Baltazar Vieira de Vasconcelos, Quinta do Paço em Briteiros, Guimarães
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Baltazar Vieira de Vasconcelos, Quinta do Paço em Briteiros, Guimarães
Prezados Confrades,
Procuro informação sobre a Quinta do Paço da freguesia de Briteiros, em Guimarães.
Localiza-se numa destes 3 freguesias: Briteiros (Salvador); Briteiros (Santa Leocádia) ou Briteiros (Santo Estêvão).
Baltazar Vieira de Vasconcelos seria morador nesta quinta do Paço, por volta do ano 1630. E sua esposa teria o apelido de Távora.
Pelas minhas pesquisas, encontro também Pedro Ribeiro de Vasconcelos ( talvez filho deste) casado com D. Antónia de Azevedo.
Volta a aparecer um Baltazar Vieira de Vasconcelos em registos por volta de 1690, e por volta de 1705 e mais tarde. Deduzo que seja neto.
No entanto, gostaria de saber qual a ascendência e descendência, e a relação com a Quinta do Paço, em Briteiros, Guimarães.
Aguardo feedback,
Com os melhores cumprimentos,
Pedro Oliveira Machado
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Renovo o pedido
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Caro Pedro,
ao que parece, Baltazar Vieira de Vasconcelos vivia em São Salvador de Briteiros. E sim, temos que considerar que havia duas pessoas com o mesmo nome, talvez avô e neto, como já indagou:
Em 1735 em: http://pesquisa.adb.uminho.pt/details?id=1269575
Podemos ler: Registo de licença a favor de Baltazar Vieira de Vasconcelos, Morgado de Briteiros, para por um confessionario na capela da sua quinta, sita no terreiro dela. Localidades: BRITEIROS,Sao Salvador, GUIMARAES
E em 1629: https://portal.arquivos.pt/record?id=oai%3APT%2FUM-ADB%3A1256089&s=%2723dot%27
TRESLADO para a fabrica da capela de Nossa Senhora do Desterro, sita na freguesia de Sao Salvador de Briteiros, que mandou fazer Baltazar Vieira de Vasconcelos, e registo da provisao para se dizer missa nesta capela. Localidades: BRITEIROS,Sao Salvador, GUIMARAES
O mais velho se casou em Braga, Souto, S. Joâo em 1626 (veja http://origenshc.blogspot.com/2015/03/ )
Baltazar Vieira de Vasconcelos (casou na ermida de S. Cosme, em 23.5.1626, com Ilena de Tavora Botelho, T. Pedro Pinto, juiz ordinario, licenciado Pedro de Coimbra, licenciado Pedro da Maia, Manoel Gomes, tras S. Cosme, celebrou de minha licença o arcediago de Vermoim Gomes Silveira).
Dona Ilena de Tavora, viuva, rua de maximinos - falecida em 10.2.1673 (http://origenshc.blogspot.com/2018/01/braga-nobreza-em-braga_7.html)
Tenho um interesse por esta femília por descender dos Abreus de Briteiros atravéz de Salvador Francisco (de Abreu), casado por volta de 1567 com Isabel de Macedo da Quinta da Granja em S. Salvador de Souto. Eu me pergunto, se esses Vasconcelos de Briteiros foram descendentes dos enigmáticos Abreus de Briteiros, pois nas Memorias resuscitadas da antiga Guimarães, de Torquato Peixoto d'Azevedo de 1692 encontramos:
"Pelo que se ha-de notar que Briteiros é um povo grande, situado nas fraldas do monte, aonde antigamente esteve a formosa Acitania no termo da villa de Guimarães para a parte do norte, e junto ao famoso Rio Ave, e naquelle sitio estão tres freguezias bem contiguas, todas com appellido de Briteiros, e são, Santa Leocadia, S. Salvador, e Santo Estevão, no meio dellas está uma quinta, que foi solar dos Abreus, a que chamam de Briteiros, fidalgos mui principaes deste reino, e hoje senhoreada pelos fidalgos Ribeiros e Vasconcellos."
Melhores cumprimentos
Rainer
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Encontrei informação no livro "Arvores de Costados das familias nobres dos reinos de Portugal, Algarves, e Domínios Ultramarinos de José BARBOSA CANAES DE FIGUEIREDO CASTELLO-BRANCO de 1831 (árvore número 64):
1 - Balthazar Vieira de Vasconcelos, Senhor do Morgado de Briteiros cc. Elena de Távora, filho:
2 - Pedro Ribeiro de Vasconcelos, Senhor do Morgado de Briteiros cc. D. Antonia de Azevedo Peixoto, filha de Miguel de Azevedo peixoto, Sr. da Quinta de Inxide e Ignez de Távora de Goes. Filho
3 - Balthazar Vieira de Vasconcelos, Senhor do Morgado de Briteiros, cc. Luiza Maria Pereira, filha de Miguel Pereira Ribeiro, familiar do Santo Oficio e Maria Pereira Barreiros. Ele filho de Miguel Goncalves e Francisca Dias e ela de Antonio Ferreira e Maria Pereira Barreiros. Filha:
4 - Maria Clara de Távora e Azevedo (ou "de Azevedo e Vasconcelos")
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Boa noite Caro confrade Rainer,
Agradeço pela resposta ao tópico, e pela partilha muito interessante de informações.
Entretanto, ao longo do tempo, e verificando e guiando-me também pela árvore já feita de Baltazar Vieira de Vasconcelos aqui presente no Geneall, consegui decifrar algumas dúvidas que tinha na altura do post inicial.
De acordo com a árvore aqui presente do Geneall, realmente vai entroncar nos Abreus ( penso ser os mesmos Abreus que referiu) sendo:
Baltazar ( o avô) - https://geneall.net/pt/nome/1339937/baltazar-vieira-de-vasconcelos/ - filho de Antónia de Vasconcelos, filha de Ana Vieira de Vasconcelos, filha de Francisca de Abreu, filha de Francisca Dias de Abreu, filha de Fernão Vasques Abreu.
No meu caso, descendo de António Vieira de Vasconcelos - https://geneall.net/pt/nome/4081237/antonio-vieira-de-vasconcelos/ - filho natural de Baltazar Vieira de Vasconcelos e Senhorinha Antunes ( o Balthazar Vieira de Vasconcelos, Senhor do Morgado de Briteiros que casou com Luiza Maria Pereira).
Desloquei-me presencialmente a Briteiros, a Quinta do Paço, que fica bem ao lado da Igreja de São Salvador de Briteiros ( também digna de uma visita, muito interessante parecendo manter vestígios seculares) e a Quinta impressiona pela dimensão.. apenas passei de carro e a pé, vendo por fora, mas parece abranger uma vasta área de terreno.
Questionava-me o " porquê" ou como teria surgido o relacionamento entre o Morgado de Briteitos e uma mulher solteira Senhorinha Antunes, natural de Santo Estevão de Briteiros, até que me apercebi que o lugar de Ribas (que era donde ela era natural), é " pegado" ou junto a São Salvador bem ao lado da Quinta de Briteiros ( ou Quinta do Paço). Da Senhorinha Antunes pouco ou nada sei, sabendo apenas q era mulher solteira.
Pergunto-me se na Quinta ( penso que está à venda) haverá algo desse tempo, do Morgado de Briteiros, como retratos, por exemplo.
Melhores saudações,
Pedro Machado
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Caro confrade Pedro,
obrigado pela sua resposta. Acho muito interessante essa Quinta do Paço. Depois de nosso contato inicial fiz uma coleta geral de informaçôes sobre a Quinta do Paço, que deve ser a mesma "Quinta de Briteiros", como é mencionada nos registros mais antigos. O que reforça se tratar da mesma propriedade é a localização da quinta, diretamente frente à igreja e o posicionamento geográfico dela entre as três localidades Briteiros, o que confere a ela uma importância especial.
Infelizmente não posso acessar no momento a base de dados do Geneall Plus pelo fato de que a renovação de minha conta parece estar tendo problemas, talvez pela transferência bancária da Alemanha para Portugal. Assim não pude fazer a coleta de dados com as informaçôes às quais refere.
Mas mesmo assim conseguimos desenrolar toda uma história desta Quinta, que tentarei esboçar aqui:
Suponho que a Quinta de Briteiros teve sua origem com a família dos Briteiros, altos fidalgos do reino de Portugal dos quais se encontra informaçôes várias, por exemplo como rico-homens e trovadores.
Talvez por herança, Dona Maria de Noronha, casada com D. Afonso, conde de Faro, tinha a Quinta de Briteiros por volta de 1450 e a vendeu a Fernão de Magalhães (o velho). Dona Maria de Noronha era descendente dos Briteiros por via de sua mãe, D. Mécia de Souza, que por sua vez foi neta de D. Maria de Souza (ou "de Briteiros") filha de Gonçalo Anes de Briteiros.
Também os Magalhães tinham ligação com os Briteiros, visto que o pai de Fernão de Magalhães (o velho), Gil Afonso de Magalhães, tinha uma prima (D. Beatriz de Souza, talvez parente da acima citada Mécia de Souza) casada com Lopo de Araújo, que aparece em documentos como "de Briteiros".
Os Magalhães foram desde cedo senhores do couto de Fontarcada (pelo menos desde ca. 1300 com Afonso Rodrigues de Magalhães), que fica situado já bem próximo a Briteiros. Veja sobre os Magalhães em: Manuel Abranches de Soveral "Ensaio sobre a origem dos Magalhães" de 2007.
É interessante observar que a mãe daquela Beatriz de Souza, Isabel de Souza tinha como irmão João Rodrigues Ribeiro de Vasconcelos, bem provável ser da familia que mais tarde (ca. 1600) será proprietária da Quinta de Briteiros.
Pois bem, Fernão de Magalhães (o velho), nato por volta de 1425 e filho de Gil Afonso de Magalhães e de sua mulher Mécia de Souza (que também pode ter sido parente da acima citada Mécia de Souza), adquire por volta de 1450 por compra a Quinta de Briteiros da condessa do Faro Dona Maria de Noronha. Este Fernão de Magalhães foi irmão de Paio (ou Pedro) Afonso de Magalhães, o pai do navegador Fernão de Magalhaes, tendo sido assim seu tio. Fernão casou antes de 1463 com Beatriz Martins da Mesquita, n. cerca de 1442, que se documenta "criada da duquesa de Bragança D. Constança de Noronha".
Segue no senhorio da Quinta de Briteiros o filho Gonçalo de Magalhães, n. ca. 1455. Cito aqui Manoel Abranches de Soveral em seu trabalho "Ensaio sobre a origem dos Mesquita": "Gonçalo Rodrigues de Magalhães, fidalgo da Casa Real, que sucedeu, nomeadamente na quinta de Briteiros. Tirou ordens menores em Braga em Março de 1482 e a 6.1.1498 teve confirmação da tença de seu pai, que nele renunciara, como ficou dito. Casou com D. Briolanja de Azevedo, filha de Gonçalo Coelho, 4º senhor de juro e herdade de Felgueiras e Vieira do Minho, etc., e de sua 1ª mulher D. Catarina de Souza. Este Gonçalo Coelho era cunhado de Gonçalo Rodrigues de Magalhães, pois casou 2ª vez com Violante de Magalhães".
Segue no senhorio da Quinta de Briteiros a filha, Beatriz (Brites) de Magalhães (ou da Silva), n. ca. 1490, que Soveral descreve citando uma justificação de nobreza de um parente (Miguel Sobrinho da Mesquita) de 1556 onde testemunhou a "senhora D. Brytyz da Magalhães", moradora na sua quinta de Briteiros com seu marido o "senhor Jorge d’Abreu, fydallguo".
Podemos ver que aqui já encontramos os Gomes de Abreu na Quinta de Briteiros. O casamento de Beatriz com Jorge de Abreu pode ter sido por volta de 1520-30, pois na época do testemunho de 1556 acima citado, o casal morava em Briteiros tendo filhos novos, que ainda viviam na dita quinta com seus pais.
Nos livros paroquiais mais antigos de Santa Leocádia de Briteiros encontramos entre 1576 e 1594 registros das missas que Jorge Gomes de Abreu mandou fazer para si e também os de uma Dona Beatriz Francisca que estava relacionada com Jorge (filha, esposa ou companheira?). Numa página bem deteriorada do registro de óbitos lemos: "Duas missas q gorge dabreu mãdou q cada ano lhes dicessem pelas herdades de souto mãdinho briatis fr.ca as mãdou diser o ano de 1584..."
No lugar de Souto Mandinho em Santa Leocádia de Briteiros faleceu em 1578 Salvador de Abreu, filho de Jorge Gomes de Abreu (registros paroquiais de Sta. Leocádia). Souto Mandinho fica relativamente próximo à Quinta de Briteiros, podendo aquelas "herdades" terem surgido como herança ou dote. Aqui desconfio acho poder entroncar meu ancestral Salvador Francisco (de Abreu) na família dos Abreus de Briteiros. Ele nasceu por volta de 1540 e foi casado por volta de 1567 com Isabel Rebelo de Macedo, senhora do casal da Granja da freguesia vizinha de São Salvador de Souto. O filho deste casal, Martim de Macedo, aparece em S. Salvador de Souto em fevereiro de 1614, após a morte da mãe Isabel (1610) no batismo de uma filha que teve com a solteira Maria "a bezuga de Chaim" como "Martim de Abreu".
Em "Uma familia Minhota", de Alberto Magalhães Queiroz, Braga, 1967, p. 147, Salvador Francisco é citado como "Salvador Francisco (de Abreu?)" tendo sido "lavrador honrado". E Rui Faria cita que tinha ainda duas irmãs em 1576 - Maria Francisca, viúva e moradora em Sta Maria de Souto e Madalena.
Vasculhei os registros mais antigos de Santa Leocádia de Briteiros, S. Salvador de Briteiros e S. Estevão de Briteiros (da Silva Escura), e lá achei alguns Abreus e Gomes de Abreu também citados em Felgueiras Gaio. Aqui minha "colheita":
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Em Santa Leocádia de Briteiros se encontra de 1576 a 1594 as já mencionadas missas pela alma de "Jorge Gomes de Abreu" e de "Dona Beatriz Francisca". Também em 1622 pela alma de "Jorge Gomes de Abreu".
1578 - Sta. Leocádia - Falecimento de "Salvador de Abreu" de Souto Mandinho, filho de "Jorge Gomes de Abreu".
1579 - Sta. Leocádia - é mencionado um criado de Fernão de Magalhães, oriundo de outra freguesia.
1580 - Sta. Leocádia - encontramos como testemunha "Francisco de Abreu" de S. Salvador de Briteiros (Mas dele nada se encontra em S. Salvador (os registros começam em 1597)
1587 e 1597 - Sta. Leocádia - "Francisco Gomes de Abreu", padrinho
1597 e 1601 - Sta. Leocádia - "Lopo Gomes de Abreu", padrinho
1600 - Sta. Leocádia - falecimento de "Martim Coelho de Abreu"
1602 - Sta. Leocádia - é mencionado Francisco da Costa, criado de "Francisco Gomes de Abreu".
Em S. Salvador de Briteiros nada se encontra dos Abreus. Lá aparecem por volta de 1618 os irmãos Balthasar Vieira, Estevão (ou Cristóvão Vieira) e Lourenço Mendes (de Vasconcelos), já então na Quinta de Briteiros, agora já mencionada como "Quinta do Paço", que antes era posse dos Gomes de Abreu.
Em S. Estevão de Briteiros (antigo nome: "S. Estevão da Silva Escura") igualmente nada se encontra. os registros comecam por volta de 1627 e estão muito deteriorados.
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Felgueiras Gaio menciona estes Abreus de Briteiros com a exceção do "Salvador de Abreu" e da "Dona Beatriz Francisca". Mas continua em aberto qual dos "Jorges" Gomes de Abreu que descendem dos Senhores de Briteiros se trata nos registros paroquiais.
Aquele Martim Coelho (de Abreu), falecido em 1600 em Sta. Leocádia) é referido por Gaio como «Martym Coelho, fydallguo», morador com seus pais na quinta de Briteiros quando a 26.11.1556 testemunha a justificação de nobreza de Miguel Sobrinho da Mesquita. Recebeu o nome do seu trisavô Martim Coelho, senhor de Felgueiras. Gaio diz que foi clérigo e viveu na quinta da Telhada, em S. Leocádia de Briteiros, deixando duas filhas naturais.
Aqui entre 1602 e 1618 temos uma ruptura e a Quinta do Paço aparece então já em mãos dos Vieira de Vasconcelos. Ainda desconheço como exatamente a quinta passou de dono, mas pode ter sido por herança.
Segundo Felgueiras Gaio, parece que a quinta passa para esta familia com Antonia Vieira de Vasconcelos, n. por volta de 1570, filha de Anna (ou Antonia) Vieira e de Baltasar Borges, escrivão de Mezãofrio. Ela foi "Sra. da Quinta de Briteiros dos Abreus de Regalados". A avó materna de Anna (ou Antonia) Vieira, Francisca de Abreu, casada com Álvaro Mendes de Vasconcelos, descendia dos Abreus de Regalados.
Antonia Vieira de Vasconcelos se casou com Francisco Vieira de Andrade, Sr. de Briteiros, filho de Lourenço Vieira da Rocha, escrivão da cidade de Braga e de Cecilia de Andrade.
Foram os pais dos três irmãos já mencionados acima: Estevão, Lourenço e Baltasar Vieira de Vasconcelos, sendo este último o herdeiro da quinta de seus pais. Casou em Braga em 1626 com Elena de Távora Botelho, sendo os pais de:
Pedro Ribeiro de Vasconcelos, Sr. do morgado de Briteiros, casado com D. Antonia de Azevedo Peixoto, filha de Miguel de Azevedo Peixoto, Sr. da Quinta de Inxide e de Dona Inêz de Távora de Goes. Pais de:
Baltazar Vieira de Vasconcelos (neto), Sr. do morgado de Briteiros, casado com Luiza Maria Pereira, natural da Rua dos Mercadores , freguesia de Nossa Sra. da Oliveira, Guimarães e filha de Miguel Fernandes Ribeiro, familiar do Santo Ofício e Maria Pereira (Ferreira) Barreiros. Tiveram a filha Maria Clara de Távora e Azevedo (ou "de Azevedo e Vasconcelos", ou em Felgueiras Gaio "de Távora Machado") casada com Manoel Felix Pereira Barbosa Brandão.
Mas a Quinta de Briteiros passou para o filho natural de Baltazar Vieira de Vasconcelos (neto) que teve com a Senhorinha Antunes, assim como citou, uma mulher solteira do lugar de Ribas de Santo Estevão de Briteiros. Este filho foi:
Antonio Vieira de Vasconcelos, também chamado de "Antonio Caetano Vieira de Vasconcelos" e "Antonio de Vasconcelos Távora", Sr. da Casa de Briteiros, administrador da capela (Ermide Sta. Margarida) e proprietário da Quinta do Paço em Salvador de Briteiros, casado com Antonia de Lyra Sotomayor, filha de D. João de Lyra Sotomayor e de D. Visensia de Faria e Andrade. Foram pais de:
Luisa Casimira de Vasconcelos e Lyra, herdeira da Casa de Briteiros, casada por volta de 1770 com José Pereira Coutinho de Vilhena, filho de Luiz Ignácio Pereira Coutinho e Maria Joana Rangel.
Luisa protesta em 1794 contra seu marido José Pereira requerendo de volta a administração de seus bens por este viver já faz anos amancebado com uma criada, que a pouco tempo deu a luz a uma criança, numa Quinta a pouca distância de Barcelos para onde ele a fez conduzir.
Maravilhosa a história desta casa tão antiga! Talvez nem mesmo em Briteiros se saiba da preciosidade desta antiga quinta. Caso esteja à venda, espero que encontre um proprietário que dê o devido valor a ela.
Abraços
Rainer
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Boa noite confrade Rainer,
Fantástica e rica partilha!
Em relação a António Vieira de Vasconcelos, filho natural, não seria meio-irmão de António Caetano Vieira de Vasconcelos?
Na árvore aqui presente no Geneall, António Caetano Vieira de Vasconcelos surge como filho legítimo de Baltazar Vieira de Vasconcelos e Luisa Maria Pereira.
O António Vieira de Vasconcelos, filho natural de Baltazar Vieira de Vasconcelos e Senhorinha Antunes, casa-se em Guimarães (São Sebastião) a 15.01.1735 com Catarina Josefa de Barros, filha de Amaro Gomes e Teresa de Barros, moradores na Rua Nova das Oliveiras, em São Sebastião, Guimarães, e irmã do Padre António Gomes de Barros.
Com as informações facultadas pelo Dr. Rui Faria, encontrei e verifiquei uma Inquirição de Genere de Tomás António Vieira de Vasconcelos: https://geneall.net/pt/nome/4084350/tomas-antonio-vieira-de-vasconcelos/ ( http://pesquisa.adb.uminho.pt/details?id=1357886&ht=) que era filho de Maria Rosa Vieira de Vasconcelos, e neto de António Vieira de Vasconcelos ( o filho natural).
Consta, salvo erro, que António Vieira de Vasconcelos seria Escrivão do Reguengo em Guimarães, e quando ainda solteiro em Briteiros, teria sido professor.
Ainda referente à Quinta de Briteiros ou Quinta do Paço, partilho aqui 2 links que contêm
em algumas curiosidades:
- https://www.remax.pt/123061050-344
https://www.researchgate.net/publication/341030194_CARDOSO_D_2013_Rock_engravings_of_Quinta_do_Paco_S_Salvador_de_Briteiros_Guimaraes_Gravuras_rupestres_da_Quinta_do_Paco_S_Salvador_de_Briteiros_Guimaraes
Um abraço,
Pedro Machado
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Boa tarde confrade Pedro,
muito obrigado pelos links, fiquei pasmo! Realmente, esta Quinta do Paço é uma grande e fascinante preciosidade!
Sim, você tem razão deve se tratar de duas pessoas distintas, "António" e "António Caetano"! Desconhecia esta informação.
Abraços
Rainer
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