Casa do Outeiro - Adães, Barcelos
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Casa do Outeiro - Adães, Barcelos
Boa Noite,
Procuro qualquer informação sobre a sobredita Casa, que pertencia à mesma família que possuía a Casa da Torre de Moldes e a Casa de Amins. Conheço muito bem a referida freguesia de Adães e o lugar do Outeiro e lá não existe nem existiu qualquer casa senhorial antiga como é demonstrado na base de dados do Genea, por isso presumo que tivesse o nome mas fosse noutro local da freguesia, onde existiria antigamente também um Outeiro.
Segundo o Geneall, o primeiro indicado a quem pertence a Casa é o fidalgo de cota de armas João Nepomuceno Pereira da Fonseca e Silva Veloso (1750-1809). Ora, este só pode ter herdado a Casa do Outeiro de seu pai o Capitão e Cavaleiro da Ordem de Cristo José Pereira da Fonseca que casou com a herdeira da Casa da Torre de Moldes em Remelhe e da Casa de Amins em Chorente, uma tal Josefa Maria do Sacramento e Silva Oliveira.
Assim, surgem dois problemas, primeiro, este Capitão José Pereira da Fonseca não era o filho mais velho dos seus pais mas sim o mais novo de uma série de cerca de 7 rapazes da qual pelo menos 3 chegaram à idade adulta, sendo um sacerdote e tendo o outro, o mais velho, Manuel da Fonseca Pereira casado e tido descendência legítima que habitou uma Casa (chamada de Adães ou do Assento) e construída em 1711 que permanece nos seus descendentes até à atualidade apesar de estar arruinada e à venda. Esta casa foi assim ainda construída pelos pais deste Manuel da Fonseca Pereira (nascido em 1696) e o já mencionado José Pereira da Fonseca (nascido em 1716), um tal Capitão João Gonçalves Pereira e uma Maria da Fonseca (que também descende, é neta dos Senhores da Casa de Amins em Chorente, sendo prima em primeiro grau do pai da Josefa Maria do Sacramento e Silva Oliveira por ambos descenderem do casal (João Tomé da Silva e Helena Tomé da Fonseca)) pelo que não foi pela mãe que Maria da Fonseca que veio a Casa do Outeiro. No entanto, apenas conheço os pais do tal Capitão João Gonçalves Pereira, um tal João Gonçalves e uma Maria Fernandes, uma vez que os registos paroquiais de Adães apenas principiam na década de 1670.
Desta forma, fica para mim uma incógnita que resulta de não saber de todo onde se localiza a dita Casa do Outeiro na freguesia de Adães no concelho de Barcelos, nem perceber como passou para o ramo da família onde se encontrava pelo menos até cerca de 1950.
Se algum informado deste fórum me poder dar uma ajuda fico desde já muito agradecido.
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Caro Luís, os melhores cumprimentos, pesquisei o seu nome e vi que é da família que possuía a Casa do Outeiro, e parente distante da pessoa (da família da Casa de Adães, linha primogénita mas menos conhecida) para quem fiz uma genealogia que me chamou esta questão à atenção. A pessoa é natural de Adães e nunca ouviu falar da Casa do Outeiro. Se bem que o seu avô nonagenário conhecia o Sr Ernesto que penso ser o seu pai.
Segundo algumas pessoas antigas me disseram, a casa que pertencia ao senhor Ernesto agora pertence à família Varandas. Segundo também se consta, a Casa passou para essa família porque um membro dos Varandas foi criado de pequeno com os Castro Leal e depois teve bens em testamento, se bem que essa foi a explicação que me deram. O que consta das bocas do povo é que a Casa foi roubada (se bem que não consegui verificar se se tratava da Casa do Outeiro).
Dito isto, posso também dizer que muitas vezes o que vai na boca do povo são falácia e meias-verdades e até por vezes difamações pelo que tenho sempre muito cuidado ao dizer que é o que se diz e não o que aconteceu, até porque bem sabemos como o povo já desde tempos antigos gosta de falar mal daqueles que ascendem socialmente como aconteceu com a família Varandas.
Atenciosamente, Aguiam
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Importa-se de se identificar ? Como cidadão. Da répúbica, ou não.
O nickname nada diz. É um nickname.
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Compreendido, peço desculpa, evito sempre que possível identificar-me online, até porque neste caso a relevância de quem eu sou ou não é diminuta e até porque o meu nome não lhe dirá nada. Sou um simples entusiasta da genealogia que de todo não ganha dinheiro a fazê-la nem tem perspetivas de o fazer até porque o faço com gosto para pessoas próximas ou amigos de parentes. Seja como for o nome é Nuno Baptista e sou um de Braga, o resto é de todo insignificante tal como a minha pessoa.
Aliás todo e qualquer interesse meu por este assunto advém apenas de interesse histórico, sempre gostei de saber a história das propriedades e das famílias que nelas habitaram durante gerações.
Cumprimentos, Nuno Baptista
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Agradecemos.
Nada mais temos a acrescentar aos estudos de Vaz Osório da Nóbrega, e de nossso Primo Padre Doutor António Júlio de Faria Limpo Trigueiros que poderá contactar através de sua Família direta, que reside na Casa da Torre de Moldes (Remelhe, Barcelos).
Tudo o que consta nesta base, Geneall, acerca deste tópico, não contém "inverdades", nem mentiras, pois, caso contrário, os seus seus Administradores e Proprietários, que são Pessoas de Bem, não publicariam !!
Nada mais temos a referir.
Cordiais cumprimentos.
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Caro Luís, posso ter-me explicado mal, mas nunca quereria dizer que o que está publicado é uma inverdade ou mentira, até porque de todo não é, aliás, as pesquisas estão bastante bem feitas.
Apenas me referi a isso quanto ao facto da forma como a sua família perdeu a posse da Casa do Outeiro, que não sei de todo como aconteceu, mas nas bocas do povo muito se diz (apenas me referia ao que diz o povo).
Dito isto, a Casa do Outeiro, segundo a base do Geneall pertencia a sua avó, a Senhora Dona Ana Adelaide de Brito Limpo de Faria pelo que deveria ter passado para seu pai Ernesto Limpo de Faria Leal e depois para seus filhos. Se tal como eu penso, a Casa agora se encontra na posse de outra família, pode-me dizer como tal aconteceu, claro, se souber e me quiser dizer, se não, não tem problema algum.
Os melhores cumprimentos, Nuno Baptista
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Agradecemos o seu interesse.
Um pouco, então, da cronologia, da segunda metade do século XX.
Não há nada de secreto, da nossa parte.
A minha referida Avó, paterna, que Santa Glória haja, e que está sepultada cá em Britelo (Celorico de Basto) vendeu a Casa (que também era conhecida por Casa de Adães) e a parte da Quinta que lhe pertencia por testamento de sua Mãe, antes de 1990, a estranhos à Família.
A outra parte da Quinta pertencia a uma Irmã, também por disposição testamentária, a nossa Tia Ângela.
Refiro que passei lá muitas férias com meus irmãos, e primos. Portanto existiu.
Como esteve desabitada cerca de 200 anos, já não mantinha algumas características importantes.
A Quinta era na reta, em Adães, na estrada que liga Braga a Esposende, e a Casa sensivelmente implantada no meio da Quinta.
Neste sentido desta via, uma das entradas situava-se aproximadamente a meio da reta, tendo umas Alminhas do lado esquerdo, colocadas no extenso muro que circundava toda a propriedade.
Era um núcleo muito antigo, celta, tendo a Casa ainda visíveis, da Idade Média, pelo menos 2 seteiras, e umas Armas de Família, presumivelmente do século XVI, de Pereira pleno, como refere Vaz- Osório da Nóbrega e o meu referido Primo António Júlio num artigo publicado em 1983, na Barcellos Revista, Vol I, N.º 2, p. 91.
E digo Celta pois alguns achados, em granito, foram alvo de estudo arqueológico.
Se não a encontra é porque terá sido demolida. Nada mais sabemos.
Daí ter indicado o meu primo António Júlio, da Torre de Moldes, que poderá ter dados que nós desconhecemos pois após a venda nunca mais nenhum de nós se deslocou a Adães.
Talvez através do Google Maps consiga ver a implantação, e se a Casa foi demolida.
Cordiais cumprimentos.
Celorico de Basto, 20 de março de 2022.
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Muito obrigado caro Luís,
Confirma-se então que é a Casa que eu tinha em mente, não foi demolida mas está em estado decrépito, os muros já caíram, e a casa não tardará. Parece que o senhor que a obteve à sua família tinha muitos herdeiros, e as partilhas ainda não estão resolvidas.
Dito isto, com certeza que mal possa irei ver a dita casa com os meus próprios olhos, até porque a Casa fica mesmo junto à estrada. Tirarei fotografias para ver em que estado está a mesma e se tiver interesse posso partilhá-las consigo se me facultar o seu e-mail, infelizmente terei umas semanas ocupadas pela frente pelo que não sei quando poderei fazer essa "visita".
Dá-me pena ver um património tão antigo neste estado, mas, isso só me parece ser em grande parte consequência das leis que obrigam a dividir as heranças igualitariamente, por mais justas que essas leis sejam.
Um bem haja para si e para a sua família, cumprimentos Nuno Baptista
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Prezado Nuno Baptista,
Nós é que agradecemos todo o interesse que tem demonstrado.
Estamos afastados de Barcelos desde o falecimento de minha Avó, e de meu Pai.
Mantemos contacto principalmente com nosso Primo António Júlio, Sacerdote Jesuíta.
O maior entiusiasta, e Genealogista deste ramo familiar, é meu Irmão Rodolfo José, que tem disseminado um pouco da história da Família, principalmente materna, com origem cá em Basto e Felgueiras (Pinto Dá Mesquita de Queiroz e Lemos), e lançado os dados que recolhe não só no seu Arquivo, bem como em Arquivos Públicos, nesta Base planetária que é o Geneall.
Poderá enviar-lhe, quando tiver as fotografias (que, como refere, serão, certamente "penosas").
O e-mail dele é: pintodamesquita@gmail.com.
Uma boa semana, cumprimentos, Luis Castro Leal
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