Convento da Esperança de Beja
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Convento da Esperança de Beja
Este tópico tem como objectivo o estudo de determinadas ordens religiosas no Alentejo, inicialmente trata religiosas CARMELITAS CALÇADAS e posteriormente colocarei aqui no Forum outras ordens religiosas igualmente importantes.
Caro Rui Pereira
Aqui te envio o pouco que pude apurar até agora, infelizmente tenho muito pouca disponibilidade o que me impede de aprofundar rigorosamente este estudo.
CONVENTO DA NOSSA SENHORA DA ESPERANÇA DE BEJA
Fortunato de Almeida, História da Igreja em Portugal, Vol.III- P.I, pág.417
(...)
O Mosteiro da Nossa Senhora da Conceição de Carmelitas Descalças, em Lagos, deve-se à iniciativa de três piedosas do Convento da Esperança de Beja, em 1557. (...) 2
2. É a data que nos indicam Jorge Cardoso e o Padre Carvalho. J. B. de Castro refere a fundação ao ano de 1558. Cardoso, Agiológico, t. I, pág. 106; Carvalho, Corografia (Braga, 1869), t. III, pág. 2; Castro, Mapa de Portugal, t. II, pág. 73.
Cardoso, Agiológico, t. I, pág. 106
(...) Senhora Isabel de Assunção, natural de Lagos, floresceu com opinião e virtude no Convento das Carmelitas da mesma cidade, e nele faleceu em 1628, consta das relações, que no mesmo convento se fizeram por mandado de obediência, para a crônica da ordem. Pela muita devoção que tinham à religião carmelitana, deram princípio a esta casa três virtuosas mulheres, para cuja fundação vieram da Esperança de Beja três religiosas, a qual aceitou a ordem em 1557. (...)
Castro, Mapa de Portugal, t.II, pág. 73
Das Ordens Religiosas: CARMELITAS CALÇADOS
Mosteiros de Religiosas:
Invocação: NOSSA SENHORA DA ESPERANÇA
Situação: BEJA
Fundação: 1542
Fortunato de Almeida, História da Igreja em Portugal, Vol. III- P.I, pág. 414
26. CARMELITAS CALÇADOS - Também esta ordem aumentou o número de suas casas durante a época de que nos estamos ocupando. Só a partir do séc. XVI é que houve em Portugal mosteiros de religiosas carmelitas. Em 1526 pediram os vereadores da Câmara de Beja a D. João III autorização para os carmelitas fundarem convento junto à ermida de S. Miguel, que em 1495 fora edificada por Pedro Afonso. Foi alcançada a licença por intervenção do cardeal D. Henrique e de Fr. Baltasar Limpo, religioso carmelita, confessor da rainha e mais tarde Bispo do Porto; e em seguida tomou posse da ermida Fr. Rodrigo de Ornelas. Rui Lopes Porto, vereador de El-Rei, edificou à sua custa a igreja e a parte da casa, que teve a invocação de S. Miguel.
Na mesma cidade se fundou em 1542 o primeiro mosteiro de religiosas carmelitas calçadas que houve em Portugal. Para ele deu o terreno uma D. Colaça, em 1541; e, alcançada a licença régia, vieram inaugurar aquela casa duas religiosas de Castela. No primeiro quartel do séc. XVIII havia ali sessenta religiosas. Tinha a casa, além de outros rendimentos. O de cem moios de trigo em cada ano. 3
3. Jorge Cardoso, Agiológico Lusitano, t. I, pág. 86; Carvalho da Costa, Corografia Portuguesa, t. II, pág. 311
Jorge Cardoso, Agiológico Lusitano, t. I. Pág. 86
(...) D. Colaça ( três filhas suas que nele foram as primeiras religiosas, Joana de Cristo, Luísa do Espírito Santo e Jerónima de São Bartolomeu ) (...)
Cumprimentos do primo
Roberto Lopes
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RE: Convento da Esperança de Beja
Caro Roberto Lopes:
Conforme consta no Livro das Profissões existente na Torre do Tombo, Arcângela de São Miguel e Isabel da Luz (ambas filhas do Comendador Belchior Fernandes Canelas e de D. Isabel Rodrigues Moreira) professaram no Convento da Esperança em 13 de Maio de 1640. Arcângela tinha 20 anos e Isabel tinha 18 anos. Sua irmã D. Violante Rodrigues era certamente mais velha, já que tinha casado em Estômbar a 25 de Abril de 1627 com Afonso Álvares Marreiros.
Os pais de Arcângela e Isabel pagaram 380$000 réis de dote por cada uma de suas filhas.
Isabel da Luz faleceu em 8 de Janeiro de 1701, sendo segunda vez Prioresa. Ignora-se a data de falecimento de Arcângela de São Miguel, mas sabe-se que ainda era viva em 1657, quando Belchior Fernandes Canelas e esposa doaram às filhas freiras certos foros, com a condição de por seu falecimento passarem aos herdeiros mais chegados. Assim se constituiu uma Capela cujo último administrador veio a ser o Cap. Belchior Velez de Morais Bettencourt.
As três irmãs aqui indicadas eram todas naturais do lugar da Mexilhoeira da Carregação, da freguesia de Estômbar, no Algarve, mas não se conhece a naturalidade dos seus pais. Sei que existiam Fernandes Canelas em Beja por esta época, o que me leva a suspeitar que Belchior Fernandes Canelas poderia ser originário desta cidade. Isto explicaria a presença das suas filhas neste convento.
Cumprimentos do primo,
Rui Pereira
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RE: Convento da Esperança de Beja
Caros Rui e Roberto
Conheço o brasão iluminado de André Fernandes da Câmara Canellas-Mns 1f.ano de 1672,para Câmara,Canellas,Azevedos e Sandes.Moravam em Beja..B.P.E-Arq.Manizola cod.591-5.Timbre de Canellas.O Roberto pode consultar em Évora,pois o texto será muito útil,quando o consultar diga-me o que lá diz,pois não consigo decifrar mais da fot. que tenho.
Abraços aos dois e mandem sempre.
Rafael Carvalho
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