Ínfias
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Ínfias
Caros Confrades,
Aqui há tempos lancei este tópico http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=301696
mas não tenho a certeza de seguir uma pista correcta.
Em assento de Braga, refere-se alguém como sendo "das Ínfias"
Será que se referem a uma freguesia de concelho próximo ou eventualmente à chamada rua das ínfias, na própria cidade? Alguma tendência entre quem conheça a cidade e seus assentos?
Atentamente, nuno de m.
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RE: Ínfias
Caro Nuno;
Veja se isto serve.
http://portalnacional.com.pt/braga/vizela/codigos-postais/infias-53933/
Os m/ cumprimentos
Ana Simões
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RE: Ínfias
Confrade Nuno:
Na cidade de Braga existe uma zona denominada Infias, que antigamente pertencia à freguesia de S. Victor e presentemente está incorporada na freguesia de S. Vicente.
Cumprimentos,
Mário Palmeira
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RE: Ínfias
Caro Nuno
Já tinha dado nota da Freguesia de Infias em Guimarães,mas existe também uma Freguesia de Ínfias no Concelho de Fornos de Algodres.
Cumprimentos
João Barroca
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RE: Ínfias
Caro João Barrocas,
A mensagem a que faço referência na mensagem de abertura deste tópico dá conta dessa dispersão de Ínfias.
Às Ínfias de Guimarães, Vizela e Fornos de Algodres, junta-se uma tal de rua das Ínfias, na própria cidade de Braga.
Aqui, tento testar uma hipótese mais vazia, pois as pesquisas que fiz não me permitiram localizar ainda os indivíduos em causa. No fundo, este tópico é uma forma de tentar perceber que impacto tem a referência a Ínfias em quem conheça estes livros concretos.
Em causa, está por exemplo a ascendência deste Alexandre, 4 baptizado do fl. da direita em https://familysearch.org/pal:/MM9.3.1/TH-1-16361-60928-99?cc=1913410&wc=MMYP-FKN:n833548406
Atentamente, nuno de m.
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RE: Ínfias
Caro Ana Simões,
Agradeço a pronta resposta.
Já dera uma volta por Vizela em busca dos indivíduos que busco, sem sucesso.
Dei por Ínfias em Guimarães, Vizela e Fornos de Algodres e também com uma tal de rua das Ínfias, na própria cidade de Braga.
Aqui tento testar uma hipótese mais vazia. Com este tópico tento perceber que impacto tem a referência a Ínfias em quem conheça estes livros.
Em causa, está por exemplo a ascendência deste Alexandre, 4 baptizado do fl. da direita em https://familysearch.org/pal:/MM9.3.1/TH-1-16361-60928-99?cc=1913410&wc=MMYP-FKN:n833548406
Atentamente, nuno de m.
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RE: Ínfias
Confrade Mário Palmeira,
Agradeço a sugestão. Na busca que fiz anteriormente dera com Ínfias em Guimarães, Vizela e Fornos de Algodres, juntando-se-lhe também esta tal de rua das Ínfias, na própria cidade de Braga.
Aqui tento testar uma hipótese mais vazia, pois as pesquisas que fiz não me permitiram localizar ainda os indivíduos em causa. No fundo, este tópico é Uma forma de tentar perceber que impacto tem a referência a Ínfias em quem conheça estes livros.
Em causa, está, por exemplo, a ascendência deste Alexandre, 4º baptizado do fl. da direita, em https://familysearch.org/pal:/MM9.3.1/TH-1-16361-60928-99?cc=1913410&wc=MMYP-FKN:n833548406
De qual das Ínfias se falará?
Atentamente, nuno de m.
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RE: Ínfias
Boa Tarde a Todos ...
Pela leitura dos assentos contidos nas duas páginas, apresentadas, não há dúvida de que se trata de um livro paroquial da freguesia de S. Victor, Braga e o nome de Ínfias, várias vezes mencionado, diz respeito a Infías, na altura lugar pertencente a freguesia de S. Vitor e actualmente a S. Vicente, Braga:
S. Victor
[Criação da freguesia de S. José de S. Lazaro, em 1747]
[Criação da freguesia de S. Vicente, em 1933]
Melhores cumprimentos
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RE: Casa das ÍNFIAS - Braga
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Casa_de_%C3%8Dnfias
http://ppmbraga.blogspot.pt/2012/10/crime-leva-drama-familia-proprietaria.html
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HRC
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RE: Casa das ÍNFIAS - Braga
A possivel explicação para o Topónimo " ÍNFIAS ".
Freguesia de São Vicente
A FREGUESIA E A IGREJA PAROQUIAL DE S.VICENTE Partindo Arcada da Lapa, pelo antigo Largo do Eirado ( Largo de São Francisco ) penetramos na rua dos Chãos (Chãos de Baixo no mapa de André Soares), até à Praça Alexandre Herculano ( largo dos Penedos, mapa de 1854 ), onde se toma a estreita rua de São Vicente (Chãos de Cima, no mapa de Soares, acima citado ), até ao adro onde se nos depara a imponente fachada da igreja de São Vicente. O culto a São Vicente é muito antigo, podemos afirmar que vem de tempos anteriores à nacionalidade. Pelo tomo III, do cartulário LIBER FIDEI, Santae Bracarensis Ecclesiae, edição crítica pelo Prof. Doutor Avelino de Jesus Costa temos notícia da sua existência pelo documento nº 655, datado de 1 de Janeiro de 1100, a propósito de uma doação à Sé de Braga, que é menciona: “…damos vel quos abemus in villa Tornários ad radice Castro Máximo inter illa colina et Sancti Vicenti de Infidias.” Quando refere “São Vicente de Infias”, diz respeito a uma primitiva ermida, um pouco desviada do actual templo, muito mais tardio, e situada no lugar de Infias, topónimo que assinalava um local, talvez ermo, a fazermos fé do documento nº 805, do cartulário acima, que nos diz que em 14 de Abril de 1152, o Arcebispo Dom João Peculiar “com assentimento do Cabido, doa aos seus homens Pedro Agistrin e Pedro Canavel um terreno junto a Infias (Braga), em recompensa pelos bons serviços prestados e para que o cultivem e nele edifiquem, pagando anualmente a décima da quinta parte ao prelado e seis moedas da moeda corrente aos seus vigários” :“…facio kartam donnationis et firmitatis vobis hominibus meis Petro Agistrin et Petro Canavel de una senra quam habeo in Penelas et inter illu (d) sautum de Penelas et illam viam que vadi de Infias ad Fontanelo et de aliam partem per illam que vadi ad Sanctum Victorem. Do vobis illam pro servicio bono quod mihi fideliter fecisti et ut eam plantetis et edificetis…” Anos decorridos e como última referência, do citado Liber a Infias, lugar onde se encontrava a primitiva ermida, como acima dizemos, vamos deparar em Novembro de 1216, doc. nº. 884, ao tempo do arcebispo Dom Estêvão, com autorização do Cabido, “escamba com Dom Pôncio, mulher e filhos, o casal de Infias (Braga) com certos direitos que ali tinha, pela quinta e outros bens que eles possuíam em Penegate (conc. de Vila Verde): “…facimus kartan concanbii et perpetue firtmitudis vobis domno Poncio civi Bracarensi et uxori vestre Marie Pelagii et vestir atque nepotibus. Damus itaque vobis illud casale meum de Infias…” É curioso notar que só a partir do segundo documento que a grafia insere o topónimo actual, Infias. A referência, no primeiro documento, Sancti Vicenti de Infidias, está ainda relacionada com a primitiva ermida que, como se disse, não ocupava o actual local da igreja, mas sim um pouco mais a norte. Todo este local era e é conhecido actualmente por Infias. Deve ter sido recolhida nos seus alicerces desta pequena ermida, destruída possivelmente aquando da ocupação do território da Bracara pelas hordas sarracenas, a lápide epigráfica visigótica que se encontra encastoada na parede interior da sacristia, inscrição que tem merecido o estudo e a curiosidade de eminentes investigadores. Pelo que ela nos elucida ficamos a saber que, possivelmente, devido à cristianização do território bracarense pelo Bispo São Martinho de Dume (569/579), arredando os costumes pagãos que então enfermavam a população, passaram a denominar-se os dias de semana com a terminologia tal qual hoje nós usamos e bem assim todos os povos de língua portuguesa. Há anos numa visita guiada com cidadãos judeus que visitaram a cidade, apresentaram estes a informação de que também a religião judaica, tinha eliminado os costumes pagãos o que concordamos, ficando a dúvida a quem se deveria atribuir este modo de mencionar os dias de semana o que, quanto a nós, se pode buscar a origem no facto de a religião judaica e a cristã terem partido da mesma base. Esta notável inscrição que, no dizer de Albano Belino, em “Archeologia Christã”, l900, “é, sem dúvida, o monumento mais antigo do cristianismo em Braga”. Com as medidas de 1,40 m. de comprimento por 0,41 m. de altura foi transcrita na obra citada, na versão portuguesa, como se segue : “Aqui descansa Remistuera, desde o primeiro de Maio de 628, dia de segunda feira, em paz, amen”. Várias são as interpretações, vários são o estudos sobre o nome da defunta, única diferença entre todos, mas entre todos o que é certo é o dia em que desceu à terra, “foi no primeiro de Maio de 618, dia de segunda feira”. Entre os que dão o nome de origem teutónica, está o epigrafista, Padre Fidel Fita, que em 1896, afirmava baseado numa fotografia que Belino lhe enviou: “O nome da defunta é teutónico. O seu primeiro elemento sai do nome de Remisol, bispo de Viseu, que assistiu ao 2º Concílio de Braga (ano de 572), no de Remismundo, rei suevo, e noutros. A fotografia permite conjecturar que o segundo elemento seja MUTERA, por ter algum traço de ligadura de T, com E, em cujo caso vem à memória o alemão MUTTER (mãe)” Sabe-se que os bracarenses no tempo do rei suevo Hermenerico, professavam, livremente, a religião cristã, diz o autor acima citado, de “tal modo a crença se propagou, que no ano de 464 poucos suevos havia que não fizessem parte do grémio da igreja cristã”. Esta veneranda lápide visigótica data de 618, cem anos antes da invasão sarracena e do estabelecimento, em quase toda a península ibérica dos sequazes da religião de Maomé e, como tal seria por si só, um monumento a chamar a nossa atenção e respeito pela antiguidade do lugar onde foi encontrada - Infias. Mas voltemos à lápide. Como dissemos, encontrada nas ruínas da antiga ermida, tem sido objecto de múltiplas investigações. Vários especialistas sobre ele se debruçaram. Dos citados Padre Fidel Fita e Albano Belino, no século XIX, e ainda temos o estudo do Prof. Doutor Cónego Avelino de Jesus Costa, êste que tendo feito uma análise in loco nos dá uma interpretação bastante convincente. Para melhor elucidação, achamos que será bom reproduzir o texto gravado na sua grafia latina, segundo a leitura de Avelino de Jesus Costa: “HIC REQVIESCIT REMISNVERA IN KAL MAIS ERA DC QVINGAGIS VI DIE SECVNDA FERIA IN PACE-AMEN”. Quanto ao nome da defunta, como sendo o de REMISNUERA e não Remistuera, como querem alguns, diz Avelino de Jesus Costa, que a sua leitura feita directamente no local e não pretendendo impor como a mais correcta, informa em sua opinião que o nome é REMISNVERA e não Remistvera. Para isso apresenta razões aceitáveis. A sua versão em vernáculo diz: “Aqui repousa em paz Remisnuera ( no dia 1 de Maio) dia de segunda-feira, da era DCLVI ( ano de 618) Ámen. OUTRAS INSCRIÇÕES Mais quatro inscrições se encontram, mas estas no adro da igreja e na fachada. Na fachada, em duas cartelas colocadas aos lados da entrada principal, ficasse a saber por uma que na era do Senhor do ano de 656, foi dedicada naquele local ou por perto um templo dedicado ao mártir Sai Vicente, qual seria o acima mencionado no Liber Fidei. A esta lápide epigráfica faz referência, Azevedo Coutinho, no guia “Guia do Viajante em Braga”, publicado em 1874, e que a páginas 48/9, diz: “Data da antiga era de 656 a existência de um templo dedicado ao Mártir São Vicente”, informando-nos também do mesmo, Albano Belino, in “Inscrições e Letreiros da cidade de Braga” e em “Archeologia Christã”, editados no final do século XIX, como também não o deixou de assinalar Senna Freitas, em “Memórias de Braga”. Desse primitivo templo, como já dissemos, nada resta e, por outra inscrição, ficamos a saber que entre o actual e o primeiro templo, houve um segundo, como reza a inscrição gravada na cartela do lado direito, estando voltados para a porta principal, que tem os dizeres : AQVI SE GANHAM COPI OSAS INDULGÊNCIAS VI SITANDO ESTA CAPELA DEDICADA A S. VICENTE NA ERA DO SENHOR DCLVI REEDIFICADA EM MDLXVI E TERCEDIRA VEZ FUNDADA 1691.
Elementos retirados Nett.
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Ana Simões
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RE: História Arquidiocese de Braga
Arquidiocese Braga;
" Braga, como Diocese, data do século III, sendo conhecido do primeiro período da sua história apenas o Bispo Paterno cujo nome figura nas actas do I Concílio de Toledo de 400.
Já neste primeiro período tinha dignidade metropolítica, com jurisdição sobre todo o noroeste da Península (Galécia), tendo dela dependentes os bispados de Conímbriga, Viseu, Dume, Lamego, Porto e Egitânia.
Datam desta época os martírios dos Santos bracarenses Vítor, Cucufate, Silvestre e Susana.
Do período suévico-visigótico conhecem-se os nomes de 12 Prelados bracarenses. Nesta época notabilizaram-se pela cultura e pela santidade homens como Idácio de Chaves, os três Avitos, Paulo Orósio, Pascácio, S. Martinho de Dume, S. Frutuoso.
Quando da invasão muçulmana, Braga ficou no domínio dos infiéis e os seus bispos passaram a residir em Lugo.
Após a reconquista cristã, mesmo antes da fundação da Monarquia, foi definitivamente restaurada a Arquidiocese (1070). O Bispo D. Pedro pôde fixar-se definitivamente em Braga, promovendo a reconstrução da devastada Cidade. Começou pela Catedral, dedicada liturgicamente em 29 de Agosto de 1089 pelo Legado do Papa, o Arcebispo D. Bernardo de Toledo. Desde então seguiu-se uma cadeia ininterrupta de 56 arcebispos.
Depois de célebre contenda com a Sé de Compostela, Inocêncio III, em 1199, dá a Braga como sufragâneas as Diocese de Porto, Coimbra e Viseu (em Portugal), e mais cinco em território da Espanha.
Célebre ficou também a contenda com Toledo sobre a primazia.
Nos fins do século XIV as dioceses dos reinos de Leão e Galiza deixaram de prestar obediência a Braga.
A área da arquidiocese foi posteriormente reduzida com a criação das dioceses de Miranda (1545), de Vila Real (1922) e Viana do Castelo (1977) e ainda pela anexação à de Bragança-Miranda do Arcediagado de Moncorvo (1881).
Entre as particularidades mais notáveis desta Sé, considerada das mais antigas da Península Ibérica, está a de possuir um rito litúrgico próprio (bracarense), semelhante ao romano; quando da reforma litúrgica tridentina, Braga pôde manter os seus livros, por terem mais de 200 anos e pelo cuidado que teve nisso o Arcebispo D. Frei Bartolomeu dos Mártires; depois de algumas tergiversações resultantes da tentativa de introduzir o rito romano, o bracarense foi restaurado pelo Sínodo de 1918: os novos breviário e missal, aprovados por bulas de 1919 e 1924 respectivamente, tornaram-se obrigatórios em toda a Arquidiocese em 1924.
O rito bracarense permanece válido, mesmo depois da reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, mas o seu uso tornou-se facultativo, aquando desta reforma, em 18 de Novembro de 1971.
A longa série de arcebispos de Braga inclui santos canonizados como Martinho (569-579) e Frutuoso (656-689) de Dume e Braga, Rosendo (927-951) de Dume, Mondonhedo e Celanova, e Geraldo (1096-1108) de Braga.
Há patriotas como D. Paio Mendes (1118-1137) e D. João Peculiar (1138-1175), conselheiros e diplomatas do primeiro Rei de Portugal; D. Gonçalo Pereira (1326-1348) e D. Lourenço Vicente (1374-1397), lutadores nas batalhas de Salado e Aljubarrota, respectivamente; D. Rodrigo da Cunha (1627-1635), empenhado na recuperação da independência nacional, em 1640, então já transferido para Lisboa.
Há pastores insignes como D. Frei Telo (1279-1292), D. Frei Bartolomeu dos Mártires (1559-1581), D. Agostinho de Jesus (1588-1608) e D. Frei Caetano Brandão (1790-1805).
Há membros da Família Real como D. Fernando da Guerra (1416-1467), Cardeal-Rei D. Henrique (1533-1540). D. José (1741-1756) e D. Gaspar de Bragança (1758-1789).
Há homens de projecção pública como D. Pedro (1070-1091) o restaurador da Diocese, D. Pedro Julião (1273), futuro Papa João XXI, D. Jorge da Costa (1501-1505) o célebre Cardeal de Alpedrinha, D. Diogo de Sousa (1505-1532) o renovador da Cidade de Braga, D. Rodrigo de Moura Teles (1704-1728) o impulsionador do Bom Jesus do Monte, o Cardeal D. Pedro Paulo da Cunha e Melo (1843-1857) o pacificador após as lutas liberais, D. Manuel Vieira de Matos (1915-1932) o resistente à Lei da Separação e reconstrutor da arquidiocese, muito abalada por esta data.
Desde há séculos que o arcebispo de Braga usa o título de "Primaz das Espanhas". Entre o século XV e finais do século XVIII usou, com significado efectivo, o título de *Senhor de Braga* ".
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Ana Simões
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RE: Freguesia de Ínfias, Forno de Algodres
A origem do Topónimo ÍNFIAS;
" A freguesia de Infias está situada na margem direita do rio Mondego, a cerca de 2 quilómetros da sede de concelho de Fornos de Algodres, no distrito da Guarda; o seu orago é S. Pedro, celebrado anualmente a 29 de Junho.
Infias é uma muito antiga povoação habitada pelo menos desde o século XIII, as referencias mais antigas aos habitantes de Infias encontram-se no documento “Inquirições da Beira e Alem Douro, de D. Afonso III do ano de 1258”, no entanto por essas alturas não era ainda concelho, desconhecendo-se se estaria incluída no termo de Algodres ou no de Fornos. O que se sabe é que nunca possuiu carta de foral e sempre se regeu pelos forais do concelho de Algodres.
O povoamento nesta freguesia data pelo menos do Calcolitico (Idade do Cobre - aproximadamente 2500 a 1800 a.C.), datando desse tempo embora ainda não devidamente escavados, vestígios no monte da Rasa. Relativamente perto também embora já no termo de Algodres, existem vestígios arqueológicos já de certa forma documentados da época do Neolítico, na quinta da Assentada.
Foi no entanto durante a Romanização e depois do abandono do castro da Raza, ja na planura que terá tido bastante desenvolvimento, havendo quem afirme que aqui existiu uma "civitas" ou "villae" romana. Têm sido encontrados (embora sem nunca se ter feito nenhuma escavação a serio) vários vestígios: moedas de vários imperadores, partes e capiteis de colunas, pedras de moer, lapides, etc.. Também é certo que em Infias se terem cruzado ou bifurcado duas estradas romanas: uma que de Viseu se dirigia a Egitanea (Idanha-a-Velha) por "Linhares" e outra da referida cidade que ia a Merida por "Trancoso". Há também vestígios desse tempo nas Porviegas e na quinta do Godinho.
A darmos crédito ao padre Luis de Lemos a origem do topónimo "Infias" derivaria da palavra latina: Infidelas que com o tempo terá perdido as consoantes "d" dando Infielas e o "l" resultando: Infieas que depois terá evoluído para Infias, mas certo e que em 1525 no cadastro da população do reino mandado realizar por D. Joao III era referida como vila e concelho com o nome de "Emfiaens". Ambas as palavras têm o mesmo significado, e designam um grupo de infiéis ou pessoas não convertidas. Esta designação ter-lhe-á sido dada pelos cristãos e estes infiéis tanto poderiam ter sido muçulmanos, judeus ou qualquer outra religião que não a cristã.
O mesmo padre Luis afirma também que a igreja de S. Pedro data da época romana e será dos primeiros tempos do cristianismo, afirmando que era costume nesses tempos dedicar a S. Pedro as igrejas situadas junto cruzamentos de estradas romanas. Pode muito bem ser que tenha razão, no entanto o documento mais antigo conhecido em que aparece mencionada esta igreja data de 1320, em que no reinado de D. Dinis foi taxada para a guerra com os mouros em 10 libras. Dai somos levados a concluir que já existia antes dessa data. Havendo na fachada desta igreja uma pequena lapide votiva do deus Mercurio, há quem afirme também que este templo foi erguido no sitio em que terá havido outro aquele deus romano, não existem nenhumas evidencias que o confirmem e o mais provável e que essa lapide terá existido junto a estrada romana (Mercurio era o patrono dos viajantes) e para construção da igreja terá sido aproveitada, no entanto nunca se poderá descartar totalmente a primeira hipótese.
Pelas evidências apontadas as origens do topónimo "Infias" que será pós-romano, tem a ver com o facto de esta povoação originalmente ter sido formada por gente que não professava a fé crista. Se eram judeus ou mouros ou de outra religião não sabemos, mas devido ao facto de se situar junto a estradas romanas bem poderiam ter sido judeus (eles já existem na península Ibérica desde pelo menos o século VI) e como eles eram maioritariamente artesãos, mercadores e colectores de taxas, faria todo o sentido que residissem junto a boas vias de comunicação. De outras religiões não existem nenhumas evidencias e muçulmanos também não creio que fossem pela simples razão de que esta região era muito mais uma região de fronteira e não se conhecem nenhuns vestígios de povoamento por eles organizado.
Segundo Monsenhor Pinheiro Marques, “O Sr. Dr. Mota Feliz, distinto médico de Fornos, procedendo a investigações conseguiu pôr a descoberto parte de fortificações segundo os moldes romanos, encontrando também, numa extensão de mais de dois quilómetros, moedas da época de Constantino, fragmentos de vasos, mós,…”
Neste momento estão a ser desenvolvidos esforços para encontrar elementos da família do Médico Mota Feliz, com o intuito de encontrar mais alguma informação importante sobre as suas descobertas, sendo que toda a ajuda que poderá vir de encontro ao nosso objectivo será bem vida e agradecida.
Nota: Algumas das informações aqui relatadas, tiveram a colaboração do nosso amigo e conterrâneo Albino Cardoso, que estando emigrado nos Estados Unidos , não deixa de ser um entusiasta da nossa história concelhia e regional, como é prova os seus blogs: Aqui d'Algodres, Algodres e suas terras, D'Algodres".
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Ana Simões
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Ínfias
Cara Ana Simões,
Não sei se a informação que lhe vou dar será útil, dado que o seu tópico já tem alguns anos. Seja como for, trata-se de João Eduardo Andrade Pina Cabral da Motta Feliz (1877-1939). Não terá deixado descendência. É filho de António Augusto da Motta Feliz, farmacêutico, (1841-1909) e de Francisca Vitória Andrade Pina Cabral (1844-1881). António Augusto é meu tio-bisavô.
Cumprimentos,
Sérgio Feliz
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