o mar, Ás armas, às armas! Pela Pátria lutar. Contra os canhões marchar, marchar!
Pode crer, que os 7 Castelos guardarão bem de Nós!!! São os 7 Castelos Divinos de D. João II!!!
Até sempre
Zé Maria
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
"As armas nacionais, que consistiam no escudo português envolvido pelo colar da Ordem de Cristo e por dois grifos passou inclusivamente a ter três grifos, simbolizando o novo reino do Brasil integrado na Coroa Portuguesa."
in www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/portugal/bandeira-de-portugal-5.php
São estas primeiras armas que vê na visita virtual aos Jerónimos e que estão descritas aí como"Cruz Cristo".
Cumprimentos,
Rui C Correia
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Efectivamente, é um facto documentado (subsiste pelo menos uma pedra de armas) que, uma vez Rei, D. Afonso III teve um tempo em que deixou de usar os castelos e apenas usou os cinco escudetes do seu irmão deposto (não as quinas, onde Pina erra, pois só há quinas quando os escudetes apenas ostentam cinco besantes...). Assim, há uma possibilidade de que a bordadura com castelos não remeta para os castelos que ele usava em França mas sim para a tal conquista do Algarve. Mesmo assim, tendo a ser céptico relativamente à tardia explicação de Rui de Pina e a julgar mais lógico que D. Afonso III tenha resolvido inspirar-se nas suas antigas armas pessoais (mesmo que as tenha recuperado em nome do Algarve...).
Sérgio Sodré
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro Sérgio Sodré
Os Castelos ou Fortalezas na bandeira Nacional têm as ver com as Sagradas Virtudes. Assim D. João I adoptou colocar na bandeira nacional os Nove Castelos simbolizando as noves Sagradas e Nobres Virtudes: (de influencia Norte da Grã Bretanha) que são:
1- CORAGEM
2- VERDADE
3- HONRA
4- FIDELIDADE
5- DISCIPLINA: (JUSTIÇA)
6- HOSPITALIDADE
7- LABORIOSIDADE
8- INDEPÊNDENCIA
9- PERSEVERANÇA
D. João I muito virtuoso, ele era um adepto das Sagradas Virtudes. No Ribatejo, no actual lugar das Virtudes, ergueu-se em 1419 um Templo em honra das Sagradas Virtudes, em comemoração da conquista de Ceuta, ao qual se deu o nome de Convento de Santa Maria das Virtudes .
Ceuta foi considerada uma cidade sagrada pelos portugueses, para darem inicio ao Império do Espírito Santo ou 5º Império, onde essas Sagradas Virtudes estariam presentes na Alma dos portugueses!!!
Já D. João II achou que 7 Sagradas Virtudes chegariam para que se concretizem os seus planos, por isso colocou 7 Castelos ou Fortalezas na Bandeira e mandou levantar as duas quinas. Tal como D. João I, também o seu projecto era era Divino, ressuscitar de Novo Cristo para ele vir a todo o Mundo. ( Porque Cristo na sua primeira vinda, ainda não tinha ido à América)
Saudações e Virtudes Sagradas
Zé Maria
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro Sérgio
O que Rui de Pina diz é que a bordadura de castelos vem pelo acrescento dos Algarves (dai em diante passou a ser Rei de Portugal e dos Algarves e juntou as armas dos dois reinos). E porque havia de ser por outro motivo? Ou porque haveria Rui de Pina inventar esta justificação se não fosse a verdadeira? Se dissesse que as tinha junto por vontade própria do Rei, querendo nelas marcar a sua presença pessoal, alguém questionaria a legitimidade do acto?
Assim D. Afonso III teria as suas armas próprias que deixou ao tornar-se Rei tomando as do Reino (iguais às do irmão). Quando recebe D.Beatriz recebe também o "Algarve Castelhano" que junta ao "Algarve Português" unificando e acrescentando esse Reino e transpondo para as suas armas o facto juntando a estas a bordadura de Castelos.
De qualquer forma as armas com Castelos de Ouro em fundo vermelho serão sempre as mesmas venham elas das armas pessoais do infante D. Afonso ou do reino dos Algarves por via de D. Beatriz: são armas com base nas de Castela. No primeiro caso por D. Afonso ser filho de D. Urraca de Castela no segundo por D. Beatriz de Castela.
As armas permanecem com os Castelos como o título de Rei de Portugal e dos Algarves por muito tempo depois.
Castelos do Algarve em tempos de D. Afonso III - Alcoutim, Castro Marim, Cacela, Tavira, Faro, Loulé, Paderne, Silves, Lagos
Cumprimentos,
Rui C Correia
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caros amigos.
Apenas unha incursión para tratar de poñer un pouco de orde no asunto dos Deza. O señorío dos Deza era galego, e estaba na comarca que aínda hoxe se chama Deza, e concretamente tiñan castelo no lugar que hoxe se chama Presqueiras. Os Deza, antigamente coñecidos como Churruchaos (probablemente as veriantes alternativas máis coñecidas en Portugal de Turrichaos, Turruchaos, etc., limitan a búsqueda) rama á que pertencía Diego de Deza. Os Churruchaos foron obligados pola coroa de Castela a renunciar ó apelido, polo que adoptaron o de Deza. A confusión tamén pode vir de que Deza non é nome de pobo, nin de parroquia, nin de concello, nin de lugar, mais sí dunha comarca que engloba varios lugares.
Tiñan tamén casa en Pontevedra, na actual Rúa dos Churruchaos.
En canto a Beatriz de Castro, esposa de Dinís de Portugal, que era galega, regresóu a Galicia tras enviudar, voltando a casar con Álvaro Osorio. Foi condesa de Lemos, o que pode crear outro motivo de confusión. Unha filla súa e de Pedro Osorio, chamada Ana de Castro Osorio foi unha das tres esposas simultáneas de Luis Colón, III almirante. A actual titular do condado de Lemos é a duquesa de Alba.
Os Castro, pola súa banda, pertencían ó tronco orixinal dos Trastámara, que tamén eran galegos de orixe, de ahí que os Castro, como condes de Trastámara incorporaran ó seu escudo as armas dos reis de Castela e León.
Melhores Cumprimentos.
Rodrigo Cota.
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro Rui Correia
Na minha opinião Rui de Pina não inventou deliberadamente nada, se erra em algum ponto foi por desconhecimento devido ao afastamento temporal dos factos. Fala incorrectamente de "quinas" mas é claro em referir D. Afonso, Rei de Portugal e do Algarve, e não Algarves no plural.
Julgo que D. Beatriz não trouxe nenhum Algarve Castelhano que juntou a um Algarve Português, o que aconteceu foi que Castela reivindicava todo o Algarve conquistado pelos portugueses, e foi só com D.Dinis que finalmente Castela reconheceu o Algarve como de direito português.
Algarves no plural só com as conquistas no Norte de África. Rei de Portugal e dos Algarves d' aquém e d' além mar. O Algarve europeu e o Algarve africano.
Cumprimentos
Sérgio Sodré
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro José Maria
Quando refere a ida de Cristo à América está pensar na bíblia dos Mórmones? Joseph Smith teve uma revelação e recebeu livros sobre a pregação de Cristo na América (dizem eles...).
Cumprimentos
Sérgio Sodré
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Tens toda a razão. Eu também coloquei entre aspas porque aqueles Algarves nunca existiram com aquele nome e sempre foram o mesmo, reivindicado por ambos os Reinos. E Rui de Pina diz realmente no singular.
Saudações na Paz de Águas Belas
Rui
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Tens toda a razão. Eu também coloquei entre aspas porque aqueles Algarves nunca existiram com aquele nome e sempre foram o mesmo, reivindicado por ambos os Reinos. E Rui de Pina diz realmente no singular.
Saudações na Paz de Águas Belas
Rui
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro Sérgio Sodré
Eu não estou a pensar em nada. Estou a constatar um facto do séc. XV, que foi ignorado e escondido tanto pelo poder capitalista emergente da descoberta do Novo Mundo, como pela Inquisição. Depois só poderia ter dado o que deu: aborda-se sempre a história de uma maneira capitalista, como se os portugueses do séc. XV não tivessem uma religião pela qual se bateram nos quatro cantos do Mundo. Nunca se aborda a História de Portugal no séc. XV numa perspectiva religiosa. Já dizia o Papa da altura que D. João II, andava-se a meter em coisas da Igreja, o que não devia. Passados que são 500 anos o pensamento sobre a História é a mesma. Se é religião não se aborda, só se fala do que é materialista. Assim esqueceu-se o espírito, isto é do pensamento português, que fez movimentar e levar os portugueses ao Fim do Mundo!!!
Exemplo disso é o abandono do Convento de Nossa Senhora das Virtudes no Ribatejo. O Convento ainda hoje é só visto de uma maneira capitalista: apenas serviria de pousada aos reis D. Duarte, D. Afonso V, e D. João II. Tudo o resto não interessa como se aquelas pedras que se encontram abandonadas não tivessem sido um Templo, onde convergiram durante o séc. XV milhares de portugueses com uma Fé, um espírito, um pensamento para um Mundo Novo!!!
As Virtudes Sagradas dos portugueses são assim propositadamente ignoradas. E vou apenas abordar uma, A HONRA.
A HONRA porque se bateram os nossos reis acima descritos, D. Duarte, D. Afonso V, e D. João II, levou a que estes dois últimos tivessem travado uma guerra contra Castela, não só pela sucessão como para defenderem também a HONRA de D. Joana, infanta de Portugal que casou com Enrique IV, rei de Castela e da sua filha D. Joana a Excelente Senhora. Foi uma Guerra fratricida entre Portugal e Castela muito mais que uma União, o que estava em causa era a HONRA de Portugal. Pela HONRA lutavam os portugueses e mesmo depois de assinadas as Pazes, nunca deixaram de lutar pela HONRA, uma das nove virtudes sagradas porque lutavam os nossos reis da dinastia de Avis.
1479- Discurso de Fernando de Talavera na Confirmação do Acordo das Pazes
Estos embaxadores fuéron bien recebidos por el Rey de Portogal, é por el Príncipe su fijo: y en loor de la paz entre ellos celebrada, aquel religioso fabló al rey de Portogal en esta manera:
Muchas saludes, muy alto Rey e Príncipe esclarecido, é muy cordiales encomiendas vos embian los muy altos é muy poderosos Rey e Reina de Castilla é de Leon, é de Aragon, é de Sicília nuestros soberanos señores, é voluntad que á tan claro Rey e Príncipe, tan conjuntos en deblo, tan confederados é aliados en verdadera paz é amistad son debidas. Quiziéram sus Altezas que fuésemos sus embaxadores é portadores dellas, como quier que muy pequenos en su muy alto consejo, pêro menos que otros familiares, é aceptos á su servicio: porque algumas coisas que Vuestra Alteza é serenidad nos mandaram exponer e comunicar, SON DE TAL CALIDAD E MISTÉRIO, QUE REQUIEREM MINISTROS DE SEMEJANTE PROFESSION. É aun por corresponder á la manera que vuestra muy excelente prudência tovo en las novíssimas embaxadas é mensagerias que á sus excelências fizo en estos dias: primeramente com el sabido Licenciado de Figueroa de vuestro muy alto consejo, E DESPUES MÁS FAMILIARMENTE COM EL DEVOTO RELIGIOSO PADRE ANTÓNIO VUESTRO CONFESSOR. Manera por cierto prudentíssima e muito proveichosa, porque esta via mas que qualquer otra seran confirmadas e perpectuadas vuestras bienaventuradas paces e muy dignas amistades en aquestos tiempos dignamente reformados. Cá por esta via mas que por otra se podiam certificar vuestras muy buenas voluntades é las suyas: refiriéndolas á aquelos que las conocen, como Dios cuyo és próprio asentar los corazones que segun el Profeta son dificiles de conocer e por cosa deste Mundo no diran sino verdades. Manera otrosi decente e muy Dina de sus reales excelências é vuestras: porque claramente demuestra, que no solamente sois príncipes científicos, e Reyes animosos, é muy proveidos en los exercícios é actos militares com a todos es notório, mas muy católicos é sublimados, en todo linage de heroycas é perfectas virtudes, quando ansi vos place elegir é destinar tales núncios é mensageros. EXEMPLO ES MUY SUFICIENTE, QUE JESU CRISTO NUESTRO REDEMPTOR, PARA SER ENTRE DIOS E LOS HOMENS PERFECTO MEDIADEIRO OVO DE SER HOME VERDADEIRO. É porque nos comezamos a testificar lo que de cierto sabemos: crea vuestra serenidad, que la voluntad de nuestrõs soberanos príncipes Rey e Reina nuestros señores, que por eso la décimos voluntad e no voluntades, porque en esto y en todo o bien son conformes, é tienen un querer e non querer(es) como muy esclarecidos conjugados en todo e por todo o deben tener, és muy determinada, muy entera, muy constante em la perfecta conservacion de las dichas paces, y en el cumprimiento de tudo lo que ellas capitulado, especialmente por el dicho devoto Padre, á quien sus Altezas, dan mucha fe por las razonas ya dichas. É no son sin causa vuestras muy ilustres voluntades é lá suya en esto son é deben ser conformes: como esta bienaventurada é concórdia sea á Nuestro Señor Dios muy apacible, que toda buena paz ama é apruebla, com aquel que es dicho della. El qual por facer paz verdadeira e perpetua con el LINAGEM HUMANAL, é paz entre sus santos angeles é los homes, é paz entre os homes de diversas condiciones, en la persona del fijo se vistio de nuestra Humanidade, y en ella recibio Muerte e Pasion, porque pudiésemos conseguir la paz del ciel, que es nuestra bienaventuranza, que sin la paz del suelo no se alcanza. E por eso quiso ser llamado príncípe de paz, é quiso ser nacer em tempo de paz, e que sus ángeles la anunciassem en su Santa Natividad, e lá dexó por herencia a sus muy amados discípulos, en su testamento e postrimera voluntad, e con ella lles mandó saludar la casa em que entrasen, é com ella les saludó el mesmo despues de la gloriosa resurreiçon: DANDO A ENTENDER, QUE ESTA ES VERDADEIRA SOLUTACION, E EL MAYOR BIEN QUE SE DEBE DESEJAR. É ansi la mando dar en el testamento viejo por bendicion principal á su pueblo. És otrosi la paz a Vuestras Serenissimas personas é a las suyas, causa de mucho descanso e consolacion, porque da oportunidad para toda buena governacion: como por el contrario la guerra é la discórdia son causa de mucha fadiga, y enojo é turbacion. Y es la paz necessária e muy provechosa á todos os estados de sus reynos é de los vuestros, cujo bien todo príncipe com mucho estúdio debe procurar, é anteponer al suyo: é aun oportuna e conferente Á TODA LA RELIGION CRISTIANA, y especialmente en estos tiempos peligrosos: y es mucho dañosa, e por consiguinte molesta é odiosa á los enemigos de la santa fé católica, propinquos é remotos. É por desto é de otras cosas que REQUIEREM AUDIENCIA MAS FAMILIAR E SECRETA, diré á Vuestra real Magestade é muy ilustre señoria: agora facemos fim muy humildemente, suplicando perdon eu lo que menos debidamente es dicho, é remitiendo al doctor dino colega en esta nuestra legacion, que como varon docto é prudente supla do que mi simpleza há fallecido.
Depois que aquel religioso ovo fablado El Rey de Portogal, le respondió MUY BEN é les dixo: Que su intencion era de permanecer en la Paz asentada, considerando el FRUTO LOABLE (fruto honrado) que della se siguia.
O Fruto honrado que seguia para Castela era D. Diogo, Duque de Viseu que iria servir de “reféns” como medianeiro entre Portugal e Castela.
Também na Comédia de Lope de la Veja, D. Diogo, Duque de Viseu é considerado por aquele autor um “HONRADO FRUTO”
GUIMARANS.
Viseo, ese honrado fruto...........................
Nace de vivir en ley..................................
Que nos muestra como á vos...................
Que al Rey, en la paz ó guerra,...................
Respetemos en la tierra,.............................
Porque está en lugar de Dios,.......................
Los príncipes en el suelo...............................
Somos en toda ocasión,..............................
Lo que los ángeles son ..............................
Delante del Rey del cielo................................
Porque de aquel propio modo.........................
Se debe, por excelencia,...............................
A cuanto hiciere obediencia,...........................
Y darle gracias por todo. ................................
Foi de facto foi um Fruto muito honrado para Portugal, e não só, para o Mundo!!! Que o saibam descobrir porque este não é um fruto proibido, apesar de o terem escondido durante 500 anos. Este é o fruto da Verdade, e a Verdade também era uma das Virtudes Sagradas porque lutavam os portugueses.
O Fruto honrado foi D. Diogo (Cristóvão Colombo) que depois foi em missão de Cristo ao Novo Mundo!!!
A Biblia era portuguesa e inspirada no Espirito Santo, os Mórmones e o Mundo ainda tem muito que aprender com os portugueses do século XV.
Os meus melhores cumprimentos
Zé Maria
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro Rui Correia:
Como poderia Rui de Pina, duzentos e cinquenta anos depois, saber as razões que terão levado D. Afonso III a usar a bordadura de castelos ? E, ainda por cima, não era políticamente correcto sugerir que tinha algo que ver com as armas de Castela. Filiar um escudo no outro, ainda que só numa diferença, era simbólicamente pouco aceitável. De tal forma que ainda agora alguns não o aceitam. Vou-lhe apontar dados que apontam noutro sentido. A filiação da bordadura nas armas de Castela parece-me INCONTESTÁVEL.
Foi Afonso VIII, rei de Castela, avô materno de D. Afonso III que assumiu como armas próprias um Castelo de ouro num escudo vermelho. Assim nasceram na segunda metade do século XII as armas de Castela. O confrade Sérgio Sodré trouxe-nos uma indicação, para mim completamente desconhecida: D. Afonso III enquanto conde de Bolonha usava um selo com um escudo com um semeado de castelos ao lado de outro com as armas dos condes de Bolonha, de sua mulher. Sem dúvida que essas foram armas por si usadas. Com a estranheza, para mim, de não usar as armas reais de Portugal que lhe vinham por seu pai. Tendo sido seu avô materno Afonso VIII foi lá buscar a peça para assumir as suas armas próprias: um campo (certamente vermelho) semeado de castelos (certamente de ouro).
E há uma explicação para em BOLONHA, condado no norte da França, que nada tem a ver com a cidade italiana, ter usado como armas próprias armas baseadas nas de Castela, de seu avô Afonso VIII. O condado de Bolonha estava dependente de França onde reinava S. Luis. Luis IX, rei de França, primo co-irmão de D. Afonso III, ele também neto materno de Afonso VIII de Castela. São Luis mandou construir uma capela em Paris para albergar a coroa de espinhos de Cristo que trouxe da Terra Santa. Toda a decoração da capela é com enxameados de flor de liz de ouro em campo de azul (alusão às armas de França) e castelos de ouro em campo vermelho (alusão às armas de Castela, de seu avô materno).
Talvez tenha sido só após o seu regresso a Portugal (ou não) que passou a usar a armas de Portugal (o escudo com as cinco quinas dos reis de Portugal) com a bordadura vermelha de castelos de ouro. O irmão de S. Luis, D. Afonso, conde de Toulouse, usou um escudo partido: o 1.º semeado de flores de lis de ouro em fundo azul (França) e o 2.º semeado de castelos (alusão a Castela). Em Aragão, o infante D. Afonso, conde de Provença, condado no sul de França, outro primo co-irmão de D. Afonso III, também ele neto materno de Afonso VIII de Castela, chegou a usar armas com a mesma lógica heráldica das de D. Afonso III, rei de Portugal. Ao escudo de ouro com palas vermelhas (Aragão) acrescentou uma bordadura semeada de escudetes com castelos.
Não me restam dúvidas que a explicação para a bordadura dos castelos nas armas de D. Afonso III está nas armas de seu avô rei de Castela. Essa diferença com o castelo foi usada por outros netos do mesmo rei.
Com os melhores cumprimentos,
António Taveira
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro António Taveira
"Não me restam dúvidas que a explicação para a bordadura dos castelos nas armas de D. Afonso III está nas armas de seu avô rei de Castela. Essa diferença com o castelo foi usada por outros netos do mesmo rei."
E onde está a explicação para a bordadura dos 9 castelos na bandeira nacional do tempo de D. João I?
Será que D. João I perdeu alguns castelos para os castelhanos?
Com os meus cumprimentos
Zé Maria
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro Rodrigo Cota:
Não tenho dúvidas que o apelido Deza é galego tirado da comarca de Deza a norte de Pontevedra. Desses vem frei Diego de Deza.
A dúvida prende-se com D. Fernando de Portugal, filho do infante D. João. Foi senhor de Eça e parte da sua descendência assinou o apelido. Não tenho dúvidas que nenhumas relações de parentesco tinha com os Dezas de que falei no 1.º parágrafo. Mas onde ficava esse seu senhorio ? Creio que não era na comarca de Deza, na Galiza. Julgo que seria na vila de Deza, a nordeste de Castela. Dessa vila é referido na Wikipédia: "...es una villa de realengo desde el siglo XII hasta la segunda mitad del siglo XIV en que el rey de Castilla Enrique II la entrega como recompensa al francés Beltrán Duguesclin, y de éste pasará con posterioridad a otros nobles y finalmente al conde de Medinaceli, formando parte de su señorío. .."
Pode aclarar esta questão ? D. Fernando de Portugal era senhor de Eça. Seria, como penso, da vila de Deza em Castela ? Ou da comarca galega com o mesmo nome ?
Com os melhores cumprimentos,
António Taveira
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro José Maria Ferreira:
Por amor de Deus, reflicta...
Será que os nossos reis perderam dinheiros para os castelhanos (besantes)?
Porque é que vários netos maternos de D. Afonso VIII usaram como diferença castelos em número variável ? Em bordadura ou semeados em campo. O importante era a peça...O número e disposição era assumido pessoalmente segundo critérios de gosto. Não certamente por conquistarem mais ou menos castelos...Não sejamos infantis.
A propósito tirou 3 castelos a D. João I: o seu escudo tinha 12 castelos.
Com os melhores cumprimentos,
António Taveira
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro António Taveira
"Não misture Dezas com Eças. Os primeiros são galegos descendem dos Turrichãos. Os segundos, como sabe, dum filho do infante de D. João, que foi senhor de Eça. Não acredito que frei Diego de Deza, arcebispo de Sevilha, 2.º inquisidor geral de Espanha (sucedeu a Torquemada) estivesse ao serviço de D. João II. Desculpe, mas são maneiras de ver."
Misturo sim senhor! Meto-os todos no mesmo saco, isto é na mesma Casa do Conde de Lemos.(irmão de D. Inês de Castro)
Com os meus cumprimentos
Zé Maria
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro António Taveira
Eu não tenho dúvidas (ou quase não tenho) da origem da bordadura.
D. Afonso teria as suas armas (baseadas nas do avô) que usou até se tornar Rei. Enquanto Conde poderia ter usado estas junto com as da Condessa.
Ao tornar-se Rei tomou as do Reino como lhe competia.
Só mais tarde e após o casamento com D. Beatriz lhes acrescentou a bordadura de Castelos.
Rui de Pina justifica isso mesmo não sei com que base mas seja por documento ou tradição ou passagem oral. Essa explicação da adição do Reino do Algarve com seus (pelo menos 9) castelos é pefeitamente lógica (e simultaneamente permitiu-lhe juntar às armas do Reino as suas armas anteriores).
Mas será a questão do motivo assim tão importante?
Abraço,
Rui
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caros confrades
Quantos castelos conquistou D. Afonso III no Algarve?
Gosto de os ver a discutir o assunto. Mas por amor de Deus não me metam lá Castelos materiais!!! Senão a bandeira não dá para ser desfraldada ao vento!!!
Que dons, e virtudes, esmaltarão a brilhante Coroa de Sua Majestade el-rei D. Afonso III, depois de ter casado com uma filha de Afonso, o sábio?
O rei Sábio cujas cantigas não estavam tingidas de um vago misticismo; mas mais ainda, ao serem musicadas eram verdadeiros hinos à Sabedoria, ao Amor e à Beleza, três virtudes celestes que sem dúvida este grande rei quis que fossem as pedras angulares de sua extensa e importante, também para nós, obra cultural.
O que é que a rainha rabuda teria herdado de seu pai?
Saudações fraternas
Zé Maria
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Señorío de Deza.
Caro António Taveira.
Nunca existiu en Galicia un señorío de Deza. Os Churruchaos eran señores de varios lugares da comarca, como Trasdeza ou Borraxeiros. A fortaleza de Castro de Montes era por súa parte realenga, e administrada polo arzobespado se Santiago, polo que non había tal señor, mais sí un merino que habitualmente era un Churruchao. Por tanto, nin Fernando de Portugal nin ninguén pudo ter sido señor de Deza en Galicia. Tampouco hai ningunha Deza ou Churruchao da que se sepa fora casada con Fernando de Portugal. Persoalmente debo compartir a súa opinión, mentras non aparezan documentos que proben o contrario, de que os Deza galegos non tiñan parentesco directo cos Eça que descenden de Fernando de Portugal, aínda que a través dos Castro sí podía existir parentesco, dado que os Dezas e Castros presentan moitos entronques. De ónde era señor Fernando de Portugal, non teño nin idea. Pode ser desa Deza, en Soria, que sí era señorío no S XIV e en adiante. Hai que sinalar que a cidade de Soria e varias vilas da zona, entre elas a de Deza foran concedidas a Catalina, filla do Duque de Lancaster, o que pode ou non ter relación cunha posterior entrega ó fillo dun infante portugués.
Dito esto, dadas as relacións entre Castros, Dezas e Portugales, eu non podo descartar que Fernando de Portugal, máis por matrimonio que por concesión real fora señor (consorte) de algún dos señoríos da comarca do Deza, pois sí sabemos que estivo afincado e casado en Galicia, de onde eran orixinarios prácticamente tódolos persoaxes e apelidos que aquí se mencionan.
Melhores Cumprimentos.
Rodrigo Cota.
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RE: Señorío de Deza.
Caro Rodrigo Cota:
Muito obrigado pelas informações que nos dá. Que reforçam as minhas convicções que D. Fernando de Portugal terá sido senhor da vila de Deza em Castela. Aliás, próximo de muitos outros senhorios entregues a portugueses em finais do século XIV e início de XV. A política dos reis de Castela foi dar-lhes terras entre Castela e Portugal (poucas) ou a Oriente de Castela (mais próximo de Aragão), e não na Galiza.
D. Fernando terá casado 6 vezes, algumas delas coincidentes no tempo. Uma das mulheres, a referida na base de dados do Geneall, terá vindo com ele para Portugal.
Não conheço relações de parentesco entre Castros e Dezas no período que me interessa (século XIV ou finais de XIII). Será que elas existiam ? Julgo que os Dezas nesse período não podiam rivalizar com os Castros nem com eles contrair laços de parentesco.
Com os melhores cumprimentos,
António Taveira
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RE: Señorío de Deza.
Caro Antonio Taveira.
Tería que ir á consulta de árbores que non teño conmigo neste momento para confirmar entronques entre Churruchaos e Castros nesa época. Sí hai algunhas alianzas estratéxicas entre membros da familia, e de feito un Castro formaba parte da conspiración para asasinar ó Arzobespo de Compostela, acción da que se encargóu un Churruchao. Hai que destacar que a política dos Castro era a de enlazar con tódalas familias importantes, polo que non descarto enlaces entre familias aínda que entre membros de importancia menor. Quero decir que entre os centos de entronques dos Castro ben pode haber un Churruchao.
O que sí podo asegurar á vista dos datos de que dispoño é que (repito: sempre que non vexa documento en contrario) os Eça que descenden de Fernando de Portugal non teñen nada que ver cos Deza que descenden dos Churruchaos. Si, como parece, ese apelido Eça provén de ser Don Fernando señor de Deza (provincia de Soria), se inaugura coa súa descendencia unha nova liña de Eças que non procede dos Dezas nin dos Churruchaos de Galicia, nin ten nada que ver con eles. Para sosteñer outra cousa hai que presentar alo menos un documento que probe que, sendo don Fernando señor de Deza (Soria) en non de Deza (Galicia, señorío inexistente), os seus fillos levan o Eça por ser casado con unha Deza de Galicia. Para eso habería que supoñer que o Señor de Deza (Soria) casóu casualmente con unha Deza de Galicia. Paréceme moito supoñer. Entre outras cousas, concordo coa idea que creo xa aquí exposta por vostede: Un casamento entre unha Deza e o fillo dun infante Portugués non sería alleo ás xenealoxías a un e outro lado do Minho. Non atopo un só documento nin texto calquera que avale ese matrimonio, nin hai unha soa Deza á que poidamos encaixar como esposa nin mesmo como amante e nai dos fillos do señor de Deza (Soria).
Melhores Cumprimentos.
Rodrigo Cota.
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RE: Señorío de Deza.
Caro Rodrigo Cota:
Mais uma vez obrigado pelas informações que nos dá. Especialmente valiosas por virem de além Minho. Complementam as informações que eu detinha e as reflexões que fazia.
Com os melhores cumprimentos,
António Taveira
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro Rui Correia:
Começo pelo seu último parágrafo. Em termos simbólicos é importante a explicação dos elementos que constituem a bandeira nacional. E o problema é esse. No tempo de D. Afonso III eram as armas pessoais do rei, o seu estandarte que guiava os combatentes na batalha, definindo os limites da sua jurisdição e o espaço dos seus vassalos.
Mais tarde transformou-se no símbolo da nação. Se inicialmente não seria estranho os castelos da nossa vizinha Castela nas armas reais, depois das guerras de D. Fernando I, D. João I e D. Afonso V, essa filiação não era politicamente correcta. Surge então essa teoria dos castelos algarvios. Devo-lhe dizer, por amor à verdade que não acredito nela.
O facto das armas de Castela figurarem em bordadura na nossa bandeira em nada nos diminue. Só por tacanhez se pode imaginar o contrário.
Com os melhores cumprimentos,
António Taveira
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro António Taveira
É incrível que os nossos historiadores e doutores não nos saibam dar um explicação condigna para a formação da nossa Bandeira. É pena que tantos doutores e Universidades não nos saibam dar uma explicação para Colombo. É pena que não nos saibamos afirmar como portugueses!!!
Então a nossa protecção como Nação de Cristo não estava nas Nossas Virtudes?
Não eram as Nossas Sagradas Virtudes que nos protegiam, que estavam representadas por noves castelos ou fortalezas na nossa Bandeira?
Os nossos historiadores e doutores não sabem nada disso, só percebem de números!!! E se os números não lhe interesam dizem que são esotéricos!!!
Mas fiquem sabendo que Colombo e as Nossas Sagradas Virtudes convergiram em 1492 para um sítio que nós hoje chamamos de Virtudes, junto de Vale Paraíso, no Ribatejo, onde foi recebido pelo nosso Rei D. João II!!!
Colombo, esse, será o grande Doutor que um dia nos irá explicar as fortalezas que nos protegiam. Só ele será o verdadeiro Doutor entre os doutores!!!
Aqui vos deixo esse encontro de Colombo com as Nossas Sagradas Virtudes:
João de de Barros, Ásia. Primeira Década, Livro III, cap. XI.
Texto Integral
Capítulo XI.
Como a este reino veo ter um Cristóvão Colom, o qual vinha de descobrir as Ilhas Ocidentais, a que agora chamamos Antilhas, por ser lá ido per mandado del-Rei Dom Fernando de Castela; e do que el-Rei Dom João sobre isso fez, e depois per o tempo em diante sucedeu sobre este caso.
Procedendo per esta maneira as cousas deste descobrimento, estando el-Rei o ano de quatrocentos noventa e três, a seis de Março, em Vale-do-Paraíso, junto do Mosteiro de Nossa Senhora das Virtudes, termo de Santarém, por razão da peste que andava per aquela comarca, foi-lhe dito que ao porto de Lisboa era chegado um Cristóvão Colom, o qual diziam que vinha da Ilha Cipango e trazia muito ouro e riquezas da terra. El-Rei, porque conhecia este Colom, e sabia que per el-Rei Dom Fernando de Castela fora enviado a este descobrimento, mandou-lhe rogar que quisesse vir a ele pera saber o que achara naquela viagem, o que ele fez de boa vontade, não tanto por aprazer a el-Rei, quanto por o magoar com sua vista. Porque, primeiro que fosse a Castela, andou com ele mesmo, Rei Dom João, que o armasse pera este negócio, o que ele não quis fazer por as razões que abaixo diremos. Chegado Colom ante el-Rei, peró que o recebeu com gasalhado, ficou mui triste quando viu a gente da terra que com ele vinha não ser negra de cabelo revolto e do vulto como a de Guiné, mas conforme em aspecto, cor e cabelo como lhe diziam ser a da Índia, sobre que ele tanto trabalhava. E porque Colom falava maiores grandezas e cousas da terra do que nela havia, e isto com ua soltura de palavras, acusando e repreendendo a el-Rei em não aceitar sua oferta, indinou tanto esta maneira de falar a alguns fidalgos, que, ajuntando este avorrecimento de sua soltura, com a mágoa que viam ter a el-Rei de perder aquela impresa, ofereceram-se deles que o queriam matar, e com isto se evitaria ir este homem a Castela. Ca verdadeiramente lhe parecia que a vinda dele havia de prejudicar a este reino e causar algum desassossego a Sua Alteza, por razão da conquista que lhe era concedida pelos Sumos Pontífices, da qual conquista parecia que este Colom trazia aquela gente. As quais ofertas el-Rei não aceitou, ante as repreendeu como príncipe católico, posto que deste feito de si mesmo tevesse escândalo, e em lugar disso fez mercê a Colom e mandou dar de vestir de grã aos homens que trazia daquele novo descobrimento. E com isto o espediu.
E com isto se despediu,....... até quando?
E com isto me despeço, também eu
Zé Maria
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro Zé Maria Ferreira
Vale do Paraíso - O encontro de Colombo (Colon) com D. João II
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=250921
cumprimentos
Carlos Calado
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro Carlos Calado
Pois é!!! Só que o vosso encontro só leva ao desencontro com Colombo, navegador e espião. O Vosso encontro não tem nada a ver com a grande personalidade Humanista e Virtuosa que foi Cristóvão Colombo!!!
Quando os conferencistas do vosso encontro descobrirem as 16 virtudes que levaram Colombo ao encontro de D. João II no Convento de Nossa Senhora das Virtudes, descobrirão a razão porque a bandeira de D. Afonso III depois de casar com a filha de um Rei Sábio, tinha 16 castelos!!!
Quando os vossos conferencistas descobrirem o 7 que fez com que Septa fosse a cidade sagrada dos portugueses compreenderão, porque Colombo andava a semear seutis ou ceutis, descobrirão porque o Convento das Virtudes foi mandado erigir em comemoração da tomada de Ceuta (Septa).
Descobrirão porque após a "vitória" dos maçons franceses em Panoyas de Ourique, o dito Convento de Nossa Senhora das Virtudes foi logo posto em hasta pública e todo o seu espólio vendido ao desbarato, e o Convento abandonado para que a sua memória fosse escondida e esquecida para sempre.
Compreenderão porque razão todos os nossos governantes até hoje, às ordens de estrangeiros deixassem chegar o Convento ao estado de abandono que chegou, que só restam as paredes da sua Igreja, onde Colombo e D. João II rezaram e oraram juntos!!!
Compreenderão porque até agora, todos os apelos da autarquia tem sido em vão para considerar aquelas pedras como Monumento Nacional!!!
Compreenderão ainda o peso que representam aquelas Pedras abandonadas, porque ali está o reflexo do país e da sua história que temos!!! Tudo por submissão à maldita luz da Revolução francesa.
Já que os homens não querem, Deus se encarregara de revelar a todo o Mundo o crime que fizeram com Colombo!!! Nem que para isso tenha que fazer terramotos bíblicos!!!
Aos menos que os vossos conferencistas saibam descobrir o significado dos 16 castelos!
É que Colombo e D. João II também lutaram por eles!!!
As ____VIRTUDES_____ e os ____ VIRTUOSOS____
[D. João, o Principe Perfeito] Foy grandemente criado com muyto grande cuydado, e tanto que teve entender lhe ordenou logo el-rey seu pay pessoas virtuosas, prudentes, e muy examinadas que delle tevessem cuydado, e que fossem taes de que podesse tomar boa doutrina, e lhe deu bons mestres que o ensinassem a ler, rezar, e latim, e escrever, e assi moços bem ensinados pera se criarem com elle e ho servirem: tudo feito como tal pay ordenava e tal filho merecia. De maneira que asi como crecia no corpo e na ydade, creciam nelle ____VIRTUDES_____, bons custumes, bom ensino, e boas manhas em tanto crecimento, que sendo muyto moço veo logo a ganhar tanta auctoridade com hos povos, com hos nobres, e com el-rey seu pay, que nam fazia conselho nem cousa grande em que o nam metesse e tomasse seu parecer.
Polla muyto grande fama que por muytas partes corria das ____VIRTUDES_____, saber, manhas, e perfeições do principe, el-rey Dom Anrrique de Castela mandou muytas vezes cometer a el-rey Dom Afonso que casasse ho principe com a princesa Dona Joana sua filha. E el-rey Dom Afonso por querer muyto grande bem ao infante Dom Fernando seu yrmão, e por lhe fazer merce por aver muyto que lhe pedia, nam quis concertar nem fazer ho casamento com ha princesa herdeyra de Castella. E sendo o principe de ydade de quinze annos ho casou com a senhora Dona Lianor d' Alemcrasto, filha mayor do infante, e prima com yrmaã do principe que foy da propria maneira que el-rey seu pay casou. A qual princesa era tam singular pessoa, e de tam grandes ____VIRTUDES_____ e bondades, de tanta fermosura, manhas, e gentileza, tam acabada e perfeita, que parece que como ambos naceram tam excelentes, logo Nosso Senhor ordenou que ele nam podesse achar outra tal molher nem ella tam magnanimo marido. E ho dito casamento se fez e concertou no anno de Nosso Senhor Jesu Christo de mil e quatrocentos e setenta annos. E antes de vir aa despensaçam o infante se finou em Setuvel a XVIII dias de Setembro de mil e quatrocentos e setenta e depois de sua morte veo a despensaçam, e o principe recebeo ha princesa na dita villa de Setuvel a XXII dias de Janeiro de mil e quatrocentos e setenta e hum sem festa algũa por causa da morte do infante.
E o principe pollo grande amor e acatamento que lhe tinha, e por suas muyto grandes ____VIRTUDES_____ nunca o quis aceitar, dizendo que nunca Deos quisesse que em sua vida ouvesse outro rey senam elle. E apertando el-rey todavia muito nisso e per muitas vezes, o principe lhe pedio muyto por merce que tal lhe nam mandasse porque em nenhũa maneyra o avia de fazer, ainda que nisso lhe fosse desobediente, e que soubesse certo que muito mais estimava ser seu filho, que ser rey de muitos reinos. De maneira que logo el-rey Dom Afonso ficou como dantes era, e ho principe no mesmo dia se tornou a chamar principe; de que foy de todos em estremo muy louvado e foy grandissima virtude.
E ficaram do senhor Dom Alvoro dous filhos e quatro filhas, são: ho mayor que he marquês de Ferreira e conde de Tentuguel erdeyro de sua casa e de muyta renda, pessoa muy principal e de muita estima e gram valia; e Dom Jorge de Portugal que vive em Castella com muyta renda e conde e alcayde-mor do alcacer de Sevilha; e ha dita duquesa de Coymbra; e outra casada em Castella com ho conde de Benalcacer; e duas outras casadas nestes reinos hũa com o conde do Vimioso e outra com o conde de Portalegre. Todas pessoas muy principaes e de muito grandes ____VIRTUDES_____.
No ãno passado de mil e quatrocentos e oytenta e sete estando Gonçalo Coelho cavalleyro da casa d' el-rey, na boca do Rio de Cenaga no reino de Jolofo em Guinee resgatando, Bemohi principe negro que entam com muita prosperidade e grande poder governava o dito reino de Jolofo, sendo per suas lingoas enformado das muitas ____VIRTUDES_____, perfeições, e grandezas d' el-rey desejou de o servir e pera começo, lhe mandou per o dito Gonçallo Coelho hum rico presente d' ouro, e cem escravos todos mancebos e bem despostos e assi algũas outras cousas de sua terra.
Que as primeiras per ventura seriam beneficios de fortuna, e esta seria a propria bondade e grandeza de seu coraçam. Dizendo mais: "O muyto poderoso Deos sabe que ouvindo eu as tuas ____VIRTUDES_____ e grandezas reaes, quam acesos foram sempre meus espritos e meus olhos pera te verem, e nam sey porque nam foy.
Foy Bemohi logo falar aa raynha e ao principe ante quem fez hũa fala breve com grande tento e muita descriçam, pedindo-lhe muyto por merce que com el-rey o favorecessem por suas grandes ____VIRTUDES_____ e nam pollo elle merecer; e a raynha e o principe o receberam com muita honrra e gasalhado, e assi o despediram.
E a raynha por suas grandes ____VIRTUDES_____ e muita bondade, e polo grande amor que a el-rey tinha, nam abastou consentir nisso mas ainda pedio por merce a el-rey que lho deyxasse criar em sua casa e que como a proprio filho o criaria; de que el-rey foy muyto alegre e mandou logo por elle.
E estas e outras muito mayores festas se ordenavão cada vez em mayor perfeiçam e mayores despesas se nam fora a morte da infanta Dona Joana yrmãa d' el-rey que entam se finou no Moesteiro de Jesu cl' Aveiro onde estava solteira sem casar, e falleceo em ydade de trinta e seys annos. De que el-rey foy bem anojado porque nam tinha nem teve outro irmão nem yrmaã, e queria-lhe muyto grande bem, e estimava-a muito por ser singular princesa de muytas ____VIRTUDES_____, bondades, e perfeições, muito catolica, devota, e amiga de Deos, e muy obediente a el-rey seu yrmão, por que elle e a raynha, o principe tomaram grande doo, e os paços todos foram desarmados de panos ricos e armados de panos azues, e assi toda a corte tomou doo.
E no mesmo dia em que a raynha foy feita christaã, porque el-rey ja ordenava de se yr à guerra lhe entregaram o capitam, e os frades a bandeira com a cruz que lhe el-rey de cá mandava, e lhe disseram as ____VIRTUDES_____ daquelle sinal da cruz, e quantos com elle foram com poucos vencedores de muytos, e que el-rey por ysso lha mandava que a tevesse em grande honrra e estima; e com estas palavras o dito rey com os joelhos no chão e a cabeça descuberta ha tomou em suas mãos com muito acatamento, e de sua mão a entregou logo a Dom Gonçalo homem principal e seu alferez-moor.
E nam lhes lembrando Deos nem a obediencia, amor, e lealdade que a el-rey deviam ter, pois era seu rey natural e filho d' el-rey Dom Afonso que a muitos deles tinha feito grandes senhores e grandes merces e assi as grandes ____VIRTUDES_____ e perfeições d' el-rey e as muitas e grandes merces que a muitos delles tinha feytas; e esquecidos de si mesmos, de suas honrras e vidas e da nobreza de seus sangues, e assi do grande perigo em que se metiam, tratavam em matar el-rey a ferro ou com peçonha, e seus reinos tirá-los ao principe seu filho a quem de dereito vinham pera os ter quem contra justiça e toda rezam os queria tomar.
E nam lhe lembravam que o fizeram meter na conjuraçam dos primeiros que a desobediencia e destruyçam d' el-rey tratavam e que sendo elle nella comprendido e posto em seu poder, el-rey por suas muyto grandes ____VIRTUDES_____, movido mais de piadade e misericordia que de yra nem rigor, e avendo tambem respeito a sua pouca ydade e pollo da raynha, nam quis olhar suas culpas por saber que entam nam naciam delle, e quis mais perdoar-lhe como pay que castigá-lo como rey; que se entam quisera seguir inteiramente a ordem de justiça, por ventura o podera bem fazer.
Foy feyto e dado libello contra ho duque que logo procedeo com vinte e dous artigos fundados naquellas cousas em que parecia elle ser culpado; hos quaes polo juiz lhe foram logo levados onde estava e todos lidos, de que o duque mostrou logo algũa torvaçam, porque na substancia delles conheceo claramente que muitas cousas suas eram descubertas que elle avia por muito secretas e escondidas. E depoys de estar hum pouco cuidoso ante de nada responder, encomendou a Ruy de Pina que era presente que fosse dizer al rey seu senhor, que aquelas cousas e en tal tempo nam tinham reprica mais propia de servo pera senhor nem que mais conviesse a sua grandeza, ____VERTUDES_____ e piadade que a que o profeta Davi disse a Deos no psalmo: “Et non intres in juditium cum servo tuo Domine, quia non justificabitur in conspecto tuo omnis vivens”
[D. João de Abranches] E deu-lhe conta da nova que lhe viera, e como tinha determinado de com todo seu poder socorrer aos cercados, e como todos os que presentes estavam por muitas rezões lhe aconselhavão que em nenhũa maneira passasse em pessoa; e que primeiro que a isso desse sua reposta, queria tomar seu parecer como d' omem que tam bem sabia a guerra e era muyto bom cavaleyro; e Dom Joam lhe respondeo: "Senhor, beijo as mãos a vossa alteza por esta honrra que me faz e as palavras que me diz; e eu, senhor, sam em contrayro do que a todos parece; e meu parecer he, que tanta e tam nobre gente como vossa alteza quer mandar, nam fieis, senhor, de ninguem senam de vossa pessoa, porque soo com vos verem todos morreram diante vós, e sem vossa vista nam sey o que cada hum fara, e mais a tamanha necessidade de tanta e tam nobre fidalguia, he rezam que vossa alteza por seu singular esforço e grandissimas ____VERTUDES_____ lhe socorraes como de tal rey se espera"; e el-rey folgou muito de o ouvir e muito ledo lhe disse: "Dom Joam, eu tinha ja ysso determinado e porque todos eram contra mim nam tinha dado minha reposta; e agora que vos tenho por minha parte digo que em toda maneyra ey-de passar em pessoa
Manoel de Mello reposteiro-moor d' el-rey e yrmão do conde d' Olivença foy muito valente cavaleiro, e homem que el-rey por ysso estimava e fazia muita honrra. E estando por capitam em Tanjere pelejou com Barraxe e o desbaratou e matou muyta gente, sendo os mouros muyto mais sem conto que os christãos que foy hum honrrado e valente feyto e sem dano algum dos christãos. E sendo Manoel de Mello ja vindo, estando em Portugual, Barraxe fez ameude algũas corridas e entradas na terra de Tangere. Disseram-no a el-rey, e hum dia falando nisso aa mesa disse alto perante todos: "Guarde-se Barraxe nam tire eu o caparaçam a Manoel de Mello". E com estas taes cousas aviventava tanto os esperitos e a honrra aos homens que nam trabalhavam por outra cousa senam por honrra e ____VERTUDES_____
Como a princesa foy partida de Santarem, logo a raynha se partio pera o Moesteyro das ____VERTUDES_____ e dahi pera Alanquer, onde el-rey veo ter com ella e ambos se foram ao Moesteyro de Varatojo onde por devaçam estiveram alguns dias, e dahi foram ao lugar de Colares junto de Sintra, donde el-rey mandou fazer o apousentamento em Lixboa da corte pera se yr lá.
E el-rey de Congo com a embayxada e presente se avia por tam bem aventurado que se nam conhecia, e mandava chamar os grandes senhores seus vassallos pera lhe dar parte de tanta gloria, fazendo aaquelles seus fidalgos que muy a meude em pubrico com altas vozes dissessem as ____VERTUDES_____, bondades e grandezas d' el-rey de Portugal e dos seus reynos, e da honrra e humanidade com que os tratara, e as muitas e muy grandes merces com que os despedira, e assi o presente que lhe mandara.
E no anno seguinte de mil e quatrocentos e noventa e tres, estando el-rey no lugar de Val de Parayso que he acima do Moesteyro das ____VERTUDES_____, por caso das grandes pestes que nos lugares principaes daquela comarca avia, a seis dias de Março veo ter a Restello em Lixboa, Christovão Colombo ytaliano que vinha do descubrimento das ylhas de Cipango e Antilhas que per mandado d' el-rey e da raynha de Castella tinha descuberto.
No anno de mil e quatrocentos e noventa e tres estando el-rey em Torres Vedras, veo ahi hum senhor de França pessoa muy principal e de gram maneira, que se chamava Monseor de Lião; ho qual vinha grandemente acompanhado de muitos fidalgos, gentis homens e muito bem ataviados e outra muita e limpa gente, e muitos servidores com grande aparato de sua mesa, e trazia muito boa capela de muitos e bons cantores tudo como grande senhor. Foy-lhe feito muy honrrado recebimento e el-rey lhe fez muita honrra. E a causa de sua vinda era de sua propia vontade sem nenhũa obrigaçam somente pola grande fama que d' el-rey polo mundo corria de suas ____VERTUDES_____ e grandezas; desejou de o ver e servir, e se lhe veo oferecer pera com trezentas lanças o hir servir na guerra d' Africa.
E porém isto nam te dê presunçam senão vontade pera milhor servir e ser milhor ensinado". E eu[Garcia Resende] lhe beijey a mão de que elle mostrou folgar; e dava a outros e a mim tantos e bons ensinos que nunca ouve pay que os tais desse; e elle me ensinou as oras polo norte, e assi outras cousas que por lhas eu entam não merecer quis Deos que agora lhas servisse em escrever sua vida e contar suas ____VERTUDES_____.
Nam olha altos nem bayxos senam quem tem mais ____VIRTUDES_____, o que ha-de dar daa logo sem muito ser requerido; faz pouco por aderencias nem emportunações. Como qualquer peccador brada por ele lhe acode; estaa c' os braços abertos pera todos recolher. Cheo de misericordia, de verdade, de justiça, de constancia, sem mudar-se de fazer bem e nam mal, de graça, consolaçam, de piadade, humildade, de saude, de conselho, de amor, de caridade, de castidade, e de paz, de verdadeyra esperança; e daa gloria pera sempre, e tambem pena eternal.
El-rey faleceo sem pay, nem mãy, sem filho nem filha, sem yrmão nem yrmaã e ainda com muito poucos, fora de Portugal no reyno do Algarve em Alvor muyto pequeno lugar. E sendo assi na morte tam soo, foy de todos tam sentido, tam chorado, com tamanhos doridos e pubricos prantos, que mais nam podera ser sendo muy acompanhado. E todo o reyno foy vestido de burel, almafega, e vaso, com tamanho nojo e tristeza, que ha cidade de Lisboa alem dos grandes e solemnes saymentos que polla sua alma fez, mandou apregoar que nenhum barbeiro fizesse barba nem cabello dahi a seis meses sob muy graves penas e assi se comprio muy inteiramente o que nunca se vio nem leo que por outro rey se fizesse. E tambem em outras cidades se fez ysso muito bem com muy grande sentimento, que aynda que el-rey fosse só de parentes o acompanhavam muitas e grandes ____VERTUDES_____, grandezas, e grande esforço, e muitas perfeyções que nelle avia.
Saudações fraternas
Zé Maria
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro Zé Maria Ferreira,
pois é! Os nossos conferencistas, entre os quais me incluo, não têm, sobre 'Colombo', uma ínfima parte dos conhecimentos que o confrade Zé Maria mostra ter, principalmente nos aspectos mais ligados à sua "virtuosidade".
Mas há uma coisa que não lhes falta: a vontade, determinação e coragem para defender a portugalidade de Cristóvão Colon, com as armas e conhecimentos de que dispõem.
Já o confrade Zé Maria fica à espera que Deus se encarregue de mostrar aos homens quem era 'Colombo'. É pena!
saudações fraternas
Carlos Calado
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caro Carlos Calado
Não tenha pena, porque não é pena eternal!!!
Só Deus se Revela nas coisas simples para confundir os sábios!!!
Saudações fraternas
Zé Maria
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos. D. Fernando de Viseu - Governador de Ceuta
Caro José Maria
Longe de mim intrometer-me numa discussão de Compadres Alentejanos!
Que segundo parece, são discussões que nunca conduzem a conclusão alguma.
Mas tenho que fazer um comentário ao discurso miserabilista da Autarquia, que tenta "desesperadamente" que as Ruínas do Covento das Virtudes sejam consideradas Monumento Nacional, mas que não mexe uma palha para recuperar o dito Monumento.
É que este discurso, típico do Rectângulo, do estilo "pobre de mim coitado", de quem está sempre à espera de um subsídio para fazer qualquer coisa, já não se aguenta!
A Autarquia é Poder Público, não é?!
Recebe verbas dos Contribuintes para trabalhar, não recebe?!
Então trabalhe!
Que no que toca ao Convento das Virtudes, já vai tarde!
E devia ter vergonha, de o ter deixado degradar, ao ponto em que agora está!
Ainda sobre as Virtudes e os Virtuosos, também não posso passar, sem fazer pelo menos um reparo.
É que classificar de Virtuosa, A Misericordiosa, A Compadecida, "Lucrécia Bórgia", filha mais velha do Infante Dom Fernando, provoca uma grave crise alérgica, a qualquer ser humano normal.
Por isso lhe peço encarecidamente, que de futuro, coloque umas aspas, ou qualquer outra coisa, que nos faça ultrapassar o parágrafo, referente á dita Misericordiosa Dama.
Quanto a si, e vou avisando, que esta malfadada falta de Sol me estraga a boa disposição, sempre lhe digo, que atirar para as costas de Deus a resolução de todos os erros cometidos pela Humanidade, pode dar jeito, mas também cansa.
Cansa neste caso Deus, que já não sabe para onde se virar, para acudir a tanto desmando.
Pelo que não seria desprestígio algum, se arregaçasse as mangas e desse uma ajuda à Velha e Cansada Divina Providência.
E até podia começar por explicar o que fazem duas Águias Flamejantes ou de São Venceslau, no Brazão de Armas de Dom Fernando de Aviz, Duque de Viseu e Beja, Herdeiro do Infante Dom Henrique, Governador da Ordem de Cristo, Condestável de Portugal, e Governador de Ceuta, em 1456.
"D´argent, à cinq écusson d´azur, posés en croix, les deux de flanc mis de côté, chaque écusson chargé de cinq besants du champ posés en sautoir, à la bordure de gueules, chargés de douze châteaux d´or donjonnés de trois tours ouverts, e ajourés d´azur aux quatre fleur de lys de sinople, brisé d´un lambel au deux pendant d´argent, chaque pendant éclartelé en sautoir, d´or aux quatres pals de gueules et d´argent à l´aigle de Sable."
Dom Fernando, que foi O Peixe, O Paradoxo da Santidade.
Ou melhor, que foi tudo isso, excepto Herdeiro do Infante Dom Henrique, e Governador da Ordem de Cristo, porque a Herança e o Cargo, couberam à Madre Beatriz.
A do Y contornado por Quatro Lâminas, que tudo viu e tudo controlou.
Saudações
Airmid
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos. Atlant- Afri´e. Dom Henrique e as duas Pirâmide
Caro José Maria
Para que não diga que eu reivindico, mas nada faço, vou dar-lhe uma ajuda e devolver outra.
Estudos Geológicos recentes, provam os escritos de alguns cronistas antigos, que referiam que o Rio Nilo atravessava o Sahara e desaguava no Atlântico antes do Dilúvio, ou seja antes do Degelo da última Glaciação, há cerca de 12 500 anos.
Com base em estudos das Fotografias feitas por Satélite, foi encontrado o antigo Canyon do Rio Nilo.
Ora no Mapa de Piri Reis, que é cópia de cópia de cópia, de outros Mapas Antigos, vê-se um Rio que vem do Sahara, e desagua perto de Agadir.
O Sahara, nessa época não era o deserto que hoje é, e o velho Rio Nilo seria pelo menos em parte navegável.
Tudo mudou com a catástrofe de há cerca de 12 500 anos, mas os Mapas sobreviveram, e alguns Monumentos também.
O Infante Dom Henrique, o Navegador, tinha por Devisa Duas Pirâmides, a do Ocidente era encimada por um Sol Nascente, e na do Oriente via-se o Sol sobre o vértice da Pirâmide.
Sobre a Pirâmide do Ocidente estava escrito: Talannt, sobre a Pirâmide do Oriente: Bien Faíre, que formam a sua enigmática Devisa "Talant de Bien Faíre", que pode lêr-se como o Da Maia, defende, e eu concordo, Atlant Áfri´e.
O Infante Dom Henrique, era um Sobrevivente, conhecia a História Pré-Diluviana, e era ele quem tinha os Antigos Mapas.
Na sua Devisa, junta duas Civilizações, a Pré Inca, Americana, e a Egípcia, no Novo Vale do Nilo, em África.
Mas seriam de facto duas?
Ou seria apenas uma grande Civilização que atravessava toda a Terra?
A Infanta Dona Beatriz, a Madre, usa por Devida um Y, rodeado de Quatro Serras.
Mas seria um Y? ou seria o Tsadic, a Fé dos Justos, O Rei David, envolto na Dialética entre a Unidade absoluta de Deus, e a aparente Pluralidade da Criação?
E o Infante Dom Fernando, que tem por Devisa o Peixe, será ele, O Cof, O paradoxo da Santidade?
Poderá o Y ser Yago, Tiago?
Saudações
Airmid
Airmid
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RE: Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Caros confrades,
Para quem ainda não souber, trato do assunto das armas primitivas de Portugal na minha dissertação de mestrado que se tiverem a vontade e a pachorra de ler vão encontrar em www.aquisgranis.com ao alto no menu/download. Não tratei dos castelos especificamente por trata-se já de um acrescento diferenciador "tardio" de D. Afonso III, como outros colegas já explicaram mais acima. Isto não porá de parte que se tenha reinterpretado ao longo dos anos tanto as quantidades como a feição daqueles móveis segundo a imaginação e a conveniência de cada um, mas o meu interesse fundamental aplica-se à semântica primitiva, ou seja a que gerou de início cada figuração, esmalte, disposição, quantidade, etc.
No caso do núcleo primitivo publicou-se muito recentemente um acrescento em "Estudos de Heráldica Medieval", que inclui o aperfeiçoamento das investigações desde a defesa da dissertação. Os meus estudos apontam para uma solução falante (prefiro o termo parofonia que não supõe a intenção do autor do brasão, apenas a sugere, para além de ser bem mais abrangente do que aquele conceito). Tudo isto em latim, língua usada em praticamente todos os textos do século XII em Portugal. Segundo o estado actual das investigações a origem dos componentes nucleares do brasão nacional que me parecem não carecer mais de alterações, está assim definida:
Escudetes - Dom Afonso Henriques
Esmalte dos escudetes e forma dos besantes - Cidade de Coimbra
Número de besantes - Rio Mondego
Disposição em cruz - Portugal
Saudações,
Carlos da Fonte
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Escudo Nacional - quais são os 7 castelos
Entre o formato, as cores, a dimensão, as quinas, os besantes e a esfera armilar, estão os castelos. Na obra “A Bandeira Nacional”, do capitão Olímpio de Melo, publicada em 1924 pela “Imprensa Nacional” sob autorização do Ministério da Guerra, pode ler-se, na página nº 52 e seguintes: «…A bandeira portuguesa é como um poema; nos seus emblemas lêem-se os sucessos que determinaram as condições da existência e o destino da nacionalidade….É sugestiva a leitura desses emblemas pela nitidez do sentido histórico que encerram….A conquista completa do território de Portugal realizou-a D. Afonso III; O Algarve foi heroicamente conquistado, era a fixação do limite de Portugal ao sul; como as suas armas eram um escudo vermelho semeado de castelos de ouro, D. Afonso III assentou-lhe um escudo de quinas sobre o escudo vermelho das armas do Algarve, reduzindo os seus dezoito castelos a oito, e mais tarde (por D. Pedro II) a sete. (…) A síntese da reconquista e integração do território de Portugal, em luta contra os sarracenos e depois contra o imperialismo de Castela.»
Os castelos conquistados por Afonso III aos mouros situam-se em: Albufeira, Paderne, Castro Marim, Cacela, Estombar, Sagres e Aljezur. A sua inserção na bandeira republicana simboliza a unidade territorial do País, deixando assim de se falar no “Reino dos Algarves” o qual, curiosamente, nunca foi abolido pelo regime republicano.
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