Descendente de um "padre"?

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Descendente de um "padre"?

#375264 | riccardo.vox | 15 Nov 2016 17:41

Confrades.

Primeiro peço desculpas pelo meu pouco conhecimento acerca da genealogia, e contexto histórico pelos idos dos séculos XV, XVI e outros.
Fazendo pesquisas nas famílias em Oliveira de Frades, Viseu, etc. vi que posso descender de um padre. Achei curioso, e perdoem...engraçado. O nome é Padre Christovão Tavares, nascido em Torre, Ribeiradio, Viseu, Portugal, o qual gerou com Domingas Marques em 1610 a Manoel Tavares, Catarina Tavares, e outro Manoel Tavares.

Era comum isso acontecer? Depois de consumado o ato, e tendo filhos, o que acontecia com o "padre"? e com a mulher? Os filhos eram considerados como pela igreja?
Descendentes de Cristãos-novos se tornavam padres?

Se alguém puder me ajudar, muito agradecido desde já.
Cumprimentos a todos.
Ricardo dos Santos Almeida
São Paulo - SP
Brasil

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Descendente de um

#375267 | silvestre | 15 Nov 2016 18:43 | In reply to: #375264

Sim, é normal acontecer...
Eu descendo não de um mas de vários padres, também do Distrito de Viseu, Carregal do Sal,
e do Distrito de Coimbra e cada um deles teve vários filhos da mesma mulher.

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#375270 | riccardo.vox | 15 Nov 2016 18:59 | In reply to: #375264

Caro Saintclair.
Muito obrigado, por sempre nos dar atenção. Obrigado mesmo. É sempre bom conhecer a história. Estava olhando a árvore deste padre que citei o Christovão Tavares, e ele foi trisavô do Padre inquisidor Domingos Fernandes, o qual estudou em Coimbra, Este Domingos também aparece na lenda "Língua do Rato" em Quintela. Onde se conta que um morador chamado Manuel Fernandes Rato em 26 de Agosto de 1753 injuriou em voz alta o conterrâneo padre Domingos Fernandes, estudante terceirista da Universidade de Coimbra, que em 16 de agosto de 1754 foi criado e feito familiar do Santo Ofício da Inquisição, chamando-lhe lambe-pratos do vigário, cabrão, patife, e mais insultos.

Movido por esta atitude infame o padre Domingos levantou processo-crime contra Manuel Fernandes Rato, que foi julgado em 14 de setembro de 1753 na comarca de Vouzela, e condenado a pagar ao dito padre a quantia de 25.000 réis, e dois anos de degredo em África e custas. O Rato apelou a Relação do Porto o qual deu uma sentença aliviando a pena em 15 de junho de 1754. O padre Domingos, (trineto do padre Christovão) então recebeu a quantia, e mandou fazer o campanário da Capela de Santo Tirso de Quintela, tendo comprado a sineta. Quando tocavam a sineta do dito Campanário, os habitantes de Quintela diziam que "estava a falar a língua do Rato".

Descobri isso acima, e é muito curioso ver o histórico destes padres.

Cumprimentos

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#375271 | riccardo.vox | 15 Nov 2016 19:00 | In reply to: #375264

Silvestre, muito obrigado pela resposta.
Acrescento a dúvida...poderia um descendente de cristão-novo ser padre, ou mais ainda, será que um que fora tornado inquisidor não teria ascendência cristã-nova?

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Mata-Frades

#375272 | saintclair | 15 Nov 2016 19:09 | In reply to: #375271

-
...Por falar em Frades;
http://www.arqnet.pt/dicionario/aguiarjoaqant.html

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#375276 | riccardo.vox | 15 Nov 2016 19:47 | In reply to: #375264

Obrigado pelo retorno Saintclair, e muito bom acessar este site.
Ricardo

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