Genealogias falsas aqui na base de dados
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Genealogias falsas aqui na base de dados
Caros,
A quem possa interessar esta mensagem, e já que o fórum serve para divulgar e discutir pesquisas genealógicas, venho por este meio divulgar a existência de genealogias falsas que se encontram aqui na base de dados.
Esta mensagem vem no seguimento de outras atrás iniciadas no tópico “Nettos de Alcochete”, e para que eu não seja acusado de perseguição pessoal contra ninguém, os dados que trago aqui são o resultado de uma pesquisa feita por vários genealogistas que frequentam este fórum (cujos nomes eu não revelo por uma questão de discrição e respeito para com eles), e cujos dados foram verificados por mim.
1 – Maria de Sousa e Almada, aqui em:
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=429279
Não nasceu na Índia, mas sim na Aldeia Galega do Ribatejo.
Fonte: registo paroquial de baptismo da Aldeia Galega doRibatejo, ano de 1657
“Aos 7 de Jan.ro de 1657 baptizei Maria f.ª de Manoel Nunes d’Almada, e de Cn.ª de Souza, pp. Ant.º Gomes”
A Índia deve ser para preparar algum entroncamento de uma família que veio da Índia (talvez os Morgados do Montijo, Araújo da Índia?) ou talvez quizesse ser uma outra Maria de Sousa, aqui em http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=1147834 cujo pai passou à Índia?...
A data de nascimento do seu marido, Manuel Roiz d’Alcaide, em 21.9.1655 não existe. É inventada.
2 – António Roiz de Alcaide, aqui em:
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=1022525
e sua mulher, Maria Roiz Pimentel, aqui em:
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=1022526
as filiações de ambos são falsas, no caso do António Roiz de Alcaide, é filho de Gonçalo Rodrigues Alcaide, e de sua mulher Catarina Martins (e não de Francisco Ruiz de Alcaide e de Leonor de Almada, como está aqui na base de dados).
Fonte: Torre do Tombo, chancelaria antiga da Ordem de Santiago, livro 10, fls. 232 e 232 v.º, microfilme 399ª, relativa à carta de nomeação do ofício de Alcaide, onde aparece a filiação (nome do pai);
No Arquivo Distrital de Setúbal, no fundo documental de “Crismas”, microfilme 160, aparecem os dois irmãos de António Roiz de Alcaide (Francisco e Pedro), onde se conhece o nome da mãe, Catarina Martins.
Relativamente à filiação de sua mulher, Maria Roiz (aqui aparece Maria Roiz Pimentel), em todas as fontes primárias apenas aparece como Maria Roiz, como o seu assento de casamento, e chancelaria antiga da Ordem de Santiago, livro 13, fls. 314 v.º, microfilme 1914 (Torre do Tombo), não se sabe portanto a sua filiação, e não há fontes que indiquem a filiação aqui “sugerida” como filha de António Rodrigues Pimentel e Guiomar Pacheco. Talvez porque como a testemunha do casamento foi Fernão Roiz Pimentel, o autor achasse que a noiva era da família dos Pimenteis…
3 – Isabel Teixeira, aqui em:
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=542102
não se sabe a sua filiação através dos paroquiais (aqui aparece como filha de Francisco Gomes de Figueiredo e de Domingas Teixeira)
Provavelmente nasceu na Aldeia Galega do Ribatejo.
Não foi encontrado o baptismo desta Isabel, com esta filiação, nem tão pouco de sua “suposta” irmã Vicência.
4 – Beatriz Gomes, aqui em
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=1223838
Não é Beatriz Gomes Pimentel, é apenas Beatriz Gomes, e a sua filiação está errada. É filha de Cristóvão Rodrigues e de Beatriz Gomes, (e não de Gomes de Froes Pimentel e de Catarina de Seabra como está aqui na base de dados).
O apelido Pimentel colocado a Beatriz é falso, apenas serve para reforçar a ligação à família dos Pimenteis.
Fonte: No assento de óbito refere que era mulher de Valentim de Almada, e no assento de casamento refere que era filha de Cristóvão Rodrigues.
Casamento, aos 22.01.1623; e óbito (Aldeia Galega do Ribatejo, livro 94 da Santa Casa) aos 7.7.1692
Talvez porque como um dos padrinhos de casamento é Nuno de Novais Pimentel, o autor dos dados falsos achasse que deveria ser da família Pimentel, e imaginou esta filiação.
5 – Rodrigo Dias, aqui em
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=1295865
A data e local de casamento estão errados. Na realidade casou a 1.5.1626 (arquivo Distrital de Setúbal, cota 5912, página 95).
6 – Tomás de Faria, aqui em
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=573472
Os seis bisavós que aqui aparecem são falsos.
Através dos paroquiais só se consegue chegar até aos avós, que estão correctos, porém a filiação de Amaro Dias e Maria Mendes, avós paternos, é falsa, assim como a filiação de Catarina de Faria, avó materna também é falsa.
Já o local de nascimento do pai, Manuel Dias também é falso. Na realidade nasceu no Samouco, a 23.10.1655, o que faz com que a data de nascimento do seu avô, Amaro Dias em 1642 seja uma pura fantasia. Faz com que tivesse sido pai aos 13 anos…
A filiação da avó, Catarina de Faria como suposta filha legitimada Francisco de Faria Coelho e Violante de Lancastre é mais um delírio do seu autor, já que não há provas que o demonstrem.
7 – Miguel Rodrigues Perdigão, aqui em
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=619961
A sua filiação é falsa, o morgadio de Manuel Perdigão, aqui dado como pai de Miguel, passou para um ramo colateral, o que no mínimo é estranho caso esta filiação estivesse correcta, um filho legítimo varão não suceder no morgadio do seu próprio pai…
Fonte: Raízes & Memórias, n.º 16,pág. 138, e 146
8 – Micaela Almeida, aqui em
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=2058419
O seu nome é Almeida, o que não é a mesma coisa que Almada (a obsessão dos Almadas)…
9 – Francisco Ruiz de Alcaide, aqui em
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=1064045
Esta filiação é falsa. A mãe é mais nova que o filho….
Estes são só alguns exemplos, muitos outros existem, mas fico-me por aqui, dada a extensão da mensagem.
Isto é tanto mais grave, que em outras páginas da net, já se estão a usar informações retiradas do geneall, usando inclusivamente como fonte as informações do genealogista João Gaspar, com quem tive uma troca de mensagens bastante desagradáveis no referido tópico “Nettos de Alcochete”, o qual recusou-se a fornecer as fontes usadas nos dados que inseriu aqui na base de dados.
Finalmente, tudo isto seria desnecessário se o Geneall fornecesse as fontes e os autores das mesmas aqui na base de dados, já que a sua omissão faz com que qualquer investigador menos atento, tome por certo o errado, e ao mesmo tempo cria um terreno fértil para genealogistas oportunistas inserirem dados falsos, em total anonimato e totalmente a coberto do próprio geneall, que nada adverte a quem consulta estas páginas erradas.
Para um portal de genealogia que se quer rigoroso e credível, acho que deveriam rever seriamente os critérios científicos de entrada de dados na V. Base.
Com os melhores cumprimentos,
Vasco Quintanilha Fernandes
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RE: Genealogias falsas aqui na base de dados. Ainda ?
Caro Vasco Quintanlha Fernandes,
Todos temos de lhe estar gratos pelo seu alerta. É incompreensível, pelo menos para mim, que ainda se forjem genealogias. Se todos sabemos a desconfiança com que devemos encarar o que nos é dito pelos nobiliários, temos a tendência para achar que agora já não é assim. Que depois de Anselmo Braancamp, Luis de Bivar Guerra ou José de Campos e Sousa, a genealogia mudou. Que falta que nos fazem. Referências contemporâneas, aparentemente assentes em bases primárias, a que não faltam datas de baptizados, são aceites "automáticamente". Daí a importância do seu alerta.
Para além do mais, temos a responsabilidade, em relação a quem se inicia na genealogia e que nos possa ler, de condenar violentamente tais práticas.
Com os melhores cumprimentos,
António Taveira
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RE: Genealogias falsas aqui na base de dados
Caros Confrades,
Eis mais uma ascendência totalmente falsa:
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=1138856
Já em tempos fiz o alerta:
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=267829&fview=e
Com os melhores cumprimentos,
Carlos Sá
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RE: Genealogias falsas aqui na base de dados
Caríssimos,
Substituindo o qualificativo "falsas" por "inexactas", já que quero acreditar que tudo deriva de um certo facilitismo na avaliação dos dados por parte de quem os envia, não posso deixar de referir o que se passa com Alvações do Corgo, em que muito do que consta é um somatório de meias verdades devidamente "aconchegadas". Qualquer iniciado em genealogia, percorrendo a listagem das individualidades constantes da referida freguesia no GP, facilmente vê que alguma coisa está muito mal. Infelizmente, quer a proposta de criação de uma "via verde" para rapidamente corrigir as inexactidões, e que não teve aceitação, quer o envio pontual e programado de correcções, que pelo menos tardam em aparecer, permite a perpetuação dos referidos dados.
Os meus cumprimentos
fpa
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RE: Genealogias falsas aqui na base de dados
Caros confrades,
Antes de mais, felicitar o confrade Vasco pelo excelente trabalho de genealogia feito, e por ter delatado esses erros, que em alguns casos, são mesmo exagerados e não sei até que ponto feitos a propósito, com tal de obter uma árvore feita. Parabéns!
Eu pessoalmente há dois anos, quando apenas contava com 12 anos e com uma vontade enorme de conhecer os meus antepassados, também cometi um erro terrível juntando duas pessoas numa só nesta base de dados, por não ter comprovado nos nobiliários ou nos arquivos. Mas graças a um grande genealogista e confrade (também meu primo) que aqui delatou o meu erro, o José Caldeira, tudo se solucionou, e eu comecei a aprender com os grandes sobre genealogia. Hoje passaram dois anos e acho que conheço bastante bem as minhas origens, e até sou capaz de reconhecer famílias e linhagens. Lógicamente tenho muito para aprender, mas graças a essa intervenção foi quando eu aprendi que a genealogia não é fácil, e que requer muito tempo, dedicação e paciência, ésta última sendo sempre a mais difícil de controlar. Por isso acho que o mais adequado é delatar os erros, mas de maneira positiva, animando quem quer que tenha sido a continuar a fazer genealogia, mas de maneira responsável, como aconteceu no meu caso. Eu acho que se o confrade José Caldeira tivesse sido desagradável ao delatar o meu erro, eu teria ficado anulado, teria ficado triste, e provavelmente teria-me afastado desta página e deste fórum. Porém, a sua maneira de transmitir o meu erro fez-me pensar, e hoje posso dizer que Portugal ganhou mais um pequeno genealogista, o Pedro.
Sei que não têm nada a ver com a sua intervenção, e peço disculpa se incomodar, mas a sua intervenção fez-me lembrar os tempos nos que decidi começar a fazer genealogia a sério.
Tudo isto para dizer que não só é importante delatar os erros da base de dados, mas também animar as pessoas que fizeram os erros, -como eu e como provavelmente muitos- a não desistir nesta ciência tão enigmática e curiosa. tal como fez o senhor José Caldeira comigo. Só assim conseguimos mais possíveis genealogistas, e não só arranjar um simples problema na base de dados.
Concordo com o/a (peço disculpa por não ter conseguido definir o gênero) confrade cacalmei no sentido de substituir o qualificativo por falsas por inexactas.
Um abraço forte para todos, e continuemos a fazer genealogia!
Pedro Miguel Santos e Silva Caldeira Marques
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RE: Genealogias falsas aqui na base de dados
Caros confrades,
Há pelo menos três meses detectei erros vários em costados genealógicos de algumas famílias portuguesas e espanholas, sem falar de duas ou três "verdadeiramente falsas." Enviei as correcções, porém, até agora, não me parece terem sidos corregidos.
Saudações,
D.
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RE: Genealogias falsas aqui na base de dados
Caros cacalmei e Pedro Caldeira Marques,
Peço desculpa a cacalmei, mas não sei o seu nome.
Agradeço as vossas mensagens, porém não concordo com as mesmas.
É pelo facto de não se chamarem os verdadeiros nomes àquilo que elas são, tentando suavizar a coisa, que nada muda.
Falso é o oposto de verdadeiro, e os dados que apontei não são verdadeiros, logo são falsos.
Acho que inventar antepassados sem qualquer prova documental, só porque se acha, ou porque se quer, não é facilitismo, nem um mero laspo de envio. É um erro propositado. Quem sabe para permitir o acesso a uma CBA (carta de brasão de armas).
Quando os paroquiais e outras fontes primárias terminam, e nessa geração mais recuada os nobiliários não mencionam essas pessoas, então será altura para parar.
Em tempos o genealogista João Gaspar (que já mencionei na minha mensagem anterior) repondeu-me aqui no fórum que fazia genealogia por dedução, e que ía enviando os dados para a net, esperando que alguém os corrigisse ou completasse, ou seja, ía interagindo com outros genealogistas, e mudando aqui e ali, caso alguém detectasse um erro. E que por isso (segundo o João Gaspar) as minhas fontes (nobiliários) tinham o mesmo valor que as dele, ou seja valiam o que valiam e acreditava quem quisesse.
Só há um pequeno pormenor que o João Gaspar se esquece quando afirma isto. É que inventar antepassados não tem o mesmo valor que informações retiradas de nobiliários mesmo quando essas informações não possam ser comprovadas por outras fontes primárias por serem cronologicamente muito antigas (anteriores aos paroquiais).
É que os nobiliários, por alguns erros que possam ter, regra geral, foram feitos por genealogistas que conheciam as famílias, ou por delas descenderem, ou por serem suas contemporâneas, e mesmo quando não existam outras fontes primárias que comprovem as informações que constam dos nobiliários, existem ainda a tradição familiar, documentos privados das casas nobres, arquivos familiares, etc, em que esses genealogistas se terão baseado para o escrever. Logo não há comparação possível entre as duas situações.
Aqui o que se passa, é que este método de genealogia “em aberto” feita a partir de pura invenção individual em nada contribui para melhorar o conhecimento das famílias, pelo contrário, apenas serve para servir interesses pessoais, vaidades pessoais, e baralhar tudo misturando dados correctos com dados falsos, tornando daqui a algum tempo impossível descortinar o que é verdadeiro daquilo que é falso. É só uma questão de tempo.
Com os melhores cumprimentos,
Vasco Quintanilha Fernandes
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RE: Genealogias falsas aqui na base de dados
Caro Vasco Quintanilha Fernandes,
Venho corroborar as suas palavras com uma ressalva: as fontes primárias vão muito para além do início dos paroquiais. Nunca podemos confiar nos nobiliários. Eles devem ser considerados, exclusivamente, um instrumento de trabalho para orientar a investigação. Em quase todas as linhas, mais geração menos geração, há um entroncamento errado.
Eu sei que dá trabalho mas, seguindo este exigente método, em algumas das linhas estudadas "cheguei" ao século XIV, podendo compravar as divergências com os nobiliários. De qualquer forma, no caso de se não conseguir documentar pelas fontes primárias determinada filiação, devemos ponderar criticamente o que é dito pelos nobiliários. É possível dar mais ou menos crédito a uma qualquer filiação lá indicada. Nunca a deveremos aceitar acriticamente. É que algumas relações dos nobiliários foram feitas, ainda que há muitos anos, pelos mesmissimos métodos que aqui vem condenar.
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Genealogias falsas aqui na base de dados
Oi, Francisco:
Estimo muito a sua oportuna intervenção aqui no Fórum.
De facto, também já chamei a atenção para casos pontuais que teimam em se arrastar, isso devido a uma análise crítica dos nobiliários e à confrontação dos mesmos a respeito dos mesmos títulos genealógicos.
Quanto a nós, não está esquecido, "I'm working on it".
Abraço.
Pedro
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