RE: Duplo patronímico
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Famílias de Medelim
Caros Confrades
Pretendia localizar eventuais descendentes de José Joaquim Ferreira Capelo, natural de Idanha-a-Nova, e de sua mulher D. Antónia Freire de Andrade, cuja naturalidade desconheço, sabendo apenas que era filha, provavelmente ilegítima, de António Freire de Andrade, sargento-mor do distrito de Monsanto e capitão-mor de Medelim, e de Angélica Maria Caldeira, natural de Alcafozes.
José Joaquim e D. Antónia residiram em Medelim, onde viriam a nascer as suas três filhas:
-D. Maria Freire de Andrade, que casou a 29-VIII-1813 com Pedro José Maurício de Avelar, também natural de Medelim, c.g.
-D. Ana Máxima Freire Capelo, que casou a 5-VI-1823 com José Lopes da Silva, natural da Zebreira e viúvo de D. Maria Ana Joaquina de Oliveira, c.g.
-D. D. Maria Brízida Freire Capelo, que casou a 18-II-1830 com Tomás Joaquim de Novais, que julgo ser natural de Monsanto, c.g.
Grato por qualquer informação que me possa vir a ser dispensada
Miguel Mora
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RE: Famílias de Medelim
Caro Confrade Miguel Mora:
Um quarto-avô da minha Mulher, José António Maurício de Avelar (n. 11/11/1813, b. 23 em Medelim), era afilhado de Pedro José Maurício de Avelar, seu tio paterno, e de D. Maria Freire de Andrade mulher deste; José Joaquim Ferreira Capelo foi também testemunha deste baptismo. Tenho bastantes elementos acerca da ascendência destes Avelares e alguns quanto à descendência do supra-citado José António (através dos Pires Marques de Medelim, de quem descende a minha Mulher através da Avó materna), mas infelizmente nada posso adiantar quanto à descendência de D. Maria Freire de Andrade e de seu marido.
Por outro lado, também procuro completar os elementos de que disponho acerca da referida ascendência daqueles Avelares (e mais geralmente dos Pires Marques seus descendentes), que entroncam num André Gonçalves de Avelar, Tenente de cavalos e natural de Vila Rala, Sta. Iria de Azóia, Loures, Lisboa, sendo filho de João Gonçalves e Maria Francisca e afilhado do Padre André de Avellar (b. 8/9/1683). O referido Tenente casou em Medelim a 14/5/1714 com Maria Ferrôa (ou Nunes), filha de Manuel João Verdoso e Maria Nunes, mas não está esclarecida a origem do apelido “Avellar”, a menos que provenha apenas do padrinho (na maior parte dos casos em que me tenho deparado com esta supostas adopções de apelidos de padrinhos tenho tido oportunidade de confirmar que existia parentesco entre padrinho e afilhado, sendo o apelido de algum ascendente comum, pelo que me parece que não se deve dar por encerrada a questão pelo facto de se encontrar uma situação como esta...). Outra família aliada a estes Avelares é a dos Furtados de Mendonça de Monsanto, relativamente à qual também se me levantam diversas interrogações. Se houver alguém interessado nestes temas genealógicos e que pretenda trocar informações, terei o maior gosto.
Com os melhores cumprimentos,
António Bivar
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RE: Famílias de Medelim
Caro António Bivar
Esses " do Avelar", não devem andar muito longe dos de São Vicente da Beira. Estes ligaram-se aos Carvalho e Távora e Leitões, em SVB e Castelo Novo. Deles, o L.do António do Avelar Leitão, teve um processo de ordenação em 1623. Foram de Óbidos para São Vicente da Beira, e talvez daqui para outras povoações da Beira Baixa.
Sobre os Furtado de Mendonça, tem a ligação deles com os Andrade?
Cordiais cumprimentos
Manuel da Silva Rolão
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RE: Famílias de Medelim
Caro Confrade e "Primo" António Bivar
Não posso deixar de lhe agradecer a sua pronta e simpática resposta, e de lhe manifestar o grande prazer que sempre me proporciona a descoberta de novos familiares.
A razão de ser do tópico que iniciei prende-se essencialmente com a localização de parentes, pois sou quarto neto dos referidos Pedro José Maurício de Avelar e D. Maria Freire de Andrade, através de uma das suas filhas, também chamada D. Maria Freire de Andrade, que casou em Medelim com Domingos da Cunha, natural da Zebreira, filho de Joaquim da Cunha, da Zebreira, e de Leonor Cajado, que nascera em Idanha-a-Nova.
Dificuldades económicas terão levado quatro das cinco filhas deste casal a tirar o curso do Magistério Primário, tendo a segunda, a minha bisavó D. Maria Emília Freire de Andrade da Cunha, sido colocada na então vila de Pombal, onde durante muitos anos regeu o ensino primário feminino e viria a casar com Francisco Dias Mora, comerciante, natural de Penhascoso, concelho de Mação, nascendo desta união três filhos: Mário, Amadeu e Emílio.
O do meio é o meu avô paterno, Amadeu da Cunha Mora, que foi médico municipal em Pombal e aí se recebeu com D. Elvira Osório do Amaral e Sousa Pinto, também pombalense, estando a respectiva descendência publicada nos "Carvalhos de Basto" (Cap. II, §-25.º/b) e nos "Amaraes Osórios" (§11 e §12).
No entanto, a morte precoce da minha bisavó em 13-III-1921 - nenhum dos próprios netos a chegou a conhecer -, aliada ao facto de os meus avós se terem divorciado em 1958, após o que o meu avô voltou a casar e foi viver para o Brasil; tudo isso fez com que o meu conhecimento deste ramo da família fosse praticamente nulo.
Mas como tinha vontade de desbravar esta ascendência, da qual à partida tinha pouco mais do que umas breves notas que o meu avô publicara num livro de memórias, comecei a pesquisar nos livros paroquiais, que depressa me remeteram para a freguesia de Medelim.
Não sei se se tratava de uma intuição premonitória, a verdade é que, através do Centro de História da Família de Coimbra, cidade onde vivo, acabei por requisitar os microfilmes respeitantes a Medelim, que penso ter examinado com algum cuidado. Contudo, esta pesquisa viria a ser suspensa por entretanto ter encetado uma vasta investigação sobre os Botelhos de Pombal, mas, como padeço do defeito de me não conseguir concentrar exclusivamente sobre uma linha, acabo por me distrair de vez em quando, até porque não é fácil ignorar o que a tecnologia actualmente nos oferece.
Relativamente à família Avelar, também não consegui avançar para além da identificação dos pais do Tenente André Gonçalves de Avelar, Já quanto aos Andrades, posso avançar que não são originários de Medelim, freguesia para onde se terão deslocado em razão do parentesco que tinham com o Prior Manuel Freire de Andrade - entretanto, esta linha dos Andrades assumiu para mim uma enorme importância, dado que traduz a existência de consanguinidade entre os meus avós paternos.
Assim, e para não alongar demasiado esta agradável troca de informações, vou proceder à sistematização dos dados de que disponho, nomeadamente sobre os Avelares, e enviar-lhos o mais rapidamente possível.
Finalmente, gostaria ainda de lhe pedir se me pode confirmar a ascendência de José António Maurício de Avelar, que creio seja filho de António Maurício de Avelar, "o Novo", e de sua mulher Antónia Maria Verdoso, "a Nova", que se receberam em Medelim, a 20-I-1813.
Grato pela atenção dispensada, despeço-me com os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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Leitão, de Castelo Novo
Caro Manuel da Silva Rolão
Suponho que estes Leitão de Castelo Novo que refere sejam os construtores/proprietários originais da mais bonita casa da aldeia, em frente da minha, casa filipina que depois foi da viscondessa de Trancoso no sc. XIX, e agora é da família Falcão? Sempre tive curiosidade de saber mais a respeito desses Leitão, embora não hajam connosco quaisquer laços familiares conhecidos, e de repente lembrei-me que talvez me soubesse adiantar mais alguma coisa do que o que lá está escrito gravado na pedra da fachada esquinada.
Melhores cumprimentos
Alexandre Tavares Festas
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Tomada de Apelido dos Padrinhos
Caro António Bivar
Suponho que estou a falar com António Bivar da Emissora e da UER, o pai da Filipa e da Leonor, muito bom amigo da minha Tia Maria Joaquina Roquette, snme, e de minha Mãe? Se assim é, aqui lhe envio um grande abraço. Passei depois desses anos a estar anualmente do outro lado da ria de Alvor, mas nunca a contemplo sem me lembrar dos tempos em que a atravessava pela maré vaza montando a temível e traiçoeira burra Jacinta da sua filha Filipa, que o António mandava com outras ao Alvor para nos levar para a Mexilhoeira Grande passar o dia. Penso que a quinta ainda não tinha também electricidade, como em C. Novo. Pode se quiser escrever-me para o atavaresfestas arroba hotmail ponto com para me dar o prazer de recordar melhor consigo esses bons tempos e ter notícias vossas actualizadas.
Esta sua informação sobre a tomada de apelido dos padrinhos interessou-me, pois embora seja formado em História cheguei só há um ano a estas lides genealógicas para um trabalho que trago em mãos sobre a minha família e enquadramento do seu nascimento e evolução. Topei justamente agora em Coimbra com um 6º Avô padre numa das linhas Tavares, Pe. Lourenço Martins Tavares, Prior de Pala, afilhado de outro Pe. Lourenço Martins Tavares, ou Pe. Lourenço Tavares Varella, da Colmeosa. Os pais e avós do baptizado não são referidos Tavares. Mas a confirmar-se o que o António nos ensina, porque não usariam o apelido os pais ou mães ou avós dos baptizados? A minha sensação é que a partir da constituição de património para tomada de ordens (neste sc. XVII pelo menos) outorgava-se aos candidatos ao clero uma "melhor identificação", ou "mais cuidada identificação", que não achariam necessaria para os leigos, para quem chegariam os nomes próprios e patronímicos. Mas posso estar enganado... de facto, ainda não cheguei a uma conclusão, pois se uma bastardia pode ser motivo suficiente para colocar por algumas gerações no limbo um sobrenome que mais tarde reaparece, não me é ainda evidente por que aos não eclesiásticos os padres redactores se não dariam a pena de mencionar um apelido principal, caso estivesse em uso. No entanto, a Mãe deste 6º Avô é Maria Lourença, filha de outro Lourenço Martins (Tavares?). Talvez que a resposta seja que, assim como se vestiam endomingadamente para a ida à missa, usavam esses sobrenomes mais solenes que o patronimico apenas em raras ocasiões especiais, como uma ordenação ou qualquer papel oficial. Outro aspecto a ter em conta é que nalguns lugares so os homens levavam apelido, e as mulheres eram limitadas ao uso de nomes próprios.
Um abraço
Alexandre
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RE: Tomada de Apelido dos Padrinhos
Aditamento: Falhou aqui no corta e cola a frase final: "Mas isso não quer dizer que elas, as mulheres, não tivessem sobrenome, parece-me, como às vezes se vem a descobrir depois em documentação à margem da paroquial.". ATF
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RE: Famílias de Medelim
Caro Miguel Mora
1.Pergunta indiscreta:Qual a sua relação com os médicos Damas Mora?
2.Tenho "algures"num dos meus ficheiros uma senhora D.Maria Freire de Andrade,mas de Leomil ou de Almeida.Quando dispuzer,(encontrar,pois não estão informatizados) desses elementos ponho-lhes à sua disposição aqui no GP
Cumprimentos
Maria
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RE: Tomada de Apelido dos Padrinhos
Caro Alexandre:
Infelizmente, tenho de lhe dar uma triste notícia; o António Bivar da Emissora, filho do Tio Manuel Bivar e da Tia Maria Emília, meu parcialmente homónimo e primo, já morreu há alguns anos, assim como a Leonor (ainda antes do Pai, num desastre de automóvel). Apesar do nosso parentesco já ser afastado, sempre houve uma forte amizade entre as duas famílias e as coincidências de nomes e apelidos levaram a diversos episódios divertidos ao longo de diversas gerações (para além de sermos os dois Antónios, o meu Pai e o Pai do António eram ambos conhecidos por Manuel Bivar, ambos engenheiros e os dois primeiros e dois últimos nomes oficiais do Tio Manuel Bivar eram "António Manuel de Bivar Weinholtz", como os meus; o avô do António chamava-se Jerónimo Weinholtz de Bivar, e um tio-avô meu Jerónimo de Bivar Weinholtz). Mando-lhe depois um e-mail directo, pois estas questões talvez não interessem muito ao fórum (apenas achei conveniente esclarecer a troca de identidades).
Quanto à questão das adopções de nomes por padrinhos, o meu conhecimento é meramente empírico; no entanto a opinião de alguns especialistas que tenho ouvido (espero não cometer uma indiscrição ao citar, por exemplo, o Prof. Luís de Mello Vaz de São Payo) também vai no sentido de não considerar como prática corrente essa adopção, salvo no caso de escravos (referidos com os apelidos do senhores em assentos de casamento, por exemplo), convertidos (em Timor ainda há poucos anos me referiram exemplos desses) e, como pude directamentre constatar numa freguesia de Setúbal, expostos (nessa freguesia, durante alguns anos eram todos baptizados com o apelido "de Sousa"). Por outro lado encontrei casos em que, numa primeira fase, atribui o apelido ao padrinho, e depois constatei que vinha pelo sangue; alguns exemplos:
- Uma D. Maria Veneranda de Sousa Prado, filha de um André Ferreira da Rocha e de uma Jacinta Antónia Peres é neta materna de um António de Sousa Prado e de uma Isabel Felícia da Palma; julguei numa primeira fase que o apelido lhe provinha de um Padre Ângelo José de Sousa Prado que aparece a testemunhar já não me lembro que acto relacionado com a referida senhora e que supus poder ser seu padrinho (afinal era parente próximo). Note-se que tanto D. Maria Veneranda como a mãe não usam nenhum apelido dos respectivos pais! o Peres vem da avó paterna de Jacinta que se chamava Ângela Peres Estrada.
- Um Francisco Pereira de Mattos é filho de um António Pereira da Silva e de uma Maria da Conceição, mas um padre de apelido Mattos é padrinho de baptismo; mais tarde descobri que a avó materna era filha de um Cristóvão de Mattos.
Por outro lado, encontrei um caso em que parece haver de facto adopção, mas com manutenção do apelido familiar; um Dionísio Ferreira da Fonseca herda o "Fonseca" do pai, mas é afilhado de um Dionísio Ferreira. Até agora não encontrei nenhum ascendente Ferreira; parece ser antes uma adpoção dos dois nomes como nomes próprios, prática corrente nos Estados Unidos, pelo menos no século XIX, como também pude constatar.
Enfim, talvez este assunto devesse constituir um novo tópico...
Um abraço,
António Bivar
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RE: Famílias de Medelim
Caro Confrade Miguel Mora:
O "meu" José António Maurício de Avelar (ou d'Avellar Maurício) é o que casou a 30/1/1837, em Medelim, com Ana Marques (filha de José Marques Neto e Maria Marques Robala); ele era filho de João António Baptista Maurício de Avellar e de Rita Maria de Mendonça, de Monsanto, sua prima terceira, tendo sido baptizado a 23/11/1813 (nascido a 11). João António era filho de António Maurício de Avellar, casado com Teresa Baptista de Jesus, do Alcaide. O António Maurício de Avellar "o novo", seria também filho deste casal, e como tal tio (e não pai) de José António?
Aquele José António teve uma filha, Maria Maurícia, casada com José Pires Marques, sendo estes pais de Vítor Pires Marques (depois chamado Vítor Pires Franco), pai de D. Maria da Assunção Pires, avó materna da minha Mulher. De um irmão de Vítor, o Dr. João Pires Marques, descendem uns Castel-Branco Pires Marques de quem também tenho elementos fornecidos pelo Engº Manuel Silva Castel-Branco.
Sendo assim, a minha Mulher é sexta-neta de António Maurício de Avellar ("O Velho"?) e Teresa Baptista de Jesus, que presumo serem seus quintos-avós!
Um abraço do "primo-sobrinho" por afinidade,
António Bivar
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RE: Tomada de Apelido dos Padrinhos
Caro António Bivar:
Ao ler a sua intervenção relativa à presumível adopção de apelidos de padrinhos, reparei que citou um exemplo envolvendo os apelidos Palma e Sousa Prado. Por acaso as pessoas que refere são da região de Portimão? Tenho conhecimento de pelo menos uma ligação nesta localidade entre as famílias Palma, de que descendo, e Sousa Prado: o Cap. José Raimundo de Palma e Paiva casou cerca de 1820 com D. Bárbara Constantina Prado, filha de Miguel de Sousa Prado e de D. Maria Celestina.
A propósito da adopção de apelidos de padrinhos, a impressão com que tenho ficado é a de que será bastante rara. Os apelidos que não provêm dos pais têm geralmente origem num avô ou bisavô. E tenho documentado um caso verdadeiramente extraordinário, por coincidência de dois filhos do Cap. José Raimundo de Palma e Paiva e de D. Bárbara Constantina Prado acima citados. Estes filhos, nascidos em 1829 e 1832, chamavam-se António da Palma Velho e José Raimundo da Palma Velho, tendo herdado o apelido Velho de sua sétima avó Brites da Palma Velho, nascida cerca de 1580 e que segundo os indícios de que disponho devia ser filha ou sobrinha de um António da Palma Velho.
Cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: Leitão, de Castelo Novo
Caro Alexandre Tavares Festas
Lamento, mas não sei qual é a sua aldeia nem a casa a que se refere, nem a que casa. Mas dos Leitões de Castelo Novo, se puder ser mais explícito, poderei dar mais indicações, baseadas nos elementos que tenho.
Cordiais cumprimentos
Manuel da Silva Rolão
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RE: Tomada de Apelido dos Padrinhos
Caro Rui Pereira:
Os "meus" "Sousa Prado - Peres Estrada" são de facto de Portimão, embora tendo origem em Espanha no século XVII (Málaga ou Torre de Estrada, nas Astúrias, ou talvez ambos, por diferentes linhas; encontrei as duas referências em assentos de Portimão). Os Palma aparecem-me na mesma zona com ascendentes em Lagoa, Alvor, Alcantarilha e Pêra; a mais antiga que encontrei é uma Maria da Palma de Oliveira, mulher de João Fernandes Álvares (sic! é a única pessoa que encontro nesta época com dois patronímicos!), tendo uma filha Sebastiana da Palma de Oliveira casado em 1706 em Lagoa com Manuel Rodrigues Pimenta, pais da Isabel Felícia da Palma, casada com o Capitão António de Sousa Prado.
Com os melhores cumprimentos,
António Bivar
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RE: Tomada de Apelido dos Padrinhos
Caro Rui Pereira:
Os "meus" "Sousa Prado - Peres Estrada" são de facto de Portimão, embora tendo origem em Espanha no século XVII (Málaga ou Torre de Estrada, nas Astúrias, ou talvez ambos, por diferentes linhas; encontrei as duas referências em assentos de Portimão). Os Palma aparecem-me na mesma zona com ascendentes em Lagoa, Alvor, Alcantarilha e Pêra; a mais antiga que encontrei é uma Maria da Palma de Oliveira, mulher de João Fernandes Álvares (sic! é a única pessoa que encontro nesta época com dois patronímicos!), tendo uma filha Sebastiana da Palma de Oliveira casado em 1706 em Lagoa com Manuel Rodrigues Pimenta, pais da Isabel Felícia da Palma, casada com o Capitão António de Sousa Prado.
Com os melhores cumprimentos,
António Bivar
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RE: Famílias de Medelim
Caro Manuel da Silva Rolão:
Tenho diversos elementos extraídos dos paroquiais de Monsanto acerca de Furtados de Mendonça e Andrades, entre outros, mas há um hiato em que os padres deixaram de indicar os nomes dos pais nos casamentos, pelo que tenho dúvidas em algumas ligações. Tenho umas notas de um trabalho publicado no semanário "Reconquista" entre 1962 e 63 acerca de famílias de Monsanto (da autoria do Capitão José Maria de Mendonça e que me foi indicado pelo Engº Manuel Silva Castel-Branco), mas infelizmente não cita as fontes em que se baseou para estabelecer as ligações que não parecem poder deduzir-se dos paroquiais. Sendo assim, acabo por não ter a genealogia segura dos que me interessam, embora devam todos estar ligados a um Pedro Furtado de Mendonça que foi procurador às cortes; também não sei como se entroncam nos Furtados de Mendonça do ramo "principal".
Com os melhores cumprimentos,
António Bivar
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RE: Famílias de Medelim
Caro António Bivar
Também já consultei o dito Jornal, mas cheguei à conclusão de que é melhor esquecer, para já, os elementos que o autor do artigo menciona fora dos registos paroquiais. Inclusivamente um João Furtado de Mendonça mencionado, parece-me ser João (Álvares ) de Andrade ( a não ser que este também fosse Furtado de Mendonça!).
Pedro de Andrade casado com Catarina de Andrade Coelho( dos de Pedrógão Grande), parece-me ser o Pedro de Andrade do Couto, que teria casado 3ª vez (em Monsanto?)com Francisca Saraiva Furtado de Mendonça, irmã de Pedro Furtado. Não tenho no entanto documentos que confirmem este casamento, mas tb não encontrei elementos que tornem esta situação inconciliável. O que é certo é que o Pedro de Andrade, de Pedrógão, é Capitão Mor em Penamacor ou Monsanto. Esta é uma das dúvidas que tenho. Tenho muitas mais, mas dos registos de Monsanto, pouco mais se tira!
Cordiais cumprimentos
Manuel da Silva Rolão
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Leitão, de Castelo Novo
Caro Manuel da Silva Rolão
"Aldeia" em "casa da aldeia" referia-se a Castº. Novo, termo já mencionado em "familia Leitão de CN", evitando a repetição do nome da terra. "Minha" em "minha casa" reportava-se à minha casa nessa aldeia, evitando a repetição da palavra casa. Pela falta de clareza peço desculpa.
Suponho que conhece a mais bonita casa de Castelo Novo, a 1ª do lado direito ao entrar, com janela filipina de sacada sobressaliente, dando origem a uma escada alpendrada em pedra até à rua? Se atentar nela, verá uma grande águia (ou outro pássaro) esculpida na pedra, (brasão dos Leitão, suponho, não entendo muito de heráldica) e uma inscrição lapidada dizendo "SILVESTRE FRZ LEITON MANDOU FAZER ESTA OBRA NO ANO D. 1616". A águia do brasão encima as suas garras por cima de duas carrancas, e tem uma semi-concha estriada por cima da cabeça do bicho.
A Monografia de Cº Novo por Mapone, em 1975, assim como o Panorama do SNI, publicaram essa casa em três fotografias, adiantando-nos " - Construida em 1616 por Silvestre Fernandes Leitão, considerada a mais bela casa de Castelo Novo, foi pertença do visconde de Trancoso Bartolomeu da Costa Macedo Giraldes Barba de Meneses, casado a 14 de Outubro de 1876, em Madrid, com D. Cristina Gurowsky e Bourbon, duquesa de Pozen, esta casa pertence à Família Falcão que em Fevereiro de 1906 remiu um foro que sobre ela incidia (...)".
Como vivi muito frente a esta casa, agradeço se me souber dar mais qualquer outra informação sobre o seu passado, ou sobre os Leitão que primitivamente a construiram e habitaram, e de quem já na minha infância ninguém se lembrava na aldeia. Só pode ser deles que tem falado neste tópico, imagino.
Cordiasi cumprimentos
Alexandre Tavares Festas
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RE: Leitão, de Castelo Novo
Caro Alexandre Tavares Festas
Eu é que pesso desculpa, se fui um pouco "seco" na resposta. Não foi de modo nenhum, minha intenção. Como não sabia que era de Castelo Novo...
Conheça muito mal Castelo Novo, São Vicente da Beira e Fundão, pois sou de Castelo Branco e vivi mais "virado" a Sul.
Mas vamos ao que interessa.
Conheço (por fora) a casa referida, de Silvestre Leitão da Cunha, mas não tenho mais elementos deste. Suponho que seja irmão de Simão Leitão da Cunha, de quem tb não tenho elementos.
Encontro dois ramos de Leitão da Cunha. Um da Soalheira, de onde são meus avós, Senhores da Casa dos Leitões em Castelo Novo e prazos da Atalaia. Outro em Castelo Novo, que se ligou aos Rodrigues de Beja. Têm no entanto um tronco comum.
Encontro várias vezes nos registos o nome de Silvestre Fernandes Leitão, mas como lhe disse, não o consigo entroncar em nenhum destes ramos, embora deva vir de um deles.
Foi tb destes Leitões a Casa do Ervedal, que mais tarde foi dos Sousa Refóios e que viria a ser comprada em 1734 por 1.069.000 réis por Francisco D'Ordaz de Queiroz, pai do 1º Barão de Castelo Novo, que se manteve na família até há dois anos, salvo erro.
Cordiais cumprimentos
Manuel da Silva Rolão
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RE: Leitão, de Castelo Novo
Corrijo os Nomes:
Não Leitão da Cunha, mas sim Fernandes Leitão.
MSR
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RE: Leitão, de Castelo Novo
Caro Manuel da Silva Rolão
Não tem importância. De facto, também eu conheço bastante mal S. Vicente da Beira, embora tenha antepassados ligados a essa aldeia. Li por aqui que era de lá, mas talvez eu tenha percebido mal. Os Rolão Preto são de SVB, e deduzi. A casa que foi dos Leitão em CN, seus antepassados, visitei-a uma única vez por dentro na minha infância, num domingo depois da missa, snme foi meu Pai que pediu ao Sr. Falcão que nos deixasse vê-la. A falta de dinheiro para rebocá-la na época em que foi construida manteve á mostra o esplendor da cantaria aparelhada, ainda não abastardada actualmente como tantas outras por riscos "embelezados" às cores, ou escavacados para levarem o cimento que tudo destrói.
Tem alguma ideia de quando os Leitão deixaram de viver em CN? Suponho que a casa tenha passado no sc. XIX aos Costa Macedo do visconde de Trancoso por Giraldes, que a poderão ter herdado. Não sabia que a Casa do Ervedal tinha sido destes mesmos Leitão, oxalá os novos donos lhe restaurem a capela, que tem tamanho de igreja. Por acaso sabe de aonde os Leitão são originários? Lembrei-me de abrir tópico sobre eles, pode ser que alguma coisa surja.
Cordiais cumprimentos
Alexandre Tavares Festas
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RE: Leitão, de Castelo Novo
Caro Alexandre Tavares Festas
Vou preparar o que sei dos Leitões, e mando-lho na 1ª oportunidade. Quanto à Capela, ouvi dizer que vai ser uma casa de banho!!!!!!!!!!!!!!!!
Cordiais cumprimentos
Manuel da Silva Rolão
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RE: Famílias de Medelim
Caro Manuel da Silva Rolão:
Não sei se viu o casamento em Monsanto de um João de Andrade com Maria de Andrade (M-1, fls. 342, 3/2/1603), ele filho de Pedro do Couto (defunto) e Francisca Saraiva e ela de Fernão de Andrade e Mécia Nunes, o que confirma a existência de um casal pelo menos parcialmente homónimo do que refere. Por outro lado, não tenho confirmação documental do parentesco de Francisca Saraiva com Pedro Furtado; encontrou algum documento que o confirme?
Os meus "becos sem saída" nas linhas Mendonça são os casais António Francisco Sancho - Maria Nunes (casados em Monsanto a 19/2/1659, com filhos Manuel Nunes Furtado, Francisco Furtado e Xisto Furtado de Mendonça, pelo menos) e Fernando de Mendonça casado segunda vez com Isabel Gonçalves, de quem tem Isabel Gonçalves casada com o supra-citado Manuel Nunes Furtado (14/10/1710) e Manuel Fernandes Conde de Mendonça casado com Isabel Domingues (16/6/1710). Haverá documentos que estabeleçam a ligação com os Mendonças mais recuados citados nos paroquiais?
Com os melhores cumprimentos,
António Bivar
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RE: Leitão, de Castelo Novo
Caro Manuel da Silva Rolão
Essa história da capela transformada em wc, ouvia-a recentemente mas relativa a um palácio de Lisboa ainda na posse de parentes dos antigos donos do Ervedal. Fica portanto uma esperança de que haja confusão... ou alguém os impeça. Tenho ideia que um primo, ou amigo do meu primo Nuno Gorjão snme Manuel Rolão Preto era de ou vivia em SVB. Talvez o Miguel Gorjão Henriques filho dele que também anda por aqui nos saiba dizer melhor. Eu estou esquecido.
Cordiais cumprimentos
Alexandre Tavares Festas
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RE: Leitão, de Castelo Novo
Caro Alexandre Tavares Festas
Vou-lhe responder no Título Silvestres Fernandes
Cordiais cumprimentos
Manuel da Silva Rolão
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RE: Famílias de Medelim
Caro António Bivar
Dos nomes que indicou, o único documento que vi foi o da habilitação de genere em 1704 do P.e Manuel Fernandes Conde, de Monsanto, Fregª do Salvador, filho de Manuel Fernandes Conde e de Isabel Domingues, neto paterno de Manuel Fernandes Conde e de Ana Gonçalçves, materno de Fernando Domingues e de Maria Gomes.
O facto de Pedro Furtado ser irmão de Francisca Saraiva, li no Jornal Reconquista, mas como lhe disse, não me fio muito nisso. Até pode e deve ser verdade.
Tenho o casamento que indicou. Mas o João de Andrade casado com Mor Saraiva, deve ser tb parente de Francisca Saraiva. Este João de Andrade é o que deve ter as pedras tumulares armoriadas, mas ainda não as vi, mas tenho que confirmar o nome de Francisco (Fdz?) Alfaia, que constará numa delas.
Cordiais cumprimentos
Manuel da Silva Rolão
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RE: Famílias de Medelim
Caro Manuel Rolão:
O casal Manuel Fernandes Conde - Isabel Domingues não coincide com o casal Manuel Fernandes Conde de Mendonça - Isabel Domingues; este segundo casal tem por pais Fernando de Mendonça - Isabel Gonçalves (ele) e Francisco Juzarte - Maria Antunes (ela). Todas estas homonimias são um bocado desconcertantes; eu também vi o segundo casamento do primeiro Manuel Fernandes Conde (viúvo de Isabel Domingues), com Maria Gonçalves (filha de Domingos Gonçalves e Maria Mendoça), a 27/4/1699 e ainda encontrei o baptismo, a 26/7/1660 de um filho (António) de um Manuel Fernandes Conde e sua mulher Ana Gonçalves (estes são portanto os pais do primeiro Manuel Fernandes Conde, de acordo com a referida habilitação de genere). Ainda se encontra o baptismo de um filho natural (também Manuel) de um dos Manuéis Fernandes Conde e de Ana Ramos, solteira, a 11/10/1674 (será mais decoroso supor que o pai da criança foi o Manuel Fernandes Conde filho, ainda solteiro...).
Quando refere o João de Andrade casado com Mór Saraiva, terá sido gralha (por Maria de Andrade?). De facto, a Mór Saraiva que encontrei era a mãe de Pero Furtado, mulher de Gaspar Antunes, ambos moradores em Medelim, como vem no assento de casamento do filho com Maria Gaspar, a 16/9/1596. Há um "Pº da Médoca" (sic), testemunha a 6/4/1592 que não sei se coincide com o Pero Furtado.
Também não conheço as referidas pedras tumulares; o Engº Manuel Silva Castel-Branco falou-me de pedras de armas de Mendonças em Monsanto, mas também não as conheço. Serão em sepulturas, ou em fachadas?
Cordiais cumprimentos,
António Bivar
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RE: Famílias de Medelim
Caro António Bivar
As Armas que refiro são de 2 Sepulturas (que ainda não vi)onde constam João de Andrade e Mor Saraiva. Pode ser esta Mor Saraiva tb Maria? ou quem viu a sepultura escreveu Mor em vez de Maria?. Torna-se imperioso ver bem o que nelas está escrito, pois pode esclarecer muita coisa. Só que não devo lá ir antes da Páscoa.
O facto de terem filhos antes de casarem, parece-me não ser muito raro. Desde terem filhos feita a promessa de casamento, a casarem só ao fim de cinco anos de os terem, já vi de tudo. E todos os anos levavam com um processo!
Saraivas em Monsanto parece não haver muitos, pelo que o tronco comum não deve andar muito longe. Vindos da Guarda? Possivelmente.
Assim como os Andrades, pelo menos um ramo, devia ter ido de Pedrógão Grande.
Cordiais cumprimentos
Manuel da Silva Rolão
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RE: Famílias de Medelim
Cara Senhora
Em relação à pergunta que me faz, que não é de todo indiscreta, e por estranho que pareça, sei muito pouco sobre as minhas relações de parentesco através dos Moras, porque, pelo facto de os meus Avós paternos se terem divorciado e o meu Avô ter ido viver para o Brasil, o meu contacto com ele foi praticamente nulo.
Quando falo em estranheza, é pelo facto de este apelido representar a minha varonia, que, de um modo geral, é a linha que os investigadores privilegiam. Acresce ainda que só no passado Verão tive a oportunidade de me deslocar ao Arquivo Distrital de Santarém, por me ser indispensável a consulta de um livro de assentos de casamento, por forma a poder cruzar essa informação com o grosso dos registos paroquiais que estão na Torre do Tombo.
Vou, então, tentar resumir-lhe o pouco que sei:
Estes Moras eram naturais da freguesia de Penhascoso, no concelho de Mação, e desde o meu VII Avô Manuel Dias Mora (a minha breve pesquisa parou aqui) até ao meu Bisavô Francisco Dias Mora usaram sempre esta combinação de apelidos - eu estou convencido de que o Mora deve ter origem toponímica, dada a relativa proximidade da vila do mesmo nome; existindo ainda no ficheiro de alunos da U.C. alguns estudantes com este apelido que eram naturais do Sardoal.
Sei que aquele meu Bisavô tinha quatro irmãos, cujos nomes e circunstâncias pessoais desconheço, e que, além do meu Avô, teve outros dois filhos: o mais velho chamava-se Mário da Cunha Mora, era licenciado em Matemática pela U.C., foi professor e creio que chegou a ser reitor de um dos liceus da capital, onde viria a falecer, tendo tido um filho único, casado e s.g.; o mais novo, Emílio da Cunha Mora, era licenciado em Farmácia e viveu a maior parte da vida em África, tendo posteriormente passado ao Brasil, onde acabaria por falecer, c.g.
Ainda me lembro de ver, quando em criança ia a Lisboa, uma tabuleta a anunciar o consultório médico do Dr. Mário (?) Damas Mora, que deverá ser um dos membros da Família que refere; ficando, pela minha parte, a descoberta de um eventual parentesco reservada para futura investigação.
Com os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Famílias de Medelim
Caro Confrade António Bívar
Agradeço os dados que me enviou e espero que me desculpe, porque, pelo facto de ter a maior parte dos dados relativos a Medelim noutra casa, só me vai ser possível dar uma resposta completa amanhã, na qual lhe procurarei fornecer todos os dados que possuo sobre a ascendência comum, isto é, a que diz respeito a António Maurício de Avellar e Teresa Baptista de Jesus - dados esses que, muito provavelmente, para si não constituem qualquer novidade.
Tenho, no entanto, uma pequena dúvida relacionada com estes Avellares:
Há cerca de 4/5 anos, abordei na Torre do Tombo o Sr. Eng.º Manuel da Silva Castelo Branco, que me haviam dito ser o genealogista que mais sabia sobre a região de Castelo Branco, pois pretendia averiguar o paradeiro da documentação do respectivo bispado, por me ser fundamental encontrar uma dispensa matrimonial. Pretendeu saber a razão do meu interesse, mostrei-lhe um rascunho de uma árvore de costados da minha Bisavó que mereceu a sua atenção, e, no desenrolar da agradável conversa que mantivémos, disse-me que um descendente dos Avellares de Medelim teria publicado recentemente um estudo genealógico, informação essa que me enviaria posteriormente por carta, o que nunca chegou a acontecer.
Como gostaria de esclarecer se realmente existe essa publicação, pedia-lhe que me informasse se alguma vez ouvio falar em tal assunto.
Cumprimentos e um abraço do "primo"
Miguel Mora
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RE: Famílias de Medelim
Caro Miguel Mora
Tem alguns Pires de Matos, de Medelim, estudados?
Cordiais cumprimentos
Manuel da Silva Rolão
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RE: Famílias de Medelim
Caro Confrade Miguel Mora:
Encontrei recentemente o Engº Manuel Silva Castel-Branco, que também conheci na Torre do Tombo há cerca de sete anos, por mero acaso, porque reparou que eu estava a consultar um livro de assentos de Monsanto! nessa altura teve a amabilidade de me fornecer vários elementos acerca de famílias de Monsanto e de familiares comuns a ele prórpio e à minha Mulher (uns Castel-Branco Pires Marques). No nosso encontro recente falou-me do interesse de um terceiro (acho que era o Nuno Borrego) por este tema, e penso que lhe pedi para me mandar o contacto, mas até agora ainda não tive mais notícias.
Entre os elementos que me forneceu por altura do nosso primeiro contacto contam-se apontamentos manuscritos de um Luís Filipe Saraiva Castel-Branco d'Avelar, também sexto-neto de Joaquim Xavier Lino de Avelar, contendo treslado de um vínculo instituído em Monsanto pelo Padre Manuel Martins Pereira, de que veio a ser administrador por cabeça de sua mulher o irmão de Joaquim, Maurício José Lino de Avelar, sargento-mór de Medelim, casado com uma irmã (Maria Josefa de Proença Giraldes) da mulher de Joaquim. Depois passou o vínculo para um filho de Joaquim, Domingos António de Avellar; nos apontamentos segue a sucessão do vínculo, árvores de costado de administradores, diversos elementos genealógicos do lado Castel-Branco e cópias de diversos assentos paroquiais. Entre estes encontro alguns, que provavelmente já conhece, referindo um Capitão António Freire de Andrade, filho de António Freire de Andrade, de Lisboa, e Mariana Gomes, com uma filha baptizada em 1763.
Outros documentos transcritos dizem respeito à extinção de um vínculo "insignificante" de que eram administradores os irmãos Maurício e Joaquim finalmente aparece um curioso documento do Desembargo do Paço em que se refere um libelo entre Joaquim Xavier Lino de Avelar e João de Mendonça (que presumo ser o homónimo e contemporâneo também antepassado da minha Mulher), que Joaquim diz temer por ser "poderoso, ... rico e abonado, ...servir continuamente de juíz e os mais cargos honrosos da res publica,... e todos lhe estão sujeitos...". Se quizer posso mandar-lhe cópia destes documentos para a morada que me indicar. Não sei se o Engº Castel-Branco estaria a pensar neste seu parente autor dos manuscritos de que me deu cópia, quando lhe falou na tal publicação; tem a certeza de que se referia a um trabalho já publicado? caso tivesse referido um trabalho em preparação até podia estar a pensar nas minhas modestas investigações, pois quando o encontrei há pouco tempo ficou um pouco desapontado por eu não ter avançado muito quanto à origem dos Mendonças de Monsanto!
Um abraço,
António Bivar
P.S.: Peço desculpa pelo "preciosismo", mas o meu apelido não tem acento no "i", ao contrário do que é geralmente pressuposto; trata-se de uma velha luta (inglória) da minha família, pois, não sei por que razão, há sempre a tendência para escrever (e pronunciar) Bivar como palavra grave, quando se trata de palavra aguda. Sempre o foi, pois até tenho assinaturas dos séculos XVII e XIX em que aparece com acento no "a"... tenho sempre dificuldade em fazer perceber o meu nome, pois a maioria das pessoas ou nunca o ouviu ou apenas conhece a "versão grave". Contava-me o meu Pai que, numa charla dos primórdios da televisão, um Padre que dissertava acerca de questões de português apontou este erro que também já vi num dicionário de "dificuldades da Língua Portuguesa"; a partir desse programa corrigiram a ortografia da Av. Luís Bivar, eliminando o acento, o que não impediu que quase toda a gente continuasse a pronunciar "Bívar". O clímax foi atingido quando a rua Conselheiro Bivar, em Faro, onde se situa a nossa casa de família desde o séc. XVIII, passou a ter uma placa, de há poucos anos para cá, com o famigerado acento; na lista telefónica apesar dos meus esforços, também lá apareceu o í. Só falta mesmo alterarem-nos os bilhetes de identidade!
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RE: Famílias de Medelim
Caro Manuel da Silva Rolão
Fiquei curioso. Que processos anuais eram esses e quem os movia? O clero local, para obrigar a casar os amancebados?
Alexandre Tavares Festas
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RE: Famílias de Medelim
Deviam ter a iniciativa do clero local, uma vez que os documentos constam nos processos da Câmara Eclesiástica ( no caso, de Castelo Branco)
Manuel da Silva Rolão
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RE: Famílias de Medelim
caro Miguel Mora
Muito obrigada pela sua resposta.O meu interesse pelos Damas Mora é de pura curiosidade,pois um deles o Jorge Damas Mora,médico psiquiatra,sobrinho do Dr Mário Damas Mora,foi meu colega do 6º e 7º anos do Liceu em Luanda e julgo que era filho do sr que indica como farmacêutico.Sei que vive algures em Inglaterra com a família e que tem uma irmã que é Assistente Social e trabalha na Segurança Social em Oeiras.Posso perguntar a algum dos meus antigos colegas liceais se sabem mais promenores,pois a minha turma,parte,reune-se regularmente.
Cuprimentos
Maria
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RE: Famílias de Medelim
Caro António Bivar,
Chamo-me Miguel Nuno de Avelar Lopes Cardoso e sou dos Avelares de Medelim, tendo minha avó (Maria da Natividade Saraiva Castel-Branco de Avelar) lá casa. O Luís Filipe, a que se refere, é meu tio, irmão de minha mãe (Maria dos Prazeres Castel-Branco de Avelar Lopes Cardoso). Este meu tio está a viver no Brasil, mas procurarei dar-lhe notícias do fórum, pois que é quem pode ter mais elementos sobre a família.
Confirmo as relações de parentesco da nossa família com os Pires Marques. Aliás o Albano Pires Marques também tem casa em Medelim. Encontramo-nos lá periodicamente.
Um abraço,
Miguel Lopes Cardoso
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RE: Famílias de Medelim
Caro Miguel Lopes Cardoso:
Muito obrigado pela sua mensagem; os apontamentos do seu Tio foram para mim preciosos, nesta minha investigação dos costados da minha Mulher. Eu não conheço os parentes da minha Mulher por esse lado, mas presumo que o Albano que refere seja o que é Reynolds pelo lado da Mãe. É parente por esse lado de amigos meus, um dos quais (o Artur Reynolds Brandão) o contactou há anos, quando lhe dei cópia dos apontamentos do Engº Manuel Silva Castel-Branco acerca desse ramo. Segundo parece um dos tios desse Albano chamava-se Vítor por causa do bisavô da minha Mulher (Vítor Pires Marques), seu tio paterno; reza a tradição familiar que esse bisavô teria apoiado bastante os sobrinhos (em particular com estudos na Suíça), pois fez fortuna no Brasil, onde, infelizmente, foi assassinado em condições que desconheço, mas que terão tido a ver com o negócio da borracha.
Um abraço,
António Bivar
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RE: Famílias de Medelim
Caro Confrade António Bivar
Quem tem de pedir desculpa, sou eu. Na verdade, devia estar algo distraído, pois na primeira vez que lhe respondi não cometi semelhante lapso - presumo que possa ter acontecido por diversas vezes o ter visto mal escrito e ouvir pronunciar de forma incorrecta.
E pode ter a certeza de que o compreendo perfeitamente, tantas têm sido as ocasiões em que me têm trocado o nome: Moura - quase sempre -, Morna, Namora, Nova, Morais, etc.; o difícil é acertarem com o Mora. E eu, sinceramente, tenho uma certa dificuldade em entender tal fenómeno, dado que existe um verbo morar, além de uma vila e concelho de Mora. Assim, quando alguém tem de anotar o meu nome, por vezes dou comigo a soletrá-lo ou então a informar o meu interlocutor de que se escreve como a 3.ª pessoa do singular do verbo morar, o que nem sempre é entendido.
Como penso que já expliquei neste tópico, estou há alguns anos envolvido em duas empreitadas que visam a reconstituição de toda a descendência de dois morgadios instituídos no séc. XVI, o que, como deve calcular, tem canalizado a maior parte do meu tempo livre e esforço. Todavia, como não consigo dedicar-me em exclusividade a esses temas, ainda por cima porque me vão surgindo informações a respeito de outros ramos que não consigo ignorar, acabo por de vez em quando fugir um pouco à rota que tracei.
Foi o que aconteceu em relação às minhas raízes da Beira Baixa, das quais pouco ou nada sabia. Porém, o facto de residir em Coimbra torna sempre estas coisas mais complicadas, pelo que me vi forçado a recorrer leitura de microfilmes através do Centro de História da Família local: mas mesmo assim, as dificuldades de acesso são muitas, por terem muito poucos voluntários que assegurem o seu funcionamento: Coimbra é, seguramente, um meio pequeno.
Ainda para mais, na pesquisa que há cerca de 5 ou 6 anos realizei nos microfilmes de Medelim, limitei-me geralmente a anotar as datas e os números dos fólios, pois pretendia requisitar as respectivas fotocópias quando fosse à Torre do Tombo. Assim aconteceu, e quando as fui levantar verifiquei que estavam todas trocadas, pois, apesar de me terem dito que bastava apenas marcar o livro com umas tiras de papel que me forneceram, devem tê-lo deixado cair ao chão, tendo as mesmas saído do sítio - tive que desembolsar um dinheirão por algo que não me serve para nada.
Por outro lado, como a linha dos Freires se estava a complicar muito, pois remetia para Vale de Cambra e Lisboa, e daí novamente para o distrito de Aveiro, acabei por suspender esta investigação, sobre a qual só agora me voltei a debruçar.
Resumindo, os dados que possuo têm muitas falhas, e, no que diz respeito cronologia, não vão mais além da dos livros que estão na Torre do Tombo, por serem os únicos que estavam microfilmados. Ainda por cima, tenho adiado sistematicamente uma ida ao Arquivo Distrital de Castelo Branco, por forma a poder actualizar um pouco mais o meu trabalho, situação que gostaria de ver corrigida logo que possível.
Na sumária genealogia dos Avelares de Medelim que a seguir apresento, elaborada com base nos dados de que disponho, é provável existam gralhas e erros de transcrição que não tive oportunidade de corrigir. Em alguns casos, sobretudo no que diz respeito aos óbitos, a referência aos fólios pode corresponder apenas ao 1.º, pois em muitos deles os assentos são extremamente longos, por conterem extractos muito detalhados dos respectivos testamentos.
Passando então a tratar da família Avelar, o primeiro que surgiu em Medelim foi:
1 ANDRÉ GONÇALVES DE AVELAR, nasceu em Vila Rala, lugar da freguesia de Santa Iria da Azóia, no actual concelho de Loures, e era filho de João Gonçalves e de Maria Francisca, naturais do mesmo lugar. Viria a falecer em Medelim, a 30-XII-1743 (fls. 40v.-42), tendo sido enterrado "em sepultura sua" - o assento diz ainda que era então "Tenente de cavalos do regimento de dragonis da Beira baxa".
Sendo tenente de Cavalos da Companhia de João Álvares de Faria, casou em Medelim, a 14-V-1714, com MARIA NUNES TORROA (?) - este apelido aparece quase sempre escrito com T, na forma Torrão ou Terrão -, que fôra baptizada nessa mesma freguesia, a 24-III-169(8), e ali viria a falecer, a 15-XII-1762. Era filha de Manuel João Verdoso, o "Velho", e de sua mulher - com a qual se havia recebido em Medelim, a 25-(V)-1685 - Maria Gonçalves, falecida na mesma freguesia, com testamento, a 8-XII-1725, ficando a jazer em sepultura própria. Entre a sua prole figurava ainda o Padre Domingos Fernandes Verdoso, clérigo de Ordens de Epístola, que, a 3-XII-1702, vem designado num assento de baptismo por "D.os Frz da Torre, podendo residir aqui a explicação para o apelido que a mesma viria posteriormente a usar; existindo ainda notícia de um Padre António Marques Verdoso.
Tiveram os seguintes filhos, todos nascidos em Medelim:
2 D. Teodora Francisca Josefa de Avelar, nascida a 1-IV-1715 (fl. 78). Em local que desconheço, casou com o Capitão José Rodrigues Ferreira, falecido em Medelim, a 27-XI-1755 (fl. 8v.), com testamento no qual nomeava a administração da capela de que era administrador em seu filho mais velho Manuel, e testamenteiro ao seu cunhado Joaquim Xavier. D. Teodora voltaria a casar em Medelim, a 19-VIII-1772, com Roque Francisco, s.m.n.
2 Maurício José Lino de Avelar, nascido a 22-IX-1717 (fl. 16). Foi capitão, sargento-mor e capitão-mor das Ordenanças (do Distrito de Monsanto), e viria a falecer em Medelim, a 16-XI-1790 (fls. 72v.-73). Casou, certamente em Monsanto, com D. Maria Josefa de Proença Giraldes, daí natural e falecida em Medelim, a 5-X-1796 (fl. 89); que julgo ser filha do Capitão Manuel Gonçalves Sidral e de sua mulher Maria Josefa Giraldes (recebidos a 4-VII-1743), esta irmã de sua cunhada Rita Maria, a que adiante se fará referência.
2 Joaquim Xavier de Avelar, que segue.
2 Mariana, nascida a 2-III-1722 (fl. 67v.).
2 António, nascido a 15-XII-1723 (fl. 96v.). Poderá ser o António Eusébio de Avelar que testemunhou um casamento em medelim (p. 1746).
2 Bárbara, nascida a 13-I-1726 (fl. 124). Viria a falecer em Medelim, no estado de solteira e abintestada, a 27-IV-1755 (fl.136).
2 JOAQUIM XAVIER DE AVELAR, nasceu em Medelim, a 25-XI-1719 (fls. 38-38v.), e aí viria a falecer, a 10-XI-1788 (fl. 62), tendo feito testamento em que nomeava testamenteiro seu filho Joaquim Xavier.
Foi alferes e capitão (de Ordenanças ?) e havia casado em primeiras núpcias D. ANTÓNIA AGOSTINHA, "do lugar do Pedrogam destrito de Pennamacor". Após a morte desta viria a contrair novo matrimónio, na igreja do Salvador da vila de Monsanto, a 1-XI-1750 (Livro C-2, fls. 48v.-49), com RITA MARIA, que havia nascido em Peroviseu, a 24-II-1725 (Libro B-2, fl. ?), e faleceria em Medelim, a 7-VII-1764 (fls. 75-76). Era filha de Bernardo Martins Proença, natural de Peroviseu, e de sua mulher Francisca Gomes Giraldes (recebidos em Peroviseu, a 24-IV-1712), natural de Alcaria; neta paterna de Manuel Alves Alferes ? - parece-me ser este o nome que está escrito no ass.º de casamento do filho, ao passo que no do baptismo da neta é substituído por Panasco - e de sua mulher Maria Martins de Proença (recebidos em Peroviseu, a 15-I-1688); e materna de Manuel Giraldes, natural de Alcaria, e de sua mulher Francisca Gomes, natural de Mingiro ?. Rita Maria era irmã do Capitão Domingos Martins Proença, da já referida D. Maria Josefa de Proença Giraldes, mulher do Capitão Manuel Gonçalves Sidral, de Monsanto, e de Teresa Proença, nascida em Peroviseu, a 22-IV-1728.
Em data anterior a 19-VII-1770 (Baptismos, fl. 20), já o então Alferes Joaquim Xavier de Avelar estava novamente casado, desta feita com MARIA NUNES, que lhe terá sobrevivido.
Filhos do segundo casamento, todos nascidos em Medelim:
3 Domingos, nascido a 10-IX-1751 (fls. 169v.-170). Deve ser o Domingos António de Avelar que em Medelim, a 19-I-1791 (fl. 51), se recebeu com Rosa Baptista, que julgo ser irmã de sua cunhada Teresa Baptista de Jesus, s.m.n.
3 Joaquim (Manuel) Xavier Lino de Avelar, nasceu a 15-II-1753 e viria a falecer em Medelim, no estado de viúvo, a 5-VI-1833 (fl. 6). Casara na mesma freguesia, a 19-IX-1782 (fl. 25v.), com sua prima Antónia Maria da Conceição Verdoso, filha de Domingos João Verdoso e de sua mulher Brites Gonçalves. Tiveram pelo menos uma filha, chamada Antónia Maria Verdoso, a "Nova", que casou em Medelim, a 20-I-1813 (fl. 3v.), com seu primo (co-irmão) António Maurício de Avelar, o "Novo", que, apesar de então ainda não ter completado quinze anos, creio ser filho de António Maurício de Avelar e Teresa Baptista de Jesus, s.m.n.
3 José, nascido a 2-III-1754 (fls. 16v.-17) e falecido em Medelim, a 3-VIII-1755 (fl. 2v.).
3 Josefa Maria, nascida a 28-VII-1757 (fls. 56v.-57) e igualmente falecida em Medelim, a 18-IV-1759 (fl. 25 ?).
3 Maria Teresa Joaquina de Avelar, nascida a 4-IV-1759 (fl. 90v.). Casou em Medelim, a 2-X-1782, com Francisco Nunes Ramos, filho de Domingos Nunes Ramos e de sua mulher Teodora Luísa, da vila de Zebreira; provável parente do Capitão-Mor António Nunes Ramos, falecido em Medelim, a 18-VII-1814 (fl. 21), s.m.n.
3 José António de Proença Giraldes, nascido a 26-V-1760 (fl. 102v.). Recebeu-se em Medelim, a 19-I-1785, com Josefa Maria de Almeida, filha de Hipólito Fernandes Neto e de sua mulher Josefa Marques, moradores na mesma freguesia, s.m.n.
3 António Maurício de Avelar, que segue.
3 ANTÓNIO MAURÍCIO DE AVELAR, nasceu a (14)-IX-1763 (fl. 144) e faleceu em Medelim, a 4-II-1806 (fl. 5).
Casou em local que desconheço, cerca de 1788, com TERESA BAPTISTA DE JESUS, a qual nascera no Alcaide, a 2-III-1760 (Livro B-8, fl. 84), e viria a falecer em Medelim, com testamento, a 26-V-1805 (fl. 3v.). Era filha de José Salvado Preto, natural da Praça de Almeida, e de sua mulher Josefa Maria Leitão (recebidos no Alcaide, a 2-X-1750), natural da vila da Bemposta; neta paterna do Alferes Francisco Salvado Preto, natural de Alcongosta, e de Teresa Martins, do Alcaide; e materna de Domingos de Moura, da Bemposta, e de Maria Leitão, também ela do Alcaide. Com a família paterna da noiva estava certamente relacionado Domingos José Salvado Preto, natural da Praça de Almeida, bacharel formado em Cânones pela Universidade de Coimbra (I.A.N./T.T., Leitura de Bacharéis, Letra D, Maço 6, n.º 41), cavaleiro professo na Ordem de Cristo e auditor geral do Regimento de Penamacor.
Sempre em Medelim, viriam a ser pais de:
4 João, nascido a 17-XI-1789 (fl. 184)
4 João, nascido a 8-I-1791 (fl. 193)
4 Pedro José Maurício de Avelar, nascido a 9-III-1792 (fl. 2v.) e falecido em data que desconheço.
Foi alferes da 2.ª Companhia do Regimento de Milícias de Idanha (Anexo ao Decreto n.º 97, de 13-V-1825, do Conselho da Guerra).
Casara em Medelim, a 29-VIII-1813 (Livro C-2, fl. 5), com D. Maria Freire de Andrade, que havia nascido na mesma freguesia, a 28-XI-1798 (fl. 48), e onde é provável que também tenha falecido. Era a filha primogénita de José Joaquim Ferreira Capelo, natural de Idanha-a-Nova e falecido em Medelim, a 11-VII-1816 (fl. 24v.), e de sua mulher D. Antónia Freire de Andrade, de naturalidade desconhecida e igualmente falecida em Medelim, a 27-XII-1804 (fl. 3); neta paterna do Capitão Manuel Fernandes Ferreira, natural de Zebreira e falecido em Alcafozes, a 22-X-1787, e de sua segunda mulher Joana Lopes Leitão (recebidos em Alcafozes, a 24-IV-1758), nascida nesta mesma freguesia, a 14-XI-1730, e falecida em Medelim, a 16-III-1804; e materna de António Freire de Andrade, capitão de Auxiliares, sargento-mor e capitão-mor das Ordenanças do Distrito de Monsanto, natural da freguesia de Vila Chã (Vale de Cambra) e falecido em Medelim, a 1-VIII-1789 (fl. 65v.), e de Angélica Maria Caldeira, natural de Alcafozes.
Pedro José Maurício e D. Maria tiveram pelo menos nove filhos, todos nascidos em Medelim, tendo pelo menos duas das senhoras casado e tido geração.
4 António, nascido a 26-V-1793 (fl. 12v.) e falecido em Medelim, a 6-IX-1794 (fl. 83 ?).
4 Maria, nascida a 29-XII1795 (fl. 30v.), viria a falecer em Medelim, a 28-IX-1797 (fl. 92v.).
4 António, nascido a 17-II-1798 (fl. 45). É possível que seja o António Maurício de Avelar, o "Novo", que, como se disse, se recebeu em Medelim, a 20-I-1813, com sua prima co-irmã Antónia Maria Verdoso, a "Nova", s.m.n.
4 José, nasceu em local que desconheço e faleceu de menor idade em Medelim, a 26-VII-1800 (fl. 100v.).
Tenho ainda notícia de três pessoas de apelido Avelar que faleceram em Medelim, e agora não consigo entroncar: José Paulo de Avelar, a 29-XII-1797 (fl. 93v.); D. Catarina de Avelar, a 7-III-1819 (fl. 28v.); e D. Isabel de Avelar, a 28-VII-1820 (fl. 32).
Como, pelo adiantado da hora, sou forçado a interromper esta mensagem, amanhã mando-lhe alguns dados sobre os Freires de Andrade, sobre os quais gostaria de lhe pedir a sua opinião, e, se de facto me puder facultar uma cópia dos apontamentos que refere, ficar-lhe-ei muito grato (a minha morada é a seguinte: Rua Luís de Camões, 46-2.º, 3000-251 Coimbra).
Um abraço e até breve
Miguel Mora
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Má educação onomástica em Portugal
Caro António Bivar
Pois vê lá tu que eu sempre tive o mesmo problema das outras pessoas, mas ao contrário, quando ia de táxi para a Av. Luis Bivar. Como nunca ouvi falar em Bívares, e sempre conheci os Bivar, não me saía a versão incorrecta e não me compreendiam, com grandes teimas. Houve até um taxista que saiu do carro, e foi ele quem me mostrou o acento na tabuleta... E conseguiu que eu chegasse à conclusão que então seriam duas famílias diferentes.
Há realmente no nosso país duas curiosas realidades mal educadas: uma é de o vulgo achar que as pessoas se chamam como eles estranhos acham que devem chamar-se, e não como usam e em princípio são. A outra é a de alterar as grafias nas correspondências públicas e contratos, e até nas documentações oficiais para BI. As pessoas cansam-se e muitas para não ter maçada acabam por ceder à violência, embora a lei seja clara que as regras da ortografia do Português não se aplicam aos nomes de família. Curiosamente, a partir daí, entra em vigor uma terceira crença: a de que as pessoas "são" aquilo que têem no BI, mesmo que o dito seja fruto de deturpações anteriores à revelia dos interessados. Pessoalmente, tive várias vezes trabalho no AI de Lisboa para impedir que me mudassem o nome, mas não lhes permiti. Agora, felizmente, já estou perto do BI perpétuo.
O excesso de correspondência e trabalho me impediu de responder à tua última carta, o que farei na primeira oportunidade.
Um abraço
Alexandre
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RE: Famílias de Medelim
Caro Miguel Mora
Tenho seguido com interesse as suas sempre pormenorizadas e interessantes intervenções genealógicas no fórum, mas não me lembro de ler sobre quais os dois morgadios quinhentistas cuja descendência estuda, talvez me tenha escapado alguma coisa.
Melhores cumprimentos
Alexandre Tavares Festas
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RE: Famílias de Medelim
Caro Manuel da Silva Rolão
Queira desculpar o meu atraso, que se fica a dever ao facto de algumas das respostas em que tenho estado envolvido exigirem uma certa complexidade - razão pela qual ando com o sono meio trocado -, não me sendo, pois, possível atender a todas as solicitações com a brevidade desejada.
Penso que a mensagem que esta madrugada enviei ao Confrade António Bivar, onde exponho os elementos que possuo sobre os Avelares de Medelim, acaba por responder também à sua questão. Efectivamente, por nunca me ter deslocado ao Arquivo Distrital de Castelo Branco, acabo por não ter um conhecimento muito completo desta família, sobretudo das alianças ocorridas na 2.ª metade do séc. XIX; para além de a minha sumária pesquisa ter incidido essencialmente sobre aqueles que são meus antepassados directos.
Assim, o último casamento que tenho anotado é o de Tomás Joaquim de Novais, filho de José António Ribeiro Novais e Rosa Maria Monteiro, de Monsanto, com D. Maria Brízida Freire Capelo, filha mais nova de José Joaquim Ferreira Capelo e D. Antónia Freire de Andrade, de Medelim, ocorrido nesta freguesia, a 18-II-1830 (fl. 31); o último baptismo, celebrado em Medelim, a 4-VIII-1842 (fl. 76v.), refere-se a D. Ana, filha de Manuel Pires Taborda Leitão e de D. Antónia Joaquina Freire Capelo, de Medelim, neta paterna de Joaquim Pires Tomé e D. Maria Violante, esta de Proença-a-Velha, e materna de Pedro José Maurício de Avelar e D. Maria Freire de Andrade, de Medelim; e o último óbito diz respeito a D. Maria, irmã primogénita da anterior, ocorrido em Medelim, a 25-V-1847 (fl. 32v.).
Quanto ao apelido Pires, o seu único detentor em Medelim que consta das minhas notas é o Licenciado Manuel Pires Capelo - natural de Alcafozes e irmão de Maria Pires, avó materna do referido José Joaquim Ferreira Capelo -, o qual viria a falecer em Medelim, sem testamento, a 30-III-1723 (fl. 102).
Relativamente aos Marques, tenho apenas notícia do Padre António Marques Verdoso, que figura num ass.º de casamento algures entre 1746/1772, e de Josefa Marques, mulher de Hipólito Fernandes Neto, ambos sogros de José António de Proença Giraldes, a que faço referência na mesma mensagem.
Lamentando não poder dar melhor satisfação ao seu pedido, envio-lhe um cordial abraço
Miguel Mora
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RE: Famílias de Medelim
Caro Alexandre Tavares Festas
Espero que me perdoe a ausência de notícias no tópico "Pimentel do 1.º Visconde de Gouveia", falta que espero remediar ainda hoje e que se deve aos motivos invocados na resposta ao Confrade Manuel da Silva Rolão.
Quanto ao teor da sua mensagem, apenas fiz referência a um desses vastos trabalhos na mensagem que enviei ao Confrade Artur Camisão Soares, inserida no tópico sobre Fernão Álvares de Almeida. Nele procuro reconstituir toda a descendência do Capitão Jorge Botelho, de Pombal, que por disposição testamentária, lavrada a 23-II-1551, instituiu um morgadio com obrigação de duas missas semanais na sua capela de Nossa Senhora da Piedade, sita no corpo da igreja de São Martinho de Pombal, do lado da Epístola, onde jaz em campa armoriada; capela essa que já se encontrava edificada em 1530, pois nesse ano seria ali sepultada a sua única irmã. Deste importante vínculo viria a ser 13.ª e última administradora a minha 4.ª Avó D. Maria Henriqueta Joana Botelho Barros de Vasconcelos Pizarro, 1.ª mulher de seu primo-sobrinho João Carlos do Amaral Osório e Sousa.
O outro estudo diz respeito à casa de Carrazedo da Cabugueira - também conhecida por solar da Boaventura -, situada na freguesia do Bragado, concelho de Vila Pouca de Aguiar, da qual foi co-proprietário o Pai da minha Avó materna. Esta casa estava intimamente ligada ao morgadio de Vilarinho (também designado por Vilarinho de São Bento ou da Cabugueira), na vizinha freguesia de Capeludos, que poderá ter sido instituído ainda no séc. XVI - com efeito, fazia parte do mesmo um prazo foreiro à Ordem de Cristo, que num tombo iniciado na 1.ª metade do sév. XVII haveria de ser reconhecida como senhorio directo do mesmo pelo enfiteuta António Machado e sua mulher Guiomar de Sousa, sendo na ocasião mencionado o anterior emprazamento e bem assim a capela de São Marcos.
Estou ainda interessado em tudo quanto possa dizer respeito ao morgadio de São Paio, na freguesia do Salvador de Mouçós, termo de Vila Real, onde se situava "huma quinta nobre, que he morgado, a que pertencem certos cazais, o qual instituirão Vasco Martins de Rezende, do conselho del Rey, regedor da sua justiça na comarca e correição de Entre Douro e Minho, com sua mulher, dona Maria de Castro, e nelle vincularão a dita quinta de S. Payo, assim como partia com o lugar da Varge com o de Ponte, por junto da estrada, olho da fonte, pelo ribeiro dos Olmos, pelo rio Corgo, com caldegallos, por junto do souto do lugar da Aboboleira, e pela lomba do mesmo até tornar ao lugar da Varge, com todos os cazais e prazos da Sigarroza e as herdades e courellas de Outeiro de Lobos, Souto da Rapadoura, e a courella da Macieira de Ponte, e assim todos os cazais, herdade, foros, e quaisquer outras pertenças da dita quinta, por qualquer via que seja, de monte em fonte, roto e por romper, e que tudo davão para o casamento de João Page, para elle e seus descendentes, por linha direita, para sempre, sem que nunca possa ser partida a dita quinta e suas pertenças, e que tudo andasse pessuido por huma só pessoa, com obrigação de que sahindo elle, instituidor, ou os de sua linha recta, para a guerra, por mandado e ordem de seu rey e senhor, o dito João Page e seus descendentes, que sucedessem neste morgado, o acompanharião no dito real serviço, sendo sempre pago delle com galardão e merce, como tudo consta de hum instrumento escrito em pergaminho, que mostra fora feito em 2 de Novembro de 1467. E de outro pergaminho consta que ao dito João Page se passara certidão, da Torre do Tombo da justificação que se havia feito na dita quinta, porque consta que esta fora sempre honrada e pessuida por hijos d'algo, de tempo immemorial, fazendosse menção della de seus cazais e pertenças, a qual se mostra ser-lhe passada a 20 de Janeiro do anno seguinte de 1468. E há tradiçam que a dita quinta e suas pertenças fora sempre pessuida por morgado, por filho varão mais velho, e nesta forma a está pessuindo, com o dito titulo de morgado, Jozeph Teixeira de Mello e Castro, como descendente dos mais pessuidores delle, natural desta Villa Real, chamado o morgado de S. Payo, per si e mais descendentes." (FERNANDO DE SOUSA, SILVA GONÇALVES, "Memórias de Vila Real", vol. II, Vila Real, 1987, p. 480). No ano de 1831, falecia em Vila Real, no estado de solteira, a morgada de São Paio (e da Casa do Mato, em Salreu) D. Ana Joaquina Teixeira de Melo e Castro - neta paterna do último possuidor referido no texto -, facto que iria dar origem a um aceso e prolongado litígio entre os seus parentes mais chegados: Francisco Barbosa da Cunha e Melo, sr. da casa do Barral, em Sardoura, tenente-coronel do Regimento de Milícias de Paiva e coronel de Voluntários Realistas de Vila Real, e sua tia paterna D. Maria Clara Benedita Barbosa da Cunha e Melo, mulher do Dr. Agostinho Luís Marques do Couto, sr. da casa da Fontinha, em Estarreja, hoje representados pelo herdeiro do título de Conde de Azevedo. Depois de muitos apelos e agravos, os tribunais viriam a ditar a entrega do morgadio da Casa do Mato ao sobrinho e o de São Paio à tia, continuando, no entanto, o primeiro a deter a legítima representação da família, que acabaria por recair na sua filha mais velha D. Maria Adelaide Barbosa da Cunha e Melo, mulher de seu primo José Osório do Amaral e Sousa, avós maternos da minha Avó paterna.
Como vê, tenho muito com que me entreter, mas, como não sou adepto da dedicação exclusiva, acabo muitas vezes por me distrair com outras gentes - o que, de certa maneira, acaba por ser fruto do carácter envolvente e fascinante desta actividade.
Um abraço e até breve
Miguel Mora
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RE: Má educação onomástica em Portugal
Caro Alexandre:
Estou um bocado atrasado nas respostas a vários tópicos, mas já agora esclareço a questão da Avenida Luís Bivar; de facto parece que ainda há pelo menos uma placa com o acento, mas outras estão corrigidas, segundo parece, desde a tal intervenção do Padre na televisão, já há décadas. Serviu de pouco, como se sabe... O Luís Bivar da Avenida é o mesmo da tal rua do Conselheiro Bivar em Faro, onde se situa a casa onde nasceu e que ainda é nossa; era meu tio-trisavô por varonia, de seu nome completo Luís Frederico de Bivar Gomes da Costa e foi Conselheiro de Estado, Par do Reino e Presidente da Câmara dos Pares até à sua morte em 1904, tendo as Grãs-Cruzes das Ordens da Torre e Espada, de Cristo e de Nª Sra. da Conceição. Segundo a tradição familiar, recusou o título de Marquês de Almancil com que El-Rei o pretendia agraciar, sondando-o para o efeito através do Bispo do Algarve, juntamente com o título de Conde de Bella-Mandil (uma Quinta que ainda é em parte nossa e que integrou um Morgado instituído pela sua Avó paterna) para seu sobrinho e sucessor, o meu bisavô, hoje representado pelo meu irmão. Na geração daquele meu tio-trisavô não se usou o apelido Weinholtz, que, junto com o Bivar, lhe vinha da Avó paterna, que foi Senhora de Casa; de uma irmã desta Avó vêm os "Bivares de Portimão" de entre os quais os que eram donos da Quinta da Rocha, na Ria do Alvor (e gerações atrás da própria Praia da Rocha, que era também uma propriedade dessa família), representantes do título de Visconde de Bivar, embora ramo secundogénito da nossa família (são, apesar de tudo, nossos primos num grau mais próximo do que parece porque houve um casamento entre primos dos dois ramos e também descendem da tal minha antepassada, Avó do Conselheiro...). Assim sendo, tal como todos os outros, este também era Bivar e não Bívar (o Pai do Conselheiro, meu quarto-avô, aparece referido com a grafia Bivár, assim mesmo, em alguns documentos); parece que no ramo de Portimão, alguns descendentes Moreiras de Brito Velhos da Costa, que também eram mais conhecidos apenas por Bivares, em algumas gerações admitiram de facto o uso do "í", o que está hoje ultrapassado, tanto quanto sei. Enfim, veremos qual será o resultado no futuro deste braço de ferro onomástico...
Um abraço,
António Bivar
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RE: Má educação onomástica em Portugal
Caro Alexandre:
Estou um bocado atrasado nas respostas a vários tópicos, mas já agora esclareço a questão da Avenida Luís Bivar; de facto parece que ainda há pelo menos uma placa com o acento, mas outras estão corrigidas, segundo parece, desde a tal intervenção do Padre na televisão, já há décadas. Serviu de pouco, como se sabe... O Luís Bivar da Avenida é o mesmo da tal rua do Conselheiro Bivar em Faro, onde se situa a casa onde nasceu e que ainda é nossa; era meu tio-trisavô por varonia, de seu nome completo Luís Frederico de Bivar Gomes da Costa e foi Conselheiro de Estado, Par do Reino e Presidente da Câmara dos Pares até à sua morte em 1904, tendo as Grãs-Cruzes das Ordens da Torre e Espada, de Cristo e de Nª Sra. da Conceição. Segundo a tradição familiar, recusou o título de Marquês de Almancil com que El-Rei o pretendia agraciar, sondando-o para o efeito através do Bispo do Algarve, juntamente com o título de Conde de Bella-Mandil (uma Quinta que ainda é em parte nossa e que integrou um Morgado instituído pela sua Avó paterna) para seu sobrinho e sucessor, o meu bisavô, hoje representado pelo meu irmão. Na geração daquele meu tio-trisavô não se usou o apelido Weinholtz, que, junto com o Bivar, lhe vinha da Avó paterna, que foi Senhora de Casa; de uma irmã desta Avó vêm os "Bivares de Portimão" de entre os quais os que eram donos da Quinta da Rocha, na Ria do Alvor (e gerações atrás da própria Praia da Rocha, que era também uma propriedade dessa família), representantes do título de Visconde de Bivar, embora ramo secundogénito da nossa família (são, apesar de tudo, nossos primos num grau mais próximo do que parece porque houve um casamento entre primos dos dois ramos e também descendem da tal minha antepassada, Avó do Conselheiro...). Assim sendo, tal como todos os outros, este também era Bivar e não Bívar (o Pai do Conselheiro, meu quarto-avô, aparece referido com a grafia Bivár, assim mesmo, em alguns documentos); parece que no ramo de Portimão, alguns descendentes Moreiras de Brito Velhos da Costa, que também eram mais conhecidos apenas por Bivares, em algumas gerações admitiram de facto o uso do "í", o que está hoje ultrapassado, tanto quanto sei. Enfim, veremos qual será o resultado no futuro deste braço de ferro onomástico...
Um abraço,
António Bivar
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RE: Famílias de Medelim
Caro Confrade Miguel Mora
Muito obrigado por todas as informações que pôs à disposição e que vêm completar em muitos pontos as que eu possuía; tenho relativamente desenvolvidas as ascendências de várias das senhoras aliadas aos Avellares (Salvados Pretos, Leitões, Mouras, etc.) que terei muito prazer em enviar-lhe, caso não as conheça. Entretanto também lhe farei chegar cópia dos tais apontamentos.
Um abraço,
António Bivar
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RE: Tomada de Apelido dos Padrinhos
Caro António Bivar:
Pelas indicações que me dá, os Sousa Prado que referi devem ser parentes dos seus. Não disponho de mais dados sobre este ramo de que tive conhecimento ao consultar as listas de antigos alunos do Colégio Militar que têm vindo a ser publicadas na revista "Raízes e Memórias". Do Cap. José Raimundo de Palma e Paiva e D. Bárbara Constantina Prado foram filhos ("RM" número 16, Dezembro de 2000, pp. 243 e 250, onde apenas consta o nome do pai; os nomes da mãe e avós e o entroncamento Palma foram obtidos por consulta aos registos paroquiais de Portimão):
- António da Palma Velho, n. Portimão 11-08-1829, que ingressou no Colégio Militar em 1838;
- José Raimundo da Palma Velho, n. Portimão 08-02-1832, que ingressou no Colégio Militar em 1842 e veio a ser General de Divisão e Inspector-Geral de Cavalaria, falecendo a 08-02-1902.
Os Palmas são uma família com implantação muito antiga na região de Portimão, no mínimo desde cerca de 1500 mas provavelmente já anterior. Talvez a sua antepassada Maria da Palma de Oliveira entronque no meu ramo, que provém de um casamento cerca de 1600 entre as famílias Oliveira Jaques e Palma Velho.
Uma vez que o tema deste tópico são as famílias de Medelim, proponho continuar esta troca de informação num outro tópico já existente e que me parece mais adequado, "Famílias do Algarve (Portimão, Alvor, Lagoa...)": http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=20687
Relativamente aos patronímicos duplos já encontrei algo semelhante. Tenho na época que refere (nascida c. 1680) uma antepassada de nome Maria Fernandes Álvares, mas é da Beira Baixa.
Cumprimentos,
Rui Pereira
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Duplo patronímico
Caro António
De que época falas, sobre esse duplo patronímico? Nunca tinha pensado no assunto, mas penso que seja sinónimo de que os mesmos já estivessem fixados como sobrenome usual. No meu registo, que fui ver, tenho apenas uma 5ª Avó, de nome Teodora Nunes Álvares, * S. Joaninho em 1º Novembro de 1721. Era filha de Manuel Álvares e de Maria Nunes, e só num único documento a vejo reunir os apelidos patronímicos dos Pais. Os outros referem apenas Teodora Nunes, que curiosamente fazia 34 anos, ainda solteira (casou ano e meio depois) no dia do Terremoto. Mas penso que nessa altura ainda não se festejavam os anos.
Abç
Alexandre
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RE: Famílias de Medelim
Caro Confrade António Bivar
Agradeço muito a sua generosa oferta, pois em relação à ascendência de Pedro José Maurício de Avelar não disponho de qualquer outro dado, lamentando nunca ter voltado a pedir as cópias dos diversos assentos paroquiais, onde se destacavam alguns registos de óbito invulgarmente pormenorizados - eu atribuo-lhes muita importância, dado serem asolutamente indispensáveis ao entendimento das complexas questões de sucessão e transmissão do património.
Relativamente à da sua mulher D. Maria Freire de Andrade também não obtive grandes progressos, ficando a saber que o Capitão Manuel Fernandes Ferreira, seu avô paterno, era filho de Pedro Fernandes e de sua mulher Maria Afonso, moradores na vila de Zebreira, e que sua mulher Joana Lopes Leitão o era de Martinho Lopes Leitão, natural de Alcains, e de sua mulher Maria Pires (recebidos em Alcafozes, a 2-X-1726), esta irmã do Licenciado Manuel Pires Capelo e ambos naturai de Alcafozes - e portanto neta paterna de Manuel Vaz Lopes e de sua mulher Catarina Nunes, moradores em Alcains, e materna de Domingos Pires Capelo, natural de Vinhas, freguesia de Touro, e materno de Domingas Pires, de Alcafozes.
A sogra de Pedro José Maurício dava pelo nome de D. Antónia Freire de Andrade e era filha (penso que ilegítima) de António Freire de Andrade e de Angélica Maria Caldeira, também ela natural de Alcafozes.
O futuro Capitão-Mor (de Monsanto) nascera em Lordelo, freguesia de Vila Chã (Vale de Cambra), 23-I-1719, fruto dos amores proíbidos de outro António Freire de Andrade, natural da cidade de Lisboa, e de Mariana Gomes, natural do dito lugar de Lordelo, da qual viria a ter pelo menos outros seis filhos. Era sobrinho paterno de Joaquim Freire de Andrade, prior de Castanheira de Jarmelo, no bispado da Guarda, e de Manuel Freire de Andrade, prior de Medelim, cuja freguesia paroquiou durante pelo menos 35 anos, ali vindo a falecer, a 22-X-1775. É, aliás, altamente provável que este tio tivesse influenciado a sua vinda para Medelim, onde aparece pela 1.ª vez referido num baptismo celebrado a 4-III-1743 - sendo designado como capitão, a 14 -IV-1759 e como capitão de Auxiliares, a 19-XII-1764.
Casara entretanto, certamente na vila de Monsanto, com D. Maria Teresa de Proença Giraldes, que terá nascido nessa mesma vila e viria a falecer em Medelim, a 16-II-1764, sendo sepultada na capela-mor da igreja com "licença de sua Ex.ª"; a qual era filha do Capitão Manuel Gonçalves Sidral, natural de Monsanto, e de sua mulher Maria Josefa (Giraldes), natural de Peroviseu e irmã de Rita Maria, casada com o Capitão Joaquim Xavier de Avelar. Teriam apenas uma filha, D. Maria Joaquina Freire de Andrade, nascida em Medelim, a 1-VIII-1763, e aí falecida, a 30-I-1785, provavelmente sem descendência, pois havia casado na mesma freguesia, a 25-XI-1782, com João Manuel Leitão Marrocos, natural de Idanha-a Velha, o qual era filho de João dos Reis Leitão Marrocos e de sua mulher Petronilha Teresa Ferreira.
Em 27-XII-1768, vamos encontrá-lo como sargento-mor, ficando-se a saber através de um assento datado de 11-V-1769 que o era "da villa de Monsanto e seo termo".
Em 1771, solicita ao Tribunal do Desembargo do Paço licença para "unir a hum vinculo só, os dois que seu tio o Prior do dito lugar lhe doou, e metteo de posse", ficando-se ainda a saber "que seu tio o P.e M.el Freire de Andrade Prior da Igreja do d.º lugar instituio dous vinculos de seus bens adquiridos (...) e porq. o Sup.te he Sargento Mor daquella v.ª e tr.º que se trata a lei da nobreza q. tem por seu nacim.to e familia" - estas instituições e doações reportam-se seguramente a escrituras notariais, dado que o Prior de Medelim só viria a falecer passados quatro anos.
Três anos mais tarde, o mesmo Tribunal informava que a "V. M. recorreu Antonio Freire de Andrade, do lugar de Medelim, c.º leg.º adm.or de sua f.ª D. Maria Joaquina Freire, a qual por falecim.to de sua Mãe sucedeu em um vinculo ou capela q. instituiu M.el Glz Cidral com o onus de cinco missas anuaes, p.ª q. V. M. fosse servido declaralo extincto, e Abolido, por insignificante", vínculo esse de que era então imediata sucessora Maria de Campos, viúva de Manuel Antunes Calvo.
Viria a ser nomeado capitão-mor (de Monsanto), pois já figura como tal num assento datado de 17-I-1780, e, cinco anos mais tarde, a 25-IX-1785, já se encontrava novamente casado, desta sorte com D. Rita Felizarda da Cunha, cuja naturalidade e circunstâncias pessoais desconheço.
António Freire de Andrade viria a falecer em Medelim, a 1-VIII-1789, com testamento em que estipulou diversos legados e onde é provável que tenha legitimado uma filha chamada - Antónia, que tivera de Angélica Maria Caldeira, natural de Alcafozes (a qual ainda não conseguir identificar, porque nessa época foram ali baptizadas três Angélicas Marias).
A minha desconfiança reside no facto de a mesma só ser mencionada nos livros paroquiais de Medelim após a morte do pai, mais precisamente num baptismo celebrado a 19-V-1790.
Obtida a necessária dispensa, Antónia Freire haveria de receber-se em Medelim, a 26-IX-1791, com seu tio paterno Pedro Freire. Teriam apenas um filho, Manuel, falecido dois dias após o nascimento, ocorrido em Medelim, a 25-VI-1796. O pai pouco tempo lhe sobreviveria, vindo a falecer em Medelim, a 19-XI-1796, com testamento em que nomeava sua mulher herdeira universal e seu irmão José testamenteiro.
Este José Freire de Andrade era tenente e sargento-mor do Regimento de Infantaria de Almeida, acabaria igualmente por falecer em Medelim, a 11-XII-1800, legando os bens à mesma sobrinha e nomeando testamenteiro seu 2.º marido.
Com efeito, D. Antónia Freire de Andrade havia contraído novo matrimónio, em Idanha-a-Nova, a 21-XII-1797, com o já noutras ocasiões referido José Joaquim Ferreira Capelo, que havia nascido nessa mesma vila, tendo o casal tido 3 filhas, todas casadas e com geração (ver anteriores mensagens).
D. Antónia faleceria em Medelim, a 27-XII-1804, tendo-lhe o marido sobrevivido ainda bastantes anos, até 11-VIII-1816.
Como resulta da exposição acima, eu não possuo qualquer dos assentos de casamento do Capitão António Freire de Andrade, que creio serem peças muito importantes deste xadrez - penso que o 1.º se deverá ter realizado em Monsanto, dada a naturalidade da mulher, mas o 2.º é para mim um mistério, pois nada sei sobre a naturalidade e filiação de D. Rita Felizarda Giraldes da Cunha, assunto em que me vejo obrigado a solicitar a sua abalizada opinião - é até provável que a carreira militar do marido implicasse a sua permanência noutros locais onde houvesse tropas aquarteladas.
Também me era absolutamente essencial descobrir o assento de baptismo de D. Antónia Freire de Andrade, pois só assim poderei ter a certeza do carácter do seu nascimento e da identidade da mãe.
Poderia ainda ser importante a obtenção da dispensa matrimonial do seu 1.º casamento, intuito que esteve na base da minha abordagem ao Eng.º Castelo Branco, pois desconhecia em absoluto o paradeiro da respectiva documentação diocesana. Em relação a essa conversa, é perfeitamente admissível que eu tenha confundido um "trabalho publicado" com outro "a publicar", mas, como não quis voltar a incomodá-lo, acabei por nunca desfazer esse equívoco.
Como vê, preciso de alguma ajuda nesta questão dos Freires, nem que seja uma mera sugestão dos sítios onde deverei fazer incidir as minhas buscas.
Grato por toda a atenção dispensada, envio-lhe um fortr abraço
Miguel Mora
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RE: Famílias de Medelim
Meu caro Miguel Mora,
Nos costados da minha mulher existe uma Leonarda Geraldes, nascida na Capinha, Fundão, em 28-02-1655, filha de António Geraldes da Cunha nascido em 18-11-1635, casado com Maria Simão em 26-07-1671. Tudo na Capinha. Assim a Capinha poderá ser uma das freguesias a investigar porque là houve Geraldes da Cunha.
Uma pergunta: sabe quem eram os pais das irmãs Josefa Geraldes e Rita Maria de Peroviseu?
Um abraço
JLiberato
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RE: Famílias de Medelim
Caro Confrade JLiberato:
Os Pais eram Bernardo Martins Proença (ou Martins Pereira) e Francisca Gomes Giraldes, mas espero, logo que me seja possível, disponibilizar mais dados acerca desta ascendência.
Cumprimentos,
António Bivar
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RE: Duplo patronímico
Caro Alexandre:
O meu “duplo patronímico” é um João Fernandes Álvares que tem uma filha nascida em 1683; não lhe conheço a filiação. É realmente uma grande coincidência o “confrade” Rui Pereira ter uma antepassada da Beira Baixa exactamente com o mesmo duplo patronímico e na mesma época!
Encontrei ainda no princípio do século XVII, ainda que muito raramente, o uso próprio do patronímico (indicação do nome do pai - um Gonçalo Esteves Meleiro, filho de um Estêvão Meleiro, casado em 1650 e que transmite à descendência o “Esteves” como apelido, deixando cair o “Meleiro” e, na mesma freguesia, o que me deu muito trabalho, outro Gonçalo Esteves, contemporâneo, filho de um Estêvão de Mera, que também transmite o Esteves à descendência, ainda por cima ambos casados com homónimas!! e noutra região do país, um Francisco Juzarte, casado em 1609, filho de um Juzarte Pires, etc.). No entanto acho que a fixação dos patronímicos como apelidos se deu, na maior parte dos casos, pelo séc. XV ou, quando muito, XVI; apesar disso parece-me, de facto, muito raro, antes do séc. XIX, aparecerem apelidos múltiplos formados com mais de um patronímico.
Um abraço,
António Bivar
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RE: Duplo patronímico
Caro Alexandre:
O meu “duplo patronímico” é um João Fernandes Álvares que tem uma filha nascida em 1683; não lhe conheço a filiação. É realmente uma grande coincidência o “confrade” Rui Pereira ter uma antepassada da Beira Baixa exactamente com o mesmo duplo patronímico e na mesma época!
Encontrei ainda no princípio do século XVII, ainda que muito raramente, o uso próprio do patronímico (indicação do nome do pai - um Gonçalo Esteves Meleiro, filho de um Estêvão Meleiro, casado em 1650 e que transmite à descendência o “Esteves” como apelido, deixando cair o “Meleiro” e, na mesma freguesia, o que me deu muito trabalho, outro Gonçalo Esteves, contemporâneo, filho de um Estêvão de Mera, que também transmite o Esteves à descendência, ainda por cima ambos casados com homónimas!! e noutra região do país, um Francisco Juzarte, casado em 1609, filho de um Juzarte Pires, etc.). No entanto acho que a fixação dos patronímicos como apelidos se deu, na maior parte dos casos, pelo séc. XV ou, quando muito, XVI; apesar disso parece-me, de facto, muito raro, antes do séc. XIX, aparecerem apelidos múltiplos formados com mais de um patronímico.
Um abraço,
António Bivar
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RE: Famílias de Medelim
Caro Confrede JLiberato
Muito agradeço a sua amável sugestão sobre a família Geraldes da Cunha, da Capinha, e desde já devo referir que me esqueci de mencionar a única pista que possuía sobre esta combinação de apelidos, respeitante ao Padre Manuel Giraldes da Cunha, natural de Alcaria, que na igreja do Salvador de Monsanto, a 1-XI-1750, celebrou o casamento do Capitão Joaquim Xavier de Avelar, de Medelim, com aquela mesma Rita Maria, de Peroviseu.
Quanto à filiação desta, e apesar de o estimado Confrade António Bivar já ter respondido à sua dúvida, indico apenas um ou outro apontamento que recolhi, e que, para não sobrecarregar demasiadamente os esquemas genealógicos dos Avelares e Freires de Andrade, de Medelim, poderei não ter incluído nas respectivas mensagens:
BERNARDO MARTINS DE PROENÇA, natural de Peroviseu, filho de Manuel Alves Alferes (ou Panasco) e de Maria (Martins) de Proença (recebidos em Peroviseu, a 15-I-1688), casou na mesma freguesia, a 24-IV-1712, com FRANCISCA GOMES GIRALDES, natural de Alcaria, filha de Manuel Giraldes, também daí natural, e de Francisca Gomes, nascida em Mingiro ?.
Tiveram, entre outros:
- Maria Josefa Giraldes, que casou (em Monsanto ?) com o Capitão Manuel Gonçalves Sidral (ou Cidral), natural da mesma vila; união que seria relativamente breve, pois num baptizado realizado em Medelim, a 22-IX-1751 (fl. 169v.), foram padrinhos "Domingos Martins Proença e sua irmã Maria Jozefa, viuva q. ficou de M.el Glz Sidral, moradores na villa de Monsanto". Tiveram pelo menos três filhas, a saber: D. Maria Teresa de Proença Giraldes, que, tal como anteriormente afirmei, foi a 1.ª mulher do Capitão-Mor António Freire de Andrade; D. Maria Josefa de Proença Giraldes, casada que foi com o Capitão-Mor Maurício José Lino de Avelar, de Medelim, irmão de seu tio-afim Joaquim Xavier; e Catarina Maria, que, dita solteira, foi madrinha num baptizado ocorrido em Medelim, a ?-?-1757 (fl. 56v.), s.m.n.
- Rita Maria, nascida em Peroviseu, a 24-II-1725, e que, como atrás fica dito, viria a desposar o Capitão Joaquim Xavier de Avelar, c.g. (ver mensagens anteriores)
- Teresa de Proença, nascida em Peroviseu, a 22-IV-1728. Figura com seu irmão "o Capitam Domingos Martins" num baptizado celebrado em Medelim, a 25-II-1753 (fl. 2v.), s.m.n.
-Domingos Martins Proença, que, como se acaba de ver, foi capitão (de Ordenanças ?), s.m.n.
-(José Proença Geraldes ?), que vem mencionado no "ANEXO N.º 1 (ao decreto n.º 22 de 12 de Janeiro de 1754)", ponto "II-RELAÇÃO DOS AJUDANTES NOMEADOS NA MESMA DATA PARA AS VAGAS DOS REGIMENTOS DE INFANTARIA", alínea "C) BEIRA", onde consta o seguinte: "Joze de Proença Geraldes para o 1.º batalhão do regimento de João de Reboredo e Távora, onde era alferes" (C.EL H. MADUREIRA DOS SANTOS, "Catálogo dos decretos do extinto Conselho de Guerra..., vol. II, Lisboa, p. 491), s.m.n.
É tudo quanto sei sobre esta gente, poi, como penso ter já explicado, tive de adiar as pesquisas sobre os meus ascendentes oriundos da Beira Baixa.
Um abraço
Miguel Mora
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Duplo patronímico, fixação do patronímico
Caro António
Realmente, acho que a tua e a dele devem ser irmãs... valia a pena investigar.
Quanto à transformação do patronímico em sobrenome, quando se fala disso pensa-se nas cidades, mas no interior rural há bolsas tardias agarradas ao uso tradicional, consoante as zonas do país. Na minha varonia, na Beira Alta, por ex., só se fixa o patronímico com meu 7º Avô Braz Nunes, o mais aventureiro de todos eles, e o único viajante, b. 9 I 1661. Como vês, 2ª metade do sc. XVII. Mas Braz Nunes não era filho de um Nunes, seu filho Filipe foi o primeiro que manteve o uso do patronímico do pai (usou Nunes e não Braz). Aí passa para a 1ª metade do sc. XVIII. Penso que isto se deve à necessidade de diferenciação local e ao acaso: havendo um Braz filho de outro Braz, não poderia ser Braz Braz, nem apenas Braz, e toma então o patronímico materno.
Abç
Alexandre
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RE: Famílias de Medelim
Caro Miguel Mora:
Venho finalmente dar cumprimento à promessa de pôr à disposição do fórum os dados que tenhos acerca da ascendência do seu antepassado (e tio-antepassado da minha Mulher) Pedro José Maurício de Avelar. Aqui vai, com a habitual numeração de Soza-Stradonitz.
1ª Geração:
1. Pedro José Maurício de Avellar e João António Baptista de Avellar (n. 8/1/1791, b. 19, Medelim).
2ª Geração:
2. Anto´nio Maurício de Avellar (b. 14/9/1763, Medelim).
3. Teresa Baptista de Jesus (n. 2/3/1760, b. 9, Alcaide, Fundão).
3ª Geração:
4. Joaquim Xavier Lino de Avellar (Capitão de Ordenanças; viu´vo de D. Anto´nia Agostinha, c. 2ª vez a 1/11/1750 em Monsanto).
5. Rita Maria de Proença (n. 24/2/1725, b. 4/3, Pêro Viseu, Fundão).
6. Jose´ Salvado Preto (n. Almeida, c. 2/12/1750, Alcaide, Fundão).
7. Josefa Baptista Leitoa (n. 27/6/1720, b. 4/7 , Bemposta, Penamacor).
4ª Geração:
8. Andre´ Gonc¸alves de Avellar (b. 8/9/1683, Vila Rala, Sta. Iria de Azo´ia, Loures, Lisboa, sendo padrinho o Pe Andre´ de Avellar; Tenente de Cavalos da Companhia de João Álvares de Faria, c. 14/5/1714, Medelim).
9. Maria Torroa ou Maria Nunes (n. Medelim) [eu tinha lido “Ferroa” em algum documento, mas deve ter sido má leitura; no assento de casamento aparece “Nunes”].
10. Bernardo Martins de Proença (ou “Martins Pereira”; n. 16/12/1693, b. 24, Pêro Viseu, Fundão; 4o administrador do Morgado anexo à capela de Na Sra do Socorro em Almeida, inst. pelo Pe. Manuel Martins Pereira, sobrinho de Pedro Martins, bisavô de Bernardo).
11. Francisca Gomes Giraldes (n. 16/1/1698, b. 23, Alcaria, Fundão).
12. Francisco Salvado Preto (n. 24/3/1681, b. 1/4, c. 21/1/1723, Alcaide; Alferes (de ordenanc¸as?)).
13. Teresa Martins (n. Alcaide, Fundão).
14. Domingos Gonc¸alves de Moura (n. Bemposta, Penamacor, c. 13/4/1712, Alcaide, Fundão; Capitão (de ordenanc¸as?); viu´vo de Maria da Cruz).
15. Maria Vaz Leitoa (n. Alcaide).
5ª Geração:
16. João Gonçalves (n. Vila Rala, Sta. Iria de Azóia., Loures, c. 24/9/1651 (?), Santa Iria).
17. Mariana (ou Maria?) Francisca (= “Ollaia Francisca”?).
18. Manuel João Verdozo.
19. Maria Nunes (é o nome que tenho nas minhas notas, e não Maria Gonçalves; terei copiado mal do assento de casamento da filha?).
20. Manuel Álvares Panasco (n. Pêro Viseu, Fundão, c. 15/1/1688, Pe^ro Viseu).
21. Maria Martins de Proença (n. Pêro Viseu, Fundão).
22. Manuel Giraldes (f. 9/3/1708, Pêro Viseu, Fundão).
23. Francisca Gomes (n. Dominguizo, Covilhã, f. 20/7/1703, Alcaria, Fundão)
24. Manuel Francisco Gandufo (b. 29/7/1644?, Alcongosta, Fundão).
25. Silvana Salvada Preta (n. 31/12/1650, b. 8/1/1651, Alcongosta, Fundão; “segunda prima” do Mestre de Campo Diogo Dias Preto, ascendente dos Viscondes do Outeiro, de acordo com a habilitação para o Santo Ofício de seu filho homónimo de que Silvana é testemunha a 18/10/1718; o primeiro Diogo Dias Preto era Cavaleiro da Ordem de Cristo – 25/1/1662 – com dispensa de El-Rei porque seu avô materno era “tozador”).
26. Pedro Álvares (n. Fatela, Fundão, c. 10/6/1697, Alcaide, Fundão; Alferes (de ordenanças?)).
27. Maria Martins (n. Alcaide, Fundão).
28. Domingos Gonçalves de Moura (f. 18/5/1698, Águas, Bemposta; Capitão (de ordenanças?)).
29. Catarina Luis (n. Bemposta, Penamacor; Tem irmão Domingos Rodrigues, “das A´guas”).
30. Custo´dio Vaz (c. 15/5/1676, Alcaide, Funda~o, disp. 2º grau de consanguinidade).
31. Maria Leitoa.
6ª Geração:
32. Francisco Gonc¸alves (?)
33. Domingas da Costa (?)
34. Gonçalo Francisco (?)
35. Catarina Jorge (?)
40. Manuel Álvares (n. Pêro Viseu; Alferes).
41. Catarina Luis.
42. Manuel Martins (c. 20/7/1662, Pêro Viseu).
43. Maria de Proença.
44. Giraldo Martins (n. Peraboa, c. 15/9/1647, Pêro Viseu).
45. Maria Simão (n. Pêro Viseu).
48. Manuel Francisco (?) (n. Alcongosta, Fundão).
49. Beatriz Antunes (?) (n. Alcongosta, Fundão).
50. Pedro Salvado Preto (b. 8/3/1623, Alcongosta).
51. Beatriz Martins (n. 3/1/1624, b. 21 ?, Alcongosta, Fundão).
52. Pedro Fernandes.
53. Domingas Álvares.
54. José Martins.
55. Catarina Luis.
56. Domingos Gonc¸alves (?) (f. 16/8/1660, A´guas, Bemposta).
60. Luis Vaz (c. 22/1/1651, Alcaide, Fundão).
61. Catarina Antunes.
62. Manuel Leitão.
63. Maria Martins.
7ª Geração:
84. Pêro Martins (n. Pêro Viseu, Fundão; Tio do Padre Manuel Martins Pereira, instituidor do Morgado anexo à capela de Nª Srª do Socorro em Monsanto, tendo a sucessão do vínculo recaído na descendência deste Pedro Martins. O vínculo foi instituido em conjunto com Fr. António Martins, irmão do Pe. Manuel, supra, sendo ambos naturais de Monsanto.)
85. Maria Domingues.
86. Barnabé Francisco († antes de 22/5/1662, c. 26/10/1627, Pêro Viseu, Fundão).
87. Maria de Proença († antes de 22/5/1662).
88. Giraldo Martins (c. entre 21/6/1615 e 15/7/1617, Pêro Viseu, Fundão).
89. Leonor Miguel (n. Pêro Viseu, Fundão).
90. Domingos Simão (n. Pêro Viseu, Fundão).
91. Domingas Fernandes (n. Pêro Viseu, Fundão).
100. Pedro Salvado Preto “o Manquinho” (“ sempre viveram de suas fazendas, sem ofício, como cavalheiros sempre viveram como nobres", segundo testemunhas do processo de habilitação para familiar do Santo Ofício do neto Domingos Salvado Preto).
101. Isabel Antunes († 6/10/1647, Alcongosta, Fundão).
102. Anto´nio Martins (?).
103. Maria Antunes (?).
120. Manuel Leitão (c. 26/8/1630, Alcaide, Fundão; Casa segunda vez com Catarina Gil, infra, viu´va de Francisco Antunes Travassos, filha de Pedro Gil, e futura sogra de seu filho Luis Vaz, a 30/6/1650).
121. Maria Antunes († antes de 22/1/1651, Alcaide, Fundão).
122. Francisco Antunes Travassos († antes de 30/6/1650, Alcaide, Fundão).
123. Catarina Gil (b. 19/11/1604 Alcaide, Fundão).
124. = 120.
125. = 121.
8ª Geração:
132. Manuel Francisco (n. Pêro Viseu, Fundão).
133. Leonor Miguel (n. Pêro Viseu, Fundão).
134. Anto´nio Fernandes (n. Pêro Viseu, Fundão).
135. Catarina de Proença (n. Pêro Viseu, Fundão).
240. Luis Vaz (Leitão?) (n. Alcaide, Fundão, c. 8/1/1599, Alcaide)
241. Catarina Rodrigues (?).
246. Pedro Gil (n. Alcaide, Fundão).
247. Maria Antunes (n. Alcaide, Fundão).
248. = 240.
249. = 241.
Pocurarei também em breve dar seguimento à promessa de lhe enviar cópia dos tais documentos que me forneceram.
Um abraço,
António Bivar
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RE: Famílias de Medelim
Peço desculpa pelos acentos e cedilhas mal postos; resultou de ter copiado os dados de um tratamento de texto antigo para uma versão nova e não ter reparado em todas as letras a corrigir...
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RE: Famílias de Medelim
Caro Miguel Mora e restantes confrades:
Peço desculpa pelo erro na numeração de Soza Stradonitz na 8ª geração da mensagem supra! assim os números 132 a 135 deveriam ser 172 a 175.
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Famílias de Medelim e Peroviseu
Meu caro António Bivar,
Tendo estudado com algum cuidado a freguesia de Peroviseu, Fundão, despertou-me muito interesse esta sua mensagem.
Assim, parece-me encontrar um casal que é antepassado da minha mulher. Trata-se dos números 84. e 85.
Eu tenho-os assim.
Pero Martins e Maria Domingues casaram em Peroviseu em 13-08-1634 e tiveram dois filhos: Leonor Martins nascida em 15-11-1651 e Manuel Martins nascido em 8-11-1651. Na altura achei curioso o facto de haver 7 dias de diferença, mas provavelmente eram gémeos.
Pero Martins era filho de António Martins e Joana Dias e Maria Domingues era filha de Domingos Álvares e Maria Afonso.
Disponho da descendência de Leonor Martins até à actualidade (minha mulher), que estaria disposto a trocar em privado com a descendência até à sua esposa, se estivesse interessado.
Melhores cumprimentos
JLiberato
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RE: Famílias de Medelim
Caro Miguel Mora,
Acabei de enviar ao nosso confrade António Bivar uma mensagem sensivelmente do teor seguinte.
Tendo estudado com algum cuidado a freguesia de Peroviseu, Fundão, despertou-me muito interesse a mensagem do nosso confrade António Bivar de 26-01-2003 às 21:19.
Assim, pareceu-me encontrar nessa mensagem um casal que é antepassado da minha mulher. Trata-se dos números 84. e 85.
Eu tenho-os assim.
Pero Martins e Maria Domingues casaram em Peroviseu em 13-08-1634 e tiveram dois filhos: Leonor Martins nascida em 15-11-1651 e Manuel Martins nascido em 8-11-1651. Na altura achei curioso o facto de haver 7 dias de diferença, mas provavelmente eram gémeos.
Pero Martins era filho de António Martins e Joana Dias e Maria Domingues era filha de Domingos Álvares e Maria Afonso.
Disponho da descendência de Leonor Martins até à actualidade (minha mulher), que estaria disposto a trocar em privado com a sua, se estivesse interessado.
Melhores cumprimentos
JLiberato
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RE: Famílias de Medelim
Caro Miguel Mora
Antes de mais apresento-lhe as minhas desculpas pelo atraso na minha resposta, o que se deveu a ter andado assaz ocupado, e precisar de tempo para ler com a atenção devida as três intervenções simultâneas e tão bem documentadas que fez o favor de aqui publicar.
Gosto sempre de ter ideia geral dos temas que são tratados, não se dê o caso de haver coincidência de interesses que gere troca profícua de informação, mas infelizmente não é o caso em relação à descendência destes morgadios que o ocupam. Resta-me agradecer-lhe a generosidade da sua resposta.
Melhores cumprimentos
Alexandre Tavares Festas
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RE: Famílias de Medelim
Caro António Bivar
Uma vez mais não posso deixar de lhe agradecer a sua extrema generosidade, e apresentar as minhas desculpas pelo atraso da minha resposta, que se deve à circunstância de ter estado fora durante alguns dias.
Em relação à mulher do Ten. André Gonçalves de Avelar, que possui o n.º 9 da árvore de costados, a mesma é efectivamente designada por "Maria Forroa" no assento de casamento do Capitão Joaquim Xavier de Avelar e Rita Maria de Proença. Mas como este matrimónio foi celebrado em Monsanto, eu presumo que se possa ter tratado de um erro de escrita, pois em Medelim o apelido começa sempre por um "T" (Terrão ou Torrão). Aliás, o próprio assento de óbito diz qualquer coisa do género: aos 15-XII-1762 faleceu de 80 anos pouco mais ou menos "Maria Nunes Teroa viuva q. ficou de Andre Glz" (fl. 60); mencionando ainda o Padre Domingos Fernandes, seu irmão, e a mãe Maria Gonçalves.
Foi precisamente esta última referência que me induziu em erro, achando assim que quando aquele militar casou (14-V-1714) se teria trocado o apelido da sogra no respectivo assento. Falhou-me, no entanto, um pormenor fundamental, que é o declarar-se ali que a mesma já era falecida; dado esse impossível de conciliar com o facto de em Medelim, a 8-XII-1725 (fl. 115), ter falecido Maria Gonçalves, mulher de Manuel João Verdoso - era de facto sua mulher, só que a 2.ª, com a qual se havia recebido na mesma freguesia, a 25-(V)-1685 (fl. 123v.). Portanto, não é de estranhar que (no testamento) a enteada a tratasse por mãe, já que terá sido criada por ela desde tenra idade.
Consequentemente, é preciso reformular parte do que afirmei sobre a filiação de Maria Nunes "Torroa", filha sim de Manuel João Verdoso, mas havida em sua 1.ª mulher Maria Nunes.
Eu tenho mais algumas notas sobre esta família Nunes-Verdoso, retiradas dos livros paroquiais de Medelim, que não incluí nas anteriores mensagens para não estar a adensar demasiadamente os textos, a saber:
Casamentos:
-MANUEL JOÃO e CATARINA NUNES receberam-se a 11?-I-1683 (fl. 121v.). Deve ser o casal Manuel João Verdoso, o "Moço", e Catarina Ferreira, que baptizaram um(a) filh(a) a 14-V-1701 (ver adiante).
-MANUEL JOÃO e MARIA GONÇALVES "se receberão em facce de Igreia aos vinte e sinquo de Mahio de 685... (fl. 123v.).
-Entre 1746/1782 é referido o Padre António Marques Verdoso.
Baptismo dos filhos de Manuel João Verdoso e sua 2.ª mulher Maria Gonçalves:
-MANUEL, baptisado em caso de necessidade a 17-IV-1686 (fl. 28v.).
-DOMINGOS, baptizado a 11-VII-1687 (fl. 32v.), sendo padrinhos Simão Fernandes, solteiro, e Catarina João, ambos de Medelim. O assento diz ainda que "he filho do segundo matrimonio que celebrou o pai deste Bautizado".
-DOMINGOS, nascido a 21-XII-1689 e baptizado a 29 do mesmo (fl. 45), sendo padrinhos Domingos Fernandes Corcovado e sua mulher Maria Fernandes.
-MANUEL, baptizado a 6-III-1693 (fl. 72), sendo padrinhos Francisco João verdoso e Maria Ferreira.
-SIMÃO, baptizado a 23-XII-1694 (fl. 83), sendo padrinhos Pedro Álvares e Isabel Fernandes.
-MARIA, baptizada a 24-III-1698 (fl. 101v.), sendo padrinhos Manuel Domingues Paciencia e sua mulher Maria Gonçalves - até ao presente, eu pensava que fosse esta a mulher do Ten. André de Avelar.
-DOMINGAS, baptizada a 13-IV-1704 (fl. 17v.), sendo padrinhos Luís Gonçalves e sua mulher Maria João.
Outros baptismos:
-Francisca, filha de Francisco João Verdoso e Maria Ferreira (2.º "exparte viri"), foi baptizada a 19-XI-1692 (fl. 71v.), sendo padrinho Manuel João Verdoso.
-DOMING(A)S, filh(a) de Manuel João Verdoso, o "Moço", e de Catarina Ferreira (1.º matrimónio de ambos), foi baptizada a 14-V-1701 (fl. 117v.).
-ISABEL, filha de Manuel João Verdoso, o "Moço", foi baptizada a 3-XII-1702 (fl. 8), sendo padrinhos Domingos Fernandes da Torre e sua irmã Maria Nunes, ambos filhos de Manuel João Verdoso, o "Velho".
-Em 4-VIII-1709 (fl. 44v.), foram padrinhos de ? o Padre Domingos Fernandes Verdoso e sua irmã Maria Nunes Torroa.
Outros óbitos da mesma família:
-P.º FERNANDES TERÃO, faleceu com testamento a 14-II-1694 (fl. 173v.)
-ANTÓNIO NUNES TORRÃO, viúvo, faleceu com testamento a 5-V-1696 (fl. 175v.).
-FRANCISCO JOÃO VERDOSO, natural de Medelim, casado com Maria Ferreira, de Aldeia de João Pires, faleceu a 11-III-1700 (fl. 186).
-MARIA GONÇALVES, casada com Manuel João Verdoso (o "Velho), faleceu com testamento a 8-XII-1725, e foi enterrada em sepultura própria (fl. 115).
-ANTÓNIO JOÃO VERDOSO, de 60 anos, casado pela 2.ª vez com Maria Pires, faleceu com testamento a 26-XI-1726 (fl. 58).
-MANUEL JOÃO VERDOSO, O "MOÇO", casado com Catarina Ferreira, faleceu a 17-VI-1729 (fl. 134v.).
-DOMINGOS FERNANDES VERDOSO, clérigo de Ordens de Epístola, natural de Medelim, filho de Manuel João Verdoso e Maria Gonçalves, faleceu com testamento a 4-III-1731 (fl. 141), e foi sepultado em sepultura de seus parentes.
-FRANCISCO JOÃO VERDOSO, faleceu a ?-?-? (fl. 25). Menciona no respectivo testamento a nora Maria Josefa, os sobrinhos filhos de seu irmão Simão Fernandes, Isabel filha de sua irmã Maria Gonçalves, e sua prima Francisca Lourença, viúva de Francisco Martins; e institui herdeiros os filhos.
-TEN. ANDRÉ GONÇALVES DE AVELAR, faleceu a 30-XII-1743 (fls. 40v.-42), sendo mencionados no respectivo testamento dois cunhados seus, o Padre Domingos Fernandes Verdoso e Simão Fernandes (deve ter deixado sufrágios por sua intenção).
-MANUEL, filho de Domingos João Verdoso, o "Velho", faleceu a ?-?-? (fl. 51).
-O PADRE JOÃO ROBALO VERDOSO, faleceu a 31-III-1762 (fl. 51v.).
Óbito da família Salvado que penso ter-me escapado:
-MARIA SALVADA, filha de José Salvado Preto e de Josefa Baptista, natural do Alcaide, faleceu em Medelim, a 5-I-1817 (fl. 25).
Todos estes dados resultam de breves notas que tirei a partir dos registos microfilmados de Medelim, pois, como já expliquei, pretendia pedir as fotocópias dos correspondentes assentos, o que, depois de uma tentativa falhada, acabou por não acontecer, salvo raras excepções que passo a indicar:
-C. de Bernardo Martins de Proença e Francisca Gomes Giraldes.
-B. de Rita Maria de Proença.
-C. do Cap. Joaquim Xavier de Avelar e Rita Maria de Proença.
-C. Domingos António de Avelar (irmão de António Maurício de Avelar) e Rosa Baptista (irmã de Teresa Baptista de Jesus).
-C. Pedro José Maurício de Avelar e D. Maria Freire de Andrade.
-C. José Salvado Preto e Josefa Baptista Leitoa.
-B. Teresa Baptista de Jesus.
-1.º C. do Dr. Domingos José Salvado Preto com D. Luísa Salvada.
-2.º C. do Dr. Domingos José Salvado Preto com D. Bárbara Luísa Joaquina (Vargam) do Rego.
Caso não disponha das reproduções dos originais, faça-mo saber, que eu prontamente lhe enviarei fotocópias das minhas. Sobre o meu costado Capelo ainda tenho mais meia dúzia de elementos, família da qual gostaria de conhecer um pouco mais, nomeadamente sobre a sua origem, que penso apontar para a vila de Touro - até porque o parentesco mais próximo que tenho com o meu querido Amigo e Mestre, João da Cunha Matos, estabelece-se precisamente através dos Capelos.
Por último, renovo os meus agradecimentos e ofereço os meus fracos préstimos para tudo aquilo em que lhe possa vir a ser útil.
Um abraço
Miguel Mora
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RE: Famílias de Medelim
Caro JLiberato
Queira desculpar a minha falta de notícias, que se deve ao facto de ter tido de me ausentar durante vários dias.
Em relação à sua mensagem, gostaria apenas de lhe chamar a atenção para o seguinte pormenor: será que 1651 é realmente o ano do nascimento dos "gémeos" Leonor e Manuel? A minha dúvida reside não só no facto de me parecer muito provável que este se tenha recebido aos 10 anos de idade - dado que, de acordo com a informação prestada pelo Confrade António Bivar, casou em Pêro Viseu, a 20-VII-1662, com Maria de Proença -, mas também na circunstância de esses dois únicos filhos terem nascido ao fim de 17 anos de matrimónio. Parece-me que tudo faria mais sentido se o ano em causa fosse o de 1641.
Quanto à descendência de Leonor Martins até à actualidade, terei o maior gosto em a conhecer, e quem sabe se daí não poderão advir outros pontos de interesse comum. Sempre que assim o entender, pode contactar-me particularmente através do endereço "cfomarrobasapopontopt".
No que diz respeito à minha ligação aos referidos Manuel Martins e Maria de Proença, a mesma já se encontra em grande parte explicada neste tópico, faltando apenas descrever a descendência dos meus quartos avós Pedro José Maurício de Avelar e D. Maria Freire de Andrade, que presumo seja numerosa. E, como ao lançar este tópico pretendia sobretudo reconstituir relações de parentesco, não me levará a mal que eu avance aqui mais alguns dados, na esperança de poder suscitar o interesse de outros ilustres Confrades para esta gratificante partilha de experiências.
Assim, e retomando o "Título de Avelares de Medelim":
V PEDRO JOSÉ MAURÍCIO DE AVELAR, alferes da 2.ª Companhia do Regimento de Milícias de Idanha, nasceu em Medelim, a 9-III-1792 (fl. 2v.), freguesia onde viria a casar, a 29-VIII-1813, com D. Maria Freire de Andrade, que também ali nascera, a 28-XI-1798.
Tiveram os seguintes filhos, todos nascidos em Medelim:
VI D. Antónia, a 4-VII-1814 (fl. ?), s.m.n.
VI D. Rita, a 14-II-1817 (fl. ?), s.m.n.
VI João, a 20-XII-1819 (fl. ?), s.m.n.
VI D. Maria, a 25-XI-1821 (fls. 3v.-4), que segue ?
VI José, a 20-II-1824 (fls. 19v.-20), s.m.n.
VI D. Emília, a 18-VI-1826 (fl. 36v.), s.m.n.
VI Miguel, a 16-IV-1828 (fl. 47), s.m.n.
VI D. Teresa, a 16-I-1831 (fl. 18), s.m.n.
VI D. Maria, a 6-II-1835, que segue?
VI D. MARIA FREIRE DE ANDRADE, nasceu em Medelim e faleceu em Pombal, onde terá passado os últimos anos em companhia de sua filha D. Maria Emília, certamente após ter enviuvado (como me limitei a consultar os microfilmes dos paroquiais que se encontram na Torre do Tombo, e acabei por nunca me deslocar ao Arquivo de Castelo Branco, não posso garantir qual das duas Marias é a minha trisavó, já que aparentemente qualquer uma delas o poderá ser). Casou em Medelim com DOMINGOS DA CUNHA, que havia nascido na vila de Zebreira, a 31-III-1820 (Livro M.-7, fl. 75), e era filho de Joaquim da Cunha, também natural de Zebreira, e de Leonor Cajado, natural de Idanha-a-Nova; neto paterno de Francisco Lourenço e Leonor Luísa da Cunha, e materno de Francisco Moreira e Ana Cajado.
Segundo um livro de memórias que o meu avô paterno publicou em São Paulo (Brasil), no ano de 1981, tiveram cinco filhas, quatro das quais frequentaram a "Escola Normal de Castelo Branco" e vieram a ser professoras primárias:
VII D. Luísa Freire, que a 18-V-1865 foi madrinha de sua irmã D. Maria Emília, s.m.n.
VII D. Maria, 1.ª do nome.
VII D. Maria (Emília), 2.ª do nome, que segue.
VII D. (Maria) Bárbara. É a Tia Bárbara que o meu avô diz ter sido casada com o "Tio Rodrigão", farmacêutico militar aposentado, "preso de manias curiosas, que muito o celebrizaram", e ambos pais do seu primo e condiscípulo José Pedro Xavier Rodrigão, s.m.n.
VII D. (Maria do) Patrocínio. "Em Monforte da Beira, onde residia, com a prima Natividade, amenizava o forçado celibato fabricando manualmente intermináveis rendas conhecidas por lerias, donde lhe proveio o apelido de Tia Lerias".
De salientar apenas, que tanto a "Tia Bárbara" como a "Tia Patrocínio" poderão corresponder à 1.ª Maria.
VII D. MARIA EMÍLIA FREIRE DA CUNHA, nasceu na vila de Zebreira, a 8-I-1865, vindo a falecer em Pombal, a 13-III-1921, um dia após ter sido operada ao estômago "por um cirugião de Lisboa na própria residência". Frequentou a Escola Normal de Castelo Branco com três das suas irmãs, e "uma vez entrada no magistério, foi colocada na vila alentejana de Mora e posteriormente empossada numa cadeira primária feminina na vila de Pombal". Aí viria a casar, a 1-VI-1898, com FRANCISCO DIAS MORA, natural de Panascoso (que agora, devido ao ridículo hábito de alterar os nomes que possam ter conotações menos simpáticas, se chama Penhascoso), concelho de Mação, a 5-XII-1873, e falecido em Pombal, a 29-XI-1956, o qual era filho de Manuel Dias Mora, proprietário, e de sua mulher Maria da Conceição Raimundo, com a qual se havia recebido em Panascoso, a 23-XI-1868.
Depois de enviuvar, este meu bisavô contraiu segundo matrimónio com D. Maria Emília Freire de Castro, sobrinha de sua 1.ª mulher, embora eu ignore como.
Francisco Dias Mora e D. Maria Emília tiveram três filhos, a saber:
VIII Mário António da Cunha Mora, nasceu em Pombal a 17-IX-1899 ou 1900. Era licenciado em Matemática pela U.C., dirigiu diversos colégios e foi professor do Liceu D. João de Castro, em Lisboa, de que terá chegado a ser reitor. Casou duas vezes, a 1.ª das quais com D. Maria Cristina Eloy Borges Cardoso e a 2.ª com D. Maria Helena ?. Teve um único filho do 1.º casamento, chamado João Eloy Borges Cardoso Mora, que é casado com uma Sr.ª natural da Índia Portuguesa, tendo falecido criança o único filho que tiveram.
VIII Amadeu, que segue.
VIII Emílio da Cunha Mora, naseu em Pombal, a 16-IX-1906, e faleceu em São Paulo, Brasil, "tendo feito grande parte da sua vida na África Ocidental (Angola e Congo Belga)". Era licenciado em Farmácia pela U.C., e a sua descendência, fruto do 2.º casamento com D. Laura - "uma algarvia viva e irrequieta" -, era composta pelos "seus dois filhos Carlos e Ruth e seus três Netos".
VIII AMADEU DA CUNHA MORA, nasceu em Pombal, a 10-XI-1901, e faleceu em São Paulo, Brasil, a 19-IV-1984. Era licenciado em Medicina pela U.C. e foi durante muitos anos médico municipal em Pombal, tendo ainda desenvolvido uma intensa actividade jornalística, literária e de investigação histórica. O seu 1.º casamento realizou-se em Pombal, a 25-VI-1925, com D. ELVIRA OSÓRIO DO AMARAL E SOUSA PINTO, que nascera na mesma vila, a 26-III-1902, e viria a falecer em Coimbra, a 11-VIII-1995; filha de Manuel Rodrigues Pinto, natural de Penela, freguesia de Santa Eufémia, major-médico, etc., e de sua 2.ª mulher D. Maria Luísa Osório do Amaral e Sousa, natural da quinta das Ferrarias, freguesia de São Simão de Litém, no actual concelho de Pombal. Tiveram sete filhos, um dos quais falecido de tenra idade, 26 netos, e inúmeros bisnetos, a que hoje já se juntam pelo menos dois trinetos - eu sou o 2.º filho varão e 4.º na ordem de nascimento do filho Manuel; descendência essa que se encontra publicada, pelo que não se justifica estar aqui a fazê-lo.
Os meus avós divorciaram-se nos anos "50", e no início da década seguinte o meu avô foi viver para o Brasil com a sua 2.ª mulher, da qual teve dois filhos que ali permanecem, casados e com geração.
Antes de terminar, gostaria ainda de referir alguns parentes que o mesmo nomeia no livro "Curta história de uma longa vida", publicado em São Paulo, em 1981:
-O primo José Penteado, de Castelo Branco, que durante a 2.ª Grande Guerra prestou serviço militar na Ilha Terceira.
- Os primos Emílio e Luís Salgueiro, naturais da Zebreira e filhos da prima Emília e de um Sr. (Salgueiro) que em tempos residiu em Petrópolis. Aquando da publicação do livro, o 1.º já era falecido e o 2.º residia no Rio de Janeiro, dirigindo uma "vasta organização" dedicada ao "comércio de aços", sendo casado com uma Sr.ª natural da Suíça, da qual tinha 2 filhos já casados.
-O primo José Freire, residente em São Paulo com a mulher e dois filhos "já meio homens", e detentor de interesses no mesmo ramo de actividade.
-A prima Firmina, casada com o Professor Manuel Mendes dos Santos, que também chegou a estar emigrado em Petrópolis. "Da sua numerosa prole vivem em Portugal um rancho de mulheres e o tão estimado Primo Amilcar, exercendo advocacia em Lisboa".
Não era minha intenção estar a maçá-lo com todos estes dados, mas como penso que tem um grande conhecimento sobre a Beira Baixa, resolvi arriscar, na esperança de que algum destes nomes lhe pudesse ser familiar. Pelo facto de praticamente não ter conhecido o meu avô, sei apenas o que está escrito nas páginas daquele livro, pelo que muito gostaria de melhorar o conhecimento deste ramo familiar.
Grato pela atenção dispensada, envio-lhe os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Famílias de Medelim
Meu caro Miguel Mora,
A sua dedução parece fazer sentido, mas teria de verificar na Torre do Tombo a data dos nascimentos dos dois gémeos, o que me é impossível nos próximos meses. Não costume frequentar a Torre do Tombo?
Eu próprio tenho viajado muito nos últimos dias, o que não me permitiu responder com rapidez.
Quando a questão estiver clarificada, poderemos concluír finalmente que encontrámos a relação de parentesco. Com a minha mulher, que os meus andam perto, mas não são estes.
Um abraço do
JLiberato
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RE: Famílias de Medelim
Caro JLiberato
Agradeço a sua resposta e peço-lhe desculpa pelo atraso da minha, que se deve a uma imprevista avaria no meu computador.
Logo que me seja possível ir à Torre do Tombo tratarei de confirmar as datas em questão e dar-lhe-ei conta do resultado.
Um abraço
Miguel Mora
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RE: Famílias de Medelim
Caro Miguel Mora,
Muito obrigado pela sua disponibilidade.
Um abraço
JLiberato
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RE: Famílias de Medelim
Caro Anónio Bivar
O Tema Salvado trouxe-me até aqui.
Esta árvore interessou-me bastante, uma vez que descendo de 60. Luís Vaz (Leitão) e de 61. Catarina Antunes.
No meu caso pelo filho Luís Vaz Leitão que casou no Alcaide com Maria Martins, aos 17-7-1685 (M3, fl 3).
Esta Maria Martins é filha de Antonio Martins Nunes e de Maia Domingues (recebidos no Alcaide aos 11-9-1651) e neta paterna de Jerónimo Martins e de Catarina Pereira, dos Quadrazais, e materna de Domingos Gonçalves e de Ana Domingues, do Alcaide. Esta Maria Martins estará relacionada com 63. Maria Martins da árvore que aqui deixou?
Cumprimentos
António Pereira
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RE: Famílias de Medelim
Caro António Pereira
Não tenho mais elementos acerca da Maria Martins que refere. Os “Vaz Leitão” seus antepassados comuns com a minha Mulher despertam-me grande curiosidade; no Gayo, título de Leitões, referem-se diversos Vascos e Vaz Leitões, incluindo uma linha bastarda ligada a Idanha com ramos bastardos sem mais notícia, o que indicia a possibilidade de ligação com os “nossos”: no VI Vol., Leitoens, § 13 N 7, p. [283] temos “Affonco Vaz Leitão Alcaide Mor da Idanha, e Cavº da Casa de D. João 1º”, filho de Martim Vaz Leitão, sendo este filho bastardo de Vasco Mz Leitão. Este Afonso tem diversos netos, filhos legitimados por D. Afonso V de seu filho Martim, um deles “Manuel ou Mendo”, que poderão ter deixado descendência na Beira Baixa que mantivesse o patronímico e apelido ligados (os “nossos” mais antigos viviam cerca de um século depois, ou seja, talvez na geração dos bisnetos daqueles bastardos). Há obviamente muitas outras possibilidades, dada a antiguidade da ligação dos dois “apelidos”, incluindo a hipótese de não haver qualquer ligação...
Com os melhores cumprimentos,
António Bivar
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RE: Famílias de Medelim
Caro António Bivar
Afonso Vaz Leitão teve a Martim Leitão, Pedro Afonso Leitão, Gonçalo Afonso Leitão e Catarina Dias Leitão.
Gonçalo Afonso Leitão teve a Pedro Leitão, Afonso Gonçalves Leitão e Inês Leitão.
Pedro Leitão passou a São Vicente da Beira e foi pai de Bartolomeu Vaz Leitão, Martim Vaz Leitão, Luís Leitão, Francisco Leitão, pai em 1565, Ana Vaz, Pedro Leitão e Catarina Vaz. Destes Luís e Ana faleceram antes de 1569.
Penso que só os filhos de Pedro Leitão tiveram o apelido de Vaz.
Bartolomeu Vaz Leitão foi pai de Gaspar Vaz Leitão prior em São Vicente da Beira, Cristóvão Vaz Magro, Fagunda Vaz Leitão e de Catarina Vaz Leitão, da Soalheira.
Catarina Vaz Leitão ou Catarina Vaz Magro foi mãe de Maria Vaz Leitão casada com Pedro Fernandes Machado de Carvalho, cujos filhos seguem o apelido Machado.
Os filhos de Fagunda Vaz Leitão seguem os apelidos Antunes, Domingues e Fernandes de Carvalho.
É tudo com o que posso contribuir.
Um abraço
manuel da Silva Rolão
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RE: Afonso Vaz Leitão
Caro Manuel Rolão
O Afonso Vaz Leitão, alcaide-mor de Idanha-a-Nova, no reinado de D. João I, foi casado com D. Sancha Pires.
Um abraço
António Pereira
António Pereira
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RE: Afonso Vaz Leitão
Caro António Pereira
Agradeço a informação. Posso saber de onde tirou a indicação?
Um abraço
Manuel da Silva Rolão
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RE: Afonso Vaz Leitão
Caro Manuel Rolão
Foi no livro “A Beira Baixa na Expansão Ultramarina”, de Joaquim Candeias Silva e Manuel da Silva Castelo Branco, com edição da Câmara Municipal de Belmonte, 1999, que encontrei o seguinte relativo a Martim Leitão:
“Morador em Idanha-a-Nova, era filho de Afonso Vaz Leitão, alcaide-mor daquela vila no reinado de D. João I, e de sua mulher Sancha Pires. Teve o foro de cavaleiro-fidalgo da Casa Real e sucedeu a seu pai na dita alcaidaria.
Serviu em África no tempo de D. João I, D. Duarte e D. Afonso V, que o mandou por embaixador ao rei de Granada. (ANTT, Genealogias Manuscritas, 21-F-45, fl 16)”
Um abraço
António Pereira
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RE: Famílias de Medelim
Caro Miguel Lopes Cardoso,
Não estará disponível para uma troca de informações sobre os seus "Lopes Cardoso" ? Gostava de poder actualizar os dados de que disponho com a sua ajuda.
Melhores Cumprimentos
Tiago Faro Pedroso
PS: Se preferir o meu email é tfp at netcabo ponto pt
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RE: Famílias de Medelim
Caro Miguel Mora:
Já lá vão muitos anos,conheci um cavalheiro de nome Capelo,que morava em Felgueiras e tinha propriedades em Idanha. Tinha uma unica filha, de cujo nome não ne recordo,mas sei que já faleceu.Sei também que era casada com um individuo de nome Menezes,que julgo ser de Caide-Lousada.Segundo me informaram tem geração e penso que mora em Idanha ou arredores.Como diz procurar descendentes,julgo que aqui os encontrará,e talvez da familia que procura.
Cumprimentos
José Luiz T.C.Melo
P.S.-Se vir que tem interesse,talvez possa saber mais detalhes. J.L.M.
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RE: Famílias de Medelim
Caro José Luiz T. C. Melo
Muito obrigado pela sua disponibilidade e bem assim pelas informações que fez o favor de me enviar.
Na verdade, e apesar do "desbravar" de costados que este tópico já me proporcionou, a ideia que presidiu ao seu lançamento foi a de conhecer e localizar descendentes das famílias inicialmente referidas.
Assim, ficar-lhe-ia muito grato se por acaso conseguisse obter mais algum "detalhe".
Com os melhores cumprimentos
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RE: Famílias de Medelim
Caro Miguel Mora
Tenho mais informações, que acabo de receber e que penso de grande interesse para o seu trabalho,porém entendo que primeiramente o assunto deve ser tratado só entre nós,assim peço me forneca o seu mail.O meu mail é: texmel @ oninet.pt
Cumprimentos do
José Luiz Texeira Coelho de Melo
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RE: Famílias de Medelim
Caro José Luiz Teixeira Coelho de Melo
Agradeço, reconhecido, a sua amabilidade e informo-o de que o meu mail é o seguinte: cfom @ sapo.pt.
Com os melhores cumprimentos e sempre ao seu dispor
Miguel Mora
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RE: Famílias de Medelim
Meu Caro Tó
Condes de Mendonça
Salvo erro, ou coiincidencia, os Condes costumam ser da ilha Graciosa, inúmeras vezes ligados aos meus Furtados de Mendonça.
Quem lhe poderá dizer alguma coisa é o:
Luis Manuel Conde Pimentel Rua das Canas Verdes 9700 Angra do Heroísmo
A carta vai lá ter. Ele tem o computador estragado e planeia(devagar) adquirir um portátil
Tinha graça encontrar Furtados de Mendonça da Graciosa na Beira Baixa.
Santas Páscoas para os Várzea
Manuel
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RE: Famílias de Medelim
Meu Caro Manuel:
Muito obrigado pela dica! não deixarei de seguir o filão, na primeira oportunidade. Já tinha notado coincidências de nomes próprios entre Mendonças dos Açores (de quem descende a minha cunhada Blita, Mulher do meu irmão, bisneta do genealogista Marcelino Lima), estes do Faial, e os de Monsanto, da minha Mulher (por exemplo, Tomé Furtado de Mendonça, nome que aparece nos dois lados...).
Estou a preparar um texto acerca dos Cunhas do professor régio que e-mailarei em breve.
Lá transmitirei os Votos na Várzea. Uma Santa Páscoa, também, para toda a família, do
Tó
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RE: Famílias de Medelim
Caro Miguel Mora
Não sei se tem referenciado Joaquim Freire Capelo.Já indicado pelo confrade Manuel Rolão no tópico Câmara Eclesiástica de Castelo Branco-HG, Maço 2295.
É filho de D. Maria Brígida Freire Capelo e de Tomás Joaquim de Novais, de Monsanto, filho de José António de Ribeiro de Novais, da Guarda e de Rosa Maria Monteiro, de Monsanto.
É sobrinho, via paterna do Revº Luís António Ribeiro de Novais
Melhores cumprimentos
Carlos Leal Machado
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RE: Famílias de Medelim
Caro Miguel Mora
Em 17 Mandei-lhe um e-mail.Recebeu?
Cumprimentos do
José Luiz T.C.Melo
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RE: Famílias de Medelim
Caro José Luiz Teixeira Coelho de Melo
Acabo de lhe responder, ficando o atraso a dever-se ao facto de ter estado fora todo o dia de sexta-feira.
Gratos cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Famílias de Medelim
Caro Carlos Leal Machado
Na verdade, tinha lido a referência feita pelo Confrade Manuel da Silva Rolão à “habilitação de genere” de Joaquim Freire Capelo, mas, como na altura estava muito ocupado com um trabalho, anotei apenas a cota para consultar o respectivo processo numa futura ida à Torre do Tombo.
Pela sua amável mensagem, que muito agradeço, fico portanto a saber que se trata de um dos filhos do casal que eu referi em 3.º lugar na minha intervenção inicial, constituindo assim mais um importante contributo para a reconstituição desta família.
Como já li neste Fórum que é um profundo conhecedor das famílias do Rosmaninhal, pedia-lhe apenas que me confirmasse se se trata da freguesia homónima do concelho de Idanha-a-Nova, já que também tenho antepassados no Casal do Rosmaninhal, pertencente à freguesia de Mação.
Grato pela atenção dispensada, despeço-me com os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Famílias de Medelim
Caro Miguel Mora
Não sou um profundo conhecedor das famílias do Rosmaninhal, tenho apenas registado em programa de genealogia os Arquivos Paroquiais do Rosmaninhal (Idanha-a-Nova) disponíveis na Torre do Tombo. Para qualquer informação estou ao seu dispor. De Medelim tenho também o registo da família de outros clérigos. Pode-me contactar para camacarrobanetcabopontopt. Parto hoje para o Porto e só regresso a 26. Mas neste momento estou sem e-mail pois estão a fazer o upgrade do sistema
Já tinha descoberto a existência de outro Rosmaninhal em Mação através de um endereço electrónico que coloquei no Fórum em "Pesquisa de Localidades" mas a Genea apagou o conteúdo
Uma Boa Páscoa
Carlos Leal Machado
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RE: Famílias de Medelim
Caro Miguel Mora : Tavez amanhã lhe possa mandar os nomes que me pediu.
Li com muita satisfação o que escreveu sobre as cosulta aos livro nas C.R.C. Pode-me dizer alguma coisa sobre a consulta aos livros que jà deviam estar nos A.D. e que ainda lá não chegaram,por as C.R.C. os não terem remetido.Segundo informação no A.D.P. todos os livros com mais de 100 anos deveriam ser para lá remetidos pelas C.R.C.,o que não acontece. Hà legislação sobre este assunto? Se há não é cumprida,e assim,a consulta a esses livros não deveria ser gratis e motivo de uma exposiÇão ao Serviço de Notariado, para ser remediada esta falta dos serviços das C.R.C.? Parece-me que seria o mais justo e talvez as coisas entrasem na ordem.
Cumprimentos do
Josè Luiz Melo
Cumprimentos do José Luiz T.C.Melo.
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RE: Famílias de Medelim
Cara Miguel Mora
Na menssagem arterior onde se lê «não deverian ser gratis» deve ler-se o contràrio ,ou seja DEVERIÂO SER GRTIS .
Desculpe o lapso.
Bom dia
José Luiz T.C. de Melo
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RE: Famílias de Medelim
Caro Miguel Mora
Confirmo a miha menssagem de ontem. Devo informa-lo que já tenho os nomes que lhe interessam e que segem amanhã por e-mail.
Cumprimentos do
José Luiz T.C. Melo
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RE: Famílias de Medelim
Caro José Luiz Teixeira Coelho de Melo
Uma vez mais lhe agradeço a sua pronta disponibilidade, que só espero um dia poder vir a retribuir.
Mas, no âmbito da mensagem que acabo de enviar para o tópico "Como arranjar um livre-trânsito para os Arquivos", não posso deixar de lhe apresentar as minhas sinceras desculpas, já que me deveria ter informado melhor antes de ali ter intervindo.
Simultaneamente, espero ter respondido, pelo menos parcialmente, a algumas das questões que aqui me colocou, e aproveito para reafirmar que seria de grande utilidade a divulgação de alguns artigos do Código do Registo Civil (Anotado), que tentarei reproduzir nas páginas deste Fórum logo que tal me seja possível.
E quanto a protestar pelo não cumprimento da legislação, concordo inteiramente consigo, até porque de outro modo acabamos por ser todos cúmplices de um sistema burocrático, injusto e ineficaz.
Gratos cumprimentos do
Miguel Mora
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RE: Famílias de Medelim
Caro Confrade António Bivar
Para título informativo o Tenente de Cavalos (do Regimento da Bandeira) André Gonçalves de Avelar vem referido como bisavô de António Joaquim Portugal (N:6Out1776 - Medelim) no seu proceso de Ordenação (Cãmara Eclesiástica de Castelo Branco - Ordenações - Maço 1887) referido pelo Confrade Manuel Rolão.
Não refiro os restantes dados de habilitação de genere do processo pois é natural que sejam já seus conhecidos.
Com os melhores cumprimentos
Carlos Leal Machado
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RE: Famílias de Medelim
Caro Confrade:
Muito obrigado pela informação que eu totalmente desconhecia. Desculpe o atraso no agradecimento, mas estive "off-line" uma semana...
Presumo que não se possa adiantar muito relativamente à ascendência do referido Tenente ou quanto á origem do uso que fez do apelido "Avelar" (que até agora só consigo associar ao respectivo padrinho)?
Com os melhores cumprimentos,
António Bivar
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RE: Famílias de Medelim
Caro António Bivar
Não o posso ajudar muito quanto á origem do nome Avelar. Num endereço que pus no Fórum em "Pesquisa de Localidades" e que foi retirado detectei com a palavra Avelar, uma freguesia do concelho de Ansião - Leiria e 8 localidades que vão desde o Norte até à zona de Leiria e Coimbra. No entanto é curioso que em Loures há uma localidade com o nome de "Quinta do Avelar" e em Vila Franca de Xira uma localidade com o nome de "Casal do Avelar".
N zona de Abrantes detectei pessoas com o nome Avelar na segunda metade do século XVI.
Melhores cumprimentos
Carlos Leal Machado
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RE: Famílias de Medelim
Caro Carlos Leal Machado:
Essas Quinta e Casal do Avelar talvez tenham a ver com os Avelares que apadrinham o Tenente de cavalos André Gonçalves de Avelar, em Vila Rala, Santa Iria de Azoia. Ainda tenho esperança de encontrar documentação acerca dessa gente...
Os de Abrantes devem ser os Pimentas de Avelar; acho que estão estudados. Entram nos costados de um meu cunhado, mas não aprofundei o assunto.
Mais uma vez obrigado e os melhores cumprimentos do
António Bivar
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RE: Famílias de Medelim
Caro Carlos Leal Machado
Antes de mais, tenho de lhe agradecer os votos de Boa Páscoa e penitenciar-me por só agora ter podido responder à sua simpática mensagem, em virtude de uma inesperada avaria no meu PC que viria a implicar a reinstalação da configuração de fábrica, com a consequente perda de informação que andei vários dias a tentar evitar.
Quanto aos meus costados da Beira Baixa, de onde era natural uma das minhas Bisavós paternas, tenho ainda muito terreno para desbravar, pois limitei-me apenas a investigar com algum cuidado os microfilmes dos livros paroquiais de Medelim que se encontram na Torre do Tombo. Pela proximidade geográfica, é até provável que tenha antepassados no “seu” Rosmaninhal, mas por enquanto, devido a outras investigações em que ando envolvido e que consomem a maior parte do meu tempo livre, terei de continuar a adiar a resposta a essa e a muitas outras questões.
Mas, como de resto explico na mensagem que às 06:31 de 18-01-2003 coloquei neste tópico, tenho um enorme interesse pelos Freires de Andrade de Medelim, não pelo prestígio local de que possam ter desfrutado, mas sobretudo por ter praticamente a certeza que é por seu intermédio que se estabelece um remoto parentesco entre os meus Avós paternos.
Persistem, no entanto algumas dúvidas, derivadas em grande parte do facto de ainda não ter conseguido localizar o assento de baptismo de D. Antónia Freire de Andrade, que, como ali afirmo, julgo ser filha ilegítima do Capitão-Mor António Freire de Andrade. Quem sabe se a inquirição «de genere» que teve a amabilidade de me indicar, respeitante ao seu neto materno Joaquim Freire Capelo, não poderá ajudar a solucionar este enigma?
A propósito da Comenda do Rosmaninhal na Ordem de Cristo — e caso ainda não sejam do seu conhecimento —, gostaria de lhe referir um importante conjunto de tombos pertencente ao fundo da Mesa da Consciência e Ordens que se encontra depositado na Torre do Tombo, a saber:
-Bens e direitos nas comendas de Castelo Novo, Alpedrinha, Castelejo, Proença-a-Velha e S. Miguel de Acha, Idanha-a-Velha, Bemposta, Penha Garcia, Salvaterra do Extremo, Segura, Rosmaninhal e Idanha-a-Nova, no ano de 1505. (Cota: MCO, OC/CT 304);
-Tombo de 1678, sendo comendador D. João Mascarenhas, marquês de Fronteira. etc. (Cota: MCO, TC 444);
-Tombo de 1766/1777, sendo comendador D. José Luís Mascarenhas Barreto, marquês de Fronteira, etc. Inclui uma certidão do tombo de 1607, data em que era comendador D. Manuel Mascarenhas. (Cota: TC 445).
E, como não poderia deixar de ser, estou inteiramente à sua disposição para qualquer informação que lhe possa ser útil.
Com os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Famílias de Medelim
Caro Miguel Mora
Obrigado pela sua preciosa informação sobre as fontes que me indicou.
Presentemente encontro-me a vasculhar a Câmara Eclesiástica de Castelo Branco para ver se consigo encontrar alguma pista que me permita avançar um pouco mais no ramo da minha avô materna, pois os livros iniciais de Vila Velha de Rodão foram destruidos aquando das Invasões Francesas.
Normalmente dos processos da C.E de Cº Branco aponto os pais e os avós dos ordenandos e em alguns casos e quando os há outros ancestrais.
Vou estar atento aos apelidos que me indicou.
Estou a construir uma base de dados no programa Cumberland Family Tree que lhe poderei facultar quando estiver mais completa e inclusivamente consultarei novamente algum dos processos.
Por estar referido o apelido "Freire de Andrade",indico que no maço 1907-Pº 385 está a inquirição de genere (em 1753) de José Freire de Andrade de Vila de Rei fº do Capitão José Freire Coimbra Leitão, de Vila de Rei e de D. Clara Rosalina Isabel de Andrade, de Vila de Ferreira-Bispado de Coimbra. Não apontei o nome dos avós possivelmente por não constarem. Deixarei para o fim a consulta novamente de alguns processos pois, em muitos casos, os processos dos ordenandos estão dispersos por mais de um maço e as dúvidas que possam existir numa consulta são esclarecidas posteriormente.
Espero poder voltar novamente ao seu contacto com mais informações.
Ao seu dispor, com os melhores cumprimentos
Carlos Leal Machado
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RE: Famílias de Medelim
Caro Manuel Mora
Junto lhe envio os seguintes apontamento de Capelos da Zebreira e de Alcafozes, alguns dos quais completam os seus.
Capelos
1. D. Ana Máxima Ferreira Capelo, natural de Medelim, filha de José Joaquim Ferreira Capelo de Idanha-a-Nova e de D. Antónia Freire de Andrade, de Medelim c.c. Tenente Coronel José Lopes da Silva, filho de Joaquim Lopes da Silva da Zebreira e de Maria da Silva de Penamacôr. E tiveram a:
1.1. D. Maria Bárbara Freire da Silva Capelo que casou a 8-10-1845, na Zebreira com José Antunes Valente Leitão Marrocos, filho de Jerónimo José Valente Leitão Marrocos e de Mãe incógnita, natural de Idanha-a-Nova.
1.2. José Joaquim Lopes da Silva que nasceu 14-3-1824, casou a 26-12-1857 com Maria Capelo, filha de Francisco José e de Maria Capelo.
1.3. D. Maria Patrocínio Freire Capelo da Silva que casou a 3-3-1859 na Zebreira com Alexandre de Andrade Pissarra, filho de Simão de Andrade Pissarra e de D. Rita Monteiro de Idanha-a-Nova.
1.4. D. Maria Brísida Freire Capelo. (seria a casada com Pedro José Maurício de Avelar ?).
Em Alcafozes
1. António Pires Capelo, da Quinta das Vinhas, termo da vila do Touro, casou com Catarina Gonçalves, Velha de Alcafozes. E tiveram a:
1.1. José António da Cruz Capelo, que nasceu em Alcafozes, e casou a 18-4-1746, na mesma freguesia com D. Ana de Jesus, viúva de Manuel Rodrigues Guedelha de Penamacôr. E tiveram a:
1.1.1. José António da Cruz Capelo casou com D. Ana Rosa Pereira da Silva e Lerma. E tiveram a:
1.1.1.1. D. Antónia do Almotão Capelo da Silva, que nasceu em Alcafozes a 22-9-1778, e casou na mesma terra a 23-4-1800, com José de Oliveira da Silva Castel-Branco de Sequeira, nascido a 14-9-1764, filho de Manuel de Oliveira da Silva Castel-Branco e de D. Luísa Maria Victória Pinheiro Giraldes. E tiveram a:
1.1.1.1.1. Manuel de Oliveira da Silva Castel-Branco
1.1.1.1.2. D. Ana Máxima da Silva Castel-Branco
1.1.1.1.3. Diogo da Silva Castel-Branco
1.1.1.1.4. Joaquim José da Silva Castel-Branco
1.1.1.1.5. Maria José da Silva Castel-Branco
1.1.1.1.6. José da Silva Castel-Branco
1.1.1.1.7. Rita Ricardina da Silva Castel-Branco
1.1.1.2. Joaquim António da Cruz Capelo
Tenho continuação de qualquer deles, um dos ramos dos quais faz parte a minha mulher e o Eng. Manuel da Silva Castelo Branco (do José da Silva Castel-Branco. Como é extenso e se lhe interessar envio-o.
Um abraço
João Manuel Próspero dos santos
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RE: Famílias de Medelim
Caro Carlos Leal Machado
Agradecendo uma vez mais a sua generosidade, aproveito para lhe recomendar a consulta do novo catálogo da «Mesa da Consciência e Ordens», editado pela Torre do Tombo e elaborado por Maria do Carmo Jasmins Dias Farinha e Anabela Azevedo Jara, do qual constam as fontes que lhe indiquei na última mensagem.
São ainda ali mencionados os tombos de muitas outras comendas da região, que constituem um manancial importantíssimo de informação genealógica — com efeito, as constantes referências a escrituras de emprazamento permitem reconstituir não só os laços familiares mas também a transmissão do património fundiário, que considero um dos aspectos fundamentais destas investigações. Os do início do séc. XVI, para além da notável caligrafia com que foram elaborados (muito semelhante à dos livros da «Leitura Nova»), têm ainda a particularidade de fornecerem um precioso conjunto de nomes para uma época em que ainda não há registos paroquiais, o que só por si lhes confere um extraordinário valor.
A título de exemplo, e por dois deles dizerem respeito a Vila Velha de Rodão, indico apenas os seguintes:
-Bens e direitos nas comendas de Alcains, Castelo Branco, Escalos de Cima, Aldeia de Cafede e Escalos de Baixo, Aldeia da Mata e Alpalhão, no ano de 1505. (Cota: MCO, OC/CT 305);
-Bens e direitos nas comendas de Lousa, Lardosa, Escalos de Cima e Escalos de Baixo, Aldeia da Mata e Cafede, Montalvão, Nisa e Vila Velha de Rodão, nos anos de 1505/1506. (Cota: MCO, OC/CT 306);
-Tombo de 1775/1776 da Comenda de Vila Velha de Ródão (na Ordem de Cristo), sendo comendador José António Freire de Andrade, conde de Bobadela, etc. (Cota: MCO, TC 536).
Relativamente à documentação da Câmara Eclesiástica de Castelo Branco, gostaria de lhe perguntar se tem conhecimento da existência de processos de dispensa matrimonial, cuja localização poderia ajudar-me a esclarecer a grande dúvida sobre o nascimento de D. Antónia Freire de Andrade, já que esta minha 5.ª Avó foi casada em primeiras núpcias com seu tio paterno Pedro Freire de Andrade, tal como refiro na mensagem de 18-01-2003 (06:31).
Sempre ao seu dispor, e com os meus melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Famílias de Medelim
Caro João Manuel Próspero dos Santos
Muito lhe agradeço os apontamentos que teve a amabilidade de me enviar, através dos quais fiquei a conhecer os filhos de D. Ana Máxima Ferreira Capelo, já que tinha apenas notícia do seu casamento mas nada sabia quanto a eventuais descendentes.
Em relação à filha D. Maria Brísida (1.4), esta seria sobrinha materna de D. Maria Freire de Andrade e de seu marido Pedro José Maurício de Avelar, tendo ficado certamente a dever o nome à tia homónima que foi casada com Tomás Joaquim de Novais, tal como refiro na minha mensagem inicial.
Já a propósito dos Capelos — que julgo serem merecedores de um abrangente título genealógico, onde, entre outras coisas, se explicasse a origem do nome — seria interessante estabelecer a ligação entre os “meus” e os “seus”, dos quais, para além do Eng.º Manuel da Silva Castelo Branco, sei que também descendem os Viscondes do Serrado. Pelas razões que apresento em anteriores mensagens, tenho um conhecimento relativamente limitado destes costados, sabendo apenas que o meu 5.º Avô José Joaquim Ferreira Capelo era filho do Capitão Manuel Fernandes Ferreira, natural da Zebreira, e de sua mulher Joana Lopes Leitão, natural de Alcafozes, onde se receberam a 24-IV-1758; neto materno de Martinho Lopes Leitão, natural de Alcains, e de sua mulher Maria Pires (irmã do L.do Manuel Pires Capelo), natural de Alcafozes, onde se haviam recebido a 2-X-1726; e por esta sua Avó bisneto de Domingos Pires Capelo, natural de Vinhas, termo da vila de Touro, e de sua mulher Domingas Pires, natural de Alcafozes.
Como curiosidade, registo ainda o facto de o meu Avô paterno, num livro de memórias que publicou por ocasião do seu 80.º aniversário, fazer abundantes referências à Tia Patrocínio; sendo ainda ali citados os primos Rodrigão, Penteado e Salgueiro, cujos eventuais descendentes muito gostaria de poder localizar.
Inteiramente ao seu dispor, despeço-me com os meus melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Famílias de Medelim
Caro Miguel Mora
Mais uma vez muito obrigado pela sua preciosa informação que irei explorar quando tiver terminado as consultas que ando a fazer.
Envio-lhe o Indice da C.E. de CºBº
CÂMARA ECLESIÁSTICA DE CASTELO BRANCO
TEMA Maço
Ordenações 1881 - 2026
Colações 2027 - 2034
Autos Diversos 2035 - 2046
Diversos 2047 - 2073
Sumários Esponsais; Banhos; etc 2074
Correspondência e diversos 2075 - 2076
Autos de Execução e Justificações 2077
Autos Crime 2078
Autos Cíveis 2080 - 2089
Libelos Móveis 2090
Breves Apostólicos para Clérigos 2091
Conventos Femininos e Diversos 2092
Registos Paroquiais - Documentos 2093
Visitações 2094 - 2098
Justificações 2099 - 2108
Banhos 2109 - 2122
Autos de Banhos 2123 - 2142
Sumários Matrimoniais 2143
Dispensas Matrimoniais 2144 - 2235
Certidões Diversas 2236 - 2241
Testamentos 2242 - 2281
Habilitações de Genere 2282 - 2296
Existem pois cerca de 100 processos de dispensas matrimoniais. Já consultei alguns mas o problema é que não estão agrupados nem por datas nem por lacalidades.
Com os melhores cumprimentos
Carlos Leal Machado
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RE: Famílias de Medelim
Meu caro Miguel Mora
Não sei quem são os seus primos Rodrigão e Penteado. Contudo, até, porque houve um Dr. Rodrigão, Médico, casado com uma prima minha, que tinha um sobrinho o Sr. Rodrigão Penteado, que os conheço bem. Se me der mais informções tavez os consiga enquadrar.De qualquer maneira não são muitos e dada a coincidência de noems devem ser os mesmos.
Um abraço
João Manuel Próspero dos Santos
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RE: Famílias de Medelim
Caro Carlos Leal Machado
Uma vez mais obrigado pela sua constante disponibilidade e espírito de colaboração, e bem assim pelos valiosos elementos que me enviou, os quais, num futuro que desejaria próximo, muito me poderão ajudar com a Câmara Eclesiástica de Castelo Branco.
Com os melhores cumprimentos e votos de sucesso nas suas pesquisas
Miguel Mora
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RE: Famílias de Medelim
Caro João Manuel Próspero dos Santos
Obrigado, uma vez mais, pela sua pronta disponibilidade e colaboração, creio que
Como já expliquei nas páginas deste tópico, o conhecimento que tenho sobre estas ligações familiares resume-se às breves linhas que o meu Avô paterno lhes dedica na “Curta história de uma longa vida”, publicada em São Paulo (Brasil) no ano de 1981, cidade para onde se mudara há cerca de duas décadas.
Ali, a p. 15 da, num capítulo dedicado ao seu irmão mais novo Emílio, afirmaria que:
“Durante a segunda guerra foi mobilizado para a Ilha Terceira; lá se encontrava também nosso primo José Penteado, de Castelo Branco”.
Mais à frente, a pp. 34-35, diria o seguinte a propósito da sua entrada para a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra:
“A boa estrela far-me-ia ingressar num grupo de companheiros das mais altas qualidades morais, um grupo homogêneo, de inteligência superior à média. Provinham quase todos da Beira Baixa, filhos de lavradores da classe média alta, ciosos de lançar os filhos nas promissoras carreiras da medicina e da advocacia.
Nesse grupo fui encontrar as mais estáveis e duradouras dedicações (...)
Do grupo fazia parte um condiscípulo, filho da Tia Bárbara, irmã de minha Mãe, o Zé Rodrigão.
O José Pedro Xavier Rodrigão era filho de um farmacêutico militar aposentado, um profissional distinto, preso de manias curiosas, que muito o celebrizaram: Se lhe falavam em ratos, à mesa, gritava: — Vocês não sabem que eu não posso pensar em ratos enquanto como? — E puxando por uma ponta da toalha, escaqueirava a louça no chão. Coleccionava cartões de visita dele próprio, em todas as qualidades de tipo e papel; mas a mais curiosa saída do Tio Rodrigão merece ser contada:
Sonhava que seu filho varão, o José, viesse a ingressar na Academia de Marinha, mas como, não era permitido o ingresso nesta Escola após os 21 anos, adiou o seu registro de nascimento durante dois anos, batizando-se portanto com 3 anos, como se tivesse apenas meses. Assim poderia ingressar na Marinha de Guerra até aos 23.
Mal adivinhava o Tio Rodrigão o tremendo choque emocional que produziria ao filho, quando tão insólito e inesperado fato veio ao seu conhecimento; de repente, sem que ninguém soubesse a causa, abandonou as aulas e manteve-se fechado no quarto durante 3 dias. Não era caso para menos, pois subitamente achou-se com mais dois anos do que supunha. Porém o desgosto de ser mais velho dum momento para o outro, depressa desapareceu, tão alegre e brincalhão ele era.
Como não fazia parte do Orfeom Acadêmico e quis acompanhá-lo numa excursão a Lisboa, fez quase toda a viagem dentro do bombo da Orquestra Pitagórica, o qual só tinha pele de um lado, assim evitando a fiscalização do revisor. Passando pela Estação de Alfarelos, onde o trem demorou umas duas horas, teve artes de trocar de roupa com o Chefe da Estação, que andou vestido de estudante, e ele de ferroviário, com bandeira, apito e tudo.
Sofria de uma notável alergia pela Polícia Cívica, que datava da hora em que fora detido pela primeira vez. Então, gritou para os guardas, alguns dos quais se tratavam no Hospital: — Deixa estar, meu malandro, que em te apanhando na Enfermaria, dou-te uma injeção fora da veia...
Roubava galinhas e coelhos das capoeiras dos Lentes e, alta noite, chamava-se a si próprio aos gritos, só para perturbar quem dormia.
Era, porém, um aluno distinto e possuía um belíssimo coração.
Veio a morrer ainda novo, após uma operação por cancro do pâncreas, mas ao entrar para a sala de operações ainda chalaceou com os operadores”.
Assim, só por uma grande coincidência é que o Dr. Rodrigão que refere não será aquele Primo e Condiscípulo do meu Avô, pelo que lhe ficarei muito grato se, na verdade, me puder ajudar a esclarecer este assunto.
Um abraço
Miguel Mora
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RE: Famílias de Medelim
Caro João Manuel Próspero dos Santos
Na Câmara Eclesiástica de Castelo Branco, Maço 1906 - Pº369 consta o Processo de António Augusto Capelo da Fonseca (N: 3Dez1780)(Presbítero) em 1844.
É filho do Dr. Joaquim da Cruz Capelo (N: 3Dez1780 em Alcafozes) e de D. Leonor Augusta Júlia da Fonseca (N: 12 Nov 1791).
Avós Paternos
José António da Cruz Capelo (N: 16Jul 1722 em Alcafozes) (2º casamento - viúvo de D. Ana)e Ana Rosa da Silva e Lerma(N: 8Mar 1747 Idanha-a-Nova)
Avós Maternos
António da Fonseca, de Alcafozes (2º matrimónio)e D. Ascensão Maria Barreiros de Aldeia de Joanes.
Bisavós Paternos da parte do avô
António Pires Capelo, da Quinta das Vinhas -Vila de Touro, filho de João Pires e de Isabel Moreira do mesmo lugar e Catarina Gonçalves Velho, de Alcafozes fª de João Vaz e Apolónia João de Alcafozes.
Bisavós paternos da parte da avó
Francisco da Silva Pereira e Lerma de Idanha-a-Nova, fº de José Alves do Passo (de Pinhel) e de Maria da Silva Pereira (de Mourão), e Maria Lopes, da Zebreira fª de Pedro Fernandes Ferreiro e Maria Lopes,ambos da Zebreira.
Bisavós Maternos da parte do avô
António da Fonseca (de Meda - Bº Lamego)e Leonor Gomes Patacas de Proença-a-Velha
Bisavós Maternos da parte da avó
José dos Santos, de Alpedrinha e Josefa Feliz, da Aldeia de Joanes.
No Maço 2024 sem nº de Processo
Consta a Missa em 1757 de João Vaz Capelo
fº de António Pires Capelo (Quinta das Vinhas - Vila de Touro) e de Catarina Gonçalves Velho, de Alcafozes.
No Maço 1885 - Pº 42 em 1795
Consta António da Cruz Capelo fº de José António da Cruz Capelo e de Ana Rosa da Silva, ambos de Alcafozes.
Melhores cumprimentos
Carlos Leal Machado
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RE: Famílias de Medelim
Meu caro Carlos Leal Machado
Muito lhe agradeço este esclarecimento. De momento estou a falar-lhe de memória, mas há uma diferença grande entre nascimentos de filhos quer do casal José da Cruz Capelo, quer de Joaquim José da Cruz Capelo, pois em relação a este já o Pader era Padre quando nasceu o Filho Bartolomeu. Por isso, estava convencido que haveria mais uma geração.
Um Abraço
João Manuel Próspero dos Santos
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RE: Famílias de Medelim
Sr. Miguel Mora:
Ao ler este tópico reparei que a dada altura refere os Senhores da casa do Barral em Sardoura, Castelo de Paiva. Como ando à procura da liagação de um avô meu -João Barbosa Reimão- casado com uma senhora D. Isabel Brandão. Ele terá nascido cerca de 1625.
Agradecia que, caso soubesse, me ajudasse.
Muito Obrigada
Antonieta
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RE: Famílias de Medelim
Cara Antonieta
Queira desculpar, mas, por ter estado dois dias sem ligar o computador, só agora é que me é possível responder à sua mensagem.
A respeito dos Barbosas Reimões, peço-lhe que dê uma vista de olhos ao tópico “Famílias de Castelo de Paiva”, onde cheguei a esboçar um princípio de título para aqueles de que descendo.
Tanto quanto sei, sou 9.º neto de João Barbosa Reimão, que deverá ter nascido na Casa do Barral, em Santa Maria de Sardoura, e que, depois de casado (já o era em 3-XII-1632) com Cecília Coelho Freire, da Casa da Póvoa de Oliveira de Azeméis, parece ter residido em Ovar e Vila da Feira. Tiveram pelo menos uma filha, Guiomar Freire de Andrade, que viria a desposar (cerca de 1660) seu primo co-irmão Francisco Barbosa da Cunha, com nunerosa geração na actualidade.
Pertencente ao ramo da Quinta de Cimo de Vila, tenho ainda conhecimento de outro João Barbosa Reimão, filho de Francisco António de Carvalho e de Antónia Velho de Barbosa. Foi casado (St.ª Maria de Sardoura, 2-VIII-1660) com sua prima Marta Mendes de Sousa, herdeira da Casa do Pedregal, sita na mesma freguesia, mas não tiveram filhos, vindo ambos a ser co-instituidores do Morgadio do mesmo nome.
Não quer isto dizer que na mesma família não pudessem existir outros homónimos, até porque a maior parte das minhas pesquisas incidiu apenas sobre os meus costados, pouco ou nada tendo desenvolvido as linhas colaterais e afins.
No entanto, se me puder concretizar algo mais sobre os seus João Barbosa Reimão e D. Isabel Brandão (naturalidade, etc.), é possível que eu, pelo menos, lhe possa adiantar alguma pista.
Com os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Famílias de Medelim
Caro João Manuel Próspero dos Santos
De acordo com os dados que hoje recolhi no A.U.C., José Pedro Xavier Rodrigão Júnior, estudante da Faculdade de Medicina, nasceu em Castelo Branco, às 8 horas da noite do dia 10-IX-1897, sendo filho de José Pedro Xavier Rodrigão, farmacêutico, e de sua mulher D. Maria Bárbara Freire, moradores em Castelo Branco.
Apesar de nesta época muitas das certidões de idade não reproduzirem na íntegra os respectivos assentos de baptismo — como é o caso presente —, estão essencialmente confirmados os dados genealógicos fornecidos pelo meu Avô.
Existem ainda as fichas de outros dois estudantes de apelido Rodrigão, originários de Idanha-a-Nova, que frequentaram a Universidade de Coimbra no século XVIII.
Com os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Famílias de Medelim
Caro Miguel Mora:
Nenhum dos dois "João Barbosa Reimão" que fez o favor de me indicar é o que procuro,penso eu!
O meu avô João Barbosa Reimão casou a 8/5/1653, em Vila BOa do Bispo - Marco de Canaveses, com D. Isabel Brandão. Estes foram pais de Manuel Barbosa Reimão que casou com a sua prima em 3º grau D. Antónia de Madureira, também em Vila Boa do Bispo. Este Manuel Barbosa Reimão por ser primo em terceiro grau da sua mulher D. Antónia de Madureira, teve de perir dispensa de parentesco para poder casar.
Agradeço o seu contacto.
Antonieta
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RE: Famílias de Medelim
Caro Miguel Mora
O Dr. José Pedro Xavier Rodrigão foi Médico em Penamacôr, ainda o conheci e era casado com D. Ema Pinto da Mota Pinheiro Ferreira Galhardo, ee não tiveram filhos.
Sei que um seu sobrinho, José Rodrigão Penteado, já falecido, casou com D. Maria do Carmo Taborda, natural do Pedrógão de S. Pedro, e residente em castelo Branco, e tiveram dois filhos: Um o João, solteiro e vive em Castelo Branco, e o outro casado e vive em Lisboa e tem descedência.
Este casal Maria do Carmo e José Penteado, era muito amigos de meus Pais, em especial de minha Mãe, de quem eram condiscípulos. Para além da amizade que os Pais e meus Avós tinham.
De momento nada mais sei, mas não me é difícil saber mais alguma coisa, quer directamente, quer através da minha Mãe.
Um Abraço
João Manuel próspero dos Santos
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RE: Famílias de Medelim
Caro João Manuel Próspero dos Santos
Uma vez mais lhe agradeço a sua amabilidade, e bem assim a preciosa ajuda que me tem dispensado.
Toda e qualquer informação que me possa dar sobre estes parentes, afinal bem próximos e tão desconhecidos, não deixará de ser sempre benvinda.
Gratos cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Famílias de Medelim
Caro Confrade António Bivar
Há dias, numa brevíssima incursão à Torre do Tombo, ao consultar a “Matrícula dos Freires Clérigos da Ordem de Cristo, 1802-1832” (IAN/TT, MCO, OC/CT 43), deparei com o seguinte assento:
“O P.e Frei Joze Antonio de Avellar tomou o Habito e Professou neste Real Convento a tt.º da Vigariaria de Idanha a Velha a 14 de Julho de ......... 1826”.
Creio não me ter enganado no ano, já que o apontamento foi tirado muito à pressa (de acordo com o rascunho, também poderia ser 1825). Pela mesma razão, acabaria por não anotar o número do correspondente fólio, mas, como as matrículas obedecem a uma ordem cronológica, a sua localização não oferecerá qualquer dificuldade.
Um abraço
Miguel Mora
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RE: Famílias de Medelim
Caro Miguel Mora:
Muito obrigado por mais esta achega. Nunca consultei este tipo de matrículas, mas apenas habilitações, e mais antigas; sabe se nessa época ainda haveria processo de habilitação que possa fornecer dados genealógicos e sociológicos?
Um abraço,
António Bivar
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RE: Famílias de Medelim
Caro António Bivar
Nessa breve passagem pela Torre do Tombo, já não tive oportunidade de confirmar se existia o processo de habilitação de Frei José António de Avelar.
O tal livro de matrículas, que consultei pele primeira vez, faz parte de um conjunto de três que são referidos no novo catálogo da “Mesa da Consciência e Ordens”, a saber:
-Matrícula dos comendadores, cavaleiros e freires clérigos da Ordem de Cristo, 1802-1832 (IAN/TT; MCO, OC/CT 237)
-Matrícula dos Freires Clérigos da Ordem de Cristo, 1802-1832 (IAN/TT, MCO, OC/CT 43)
-Matrícula dos moços fidalgos do convento de Tomar, 1795-1830 (IAN/TT, MCO, OC/CT 42)
Quanto às “Habilitações da Ordem de Cristo”, o mesmo catálogo apresenta a seguinte listagem:
-Letra A (1603-1832): 54 maços
-Letra B (1602-1829): 13 maços
-Letra C (1627-1832): 13 maços
-Letra D (1583-1832): 14 maços
-Letra E (1600-1829): 6 maços
-Letra F (1580-1832): 38 maços
-Letra G (1602-1829): 6 maços
-Letra H (1580-1825): 4 maços
-Letras I e J (1588-1833): 103 maços
-Letra L (1602-1829): 19 maços
-Letra M (1613-1832): 49 maços
-Letra N (1627-1823): 4 maços
-Letra P (1564-1829): 12 maços
-Letra R (1601-1829): 6 maços
-Letra S (1624-1825): 6 maços
-Letra T (1648-1830): 6 maços
-Letras U e V (1601-1829): 5 maços
-Letra X (1690-1829): 1 maço
-Letra Z (1723-1765):
E, sempre que me for surgindo alguma notícia sobre os Avelares, prontamente entrarei em contacto consigo.
Um abraço
Miguel Mora
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RE: Famílias de Medelim
Caro Miguel Mora:
Mais uma vez muito obrigado; eu desconhecia completamente a documentação da Ordem de Cristo do século XIX.
Revendo a nossa anterior troca de correspondência fiquei convencido de que não cumpri a promessa vária vezes repetida de lhe enviar documentação acerca de Avelares e outros de Medelim e Monsanto, nomeadamente os apontamentos de Luís Filipe Saraiva Castel-Branco d'Avelar; diga-me, se faz favor, se é de facto assim para que eu possa finalmente redimir-me, mandando finalmente as fotocópias, com pedido de desculpas! peço-lhe, também que confirme a morada que na altura tinha indicado, ou seja: Rua Luís de Camões, 46-2.º, 3000-251 Coimbra.
Um abraço,
António Bivar
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RE: Famílias de Medelim
Caro António Bivar
Muito obrigado pelas suas amáveis palavras.
Efectivamente, não cheguei a receber os referidos apontamentos, mas não tem nada de que se desculpar. Eu sei muito bem o quão difícil se torna conciliar o tempo disponível com as exigências e permanentes solicitações da “actividade genealógica”, razão pela qual nem sempre me tem sido possível cumprir as promessas que tenho feito neste Fórum.
E se alguém tem de estar agradecido, sou de facto eu! A dimensão atingida por este tópico — um dos primeiros que, quase a medo e a título de experiência, aqui iniciei — ainda hoje me surpreende, constituindo assim um bom exemplo daquilo que essa mesma actividade tem de mais nobre: a enriquecedora troca de experiências e a desinteressada partilha de informação.
Quanto à documentação «moderna» da Ordem de Cristo, encontra-se ainda na Torre do Tombo o importante núcleo da Chancelaria, dividido do seguinte modo:
•Chancelaria de D. Maria I:
-36 livros de “Diversas mercês” (1777-1813)
-11 livros de “Emprazamentos” (1777-1813)
-1 livro de “Cotações das comendas antigas e alcaidarias-mores” (1812-1814)
-1 livro de “Cotações das comendas novas” (1813-1815)
*Elementos de busca: N.º 430-432 (Próprios e Comuns)
•Chancelaria de D. João VI:
-11 livros de “Diversas mercês” (1815-1827)
-3 livros de “Emprazamentos” (1813-1826)
*Elementos de busca: N.º 433 e 434 (Próprios e Comuns)
•Chancelaria de D. João VI, D. Pedro IV, Infanta D. Isabel Maria e D. Miguel:
-4 livros de “Diversas mercês” (1826-1833)
-4 livros de emprazamentos (1822-1832)
*Elemento de busca: N.º 435 (Próprios e Comuns — abrange também as Chancelarias das Ordens de Avis, Conceição e Torre e Espada)
Portanto, e mesmo que não exista o processo de habilitação de Frei José António de Avelar, é muito provável que nos referidos livros de “Diversas mercês” figure o diploma em que foi investido na “Vigariaria” de Idanha-a-Velha.
E como última nota, apenas a confirmação de que a minha morada continua a ser a anteriormente indicada.
Um grande abraço
Miguel Mora
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RE: Famílias de Medelim
Caro António Bivar
O Frei José António Avellar, referido pelo confrade Miguel Mora, nasceu a 18 Jan 1800 e consta no processo de habilitação a Presbítero, Maço 2024 Câmara Eclesiástica de Castelo Branco (Ordenações), Torre do Tombo.
É filho de António de Avelar e a Maria Josefa de Almeida. Neto paterno de Joaquim Xavier de Avelar e de Rita Maria. Neto materno de Hipólito Fernandes Neto e de Josefa Marques.
Melhores cumprimentos
Carlos Leal Machado
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RE: Famílias de Medelim
Caro Miguel Mora:
Mais uma vez muito obrigado pelas informações; brevemente lhe mandarei finalmente as prometidas fotocópias!
Um abraço,
António Bivar
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RE: Famílias de Medelim
Caro Carlos Leal Machado:
Muito obrigado pelas informações; curiosamente os avós de Frei José António Avellar são todos antepassados da minha Mulher, embora seja através do casamento de bisnetos e não directamente de filhos! Relativamente aos avós paternos tenho os nomes mais extensos Joaquim Xavier Lino de Avellar e Rita Maria de Proença e a linha da minha Mulher também segue através de um filho António (Maurício de Avellar), mas casado com Teresa Baptista de Jesus (presumo que seja o mesmo que António de Avellar, casado em segundas núpcias com Maria Josefa de Almeida?), pais de João António Baptista Maurício de Avellar (n. 8/1/1791), que seria então meio-irmão de Frei José, e avós do acima referido José António Maurício de Avellar (tetravô da minha Mulher), casado com Ana Marques, a qual era filha de José Marques Neto e Maria Marques Robala, neta paterna de Jerónimo Fernandes Neto e Maria Marques e finalmente bisneta por varonia de Hipólito Fernandes Neto e Josefa Marques. O apelido “Almeida” de Maria Josefa, Mãe de Frei José António vinha-lhe pela avó paterna, Maria Pires de Almeida, provavelmente também neta paterna de uma homónima.
Com os melhores cumprimentos,
António Bivar
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RE: Famílias de Medelim e Peroviseu
Meu Caro JLiberato:
Revendo este tópico, deparei-me com esta sua mensagem à qual julgo não ter respondido, pelo que lhe peço que me desculpe. Terei muito gosto em trocar as referidas informações consigo; pode contactar-me para o email:
abivar arroba sapo ponto pt
Com os melhores cumprimentos,
António Bivar
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RE: Famílias de Medelim
Caro António Bivar
Jerónimo Fernandes Neto e Maria Marques tiveram um filho, também, Jerónimo Fernandes Neto que foi ordenado Presbítero em 1813 (C. E. Cº Brº - Maço 1886)
Melhores cumprimentos
Carlos Leal Machado
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RE: Famílias de Medelim
Exº Senhor
Gostaria de saber qual a relação desta familia com a casa "Das Freire...", actual casa da Cultura ? de Medelim , e se esta relação justifica o Brasão que está patente nessa casa.
Será que me pode ajudar no esclarecimento desta questão?
Obrigado
J. Caldeira
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RE: Famílias de Medelim
Caro Antonio Pereira:
Por acaso tem mais informacao sobre os "Pereiras" de Quadrazais? Eu descendo dessa familia. O apelido Pereira entretanto tornou-se Pereira Ramos, e a partir da minha geracao apenas Ramos.
Luis Ramos
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Quadrazais
Caro Luis Ramos,
Não. infelizmente não tenho. Não consegui saber mais nada desse ramo, já que para essas datas não existem paroquiais dos Quadrazais.
Por outro lado, como vão as suas pesquisas por Vale de Espinho?
Abraço,
António G. Pereira
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RE: Famílias de Medelim
Boa noite
Por acaso não terá dados sobre um João da Ribeira Avelar, casado com Josefa Maria, pais de José da Ribeira e avós de Ana da Ribeira Avelar (nascida em 1896), todos de Medelim?
Cumprimentos
Nuno
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RE: Famílias de Medelim
Boa noite!
Agradeço a sua ajuda no seguinte tópico: http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=293072&fview=c#reply
Cumprimentos,
Nuno M. Barata-Figueira
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RE: Famílias de Medelim
Boa noite!
Agradeço a sua ajuda no seguinte tópico: http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=293072&fview=c#reply
Cumprimentos,
Nuno M. Barata-Figueira
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RE: Duplo patronímico
Caro parente António Bivar
Infelizmente não consegui ainda desvendar o mistério do tal André Gonçalves tenente de cavalos em panamacor, e que passa por ser o primeiro Avelar na beira baixa, casando em Medelim e deixando prole e vestígios até aos dias de hoje. Eu e meu dois irmãos temos casa e propriedades em medelim que veem desses linos de avellar. Eu e meus dois irmãos nascemis na casa paterna e já disse à minha irmã que quando me sentir mal vou mirrer no quarto em que nasci. Pouca gente pode ambicionar a tal ciclo mas queria quebrar esse mistério antes. No manuscrito que fiz há décadas trasladei o livro da capela de Nossa Senhora do Rosário que a família tinha em Monsanto, e que conta a história da minha gente. E guardamos as alfaias e imagens da dita capela: meu irmão maior tem um magnífico São Mateus e o ferro sas hóstias , minha irmã a santa instutuidora e o sino, e eu, filho terceiro, um São Mateus sem mão e o missal do sec xvii. Fico contente que o treslado tem servido de memoria. O original sofreu reveses do tempo e dos roedores. Durante décadas estiveram décadas no sótão da casa que o avô Domingos António foi construindo, agregando varias casas na rua das vacas. Agora mostram-se em bom estado. Honramos os nossos avós.
Saudações medelinenses. Avise-me quando quiser passar por lá!
Abraço
Luís Avelar
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RE: Duplo patronímico
Caro Manuel
O tenente d cavalos André Gonçalves de Avelar, o primeiro deste nome a residir em medelim, é meu sétimo avô e ando debalde à procura dis ascendentes nos arrabaldes de Lisboa já que aí foi batizado presumo por um seu primo padre que lhe dá o nome. Há por perto uma quinta e um lugar chamados "de avelar" mas procurei sem sucesso. Havendo outros avelares vindos de Óbidos poderá ser uma pista. Perto há avelares em São martinho do Porto. Tem alguma novidade sobre este militar? Deve algum registo dessa companhia sediada em Penamacor não?
Obrigado
Abraço
Luis Avelar
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Avelares de Medelim e Santa Iria de Azoia
Caro Luís Avelar,
Desculpe só hoje lhe responder, mas, não sei porquê, só hoje me chegou a notificação do geneall relativa a esta sua mensagem… Infelizmente não tenho novidades quanto à ascendência dos Avelares seus e da minha Mulher. Mas fiz uma busca no google e a Quinta do Avelar aparece com grande destaque por ser sede de uma antiga produtora de vinhos de Bucelas; perto da Quinta há também uma Rua do Avelar e tudo isto se situa relativamente perto de Santa Iria de Azóia. O "nosso" André Gonçalves de Avelar nasce nessa freguesia e tomei nota do local com sendo "Vila Rala", o que agora não encontro como sítio da freguesia de Santa Iria de Azóia, mas aparece uma "Via Rara" que poderá ser isso. Se assim for, situa-se a cerca de 17 km da Quinta do Avelar. Mais perto da Quinta há uma Vila Nova e um Vila de Rei, mas parece-me memos provável que alguma delas corresponda ao local de nascimento do nosso tenente de cavalos. Quanto à história da Quinta até agora só apurei que pertenceu a Camilo Alves e foi depois comprada (em 1980) por uns Geraldes Barba, mas pode ser que se consiga saber mais alguma coisa.
Muito obrigado por todas as informações acerca de Medelim e pela simpática sugestão, que espero um dia conseguir aproveitar!
Um abraço,
António Bivar
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RE: Duplo patronímico
Bom dia caro confrade e parente por afinidade Obrigado pela mensagem Quanto ao nosso André o que tenho como apontamento é via longa como local de nascimento que é ali perto também.
O tenente de cavalos deve ter ido parar a Penamacor por causa das invasões francesas e por aqui ficou casando com uma verdoso abundantes nesse tempo em medelim e q recordei serem negociantes de azeites. Certo é que o seu filho joaquim Xavier Lino de Avelar e do qual descendo, casa uma Rita Proença Giraldes, enquanto seu irmão Maurício José Lino de Avelar, casa uma irmã da Rita. Estes Proença eram de raiz da pero viseu e andavam por Monsanto à sombra duns padres Martins Proença que ali instituiram um vinculo da senhora do Socorro . Estes irmãos linos de avelar tinham brigas com os Mendonça de Monsanto que talvez tenham diminuído com estas alianças. Este morgadio é referido como de medelim e monsanto nas nemorias do meu pai. A casa dos avelar, na rua direita, é edificada agregando varias casas na rua das vacas por um filho Domingos António de Avelar que será adminiatrador do dito morgadio por cabeça de sua mulher, e foi retocada por vários dos meus avós. Meu pai António José descendo desse Domingos e tem costados tb de oliveiras, gouloes e ribeiros. Meu pai, de modo discreto, geria a sua casa agricola e agregado industrial ( lagar, moagem e mineração) como morgado, e tratava como colega o poderoso morgado de idanha a velha , joao Leitão Marrocos.
O facto desta primeira gerações de avelares terem todos lino no nome, não os havendos por aqui, é curiosa... Será q haverá Linos em santa iria?
A propósito os avelar de sua mulher saíram de medelim quando? E porque filho do Joaquim?
Um abraço e renovo o convite para visitar a casa donde saíram os avós de sua mulher.
Luís
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RE: Duplo patronímico
Caro confrade
A família Portugal é bastante antiga em medelim e , tal como os Freire d Andrade, eram próximas dos avelares , que eram de santa iria da azoia.
A atual casa da cultura de medelim era a casa "das Freire " ao cimo da rua da ladeira. Ainda me lembro da minha avó se referir com saudade da prima Evangélica freire que viveu nesse solar com um monumental balcão/escadaria provalvemente do sc xvi.
Quanto aos Portugal tinham o seu solar, hoje desaparecido , com pedra de armas com coroa de conde, no cimo da rua da torre, assim chamada por aí existir uma torre medieval, reportoriada num levantamento no seguimento do terremoto de 1775.
Um abraço
luis avelar
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Avelares
Caro Luís,
A sequência é a seguinte: Joaquim e Rita Maria de Proença tiveram António Maurício de Avelar (este nome próprio Maurício, como verá, acabou por caracterizar este ramo), casado com Teresa Baptista de Jesus (filha de José Salvado Preto e Josefa Baptista Leitoa, do Alcaide, Fundão), que foram os pais de João António Baptista Maurício de Avelar, casado com Rita Maria de Mendonça (de Monsanto, filha de Francisco José de Mendonça Furtado e de sua prima em terceiro grau Josefa Joaquina de Mendonça; cá está uma ligação com os inimigos Mendonças…), os quais foram pais de José António Maurício de Avelar (ou "de Avelar Maurício"), casado com Ana Marques (filha de José Marques Neto e Maria Marques Robala), sendo finalmente estes os pais de Maria Maurícia, a última Avelar "na varonia" nesta linha, a qual ainda casou em Medelim, a 12/9/1870, com José Pires Marques (morador na Rua Nova, filho de José Brás Pires Marques e Maria Esteves, moradores na Rua da Deveza, tudo em Medelim), viúvo de D. Narcisa da Cunha Barreto. Um filho deste casal, Victor Pires Marques, ainda nascido em Medelim, a 6/3/1874, foi o último antepassado (bisavô) da minha mulher que aí nasceu e teve uma filha natural, D. Maria da Assunção Pires, nascida na Sobreira Formosa (Proença-a-Nova) a 14/2/1893, tinha portanto o pai ainda 18 anos, e filha de Maria Ribeiro (sendo esta filha de Luís Ribeiro Venâncio e Maria Ribeira, de Sobreira Formosa). Esta senhora foi a avó materna da minha Mulher, tendo casado com seu primo João Ribeiro da Cruz (filho de Manuel Ribeiro da Cruz e Teresa Ribeiro, de Sobreira Formosa). Foram estes os pais da minha sogra, D. Belmira Pires Ribeiro da Cruz. Victor Pires Marques, depois chamado Victor Pires Franco (em homenagem a um seu benfeitor) emigrou para o Brasil onde enriqueceu com o negócio da borracha, tendo sido infelizmente assassinado em circunstâncias que desconheço. Mas parece que foi um grande benfeitor da sua terra de origem e concorreu para a educação dos sobrinhos (que por esse motivo estudaram na Suíça), filhos do irmão, o Dr. João Pires Marques, residente em Castelo Branco.
Mais uma vez muito obrigado e um abraço,
António
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RE: Duplo patronímico
Caro António
Muito obrigado pela resposta pronta. Presumo q nem o António nem a prima que entronca no Joaquim Xavier visitaram medelim. Trata-se de uma aldeia pitoresca com uma enormidade de balcões de granito (mais de 200) dando acesso ao piso da habitação reservando o piso térreo para arrumos e salga ou recolha de animais. Merece visita mesmo sem o pretexto dos avozinhos como diz o confrade e primo João Próspero, abundantemente versado nesta região das beiras.
Sempre considerei como primos os Pires Marques através da minha tia Felizmina irmã de meu avô Alberto de Campos da Silva Castel-Branco também nascido em medelim, a qual casou com o João Pires Marques que menciona. Agora vejo a ligação pelos Avelar. Avelares e Castel-brancos eram o cão e o gato naquela terra no princípio do sec xx, por desavenças políticas, sendo os primeiros monárquicos e conservadores e os segundos liberais e republicanos, mas havia tb umas questões de águas dos ribeiros que já vinham de trás. Esta rivalidade que se estendia à modernização da exploração de olivais e cereais, com a utilização duma debulhadora inglesa, instalação de maquinaria da fábrica do tramagal de ultima geração etc fazia de medelim um centro regional de inovação. Os primeiros automóveis do concelho eram destes litigantes. A coisa acalmou à moda de verona, quando o meu pai avelar casa com a minha mãe castel-branco.Tudo está bem quando acaba bem.
Voltando aos medelinenses o meu pai sempre me disse que metade da aldeia eram primos em maior ou menor grau. A consanguinidade é grande e os casamentos de irmãos casados com irmãs é bastante comum.
Vi na sua sequência uma Robala cuja casa ainda lá esta com um belo robalo em granito pelo menos do sc xvi.
Do Joaquim que nos é comum para trás tenho a sua magnífica árvore de costados, onde sabemos pouco do tenente de cavalos, embora ache que sei onde está a sua pedra tumular: à entrada do jazigo dos Goulão de Avelar em medelim está colocada, bem encostada, uma pedra vetusta que tem q pertencer a alguém da família. No óbito diz em sepultura própria e não tenho dúvidas que a permanência do nome durante tantas gerações é sinal do seu prestígio no seu tempo.
Um abraço
Luís
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RE: Duplo patronímico
Caro Luís,
De facto estivemos em Medelim há alguns anos atrás, quando fizemos uma espécie de "peregrinação" por muitas dessas terras dos antepassados da Maria João, incluindo Medelim, Monsanto, Idanha-a-Velha, etc., mas infelizmente praticamente só percorremos algumas ruas de carro e não deu para conhecer bem a povoação. Quanto aos Robalos, por acaso também vimos uma casa com uma antiga pedra de armas que identifiquei como sendo dessa família (um escudo com um peixe que supus ser um Robalo…), mas em Monsanto, se bem me lembro fora das muralhas, na encosta quando se sobe à esquerda. Pelo que vi na sua página do geneall o Luís é quase gémeo da Maria João, pois ela nasceu a 29/4/1954! Conheci muito bem o Engº Manuel Silva Castel-Branco que deve ser seu próximo parente, mas infelizmente há muitos anos que não tenho notícias dele. Foi muito simpático comigo tendo-me transmitido muitas informações acerca destas famílias, nos nossos encontros na Torre do Tombo.
Um abraço,
António
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RE: Duplo patronímico
Meu caro António
Sendo de 54 e com sangue Avelar a sua Maria João só pode ser óptima pessoa.
Menos que já lá foram em peregrinação mas faço questão de lhe mostar as casas por dentro e por fora nessas ruas ainda bem conservadas e com poucos atropelos emigrantes.
Eu tb fui emigrante no brasil de 97 a 06. E tive noticia de 2 Pires Franco em Belém do Pará, parentes de sua mulher. De facto Vítor Pires Marques fez vários benefícios e melhoramentos na terra natal, como por exemplo o arranjo em patamares do senhor do calvário em volta de uma capela do sec xvi , num monte que se sobrepõe à aldeia. Deste santuário ve-se o casario e ressalta a casa feita pelo Vítor para os parentes, ao gosto brasileiro com mansardas e óculos, onde sempre vi a dona Mimi Pires Marques comandando os arranjos e coros na igreja. Na mesma rua, por detrás, estão os balcões mais antigos da terra, um deles com o robalo em granito e escrito rubalo. Mande m o seu email q lhe envio fotos.
Um abraço
Luís
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RE: Duplo patronímico
Confrade e primo
Ambos descendemos dos primeiros avelares de medelim André Gonçalves e Joaquim Xavier, este já nascido em medelim.
O meu interesse vem de ser do ramo que herda o vínculo de nossa senhora do socorro, e de possuir o livro da igreja. Há uns trinta anos fiz um treslado rudimentar da instituição, curiosamente em papel de impressora de computador, que entretanto perdi nas minhas andanças por Bruxelas Macau e Brasil. À beira da reforma regresso a este trabalho de detetive, agora procurando tb as casas q habitaram em medelim.
Recentemente lendo o testamento da avó maria da Nazareth fiquei surpreso por ser solteira de juris , quando achava q era mulher de José António de Avelar. De facto ela é filha e herdeira de Domingos António de Avelar, casado com rosa batista natural do alcaide, filha d um salvado preto e dum josefa leitoa. Na realidade essa maria da Nazareth é a ultima admistradora do tal vínculo e nomeia sua herdeira outra maria da Nazareth Robala filha de José Robalo ( dos robalos da rua direita com um peixe gravado em cantaria) e de Maria Antónia d Avelar também filha de domingos António. A segunda Nazareth casa com seu primo José António de Avelar, ainda em vida da matriarca e já tendo António José da Ribeira Avelar como primogenito, o qual é meu bisavô. Donde vem o José António então? Há dois José Antónios nesta época que vêm de um António Maurício irmão do Joaquim Xavier mas nenhum casado com uma robala...
Como já vi q tem bastantes notas desta época peco lhe a sua preciosa ajuda
Um abraço fraterno
Luís Avelar
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RE: Duplo patronímico
Meu caro Luís,
Só agora vi a sua mensagem anterior; não sei porquê só fui notificado desta última pelo que peço desculpa por não ter respondido antes à outra... Mais uma vez muito obrigado pelas informações; aqui vai o meu mail: abivar arroba sapo ponto pt. Fiquei muito curioso de conhecer melhor Medelim! Há uns anos atrás (2009) conheci um seu conterrâneo (depois de contacto aqui no fórum), Manuel António Pereria de Jesus, que teve a amabilidade de me fornecer alguns elementos e publicações muito interessantes referentes à freguesia (nomeadamente a obra "Medelim História e Arte"). Mostrou-me uma fotografia de Victor Pires Franco e referiu a Sra. D. Mimi, sua sobrinha. Quanto às questões que me coloca nesta última mensagem, vou fazer uma busca nos meus apontamentos, mas infelizmente tenho poucos dados acerca de colaterais, pois dadas as limitações de tempo ia sempre privilegiando as linhas ascendentes da Maria João.
Um abraço,
António
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RE: Duplo patronímico
Olá António. Como vai?
Quando vi a linha da Maria João quase me convenci que éramos primos mais recentemente, mas o meu José António da Ribeira Avelar é casado com uma Maria (da Nazareth ) Robala filha de uma Antónia Avelar e de um José Robalo...esta Antónia é filha d Domingos António Lino de Avelar e neta do Joaquim Xavier. Quem será este José António q tb era sobrinho da Antónia?
Nem pense ir a medelim sem eu la estar! A casa do Joaquim ainda lá está e a dos Mendonça em Monsanto tb.
Um abraço e um beijo à prima
Luís
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RE: Duplo patronímico
A única filha, tanto quanto é perceptível, pela consulta dos registos de nascimento entre 1743 e 1746, seja entre o casamento do Capitão Manuel Gonçalves Cidral e Maria Josefa Giraldes (ou de Proença Giraldes), é Maria, nascida em 16.IV.1744, em Monsanto.
No testamento, tal como consta do óbito em 10.XI.1746, institui duas capelas: uma a cargo da mulher Maria Josefa Giraldes, que passará a sua filha Maria, por morte desta e outra «capella com o titulo de morgado» a sua filha Maria. E onde se fica também a saber o nome de alguns familiares como os tios Manuel Fernandes Cidral e Catarina Gonçalves., pelo que se presume que seu pai João Gonçalves Cidral (cc Leonor Fernandes) seja irmão de Manuel Fernandes Gonçalves (cc Catarina Giraldes) filhos de João Fernandes Cidral
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RE: Duplo patronímico
Boa noite,
Parte 1 . Maria Nunes, mulher de Mauel Joao Verdoso
O registo de casamento de Maria Nunes com Andre Goncalvez de Avelar a 14/V/1714 (Medelim-M2-016) tem uma particularidade que me intriga: na decima linha apresenta-se a noiva como "Maria Nunes filha de Manuel Joao Verdoso e Maria Nunes ja' defunta".
Pergunto-me porque a grafia "Maria Nunes" (noiva) nao e' a mesma de "Maria Nunes" (mae da noiva). Da' a impressao de que o assento original foi deixado com um espaco em branco e que o nome da mae da noiva foi introduzido posteriormente.
Pude identificar o nascimento de duas "Maria" de interesse:
--> Maria#1 (Medelim-M1.0083): Maria, filha de Manuel Joao (MJV#1) e Catarina Nunes, baptizada a 16-XII-1684.
--> Maria#2 (Medelim-M1.0149): Maria, filha de Manuel Joao Verdoso (MJV#2) (2mat) e Maria Goncalves (1mat), baptizada a 24-III-1698;
Nota#1: Sobre MJV#1 julgo poder especular com alguma seguranca que o "Manuel Joao" referido como pai de Maria#1 no respectivo registo 'e na realidade 'um' Manuel Joao 'Verdoso', a fazer fe' no registo de baptismo de Isabel (Medelim-M1.0082), a 25-IV-1684 onde constam como padrinhos "Manuel Joao Verdoso e sua mulher Catarina Nunes".
Permissas sobre os casamentos:
-- MJV#1 casou com Catarina Nunes a 13/I/1783 (Medelim-M1.0167)
-- MJV#2 casou com Maria Goncalves a 25/V/1685 (Medelim-M1.0169)
Questao#1: podem MJV#1 e MJV#2 ser o mesmo?
Especulacao#1: o registo (Medelim-M1.0206) refere que "Catarina Nunes mulher de Manuel Joao" faleceu a 25/III/1685 no registo Medelim-M1.0206. Portanto este casal so' sobreviveu enquanto tal para o nascimento de um filho, a Maria#1. E' tambem plausivel que Manuel Joao Verdoso tenha casado segunda vez com Maria Goncalves, cumpridos 2 meses de luto. Em todos os baptismos dos 7 filhos que consegui identificar, o registo identifica o matrimonio como "segundo ex viri" e "primeiro ex femina":
-- 1. Manuel (Medelim-M1.0086) 17/IV/1686
-- 2. Domingos (Medelim-M1.0090) 17/VII/1687
-- 3. Domingos (Medelim-M1.0102) 21/XII/1689
-- 4. Manuel (Medelim-M1.0119) 06/III/1692
-- 5. Simao (Medelim-M1.0130) 23/XII/1694
-- 6. Maria (Medelim-M1.0149) 24/III/1698 (Maria#2)
-- 7. Domingas (Medelim-B2.0018) 13/IV/1704
O confrade Miguel Mora, em resposta ao Confrade Antonio Bivar (https://geneall.net/pt/forum/33116/re-duplo-patronimico/#a34550) sugere que Maria Nunes "Torroa" seria "filha sim de Manuel João Verdoso [MJV#2], mas havida em sua 1.ª mulher Maria Nunes."
Questao#2: Algum dos confrades tem evidencia do casamento de MJV#2 com Maria Nunes (ja' percorri os livros de Medelim em busca deste casamento antes de 1685 e em busca do obito de uma Maria Nunes mulher de Manuel Joao (Verdoso) sem qualquer sucesso.
Decorrem da exposicao supra tres hipoteses:
-- Hipotese#1: O falecimento de Maria#1, com aproximadamente 80 anos, e' compativel com um nascimento em 1684 como evidencia o respectivo registo (Medelim-M1.0083). No entanto, no casameno com Andre Goncalves, a diferenca de grafias sugere que o nome da avo' foi mal interpretado e que deveria ser "Catarina Nunes" e nao "Maria Nunes". Neste caso, MJV#1 e MJV#2 sao o mesmo.
-- Hipotese#2: O registo de "Maria Nunes" enquanto mulher (ou viuva) de MJV#2 existe e simplesmente eu nao o encontrei. Neste caso, MJV#1 e MJV#2 sao forcosamente diferentes uma vez que estiveram casados, no mesmo periodo, com mulheres distintas (Catarina Nunes e a evasiva Maria Nunes)
-- Hipotese#3: Admito que seja possivel que MJV#2 tenha sido casado 3 vezes: a primeira com a evasiva Maria Nunes, a segunda, com Catarina Nunes e a terceira com Maria Goncalves que que faleceu em 8/XII/1725 (Medelim-M2.0115). MJV#2 vira' a falecer a 5/VII/1739 (Medelim-O1.0004) e e' recordado como MANUEL JOAO VERDOSO, O VELHO.
Nota#2: Poder-se-a' especular que na realidade, a Maria#2 e' que casou com Andre' Goncalves. No entanto, a Mae, Maria Goncalves estava viva a' data do casamento; adicionalmente, "Maria Nunes Torroa filha de Manuel Joao Verdoso" aparece identificada como madrinha de um casamento a 14/I/1704 (Medelim-B2.0015) pelo que nao me parece plausivel que a Maria em causa seja a Maria#2
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Parte 2. Catarina Ferreira, mulher de Manuel Joao Verdoso
Recorrendo de novo ao posto de Miguel Mora supracitado (extremamente uteis por sinal - obrigado) , sugere-se que:
"MANUEL JOÃO e CATARINA NUNES receberam-se a 11?-I-1683 (fl. 121v.). Deve ser o casal Manuel João Verdoso, o "Moço", e Catarina Ferreira"
Especulacao#2: Julgo que Catarina Nunes e Catarina Ferreira nao podem ser a mesma pessoa uma vez que exite um assento em Joao Pires (Joao Pires-M2.0187) onde se regista o casamento de Manuel Joao Verdoso do lugar de Medelim com Catarina Ferreira solteira do lugar de Joao Pires, filha de Manuel Esteves Ferreira" a 30/XII/1696. Sugiro que este sera' na realidade outro MANUEL JOAO VERDOSO (mas nao O MOCO; a identificacao de Manuel Joao Verdoso O Moco aparece no assento de casamnto com Margarida Domingos a 15/Xii/1729, Medelim-M2.0177). Infelizmente o assento nao refere se este Manuel Joao
Verdoso e' viuvo, solteiro ou o nome dos pais.
Decorrem, as seguintes hipoteses:
-- Hipotese#4: se a Hipotese#1 ou Hipotese#3 estiverem correctas, entao temos Manuel Joao Verdoso O Velho que casou com Catarina Nunes, da qual teve a filha Maria Nunes Torroa que casou com Andre Goncalves, e depois com Maria Goncalves e temos Manuel Joao Verdoso O Moco que casou com Catarina Ferreira em Joao Pires em 1696. Esta hipotese e' compativel com o falecimento de Catarina Ferreira, viuva de Manuel Joao Verdoso (falecido a 17/Jun/1729 Medelim-M1.0136), a 19/XI/1740 (Medelim-O1.0015).
-- Hipotese#5: se a Hipotese#2 estiver correcta, entao temos 3 Manuel Joao Verdoso neste periodo (descontando descendentes): o MJV#1, MJV#2 e o MJV#3 que casou com Catarina Ferreira em Joao Pires.
Nota#3: Note-se que Francisco Joao Verdoso, apos o falecimento da primeira mulher Isabel Lopes, casa em Joao Pires com Maria Ferreira, tambem filha de um Manuel Esteves Ferreira a 11/II/1786 (Joao Pires-M2.0175)
Nota#4: A Nota#3 sugere que o Manuel Joao e Francisco Joao, que casaram em Joao Pires, com quem aparentam ser duas irmas sao, eles proprios, irmaos (neste caso, resolvo tambem a dispensa de 2o, 3o e 4o grau no casamento entre Manuel Robalo Verdoso e Ana Maria de Almeida ocorrido em Medelim a 26/IX/1791 o que muito me reconfortaria)
Penitenciando-me pela extensao desta nota,
e agradecendo antecipadamente os comentarios dos Confrades nesta sala,
subscrevo-me,
atentamente,
fernando
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RE: Duplo patronímico
temos tambem uma outra hipotese:
-- Hipotese#6: O Manuel Joao Verdoso que casou com Catarina Ferreira em Joao Pires em 1696 e' viuvo de Catarina Martins (teno um interregno de 11 anos entre casamentos. Neste caso, este Manuel Joao Verdoso e' o MJV#1. Esta hipotese implica que Manuel Joao Verdoso, o Velho, tera' tido um casamento anterior aquele com Maria Goncalves, alegadamente com a elusiva Maria Nunes.
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RE: Duplo patronímico
correcoes das assercoes acima:
Com base no registo (Medelim-B2.0109): assento de baptismo de Domingos filho de Manuel Joao Verdoso (casado com Catarina Ferreira), neto de Francisco Joao Verdoso e Isabel Pires;
especulacao#2: a' margem deste assento refere-se Manuel Joao Verdoso, o Moco, pelo que temos 2 Manuel Joao Verdoso o Moco (o que casa com Margarida Domingos em 1729 e este que casa com Catarina Ferreira em Joao Pires;
nota#4 esta' incorrecta, Manuel Joao Verdoso e' filho de Francisco Joao Verdoso e pai e filho casam com duas irmas: o Manuel Joao com Catarina Ferreira em primeiras nupcias e Francisco Joao com Maria Ferreira em segundas nupcias depois de ter enviuvado de Isabel Lopes, esta mae de Manuel Joao
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RE: Duplo patronímico
Boa tarde,
Chegou a obter alguma informação sobre a casa ou sobre o brasão da mesma? Tenho muito interesse nessa informação.
Muito obrigado
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RE: Duplo patronímico
Caro Luis Avelar,
Fiquei muito interessado em saber mais dessa prima "Evangélica". Tem conhecimento da sua ascendência ou descendência?
Muito obrigado
Alexandre
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RE: Duplo patronímico
A Familia Damas Mora é originaria de Rio de Moinhos( Abrantes ) descendentes de Clemencia Rosa Mora, Filha do Dr. José Henriques Mora ,nascido no Sardoal. D. Clemencia è Avó de Augusto Oliveira Mora, Pai do Dr. Antonio Damas Mora, Dr. José Maria Damas Mora , mui ilustres Médicos , cujos descendentes seguiram o curso de Medecina, Dr. Luiz Damas Mora,Dr. Mário Damas Mora, que conta presentemente com mais três gerações
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RE: Duplo patronímico
A Familia Damas Mora é originaria de Rio de Moinhos( Abrantes ) descendentes de Clemencia Rosa Mora, Filha do Dr. José Henriques Mora ,nascido no Sardoal. D. Clemencia è Avó de Augusto Oliveira Mora, Pai do Dr. Antonio Damas Mora, Dr. José Maria Damas Mora , mui ilustres Médicos , cujos descendentes seguiram o curso de Medecina, Dr. Luiz Damas Mora,Dr. Mário Damas Mora, que conta presentemente com mais três gerações
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