Será que possuo Ascendência Judia? qual o procedimento para tirar Dupla cidadania?

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Será que possuo Ascendência Judia? qual o procedimento para tirar Dupla cidadania?

#308874 | PedroPires95 | 24 Jun 2012 02:42

Saudações a todos, sou novo aqui, Me chamo Pedro Arruda Pires, Moro no Brasil (Fortaleza-CE), e sou Descendente de: Marciano Oliveira Pires (Meu trisavô) que segundo meu avô, era descendente de Portugueses, isso por lado de pai. Ele era rico comerciante de Tecidos e dono de cabeças de gados e vivia no Piauí, Por lado de Mãe sou descendente segundo meu primo que é Geneticista, do rei Afonso Henriques I de Portugal, Por meio de um dos seus filhos bastados, Gostaria de saber porem, de uma informação, Existe alguém aqui que saiba a origem desse nome? Oliveira Pires? pois desconfio que seja um nome usado por Cristãos Novos, e caso não encontre a origem desse sobrenome, qual o procedimento deveria fazer caso quisesse comprovar minha origem Judaica? Pois estou planejando pedir cidadania Israelense, Mas primeiro gostaria de saber mais sobre esse ramo desconhecido da minha família por lado de Pai, Oliveira Pires.. Existem exames de DNA que apontam se você possui a genetica Judaica, aqui no Brasil somente um laboratorio faz isso, Porem gostaria de saber se fazendo o seguinte exame e ele apontando a caracteristica Judaica no meu Genoma, seria no caso permitido que fosse concebido uma cidadania israelense e que eu me tornasse cidadão israelita?

Agradeço desde já, obrigado a todos, O site é muito organizado e eu gostei muito..

Atenciosamente, Pedro Pires..

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#308876 | HRC1947 | 24 Jun 2012 10:45 | In reply to: #308874

Caro Confrade;

Os m/ cumprimentos;

" entretanto dê uma vista de olhos por este tópico ".

http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=303846

atentamente
Ana Simões

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#308879 | NISGM | 24 Jun 2012 12:09 | In reply to: #308874

Bem, como se diz no link proposto por Ana Simões não existe cá isso de nomes portugueses de ascendência judaica.

Pelo menos dos antigos, de antes das conversões forçadas e expulsões no início da época moderna. Convertidos, transformados em cristãos novos, usaram nomes portugueses previamente existentes. E uma vez que era perseguidos não haveria nenhum motivo para se porem a usar nomes e apelidos que à partida os identificassem como cristãos-novos.

Um exemplo? O dramaturgo António José da Silva, o judeu, usando um dos mais antigos e disseminados apelidos portugueses: Silva. Apelido que por acaso também era o de Rui Gomes da Silva, um dos mais importantes titulares de origem portuguesa, um homem que orbitou em redor dos altos poderes ibéricos numa época em que as coroas portuguesa e espanhola eram particularmente duras em matéria de fé.

Bensaúde e Abecassis são aportuguesamentos de nomes de judeus feitos no século XIX quando os judeus puderam voltar a entrar e alguns foram de Marrocos para os Açores ou para o Algarve. São de entrada recente na onomástica portuguesa e por isso existe pouca gente que os use.

Os apelidos portugueses têm em regra três origens: Patronímicos (ligados ao nome do pai), toponímicos (ligados À terra de pertença) e alcunhas.



Pires é de origem patronímica, ou seja, vem do nome do pai, em latim pater. Saberá que a actual palavra inglesa para filho é "son". Por isso quando vê alguém usar o apelidos Johnson pode concluir - com grande grau de certeza - que no passado teve um avô chamado John. Na Idade Média, as crianças tinham muitas vezes um nome próprio e para as distinguir das outras lá da aldeia levavam com um segundo nome, o patronínimo que indicava de quem eram filhas, e que mais tarde passou a ser usado como apelido.

Seguindo com o exemplo inglês: O Simon, filho do John, andava a brincar junto à igreja e para não se confundir com o outro Simon que era filho do Robin, acabaria por ser conhecido como o Simon Johnson, enquanto o outro passaria a ser conhecido como o Simon Robinson. Com o tempo, estes patronímicos acabaram por se passados aos descendentes já sem terem nada a ver com o nome do pai mas sim como apelidos.

Em Portugal sucedeu o mesmo. Só que em vez de se usar a palavra "filho" usou-se a terminação "es" retirada, não sei como, de um dos casos do latim. Assim, o primeiro rei português, Afonso Henriques, era Henriques por ser filho de Henrique. Tal como um Gonçalves seria filho de um Gonçalo e um Mendes filho de um Mendo e um Rodrigues filho de um Rodrigo e um Martins filho de Martim.

Ou um Pires (ou Peres) filhos de um Pêro (escrita arcaica para o actual nome Pedro).


Já Oliveira é de origem toponímica (vem de topónimo, nome de terra, de lugar, palavra construída a partir do grego topos). Supõe-se que terá sido inicialmente usado por uma família que residiria na freguesia de Santa Maria da Oliveira, concelho de Arco de Valdevez, Distrito de Viana do Castelo, na antiga província do Minho. Será anterior a meados do século XIV. Há muitos outros apelidos de origem toponímica, a maioria vinda do norte do país e até de Espanha: Magalhães, Teixeira, Sousa, Melo, Gouveia, Almeida, Pacheco, Silva, Cerqueira, etc, etc., etc..

Imagine agora que o homem mais importante da referida Santa Maria da Oliveira se chamava Pedro e o seu filho se chamava Afonso. Lá na aldeia, como eram poucos Afonsos ele seria conhecido como Afondo Pires. O problema é que o rei chamava esta criança, já adulta, para assinar um documento. E chamava mais pessoas para servirem como testemunhas.


E chamava também outra figura importante de outra freguesia. Por exemplo da freguesia de Resende. Ora este também se chamava Afonso e o pai dele, por acaso, era Pedro. Pois ia ter-se dois Afonsos Pires no documento. Como se poderia distinguir um do outro? Simples: Um seria Afonso Pires de Oliveira e o outro Afonso Pires de Resende e os descendentes de cada um deles passariam a ser conhecidos por aquele novo apelido. Oliveira e Resende.

Em traços gerais, e muito simplificados, é assim a coisa.

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#308884 | HRC1947 | 24 Jun 2012 13:54 | In reply to: #308879

Caro Nuno;
Os m/ cumprimentos;
Suponho que se está a referir a esta mensagem; [ o autor assim pensa ].
RE: Judaísmo em Alvorge - Como comprovar minha descendência Judaica? 16-04-2012, 21:50
Autor: evieira [responder para o fórum] Caro Rodrigo Duarte Baptista,
Suponho que se refira à freguesia de Alvorge, Ansião. Pode fazer o favor de indicar quais são os "registros de judaísmo na região de Alvorge" a que faz referência? Procurei nos processos online e não há condenados x.n. naturais de Alvorge.
Acrescento que os nomes que indica são de origem portuguesa (um tem origem religiosa, dois são patronímicos, o outro deve ter origem numa alcunha qualquer) e não indicam a priori origem judia. Alvorge era e é uma freguesia rural, de população dispersa - judeus, se aqui alguma vez viveram, devem ter sido muito poucos.
Portanto, nem a partir dos nomes que indica nem da região se pode deduzir uma origem judia. Chamo a atenção para, quando se lê um qualquer "dicionário sefarad", e se chega à conclusão que 95% dos sobrenomes (portugueses) que lá estão "são de cristãos-novos", deve-se na verdade concluir que 95% dos cristãos-novos usavam sobrenomes portugueses "normais" e não que qualquer pessoa que tenha esse sobrenomes descenda de judeus (aliás, provavelmente não). Deu para entender?
Tenho pesquisado na freguesia de Alvorge. Se precisar de ajuda com algum registo, diga.
Cmpts
E.Simões
----
Renovo os m/ cumprimentos
Ana Simões

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#308886 | isabelitas | 24 Jun 2012 14:29 | In reply to: #308884

Boa tarde desclpe falar aki,mas sabem me diser coomo me registo gratis pra faxer a arvore dos costados?? tenho varios nomes,mas registar pra arvore nao seii muito obrigada

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#308904 | PedroPires95 | 24 Jun 2012 17:29 | In reply to: #308884

Olá, Sim entendi, Porem ainda me resta uma duvida, Mesmo sem saber quem é quem na ascendência Judaica, Existem exames modernos aqui mesmo no Brasil que pode indicar se sou ou não descendente de Judeus Marranos vindos da Inquisição para cá, caso o exame aponte que sim, Ou seja há alguma possibilidade de tirar o passaporte Israelita? mas antes gostaria de saber se tal exame é considerado plausível já que muitos dizem que o Genoma humano é igual e o exame de DNA não serviria para identificar o meu grau de Judaísmo no Sangue.. Alguém poderia me responder essa duvida? Obrigado a todos pelas respostas, Embora não fosse o que queria ouvir estou satisfeito porque escutei a verdade, resta agora saber se o tal exame é verdadeiro, se ele vai me indicar a origem Judaica, e o mais importante de tudo, Se o Governo de Israel irá me aceitar como cidadão.. Obrigado a todos.


Atenciosamente, Pedro Pires.

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RE: Será que possuo Ascendência Judia? qual o procedimento para tirar Dupla cidadania?

#308910 | JoãoGaspar | 24 Jun 2012 18:59 | In reply to: #308904

Caro Pedro Pires,

Experimente visitar a Sinagoga mais próxima de sua casa, e conversar com o Rabino sobre esse assunto.Como pode calcular, num sitio on-line que se destina ao estudo da Família, Genealogia e Heráldica não será o local indicado para o esclarecer acerca da sua pretensão de ser Judeu e cidadão de Israel.

Cumprimentos,

João Gaspar

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#308917 | HRC1947 | 24 Jun 2012 20:19 | In reply to: #308910

Caro Pedro Pires;
Dentro do privado trate do seu caso, entretanto o Confrade deverá se assim o entender, ir procurando novos
elementos de análise, para ficar ao corrente da situação.
Deixo-lhe esta mensg.ª, que em tempo encontrei, e que irá gostar de ler!.
os m/ cumprimentos
Ana Simões
---------------------------
RE: INQUISIÇÃO - INVENTÁRIOS ; BENS CONFISCADOS A CRISTÃOS NOVOS 26-05-2012, 13:04
Autor: HRC1947 [responder para o fórum] Caros Confrades;
Deixo esta msg. que por mero acaso encontrei de uma Confreira,
" RE: nomes judeus 14-03-2012, 17:47
Autor: MariaDavid [responder para o fórum] Olá, Maria Amélia, boa tarde
Achei interessante a sua frase "O que sinto é uma questão de fé". Como em quase tudo na vida, acreditar em algo tem uma força poderosa e, como diz o velho ditado, a fé move montanhas. Mas ao falarmos de genealogia, na minha modesta opinião não podemos misturar dados objectivos que podem corresponder aos tais pressupostos que falei com dados subjectivos, que se traduzem no desejo, na vontade de acreditar em algo. Digamos, brincando com as palavras, seria como misturar azeite e água.
Disse que a interpretação que fez se baseou nas profissões, considerando o Tempo e Espaço observados. Ora quer ver um exemplo de como essa análise de profissões pode ser um mito? Tenho inúmeros casos familiares em que casais, com imensos filhos, sem qualquer menção de nadar em dinheiro, tem esses filhos trabalhando nos mais diversos ofícios: um é cirurgião, outro sapateiro, outro ferrador, outro homem de negócio, ....
A profissão em si não lhe vai dar nenhuma garantia das raízes judaicas ou cistãs-novas, embora certos ofícios tenham estado, ao longo dos tempos, mais nas mãos de quem teve essas raízes. Estou a pensar, por exemplo, no caso dos mercadores, marchantes, tratantes, tendeiros, porque todos eles viviam mais de trocas comerciais e estas eram, ainda, um reduto conseguido por exclusão de partes.
Regressando às suas constatações, a origem dos nomes mencionados, ainda que os mesmos tenham essa conotação, podem ter sido adoptados por muita gente que foi sempre cristã dos quatro costados. Aliás, a escolha dos nomes e dos apelidos já foi um tema amplamente debatido neste forum, precisamente porque muitos frequentadores apareceram com justificativas idênticas às suas. Além disso, muitos descendentes de judeus adoptaram nomes de santos, de Cruz e outros mais, precisamente para camuflarem as suas origens.
Mas há um traço comum a todos os descendentes de judeus e cristãos novos: saber ler e escrever, no mínimo. Sabe porquê? Porque a sua religião (a observância à Lei de Moisés) a isso obrigava. E era até frequente encontrar esse traço nas mulheres! Eram elas que passavam o testemunho no seio das famílias, liam os livros sagrados e substituíam até os homens nos negócios, quando eles partiam ou morriam. Pense assim e não querendo ir muito mais longe no tempo: quem sabia ler e escrever, por exemplo, em 1600? Alguns nobres, muito poucos (e sendo apaixonada por História sabe que a maioria dos reis era analfabeta), o clero, os homens de leis, os físicos...e os judeus (fossem eles lavradores, ferreiros, sapateiros, tendeiros, tosadores, curtidores, etc, etc, etc.). À luz da nossa cultura actual, relembrando a vida no interior do país e não é preciso ir muito atrás, bastam os finais do século XIX, o analfabetismo era quase generalizado, com as excepções acima mencionadas. Contudo, até um simples pastor de ovelhas, se fosse descendente de cristãos-novos, sabia ler e escrever! Interessante, não é?
Pois aqui tem uma excelente pista para descobrir os seus ancestrais. Se tiverem processos do TSO, analise a respectiva genealogia declarada perante a Mesa e confirme se sabem ler e escrever. Tão simples quanto isso. Mas não deve basear-se só nisso.
Voltando às suas interpretações, terão sido muito poucos aqueles que escaparam às malhas da Inquisição. Esta era tão feroz nas perseguições que nunca se dava por satisfeita, chegando ao ponto de mandar levantar os ossos das sepulturas daqueles que nunca abdicaram das suas crenças, levando os mesmos aos autos de fé para que esses mesmos ossos fossem queimados, já que o não tinham podido fazer em vida!!! Incrível!!!
Queria deixar-lhe uma pequena nota: eu estou no mesmo barco que a Maria Amélia, aprendi muito aqui no Forum e continuo a aprender. Tive a sorte, talvez, de ter desbravado terreno há mais tempo e ter feito um percurso de investigação que já leva muitos anos. Só isso. Mas acredite, estamos ambas imbuídas do mesmo espírito, o de querer descobrir as raízes dos nossos avoengos e todas as dúvidas são legítimas e devem ser esclarecidas. Da parte que me toca, tenho todo o gosto em ajudar a contornar obstáculos e levar as pessoas que me abordam a não cair nos mesmos erros em que eu mesma já caí.
Espero ter contribuído para o seu esclarecimento e também aprender consigo, já que a História é, igualmente, um dos meus fraquinhos.
Maria
PS: a título de curiosidade e só, foi também por ter sentido que na minha ancestralidade havia algo por explicar que me meti de cabeça nesta questão da Genealogia. E ainda bem, pois conheci ao longo dos tempos gente fantástica, super interessante e que me ensinou MUITO! ".
--------------

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#309017 | LBonifacio | 26 Jun 2012 10:02 | In reply to: #308879

Os apelidos Britânicos com "son" não apareceram para distinguir crianças a brincar, mas são antes o que resta da colonização nórdica, onde apenas havia um nome próprio, seguindo da indicação de quem era o pai!

Leif Ericsson - Leif, filho de Eric
Jacob Olafsson - Jacob, filho de Olaf

Estas regras continuam a ser aplicadas nos países nórdicos e nos países eslavos (Que é resultado de colonização nórdica)

Natália Ivanovna - Natália, filha de Ivan
Ivan Aleksandrovich - Ivan, filho de Aleksandr

Em Portugal a única regra parecida com esta era a inversão dos nomes, de pai para filho, como no famoso episódio do Castelo de Faria - Gonçalo Nuno, filho de Nuno Gonçalves. esta regra, apenas sobreviveram, os apelidos terminados em "es" (Gonçalves, filho de Gonçalo; Nunes, filho de Nuno, Alves, filho de Álvaro) mas já sem qualquer ligação ao nome do pai

Luís Bonifácio

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#309018 | NISGM | 26 Jun 2012 10:54 | In reply to: #309017

Caro Luís Bonifácio,

Como referi acima, «Em traços gerais, e muito simplificados, é assim a coisa.»

Agora, acha que os nórdicos pespegariam o nome do pai na criança porquê? Porque sim?

Quando refere inversão dos nomes, e «a única regra» refere-se a quê?

Atentamente, nuno de m.

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#309019 | NISGM | 26 Jun 2012 11:06 | In reply to: #309017

Caro Confrade,

E já agora, retiro de um estudo dedicado a Iria Gonçalves que como saberá investigou bastamente a onomástica medieval, antiga catedrática de História Medieval na Fcauldade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, gostando que indicasse o que altera à essência do que escrevi.



«O SISTEMA ANTROPONÍMICO MEDIEVAL
O nome do indivíduo é um dos primeiros atributos que o mesmo recebe, sendo necessaria-mente um reflexo das mentalidades e do meio social em que o mesmo se insere. No entanto,os estudos antroponímicos em Portugal, como já anteriormente referimos, não têm des-pertado o interesse dos historiadores, olvidando assim a enorme riqueza que este tipo defonte encerra.O nome funciona como forma de identificação de uma pessoa nos diferentes grupos em quese inseria, seja primeiro a família, seja depois a comunidade local ou o grupo profissional. Anecessidade de os indivíduos se diferenciarem entre si ditou a utilização de vários nomespara os distinguir. Quanto maiores as comunidades onde os mesmos se inseriam, maior adificuldade em os diferenciar, o que se fazia recorrendo a formas de denominação cada vezmais complexas.O sistema antroponímico medieval era constituído, como escreve Iria Gonçalves, «essencial -mente, por um nome próprio – o mais importante e o único verdadeiramente fixo – a quese podia ou não juntar um sobrenome, que era sempre, ou pelo menos quase sempre for -mado por um patronímico e um indicativo de proveniência ou de domicílio, ou umaalcunha, que podiam ou não, um e outra, transformar-se em apelido de família»
8
.Em traços gerais, este arquétipo manteve-se até aos finais de Quatrocentos, começando a ser paulatinamente substituído a partir da centúria seguinte. Subsistiram, ainda assim, algunscasos de uso único de um nome – como os clérigos (situação em que não era absoluto, dadaa utilização do título de frei) ou as crianças (às quais só mais tarde se acrescentava osobrenome).Sendo a onomástica medieval relativamente pobre em termos de nomes empregues para de-signar os indivíduos, a diferenciação fazia-se necessariamente através da utilização de umsobrenome, geralmente um patronímico. Como esta solução continuava a causar homo-nímias significativas, procurou-se, através da utilização de um terceiro ou até mesmo de um quarto elemento – apelativos, alcunhas, locativos, etc. – um modo cabal de diferenciar os in-divíduos. Este último elemento acabou, em certos casos, por se tornar o mais distintivo, che -gando mesmo a «sobrepor-se a todos os demais constitutivos do antropónimo, eclipsando-os»
9
.De resto, a onomástica medieval cristã é análoga àquela que, anteriormente, era usada pelas sociedades muçulmanos que ocupavam o território onde viria a nascer Portugal, com o uso de um nome próprio, o nasab (indicando a referência patronímica, a qual é dada pela par –tícula bin/bint, significando «filho de»/«filha de» – correlata, portanto, do uso das formasdo genitivo nas línguas novilatinas para designar a filiação; veja-se, por exemplo, AfonsoHenriques, isto é, «Afonso, filho de Henrique»), a kunya (donde derivou o nosso termo«alcunha», e que era dado pela partícula’abu/umm , isto é, «pai de» / «mãe de»), ou ainda a nisba (que designa, por exemplo, a origem geográfica do individuo – citamos alguns exem-plos mais conhecidos, como Ibn Marwān al-Ğilliqi, i.e., «o Galego», ou Ibn Bassām aš-Šantarini, i.e., «o Escalabitano»)."


Em http://lisboa.academia.edu/Andr%C3%A9OliveiraLeit%C3%A3o/Papers/537162/Nomear_e_ser_nomeado_na_Idade_Media._Estudo_de_antroponimia_alentejana_medieval_Homenagem_a_Iria_Goncalves_

Atentamente, nuno de m.

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#309373 | PedroPires95 | 30 Jun 2012 18:31 | In reply to: #308874

Olá a todos novamente, descobri que possuo um ancestral em minha arvore Genealógica, Chamado Jacinto Meduiäna, http://www.mytrees.com/ancestry/Other/Married-1696/Me/Meduiäna-family/Jacinto-Meduiäna-fi000674-3104.html

Esse sobrenome Meduiäna é espanhol, pelas referencias ele pertenceu ao exercito Espanhol, Gostaria de saber se ele é nome de Judeus vindos da Espanha para cá, Já que esse sobrenome não consta em muitas listas, e só existe essa ramificação até aonde eu sei na minha ascendência no Nordeste.


Att. Pedro Pires.

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#309385 | PedroPires95 | 30 Jun 2012 21:56 | In reply to: #308874

Olá a todos novamente, descobri que possuo um ancestral em minha arvore Genealógica, Chamado Jacinto Meduiäna, http://www.mytrees.com/ancestry/Other/Married-1696/Me/Meduiäna-family/Jacinto-Meduiäna-fi000674-3104.html

Esse sobrenome Meduiäna é espanhol, pelas referencias ele pertenceu ao exercito Espanhol, Gostaria de saber se ele é nome de Judeus vindos da Espanha para cá, Já que esse sobrenome não consta em muitas listas, e só existe essa ramificação até aonde eu sei na minha ascendência no Nordeste.


Att. Pedro Pires.

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#309422 | Luis K. W. | 01 Jul 2012 21:36 | In reply to: #309385

Pedro Pires,
Não faço ideia se o nome (//www.geneall.net/H/per_search.php?s=Meduiana&s_type=per_search.php) é judeu. A mim parece-me muito galego.
Pelo «nome» (a não ser que sejam nomes judeus entrados recentemente na onomástica portuguesa/espanhola, como Abecassis, etc.) não me parece que vá lá.

Quanto a exames de ADN: a maioria dos portugueses descende dos judeus de 1492, ou dos fenícios que vinham à Península Ibérica há 3000 anos.
Portanto, o mais certo, é o seu ADN mostrar que você descende de um qualquer povo do Médio-Oriente. Não sei é se dá para distinguir se esse povo era o actual Libanês, Palestiniano, ou Israelita.

PS: para além de querer ser israelita, também pretende aderir à religião judaica? :-)

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#309479 | HRC1947 | 02 Jul 2012 22:20 | In reply to: #309422

RE: A INQUISIÇÂO; - O Reino do Medo 24-06-2012, 23:44
Autor: HRC1947 [responder para o fórum] Sobre o Livro;
Inquisição---o Reino do Medo lança uma nova luz sobre aquela que foi uma das instituições religiosas mais
obscuras e devastadoras da historia da humanidade ao adoptar uma abordagem muito viva que elege os relatos
de casos individuais como ponto de partida para a análise de mais de três séculos de história da Inquisição. Ao
longo de um período que se estendeu da unificação da Espanha, a Inquisição infundiu - em Espanha, Portugal
e nos pontos mais longínquos dos respectivos impérios coloniais --- um clima de suspeição, paranóia e terror
que afectaria pessoas dos mais variados quadrantes sociedade.E são justamente as histórias desses indivíduos
-- bruxas no México,bígamos no Brasil, marinheiros sodomitas, padres pouco castos, maçons, hindus, judeus,
muçulmanos e protestantes--- que o autor resgata dos arquivos de Espanha, de Portugal e do Vaticano, para
compor um fresco inédito, de grande complexidade e riqueza, que exibe os tons carregados do medo mas
também uma tonalidade de esperança na inquebrantável capacidade de resistência do espírito humano.

O autor Toby Green nasceu em Londres 1974. Estudou Filosofia na Univ.Cambridge e tem dividido a sua
actividade profissional pelo ensino, o jornalismo, a investigação e a escrita. É autor de um conjunto diverso
de obras--- onde se incluem biografias, critica literária, história e literatura de viagem--- que se encontra
traduzido em cerca de uma dezena de línguas. Tem um conhecimento profundo do Continente africano e da
América Latina, e as suas investigações levaram-no a passar longos períodos em locais como: Bissau, Bogotá,
Lisboa. Cidade do México e Sevilha. Actualmente vive em Inglaterra com a família.
Editora: - Editorial Presença
---
Ana Simões

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RE: Será que possuo Ascendência Judia? qual o procedimento para tirar Dupla cidadania?

#310557 | PedroPires95 | 22 Jul 2012 21:30 | In reply to: #308874

Olá amigos, Descobri que sou da Família Teive, por meio de um ancestral distante chamado Simão Gonçalves de Teive, Eu andei pesquisando e descobri que esse nome Teive é de origem iídiche igual ao Sobrenome Tevye, http://nomes.huum.com.br/tobias/ a língua iídiche era usada por Judeus da Alemanha, penso eu que eram asquenazis, O que significa que posso ser descendente de Judeus Asquenazi?? Gostaria de uma breve resposta para minha dúvida, Até mais..

Pedro Pires.

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RE: Será que possuo Ascendência Judia? qual o procedimento para tirar Dupla cidadania?

#310560 | HRC1947 | 22 Jul 2012 22:25 | In reply to: #310557

Caro Pedro Pires;
... É um facto. basta consultar a história e logo ficamos com uma pequena ideia das coisas!
Sugiro que vá ao fundo das questões, veja "os prós e os contras," obtenha informação
credível, interiorize o que for de confiança [ para a frente com as suas " investigações".]
Deixo três links para análise.
http://wikinet.pro/wiki/L%C3%ADngua_i%C3%ADdiche
http://hebreu-israelita.blogspot.pt/2009/06/edomitas-e-khazars.html
http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/historia/iidiche-patria-minha-lingua-435391.shtml
Os m/ cumprimentos
.

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RE: Será que possuo Ascendência Judia? qual o procedimento para tirar Dupla cidadania?

#310561 | HRC1947 | 22 Jul 2012 22:51 | In reply to: #310560

Caro Pedro Pires;
Deixo-lhe o resumo do Livro " Inquisição ",- Inventários de bens confiscados a cristãos-novos, Brasil
século XVIII- Autora : Anita Waingort Novinsky, para sua análise.
No início do século XX a obra de Werner Sombart despertou o interesse dos pesquisadores para um fenómeno
que permanecia até então ignorado: o papel fundamental desempenhado pelos judeus portugueses e espanhóis,
dispersos pelo mundo a partir do fim do século XV, para o desenvolvimento do capitalismo comercial e
financeiro europeu. Como diz o próprio autor, buscando enriquecer sua obra sobre o capitalismo defrontou-se acidentalmente com o problema dos judeus. As pesquisas de Max Weber sobre a relação entre capitalismo e puritanismo levaram-no a aprofundar-se no estudo da influência da religião sobre a vida económica, buscando
encontrar a relação entre as ideias e o comportamento económico, tentando compreender a razão do grande
florescimento do comércio ao Norte da Europa e do seu declínio nos Países do Sul, lhe parecerem insuficientes
as explicações que encontrou atribuindo esse facto ao descobrimento dos Novos Caminhos para as Índias.
Após inúmeras pesquisas, chegou à conclusão de que foi a expulsão dos Judeus da Espanha e de Portugal e
sua dispersão através do Mundo um dos factores essenciais que levou à decadência os Países Ibéricos e à
prosperidade cidades como Amesterdão, Hamburgo, Franckfurt, Antuérpia, etc. É ainda, que sua presença
é um factor determinante no desenvolvimento de uma região assim como o seu afastamento uma razão para
o retrocesso económico da mesma. Apesar de haverem confluído diversos factores no desenvolvimento do
capitalismo europeu como grandes descobrimentos, exploração minas de ouro e prata, o aperfeiçoamento
da técnica, a acção e os empreendimentos dos Judeus Ibéricos foram decisivos . A tese de Sombart já foi
bastante discutida, tanto através da critica metodológica como na base de trabalhos sobre a relativamente
moderada participação dos cristãos-novos na vida económica e financeira do norte da Europa.
Não nos parece realmente, como pensa Sombart, que os Judeus tenham sido guiados pelo seu " espírito
capitalista ", mas não há dúvidas, como diz F. Braudel, que souberam adaptar-se à geografia e à conjuntura
em mudança dos negócios. Essa adaptação foi particularmente fecunda na América, apesar do grau actuação
dos cristãos-novos na vida mercantil e financeira das colónias portuguesas e espanholas ser ainda pouco
conhecida. O próprio Sombart afirmou, quão falhas eram as informações de que dispunha, consequente às
precárias investigações existentes sobre o assunto. Uma das principais lacunas que encontrou e que impedia
uma constatação segura, era o desconhecimento que se tinha da " qualidade " dos homens que realizaram o
comércio colonial . Lamentavelmente, meio século após as considerações de Sombart temos de constatar que
fizemos muito pequeno avanço nesse sentido e pouco ou quase nada podemos acrescentar a favor ou contra
a sua tese no que diz respeito às actividades económicas dos cristãos-novos Portugueses na América. É
necessário partir, antes de tudo da determinação de " quem eram " esses homens que estavam no centro da
actividade comercial da época. Quais suas origens, formação cultural, crenças, valores e quais eram suas
vinculações económicas e familiares. Os arquivos judiciais, uma das mais ricas fontes para os estudiosos das
ciências humanas , podem auxiliar-nos enormemente neste caminho.Permitem-nos resolver problemas ligados
à Genealogia, grau de educação, profissão, assim como conhecer os grupos sociais, suas solidariedades ,
rivalidades, disputas, gostos e atitudes. Os cristãos-novos, tanto os que se declararam publicamente judeus, como os que praticaram secretamente a religião judaica, e também os mais integrados no catolicismo,
misturados há várias gerações com os cristãos-velhos, apresentaram formas de comportamento variadas e seus
modos de pensar e viver ainda não aparecem nítidos e compreensíveis, tendo sido interpretados de maneira
estereotipada pela historiografia tanto tradicional como contemporânea.Cremos que a contribuição de Sombart foi valiosa por ter chamado a atenção para a importância dos judeus de origem ibérica e suas relações
económicas internacionais, mas o atraso em que se encontram as investigações sobre os cristãos-novos portugueses na América ainda é enorme. Lambart partiu de uma afirmação cujo sentido tem de ser
cuidadosamente esclarecido, de que " todos " os cristãos-novos espalhados pelas possessões portuguesas e
espanholas ou que se encontravam dispersos na Europa, eram Judeus. A questão é de extrema complexidade,
pois leva-nos às habituais confusões e desentendimentos sobre " quem é " e " quem não é " Judeu. Ante a
dificuldade em especificar quem daqueles cristãos-novos era Judeu, o historiador encontra-se ante o imperativo de conceituar esse termo. De início confundem-se duas abordagens , a religiosa e a social-económica. Do ponto de vista religioso, apesar de ter havido nos países católicos cristãos-novos que se
mantiveram durante séculos ligados à fé Judaica, confirmando a "realidade " do Marranismo, a maior parte
da população portuguesa de origem Judaica remota, condenada ou não pela Inquisição, não pode ser
considerada Judia no sentido restritamente religioso que lhe conferem certos autores.
Encarado contudo sob um ponto de vista amplo,de " herança cultural Judaica ",a questão muda radicalmente
e se complica ainda mais. Somente poderá ser entendida após o conhecimento profundo do "fenómeno "cristão-novo-português, sem as simplistas definições habituais, provenientes da aceitação das fontes oficiais, neste caso os processos da Inquisição, sem a necessária crítica.
Também é fundamental entender o mecanismo de funcionamento do Tribunal, para o qual, num sentido amplo
todos indivíduos suspeitos eram culpados, e o que significava "Judaísante" para os Inquisidores. Uma abertura
na direcção da psicologia do metal colectivo, com certeza poderá trazer enormes esclarecimentos sobre o
comportamento, os valores e visões do mundo de tão ampla parte da população portuguesa . A dramática
"condição de Judeu "do português, contrariamente o que se pensa, emanava não de um universo religioso
mas de uma problemática social.
Condições extremamente árduas de sobrevivência, perseguição e extermínio, se de um lado levaram cristãos-
-novos de volta para a religião Judaica ortodoxa, de outro atiraram muitos para os limites da incredulidade.
Para Sombart assim como para os Inquisidores, ainda um ou dois séculos após as conversões, todos os
descendentes dos convertidos , até onde ia a lembrança histórica de sua origem, são considerados Judeus.
Sobre a participação dos cristãos-novos no comércio colonial, as investigações levaram-mos a formular
algumas hipóteses, que fazem as afirmações de Sombart, aparentemente exageradas, no que dizem respeito à
actuação dos cristãos-novos no comércio colonial,parecem menos absurdas e providas de fundamento.
Ainda que não possamos estimá-los demograficamente, sabemos que cristãos-novos viveram no Novo Mundo em número extremamente avultado, dispondo de excepcionais condições, oriundas de uma longa
experiência histórica, para aproveitarem a " luz que se lhes oferecia "e não como diz Sombart, que eles
" levaram "para o Novo Mundo . Sem terem sido os criadores do capitalismo,[ e alguém o criou ? , como
pergunta Braudel ] tiveram acção sobre ele. Importantes nas colónias das Índias Ocidentais, foram negociantes
e plantadores no Brasil, Surinam, Jamaica, Martinica, etc.Sua força sobressai,inicialmente, em suas relações
comerciais e financeiras com a Holanda e depois com a Inglaterra. Contudo, segundo os estudos de Bloom, as
fortunas dos Judeus em Amesterdão eram insignificantes em comparação com a dos cristãos da cidade, tendo
sido a seu ver uma gota no orçamento comercial da grande metrópole, apesar de uma gota significativa e
poderosa.
As conexões dos cristãos-novos com seus correligionários em outros países deram-lhes as possibilidades de
sentir o pulso do mercado internacional, e desenvolver intensa rede comercial. Nos séculos XVII e XVIII os
termos " cristãos-novos " e " homens de negócio " eram sinónimos.
... O que não sabemos contudo, é a medida, o grau de participação que tiveram os cristãos-novos do Brasil
no comércio exterior. O Brasil foi o lugar onde puderam, mais do que em qualquer outra região desenvolver
amplamente suas habilidades. Apesar da legislação Portuguesa em relação aos homens de origem hebréa ter
sido francamente discriminatória, puderam contornar a situação e habilmente manejar os negócios, adquirindo
posições de prestígio e direcção. O desafio ante o qual se encontravam, de sobreviver a qualquer preço, já que
na pátria as possibilidades de desenvolvimento se apertavam cada vez mais, levou-os a buscar e criar novos
campos e métodos de trabalho. Favoreceu-os alguns requisitos óptimos que possuíam, essenciais durante os
primórdios do capitalismo comercial, como contratos e ligações familiares, idioma comum e confiança.
Mercadores cristãos-novos cruzavam ininterruptamente o Atlântico, trazendo e levando mercadorias e ideias.
Eram homens de diferentes graus de cultura, tanto Comerciantes como Bacharéis de Coimbra ou simples
artífices.Apesar das perseguições inquisitoriais,encontraram possibilidades enriquecer e ascender socialmente
constituindo parcela da alta Burguesia no Brasil.
A partir do século XVII a crise dos impérios Espanhol e Português se precipita. A interferência dos confiscos
inquisitoriais na economia dos países Ibéricos entravou cada vez mais a actividade mercantil, enquanto no
Norte da Europa se abriam para os homens sem linhagem e sem fortunas, amplas oportunidades. Durante o
reinado dos Habsburgos na Península, a perseguição cristãos-novos em Portugal se intensifica, o preconceito
e os mitos de pureza cortam a mente da população, as rivalidades entre cristãos-velhos e novos se agrava
levando à intensificação da emigração. Regiões inteiras se despovoam ante a falta de visão da classe dirigente,
enquanto o Brasil se torna, paradoxalmente lugar de refúgio e degredo. O surto económico causado pelo
sucesso da lavoura canavieira e a euforia proveniente da descoberta do ouro atraiu grande número refugiados.
A inquisição interferiu durante dois séculos sobre o comportamento e actividade desses colonos, levando,
durante certos períodos, significantes levas de homens e mulheres para as prisões do Santo Ofício. Essas
perseguições, apesar apesar de ainda pouco estudadas, deixaram marcas locais levando muitos a abandonar
terras e familias em busca novo exílio. Braudel chama a atenção para correlação existente entre perseguições,
massacres, expulsões e conversões forçadas dos Judeus e os movimentos de conjuntura de certos países.
Acentua ainda um facto importante, a validade da correlação entre essas conjunturas e vicissitudes, não
somente para os grandes acontecimentos e fases de longa duração, como também para as crises menores, no
correr dos anos, no dia a dia. Seria interessante investigar sobre as perseguições efectuadas pela inquisição no
Brasil em determinados períodos e as consequentes crises locais.
Praticamente tudo que sabemos sobre os cristãos-novos no Brasil diz respeito ao século XVII, período em que
dominou a economia açucareira.Sobre sua presença na época da mineração, assim como durante toda segunda
metade do século XVIII, quase nada conhecemos.A ausência de pesquisa sobre a acção inquisitorial nos
reinados de D. João V, o " Magnânimo " , de D. José I e de Dª Maria I, torna bastante deficiente o quadro que
temos desse período tanto em Portugal como no Brasil, dos prisioneiros foi um dos principais problemas com
que se debateu a instituição, suscitando um sem número de conflitos entre Rei, Inquisidor e Papa. Os assuntos
que se relacionavam com o Confisco eram tratados com meticulosidade e registados em volumosos livros que
se encontram ainda inexplorados e inéditos. O valor das rendas provenientes dos bens confiscados durante os
dois séculos e meio de seu funcionamento em Portugal, certamente jamais poderemos conhecer. Controlar
todas as confiscações e os bens apreendidos principalmente nas distantes colónias, identificar o que ficava nas mãos de seus frequentemente desonestos funcionários, assim como fiscalizar as irregularidades decorrentes no
andamento do processo é tarefa praticamente impossivel. Tudo o que o réu possuía, tanto móvel como imóvel
era apreendido pelo Fisco e sequestrado no acto de sua prisão, antes de ser provada a sua culpa. Se fosse
absolvido, esses bens deviam ser-lhes restituidos, após a dedução de todos os gastos ocorridos, desde as
despesas pessoais. alimentos, roupas,etc, até o pagamento dos Funcionários participantes em seu processo.Na
prática essa medida nunca funcionou, e recolhida pelo Fisco a fortuna ficava para sempre perdida para o réu
e seus descendentes. Tal procedimento levou a extremadas discussões, mas os Inquisidores adoptavam a atitude que lhes convinha. Assim, quando certos cristãos-novos reconciliados pediram a devolução dinheiro
que possuiam na ocasião em que foram presos, o Concelho Geral decidiu que não se prestassem contas nem
se restituissem os excedentes. Praticamente, na grande maioria dos casos, quando se tratava de cristãos-novos, a Inquisição ordenava a prisão " com sequestro de bens ", vendendo ou dispondo das propriedades,
dos bens e do dinheiro dos prisioneiros, da mulher e dos filhos, antes de ser promulgada a sentença final.
Depois de reconciliado com a Igreja, em geral o réu encontrava-se em completa miséria. Convém chamar a
atenção para a diferença de atitude adoptada em relação aos crimes de bigamia, feitiçaria, blasfémia e até
sodomia, quando a ordem de prisão era frequentemente emitida " sem o sequestro de bens ". Sendo a
contribuição desses suspeitos pequena, a Inquisição podia ser generosa. Confiscava-se também os bens do
falecido, o que vinha atingir a herança dos descendentes, em certas ocasiões completamente alheios ao crime.
Todos os problemas relacionados com o Fisco encontravam-se nas mãos de pessoas de extrema confiança da
cúpula inquisitorial. Esses homens deviam possuir o que chamavam de " boa consciência ", não ter no sangue
nenhuma mancha de negro, mouro ou judeu. O Juiz do Fisco era escolhido pelo próprio Inquisidor e
confirmado por carta em nome do Rei. Era um cargo civil de enorme prestigio. Os acordos entre Coroa e
Inquisição estipulavam que o controle dos bens confiscados devia ser efectuado por ambos poderes, mas a
Inquisição não permitia que a Justiça civil se envolvesse nos problemas do confisco, que considerava somente
seus.
Durante o Reinado de D. João IV, quando atrás do monarca soprava voz padre António Vieira, a Inquisição
se viu seriamente ameaçada e privada de seus lucros. Desentendimentos entre Coroa e Inquisição alcançavam
então seus extremos. Apesar da indignação dos Inquisidores com a formação da Companhia de Comércio para
o Brasil [ 1649 ] e o Alvará que isentou do confisco os mercadores cristãos-novos accionistas da Companhia,
D. João IV teve a coragem de desafiar a Inquisição e mandou retirar desta a autoridade administrativa do Fisco
ordenando que passasse para o Concelho da Fazenda, alegando ainda não ser conveniente que inquisidores
se " distraíssem " com negócios alheios à sua função principal, visto haver pessoas que atrevidamente punham em dúvida o escrúpulo usado no manejo dos sequestros, [ 1655 ].
Durou pouco essa isenção e interesse em prol do favorecimento dos mercadores e homens de negócio. Depois
da morte de D. João IV o confisco voltou a ser discutido com primazia. Os Inquisidores, aproveitando-se de
que o Tesouro precisava urgentemente de 300.000 cruzados para a defesa da India e que tanto os homens de
negócio estavam sem dinheiro como os vassalos sobrecarregados de impostos, pressionaram prolongadamente
a Rainha, que resistindo no principio, acabou cedendo e autorizou o confisco de 120,000 cruzados dos bens dos condenados. Dois anos depois [ 2 Fevereiro de 1657 ],por um alvará a administração do Fisco voltou para
as mãos do Inquisidor Geral, restabelecendo-se a situação anterior.
Os cristãos-novos encontram-se então em situação precária, Os homens que detem poder estão todos favor
da Inquisição. Somente os defendia uma infima minoria, a "inteligentzia " portuguesa cristão-velha, entre os
quais o embaixador Francisco de Sousa Coutinho, que se revela violentamente contra o restabelecimento dos
confiscos. O padre António Vieira continua a minar o edificio inquisitorial, que chega mesmo a trepidar em torno dos anos 1674e 1681. Porém a luta da nobreza e do clero para manter-se no poder, a corrupção do
aparelho burocrático, o obscurantismo em que viviam as massas oprimidas, levaram ao seu restabelecimento.
Os autos de fé então aumentam e o número de condenados alcança cifra desconhecida até então.
Quando se abre o século XVIII as despesas do Tribunal são enormes e continuam a correr por conta dos
prisioneiros, desde o pagamento do aparato burocrático até aos banquetes dos Inquisidores e os pomposos
autos de fé, nos quais até os funcionários civis eram remunerados.
Foi durante o reinado de D. João V que se efectuou o maior número de prisões no Brasil. O ouro Brasileiro
sustenta então a Coroa e o confisco dos bens dos cristãos-novos fornece elevadas somas para a Inquisição.
Apesar disso esta se encontra sempre deficitária e D. João V perseverante frequentador dos autos de fé,ainda
lhes outorga, no fim da sua vida, um subsidio de 4.800.000 reis pagáveis pela Junta do Tabaco.
Levou mais de cem anos antes que as ideias de Vieira e seu grupo fecundassem. D Luis Cunha, embaixador
de D. João IV na corte de Luis XIV, aponta em seu " Testamento Politico "a perseguição e os estilos do Santo Ofício como responsáveis pelo desastre económico e moral de Portugal, pela decadência de suas industrias e
manufacturas, pela fuga de gente e êxodo de capitais. Denomina a acção exercida pela Inquisição sobre o
Estado de " insensivel e crudelíssima sangria ". E entre as sugestões que apresenta para a modificação dos
estilos da Inquisição, aponta como fundamental, da mesma maneira que o padre Vieira, a problemática dos
confiscos. Na proposta apresentada em 1643 a D. João IV, já havia afirmado o Jesuíta que os homens de
negócio punham o principal dos seus cabedais fora de Portugal e que " por falta de comércio se reduziu a
grandeza e opulência de Portugal ao miserável estado em que Vossa Magestade o achou.
Em 1646 em nova proposta ao Monarca, Vieira aponta ente os inconvenientes mais graves para a nação a
confiscação dos bens dos mercadores presos. Grandes quebras no comércio originaram-se do facto desses
homens de negócios terem de fugir de Portugal enquanto outros, no país, estavam reduzidos a miséria. A
insegurança contínua em que viviam os cristãos- novos fazia com que os mercadores estrangeiros perdessem neles a confiança. Como significante núcleo dos homens de negócio pertencia à burguesia cristã-nova, a eles
atribui Vieira uma importância capital na restauração da economia do Reino. Alimentava a esperança de que
Portugal se tornasse país rico e tolerante, voltando às antigas tradições peninsulares, Mas seu realismo foi
combatido pelos defensores da " pureza ", incapazes de entender uma politica não imediata, voltados apenas
para os interesses das elites. As esperanças de Vieira de que Portugal tornasse a florescer e que Lisboa e as
outras cidades marítimas voltassem à sua antiga opulência não se concretizaram. Portugal somente poderia se
restaurar economicamente com dinheiro. Para tê-lo não havia outro meio mais afectivo do que o comércio,
e não podia haver comércio considerável sem liberdade e segurança.
A perseguição inquisitorial se fez sentir no Brasil nas regiões mais ricas e demograficamente mais densas.
Foram no século XVII vigiadas principalmente as áreas produtoras de açúcar e no século XVIII Minas Gerais
e Rio de Janeiro. Assim mesmo os " familiares " do Santo Ofício encontravam certa compensação em ir buscar
"hereges " nas mais longínquas e desertas regiões quando as denúncias compensavam materialmente.
Na colónia Brasileira,a preocupação geral era comerciar e enriquecer. Tanto os que estavam no poder,
governadores, funcionários reais, profissionais letrados, militares, religiosos, todos queriam fazer negócio.
Com o desenvolvimento das Minas abastecimento tornou-se um problema grave,resolvido na primeira metade
do século XVIII pelos fornecedores de géneros alimentícios, gado cavalos,que vinham das capitanias de
São Vicente, Baía, Pernambuco. Muitos cristãos-novos supriam as Minas desses géneros alimentícios,enviando
carregamentos de mercadorias diversas, como podemos ver através dos inventários. Dedicaram-se depois à
Lavoura local, plantando arroz, mandioca e milho.
Sendo o trabalho das Minas realizado principalmente pelos negros, grandes lucros eram provenientes do tráfico, inicialmente vindo das zonas açucareiras e do litoral e depois de Angola. Diversos cristãos-novos
presos estiveram ligados a esse comércio.
Entre os importantes homens de negócio podemos citar David de Miranda que levava para as Minas fazendas
diversas provenientes de Lisboa, panos de linho, drogas para forros, etc., e na ocasião em que o prenderam
tinha fazenda, para ser confeccionada, nas mãos de diversos costureiras e alfaiates; Diogo Nunes comprava
e revendia bois, Diogo Ávila levando negros da Baía para o Rio de Janeiro e Minas; Gomes Nunes levava
fazenda seca da Baía para Minas Novas dos Goiases; Manuel Teles da Costa, capitão-Mor da região do Vale
de Paraíba, igualmente enviando cargas de mercadorias para as Minas,onde era proprietário de casas em Ouro
Preto, além da que já possuía na Vila de Parati.Os negócios faziam-se na base de empréstimos e o clero
católico financiava esses comerciantes e lavradores cristãos-novos e hereges . Alugavam-lhes casas e hortas,
como a chácara que Pedro Mendes Henriques alugou no engenho do arcediago Duarte Correa ,perto da cidade
do Rio de Janeiro e pela qual pagava 10.000 réis por ano. Os religiosos de São Bento, do Carmo, Companhia
de Jesus, padres em geral, aparecem envolvidos em negócios e dívidas com os cristãos-novos.
Assim também a Misericórdia do Rio de Janeiro que lhes emprestava dinheiro a juros e a Confraria Santissº
da Sé da Baía, como as irmandades do Santíssimo, das Almas,dos Passos, de S. Sebastião, situadas nas Minas
de Vila Rica.
Apresentamos a seguir os inventários de 130 portugueses cristãos-novos residentes no Brasil ou brasileiros
natos, presos entre os anos de 1704 e 1761, provenientes de diversas regiões. Logo após a entrada na cárcere,
o réu era chamado para fazer a declaração de seu inventário. No local e na ocasião de sua prisão já havia posto
o Juíz do Fisco ao par de tudo que possuía, e entregue seus papéis, livros de Razão, suas letras, memórias,
jóias e seu dinheiro. Essas declarações. das quais os livros de Razão constituem parte das mais elucidativas,
deviam complementar o inventário de seus bens fornecido posteriormente mesa inquisitorial. Os inventários
que publicamos foram extraídos de seus processos e seleccionados entre aqueles que nos pareceram mais
completos e informativos.
O período em que foram feitas essas prisões coincide com a época da expansão da produção de ouro,estando
estando a maioria dos réus envolvida em negócios com as Minas.Suas declarações permitem-nos reconstituir
aspectos do quadro quotidiano colonial, assim como conhecer transacções comerciais, géneros importados e
exportados, jóias, roupas e móveis,escravos, ouro e prata, com seus devidos preços, além de dividas,
empréstimos , juros,nomes de mercadores,etc.Na ocasião da prisão sequestrava-se,como já dissemos, tudo o
que o acusado possuía, inclusive suas e curiosas livrarias, algumas até com mais de 200 obras sobre medicina,
direito, além de contos, comédia e poesia.
Os inventários fornecem aos interessados em história do Brasil e de Portugal uma fonte ainda desconhecida, auxiliar importante para o conhecimento da economia luso-brasileira no século XVIII. Permite-nos sentir
melhor a posição dos cristãos-novos no mundo dos negócios coloniais e aproximar-nos, através de crescentes
pesquisas, da problemática tão discutida do papel dos cristãos-novos no desenvolvimento do capitalismo e do
comércio colonial, e que tanto preocupou W. Sombart e outros contemporâneos. A maioria dos inventariados
eram brasileiros natos, e, com excepção de dois, um nascido no Rio de Janeiro e morador em Arraiolos,
Portugal e outro nascido na Baía e que vivia em Lisboa, todos eram residentes na colónia.
As profissões que mencionamos são as que vem estipuladas em seus processos, apesar de dificilmente se
poder situar o nível social pela ocupação, pois muitos profissionais e letrados eram também homens de
negócios e senhores de engenho.Todos os inventários que apresentamos, com excepção de um, Padre Manuel
Lopes de Carvalho, que era cristão/Velho e morreu queimado como judaízante, pertencem a cristãos-novos.
Mais de 50% desses eram lavradores, mineiros, senhores de engenho e homens de negócio, advogados e
médicos.
O Quadro I apresenta a distribuição profissional dos réus cujos inventários apresentamos. Os quadros II e III
respectivamente, os locais de nascimento e moradia por ocasião da prisão
Distribuição Profissional dos Inventariados:
Lavradores, fazendeiros, roceiros ....................................trinta e quatro
Homens negócios,contratadores,mercadores,tratantes.......vinte e nove
Mineiros .......................................................................... treze
Senhores do Engenho...................................................... dez
Advogados, juiz de fora e tabelião ................................... dez
Médicos............................................................................ sete
Militares, capitão de ordenança e ten.-coronel .................. seis
Sem ofício ........................................................................cinco
Sacerdotes. religiosos ...................................................... tres
Tendeiro e vendeiro ....................................................... .. tres
Caixeiro ............................................................................ dois
Curtidor ............................................................................ dois
Capitão-mor ..................................................................... .um
Mestre meninos ................................................................. um
Boticário ............................................................................um
Aguardenteiro ....................................................................um
Estudante de Gramática ......................................................um
Meirinho ............................................................................um
" O procedimento da Inquisição em lugar de extirpar o Judaísmo o multiplicava. Frei Domingos de Santo
Tomás, deputado do Santo Ofício, costumava dizer que assim como na Calcetaria havia uma casa onde se
fazia moeda, no Rossio [Lisboa ] havia outra em que se faziam Judeus "
D. Luís da Cunha, Fidalgo Português
Inst. Inéditas [ C. 1735 ]
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RE: Será que possuo Ascendência Judia? qual o procedimento para tirar Dupla cidadania?

#310697 | PedroPires95 | 25 Jul 2012 01:56 | In reply to: #310557

Olá a todos, desculpem o incomodo, mas tenho algumas duvidas que não me saem da cabeça, Pelas minhas pesquisas o nome Teive é variante de Teves, Mas ambos são originados de Vasco Pires de Temes, ou seja o sobrenome "Temes" ou "Themes" seria a verdadeira origem deste sobrenome pelo o que eu deduzi, Mas me vem uma grande duvida.. Esse sobrenome Temes ou Themes eu pesquisei no GeneAll e não encontrei muita coisa, por exemplo eu achei que ele era descendente de Romanos e vi em algum lugar que eles eram comprovadamente de Judeus conversos.. Alguém poderia me responder isto? Um abraço à todos.. E mais uma vez desculpem o Incomodo, Tenham uma boa noite (Para quem está no Brasil) e Bom dia (Para quem está e Portugal) Até mais..

Pedro Pires..

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RE: Será que possuo Ascendência Judia? qual o procedimento para tirar Dupla cidadania?

#310698 | HRC1947 | 25 Jul 2012 02:31 | In reply to: #310697

Caro Pires;

Nome Temes:-- [ parece que é de origem Grega!! ]

Repare;- http://www.significado.origem.nom.br/nomes/?q=temes

... A propósito; creio que a diferença horária entre o Br. e Port. é de - (menos 3 horas ):
Neste momento são 02: 26 Port. dia -25/7/2012 --- aí Br. serão 23: 26 - dia 24/7/2012. O.K.
--

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RE: Será que possuo Ascendência Judia? qual o procedimento para tirar Dupla cidadania?

#310859 | PedroPires95 | 27 Jul 2012 19:18 | In reply to: #310698

Olá, Obrigado a todos os estudiosos e pesquisadores do ramo de Genealogia que me ajudaram, No entando eu consegui através do Site dos Mormons chegar no meu trisavô por lado de Avó paterna Ele se chama José Francisco da Silva, e é casado com Antonia Torres de Vasconcelos, Olhando pelo registro de alguns sites eu me deparei com alguns nomes bem diferentes que me chamaram a atenção: Cabedo, Salinas, Bacelar, Lancastre.. Alguém sabe me dizer se algum deles é de origem proveniente do Hebraico? Até mais..

Pedro Pires..

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RE: Será que possuo Ascendência Judia? qual o procedimento para tirar Dupla cidadania?

#310866 | PedroPires95 | 27 Jul 2012 20:45 | In reply to: #310859

A proposito amigos, Eu achei uma pessoa que parece ter tido um caso com minha tataravó, ele se chama Francois Coin Coin, esse nome Coin é derivado do Sobrenome Cohen, ou seja ele é Judeu, e Nasceu nos Estados Unidos, só não entendi como o site pode afirmar que ele namorou a minha Tataravó e nasceu meu trisavô José Francisco da Silva, Pelo que me dizem ele era de pele muito alva de olhos azuis, Será que esse registro está certo? Minha tataravó teve um caso com esse Judeu americano, e nasceu ele? Veja aqui: http://www.mundia.com/br/Person/18704143/834355294

Uma coisa que eu achei estranha foi ele ter nascido e morrido antes da data de nascimento da minha tataravó, mas há alguma possibilidade dele ser meu tataravô? Até mais.. Pedro Pires

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RE: Será que possuo Ascendência Judia? qual o procedimento para tirar Dupla cidadania?

#310878 | HRC1947 | 28 Jul 2012 02:05 | In reply to: #310866

http://www.youtube.com/watch?v=7S3cgUG4PNQ

http://www.youtube.com/watch?v=B7hSxm67izU&feature=related

http://www.youtube.com/watch?feature=endscreen&NR=1&v=P7k83dJ9oZ0

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#310900 | HRC1947 | 28 Jul 2012 13:02 | In reply to: #310878

Caro Pedro Pires;
... Espero que as suas " investigações " estejam a correr bem!
O que me diz destes links ?
http://www.ez-team.com/turismo/coimbra/
http://sorisomail.com/powerpoint/3604.html
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RE: Será que possuo Ascendência Judia? qual o procedimento para tirar Dupla cidadania?

#310942 | PedroPires95 | 29 Jul 2012 00:52 | In reply to: #310900

Pessoal, Finalmente descobri a verdade sobre minha ascendência, primeiramente gostaria de agradecer a todos os que me ajudaram, e também com muita emoção e carinho acabo de descobrir que SOU MESMO DESCENDENTE DE JUDEUS, trata-se de um sobrenome de um avô de 10/11 Gerações se chama Macias, ora Macias é um nome tipicamente Hebreu, porque Macias = Messiah na pronuncia semelhante ao hebraico só que adaptada ao espanhol, Existem atualmente Macias no Marrocos, e a suspeita é que sua origem seja de algum desses países cujo os Sefarditas migraram para Espanha e depois Portugal, Sendo assim eu encerro minha pesquisa, E estou feliz por ter descoberto essa grande e bela Surpresa.. até mais..
Pedro Pires

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RE: Será que possuo Ascendência Judia? qual o procedimento para tirar Dupla cidadania?

#310944 | HRC1947 | 29 Jul 2012 01:19 | In reply to: #310942

http://www.artigos.com/artigos/humanas/sucesso-e-motivacao/os-3-cerebros-%28teste-quociente-tricerebral%29-1749/artigo/
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Será que possuo Ascendência Judia? qual o procedimento para tirar Dupla cidadania?

#418170 | neyose | 21 Sep 2019 18:12 | In reply to: #308874

Boa tarde, alguém poderia me dizer se o mesmo cristão-novo na árvore pode ser usado tanto quanto para obter a nacionalidade portuguesa assim como para obter a nacionalidade espanhola? Desde já grata.

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Será que possuo Ascendência Judia? qual o procedimento para tirar Dupla cidadania?

#418237 | rdevargas | 24 Sep 2019 06:26 | In reply to: #418170

Olá, sendo sefardita da península ibérica pode solicitar as duas sim, porém tenho entendido que o prazo para a solicitação da espanhola termina nesse mês ainda.

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