Família Soares da Torre de Alenquer
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Família Soares da Torre de Alenquer
Tenho diversos ascendentes Soares da Torre, um deles João Crisóstomo Soares da Torre que nasceu em 28/11/1773, na freg. de St. Estevão, Alenquer e que foi pai da minha trisavó Emília Carlota Soares da Torre, que casou com Germano Jorge Ferreira.
Outra foi Felismina Aureliana Macedo e Torre que casou com Francisco de Paula e Silva, meu trisavó, e que foi chefe dos correios em Alenquer.
Desta família tenho como primeira referência apenas um nome: Crisóstomo Soares da Torre, casado com Mariana Inácia Pereira de Sousa e com diversos filhos.
Gostaria de saber qual a origem destes Soares da Torre que, de acordo com tradição familiar, teria vindo de Espanha.
Maria Luisa Ferreira Soares e Silva
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RE: Família Soares da Torre de Alenquer
Boa tarde,
sobre os Soares da Torre apenas lhe posso adiantar alguns dados, isto por falta de registos paroquiais relativos à freguesia de Santo Estevão de Alenquer. Desta era natural Joaquim Elpídio Soares da Torre que ali servia, em 1810, de escrivã da correição daquela comarca (TT, Desembargo Paço, Corte, Extremadura e Ilhas, Mç. 1188, nº 82, 1810). O qual morreu em Santarém a 14 Outubro 1820, tendo sido sepultado na igreja do Salvador.
Seria parente próximo de Caetano Valentim Soares da Torre, filho de Rafael Soares da Torre e de D. Josefa Maria de Macedo, casado com D. Teresa Caetana Rosária de Sousa (baptizada na igreja Santa Quitéria de Meca, filha esta de João Tavares de Sousa e de sua mulher D. Maria Micaela de Sousa), sendo parentes em 2º e 3º grau de consanguinidade. Este Caetano Valentim fez testamento em Lisboa, aos 11 Maio 1771 (TT, RGT, Lº 302, fl. 1), do qual consta que era escrivão proprietário de um dos ofícios da Curia Patriarcal, cavaleiro professo na O. Cristo, senhor da quinta de S. João do Olival, na estrada de Sacavém, e de dois prazos na vila de Alenquer, os quais houvera de seus pais. Morreu sem filhos, tendo deixado vários legados pios e 50$000 réis à Misericórdia de Alenquer. Quis ser sepultado com o hábito de S. Francisco, levando por cima o manto de cavaleiro «de que sou professo», e na igreja de S. Francisco de Lisboa, no caso de morrer na Corte. Caso morresse na dita quinta seria inumado na igreja das religiosas de Sacavém. De facto, no livro dos óbitos, nº 1, fl. 178v, da freg. Sacavém, encontrasse o assento respectivo, datado de 14 Junho 1771, nele se confirmando que era cav. O.Cristo e que fora sepultado no convento das religiosas capuchas daquele lugar. Nesse mesmo livro, a fl. 139, encontra-se o assento de óbito (11 Agosto 1761) de D. Cecília Tomásia Maria de Macedo, tia do dito Caetano Valentim, filha esta de João Henriques de Macedo e de sua mulher D. Clara Ferreira, avós maternos de Caetano.
Este último seria talvez tio paterno ou irmão do acima citado Joaquim Elpídio. Deste e de sua mulher D. Francisca Rosa Damasceno, foram filhos João Crisóstomo Soares da Torre e Gaspar Elpídio Soares da Torre. Estiveram ambos envolvidos num processo crime, por serem liberais, em 1828, cf. Jorge Hugo Pires de Lima, «Duas células revolucionárias em Alenquer, em 1828», Lx. 1949. Além de liberais eram maçons. Tinham os nºs de ordem 6 e 7 na loja maçónica de Alenquer, cf. A.H. Oliveira Marques, História Maçonaria em Portugal, vol. I, p. 169.
Gaspar Elpídio foi escrivão da provedoria da varzea da Rainha e «incontestavelmente o chefe do movimento revolucionário que se preparava para secundar os rebeldes do Porto». De facto na lista de 618 presos de Estado na Torre de S. Juliao da Barra, lá figura: Gaspar Elpidio Soares da Torre - Escrivao - Alenquer - degredo para : India.
João C.S.da T. veio a ser provido, por decreto de 30 Setembro 1835, no ofício de escrivão do juízo de Direito do julgado de Vila Franca de Xira e, por decreto de 28 Setembro 1838, nomeado escrivão e tabelião do juizo do julgado da Azambuja, na comarca exterior de Lisboa, de que teve carta a 9.11.1840, TT, RGM, D. Maria II, livro 13, fl. 161/61v. Uma sua filha, D. Felismina Epifania Soares da Torre, natural da freg. da Varzea, cncº Alenquer, casou com Joaquim Bernardino de São Boaventura e foram pais de D. Adelaide Hermínia de São Boaventura, baptizada na freg. de Nª Sª da Purificação, de Sacavém, a 22 Novembro 1835, a qual casou nessa mesma freguesia aos 13 Novembro 1867 com António Eduardo de Figueiroa Rego, administrador do jornal A Nação, director do Grémio Legitimista, figura grada do chamado partido miguelista, secretário da Irmandade do Senhor Jesus, São Miguel e Almas, da igreja do Menino de Deus, Lisboa, e rico proprietário. Tiveram geração.
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RE: Família Soares da Torre de Alenquer
Caro João
Muito obrigada por estes elementos que vou comparar com os que tenho, muito incompletos.
Cumprimentos
Maria Luisa Ferreira Soares e Silva
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RE: Família Soares da Torre de Alenquer
Caro João
Diz na última troca de impressões que tivemos sobre a Família Soares da Torre que não possui mais dados "isto por falta de registos paroquiais relativos à freguesia de Santo Estevão de Alenquer". De facto, consegui o registo de baptismo do meu Bisavô LUIS MARIA SOARES E SILVA, datado de 1.6.1819, em que está dito que é filho de Francisco de Paula e Silva, natural de Tomar, e de FELISMINA AURELIANA MACEDO E TORRE,da freg. de St. Estevão, Alenquer, mas não encontro mais registos da mesma freguesia em anos anteriores.
Sabe dizer-me o que se passa com estes registos? Perderam-se?
Cumprimentos
Maria Luisa Soares e Silva
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RE: Família Soares da Torre de Alenquer
Cara Maria Luísa
Só hoje vi a sua mensagem. Sinceramente não sei mais nada sobre os registos em falta, até porque o meu interesse era relativo e circunscreve-se à ligação destes Soares da Torre com um dos Figueiroa Rego. Talvez alguém que pesquise os paroquiais de Alenquer possa ter uma resposta para a questão que levanta.
Cumprimentos
João de Figueiroa-Rego
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RE: Família Soares da Torre de Alenquer
Caro João
De qualquer maneira, muito obrigada pela sua tentativa de ajuda. Pelo que posso saber, ainda somos parentes.
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RE: Família Soares da Torre de Alenquer
Cara Maria Luisa
Também eu descendo de João Crisóstomo Soares de Torre (meu 5º avô). Tenho-o como nascido a 18 e não 28 de Novembro, mas isso é um detalhe sem importância. Como certamente saberá casou com sua prima co-irmã Mariana Gertrudes Soares de Torre. Deste casal conhecia 2 filhos aqui referidos no Genea: Maria Augusta Soares de Torre, minha 4ª avó (de quem ainda tenho uma fotografia) e Joaquim Elpídeo Soares de Torre (tem o nome do avô paterno). Fiquei agora a conhecer mais duas filhas: a sua trisavó, Emília Carlota S.T., e Felismina Epifânia S.T., ascendente do confrade João Figueiroa Rego. Uma curiosidade: Joaquim Elpídeo casou com uma Boaventura, Felismina Epifânia com um (São) Boaventura. Possivelmente um caso de irmãos casados com irmãos. Outra curiosidade: No registo de casamento (Stº. Estêvão 01.05.1826) da minha quarta avó Maria Augusta consta que foi testemunha Francisco de Paula e Silva, morador em Alenquer.
Na mensagem com que abriu este tópico diz que "Desta família tenho como primeira referência apenas um nome: Crisóstomo Soares da Torre, casado com Mariana Inácia Pereira de Sousa e com diversos filhos." Trata-se certamente deste indivíduo: http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=306745, que é também o mais antigo Soares de Torre que tenho. O meu pai, que estudou este ramo familiar, também não conseguiu ir mais longe. Tanto quanto sei muitos registos de Alenquer terão sido destruídos sucessivamente pela devastação do terramoto de 1755 e pelas pilhagens francesas aquando da guerra peninsular. No entanto, se vier a descobrir algo de novo sobre os Soares de Torre, comunicar-lho-ei prontamente.
Cumprimentos
Jorge Lemos
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RE: Família Soares da Torre de Alenquer
Caro Jorge (Primo)
O mundo é tão pequeno e realmente somos todos primos.
De facto, não constam do Geneall essas filhas do João Crisóstomo Sores da Torre. A minha trisavó Emília Carlota Soares da Torre casou em Alenquer com o meu trisavô Germano Jorge Ferreira, donde descendem muitos dos Ferreiras de Alenquer, entre eles eu pelo lado da minha Mãe.
Por outro lado, uma irmã desse nosso ascendente comum, João Crisóstomo, foi a minha trisavó Felismima Aureliana Macedo e Torre, natural também de Alenquer (mas cujo registo não consigo encontrar) que casou com Francisco de Paula e Silva, com origem em Tomar, e que foi chefe dos correios em Alenquer. Deste ramo descende o meu Pai. É esse Francisco de Paula e Silva que consta como padrinho de baptisado da sua 4ª avó Maria Augusta. Aliás, no vosso livro de família que tenho aqui à minha frente, LEMOS E FUGUEIREDOS (de Alenquer) e TABORDAS (da Beira-Baixa), há diversas notas sobre padrinhos de baptismo da vossa família em que aparecem membros da minha.
De todos vós, conheci pesoalmente a prima Severina, que vivia na casa mais bonita da vila de Alenquer mas que, infelizmente está em ruinas. Se tiver interesse posso mandar-lhe uma fotografia dela com os meus Pais. É só uma questão de me mandar o seu mail. Também conheci a Tia Sofia e a Piedadezinha, Mãe do José Manuel Ferrão. Lembro-me também vagamente de encontrar em casa da Prima Severina o Primo Jorge, que não sei se era se Avô ou Pai, visto que não sei a que geração pertence.
Como vê, há grandes ligações entre as nossas duas famílias.
Agradeço a sua disponibilidade para me enviar o que possa saber mais destes Soares da Torre. As minhas investigações também pararm nesse antigo Crisóstomo de que nada sei.
Um abraço
Maria Luisa Ferreira Soares e Silva.
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RE: Família Soares da Torre de Alenquer
Cara prima Maria Luísa
De facto o mundo não é muito grande e a internet tornou-o ainda mais pequeno. Este geneall tem contribuído bastante para termos a percepção de que somos todos parentes. Não faz ideia da quantidade de primos que já descobri aqui.
No nosso caso, embora sejamos primos afastados, pertencemos a ramos familiares que se mantiveram próximos durante muito tempo. A prima Severina de que fala era minha tia bisavó, bem como a tia Sofia, pois eram irmãs do meu bisavô Jorge Augusto, pai do meu avô Jorge, que deve ser o primo Jorge de que fala. Como a Severina era 13 anos mais nova que o meu bisavô, que era o filho mais velho, acabou por estar mais próxima em idade do meu avô (sobrinho dela) do que do meu bisavô (seu irmão). Reparei que também se referiu à minha tia Sofia como tia. Ela era também sua tia? Como? Ou será que a tratava por tia apenas por ser uma prima mais velha. A filha dela, a Piedadezinha, era portanto prima direita do meu avô. O José Manuel Ferrão era da geração da minha mãe, faziam apenas uns meses de diferença.
Penso que agora já sabe a que geração pertenço. Pelo que vi aqui no Genea, a Luísa está a meia distância entre minha mãe e eu.
Uma pequena correcção: o seu trisavô Francisco de Paula e Silva foi padrinho de casamento de Maria Augusta, não de baptismo.
Tinha muito gosto em receber a foto da tia Severina. O meu mail é lemos.jorge@gmail.com. Vou ver se tenho alguns elementos sobre os Soares de Torre que não estejam já aqui no genea e, se for o caso, quando tiver o seu mail, também lhos envio.
Abraço
Jorge (de Lemos e Figueiredo Ferreira)
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RE: Família Soares da Torre de Alenquer
Caro João Figueiroa Rego
Sou também descendente de João Crisóstomo Soares de Torre e achei muito interessante este seu post. A figura de Caetano Valentim Soares de Torre, que desconhecia, e as hipóteses que coloca de ele ser tio paterno ou irmão de Joaquim Elpídeo, pai do João Crisóstomo, poderão ser importantes para avançar na pesquisa sobre estes ascendentes. A hipótese de Caetano ser irmão de Joaquim Elpídeo pode ser rejeitada, visto eu já ter conhecimento de este último ser filho de um outro João Crisóstomo Soares de Torre e de Mariana Inácia Pereira de Sousa, portanto os pais não coincidem. Mas a hipótese de ser tio paterno de Joaquim Elpídeo, portanto irmão deste João Crisóstomo mais antigo, encaixa perfeitamente. Neste caso João Crisóstomo seria também filho de Rafael Soares de Torre e de Josefa Maria de Macedo, o que explica o apelido Macedo que surge em várias gerações de descendentes do João Crisóstomo. Gostaria de comprovar esta sua hipótese e para tal seriam certamente muito úteis todas as informações que me pudesse fornecer sobre estes indivíduos, como por exemplo a cota do assento de casamento de Caetano Valentim com D. Teresa Caetana.
A título de curiosidade informo também que Joaquim Bernardino de Boaventura, sogro de António Eduardo de Figueiroa Rego, surge em vários assentos de pessoas do meu ramo. Entre outros foi padrinho de baptismo de Arcádio Egídio de Lemos e Figueiredo, meu trisavô. Foi também testemunha do casamento de Severina Emília de Lemos Torre, irmã deste último.
Cumprimentos
Jorge Lemos
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RE: Família Soares da Torre de Alenquer
Caro Jorge de Lemos
Desculpe só agora responder à sua pergunta. Tal como antes referi, o meu interesse nos Soares da Torre é um pouco circunscrito a um casamento que houve com Figueiroa Rego. De qualquer modo, nos papéis que tenho, consegui alguma coisa. Isto porque no Livro 5 dos Casamentos (freg. Sacramento de Lisboa), fl. 159 consta o assento de casamento aos 5 Dezembro 17444 de Caetano Valentim Soares da Torre com D. Teresa Caetana Rosária de Sousa. Ele, filho de Rafael Soares da Torre (natural da freg. Sto. Estevão) e de D. Josefa Maria de Macedo (baptizada na igreja de Stª Quitéria, filha de João Tavares de Sousa e de D. Maria Micaela de Sousa), sendo os nubentes parentes em 2º e 3º grau de consanguinidade. Este Caetano fez testamento aos 11 Maio 1771 (ANTT, Registo Geral Testamentos, Livro 302, fl. 1), no qual consta que era escrivão proprietário de um dos ofícios da Curia Patriarcal de Lisboa e Cavaleiro professo na Ordem de Cristo, senhor da quinta de S. João do Olival, na estrada de Sacavém e de dois prazos na vila de Alenquer, herdados dos pais. Deixou legados à Misericórdia de Alenquer e pediu para ser amortalhado no hábito de S. Francisco e por cima o manto de cavaleiro de que era professo. Queria ser sepultado na igreja S. Francisco de Lisboa, caso morresse na Corte, ou na igreja das religiosas de Sacavém, caso morresse na sua quinta. Efectivamente no Livro de óbitos nº 1, fl 178 da freguesia de Sacavém consta o assento da sua morte, no qual é dito que era cavaleiro de Crist e fora sepultado no convento das religiosdas Capuchas daquele lugar. Neste mesmo livro, a fl. 139 encontra-se o óbito (11.Agosto 1761) de D. Cecília Tomásia Maria de Macedo, sua tia, uma vez que era filha dos avós maternos do dito Caetano Valentim (João Henriques de Macedo e D. Clara Ferreira).
Por outro lado, João Crisóstomo Soares da Torre era filho de Joaquim Elpídio Soares da Torre, natural da freg. de Sto. Estevão Alenquer (onde em 1810 servia de escrivão da correição daquela comarca) e de D. Francisca Rosa Damasceno da Silva, natural de freg. Santa Justa, de Lisboa. Joaquim Elpídio morreu em Santarém a 14.10.1820, sendo sepultado na igreja do Salvador.
Espero poder ter sido útil.
Melhores cumprimentos
João de Figueiroa-Rego
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RE: Família Soares da Torre de Alenquer
Caro João de Figueiroa-Rego
Agradeço a sua colaboração. Por acaso não se recorda se no testamento de Caetano Valentim há alguma referência a filhos?
Obrigado
Jorge Lemos
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RE: Família Soares da Torre de Alenquer
Caro João Figueiroa-Rego
Por favor ignore a pergunta que lhe fiz anteriormente. Estive a reler a sua primeira mensagem e verifiquei que nela informava que Caetano Valentim tinha morrido sem filhos. Desculpe a insistência.
Cumprimentos
Jorge Lemos
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RE: Família Soares da Torre de Alenquer
Caro João Figueiroa-Rego
Por favor ignore a pergunta que lhe fiz anteriormente. Estive a reler a sua primeira mensagem e verifiquei que nela informava que Caetano Valentim tinha morrido sem filhos. Desculpe a insistência.
Cumprimentos
Jorge Lemos
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