Famílias de Castelo de Paiva
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Famílias de Castelo de Paiva
Caros Senhores
Por descender de algumas famílias do concelho de Castelo de Paiva, gostaria de completar as informações que possuo, principalmente no que toca aos séculos XVi e XVII, sobre as quintas do Barral (Barbosa Reimão) e do Pedregal (Araújo Correia), em Santa Maria de Sardoura; Vila Verde (Araújo de Macedo ou Araújo Sodré), em São Martinho de Sardoura; e das Fontainhas (Araújo Sodré) e de Gondarém (Araújo Jácome), em São João de Raiva.
Com os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
Em dois assentos de baptismo,de dois dos meus Xavós,do lugar do Ribeiro,Santa Maria da Sardoura,Castelo de Paiva,são padrinhos :
Ana de filha António Reimão,1738,e Manoel de Azevedo e Maria,filhos de João Barbosa da Cunha,da Quinta do Barral.São apenas os elementos de que disponho.
Maria
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
Cara Senhora D. Maria
Antes de mais, não posso deixar de agradecer a pronta ajuda e pedir-lhe que me desculpe por só agora me ter sido possível responder.
Os elementos que me enviou dizem respeito a uma época em que tenho as famílias em questão razoavelmente identificadas, pelo que me tenho concentrado essencialmente nos séc. XVI e XVII. Mas, como devido ao seu título muito genérico, este tópico pode induzir em erro, vou precisar quais os temas sobre os quais a minha atenção se concentra.
A casa e quinta do Barral, em Santa Maria de Sardoura, pertenceu ao meu IV avô Francisco Barbosa da Cunha e Melo, que julgo ser o representante por linha directa e de varonia destes Barbosas Reimões de Paiva; e, por disposição testamentária do mesmo, viria a ser herdada pela sua filha mais nova D. Maria das Dores Barbosa da Cunha e Melo, mulher do Dr. Joaquim Pinheiro de Azevedo Leite, sr. da casa do Santo, em Provezende.
É precisamente aquele meu antepassado que concentra as minhas raízes paivenses, pois sua mãe D. Joaquina Rosa Osório Sarmento era natural da casa do Pedregal, igualmente situada em Santa Maria de Sardoura. A família dos morgados do Pedregal foi estudada nos "Carvalhos de Basto" (Cap. II, §-20.º), mas, se por um lado foram aí publicadas informações que não estão correctas, pelo outro eu gostaria sobretudo de desbravar os costados que tiveram um tratamento mais superficial.
Por conseguinte, e no que diz respeito aos srs. da quinta do Barral - que mais tarde acabariam por se fixar em Ovar - estou interessado em esclarecer vários equívocos em que os genealogistas incorreram ao confundirem homónimos, nomeadamente F. Gayo: de facto, a filiação atribuída em Abreus-§47-N11 ao marido de D. Clara da Cunha é absurda, já que desse modo seria filho do próprio irmão; as coisas melhoram nos Barbozas-§145/146, embora eu esteja convencido de que o entroncamento aos Barbosas Cabrais é fantasioso; e asneiram de vez nos Costados-II-93, onde o contemplado chega a ter como ascendentes os pais de uma tia por afinidade. Sobre esta gente, gostaria ainda de esclarecer tanto a origem do apelido Reimão como a da ascendência de Jerónima Aires, mulher de Francisco Barbosa Reimão, que o mesmo autor diz ser filha de Francisco Aires, da Casa do Patim, em Arouca.
Quanto à quinta de Vila Verde, em São Martinho de Sardoura, pretendia obter informações sobre a família de um dos seus proprietários, de seu nome João de Araújo de Macedo, que, segundo F. Gayo, era filho de João de Araújo Sodré e de sua 2.ª mulher Isabel de Figueiredo.
Já em relação às quintas das Fontainhas e de Gondarém, em São João de Raiva, consta do processo de habilitação de Duarte Valério Correia de Melo, que recebeu carta de familiar do Santo Ofício em 21-IV-1733, "q. os Araujos das Fontainhas padecião fama de x. n.", e que Jerónima de Araújo, avó paterna do habilitando, era irmã de Jerónimo de Araújo, que "era x. n. por ser par.te de hum Fulano Sudre"; dizendo ainda uma das testemunhas que a dita avó "fora infamada de x. n. por ser neta materna de C.na Moreira, q. viera das partes do Porto", mais propriamente do Carregal, lugar da freguesia de Cedofeita, no que seria contraditada por outra, que afirmou ser Catarina Moreira irmã de Maria Moreira, x. v., na qual se verificara a extinção dos Moreiras do Carregal.
A primeira viera casar ao lugar de Gondarém e era mãe de Maria de Araújo, mulher de Alexandre de Araújo, sr. da quinta das Fontainhas - que, segundo alguns testemunhos, era oriundo da quinta de Vila Verde -, e ambos pais dos referidos Jerónimo e Jerónima de Araújo, sabendo-se ainda que esta fôra baptizada em São João de Raiva a 26-II-1652.
Sobre Maria de Araújo, pesa a certeza de ser filha de Manuel de Araújo Jácome, que em 1630 residia com sua mulher Catarina Moreira Cabral na cidade do Porto, tendo ele nesse mesmo ano reconhecido a posse da quinta de Gondarém em 3.ª vida, dado que a mesma havia sido emprazada no ano de 1579 a seus pais Duarte de Araújo e Beatriz de Figueiroa, entretanto falecidos.
Estes dados completam os da mencionada H.S.O. e provam que, neste ponto, tanto o costado de F. Gayo como os "Carvalhos de Basto" estão errados, pois em ambos os sítios se afirma que Jerónima de Araújo era filha de Duarte de Araújo, sr. da quinta de Gondarém, e de Beatriz de Figueiroa, da freguesia de Paiva (o que, antes de mais, a cronologia tornava impossível. Na realidade, não era filha mas sim bisneta desse casal!
Creio, assim, ter dado um modesto contributo para á discussão sobre algumas famílias do antigo concelho de Paiva, e espero poder vir a captar a atenção do Senhor Vasco Jácome, presença assídua neste Fórum, para o último tema aqui tratado.
Com os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
Caro Miguel Mora
Estou a realizar actualmente o projecto de Expropriação para construção da variante à EN 222, Ponte sob o rio Arda à Cruz da Carreira, concelho de Castelo de Paiva. Passo pelas freguesias de Pedorido, Raiva e Sardoura (Sta Maria). Conheço bem esta zona, pois pessoalmente realizo todo o cadastro e a avaliação.
A quinta de Fontainhas situada na margem do Douro, terá pequenas áreas de expropriação, resultado mais de uma beneficiação da existente EN.
Fiz amizade com os actuais proprietários da quinta, pessoas da região. Tendo a quinta sido adquirida há cerca de 20 anos. O proprietário é também de uma família tradicional da Raiva de apelido Rocha Correia de Vasconcelos, a senhora é oriunda de Arouca, tem o apelido Mendes Moreira Teles de Andrade. São um casal encantador.
A casa da quinta foi reconstruída recentemente, já pelos actuais proprietários.
A cerca de 100 m da casa da quinta, fica incrustado uma casa bonita com um jardim, que infelizmente será parcialmente expropriado. È pertença de uma família Mendonça Aranha, que penso, terem também raízes históricas na região.
Se tiver dados genealógicos e históricos sobre a quinta das Fontainhas, pedia que me os disponibilizasse, para oferta aos actuais proprietários.
Amanhã ás 9:00 da manhã estarei em Castelo de Paiva e regressarei sexta-feira. Até sexta.
Um abraço,
José de Azevedo Coutinho
Bombarral
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
Caro José de Azevedo Coutinho
Muito agradeço a sua simpática mensagem, à qual, na realidade, só hoje me era possível responder.
A minha atracção por tudo quanto diga respeito ao passado deve ser congénita, mas foi efectivamente a tomada de conhecimento dos "Carvalhos de Basto" que me despertou o enorme interesse pela história familiar; vício esse que, de forma imparável e cada vez mais envolvente, tem preenchido uma boa parte dos meus pensamentos e tempos livres.
Numa fase posterior, procurei desenvolver um pouco mais o meu costado da quinta do Pedregal, em Santa Maria de Sardoura (Ob. cit, Cap. II, §-20.º e segs., começando por realizar algumas pesquisas nos respectivos livros paroquiais. E foi em parte a vontade de esclarecer a ascendência de D. Brites de Lima e Melo, mulher de João de Araújo de Macedo, sr. da quinta de Vila Verde, em São Martinho de Sardoura, que me levou a localizar na Torre do Tombo o processo de habilitação para familiar do Santo Ofício de seu neto Duarte Valério Correia de Melo (I.A.N./T.T., Habilitações do Santo Ofício, Letra D, Maço 2, n.º 24), onde pela primeira vez vi ser mencionada a quinta de Fontainhas, em São João de Raiva.
Este Duarte Valério era irmão do meu 6.º avô Manuel Correia de Melo, sendo ambos filhos de Francisco Correia de Araújo, administrador do morgadio de Santo António do Pedregal, e de sua mulher e parente D. Filipa Antónia de Lima e Melo, sr.ª da quinta de Vila Verde, netos paternos de Manuel de Araújo Correia e Jerónima de Araújo, ambos naturais de São João de Raiva, e maternos dos atrás referidos João de Araújo de Macedo e D. Brites de Lima e Melo.
Ora, no decurso daquele processo foram levantadas suspeitas de "cristã-novice", todas elas incidindo sobre os antepassados da avó paterna, Jerónima de Araújo, e apontando sobretudo para os detentores das quintas de Fontainhas e Vila Verde. Dos diversos depoimentos então produzidos, extraí o seguinte:
- "Jeronimo de Araujo, irmão da d.ª avo paterna, era x.n. por ser par.te de hum Fulano Sudre"
- "q. os Araujos das Fontainhas padecião fama de x.n."
- Jerónima de Araújo, avó paterna do habilitando, era natural do lugar das Fontainhas, freg.ª de São João de Raiva, sendo filha de Alexandre de Araújo, oriundo da casa de Vila Verde, e de sua mulher Maria de Araújo.
- Francisco de Araújo Sodré vivera na quinta das Fontainhas, que pertencera a seus pais e antecessores. Não teve filhos e ficaram-lhe duas irmãs que não casaram: uma chamada Maria de Araújo, que legou os seus bens a Alexandre de Araújo, pai dos ditos Jerónimo e Jerónima de Araújo; e a outra Isabel de Araújo, que por falecer "ab intestata" lhe viria a suceder o mesmo Alexandre de Araújo, "o qual achei ter vindo de V.ª Verde da freg.ª de S. Mart.º casar p.ª a freg.ª de Raiva e morar na quinta da Portela".
- Aos 25-II-1652, baptizou o Padre João Correia, cura da igreja de São João de Raiva, a JERÓNIMA, filha de Alexandre de Araújo e de suamulher Maria de Araújo, moradores na sua quinta da Portela de Oliveira... Não consegui, no entanto, apurar se esta seria outra das designações por que na época se designava a quinta de/das Fontainhas.
Como pode observar, estes dados não são suficientemente claros, até porque a multiplicidade de Araújos dificulta a percepção dos laços de parentesco.
Alexandre de Araújo deverá efectivamente descender da casa/quinta de Vila Verde, dado que Felgueiras Gayo, na árvore de costados de Francisco Correia de Melo Osório (Tomo IV de Costados, 167v.), afirma que o seu proprietário João de Araújo de Macedo (n.º 10) era filho de João de Araújo Sodré e de sua 2.ª mulher Isabel de Figueiredo; estando no entanto, tal como já expliquei neste tópico, errada a filiação da própria Jerónima de Araújo (n.º 9), equívoco esse que acabaria por ser reproduzido nos "Carvalhos de Basto".
Aquele reputado linhagista também menciona a quinta de Fontainhas, a propósito do casamento de Plácido Carneiro de Albuquerque, "10.º Sr. do Morgado de "Cuvello", com sua prima em 3.º grau D. Maria Isabel de Albuquerque, a qual era filha de "Duarte de Arº Sodre do Concelho de Payva fº de Alexandre de Arº, e sua m.er D. Mª de Arº Sres da Casa das Fontainhas, e Morgado dos Araujos legitimos no ttº de Ar.os §...N... o qual Duarte de Arº foi casado com D. Angella Telles de Albuquerque fª de Cristovão Rebello de Albuquerque, e de sua m.er D. Angella Cabral" ("Nobiliário de Famílias de Portugal", Tomo III, p. 11, tt.º de Aranhas). Todavia, as minhas buscas no seu título de Araújos foram sempre infrutíferas.
Pela minha parte, é tudo quanto sei sobre os Araújos da quinta de Fontainhas, tendo até ficado agradavelmente surpreendido pelo facto de este topónimo se ter mantido até à actualidade. Como a ligação à casa do Pedregal se estabeleceu por via feminina, as memória acabaram por se perder, devendo a posse da propriedade ter permanecido entre os descendentes de Duarte de Araújo Sodré.
Aliás, um dos objectivos que presidiu ao lançamento deste tópico foi precisamente o de tentar clarificar este imbroglio de Araújos. No entanto, devo salientar que nunca investiguei a fundo esta gente, porque tenho dado prioridade a dois grandes projectos de investigação que consomem a maior parte do meu tempo disponível; mas como não consigo pôr em prática a dedicação exclusiva, de vez em quando vou fazendo pequenas incursões noutras áreas.
Neste campo, muito haverá ainda a pesquisar: no A.U.C. encontra-se bastante documentação sobre as igrejas de Sardoura (Santa Maria e São Martinho), que pertenciam ao padroado da Universidade, sabendo-se ainda que algumas instituições monásticas detinham o senhorio directo de muitas propriedades da região (Santa Clara do Porto, Santa Maria de Arouca, São João Baptista de Alpendurada, S. Salvador de Paço de Sousa, etc.).
O horizonte é muito vasto, pelo que me atrevo a sugerir-lhe o seguinte: se houver possibilidade de saber se a quinta de Fontainhas era foreira a algum tipo de instituição, o trabalho estaria muito facilitado, e com muito maior probabilidade se poderia reconstituir o historial desta vetusta propriedade (foi o que me aconteceu em relação à quinta de Gondarém, situada na mesma freguesia, a respeito da qual consegui localizar sucessivas escrituras de emprazamento). Mesmo que aos actuais proprietários não tenha sido transmitida a "velha papelada" da quinta, será certamente do seu conhecimento o n.º da respectiva descrição na Conservatória do Registo Predial de Castelo de Paiva - como este cadastro começou a ser feito ainda na 2.ª metade do sec. XIX, quando ainda não tinha sido totalmente extinto o regime enfitêutico, uma grande parte das primitivas descrições mencionava as entidades que recebiam os diferentes foros (há até casos em que a mesma propriedade era formada por um conjunto de prazos foreiros a diversas instituições).
Outro aspecto muito importante prende-se com a identificação de anteriores donos da quinta, uma vez que poderá levar à localização no A.U.C. de inventários (de maiores ou orfanológicos) ou processos judiciais de que a mesma tenha sido alvo (expropriações, serventias, confrontações, etc.), dado o antigo arquivo da Comarca de Castelo de Paiva ali ter sido incorporado.
No fundo, como em todos as situações em que a informação escasseia, é fundamental andar da frente para trás, pois de outro modo é praticamente impossível descobrir o fio à meada.
Concluindo, encaro a reconstituição do historial de uma propriedade multissecular como algo de absolutamente fascinante, pelo que estou à sua disposição para dentro das minhas modestas possibilidades poder ajudar a levantar o véu sobre a quinta de Fontainhas. E, quando finalmente concretizar uma ambicionada digressão por "Terras de Paiva", muito gostaria de conhecer pessoalmente os seus encantadores proprietários.
Um abraço
Miguel Mora
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
Caro Miguel Mora
mas se Casa do Barral passou à descendencia do Dr J. Azevedo Pinheiro Leite , esta está estudade nos " Osórios de Almeidinha".
De momento não tenho aqui o livro, mas na próxima semana verei isso. Entre essa desc. etão os dois irmãos médicos Veiga Pinheiro, que muito prezo.
Cumprimentos
Vasco Briteiros
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
Meu Caro José Azevedo Coutinho
Veja se não atinge as largas terras do meu amigo Jose Adriano Moreira de Carvalho, distinto Prof da UP, pelo menos antes de eu um dia aceitar o convite dele para as visitar, mas que com o problema da ponte adiei sine dia.
Um grande abraço
Vasco
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
Caro Vasco Briteiros
Muito agradeço a sua disponibilidade, mas devo dizer-lhe que conheço bem os "Amaraes Osórios", já que a minha Trisavó D. Maria Adelaide Barbosa da Cunha e Melo, irmã mais velha da mulher do Dr. Joaquim Pinheiro de Azevedo Leite, foi casada com seu primo José Osório do Amaral e Sousa. Aliás, fui eu que enviei ao Autor do livro as fotocópias dos "Carvalhos de Basto", obra que então desconhecia e lhe veio a permitir fazer a actualização da descendência da Casa do Pedregal.
O objectivo deste tópico prende-se sobretudo com a reconstituição de alguns costados quinhentistas e seiscentistas, onde, para além de muitas dúvidas e erros, já pude confirmar a existência de pelo menos um entroncamento fantasioso, precisamente no caso dos Barbosas da Casa do Barral.
No entanto, tenho sempre um enorme prazer em localizar descendentes de familiares cujo relacionamento, apesar de muito estreito, se acabaria por perder. Por esse motivo, ainda no Verão passado, depois de ter descoberto na Net o site da Quinta do Bucheiro, em Celeirós - propriedade onde julgo ter falecido o pai daquela minha Trisavó -, contactei telefonicamente os actuais proprietários que ainda pertencem ao ramo Pinheiro de Azevedo Leite, tendo ficado agendada uma visita que acabei por não poder efectuar, mas que espero em breve concretizar. Nessa conversa, foi-me dito que existia um primo, médico no Porto, que se interessava muito pela história familiar, possivelmente um dos dois a que se refere. Em caso afirmativo, gostaria imenso de poder partilhar com ele muitas das informações que tenho recolhido nestes últimos anos, e bem assim as numerosas dúvidas que se me têm levantado.
Grato pela atenção dispensada, despeço-me com os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
Caro Miguel Mora
O primo médico que menciona deve ser o meu amigo Dr António Viana Pinheiro, distinto médico neurologista do HGSA. Tem um irmão José Manuel, tambem médico. O Pai deles faleceu o ano passado e estive no velório que foi exactamente na Casa do Buxeiro, cujos actuais donos são muito simpáticos.
O António interessa-se muito pela ascendência Azevedo (S. João de Rei -isto serve para ser lido pelo José Azevedo Coutinho,aqui numa resposta ao seu tópico).
Vou tentar contactar o António Viana Pinheiro e depois digo-lhe ajgo.
Cumprimentos
Vasco Briteiros
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
Caro Miguel Mora.
Acabo de telefonar ao AVP. Posso dar-lhe o telemovel dele. Para isso contacte pf para o meu mail vbriteirosarrobanetcabopontopt
Cumprimentos
Vasco Briteiros
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
Meus amigos,
Meu õ avô grande era Padre Manuel Reimao de Aguiar e foi carregado em Quinta de Casal Perro, Sardoura, Castelo de Paiva algum tempo antes de 1700. Era o 'Padre Cura' da igreja de Sao Martinho de Sardoura. Eu não sei quem seus pais eram. Eu sei lá era um par que "possam" ser seus pais: Domingos Martins e Maria Reimao de Aguiar. Mas eu não sei. Padre Manuel teve um relacionamento com uma Maria da Silva, naturalmente do Villa Verde, Sardoura, Castelo de Paiva. Teve um filho, Manuel Reimao, que foi carregado antes de 1721 em Sardoura. Ele casou-se com Maria Nunes (carregado 27 setembro 1722), filha do Paschoal da Costa ( natural de Sobrado) e Maria Nunes (natural de Sardoura), em 31 agosto 1741. Seus pais (o filho Manuel) são alistados como do "despoza com um e outra"..foi suposta se casar após 1741 mesmo que seja ainda um padre.
Alguem tem algum informacao?
Obrigado!
Miguel Labrego
mlabrego@pobox.upenn.edu
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
Eu recebi esta informação... mesmo que não fosse útil a mim ainda, mim pensei talvez útil a outros investigadores de nome "Reimao". :
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Caro Miguel
Esta obra sobre os Reimões de Riba d'Ouro trata os mais antigos - do sécº XV e XVI, iniciando-os num Pedro Anes, que viveu na Quinta de Santa Cruz, em Canelas, Escudeiro do Rei D.Afonso V, Escrivão da Alfandega do
Porto e Procurador das Rendas e direitos dessa Comarca em 15.10.1457.
Este teve, pelo menos 3 filhos, e por estes alguns netos Manuéis, e mesmo alguns com bens em Sardoura, Castelo de Paiva.
O filho de Pedro, Gonçalo Reimão, por exemplo, tinha em Sardoura, um Casal de Vila Verde. Foi também Escudeiro de D.Afonso V e de D.João II que o nomeou Escrivão da Alfandega do Porto em 1487. E casou com Leonor Toscano.
Dos muitos filhos e filhas deste cito um Manuel Reimão, igualmente Escudeiro e Escrivão da Moeda do Porto em 1544.
Já aqui temos referências a bens em Vila Verde, Sardoura, de onde, provinha uma das linhas desse seu 6º avô.
Um outro neto de Pedro Anes - filho de um João Reimão - de nome Belchior Reimão, foi Cavaleiro da Casa del-Rei em 1554 e serviu em Ceuta, tendo sido Senhor de uma Quinta dos Lagartos, em Sardoura.
Aí tiveram também bens- uma Quinta de Vigide - o filho destes Braz Reimão, de quem falei noutro email.
Este, por sua vez, tem um outro Manuel Reimão, Tabelião em Castelo de Paiva por 1588, que no seu testamento cita vários casais mas sem o nome, pelo que um deles poderia ser o de Casal Perro que citou.
A viuva deste, Ana Gomes, deixa vários bens a alguns sobrinhos e a maior parte deles á Santa Casa da Misericórdia de Castelo de Paiva.
Ora bem, de qualquer destas linhas vem, certamente, o Manuel Reimão de Aguiar, mas pelos elementos contidos nesta obra não se chega lá. E no Felgueiras Gayo já procurou qualquer coisa ? Vou ver se ele menciona alguma
linha em Castelo de Paiva.
Mas a maneira mais segura de o saber é ver as habilitações de Génere dele, que devem estar em Braga.
Abraços
João Alarcão
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
Caro Confrade
Queira desculpar por estar um pouco confundido quanto à pessoa a quem me devo dirigir e por só hoje me ter sido possível fazê-lo,o que se deve não só a ter apanhado uma forte constipação mas também ao facto de estar a preparar um trabalho que me tem consumido quase todo o tempo disponível. Desse modo, a presente resposta será necessariamente breve, dado agora me ser impossível rever e tratar alguns dos elementos que tenho vindo a coligir.
Quanto ao notável estudo que refere - Os «Reimões» do Porto e Riba-Douro no Século XVI -, devo dizer-lhe que só recentemente o consegui fotocopiar e ainda não tive oportunidade de o analisar com grande detalhe (tal o volume de informação, notas, etc.). Na verdade, as diferentes tentativas de o localizar nunca haviam tido sucesso por o mesmo se encontrar incorrectamente citado nos "Carvalhos de Basto" (Capítulo II, §-1.º, p. 195), e foi apenas depois de o ter visto devidamente referido nas fontes do site «Geneais» que a situação se alterou - eu andava à procura do inexistente "Bol. do Inst. de Bibliographia Luso-Brasileiro", quando o trabalho em questão vem efectivamente publicado no "Boletim Internacional de Bibliografia Luso-Brasileira".
No entanto, a minha ligação à quinta de Vila Verde, em São Martinho de Sardoura (não se processa através dos Barbosas Reimões da casa do Barral mas sim dos Correias de Araújo da casa do Pedregal ("Carvalhos de Basto", Capítulo II, §-20.º, p. 393).
Quanto aos meus Reimões, eu não tenho qualquer dúvida que pertençam aos ali tratados, mas ainda não sei de que modo se estabelece a ligação. Felgueiras Gayo menciona-os nos títulos de Abreus (§ 47), Barbosas (§§ 145-146) e Correias (§§ 44-45), e ainda no Costado "Barbosas Cunhas Cabraes e Azevedos, de Ovar (Tomo II de Costados, 93), embora com alguns erros e confusões, sendo a versão mais fidedigna a que se encontra nos "Barbozas".
Esquematicamente, é a seguinte a genealogia dos Srs. da quinta do Barral:
I LUÍS ANES, morador em Linhares, casou com CATARINA LUÍS BARBOSINHA, tendo-lhes sido emprazada em 30-V-1507 a quinta do Barral, em Santa Maria de Sardoura, com foro anual de $190 e uma galinha.
Sucedeu-lhes:
II FRANCISCO BARBOSA, "foi Fid. da Casa Real ficou captivo na de Alcacer, e foi escrivão das Cizas do Conc.lo de Paiva onde viveo. Casou na fregª de S. Martº de Sardoura" com ANTÓNIA VELHO (e não D. Clara Velho), tendo-lhes sido renovado o emprazamento da quinta do Barral, a 25-IV-1551, com o novo foro anual de $400 e duas galinhas.
Tiveram, entre outros:
III Francisco Barbosa (Reimão ?), que segue.
III Gaspar Barbosa, que foi sr. da quinta de Cimo de Vila, em S. Martinho de Sardoura (que provavelmente teria feito parte da herança de sua mãe). Desconhece-se o nome da mulher mas sabe-se que teve uma filha chamada Antónia Velho Barbosa, mulher de Francisco António de Carvalho, dos quais há notícia de três filhos que usaram o apelido Reimão: João Barbosa Reimão, que em Santa Maria de Sardoura, a 2-VIII-1660, casou com sua prima em 3.º e 4.º grau de consanguinidade Marta Mendes de Sousa, herdeira da casa do Pedregal, s.g.; Maria Barbosa Reimão, sucessora na quinta de Cimo de Vila e mulher de António Correia de Sá, c.g.; e Santos Barbosa Reimão, que foi abade de S. pedro do Paraíso.
III Inácia Barbosa, que casou com António Álvares, "Tab. propr. no conc. de Paiva", e foram pais de Inês Barbosa, mulher de Diogo Soares, da casa de Vila Verde, em S. Vicente do Pinheiro ("Carvalhos de Basto", Capítulo I, §-6.º, p. 68). Destes foi filho, entre outros, o Lic.º. Manuel Barbosa da Cunha Reimão.
III FRANCISCO BARBOSA (REIMÃO) - no citado costado, Felgueiras Gayo chama-lhe João Barbosa Reimão, confundindo-o com o filho homónimo -, que "casou em Arouca" com JERÓNIMA AIRES", filha de "Fran.co Ayres da Casa do Patim em Arouca". Residiram na quinta do Barral, que lhes viria a ser novamente emprazada, a 3-VII-1604, tendo-se então procedido a um aumento de $100 no foro anual.
Tiveram pelo menos:
IV Francisco Barbosa Reimão, que lhes sucedeu como 3.ª vida po prazo da quinta do Barral, onde viveu com sua mulher Clara da Cunha, de S. Martinho de salreu, c.g.
IV João Barbosa Reimão, que casou (em Ovar) com Cecília Coelho Freire, "da Casa da Povoa", c.g.
IV Pedro Barbosa Reimão, que casou (também em Ovar) com Isabel Coelho, irmã de sua cunhada Cecília, c.g.
Foi, contudo, a descoberta das escrituras de emprazamento da quinta do Barral que me permitiu desnvolver com maior rigor a origem desta família e comprovar a falsidade do entroncamento nos Barbosas Cabrais. Felgueiras Gayo, apesar de admitir outra versão, faz o n.º II filho de Gregório Barbosa Cabral - apelido este que nunca vi ser usado pelos seus imediatos descendentes -, quando na realidade o era de Catarina Luís Barbosinha e de Luís Anes.
Relativamente ao sangue dos Reimões, creio que ele já deverá estar presente na geração I, faltando apurar a qual dos conjuges se deve, embora o apelido do marido me faça inclinar mais para essa hipótese. Quanto à cronologia, Luís Anes poderia ser neto de Pedro Anes, possivelmente através de seu filho João Reimão, que aparenta ter estado mais ligado à região de Paiva.
Este é, certamente, um tema que merece ser aprofundado, nomeadamente através da reconstituição dos aforamentos de diversas outras propriedades que esta família detinha na zona.
Grato pela atenção dispensada e com os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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Magalhães, Cerveiras, de Bairros
Procuro todo tipo de informações sobre os magalhães da freg. de Bairros.
Obrigado
Óscar Caeiro Pinto
7-HEITOR DE MAGALHÃES GUIMARÃES, casou com BRITES ARANHA, filha de Antão Martins Cerveira, herdeiro da Quinta da Igreja, na freg. de Bairros (Castelo de Paiva) anexa da Igreja de Sobrado e de sua mulher Inês Aranha, natural do Porto, neto paterno de Martim Cerveira, que morou e foi Sr. da dita Quinta da Igreja. Filhos :
8-Ana de Magalhães, mulher de Pedro Gonçalves, dos Casais, s.g.
8-Brites de Magalhães, mulher de António Girão, s.g.
8-Violante de Magalhães, que segue
8-D.MARIA ARANHA DE MAGALHÃES, (ou Violante de Magalhães) casou com ANTÓNIO GONÇALVES PEREIRA, de Alampreia, em Miragaia, tiveram :
9-Brites de Guimarães+, casou com João.......?da Arrifana de Rojas, teve :
10-Maria de Magalhães, segunda mulher de seu parente Francisco Correia Cerveira,
filho de Álvaro Barroso, que viveu na Sardoura( Castelo de Paiva) e de sua mulher
Catarina Aranha, esta filha de Francisco Correia Velho e de sua mulher Violante
Cerveira, da Quinta da Várzea do Douro. Filhos :
11-Gaspar Correia Cerveira, foi Padre.
11-Francisco Aranha, casado duas vezes, sem geração
11-Júlio de Magalhães, Licenciado em Medicina, foi médico, casou com Mécia
Correia Cerveira, sua sobrinha, filha de António Mendes de Sousa e de sua
mulher Maria Correia Cerveira, do Pedregal. S.g.
11-Paula de Rojas, mulher de Sebastião de Magalhães, de Além Paiva. C.g.
11-Filipa Correia, casou no Porto, com Agostinho Álvares, s.g.
9-D.FELIPA DE CERVEIRA MAGALHÃES,(ou Maria Aranha) casou com JORGE DE MAGALHÃES, (ou Gonçalves) natural de Miragaia, Porto, filho de Jorge Martins, Sr da Quinta de .......?. Filho :
10-ANTÓNIO DE MAGALHÃES, viveu na freg. de Bairros, casou com D.MARGARIDA DE CARVALHO, tiveram :
11-Dr.António de Magalhães, Ouvidor da Capela Real, Deputado do Santo Oficio e Desembargador do arcebispado de Lisboa.
11-Maria de Magalhães, mulher de Francisco da Fonseca.
11-Ana de Magalhães, que segue
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RE: Magalhães, Cerveiras, de Bairros
Caro Óscar Caeiro Pinto
Sobre estes Magalhães e Cerveiras, de Bairros, eu conheço o que se encontra nos títulos de "Cerveiras" e "Barrozos huns", pertencentes ao vol. II do tomo VI da "Pedatura Lusitana" (pp. 175-176 e 196-198, respectivamente), e bem assim o § 83 do título de "Aranhas" do tomo III do nobiliário de Felgueiras Gayo (pp. 43-44); os quais, à primeira vista, me parecem ser as fontes em que se baseou.
No §-20.º do capítulo II dos "Carvalhos de Basto", intitulado "Casa do Pedregal, em Santa Maria de Sardoura (Castelo de Paiva)", consta ainda o seguinte (p. 392):
"5(XI)- MARIA CORREIA DE CERVEIRA, fal. a 6-6-1684, ib., Sr.ª da quinta do Paço de Paradela, em S. Miguel de Bairros (Castelo de Paiva), que lhe deixou em test. seu tio, o P.e Simão Álvares. C. c. seu primo em 2.º e 3.º graus de consang., o Lic. JÚLIO DE MAGALHÃES, fal. com test., a 15-6-1655, ib., f.º de Francisco Correia de Cerveira e de sua 2.ª mr. Maria de Magalhães, s.g."
No texto, ib. corresponde a Santa Maria de Sardoura. Além disso, as notas que elaborei a partir dos registos paroquiais desta freguesia indicam que o citado casamento se realizou a 8-XI-1649, tendo o noivo falecido em Julho e não em Junho.
Por outro lado, é possível que se tenha de corrigir o juízo de Felgueiras Gayo relativamente às igrejas de Sobrado e Bairros, ambas pertencentes ao bispado de Lamego. A propósito da primeira, diz M. Gonçalves da Costa na "História do bispado e cidade de Lamego" (vol IV, p. 435) que o respectivo direito de padroado transitara dos Condes de Marialva para a Real Coroa, e desta para a Casa de Bragança; já quanto à segunda (ob. cit., pp. 437-438), informa que a reitoria de S. Miguel era apresentada pelos dons priores ou dons abades do mosteiro de Vila Boa do Bispo, tendo posteriormente passado para o convento de Mafra - sendo estas entidades tão distintas entre si, acho pouco provável que as duas igrejas tivessem o estatuto de anexas.
Com os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
Caros Miguel Mora e Vasco de Briteiros
Desculpem-me só agora dar uma resposta, à laia de desculpa, antes tarde do que nunca...
Vou estar o período do Carnaval na quinta das Fontaínhas, com os meus miúdos, Pedro e Constança. O Correia de Vasconcelos manda cumprimentos especiais ao Miguel, e está convidado para aparecer quando quiser.
Correia de Vasconcelos, disse-me que o avô era da quinta do Pedregal, o seu apelido era Melo de Vasconcelos, e ao que parece a quinta das Fontaínhas já tinha pertencido anteriormente à família.
Comprei uma Monografia de Castelo de Paiva, de Guido de Monterey, transcrevo aqui uns trechos Medievais, curiosos completados com pequenas observações minhas:
Toda Hermigues, filha de Vivili Troitosendes/Trutesendes e de Hermígio
Aboazar da Maia (Referida em 1044 e 1071) casou em primeiras núpcias com o
Egas Moniz I, o Gasco. Em segundas núpcias esta senhora casou com o seu tio
Pedro Troitosendes/Trutesendes de Paiva (Baião) cujo filho Paio Pires Romeu
volta a casar com uma Maia, Godo Soares. Com o casamento de Toda Hermigues
os de Riba Douro, ligam-se ao Paço de Sousa , do qual vieram a ser os
principais patronos.
Acontece que a ascendência varonil de Pedro Troitosendes/Trutesendes
pertence aos Baiões ramo colateral de Paiva, sendo o seu Bisavô
Arnaldo/Arualdo Gondesendes senhor do castelo e terras de Baião, casado com
Ufo, final do século IX, início do X.
No ano de 1071 D. Toda Ermigues doa ao mosteiro de Paço de Sousa a igreja de
Santa Eulália de Pedorido. "Addo ibidem Sancta Eolália de Pedourido ab
integro cum suos passales et cum suos destros". ("Diplomata et Chartae",
doc. 498 do ano 1071).
Uma propriedade em Pedorido consta também do testamento feito por D. Egas
Ermigues e por sua esposa D. Gontinha Eres ao mosteiro de Paço de Sousa no
ano de 1088.
"Et ultra Durium in villa Petauritu hereditatem quam michi dedit amita mea
Domna Vivilli, decima integra cum suis piscariis". ( Idem, doc. 713 do ano
de 1088.)
Por seu turno D.Trastamiro Moniz doa ao mosteiro de S. João de Alpendurada,
no ano de 1090, outras propriedades em Pedorido:
"Item in Petaurito de medietate IIII (quarta) et de alia media V (quinta
parte) et de illa ganância de meo patre IIII (quarta) tantum me computat
inter meos frates" (Idem, doc. 743 ano de 1090).
Também D. Afonso Henriques faz doação de Parada (Pedorido) a Mónio Rodrigues
a 12/07/1130.
Ego Adefonsus infans Henrrici comes hac regine Tharasie filius imperatoris
Adefonsi nepus. Et dono tibi Monio Rodriguiz et facio kartha de hereditate
que habeo in Terra de Pavia nominata Vlla Parata integra extra illa decima
de Garsea Fernandiz per suis terminis et locis antiquis terminata sub Monte
Alto currente flumine Durio território Lamego". (DMP nº 110 de 12/07/1130.
Mediante esta doação Parada teve o estatuto de "Honra".
Em 1090 D. Trastamiro Moniz (filho de D. Múnio/Monio Viegas e de D. Unisco e
neto de D. Toda Ermigues inicialmente referida e do 1º marido D. Egas Moniz,
o Gasco) doa ao mosteiro de Alpendurada propriedades várias, entre as quais
a " villa Salla" (Sá, em Santa Maria de Sardoura) e outras em "Petaurito"
(Pedorido).
"In villa Sala mea IIII (quarta) integra". (idem, doc. 743 de 1090).
Em 1107 a vila de Sordoirinha volta a mudar de mãos, desta vez para o
mosteiro de Alpendurada, mercê de doação feita por D. Ermesinda
Trastatamires (filha de D. Trastamiro Moniz)
Caro Vasco gostaria de conhecer também o seu amigo dr. António Viana Pinheiro, que se interessa pelos Azevedos.
Se quiserem encontrar-se comigo em Castelo de Paiva no Domingo ou Segunda, começarei já a tratar dos “detalhes”, qualquer amigo amais será sempre bem recebido. Com tempo poderei encomendar uma lampreia por exemplo...
Os meus contactos são 917 508 316 ou 965 783 908 ou jacoutinhoarrobasapo.pt
Um abraço,
José de Azevedo Coutinho
Bombarral, 2003-02-24
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
Ex.mo Senhor
José de Azevedo Coutinho
Podia se faz favor dizer qual a editora da Monografia de Castelo de Paiva?
Desde já agradeço a informação
Cumprimentos
Maria
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
Caro Zé
Belas, e significativas, transcrições. Podes-me indicar, por favor, o local onde comprastes a Monografia?
Grande abraço
Artur
P.S. Não te esqueças do almoço no Clube de Tiro, no próximo sábado.
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
Exma Senhora Dª Maria
Castelo de Paiva, Terras ao Léu de Guido de Monterey.
Edição da Babel.
Distribuidores de Obras Literárias.
Largo Soares dos Reis, 22 – 2º Frente.
4300 Porto
Este autor tem várias obras, nomeadamente:
Lamego, Cinfães, Foz do Douro, Porto. Tem obras também, sobre a Madeira e os Açores,
Como referi, não é de forma nenhuma uma monografia exaustiva, antes pelo contrário.
Boas leituras,
José de Azevedo Coutinho
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
Caro José de Azevedo Coutinho,
Conheço há já alguns anos a obra deste "Guido de Monterey", cujo verdadeiro nome ora me escapa, e que penso ser natural de Cinfães. Embora um pouco dado à hipérbole, tem contudo o mérito de ter metido ombros a inúmeras obras sobre os concelhos que refere, a par de colaboração no jornal "Miradouro" de Cinfães. Pude recentemente ler nesse jornal uma crítica ao seu rigor genealógico, da autoria de um conhecido genealogista, pelo que nesse campo deverá o seu trabalho ser talvez olhado com alguma prudência.
Os meus cumprimentos
Alexandre Burmester
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
Meu Caro José de Azevedo Coutinho
estive ausente e não vi este tópico atempadamente.
Depois do seu telefonema tentei contactar o Dr António Viana Pinheiro e só hoje consegui.
Disse não estar disponível para uma deslocação fora do Porto até fins de Março,por afazeres profissionais. Por coincidencia ,a mim tambem não me é possível saír do Porto nestes dias.
Assim não será possível ir mos a Castelo de Paiva na data que menciona, o que lamentamos.
Creio que poderá ficar o encontro para as férias da Páscoa ou posteriormente. Que lhe parece? Teríamos até melhor tempo.
De qq modo telefono-lhe hoje à noite.
Um abraço
Vasco
Porto
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
Caro José de Azevedo Coutinho
Queira desculpar-me, mas por se me ter avariado o PC só agora me foi possível responder-lhe.
Muito agradeço as suas palavras e as informações sobre a monografia de Castelo de Paiva, região que, para além da sua singular beleza natural, detém sem dúvida um riquíssimo historial, tendo vastas partes do seu território pertencido a alguns dos mais antigos conventos portugueses.
Gostaria também de lhe pedir que agradecesse ao Exmo. Proprietário da quinta das Fontaínhas o seu amável convite e lhe transmitisse os meus melhores cumprimentos, mas, em princípio, só a partir da Páscoa me será possível sair de Coimbra. O facto de o mesmo descender da casa do Pedregal significa que ainda somos parentes em grau não muito distante, o que, pela parte que me toca, constitui uma razão acrescida para que a ambicionada visita às Terras de Paiva se concretize.
Aproveito para recordar que se me forem indicados os nomes de anteriores donos da quinta ou de qualquer instituição de que a mesma fosse foreira, poderei tentar obter outros dados que permitam reconstituir um pouco da história dessa secular propriedade.
Por último, ficar-lhe-ia muito grato se me pudesse dar alguma notícia sobre a quinta do Barral, pois nem sequer sei se tal designação ainda se mantém.
Um abraço e até breve
Miguel Mora
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
Caro Miguel Mora,
A Quinta e Casa do Barral ainda existem e foram compradas por Teófilo Maria de Seabra (1892-1982),director da Casa do Douro, Presidente da Câmara Municipal de Castelo de Paiva (1965-1974), administrador da Real Companhia Velha,sogro de minha prima co-irmã Maria da Anunciação de Bacelar Moniz Barreto de Seabra. Hoje pertence a suas filhas Maria José Maria Teresa Correia da Silva de Seabra.
Melhores cumprimentos,
José Huet de Bacelar
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
Caro Miguel Mora
Mais uma vez o incomodo com uma pergunta.Aparecem vários Àlvares na sua família,de Castelo de Paiva,Sardoura.Tem dados sobre eles?Desde já agradeço qualquer informação.
Maria
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
Caro Miguel Mora,
Julgo que deve possuir bastantes elementos sobre os Correias da Quinta do Pedregal, por isso gostaria que me informasse se deles consta um Manuel Correia da Rocha Guimarães, nasc. por 1840, filho de Luís Correia da Rocha Guimarães e de sua mulher D. Josefa Benedita.
Nada mais sei, apenas que pertencia à família dos senhores da Quinta do Pedregal, por ser voz corrente na família de minha sogra (Maria Natália Guedes de Oliveira Tavares Cabral Campello), de quem o referido Manuel Correia da Rocha Guimarães era bisavô.
Melhores cumprimentos,
José Huet de Bacelar
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
Caro José Huet de Bacelar
Agradeço imenso a sua informação, pois, na verdade, tenho um carinho muito especial pela quinta e casa do Barral, berço e morada de antepassados meus durante pelo menos três séculos e meio.
Gostaria muito de a poder visitar, e, assim que conseguir reunir alguns elementos que ainda me faltam, terei todo o gosto em facultar às actuais Proprietárias tudo aquilo que já fui capaz de reconstituir do seu longo historial.
Outra das famílias a que tenho dedicado alguma atenção é a dos Foios da Ameixoeira . De um dos seus membros, chamado António de Foios de Sousa, foi 1.ª mulher D. Maria Antónia Willoughby Huet Sotomaior, filha de Gonçalo Francisco da Costa Sotomaior - irmão de Duarte Cláudio Huet Sotomaior, que julgo ser seu antepassado - e de sua mulher D. Maria Inácia Willoughby (Felgueiras Gayo, tt.º de Bacelares, § 3, n.º 17). Tiveram pelo menos dois filhos, sucessivamente administradores dos vínculos da capela de St.º António da Ameixoeira, do instituído por sua tia D. Joana Maria de Sousa e Foios e do da quinta quinta de Aldeia Rica, em Vila Nogueira de Azeitão, a saber: António José de Foios de Sousa Pais (ou António José de Foios e Sousa Sotomaior), que deve ter falecido s.g., e José Joaquim de Foios Sotomaior, que foi casado com D. Genoveva Rosa Cabral de Quadros, administradora do vínculo instituído pelo Desembargador Julião de Campos Barreto, e filha de António Cabral de Quadros da Silveira Frade Cabeças, F.C.R., e de sua mulher D. Inácia Maria Coutinho de Vasconcelos da Cunha e Eça. José Joaquim de Foios e D. Genoveva Rosa tiveram apenas um filho (ou então seria o único sobrevivente), de seu nome Bernardo José de Foios Cabral, casado com D. Gertrudes Rita de Foios, s.g., que nos anos “20” do séc. XIX viria a denunciar como vagas as capelas que seu marido havia administrado.
João Villaverde Cotrim, no final do seu estudo intitulado “Gomes Eanes de Freitas, um inventor do Séc. XV” ("Raízes e Memórias", 14, Lisboa, 1998, p. 215), nomeia ainda uma filha de D. Maria Antónia Willoughby Huet Sotomaior, chamada D. Francisca Margarida de Foios; se bem que, nesse mesmo artigo, esteja errada a filiação de António de Foios de Sousa.
Como gostava de completar um pouco as informações que possuo, não sei se me poderá indicar alguma obra onde venha tratada a família Huet.
Grato pela atenção dispensada, despeço-me com os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
Cara Senhora D. Maria
Posso-lhe garantir que as suas solicitações não constituem qualquer incómodo.
A respeito de detentores do apelido em questão, o único de que tenho conhecimento - e apenas através dos “Carvalhos de Basto” - é o referido Tabelião António Álvares, que foi casado com Inácia Barbosa (III), com geração na casa de Vila Verde, em S. Vicente do Pinheiro.
Nas notas que extraí dos livros paroquiais de St.ª Maria de Sardoura, encontro dois assentos onde aparece o apelido Alves, a saber:
“Em os 8 dias do mes de fevr.º de 633 annos receby em face da igreia a m.el barboza f.º que foy de antonio alves de midois da freg.ª da raiva com m.ª barreiros filha que foy de sebastião barboza da seixinha e ora meus freguezes estando presente m.ta gente desta freg.ª dia, mes era ut supra.
L.ço vaz Campello”.
“Em os 12 de maio de 627 baptisou o p.e Carvalho da lama d.os f.º de m.ª f.ª de ant.º alves dos moinhos deu por pay domingos escravo de Jeronima aires do barral forão padrinhos João barboza e Joanna da Costa.
damião alves”
Apesar de ter interrompido a sua consulta há alguns meses, os respectivos microfilmes continuam à minha disposição no Centro de História da Família de Coimbra. Mas como antes de os entregar ainda pretendia revê-los, talvez então - se entretanto fizer o favor de me indicar as pessoas que mais lhe interessam - consiga obter novos dados.
Com os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
Caro Miguel Mora
Muito obrigada pela sua disponibilidade,mas trate-me apenas por Maria. estou interessada em saber ascendentes e outros familiares,irmãos e irmãs do Padre Àlvares que vem citado nos Carvalho de Bastos,não consigo encontrar,para lhe dizer o vol e pag.,mas julgo que é na Quinta do Barral e que deixa a sua fortuna julgo que a uma sobrinha.
Estou interessada nos Àlvares (que depois terão dado Alves?)Maria Àlvares que casou S.Maria da Sardoura com Jerónimo Oliveira em 1694(+-).
Vou ver se ainda consigo localizar o tal Padre e depois lhe direi.
Peço desculpa por estas imprecisões,mas estão arranjar os interfones do prédio e tem sido uma grande confusão.
Desde já agradeço com os meus cumprimentos
Maria
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
Interessante apanhá-lo em terras de Paiva que conheço desde o berço porque lá vivi desde 1946 quando cheguei ao Continente vindo dos Açores. Na esteira do comentário de José de Azevedo Coutinho aconselho a quem queira saber o que mais ninguém sabe das genealogias de Paiva, consultar o meu querido amigo Dr. José de Freitas Carvalho, Senhor da Casa do Côto em Sobrado de Paiva e que vive no Porto.
Um abraço,
João Bettencourt
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
Caro Miguel MoraDEpois da tempestade vem a bonança e com calma lá localizei o que pretendia e como de manhã foi de cabeça só "asneira".Nos carvalho de Basto,vol.I Casa do Pedregal.em Sta Maria da Sardoura,pag. 392 X. Maria Correia de Cerveira,filha de Gonçalo Barroso e de s.m. Maria Henriques,irmã do Mestre Simão Álvares,Vig. que foi da citada freguesia,onde faleceu com testamento 15.9.1618,nas notas de Paiva...
Estou interessada em saber de houve mais irmãos de Mestre Simão Álvares.
O casamento que pedi na anterior resposta mantém-se.Desde já agradeço qualquer informação
Com os cumprimentos
Maria
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
Caro José Huet de Bacelar
Queira desculpar, pois não reparei nesta sua mensagem quando ontem lhe respondi à informação sobre a quinta do Barral, que novamente agradeço.
Ao contrário do que possa parecer, o que sei sobre as gerações mais modernas da quinta do Pedregal é essencialmente aquilo que se encontra publicado nos “Carvalhos de Basto”, dado que a minha actividade genealógica se tem concentrado na investigação dos ramos que me eram totalmente desconhecidos. A escassa atenção dada a este costado, incidiu sobretudo na recolha de diverso material editado e uma ou outra informação dispersa, para além da tentativa de melhorar o conhecimento das ligações familiares ao nível dos sécs. XVI, XVII e XVIII.
Assim, lamento não possuir qualquer informação sobre os ascendentes da sua Sogra, do mesmo modo que não faço a menor ideia como é que o actual Proprietário da quinta das Fontaínhas (de apelidos Rocha Correia de Vasconcelos) descende da do Pedregal.
Parece-me, no entanto, que naquela publicação não foram tratadas todas as linhas de descendência desta casa, já que vários dos seus membros são ali contemplados com a sigla «s.m.n.».
Por exemplo, o Morgado Francisco Correia de Melo Osório Sarmento foi casado em primeiras núpcias com D. Maria Cândida da Rocha Corte Real, a qual, segundo o respectivo inventário orfanológico que consegui localizar no A.U.C. (onde é designada por D. Maria Cândida da Rocha Tavares), era filha de José Eduardo da Rocha Tavares Pereira Corte Real e de D. Ana Cândida, do Bairro de S. Tomé, em Ovar, vila onde a 15-IX-1815 viria a falecer. Tiveram dois filhos varões, um casado s.g. e outro c.g. extinta, e uma filha chamada D. Joana Carolina Correia de Melo, que à data da morte da mãe tinha 17 anos. Esta, apesar do «s.m.n.» e de uma cronologia algo apertada, poderia perfeitamente ser avó de Manuel Correia da Rocha Guimarães.
Seguramente outras hipóteses existirão, já que permanecem obscuras as circunstâncias pessoais de alguns dos 18 filhos do Morgado Francisco Correia de Araújo e de sua mulher D. Filipa Antónia de Lima e Melo, referenciados nos “Carvalhos de Basto” apenas pelas datas em que nasceram.
Como parte da documentação da comarca de Castelo de Paiva foi depositada no A.U.C., logo que possa tentarei ver se ali existe algum processo respeitante aos nomes que referiu - no entanto, para a busca ser mais completa, convinha que me indicasse o nome da mulher de Manuel Correia da Rocha Guimarães, bem como de eventuais irmãos ou tios do mesmo que possam ter frequentado a Universidade de Coimbra.
Com os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
Cara Maria
Eu é que tenho de lhe pedir desculpa por ontem me ter esquecido dos dados relativos ao Padre Simão Álvares. Como a sua mensagem vinha a seguir a uma que eu escrevera sobre os Barbosas do Barral, nem sequer me ocorreu espreitar a pasta onde guardo os elementos sobre a casa do Pedregal.
Apesar de a tomada de conhecimento dos “Carvalhos de Basto” ter tido um impacto decisivo no despertar da minha paixão pela Genealogia, não posso deixar de relembrar que nunca investiguei em profundidade estas gentes, tendo-me limitado essencialmente a recolher informação dispersa e a pesquisar de forma sumária os livros paroquiais mais antigos de St.ª Maria de Sardoura, tarefa em que privilegiei a recolha de dados respeitantes à casa do Barral.
Ainda assim, penso que a notícia do parentesco entre Maria Henriques e Simão Álvares se deve a Cristovão Alão de Morais, que os refere como irmãos no título a que chama “Barrozos huns” (“Pedatura Lusitana”, Tomo VII, vol. II, p. 197, n.º 3), mas onde nada adianta quanto ao nome dos pais.
Ignoro em absoluto se existiram outros irmãos, conhecendo apenas a lembrança das seis missas anuais que aquele Vigário de St.ª Maria de Sardoura deixou, constante da fl. 61 da secção de óbitos do Livro n.º 2 da mesma freguesia (B. 1664-1686, C. 1674-1690 e O. 1671-1693). Para facilitar a compreensão do texto, procedi na transcrição que se segue à actualização das maiúsculas nos nomes e topónimos, à separação de palavras indevidamente unidas e à substituição de alguns «ii» por «jj» e «uu» por «vv»; que tal é:
“Aos quinse dias do mes de desembro do anno de mil, e seis centos e outenta e hum me foi apresentado o testamento do Mestre Simã Alvres Vigario q. foi desta Igreja no qual está huã verba, cujo treslado he o seguinte Mais digo q. deixo a minha quinta de Paradella a minha sobrinha Maria como vem a saber as duas partes dos fructos e a outra parte a minha Ama Maria Gonsalves, avendo respeito aos muitos servissos, q. me tem feitos neste mundo por passar de trinta annos q. me sempre servio e por falecimento da dita Maria Gonsalves ficaria livremente toda a Maria Correa com tal condissam q. ellas ambas seram obrigadas a me mandarem diser seis missas nesta Igreja de Sardoura, como vem a saber a Maria Correa quatro, Maria Gonsalves duas e isto em cada hum anno pera sempre nos outo dias em q. eu falecer, esta quinta pessue hoje Maria Correa, a qual consta de casas de sobrado e terreas q. estam no meo da quinta, e consta de olivais, campos e arvores de vinho, q. partem do nacente pella estrada com terras dos moradores de Fundo de Villa, e do poente com terras dos moradores de Paradella, e parte do norte com o casal de Figueiredo , e do sul com o olival de Bertholameu Carvalho, q. toda esta quinta conforme me informei podera render cada anno livres quarenta mil reis e muito mais por ser herdade disimo a Deus, esta herdade digo esta quinta obrigada as seis missas, pessue hoje Maria Correa e se obriga, por si e seos sucessores, a pagarem as ditas seis missas, e me requereo lhe fisesse este assento no livro dos obitos, e por ser molher e nã saber assinar assinou por ella o P.e Francisco Correa de Araujo seu sobrinho hoje 15 de desembro do anno de mil e seis centos e outenta e hum.
M.el Bras Bernardes
Fran.co Correa de Araujo”
Atendendo ao facto de a Maria Correia que então possuía a quinta ter casado com o Ldo. Júlio de Magalhães, a 8-XI-1649, não posso concordar com a afirmação de que teria sido esta a herdeira do Mestre Simão Álvares. Na verdade, se o mesmo tiver realmente falecido em 1618, esta sobrinha-neta poderia ainda nem sequer ser nascida, ou, em caso contrário, dada a sua tenra idade, não deixaria de ser designada como «Maria, filha de minha sobrinha Maria Correia». Sendo assim, creio que aquele Vigário de St.ª Maria de Sardoura se referia à mãe e não à filha homónima.
Dentro de algum tempo, mas nunca antes da Páscoa, gostaria de passar em revista alguma documentação de Paço de Sousa existente no A.U.C., e nessa e noutras ocasiões não deixarei de ter presente o casal que me indicou, cujo casamento também tentarei localizar nos microfilmes já referidos.
Com os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
Caro João Bettencourt
Muito obrigado pela sua informação.
Depois darei notícias dos Celas/Selas.
Um abraço
Miguel Mora
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
Caro Miguel Mora,
Apesar de já terem passado quase quatro anos, só agora descobri este seu tópico e, lamentavelmente, não venho ajuda-lo, mas sim importuna-lo.
Descendo de Manuel Freire de Andrade, proprietário dos ofícios de escrivão do público, judicial e notas do extinto concelho de Alvarenga (hoje freguesia do concelho de Arouca) e de sua mulher Clara de Andrade Corte-Real. Felgueiras Gaio, no TT de Freires de Andrade, dá-o como natural de S. Baptista de Ruiva, sem mais.
Como tenho cópia da mercê dos referidos ofícios, sei que este Manuel Freire de Andrade os recebe em 1695, com 16 anos, por falecimento de seu pai, Manuel de Andrade Pinto "... que os havia servido por mais de vinte anos...".
Infelizmente, a carta de mercê não menciona a naturalidade dos agraciados. Daí eu usar da minha intuição e, à inexistencia de uma freguesia chamada S. Baptista de Ruiva, ter concluido por S. João Baptista de Raiva, sem qualquer prova ou indicação que assim seja, a não ser a minha intuição e dedução (lógica?).
O meu caro confrade, por acaso, alguma vez se cruzou com estes nomes nas suas pesquisas? Sei que os dados são parcos, mas é o que, de momento, disponho. Qualquer ajuda neste caso é preciosa e agradeço de antemão.
Melhores cumprimentos,
Maurício Pereira Pinto
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
Caro Miguel Mora,
Mais uns personagens. Peço a sua atenção para os padrinhos dos assentos abaixo transcritos. Se, por acso, tiver indormações sobre estas pessoas, agradeço vivamente:
Francisco Augusto, nascido a 6-9-1830, filho de António Augusto Ferreira Pinto (filho de António Luís Mendes Soares Ferreira Pinto, Capitão-Mor de Alvarenga) e D. Rosa Augusta de Almeida Pinto (natural da Pontinha, Ferreiros de Tendais). Foram padrinhos Francisco de Avis(?) da Silva, Capitão-Mor de Raiva e sua mulher, D. Matilde Júlia Ferreira Pinto.
José, nascido a 13-5-1832, filho de João de Almeida Pinto (natural da Pontinha, Ferreiros de Tendais, irmão da atrás referida D. Rosa Augusta de Almeida Pinto) e de D. Maria Delfina Soares Ferreira Pinto, filha de António Luís Mendes Soares Ferreira Pinto, Capitão-Mor de Alvarenga. Foi madrinha D. Custódia Delfina Pereira de Vasconcelos, da Quinta de Vila Verde, natural de Alvarenga.
Jerónimo, nascido a 7-9-1835, filho de José Joaquim Valente de Andrade e D. Rosa Efigénia Silveira de Andrade. Foram padrinhos João Pinto Leite, da cidade do Porto e D. Joana Bernardina de S. José Pereira Pinto Monterroio (?), moradora na sua Quinta de Ruivais (?), freguesia de Sinfães.
Melhores cumprimentos,
Maurício Pereira Pinto
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
Caro José de Azevedo Coutinho,
Posso pedir-lhe o favor de dar uma vista de olhos a duas mensagens que deixei neste mesmo tópico a 18-12-2006? Dizem respeito a antepassados meus da zona de Castelo de Paiva que me têm dado alguma "dor de cabeça". Sei que já passaram uns anos desde o início do tópico, mas qualquer ajuda é mais que bem vinda.
Melhores cumprimentos,
Maurício Pereira Pinto
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
Caro Miguel Mora,
Por acaso sabe como a quinta do Bucheiro em S. Pedro de Celeirós entrou na família Pinheiro de Azevedo Leite?
Cumprimentos,
AMGuedes
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
Caro Vasco Briteiros,
Por acaso sabe como a quinta do Bucheiro em S. Pedro de Celeirós entrou na família Pinheiro de Azevedo Leite?
Cumprimentos,
AMGuedes
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
Caro AMGuedes
Não tenho possibilidade de lhe obter essa informação antes de Agosto p.f.
Cumprimentos
vbriteiros
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=198694
ReplyDirect link:
RE: Famílias de Castelo de Paiva
Caro Miguel Mora
será que tem alguma coisa sobre os Aranhas, do solar de Nojões (Castelo de Paiva)?
os melhores cumprimentos
Óscar Caeiro Pinto
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
Caro Óscar Caeiro Pinto
Lamento, mas não tenho nada sobre a família em questão.
Eu nunca fiz grandes pesquisas sobre Castelo de Paiva, tendo-me limitado mais a recolher elementos dispersos em algumas publicações e que pontualmente me foram surgindo quando andava noutras andanças.
Com os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Famílias de Castelo de Paiva
Prezado Miguel Mora,
Eu gostaria de reconectar com voce sobre os Reimoes de Sardoura.
Meu Antepassado, Manuel Reimao de Aguiar (nascido entre 1670 e 1700), era padre na igreja de Sao Martinho de Sardoura no 1720's. Ele era natural da Quinta de Casal Perro em Sao Martinho de Sardoura. Ele era "desposa com" Maria da Silva, natural de Vila Verde, Sardoura.
Tiveram um filho: Manuel Reimao nascido entre 1712 e 1720 em Sardoura. E ele casou em 31 Augusto 1741 em Sardoura com Maria Nunes, filha de Pascoal da Costa (natural de Sobrado e filho de Manuel da Costa e Clara Barbosa) e Maria Nunes (natural de Sardoura e filha de Bartlomeu Fernandes e Maria Nunes).
Manuel Reimao e Maria Nunes tiveram tres criancas: Maria Nunes (Junho 1752), Vicente Reimao (Janeiro 1750), Francisco Reimao (Julho 1744) e Manuel Reimao, Novo (Janeiro 1748). Os padrinhos de Vicente eram um Padre Joao Carlos de Melo e seu irma D. Clara do Pedregal. Os padrinhos de Manuel Reimao, Novo eram Reverendo Abade de Sao Pedro de Abolas? (eu acho e "Cova"), Rodrigo Soares de Sa.
Eu acho que meus antepassados Reimoes sao dos Barbosas Reimoes da Casa do Barral em Sardoura...talvez do Francisco Barbosa Reimao (filho de Francisco Barbosa (Reimao) e Jeronima Aires).
Voce encontrou alguma informacao nova?
Com os melhores cumprimentos,
Miguel Rocha Labrego
mlabrego@english.upenn.edu
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Famílias de Castelo de Paiva
Caro Confrade Miguel Mora.
Temos um antepassado comum: o capitão-mor de Ovar Francisco Barbosa da Cunha e Melo, pai do José Manuel casado na quinta do Pedregal. Pergunto-me se nestes anos passados desde o lançamento deste tópico, já terá encontrado algum material, além do aqui já referido, capaz de responder de forma mais "científica" às nossas raízes "Barbosa"?
Os melhores cumprimentos,
António Pedro Sottomayor
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Famílias de Castelo de Paiva
Bom dia meus senhores,
Sou novo por estas andanças.
Desde que o meu avó faleceu despertou-se em mim algum interesse pela história de Carcavelos, Santa Maria de Sardoura de Gondarém assim com de Midões, pois pretendo fazer uma tese para a faculdade sobre estas aldeias.
Tenho em posse neste momento um documento de títulos de acções da Companhia Portugueza das Minas de Gondarém datado de 1881 assinado pelo Conde de Cabral assim como do Conde da Foz e um engenheiro de minas João Baptista Shiappa de Azevedo com um carimbo desta "empresa" alemã https://en.wikipedia.org/wiki/Glück_auf. À partida toda esta nova era mineira de Castelo de Paiva até Gondomar terá começado em Gondarém, é a minha teoria pelo ano que o documento apresenta, que faria todo sentido.
Sobre a minha família não tenho muito conhecimento sei no entanto que o meu bisavó se chamava Constantino Baptista da Rocha e Sousa e o meu tetra avó Chrispim Ferreira da Conceição, a minha avó Branca Vieira de Matos de Gondarém e da Portela de Sá. Eu vivo em Carcavelos.
Sei que existe o cruzeiro de Carcavelos na Adep de Castelo de Paiva, onde esse ganhou pernas. Será que ao Marmoiral de Sobrado lhe aconteceu o mesmo? Tudo é questionável.
Contudo sei também que a minha Bisavó era uma Frolim mas que muito pouco sei, o pouco que sei é que tinha posses na altura. Também estámos ligados aos Matos de Gondarém.
Deixo algumas informações que acho podem ter algum relacionamento com estas aldeias assim como a região ribeirinha de Castelo de Paiva.
Se alguém souber de alguma coisa que me possa ajudar e acrescentar ficaria grato.
E peço desculpa pois estou apenas a começar a minha investigação.
https://www.heraldrysinstitute.com/lang/pt/cognomi/Flory/France/idc/680142
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jácome_Ratton
Gondarém, na Foz do Douro, é mais uma recordação toponímica dos povos germânicos ao norte do Douro, embora deva datar só do repovoamento cristão, nos séculos IX e X. Gondarém, segundo o Prof. J. Piel, compõe-se de dois étimos, «gund» que significa batalha, e «rimis» descanso. Gondarém seria portanto «descanso na batalha». Outros filósofos identificam o rem com rei, genitivos de redus = conselho. O topónimo é vulgar: repete-se em terras de Guimarães, Cabeceiras de Basto, Castelo de Paiva, Santo Tirso, Vila Nova de Cerveira. Um documento setecentista, que indica os limites do couto de S. João da Foz, diz que este começava «na ponte da praia, junto ao mar, que fica por baixo do Castelo», e daí seguindo sempre pela beira-mar, «vai continuando até um lugar que chamam Gondarém...» - «...que parte pelo ribeiro de Gondarém...», diz-se noutro lugar. ("Toponímia Portuense" de Andrea da Cunha e Freitas)
Deixo uma outra curiosidade, existe uma quinta em linhares junto ao douro, que também pertence à família por onde dizem que passou Camilo de Castelo Branco. Ainda não tive oportunidade de arranjar dados científicos para comprovar.
Com os melhores cumprimentos,
Manuel Baptista
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Caro Miguel Mora,
Sabe por acaso alguma coisa sobre uma Jerónimo de Araújo e Macedo, f. a 28.10.1736 em Raiva, casado com Joana Luísa Pimentel ?
Agradeço antecipadamente
Com os melhores cumprimentos
Tiago Faro Pedroso
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