Rodas dos Enjeitados em aldeias pequenas
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Rodas dos Enjeitados em aldeias pequenas
Boa noite, membros do Geneall!
Recentemente fui atacado por um daqueles "pensamentos do duche" em relação a um trisavô meu, que foi exposto na Roda dos Enjeitados (assim o diz a minha avó, ainda viva).
Ele vivia no lugar de Vale do Galo, pertencente a Santa Leocádia, concelho de Chaves, sendo, portanto, enjeitado ou nesse mesmo lugar, ou talvez numa aldeia vizinha.
Terá nascido por volta do ano de 1900. Eu sei que, por essa época, já teria sido decretada a extinção da Roda dos Enjeitados, mas, ao que parece, só foi efetivamente extinta em Lisboa vários anos depois, o que me faz crer que devia mesmo estar ativa nessa época em Vale do Galo.
A freguesia de Santa Leocádia, incluindo todas as suas povoações, teria 814 habitantes no ano de 1900.
Com tão pouca gente, não seria fácil encontrar o pai ou a mãe da criança enjeitada?
Estando uma mulher grávida, não seria de desconfiar que o filho desaparecesse misteriosamente após o nascimento, coincidindo com a data de entrada duma nova criança na Roda?
E quando a criança eventualmente crescesse, não seriam feitas comparações com pessoas "parecidas" na aldeia que pudessem ser os pais biológicos?
Todo este sistema de abandono das crianças parece-me muito pouco anónimo em aldeias onde toda a gente sabe da vida dos outros!
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Boa noite
Antes de colocar todas essas questões (pertinentes), que tal tentar localizar o assento de batismo dele? Tente localizar o casamento (que possuirá dados mais fiáveis) ou o nascimento de filhos dele. Ele até pode ter vindo de longe para ali residir, quem sabe.
Cumprimentos,
Filipe
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...Pois é, o sistema estava assim implantado, e havia os
"poderosos, que acabavam por beneficiar da situação",
não seriam os humildes que se socorriam da Roda, mas
sim a classe alta, pelo que "ninguém sabia de nada," etc.
Sc.
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A roda dos expostos foi extinta em Portugal em 21 de novembro de 1866. A partir dessa data, a identificação dos pais tornou-se obrigatória e os hospícios substituíram as rodas.
Sc.
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Boa noite!
Já tentei por várias vezes procurar mais informação sobre ele. A minha bisavó (por onde temos conexão) chamava-se Maria da Graça, que era um nome extremamente comum, e não tem registo de casamentos, até porque nunca se casou! Sei a data de nascimento dela e o nome dos pais porque a minha avó ainda se lembra.
É quase certo que os pais eram casados, mas a esposa deste que falo também tinha um nome extremamente comum (Thereza de Jesus), o que torna difícil a investigação.
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Boa noite!
Não entendi. Então era a classe alta que abandonava os filhos na Roda, pelo que os "humildes" não descobriam quem eram os pais? Não seria mais óbvio assim?
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Boa noite
Em primeiro lugar, gostaria que se identificasse, é de bom tom fazê-lo, uma vez que não assina as mensagens.
Em segundo lugar, peça à Conservatória do Registo Civil uma cópia do nascimento da sua bisavó. Estamos no séc. 21, não é aqui que se torna difícil a investigação. E eu não falei no casamento dela mas sim no do seu trisavô.
Se não tem cópia dos assentos tem de os conseguir. Não pode iniciar uma pesquisa por informações orais de familiares, tem de ter os documentos. Quando os tiver, volte ao tópico.
Cumprimentos,
Filipe
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Atenção. Nem sempre os nascituros eram expostos na roda, nas pequenas aldeias e freguesias era comum deixá-los á porta das capelas r igrejas ou á porta de algum vizinho de mais posses (E que ás vezes teria laços familiares, legítimos ou não), Se alguém da aldeia tomasse conta o assunto ficava por aí. Caso contrário depois de devidamente baptizado era conduzido á Santa Casa da Misericórdia da vila onde lhe era proporcionada ama (paga, estou-me a lembrar de Ponte De Lima que era um alfobre de "enjeitados"), a "roda" era mais frequentada nas cidades com alguma dimensão e ligada a conventos femininos e como esses foram extintos passou esse encargo á Misericórdias.
O seu antepassado se nasceu por volta de 1900 as "rodas" conventuais já tinham acabado, mas a exposição de recém nascidos era comum e o termo "roda" prevaleceu. Faz-me lembrar os dez mil reis e as cinco coroas da minha meninice dos anos sessenta quando esta valor monetário já tinha desaparecido há meio século, mas actualizado na voz do povo. Olhe o conto de reis prevaleceu quase até aos dias de hoje.
Cumprimentos
Mariafaia
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Prezado gneve, bom dia.
Conforme informaram nos comentários posteriores, busque a certidão de batismo se estiver um período disponível para consulta. É possível encontrar mais informações ali, seja de pais adotivos, seja dos possíveis pais biológicos.
Falarei de um caso na minha família.
Tive uma tetravô de nome Silvana Rosa das Dores Exposta, que se casou com meu tetravô João de Carvalho, ambos naturais da freguesia de Santa Marinha de Oleiros. Se casaram a 29 de outubro de 1860 na paróquia da dita freguesia.
No assento de matrimónio dos dois, estão informados:
- data de batismo da Silvana: 19 de outubro de 1860
- pais adotivos e naturalidade: Bento Gonçalves e Mariana, naturais de São Mamede de Escariz
- local onde foi exposta: Roda de Prado
Até o presente momento, não encontrei qualquer fundo relacionado à Roda de Prado em que possa encontrar algum possível registo dela. Além disso, ressalto que o batismo dela se deu "sub conditione" (sob condição), uma vez que se desconhecia ter sido batizada anteriormente ou não.
Cumprimentos,
Pires.
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Roda dos Expostos
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"Na Lisboa oitocentista e nos concelhos periféricos, um em cada três recém-nascidos era abandonado de forma anónima e legal nas rodas dos expostos, o principal mecanismo de combate ao infanticídio e ao aborto.
A abertura na janela do edifício comportava um cilindro de madeira oco, que girava sobre um eixo. No interior da roda, a qualquer hora do dia, alguém poderia deixar um recém-nascido sem se identificar. Bastava tocar à campainha e do lado de dentro do edifício, uma funcionária, mais conhecida como rodeira, girava o cilindro e recolhia a criança para lhes prestar os primeiros cuidados de saúde.
Era desta forma silenciosa e prosaica que funcionavam as rodas dos expostos ou enjeitados. Como analisa neste artigo (2017) Joana Vieira Paulino, investigadora do Instituto de História Contemporânea (IHC) da NOVA FCSH, esta prática destinava-se a combater o infanticídio e o aborto. Em 1783, Pina Manique, o então chefe da Intendência Geral da Polícia, decretara que todos os centros administrativos de Portugal deveriam contar com uma roda, aliás, à semelhança de vários países da Europa Católica do sul, onde o abandono infantil anónimo também era uma prática legal.
Este decreto intensificou prática, o que originou a mortalidade das crianças abandonadas. Os custos administrativos faziam com que a Santa Casa enfrentasse uma constante falta de amas, prejudicando a qualidade de vida dos expostos. Um relatório de 1836, citado pela investigadora, aponta que chegavam a dormir até cinco crianças na mesma cama, com problemas de saúde de vários tipos. No mesmo documento constava que, devido ao atraso de salários, a Real Casa dos Expostos de Lisboa chegara a contar com 31 amas para cuidar de 152 expostos.
Até 1836, a criação dos expostos eram da responsabilidade das Câmaras Municipais e das Misericórdias das respetivas zonas. O financiamento, esse, era sempre feito pelas Câmaras Municipais. Mas Lisboa tornou-se um caso excecional, aponta a investigadora. Ainda que o financiamento fosse concelhio, a administração da criação dos abandonados era feita pela Misericórdia de Lisboa. Mas esta dualidade terminou com a decisão de Passos Manuel, em 1836. A criação dos expostos passou a pertencer unicamente às Câmaras Municipais, com Lisboa a marcar, mais uma vez, a exceção: a Misericórdia de Lisboa continuou com esta função, mediante o financiamento da Câmara Municipal de Lisboa.
Contudo, o cenário de abuso desta prática e a carência de amas, entre outras, obrigou as estruturas a repensar as políticas de acolhimentos vigentes. Intelectuais, médicos e políticos apresentavam propostas para a reforma do modelo, que incluíam uma maior responsabilização parental e aumento dos subsídios de lactação. “O combate às rodas oficializou-se em 1862, com a intervenção do governo no debate público pela nomeação de uma comissão para estudar o problema do serviço de expostos”, explica Joana Vieira Paulino.
Na época, os abandonos correspondiam a um a cada oito nascimentos no país, e 32% de todos os menores expostos do país estavam sob os cuidados da Misericórdia de Lisboa. Em 1867, um novo decreto tornou ilegal o abandono anónimo em Portugal, mas seriam necessários mais três anos até que todas as rodas fossem encerradas na capital. Era o início gradual de uma nova fase para os cuidados na infância lisboeta. “Oitocentos foi o século da criança”, conclui a investigadora."
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Sc.
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Boa tarde!
Antes de mais, peço desculpas pela falta de identificação. Não sou um utilizador frequente do fórum e não tinha conhecimento deste costume.
Em relação ao pedido da certidão de nascimento, fiquei a saber que este envolve custos e alguma burocracia, pelo que preferia ter a certeza de que me vai fornecer informação útil. Espero que compreenda a minha relutância.
Não tenho grande experiência com este tipo de documentos. Possuo uma certidão de óbito do meu bisavô do outro lado da família e as informações relativas aos pais dele eram poucas, apresentando apenas os nomes e apelidos dos mesmos.
No caso duma certidão de nascimento, assumo que esta tenha mais dados sobre os pais, incluindo datas de nascimento e locais, o que me facilitaria decerto a procura pelos pais biológicos deste meu antepassado, visto que os únicos dados que conheço dele são o nome do mesmo e o nome da esposa (ou uma das esposas).
Considera necessário pedir esta certidão da minha bisavó, da qual já conheço a maior parte dos dados, tendo em conta que o objetivo seria encontrar os pais biológicos do meu trisavô? Sabendo o seu nome e o da esposa, seria mesmo impossível de encontrar diretamente a certidão dele?
Cumprimentos,
Guilherme
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Boa tarde!
Muito interessante a sua observação! Visto que as "rodas" já teriam sido extintas por esta altura, pode mesmo ser que o nome se tenha mantido por mera tradição nos relatos que me chegaram.
Sendo assim, calculo que a identificação dos pais já fosse obrigatória, sendo possível para mim ter acesso às identidades dos mesmos!
Cumprimentos,
Guilherme
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Boa tarde caro Guilherme
Quanto a burocracia não sei mas, quanto a custos, eles são diminutos. Não precisa pedir uma certidão (20€), basta uma cópia simples que lhe custa 1€ (2€ caso tenha duas páginas, o que não é normal).
Sem essa cópia (apesar da letra poder ser mais difícil de ler, eu prefiro uma cópia do original - se não pedir assim, eles vão informatizar o assento e dar-lhe uma cópia do informatizado - porque pode haver lapsos ao informatizar o assento) e difícil localizar os batismos deles, até porque são nomes curtos, como diz.
No nascimento encontra o nome dos pais, freguesia de naturalidade, idade (não data) que eles tinham, e o nome dos avós.
Quanto à identificação dos pais já ser obrigatória, não é assim. Até hoje, quando se diz que as crianças têm de ter um pai, se a mãe tiver estado com vários homens, só fazendo o teste de ADN a todos eles. E se algum for de um encontro "casual", provavelmente a mãe nem saberá o nome dele.
Eu tenho um vizinho, nascido em meados do séc. 20, que foi abandonado num caminho, dando-lhe o nome de "Vila Verde" devido ao local onde foi encontrado. Não havendo perfilhação/legitimação, não é fácil descobrir a filiação de uma criança abandonada, apesar de ser possível, através de pessoas que tenham conhecimento do caso. Mas é muito complicado.
Ainda que o seu bisavô não tenha sido perfilhado ou legitimado, ficará a saber mais um pouco sobre ele, e também sobre a esposa. Se quiser fazer a sua árvore, esse é o ponto de partida.
Quando tiver a cópia simples em seu poder, volte ao tópico.
Cumprimentos,
Filipe
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Boa noite, prezado Filipe.
Agradeço desde já pelo esclarecimento e peço desculpas pela demora na correspondência. Não fui notificado por correio eletrónico desta resposta.
Quanto ao tema da cópia, gostaria de saber se é possível requisitá-la online ou se terei de me dirigir pessoalmente à conservatória e, no último caso, como faço para pedir exatamente isso ao invés da mais cara certidão. Se possível, seria de utilidade ter também uma ideia de quanto tempo me tomaria essa requisição na conservatória, caso fosse fazê-la pessoalmente, devido à falta de muito tempo livre durante as horas em que esta se encontra aberta.
Tenho também uma dúvida relativamente aos dados--concernentes ao ancestral--que preciso de ter comigo para poder requisitar estas informações. Não será em princípio um problema, visto que sei a maioria dos dados básicos, incluindo o nome completo e as datas de nascimento e morte, mas prefiro estar prevenido.
Gostaria que me explicasse como se eu tivesse cinco anos de idade, dada a pouquíssima experiência que tenho com estes assuntos.
Cumprimentos,
Guilherme
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Boa noite prezado Guilherme
Pelo Civil on-line só certidões. Talvez a possa pedir por e-mail mas, há Conservatórias que demoram muito tempo a consultar a caixa de correio e a responder. Se puder ir pessoalmente à Conservatória, é o melhor. Em princípio dão-lhe a cópia na hora, a não ser que lhe digam que têm de informatizar o assento e lhe peçam para ir buscar mais tarde. A não ser que peça uma cópia do original.
Tem de pedir uma "cópia simples do assento de nascimento" de fulana, nascida a ..., em ..., filha de fulano e de fulana. Pelo sim pelo não, leve a data de óbito dela. Em princípio já deve estar averbado no nascimento mas, caso não esteja, podem querer fazê-lo. Dependendo do tempo decorrido, podem dizer que a pessoa pode estar viva. Estou a dizer isto porque não sei em que ano é que ela nasceu. E se tiver sido há menos de 100 anos, é mesmo necessário comprovar que a pessoa já faleceu.
Acho que é tudo. Qualquer dúvida disponha.
Cumprimentos,
Filipe
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Também pode usar o termo "cópia com valor de informação".
Filipe
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Boa tarde, prezado Filipe!
Requisitei esta manhã a cópia do assento de nascimento da minha bisavó.
Nele, o pai é mencionado como Salvador José Exposto (apelido alusivo à roda, creio eu), jornaleiro de quarenta anos, o que indica que terá nascido em 1881 (não havendo, no entanto, confirmação do dia e mês). Quanto à naturalidade, é dito que ambos os pais são "naturaes e [indecifrável] na dita Vale-do-Galo". Os avós paternos da minha bisavó são dados como incógnitos--"neto paterno de avos incognitos e materno de (...)".
Com isto, creio que não haja mesmo identificação dos pais, pelo menos oficial. No entanto, sendo dito que ele seria natural da povoação de Vale do Galo, não teria sido difícil, na época, desvendar o mistério. De acordo com os recenseamentos feitos, a freguesia de Santa Leocádia (à qual pertence a povoação de Vale do Galo) tinha 782 habitantes em 1878 e 920 habitantes em 1890, podendo-se assumir um número entre esses dois para 1881. Tendo em conta que Santa Leocádia é constituída por sete povoações, e fazendo uns cálculos imprecisos, assumindo que a população estaria distribuída igualmente pelas sete povoações, Vale do Galo teria entre 112 e 131 habitantes. Em tão pouca gente, não seria difícil perceber quem teria sido a mulher que engravidou por volta de 1880 e acabou por misteriosamente não ter o filho!
Acredito que não haja gente viva desde esse tempo em Vale do Galo e a quem eu possa perguntar. A minha avó, como esperado, não faz ideia nenhuma.
Ainda assim, consegui descobrir o lado materno da minha bisavó, que me era também desconhecido até hoje, pelo que não considero o documento inútil.
Cumprimentos,
Guilherme
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Caro Guilherme
Perdoe que entre nesta "conversa" mas creio poder juntar algo ao que está escrito. Em primeiro lugar recebeu a fotocópia do assento ou uma certidão com texto que alguém leu? Pergunto porque, ao longo dos meus cinquenta aos de consulta de assentos nunca vi a inclusão do apelido "Exposto" a que o tenha sido. Frequentemente são "inventados" apelidos ou usados alguns relacionados com os santos do dia ou da época. Será que não há uma virgula entre o nome e a palavra "exposto"?
Quanto a maior ou menor facilidade de, na altura, se saber quem era a mãe gostaria de lembrar que era prática, com alguma frequencia, a menina que estava grávida e queria esconder a sua gravidez ir passar uns tempos fora da sua terra e que, por vezes, o recém nascido que era abandonado, o era numa localidade próxima, mas não a da mãe, já que se pretendia mesmo ocultar a maternidade.
Assim, sem mais indícios, pouca investigação se poderá fazer.
Mas há sempre outros ramos a investigar...
Cumprimentos
João Cordovil Cardoso
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Caro Guilherme;
Depois de todas as dicas que recebeu, presumo que ainda não interiorizou
o que " Era a Roda naquele tempo e o que ela representava ".
Se vc. se colocar naquele tempo em espirito, vai chegar à conclusão, que a
Roda servia mesmo para receber os " enjeitados ", uma prática aceite pela
comunidade, não havendo lugar a ir saber, se determinada donzela que andava
de " barriga grande ", de repente deixou de andar.
É evidente que as pessoas visadas, tinham que ter algum resguardo...
Boa sorte nas pesquisas.
Sc.
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Boa tarde, João Cordovil Cardoso!
Recebi uma fotocópia do assento original. A escrita é difícil de ler, mas consigo ver que não há vírgula entre o nome e a palavra "Exposto" (que aparece escrita com letra maiúscula).
Noutros documentos aos quais tive acesso, porém, nunca vi este apelido ser utilizado, incluindo na certidão de nascimento da minha avó, onde ele aparece apenas referido pelos nomes próprios. Acredito que não fosse grande motivo de orgulho.
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