Fernando Afonso da Silveira - ascendência
This topic is classified in the following rooms Pessoas | Famílias | Cargos
Fernando Afonso da Silveira - ascendência
Caros colegas
Contacto-vos na espectativa que me ajudem a responder a esta questão: Fernando Afonso da Silveira, desembargador do Paço e embaixador do rei a Castela (1423), filho de D.Afonso Martins, 19º prior do Real Mosteiro, e de Catarina Teixeira e, presumível, neto de Martim Afonso de Sousa, 2º senhor de Mortágua, como é que obteve o apelido Silveira?
Melhores cumprimentos
Artur Camisão Soares
Direct link:
RE: Fernando Afonso da Silveira - ascendência
Caros Confrades,
Recupero este tópico na tentativa de obter uma possível resposta.
Melhores cumprimentos
Artur Camisão Soares
Direct link:
RE: Fernando Afonso da Silveira - ascendência
Caro Artur:
Tanto quanto sei, a ascendência atribuída ao Dr. João Fernandes da Silveira através do Pai, o Dr. Fernando Afonso da Silveira, entroncando-o por varonia nos Sousas do Prado, é das mais duvidosas. Alão de Morais afirma em nota acerca do Dr. Fernando “dizem que era de baixa condição e que os cargos o levantaram, aos quais chegara pelas letras”. O facto de se tratar da varonia dos “Souzas Calharizes” (ascendentes por varonia do primeiro Duque de Palmela) que eram, de facto, Sousas de Arronches com duas quebras de varonia, pelo casamento do Dr. João Fernandes da Silveira com D. Maria de Sousa Lobo, neta materna do Mestre de Cristo D. Lopo Dias de Sousa, talvez explique a tentativa de lhe encontrar uma ascendência “Sousa”. O Marquês de Abrantes salientava o facto de o Dr. João Fernandes da Silveira não ter “passado de Barão” como confirmação da teoria de que os títulos de Conde para cima só eram concedidos, à época, a quem tivesse alguma ascendência real (outro exemplo seria o título de Visconde de Vila Nova de Cerveira); nesse caso confirmar-se-ia a ideia de que não lhe era reconhecida a ascendência real que teria se fosse descendente dos Sousas do Prado, como alguns genealogistas quiseram mais tarde.
Um abraço,
António
Direct link:
RE: Fernando Afonso da Silveira - ascendência
Caro António,
É, de facto, de desconfiar. Cristóvão Alão de Morais afirma isso em nota, no Vol. I (pág.348). Claro que Alão de Morais opina tendo como base a oralidade. Mas, aquilo que ele diz no parágrafo I, nº 1, parece elucidativo:
«O Dr. FERNANDO AFONSO DA SILVEIRA foi um homem muito honrado, e de grande autoridade...»
Note-se que Alão de Morais não se refere a ele como "fidalgo", mas como "homem honrado". Tudo indica, pois, que terá sido enobrecido pelos "seus méritos"!
Um abraço
Artur
Direct link:
Errata
Errata:
Onde se lê (pág.348) deve-se ler (pág.337).
Nota- A pág.348 tem como título "SOUSAS, da Casa do Barão".
Direct link:
RE: Fernando Afonso da Silveira - ascendência
O primeiro que se aponta na história da família chamava-se Dr. Fernando Afonso da Silveira, pessoa de valia do Rei D.João I e que foi seu embaixador em Castela.
Foi Dr. Fernando casado com D. Catarina Teixeira, filha de Estevão Pires, Alcaide-mor de Pontes Vedras, e de D.Maria Gonçalves.
Desse casamento nasceu D.João Fernandes da Silveira, que se doutorou em Leis, sendo Chanceler-mor de D.Afonso e seu escrivão de Puridade, além de Embaixador em diferentes ocasiões, junto a diversos governos. Recebeu o título de 1º Barão de Alvito(o primeiro título de Barão concedido em Portugal).
Direct link:
RE: Fernando Afonso da Silveira - ascendência
Nas genealogias da Graciosa/Açores aparece uma D. Leonor Gil da Silveira casada com Pedro Viegas de Atáide com larga descendência de Silveira naquela ilha e caso curioso, as primeiras gerações na ilha saltam o sobrenome de avó(ô) para neto. Esta senhora é dada como filha de Dr. Gil da Silveira do Desembargo do Paço. Pertencerá a este ramo Silveira que agora aparece na Genea ? Eugenio Medina
ReplyDirect link:
RE: Fernando Afonso da Silveira - ascendência
O primeiro que se aponta na história da família chamava-se Dr. Fernando Afonso da Silveira, pessoa de valia do Rei D.João I e que foi seu embaixador em Castela.
Foi Dr. Fernando casado com D. Catarina Teixeira, filha de Estevão Pires, Alcaide-mor de Pontes Vedras, e de D.Maria Gonçalves.
Desse casamento nasceu D.João Fernandes da Silveira, que se doutorou em Leis, sendo Chanceler-mor de D.Afonso e seu escrivão de Puridade, além de Embaixador em diferentes ocasiões, junto a diversos governos. Recebeu o título de 1º Barão de Alvito(o primeiro título de Barão concedido em Portugal).
D.João Fernandes da Silveira casou-se duas vezes. A primeira com D. Violante Pereira, de quem teve Fernão da Silveira e a segunda esposa D. Maria de Sousa Lobo, filha de Diogo Lopes Lobo e de D.Isabel Sousa.
Fernão da Silveira casou-se com D. Brites de Sousa, filha de João de Melo e de D.Mécia de Sousa. De Fernão da Silveira descende Fernando Lobo da Silveira, que serviu nas Armadas de Portugal,no Brasil, Itália, Alemanha e Flandres. Em 1639 esteve na esquadra que repeliu os holandeses, na Bahia.Em 1658 esteve no sítio de Badajoz ,onde foi morto a 14 de janeiro de 1659, no combate de Linha d’Elvas. Foi governador de Cascais e do Conselho de Guerra dos Reis d.João IV e D. Afonso VI. Foi casado com D.Joana de Sá e Menezes, filha de Francisco de Sá e Menezes e de d. Antônia Leitão de Andrade, filha de Baltazar Leitão de Azevedo, Tesoureiro da Casa da Índia.
Do casamento de Fernando Lobo da Silveira e de D.Joana de Sá e Menezes, nasceu D. Luís Balthazar da Silveira ( que em alguns documentos aparece como D. Luís Balthazar de Sá da Silveira).
D. Luís Balthazar da Silveira nasceu a 5 de agosto de 1647. foi veador da Rainha Dona Ana da Áustria e Comendador da ordem de Cristo. Faleceu em 18 de janeiro de 1737. Foi casado com D. Luiza Bernarda de Lima ( que as vezes tem acrescentado o sobrenome Menezes) , filha de D. Francisco de Sousa, 1º Marquês das Minas e de D.Eufrásia Felipa de Lima.
D. Luís Balthazar da Silveira teve os seguintes filhos:
D. Brás Balthazar da Silveira
D. Antônio Inácio Xavier da Silveira
D. Antônia da Silveira
D. Francisco de Sousa
Dona Eufrásia de Menezes
D. Margarida de Menezes
D. Catarina da Glória de Menezes
D. Maria Joana Menezes
D. Brás Balthazar da Silveira : nasceu a 3 de fevereiro de 1674. Serviu nas Armadas das costas de Portugal e depois nos Exércitos da Beira e do Alentejo , chegando a sargento-mor de Batalha e Mestre-de-Campo general, a maior culminância da carreira militar. Em 12 de setembro de 1712 é promovido a governar a “Capitania de São Paulo e Minas de Ouro”. Chega a São Paulo em 29 de agosto de 1713, tomando posse a 31 de agosto de 1713. Em outubro de 1713 em companhia de sua mulher D.Maria Antônia de Melo, partiu para Minas Gerais. Instituiu a primeira divisão administrativa de Minas Gerais, criando as vilas de São João Del-Rey ( 8/12/1713), do príncipe do Serro Frio (elevada a vila a 29/01/1714), de Vila Nova da Rainha, hoje Caeté (elevada a 29/01/1714), e de N.Sra.da Piedade de Pitangui (elevada a vila a 09/06/1715). Regressou a Portugal a 21 de julho de 1718. A partir de então foi nomeado Governador das Armas e Mestre- de- Campo General da província da Beira(1720) e governador da Fortaleza do Outão da Barra, em Setúbal. Faleceu em 7 de agosto de 1751.
D. Brás Balthazar da Silveira foi casado 3 vezes. O primeiro casamento foi com D. Maria Antônia de melo, natural de São Paulo e teve 3 filhos: D.José(nascido em MG e falecido em tenra idade), uma menina(?) nascida em Lisboa que morreu freira) e D. Luís Thomé da Silveira.
Casou pela segunda vez com D. Joana Inês Vicência de Menezes a 18 de outubro de 1719. Deste casamento nasceram:
1) D.Leonor da Silveira, faleceu criança;
2) D. Luiza Francisca Antônia da Silveira , que foi casada com D.Nuno Álvares Gaspar de Távora e Lorena (1º casamento dele, onde nasceu Brás José Balthazar da Piedade da Silveira)
3) D.Maria Inácia da Silveira, casada com D.Nuno Álvares Gaspar de Távora e Lorena (2º casamento dele e daí nasce D. Bernardo José Maria de Lorena e Silveira, 1º Capitão-General e Governador de São Paulo).
Casou-se D. Brás Balthazar da Silveira pela terceira vez com D. Maria Caetana de Távora, filha de Tristão da Cunha Ataíde, 1º conde de Povolide e sua mulher D. Arcângela Maria de Távora. Desse casamento todos os rebentos faleceram em tenra idade.
D. Luís Thomé da Silveira (ou Luís Balthazar da Silveira) casou com D.Francisca de Portugal e Menezes Corrêa Lacerda, e tiveram os filhos:
1) D. Carlos Balthazar da Silveira( nasceu em Lisboa e radicou-se na Bahia, casando com D. Ana Micaela Joaquina Ribeiro, filha de Domingos Ribeiro Guimaraens e D. Hilária Constança Ribeiro)
2) D. Antônio Inácio da Silveira
3) D. Brás Balthazar da Silveira casado com D. Francisca Portugal da Silveira
4) D. José Joaquim da Silveira, casado com D.Isabel de Portugal
5) D. Manuel Maurício Balthazar da Silveira, casado com D. Rita de Portugal
6) D.João José de Portugal da Silveira ,solteiro
7) D.Teresa da Silveira, freira
8) D.Ana da Silveira, freira
9) D.Luiza da Silveira, freira.
D. Antônio Inácio da Silveira nasceu em Lisboa a quem pertencia o título de Marquês das Minas e dos Condes do Prado e Sarzedas. Casou com D.Guilhermina Joana Leocádia Walles de Barona e tiveram os seguintes filhos:
1) D.Luís Maurício da Silveira
2) D.José Maria da Silveira
3) D.Antônio Inácio da Silveira
4) D.Francisco de Paula de Portugal da Silveira
5) D.Ana Camila de Portugal da Silveira
6) D.Francisca de Portugal da Silveira
7) D.Maria Gertrudes de Portugal da Silveira
8) D.Genoveva de Portugal da Silveira
9) D.Teresa da Epifania de Jesus Varona de Portugal da Silveira
10) D. Gertrudes de Portugal da Silveira
11) D.Rita de Portugal da Silveira
D.Luís Maurício da Silveira nasceu em Santos-o-Velho, assentou praça de cadete (tendo 1.447 cm, cabelos castanhos, olhos azuis e jurou estandarte em 29.07.1781. A 21 de abril de 1787 passou a Guarda Marinha e fez parte da 1ª Brigada de Guardas Marinhas, fazendo os exames de matemática, “com reconhecido talento”, até que foi examinado de aritmética, geometria e trigonometria em que saiu aprovado”). Fez ainda estudos de matemática, artilharia e arquitetura naval. Foi nomeado governador da “ilha de Santa Catarina” por carta régia de 14 de julho de 1804. Chegou ao Brasil na Charrua São João Magnânimo e tomou posse, perante o vice-rei do Brasil, no Rio de Janeiro, a 3 de junho de 1805.
D.Luís Maurício da Silveira solicitou em requerimento ao Rei “ nos arredores daquela vila (Desterro) na rua que vai ao Menino Deus se acham quarenta e tantas braças de terreno devoluto de um e outro lado da rua com iguais fundos se a tanto chegar”. E na informação ao requerimento, se afirmava que “ e porque o suplicante Governador desejava este terreno por ser ao pé da Vila(Desterro) e não lhe é lícito concede-lo a si próprio , solicitava a necessária autorização. Foi, então, autorizado por Aviso de 9 de outubro de 1811, para “ requerer por sesmaria algum terreno inculto e desaproveitado, dispensando-o de impedimento.Deixou o governo de Santa Catarina a 14 de agosto de 1817.Pleiteou o governo da Capitania de Goiás, mas não obteve sucesso. Faleceu no Rio de Janeiro, no posto de Tenente-Coronel do estado Maior, a 6 de abril de 1824, sendo enterrado nas catacumbas da Igreja da Venerável Ordem terceira dos Mínimos, de São Francisco de Paula. Do seu casamento com D. Tomásia Francisca Valadares de Aboim, natural do RJ, filha de José Honório Valadares de Abiom e de D. Ana Maria de Menezes teve os seguintes filhos:
1) D. Diogo Roberto da Silveira
2) João
3) Brás
4) José
D. Diogo Roberto da Silveira,nascido em SC a 7 de junho de 1810. Militar. Casou-se com D. Tomásia Maria da Conceição.
D. Tomásia Maria da Conceição era neta materna de José Rodrigues da Costa, natural da Ilha Terceira, que se casara em Desterro com D.Antônia Inácia de Jesus , também natural da Ilha Terceira, filha de João de Sousa e D. Isabel Felicia.
Do casamento de D. Diogo Roberto da Silveira e D. Tomásia Maria da Conceição nasceu na cidade de desterro D.Faustino José da Silveira.
D.Faustino José da Silveira casou com D. Francisca Carolina de Castro tendo como filho Ismael Oscar Balthazar da Silveira ( meu bisavô) e casou com D. Lydia Etelvina de Oliveira(minha bisavó) . D. Lydia era neta paterna de Joaquim Firmo de Oliveira (Lisboa) e de D. Ana Rita da Silva (neta de José Francisco Lourenço, da Ilha Terceira e de D.Joana Bernarda, também da Ilha Terceira).
Ismael Oscar Balthazar da Silveira se declara republicano ao abolir o “Dom”, título até então adotado por seus ancestrais, inclusive seu pai, Demonstra ser um nacionalista e batiza seus filhos com nomes indígenas: Pery, Tupy, Moacyr, Arary(minha avó), Alcy e Aidy. Faleceu em Florianópolis aos 40 anos de idade, de hemorragia pulmonar.
Direct link:
Forum messages ordered by date.
Time in GMT. It is now: 05 Nov 2024, 04:13