Chancelaria de D. Afonso V – ajuda na leitura de carta de privilégio de 1452
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Chancelaria de D. Afonso V – ajuda na leitura de carta de privilégio de 1452
No Livro 12, fl 63 da Chancelaria de D. Afonso V consta uma “carta de privilégio de D. Afonso V a Nuno Gonçalves, vassalo régio, morador na cidade de Évora, retirando-lhe a infâmia e restituindo-lhe toda a boa fama e honra”. ( https://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=3816489 ) (tif 97)
Dada a minha incapacidade para interpretar a grafia da época, apelo aos participantes deste fórum com conhecimentos nesta área, se me podem esclarecer se o texto fornece mais alguma informação, nomeadamente quanto ao motivo da “infâmia”.
Desde já agradeço a colaboração.
Bom fim de semana,
Luísvpinto
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renovo o pedido:
No Livro 12, fl 63 da Chancelaria de D. Afonso V consta uma “carta de privilégio de D. Afonso V a Nuno Gonçalves, vassalo régio, morador na cidade de Évora, retirando-lhe a infâmia e restituindo-lhe toda a boa fama e honra”. ( https://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=3816489 ) (tif 97)
Dada a minha incapacidade para interpretar a grafia da época, apelo aos participantes deste fórum com conhecimentos nesta área, se me podem esclarecer se o texto fornece mais alguma informação, nomeadamente quanto ao motivo da “infâmia”.
Desde já agradeço a colaboração.
Bom fim de semana,
Luísvpinto
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Caro Confrade;
Está difícil perceber a letra, vamos aguardar que apareça um Confrade entendido na matéria.
Nuno Gonçalves, pintor da corte D. Afonso V.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nuno_Gon%C3%A7alves#Nuno_Gon%C3%A7alves_nos_Pain%C3%A9is?
Cumprimentos
Sc.
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Grato pelo seu cuidado
Cumprimentos
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Caro Luísvpinto
Com os meus cumprimentos, junto envio, de uma forma muito facilitada para sua leitura, o texto pretendido.
João Matos
(...) Nuno Gonçalves, nosso vassalo, morador em a cidade de Évora, nos enviou dizer que sendo ele escrivão e inquiridor na correição de Entre Tejo e Guadiana e que sendo em ela corregedor Pero de Coimbra que por lhe dizer algumas coisas de nosso serviço que a seu ofício pertenciam que assim ele como os oficiais da dita correição lhe tiveram por elo ódio e malquerença e azaram que fosse dele querelado e sendo preso lhe opuseram excessos e que errara em seus ofícios dos quais fizéramos mercê a um Luís Eanes em divido do dito corregedor com o qual se perseguira tanto de seu que fora julgado que ele perdesse os ditos ofícios e os houvesse o dito Luís Eanes e lhe pagasse mais três mil e tantos reais de custas e que além disto mandáramos que estivesse em o nosso couto de Monção dois anos, segundo se tudo isto mais compridamente continha em uma nossa carta que do dito livramento tinha, e que lhe é dito que por as ditas coisas ficara infame e que por elo não seria recebido alguns autos judiciais nem extrajudiciais nem haver os ofícios públicos nem privados, e que porém nos pedia por mercê que o relevássemos da dita infâmia, e nós vendo o que nos assim dizer e pedir enviou com o dito livramento e querendo-lhe nós fazer graça e mercê temos por bem e relevamo-lo da dita infâmia em que por as // ditas coisas incorreu e restituímo-lo a toda sua boa fama, honra e nomeada assim e pela guisa que a elas havia antes da dita acusação em guisa que a dita infâmia lhe não impeça nem embargos alguns autos judiciais nem extrajudiciais nem ofícios públicos nem privados assim como se nunca incorresse na dita infâmia e porém mandamos a todas as nossas justiças e pessoas a que isto pertencer que assim o cumpram e guardem e façam cumprir e guardar como em esta carta é contido e al não façais. Dada em a cidade de Évora, primeiro dia de Setembro. El Rei o mandou por João Vaz de Pedroso, seu vassalo e ouvidor na sua corte, e por Álvaro Pires, outrossim seu vassalo e procurador dos seus feitos a quem isto mandou lavrar. Filipe Afonso, o Moço, a fez. Ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil iiijc Lij anos.
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Caro João Matos muito lhe agradeço a sua disponibilidade e paciência na interpretação deste documento.
A leitura dos documentos desta época é para mim um verdadeiro mistério que me fascina. Sem grandes pretensões gostaria de um dia aprender algumas das regras para a sua interpretação. Sabe se há cursos de introdução à paleografia sem ser num contexto da licenciatura em história?
Mais uma vez, bem haja pela sua disponibilidade.
Cumprimentos
Luís Vieira Pinto
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