Arquivo de D. Manuel II na posse do Duque de Bragança

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Arquivo de D. Manuel II na posse do Duque de Bragança

#324779 | ab2012 | 05 Mar 2013 22:45

Caros Confrades,

O Arquivo de D. Manuel na posse do actual Duque de Bragança, desde os anos 90, tem vindo a ser estudado desde que veio de Londres, mas nada transparece dessa investigação. Será que tem elementos "quentes" dos pactos de Dover e de Paris?

António Brás

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RE: Arquivo de D. Manuel II na posse do Duque de Bragança

#324781 | HRC1947 | 05 Mar 2013 22:56 | In reply to: #324779

É uma questão de lhe perguntar!
Ana

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RE: Arquivo de D. Manuel II na posse do Duque de Bragança

#324812 | Monigo | 06 Mar 2013 09:09 | In reply to: #324779

Bom dia,

como sabe que o arquivo de D. Manuel está realmente na posse do Duque de Bragança?

Muito obrigado,

Alberto Penna Rodrigues

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RE: Arquivo de D. Manuel II na posse do Duque de Bragança

#324826 | LCM | 06 Mar 2013 11:11 | In reply to: #324812

Alguma documentação do arquivo do Rei D. Manuel que se encontra na posse do Duque de Bragança foi publicada em http://www.guardamor.com/livro.php?id=1607 Na introdução explica-se o percurso destes papéis, que não estão no entanto, tanto quanto me informaram há tempos, à consulta dos investigadores.

LCM

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RE: Arquivo de D. Manuel II na posse do Duque de Bragança

#325099 | Monigo | 10 Mar 2013 10:54 | In reply to: #324826

Muito obrigado.

Achei minha cópia. Mas há uma diferença entre a documentação estar na posse da Fundação D. Manuel II da qual o Duque de Bragança é o atual presidente e a documentação estar na posse do Duque de Bragança...

Pode até ser que dê na mesma, mas na teoria não é a mesma coisa.

Alberto

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RE: Arquivo de D. Manuel II na posse do Duque de Bragança

#325100 | LCM | 10 Mar 2013 11:06 | In reply to: #325099

Tanto quanto sei a documentação deveria ser entregue 70 ou 75 anos após a morte do Rei ao Duque de Bragança - como poderia D. Manuel II saber que um dia se criaria uma Fundação com o seu nome? Salvo melhor opinião o legado do último Rei de Portugal foi ao "Duque de Bragança". SAR o Senhor D. Duarte poderá ter entendido incorporá-lo na fundação que criou ara administrar os bens que lhe deixaram as duas últimas Rainhas de Portugal, D. Amélia e D. Augusta Vitória. Assim sendo, se a documentação está na posse da Fundação foi porque o seu proprietário assim entendeu.

LCM

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RE: Arquivo de D. Manuel II na posse do Duque de Bragança

#325179 | fraandrade | 11 Mar 2013 17:58 | In reply to: #325100

"A Fundação Dom Manuel II foi, pelo artigo 1º de Decreto-lei n.º 48531, de 16 de Agosto de 1968, criada pela Senhora Dona Augusta Victória, viúva de sua Majestade El-Rei Dom Manuel II.
O actual presidente da Fundação Dom Manuel II é o chefe da Casa Real Portuguesa, o Duque de Bragança, S.A.R. o Senhor Dom Duarte Pio, por designação da sua fundadora, a Rainha Dona Augusta Vitória."


Como a Rainha D. Augusta Victória faleceu em 29 de Agosto de 1966, a instituição da Fundação resultou da ultima vontade desta Soberana.

Assim sendo, a documentação referida estará na posse da Fundação, porque tal foi destinado pela Fundadora (Rainha D. Augusta Victória).

D. Duarte Pio também é Presidente da referida Fundação por designação expressa da Fundadora, a Rainha D. Augusta Victória. http://www.casarealportuguesa.org/dynamicdata/afundacao.asp

Com os meus cumprimentos
Francisco Andrade

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RE: Arquivo de D. Manuel II na posse do Duque de Bragança

#325181 | LCM | 11 Mar 2013 19:05 | In reply to: #325179

Tem toda a razão, falei de memória e errei. Mas tenho ideia que os papéis foram deixados a SAR o Duque de Bragança e não à Fundação pois seria uma disposição testamentária do próprio Rei, para serem entregues x anos após a sua morte ao Duque de Bragança.
Fui consultar o site e encontrei informação aparentemente contraditória. Na página que indica diz que o Senhor D. Duarte é presidente por "designação" da Rainda D. Augusta Vitória, no seu testamento de 1968 (de que tenho algures uma cópia, terei que procurar). Mas noutra página do mesmo site, diz que SAR foi "nomeado" presidente em 1983. http://www.casarealportuguesa.org/dynamicdata/missao.asp
Qual das informações estará correcta?

Cumprimentos
Lourenço Correia de Matos

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#325205 | Da Vide | 12 Mar 2013 11:18 | In reply to: #325181

Caro Lourenço. Creio que as duas estão certas. Julgo - e estou a falar de cor - que os Estatutos da Fundação, feitos por um advogado da Senhora Dona Augusta Victória e seguindo as disposições testamentárais de 1968, indicam que será o Chefe da Casa Real - não sei se expressamnente o nomeia - o presidente da Fundação, depois da resignação ou morte desse advogado, que terá morrido em 1983,
Vou, ne entanto, tentar confirmar. Abraço
JMS

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#325215 | Mário Marques | 12 Mar 2013 13:52 | In reply to: #325205

Caros Confrades
Desculpem lá a pergunta de um leigo:
Em Republica existe a figura juridica da "Casa Real"?
E se sim como é designado o seu chefe?
Se D. Duarte Pio ocupa o lugar de presidente da Fundação D. Manuel II como Chefe da Casa Real tem que haver um fundamento legal para essa qualidade, ou é apenas pela tradição?
M.M.

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#325231 | fraandrade | 12 Mar 2013 18:32 | In reply to: #325205

Questão interessante será saber como a Rainha D. Augusta Victória designou Dom Duarte Pio no seu Testamento... Como Chefe da Casa Real ? Como Duque de Bragança ? Ou apenas como Príncipe de Orleães e Bragança ? Ou será que o Testamento da Rainha Augusta Victória refere apenas o Chefe da Casa Real, sem menção expressa do nome de Dom Duarte Pio?

Penso que o Testamento poderá conter indicações interessantes que revelem ( ou infirmem) algo que ainda não tenho por comprovado: houve ou não reconhecimento expresso, pela Rainha D. Augusta Victória, de Dom Duarte Pio como Chefe da Casa Real Portuguesa.... ?

Este aspecto é deveras interessante, mas não sei se o Testamento conterá algum elemento que possa ser revelador da posição assumida pela última Rainha de Portugal.

Aguardo indicações mais concretas de quem tenha acesso ao texto do Testamento

Cumprimentos
Francisco Andrade

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RE: Arquivo de D. Manuel II na posse do Duque de Bragança

#325232 | Mário Marques | 12 Mar 2013 19:02 | In reply to: #325231

Penso que D. Augusta Vitoria apenas refere que o presidente da Fundação seria o Chefa da Casa Real. Para uma grande maioria dos monarquicos actuais esse chefe é acualmente D. Duarte Pio mas dentro do quadro juridico português existirá a "Casa Real" e um chefe da mesma?
MM

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#325233 | fraandrade | 12 Mar 2013 19:28 | In reply to: #325232

http://www.dre.pt/cgi/dr1s.exe?t=dr&cap=1-1200&doc=19681457%20&v02=&v01=2&v03=1900-01-01&v04=3000-12-21&v05=&v06=&v07=&v08=&v09=&v10=&v11='Decreto-Lei'&v12=&v13=&v14=&v15=&sort=0&submit=Pesquisar

Decreto-Lei n.º 48531 - Autoriza a criação da Fundação de D. Manuel II, instituída pela condessa Augusta Victoria Douglas, princesa de Hohenzollern

Decreto-Lei n.º 48531
Atendendo ao teor e às cláusulas do testamento da condessa Augusta Victoria Douglas, princesa de Hohenzollern, no que respeita aos seus bens situados em Portugal;

Considerando o interesse que existe em que tais bens sejam afectados a finalidades de interesse para o País;

Usando da faculdade conferida pela 1.º parte do n.º 2.º do artigo 109.º da Constituição, o Governo decreta e eu promulgo, para valer como lei, o seguinte:

Artigo 1.º É autorizada a criação da Fundação de D. Manuel II, instituída pela condessa Augusta Victoria Douglas, princesa de Hohenzollern, no seu testamento de l1 de Setembro de 1962.

Art. 2.º A Fundação de D. Manuel II será uma instituição particular de assistência de nacionalidade portuguesa, com carácter perpétuo e dotada de personalidade jurídica.

Art. 3.º A Fundação terá fins de caridade e de assistência, cabendo-lhe promover a melhoria das condições de vida das pessoas mais necessitadas de protecção social, bem como ajudar, em casos especiais, instituições hospitalares, podendo exercer a sua acção em qualquer parcela do território português.

Art. 4.º - 1. O património da Fundação será constituído por todos os bens da testadora sitos em Portugal no momento da sua morte, incluindo documentos, com excepção das armas de caça, e pelos documentos depositados em seu nome no Banco Coutts & Co., de Londres. A Fundação disporá ainda de quaisquer outros bens que venha a adquirir, no futuro, a título gratuito ou oneroso.

2. Os documentos depositados no Banco Coutts & Co., de Londres, não poderão ser transferidos para Portugal nem publicados antes do dia 1 de Janeiro do ano 2000. Os demais documentos devem ficar arquivados na Fundação e o seu destino será oportunamente fixado pela direcção da Fundação, com a aprovação do Ministro da Saúde e Assistência.

Art. 5.º - 1. Constituem encargos da Fundação:
a) O pagamento das reformas e pensões que, à data da sua morte, a fundadora estava a pagar e cujo montante anual e actual é de 52508$00;

b) A indemnização devida aos fideicomissários indicados no testamento;
c) O pagamento ao actual e futuros chefes da família de Bragança de 50 por cento dos rendimentos anuais líquidos dos bens deixados à Fundação pela fundadora.

2. No caso de não haver chefe da família de Bragança, cessa o encargo estabelecido na alínea c).

Art. 6.º A Fundação poderá adquirir livremente os bens necessários à instalação da sua sede, dependências e instituições de caridade, bem como os que forem considerados de interesse a uma aplicação mais produtiva ou menos aleatória dos valores do seu património.

Art. 7.º A Fundação fica desde já isenta de contribuições e impostos, nos termos da lei geral, sem dependência de o requerer.

Art. 8.º A Fundação rege-se em tudo o mais pelas leis gerais, devendo a sua constituição efectivar-se pela aprovação dos respectivos estatutos.

Publique-se e cumpra-se como nele se contém.
Paços do Governo da República, 16 de Agosto de 1968. - AMÉRICO DEUS RODRIGUES THOMAZ - António de Oliveira Salazar - António Jorge Martins da Mota Veiga - Manuel Gomes de Araújo - Alfredo Rodrigues dos Santos Júnior - Mário Júlio de Almeida Costa - Ulisses Cruz de Aguiar Cortês - Joaquim da Luz Cunha - Fernando Quintanilha Mendonça Dias - Alberto Marciano Gorjão Franco Nogueira - José Albino Machado Vaz - Joaquim Moreira da Silva Cunha - Inocêncio Galvão Teles - José Gonçalo da Cunha Sottomayor Correia de Oliveira - Carlos Gomes da Silva Ribeiro - José João Gonçalves de Proença - Francisco Pereira Neto de Carvalho.

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#325237 | LCM | 12 Mar 2013 20:39 | In reply to: #325205

Caro João

Muito obrigado. Vou ser se descubro o testamento da Rainha, que julgo ter.

Abraço
Lourenço

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RE: Arquivo de D. Manuel II na posse do Duque de Bragança

#325242 | Bernardo-Luis | 12 Mar 2013 22:10 | In reply to: #325237

Alguém saberá se D.Augusta Victoria se encontrou alguma vez com D.Duarte Nuno ou com D.Duarte Pio ?

Sei que a Rainha D.Amélia se encontrou com D.Duarte Nuno, que a foi cumprimentar na sua residência de Versailles algum tempo depois do seu casamento com D.Maria Francisca de Orleães e Bragança, dados os laços que uniam a Rainha à Duquesa.

Já quanto a D.Duarte Pio, desconheço se chegou a encontrar-se com D.Amélia, sua madrinha de baptizado.

Bernardo

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#325276 | Da Vide | 13 Mar 2013 12:35 | In reply to: #325242

Caro confrade Bernardo- Luís
O Senhor Dom Duarte Pio não poderia ter-se encontrado com a Rainha Dona Amélia, porquanto nasceu em 1945 e a Rainha morreu em 1951. E julgo que mesmo de pouca idade nunca a foi visitar.
Que eu saiba também o Senhor Dom Duarte Nuno e o Senhor Dom Duarte Pio nunca conheceram a Senhora Dona Augusta Victória.
O testamento da Rainha, no que toca à Fundação D. Manuel II (com a presidência pelo Chefe da Casa Real), vem de sugestões de Salazar e influência de, entre outros, o Capitão Júlio Costa Pinto (que mo sugeriu em conversa).´
Os melhores cumprimentos
João Mattos e Silva

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RE: Arquivo de D. Manuel II na posse do Duque de Bragança

#325287 | fraandrade | 13 Mar 2013 15:36 | In reply to: #325276

Caro João Mattos e Silva:

Mas então a Rainha D. Augusta Victória nunca reconheceu Dom Duarte Pio (nem sua Mãe Dona Maria Francisca) como Chefe da Casa Real Portuguesa... E nem sequer os nomeou no seu Testamento ? Quer dizer que a referência, no Acto Institucional da Fundação D. Manuel II, ao Chefe da Casa Real Portuguesa, terá sido introduzida pelo Professor Salazar? E que Dom Duarte Pio terá sido "conduzido" pelo Professor Salazar à Presidência da Fundação, sem que tal tivesse sido previsto pela "Fundadora"?

A leitura do Testamento da Rainha D. Augusta Victória seria muito interessante, pois permitiria esclarecer estas e outras dúvidas....

Com os meus cumprimentos
Francisco Andrade

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#325330 | GNunos | 14 Mar 2013 00:31 | In reply to: #325287

Este tópico poderia ter começado com todo o interesse por ser uma preocupação sobre
a possibilidade de se efectuar uma investigação histórico-documental sobre o espólio de
S.A.R o Senhor Dom Manuel II, mas começou afinal com a preocupação de saber se
“Será que tem elementos "quentes" dos pactos de Dover e de Paris?”
Assim, dando-me que pensar tal questão, permito-me expor as seguintes
questões:
1 – Se a Augusta Senhora, a Raínha Dona Amélia , não reconhecia como
representante da Casa Real Portuguesa o Senhor Dom Duarte Nuno
(e não, como dito em uma resposta, a Senhora Dona Maria Francisca,
sua Mulher), porque razão aceitou ser Madrinha do seu filho
primogénito?
E não contente com essa aceitação, lhe deixou bens pessoais?
Não seriam tais actos uma afronta à memória de Seu Augusto Filho,
se Este considerasse que o pretendente ao Trono que lhe foi espoliado
deveria ser outro putativo personagem?
É que a sucessão a esta pretensão deu-se com a morte do Rei em 1932,
e não aquando da morte de sua Viúva, a Raínha Dona Augusta Victória!!!
2 – Admita-se contudo que esta Raínha, apesar de “nada ter a ver com o assunto”
(a história ensina-nos que só foram regentes quando tinham filhos menores),
tivesse entendimento diferente do Rei seu marido e de sua Augusta Sogra!
Certamente que, e inteligentemente, durante os longos anos que durou a
sua viuvez, esta Senhora teria tido a oportunidade de acautelar que por sua
morte o “espólio” em questão não viesse a cair nas mãos de quem não queria.
Mais uma vez, temos toda uma atitude ignorando outro qualquer pretendente!

3- E que dizer desta “pretensão-vacante” desde 1932 até pouquíssimos anos atrás?
Teria a “pretensão” caído na rua durante longos 70 anos ???

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RE: Arquivo de D. Manuel II na posse do Duque de Bragança

#325342 | fraandrade | 14 Mar 2013 10:16 | In reply to: #325330

Para começar, tenho que esclarecer (antes que me acusem disso) que nada tenho que ver com o burlão italiano, que considero ser apenas isso e, portanto, nunca poderá ter o meu apoio.

A questão que me interessa é evidentemente uma questão histórico-documental e só lateralmente poderá (ou não) ter reflexos em eventuais pretensões dinásticas. Por outro lado, é evidente que o elemento central neste tópico acaba por ser a Rainha D. Augusta Victória, pela simples razão de que foi Ela quem, por Testamento, instituiu a Fundação D. Manuel II .


A Rainha D. Augusta Victória e a Rainha D. Amélia eram, à data da morte de D. Manuel II, as únicas herdeiras (face à lei civil em vigor) dos bens do nosso último Rei. Tal fica aliás bem expresso no DL 23240 de 21 de Novembro de 1933, que "permite às senhoras D. Augusta Victória de Hohenzollern e D. Amélia de França e Bragança repudiar parte da herança que lhes foi deixada por seu marido e filho, o último rei de Portugal D. Manuel II" ( http://www.fcbraganca.pt/fundacao/documentacao/dl_23240.pdf ) Este diploma legal, juntamente com o Testamento do Rei D. Manuel II ( http://www.monarquiaportuguesa.com/news/aa/ ) constituiu elemento fundamental sobre o qual assentou a instituição da Fundação da Casa de Bragança, por vontade do Rei D. Manuel e com o assentimento das suas herdeiras.

Jà quanto à Fundação D. Manuel II a história terá que ser contada através de recurso documental ao Testamento da Rainha D. Augusta Victória. Infelizmente, este Testamento não aparece divulgado (contráriamente ao Testamento do Rei D. Manuel II). Mas é evidente que tal testamento constituirá um documento importante para conhecer a última vontade da Rainha D. Augusta Victória e até saber se existe alguma referência a D. Maria Francisca ou a D. Duarte PIo ( se em mensagem anterior não referi D. Duarte Nuno, foi por entender que não será crível que o Testamento de D. Augusta Victória tenha alguma referência ao herdeiro da linha miguelista... Mas se alguém tiver acesso ao documento e me conseguir provar o contrário... )

Por outro lado, é evidente que haveria todo o interesse em conhecer melhor a última Rainha de Portugal, as suas posições, o seu confronto com a sogra, não esquecendo que era Bisneta da Rainha D. Maria II e neta da Infanta D. Antónia de Bragança...

Não posso deixar de estranhar que cause assim tanta aflição que possa ser aventada a hipótese de a Rainha D. Amélia poder ter querido beneficiar Dom Duarte Pio (seu Afilhado) por este ser filho de D. Maria Francisca ( descendente da linha pedrista)... E de entender que seria interessante saber qual a posição de D. Augusta Vitória nesta questão. O que diz o seu Testamento ? Hà alguma referência expressa? A verdade é que Dom Duarte Pio acabou por ser Presidente da Fundação D. Manuel II... Mas resultou isto de vontade declarada da Fundadora, a Rainha D. Augusta Victória ? Ou apenas de uma opção interpretativa de quem instituiu de facto a Fundação, o Prof. Salazar ?

Estas são questões importantes para se perceber a génese da Fundação D. Manuel II... e o destino do arquivo documetal do nosso último Rei. Mas confesso que a par desta questão fica o interesse em tentar perceber um pouco melhor a posição (e até a personalidade) da última Rainha de Portugal, a Rainha D. Augusta Victória.

Espero respostas que ajudem a esclarecer a última vontade da Rainha "Fundadora" e a génese da Fundação D. Manuel II ...

Com os meus cumprimentos
Francisco Andrade

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#325388 | Da Vide | 14 Mar 2013 19:55 | In reply to: #325342

Caro confrade Francisco Andrade
Sobre o testamento da Rainha Dona Augusta Victória, só sei o que me disseram: nunca o vi nem sei quem mo posssa facultar. Sobre o testamento da Rainha Dona Amélia é sabido que deixou os seus bens portugueses ao Senhor Dom Duarte Pio a instâncias de Salazr e a correspondência dos dois sobre o assunto está publicada no livro "Salazar e a Rianha" de Fernando Amaro Monteiro.
Julgo saber que Salazar não teve nada aver com a instituição de facto da Fundação D. Manuel II.

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RE: Arquivo de D. Manuel II na posse do Duque de Bragança

#325540 | ab2012 | 17 Mar 2013 15:03 | In reply to: #325388

Caro confrade

O testamento da viúva de D. Manuel deve estar depositado na Alemanha (onde a senhora morreu e onde vive o seu herdeiro), mas deve haver uma cópia na Fundação D. Manuel II - instituida por Dona Augusta Victória. Penso que Salazar deve ter tido algum papel na instituição da Fundação D. Manuel II, mas isto nunca foi estudado. A viúva de D. Manuel nunca visitou Portugal, mas correspondia-se com Salazar que, aliás, a aconselhou a não deslocar-se a Portugal.

Cumprimentos,

António Brás

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#325542 | ab2012 | 17 Mar 2013 15:08 | In reply to: #324781

Cara Senhora

Com todo o respeito, acho que deve ser a senhora a fazer esta pergunta a SAR o Senhor D. Duarte. Evidentemente que não é preciso informar-me do resultado, se o houver...

António Brás

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#325547 | ab2012 | 17 Mar 2013 15:22 | In reply to: #325330

Exmo Senhor

A Rainha Dona Amélia foi madrinha de D. Duarte, sim é um facto. Sabe-se, no entanto, que nunca conheceu o afilhado, apesar de este ter nascido em Berna (salvo erro) e a monarca deslocar-se anualmente a Genebra. Quando D. Amélia visitou Portugal, em 1945, houve uma Missa de Acção de Graças por D. Duarte. A missa foi na Igreja de São Domingos, a monarca nesse dia ficou a descansar no Hotel Aviz... Realmente D. Amélia deixou ficar os seus bens a D. Duarte, mas isto aconteceu apenas a pedido de Salazar. Existe uma carta de D. Amélia ao estadista - onde a rainha lhe diz que apenas tomou a decisão devido a Salazar...
Penso que estes dados clarificam bem as «excelentes» relações entre os pais do actual Duque de Bragança e a Rainha D. Amélia.
De resto dou o assunto por terminado.
Quanto ao arquivo, obviamente o assunto continua.

António Brás

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#325550 | ab2012 | 17 Mar 2013 15:27 | In reply to: #324812

Boa tarde,

Isto é do conhecimento de alguns meios, de resto pode confirmar ligando para a Fundação D. Manuel II.

Melhores cumprimentos,

António Brás

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#325551 | HRC1947 | 17 Mar 2013 15:28 | In reply to: #325540

Caro Senhor António Brás;

Com o devido respeito, o que o Confrade sabia!...
Cumprimentos
Ana
.

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RE: Arquivo de D. Manuel II na posse do Duque de Bragança

#325554 | ab2012 | 17 Mar 2013 15:39 | In reply to: #325100

Boa tarde,

Existe, como sabe, a Fundação da Casa de Bragança que possui grande parte dos bens do soberano. Penso, no entanto, que a entrega da documentação foi decidida pela viúva de D. Manuel, a senhora infelizmente nunca conheceu Portugal, não tinha grandes relações com a Fundação da Casa de Bragança - que possui um vasto, e bem cuidado, arquivo. A Rainha D. Amélia vivia praticamente retirada em Paris, após 1933, e as suas relações com a viúva do filho acabaram esta esta casou novamente.
Estes factores explicam as andanças do arquivo. Este podia ser depositado na Torre do Tombo - que possui, por exemplo, o cartoria da Casa Real e meios ciêntificos. Claro que nada vai acontecer...

António Brás

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RE: Arquivo de D. Manuel II na posse do Duque de Bragança

#325555 | ab2012 | 17 Mar 2013 15:56 | In reply to: #324812

Boa tarde,

A informação circula em certos meios, de resto pode confirmar a existência do arquivi ligando para a Fundação D. Manuel II

Melhores cumprimentos,

António Brás

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#325556 | ab2012 | 17 Mar 2013 16:13 | In reply to: #325181

Sabe a Fundação D. Manuel é uma instituição muito portuguesa... Tem património, rendimentos e objectivos mas pouco transparece... É realmente um mistério...
Sabe sou historiador e penso que o arquivo de D. Manuel II pode clarificar muitos acontecimentos, mas haverá vontade?
Se lhe for possivel gostaria de ter acesso ao testamento de D. Augusta Vitória.
Penso que D. Duarte se tornou presidente da FDMII em 1983, possuindo o Senhor Duque diversos imóveis no Chiado por herança de D. Amélia, enquanto os restantes são propriedade da FDMII, mas a administração é feita em conjunto...
A SCML devia fazer parte da FDMII mas nada faz...

Cumprimentos,
António Brás

PS-O meu TL é 962686159
Apreciei bastante o seu livro sobre os fornecedores da casa-real. Parabéns pela investigação.
Li, igualmente, com muito interesse o seu livro anterior que agitou, e bem, determinados interesses pouco claros.

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RE: Arquivo de D. Manuel II na posse do Duque de Bragança

#325557 | ab2012 | 17 Mar 2013 16:21 | In reply to: #325215

Caro confrade,

O estatuto de D. Duarte foi reconhecido pelo Estado, salvo erro pelo Ministério dos Negocios Estrangeiros.
O Senhor D. Duarte, Duque de Bragança, ocupa o cargo de Presidente da Fundação D. Manuel II por decisão da viúva de D. Manuel II, infelizmente a fundação tem- se « esquecido» de prestar contas... A instituição tem diversos prédios no Chiado, junto a outros que o Duque herdou de D. Amélia, a administração é efectuada em conjunto...
Enfim uma situação bem portuguesa...

Cumprimentos,

António Brás

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RE: Arquivo de D. Manuel II na posse do Duque de Bragança

#325558 | ab2012 | 17 Mar 2013 16:32 | In reply to: #325231

Boa tarde,

Questões pertinentes as suas. Penso, no entanto, que a viúva de D. Manuel II foi uma senhora discreta, nunca visitou Portugal e pouco devia saber da realidade portuguesa. A sogra, D. Amélia, deixou os seus bens portugueses ao actual Duque de Bragança, mas apenas a pedido de Salazar. A última rainha portuguesa era madrinha de D. Duarte, mas jamais conheceu o afilhado...
D. Augusta Vitória legou os seus bens portugueses ao actual Duque, mas a Fundação Dom Manuel II , detentora dos bens, é uma instituição bem portuguesa... e nunca prestou contas...
O actual Duque de Bragança é presidente da FDMII, mas desconheço em que qualidade..
De qualquer modo quando tiver o testamento ele será publicado neste fórum, talvez assim sejam clarificados muitos aspectos.

Cumprimentos,

António Brás

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#325559 | ab2012 | 17 Mar 2013 16:47 | In reply to: #325242

Caro confrade

Penso que D. Augusta Vitória nunca se encontrou com o actual Duque de Bragança. A sogra, D. Amélia, apesar de madrinha de D. Duarte Pio, nunca conheceu o afilhado. Ao deixar-lhe os prédios em Lisboa (e uma magnifica tiara), a monarca apenas o fez a pedido de Salazar.
Claro que a distância não foi um mero acaso...
A viúva de D. Manuel II viveu na Alemanha após 1933, casou uma segunda vez, ficou novamente viúva, e passou a viver muito retirada. D. Augusta Vitória morre em 1968 (salvo erro), nunca visitou Portugal mas correspondia-se com Salazar. Ao morrer instituiu a Fundação D. Manuel II a quem legou os prédios no Chiado, o resto ficou para um sobrinho que leiloou em Lisboa (Palácio do Correio-Velho) a biblioteca, objectos pessoais e obras de arte de D. Manuel II. As condecorações do monarca foram leiloadas, na Sotheby`s, em Geneve, nos anos 90, por 750 mil euros. O Estado português nada comprou...

Cordialmente,

António Brás

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RE: Arquivo de D. Manuel II na posse do Duque de Bragança

#325562 | ab2012 | 17 Mar 2013 17:08 | In reply to: #325242

A Rainha Dona Amélia foi madrinha de D. Duarte, sim é um facto. Sabe-se, no entanto, que nunca conheceu o afilhado, apesar de este ter nascido em Berna (salvo erro) e a monarca deslocar-se anualmente a Genebra. Quando D. Amélia visitou Portugal, em 1945, houve uma Missa de Acção de Graças por D. Duarte. A missa foi na Igreja de São Domingos, a monarca nesse dia ficou a descansar no Hotel Aviz... Realmente D. Amélia deixou ficar os seus bens a D. Duarte, mas isto aconteceu apenas a pedido de Salazar. Existe uma carta de D. Amélia ao estadista - onde a rainha lhe diz que apenas tomou a decisão devido a Salazar...
Penso que estes dados clarificam bem as «excelentes» relações entre os pais do actual Duque de Bragança e a Rainha D. Amélia.
Provavelmente D. Augusta Vitória nunca se encontrou com o actual Duque de Bragança, nem com o pai. A senhora viveu após 1933 na Alemanha, nunca visitou Portugal, apenas trocando correspondência com Salazar. D. Augusta Vitória morre em 1966, completamente esquecida e retirada na Alemanha. Infelizmente pouco resta da sua memória.

Cordialmente,

António Brás

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#325563 | ab2012 | 17 Mar 2013 17:14 | In reply to: #324781

Exma Senhora

Peço-lhe, por amor de Deus, para não comentar o fórum Arquivo de D. Manuel II. Por certo que compreende o meu pedido, caso contrário leia e analise os seus comentários.

Cordialmente,

António Brás

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RE: Arquivo de D. Manuel II na posse do Duque de Bragança

#325565 | ab2012 | 17 Mar 2013 17:19 | In reply to: #325099

Caro confrade,

A nível legal existem diferenças, mas na prática não existe absolutamente nenhuma diferença. O Senhor Dom Duarte Pio, Duque de Bragança, é o presidente da FDMII é isto acaba por explicar muita coisa...

Cordialmente,

António Brás

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#325570 | ab2012 | 17 Mar 2013 19:46 | In reply to: #325215

Caro confrade,

A República, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros, reconheceu D. Duarte, como Duque e herdeiro do trono. Claro que isto é profundamente complexo. O pretendente ao trono tem, no entanto, somente o cargo de presidente da Fundação D. Manuel II, administrando algum património imobiliário quer seu (por herança de sua madrinha), quer da fundação. Actualmente os duques não recebem nada, nem disso necessitam, da Fundação da Casa de Bragança que até 1975 lhes concedeu o Palácio de São Marcos, em Coimbra, e um subsidio anual. O duque vive entre as suas residências de Sintra e Ferragudo, habitando os dois irmãos numa quinta em Santar, Viseu. O titulo oficial e SAR D. Duarte Pio, Duque de Bragança, título extendido a D. Isabel de Heredia.

Cordialmente,
António Brás

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#325599 | Mário Marques | 18 Mar 2013 00:30 | In reply to: #325570

Caro Confrade Antonio Brás
A Republica nem o Ministerio dos Negocios Estrangeiros não reconheceram nada do que afirma.
O que aconteceu foi o seguinte:
A proposito da prisão do "pretendente italiano" foi pedida uma informação ao Ministerio dos Estrangeiros sobre os eventuais direitos desse senhor
A informação então produzida e que se refere a esses direitos, de que fala, passou para os jornais mas nunca teve a aprovação oficial do ministerio e muito menos do governo. Ao que parece foi redigida por um funcionario e nada mais do que isso
Sou funcionario publico mas um parecer ou informação que elabore não vincula a instituição em que trabalho se não for aprovada hierarquicamente.
Como é que uma Republica poderia reconhecer a figura de "herdeiro do trono" ou o titulo de duque?
Os meus cumprimentos
Mário Marques

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#325705 | ab2012 | 19 Mar 2013 15:01 | In reply to: #325599

Caro confrade Mário Marques

Sabe a República tem tido um comportamento âmbiguo em relação ao actual Duque de Bragança. Este comortamento pode eventualmente levar a conclusões de um certo reconhecimento. Em relação ao chamado `"pretendente italiano" teria sido melhor deixar o caso para os tribunais. O assunto, aliás muito triste, devia ter sido resolvido entre o actual Duque e o ""tal pretendente" - quer na justiça portuguesa, quer italiana.
Em relação a D. Maria Pia, outra pretendente, deviam ser feitos exames de ADN (o corpo encontra-se sepultado em Itália) para clarificar as dúvidas. Evidentemente que o "tal pretendente" nada teria a ganhar, devendo logicamente ser esquecido se não continuar com a triste odisseia.

Com os meus melhores cumprimentos,

António Brás

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#325706 | ab2012 | 19 Mar 2013 15:22 | In reply to: #325388

Caro confrade
O testamento de D. Augusta Vitória deve estar em dois locais - Fundação D. Manuel II e Castelo de Hohenzollern, dado os herdeiros terem sido o Duque de Bragança e o Príncipe Albrecht de Hohenzollern.
A Fundação D. Manuel II foi provavelmente instituida por sugestão de Salazar, a viúva de D. Manuel II nunca visitou Portugal, não devia conhecer muito a realidade portuguesa, os seus convívios com portugueses eram dimininutos, mas correspondia-se com Salazar que a aconselhou, por exemplo, a não visitar Portugal. Infelizmente nenhum historiador se interessou por D. Augusta Vitória e agora já deve ser tarde. A senhora morreu em 1966 e a maioria dos familiares, amigos e colaboradores já devem ter desaparecido.

Cordialmente,

António Brás

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arquivo de d. manuel ii

#325735 | ab2012 | 19 Mar 2013 18:10 | In reply to: #324781

Minha Senhora

Nunca percebo os seus comentários, realmente se tem algo a dizer diga-o, caso contrário não vale a pena perder o seu tempo com comentários algo, digamos, especiais...

António Brás

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RE: Arquivo de D. Manuel II na posse do Duque de Bragança

#325761 | Mário Marques | 19 Mar 2013 23:45 | In reply to: #325705

Caro Antonio Brás
A minha referencia ao "pretendente italiano" tem apenas a ver com o enquadramento em que foi elaborado o tal documento do MNE. É absolutamente mais nada já que não merece referenica
Não me parece e insisto que alguma vez tenha havido reconhecimento por parte da Republica de qualquer direitos de D. Duarte.
As pessoas que o reconhecem como Chefe é que, e desculpe-me a expressão, baralham as coisas. Um exemplo, e poderia indicar outros, é perfeitamente o documento que citou como sendo o de reconhecimento por parte da Republica.
Apenas por que um jornal publicou um texto, afirmando ser proveniente do Ministerio dos Negocios Estrangeiros, logo os simpatizantes passaram a afirmar "urbi et orbi" que a Republica reconhecera os direitos de D. Duarte?
Os meus cumprimentos
Mário Marques

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#325763 | A. Luciano | 20 Mar 2013 00:29 | In reply to: #325761

"Não me parece e insisto que alguma vez tenha havido reconhecimento por parte da Republica de qualquer direitos de D. Duarte."

A "Quaisquer direitos" e estando a frase em modo negativo - "Não me parece" - corresponde em modo afirmativo a "nenhuns direitos" ... concluindo eu que a atribuição de passaporte diplomático em "algumas ocasiões" não implica nenhuma espécie de reconhecimento prático, operacional, tácito etc., embora não obviamente jurídico.

Apenas lhe sugeria que falasse com os 23 militares que foram abandonados em Timor e só libertados muitos meses depois por intervenção do duque de Bragança, apoiado pelo então chefe do estado-maior da Força Aérea, gen. Morais da Silva. Mas, claro, qualquer Zé Cidadão podia ter obtido o mesmo resultado e qualquer consideração em contrário é apenas baralhar a questão.

A. Luciano

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RE: Arquivo de D. Manuel II na posse do Duque de Bragança

#325774 | Monigo | 20 Mar 2013 08:52 | In reply to: #325706

A família Hohenzollern não coopera. Querendo dizer que o CHEFE da família Hohenzollern não coopera. O tio dele, por exemplo, foi muito prestativo ano passado, é o príncipe casado com a princesa Brigitta da Suécia, o casal, apesar de viver separado (ela em Maiorca e ele em Munique) cooperou o máximo que podiam. Ela a responder perguntas por telefone e ele por cartas.
Mas o sobrinho...NEIN.
O arquivo do land de Baden-Wurttemberg tem muita coisa,

Alberto

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#325778 | Mário Marques | 20 Mar 2013 12:39 | In reply to: #325763

Caro A. Luciano.
"Não me parece e insisto que alguma vez tenha havido reconhecimento por parte da Republica de quaesquer direitos de D. Duarte." e insisto. Mudarei, obviamente, de opinião se surgirem documentos oficiais provando o contrario. Noticias de jornal ou em "sites", ditos da Casa Real, nada provam.
Não sei se a intervenção de D. Duarte foi determinante para a libertação de miltares em Timor. Talvez tenha sido e até agradecia que me contasse pormenores. Não quero acreditar que seja uma das situações que eu enquadro no tal "baralhar" Acontece qualquer coisa à volta do dito senhor e a história altera-se, "baralha-se" e deturpa-se, sempre para enaltecer a figura de D. Duarte. Não quero ofender nunguem a falar assim mas há varios casos. Parece ser a tradição no que se refere á figura de D. Miguel e sua desdencencia.
Se D. Duarte tem passaporte diplomático, e mais uma afirmação a ser provada, que o tenha e que o use. Paulo Portas tambem o deve ter actualmente, e não é herdeiro do trono nem "duque"
Para quem leia isto fora do contexto de anteriores intervenções esclareço que a minha intervenção vem em resposta a alguem que afirmou ter a Republica reconhecido como herdeiro do trono e como duque de Bragança "D" Duarte Pio de Bragança
Agradeco a atenção e acabo
O assunto não merece polémica.
Mário Marques

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