Botelhos de Gouveia
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Botelhos de Gouveia
Caros participantes deste forum,
Venho solicitar alguma informação sobre trabalho já publicado ou mesmo quem tenha algum parentesco com esta gente que a seguir descrevo.
Assim: Em meados so séc. XVIII, passava ao Alentejo mais concretamente ao concelho de Avis, um individuo que usava o nome de João de Andrade Freire, casou em Casa Branca com Josefa Maria da Silveira. Era natural de Nespereira, lugar do termo de Gouveia. Consta o seu assento de baptismo nos seguintes termos. " Aos vinte dias do mês de Junho de mil setecentos e seis anos, baptizei a João filho de João Botelho e de sua mulher Angela de Andrade; foi padrinho Francisco Soares de Mello do lugar de Sampayo, e madrinha Margarida Carneira filha de Luis Carneiro todos deste lugar de Nespereira, e por verdade fiz este assento, dia mês e ano ut supra." O P.e Cura João Camelo.
De seus pais consegui obter o seu casamento: " Aos vinte e sete dias do mês de Janeiro de mil setecentos e quatro anos, se receberam nesta Igreja de Nespereira, em minha presença João Botelho Feio, filho de Manuel Botelho Feio, já defunto e de sua mulher Dona Rafaela Antónia, moradores na vila de Santa Marinha, e Angela de Andrade filha de Bartolomeu de Andrade e de sua mulher Serafina Nunes moradores neste lugar de Nespereira, todos deste Bispado de Coimbra, sendo-lhe corrido pro os banhos conforme manda o Concílio Trid.no e constituições deste Bispado, foram testemunhas Luis Carneiro e Matias de Albuquerque e Luis da Costa e outras mais pessoas deste povo, e por verdade fiz este assento dia mês e ano ut supra." O Cura João Camelo.
Para além do assento de óbito destes nubentes e dos pais de ambos nada mais consegui apurar, procurei no Gayo e só me apareceu um Manuel Botelho que se estabaleceu em Ceia, onde morou.
Assim solicito se algum dos ilustres confrades conhece alguma publicação desta gente ou dos padrinhos, nomeadamente o Francisco Soares de Mello e o Matias de Albuquerque que deviam ser gente principal do referido lugar, o Luis da Costa encontrei-o num assento como capitão, quanto a estes Carneiros serão progenitores dos Gouveias e Vasconcelos ?
desda já os meus agradecimentos
Hugo da Cunha e Sá
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RE: Botelhos de Gouveia
Caro Hugo da Cunha e Sá
Decorridos 6 anos desde a data na qual lançou o presente tópico não sei se ainda frequenta o fórum, todavia, aproveito para ressuscitá-lo na esperança de que surjam mais algumas informações sobre os indivíduos que referiu, dado ser também do meu interesse a ascendência do casal Manuel Botelho Feio e Dona Rafaela Antónia.
Esse casal teve, além do João Botelho Feio que referiu, pelo menos mais um filho, chamado António Botelho Feio, que casou em Arcozelo - Gouveia a 7.2.1701 com Luísa Mendes, filha de Manuel Nunes e de Mariana Mendes.
Foram testemunhas Jorge de Mello e Figueiredo, Manuel Brás, Manuel Domingues e António Martins Vila Nova.
António Botelho Feio e Luísa Mendes foram pais de, pelo menos, uma filha a quem deram o nome de Rafaela Mendes, que casou com António de Carvalho "O Moço", filho de António de Carvalho "O Velho" e de Isabel de Santa Maria, todos de Arcozelo, à excepção do primeiro. Tiveram além de António de Carvalho (ascendente da minha esposa), pelo menos, os seguintes filhos todos baptizados em Arcozelo: Luísa - b. 26.11.1725, Margarida - b. 8.5.1727, Manuel - b. 13.4.1729.
Nos respectivos assentos de baptismo ainda são mencionados os nomes dos avós. Foram padrinhos de baptismo de Manuel e de Margarida: Tomás da Gama Osório (que se encontra no Geneall como Tomás da Gama Osório de Melo Coutinho) e sua mãe D. Margarida Craveira, (que julgo ser a mesma que referiu na sua intervenção como Margarida Carneira). Foram padrinhos de baptismo de Luísa: Tomás, filho de António de Carvalho, e sua mãe Isabel de Santa Maria.
Manuel Botelho Feio e Rafaela Antónia constam no Geneall em:
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=180395
Na presente data, ignoro um eventual parentesco destes com o casal Francisco João Feio e Maria Botelho do Vale (naturais de Santa Marinha) que se encontra em:
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=337191
Naturalmente que ficarei grato por qualquer informação adicional sobre esta gente.
Cumprimentos,
Luís Projecto Calhau
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RE: Botelhos de Gouveia
Caros Luís e Hugo
Também eu estou interessada na ascendência de Manoel Botelho Feio e de Dona Rafaela Antónia.
O seu filho João Botelho Feio e a sua mulher Ângela de Andrade tiveram mais filhos para além de João Andrade Freire. Tiveram uma filha Maria em Janeiro de 1705 e um filho Adrião (meu ascendente) em Abril de 1711.
Isto é o que consta nos seus assentos de nascimento:
"Aos três dias do mês de Janeiro de mil setecentos e cinco annos pus os Santos Óleos a Maria filha de João Botelho e de sua mulher Ângela de Andrade a qual foi baptizada em casa por necessidade por Matias de Albuquerque, foi ele padrinho e madrinha foi Margarida Carneira filha de Luís Carneiro todos deste lugar de Nespereira e por verdade fiz este assento, dia mês e ano ut supra. O Pe. Cura João Camelo
"Aos sete dias do mês de Abril de mil setecentos e onze baptizei a Adriam, filho de João Botelho e de sua mulher Ângela de Andrade. Foram padrinhos Matias de Albuquerque e madrinha Francisca da Costa, filha de Luís da Costa, do lugar de Nespereira e por verdade fiz este assento, dia mês e ano ut supra. O pai João Botelho é natural de Santa Marinha e a sua mulher deste lugar"
Adrião manteve-se em Nespereira e assumiu o nome de Adrião Leitão. Teve um filho Serafim José Feio que veio a ser Escrivão do Público, Judicial e notarial do Concelho de Penalva.
Cumprimentos
Carla Afonso
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RE: Botelhos de Gouveia
Caro Luis Projecto Calhau,
Relativamente a estes Botelhos, tenho de facto mais alguma coisa e muitas duvidas.
Tem toda a razão no que diz respeito a Margarida Carneira, ela é de facto Margarida Craveira, ( de seu nome completo Margarida Josefa da Costa Craveiro, filha de Luis Craveiro e de sua mulher Antónia Lopes da Costa, casada com António de Abreu do Amaral, que tem processo na TT para familiar), que apurei mais tarde, sem Dona pelo menos nos meus apontamentos.
Assim, para além do meu João Botelho Feyo, existe de facto também o seu António Botelho Feyo, que nasceu em 1679, e ainda uma Estefânia, e parece-me que um Manuel, mas este Manuel não tenho a certeza, pois já despachei estes papeis todos para o Alentejo.
Quanto á pagina do geneall n.º 337191, que menciona parece-me ser retirada duma informação dum tópico que o Sr. Arq. Eduardo Osório que tem dado um precioso contributo para o estudo desta familias da Beira, postou há algum tempo, onde menciona uma Maria Tavares de Sousa que casou em S. Romão em 1656 com João Botelho do Vale, delas nasceu entre outros o Padre Manuel Tavares de Sousa, Cónego da Sé de Miranda, e Comisário do Santo Ofício por provisão de 9/7/1705, foi de facto á Torre do Tombo e consultei o dito processo que está certissimo.
A partir daqui é que me surgem as dúvidas:
Este Manuel Botelho Feyo marido da Dona Rafaela Antónia, será eventualmente o mesmo que foi baptizado em Santa Marinha, ? (pois existe um assento dum Manuel filho de Francisco João do Vale e de sua mulher Maria Botelho).
Não encontrei o assento de casamento nessa freguesia nem nas limitrofes dos ditos Manuel Botelho Feyo com a Dona Rafaela Antónia, mas a ser o mesmo seria o irmão de João Botelho Feyo casado com a acima mencionada Maria Tavares de Sousa.
Passado algum tempo da minha investigação destes Botelhos, adquiri o 1º volume do Nuno Borrego e das "Cartas de Brasão de Armas - Colectânea", na pág. 301 retira-se o seguinte:
MANUEL BOTELHO FEIO DO VALE, natural da vila de Santa Marinha, comarca da Guarda, e morador na cidade de Antiquera, no Reino da Andaluzia; filho de Francisco João do Vale e de sua mulher Maria Botelho; neto pela parte paterna, de Francisco João do Vale e de sua mulher Leonor Feio; e, pela materna, neto de Pedro Correia de Sampaio e Lucena e de sua mulher Luisa Botelho, da referida vila de Santa Marinha. Armas: Vales, Botelhos, Feios e Correias. D. uma flor-de-Liz. Carta de 10 de Julho de 1673. L. 3º fl. 143 (B.I. pág. 112).
Assim:
a) Não encontrei o assento de casamento deste Manuel Botelho Feio (do Vale) ? com a Dona Antónia Rafaela, pois possivelmente ele teria casado em Antiquera.
b) Parto do principio que nessa época quando eram solicitadas armas era fundamentalmente para usufruirem dos privilégios da nobreza de linhagem e as consequêntes isenções tributárias, e ele mais do que ninguém vindo de Santa Marinha mas vivendo em Antiquera onde não seria conhecido tinha necessidade de justificar a sua linhagem.
c) Quanto á mulher; Dona Rafaela Antónia é sempre assim tratada nos assentos de nascimento dos filhos, bem como no seu assento de óbito. Notei que era praticamente a única ou mesmo a única pessoa do respectivo livro dessa freguesia a quem era dado o tratamento de Dona, o que nessa época era muito invulgar e é um nome que sobressai por ser pouco comum no meio das Marias, Arcângelas, Joanas, etc. seria natural da Antiquera ?
Por agora é tudo o que tenho,
Com os meus cumprimentos,
Hugo da Cunha e Sá
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RE: Botelhos de Gouveia
Cara Cipa,
Está certissima, os seus dados coincidem com os meus, mas além da Maria e do Adrião ainda tiveram pelo menos um António, baptizado em 1713 (pág.31 v.º).
Quanto ao Serafim muito especulei eu sobre se seria da mesma gente, se for á tt on Line, lá aparece mas salvo erro como Serafim José Feio do Vale.
Quanto ao facto do Adrião usar o apelido Leitão ele vinha-lhe da mãe que descendia dum Francisco Leitão.
Cumprimentos,
Hugo da Cunha e Sá
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RE: Botelhos de Gouveia
Caro Hugo da Cunha e Sá
Para ser sincero, estou completamente rendido a essa sua lição de genealogia.
Não há nada como bater à porta de quem realmente sabe.
Vou, agora mesmo, procurar digerir toda esta informação - que me parece extremamente interessante e recheada de argumentos, sem dúvida bastante plausíveis.
Chama-se a isso "Um golpe de Mestre"....
Fico-lhe bastante grato.
Se lhe puder ser útil para estas bandas, por favor disponha.
Com os meus cumprimentos,
Luís Projecto Calhau
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RE: Botelhos de Gouveia
Caro Hugo
Desconhecia a existência de um António. Há algum tempo que não peço documentação ao Arquivo Distrital da Guarda.
O Serafim José Feio do Vale que aparece na TT on line é o filho de Adrião Leitão.
Eu tenho cópia da Mercê que lhe foi concedida por D. Maria I, assim como a sua habilitação (leitura de Bacharéis).
Tem muita informação sobre a ascendência de Ângela de Andrade para além da que consta no geneall?
Seria possível dizer-me mais alguma coisa e quais as fontes onde eu possa pesquisar? Eu tenho o assento de nascimento de Bartolomeu de Andrade mas tenho alguma dificuldade em o ler.
Obrigada pelas informações.
Cumprimentos
Carla Afonso
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Botelhos do Vale, de Santa Marinha
Caros Hugo da Cunha e Sá e Luís Projecto,
Não tenho aqui todos os elementos de que preciso, mas posso assegurar pelo menos que D. RAFAELA ANTÓNIA DESLAVA? Y MENDONÇA era natural de Granada, reino de Castela, filha de D. André Deslava? y Mendonça e de sua mulher D. Salvadora Maria Furtado, ambos de Granada.
Acrescento que me parece que os "dons" e "donas" são usados mais vulgarmente em Espanha do que em Portugal.
Brevemente irei enviar o resto de que disponho, tentando esclarecer a questão do apelido "Deslava" que não existe.
Cumprimentos
Eduardo Osório
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RE: Botelhos do Vale, de Santa Marinha
Caro Eduardo Osório,
Resultou numa agradável surpresa esta sua oportuna intervenção, tanto mais que veio confirmar aquela que era a hipótese avançada pelo confrade Hugo da Cunha e Sá, ou seja, a naturalidade castelhana de D. Rafaela.
Na verdade, no pressuposto de que era espanhola e de que por lá teria casado, já tinha até perdido a esperança de conseguir a sua filiação. Se não lhe parecer abuso, e se me puder indicar a fonte ficar-lhe-ei muito grato.
Quanto ao enigmático "Deslava", aguardarei na expectativa as suas conclusões.
Aproveito ainda para lhe perguntar se conhece a ascendência dos avós de Manuel Botelho Feio do vale?
- Francisco João do Vale / Leonor Feio
- Pedro Correia de Sampaio e Lucena / Luísa Botelho
Cumprimentos,
Luís Projecto Calhau
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RE: Botelhos do Vale, de Santa Marinha
Caro Luís Projecto Calhau,
Tenho precisamente de confirmar alguns elementos num processo "de genere" no AUC, em Coimbra. Quando responder aqui, irão todas as fontes.
Cumprimentos
Eduardo Osório
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RE: Botelhos de Gouveia
Cara Carla
Passando revista aos meus apontamentos encontrei um casamento em Cortiçô da Serra que refere o seu Adrião (que apontei por mero acaso, talvez pelo facto de pensar que me poderia vir a ser útil no futuro - não lhe consigo é confirmar a data porque recordo que foi quase na hora de arrumar o estojo) entre Adrião Leitão Maldonado e Mariana de Oliveira, sendo ele filho de João Botelho Feio, natural de Santa Marinha, e de Ângela de Andrade, da Nespereira, e ela filha de José Coelho e de Maria da Silva.
Também por mero acaso, ou melhor, por considerar interessante a existência de "Maldonados" em Cortiçô anotei um outro casamento ocorrido na mesma freguesia em 12.2.1656 entre Miguel Maldonado, filho de Miguel Dias e de Isabel Maldonado, com Catarina da Fonseca, filha de António da Fonseca e de Maria Mendes.
Cumprimentos,
Luís Projecto Calhau
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RE: Botelhos de Gouveia
Caro Luís
Obrigada pela informação. Por várias vezes, solicitei pesquisa ao Arquivo Distrital da Guarda deste casamento mas nunca o encontraram.
Não entendo é a razão de Adrião Leitão se chamar agora Adrião Leitão Maldonado. Nos documentos do filho e neta aparece só como Adrião Leitão.
Saberá a razão?
Cumprimentos
Carla Afonso
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RE: Botelhos de Gouveia
Cara Carla Afonso,
Peço-lhe desculpa de só lhe responder agora mas na noite em que lhe respondi aqui para o forum acabei no hospital com uma broco pneumonia.
Mas vamos lá ao que interessa, assim:
BARTOLOMEU DE ANDRADE e SERAFINA NUNES, tiveram os seguinte filhos:
1- ALVARO, nasceu em 1672
2- ANTÓNIO, nasceu em 1674
3-CATARINA, nasceu em1676, casou com 17 anos em 1693, com Domingos da Silva, de quem teve TOMÁS, nascido em 1694, casou 2ª vez em 1727, com JACINTO RIBEIRO DE CASTRO.
4- LUZIA, nasceu em 1667, e casou com um DOMINGOS PIRES
5- ANGELA, nascu em 1679, casou com JOÃO BOTELHO FEIO, nosos antepassados.
6- JOÃO, que me parece ser o último filho do casal e que nasce em 1683.
Relativamente ao baptismo de Bartolomeu; toda essa documentação já não a tenho aqui comigo, lembro-me de que como em tudo o que pedia aos Arquivos Nacionais era fotocópia do documento e o microfilme, para digerir melhor em casa, mas como lhe disse no anterior post não posso ter tudo comigo. No entanto relativamente ao seu óbito lembro-me que dizia "elegeu a sua sepultura junto ao altar de São Sebastião". Também eu por vezes tinha dificuldade em os lêr e dava sempre uma cópia ao meu irmão pode ser que ele ainda os tenha.
Pareçe-me que toda esta informação veio de microfilmes que pedi aqui na Torre do Tombo, e não do Arquivo Distrital da Guarda, mas vou indagar, e amanhã logo lhe digo pois relativamente a Serafina Nunes é que há muita coisa e interessante para os Nunes e para os Andrades e será certamente uma boa base de trabalho.
Por agora é tudo, com os meus cumprimentos,
Hugo da Cunha e Sá
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RE: Botelhos de Gouveia
Caro Hugo,
espero que esteja melhor. Agradeço-lhe muito a informação que me disponibilizou. Como moro no Porto, costumava pedir ao Arquivo Distrital da Guarda para pesquisar a informação por mim. Mas por vezes tornava-se difícil dizer informações muito concretas. Os registos do séc. XVII têm pouca informação. Estava à espera que disponibilizassem os registos online mas parece que ainda vai demorar.
Por isso, toda a ajuda é benvinda.
Reitero os meus votos de melhoras.
Cumprimentos
Carla Afonso
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RE: Botelhos de Gouveia
Cara Carla
Lamento não poder esclarecer essa sua dúvida mas, tal como referi, essa informação foi por mim registada por mero acaso quando pesquisava sobre as minhas raízes de Cortiçô (por caso também sobre Botelhos, que poderão estar relacionados). Nessa altura ainda não tinha conhecimento de que a minha esposa também descendia desses "Botelho Feio". Mais tarde, de volta aos apontamentos, é que associei a tal composição onomástica.
Cumprimentos,
Luís Projecto Calhau
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RE: Botelhos de Gouveia
Cara Carla Afonso,
Aqui vai mais alguma coisa sobre os Andrades,e que nos permita para já subir na ascendência de Serafina Nunes mulher de Bartolomeu de Andrade. Na altura ao investigar a madrinha de João de Andrade Freire, a tal que eu dava como Margarida Carneiro, era na realidade Margarida Josefa Craveiro da Costa mulher que foi do familiar António de Abreu do Amaral ( Torre do Tombo Processos do Santo Oficio Maço 60 diligência 1229), ele o marido fez as diligências em 1716 e ela em 1723, aí se percebe que a Margarida Craveiro era da Familia de Serafina Nunes. Vou-lhe agora trancrever excertos do dito processo para melhor compreenção do mesmo:
" Li essas diligências de Margarida Josefa da Costa Craveiro com quem pretende casar o familiar António de Abreu de Amaral, e delas consta que é filha legitima e neta dos pais e avós que declara e todos naturais da paróquia que a dita, e ........de sua avó paterna Maria Craveiro se não faz prova grand.te e por parte de sua mãe e avós maternos a d.ta avó materna legitima e muitos cristãos velhos sem raça alguma de infecta nação sem fama nem rumor porem por parte de seu pai e avô paterno Luis Nunes depoem a maior parte das gentes que ela tem fama de cristã nova ainda que alguns afirmem que tem cessado por se averiguar que era falsa nas diligências que se fizeram que algumas pessoas desta familia se ordenaram, como ordenaram pelo bispado de Coimbra, e por um instrumento de genere que se constou feito na vila da Guarda Reino da Galiza porque constava da sua limpesa o qual documento que a ser feito por requesitoria da inquisição o que tenho por muito "inversomil" e por melhor averiguação desta materia se averá a inquisição de Coimbra que mandem pedir ao escrivão da câmara em aquela cidade as diligências dos padres António Leitão e Custódio de Andrade e que as remetam dos.... e insiram a estas e com elas me tornem. Lisboa 26 de Abril de 1722 Francisco Carneiro de Figueira."
" Li a vêr estas diligências e conferidas com as que mandei juntar dos padres António Leitão de Andrade e Custódio de Andrade Pacheco feitas pelo ordinário de Coimbra que mandei juntar se mostra que o padre António Leitão de Andrade era neto e o padre Custódio de Andrade era bisneto de João Nunes irmão de Luis Nunes e de Catarina Fernandes pela qual lhe vem a fama de cristão novo e que essa era filha de António Fernandes por onde também vem a dita fama de cristão novo, porem que fazendo dele diligências na vila da Guarda no Reino da Galiza donde era natural se achara que ele era de limpo sangue sem fama nem rumor em contrário, mas esta diligência feita na Galiza que li.......e somente se faz dela menção ....padre António Leitão foi habilitado em virtude das diligências que lhe tinhem feito as de seu irmão João Leitão que depois de ser admitido à ordem faleceu antes de as tomar e também em virtude das que as tinham feito feito antes perante o padre Domingos Dias Seixas, descendente do padre António Fernandes, mandei pedir ao escrivão da Câmara as diligências do padre Domingos Dias Seixas da vila de Santa Marinha e as de João Leitão da Nespreira que não chagou a tomar ordens com os apensos. Lx. 23 de Maio de 1727, Francisco Carneiro de Figueira."
" Li a ver essa diligência que mandei apensar de Domingos Dias Seixas e João Leitão de Andrade, feitas pelo ordinário de Coimbra no ano de 1702, das quais consta que Domingos Dias se for o impedimento de cristão novo por parte de sua avó Isabel Nunes natural de Santa Marinha e que já vinha por seu pai Manuel Fernandes que tinha vindo de Nespreira, e a João Leitão por parte de seu avô João Nunes morador em Arcozelo que tinha vindo da Nespreira, e lhe vinha o defeito por sua mãe Catarina Fernandes do mesmo lugar, que é também o bisavô da habilitanda (Margarida Josefa da Costa Craveiro) e nas diligências que se fizeram em todos esses lugares deposeram as testemunhas dessa fama que era pública .... e que sempre a serviram aos seus maiores , e como pessoas de nação foi juntado o dito João Nunes na finta que se lançou, aclamadas da bolea, ainda que se escusou de a pagar por.... que anda junta ás ditas diligências proferidas pelo corregedor da Guarda no ano de 1650 e no ano de 1694 dando..... Serafina Nunes, filha de João Nunes de Eiró pessoa que lhe chamou de cristã nova ainda que teve Serafina a seu favor, e foi julgada por cristã velha com fundamento da dita Serafina que instou pela qual foi seu pai escuso de pagar a dita finta, na mesma Serafina se declara que ela padecia da dita fama e que também se provava que muitas pessoas tinham chamado de cristã nova ás desta familia sem lhe levassem incurias se considerou na dita Serafina e por minorar a pena á denunciante a qual fama ainda hoje persiste e todos se lembram dela sem embargo que muitos dizem que tem cessado pelas habilitações dos clérigos desta familia, e a havia em todos aqueles lugares onde eram moradores estes Fernandes......."
Daqui se depreende que:
1 Serafina Nunes era filha de João Nunes e de s. m. Catarina Fernandes, filha de António Fernandes
2 Estes Fernandes eram infamados de XN e eram oriundos da vila da Guarda na galiza
3 Os Nunes também pareciam ser infamado mas lá se safaram do pagamento da "finta"
4 Eram sem duvida pessoas influentes pois nada os impedia de continuarem a serem admitidos a padres
5 Os padres António Leitão de Andrade, João Leitão de Andrade e Custódio de Andrade Pacheco cujos processos ao que parece estão no AUC, são fundamentais para a continuação do estudo desta familia
Por agora é tudo
Com os meus cumprimentos
Hugo da Cunha e Sá
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RE: Botelhos de Gouveia
Caro Hugo,
muito obrigada por esta informação. Não fazia ideia nenhuma de que do lado materno teria antepassados galegos e muito menos com fama de cristãos novos. Já tinha encontrado espanhóis do lado paterno.
Com estas informações já tenho muitos pontos de partida para pesquisar.
Cumprimentos
Carla Afonso
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RE: Botelhos do Vale, de Santa Marinha
Caro Luís Projecto Calhau,
Já estou em condições de lhe responder, embora com dúvidas. O texto que segue adiante tem como base principal as inquirições “de genere” do Licº Francisco Botelho Feio do Vale, tiradas em 1694, cruzadas com outras informações que tinha.
A principal contradição tem a ver com os avós de Manuel Botelho Feio do Vale, FCA em 1673. É uma questão que não fica resolvida e que vai ser muito difícil esclarecer. Há curiosamente uma Leonor Feio, f. em Santa Marinha a 22-04-1667…
Cumprimentos
Eduardo Osório
BOTELHOS DO VALE, de Santa Marinha
1 – PEDRO BOTELHO, n. em São Paio, Gouveia cerca de 1570, «tecelão de fronhas, também fazia teias de lã meirinha». Casou três vezes, a primeira com PERPÉTUA DO VALE (1), a segunda com INÊS LOPES (2) e a terceira com FRANCISCA GOMES (3), estas duas sem geração. Viveram em São Paio, Gouveia, onde teve da primeira mulher:
..... 2(1) – Francisco João do Vale, que segue.
..... 2(1) – Maria Botelho, que viveu solteira em São Paio. As testemunhas do processo «de genere» referido adiante falam nesta e no irmão, casado em Santa Marinha.
2 – FRANCISCO JOÃO DO VALE, n. cerca de 1600, «tosador, vivia deste ofício e de alguma fazenda». Casou com MARIA BOTELHO, n. de Santa Marinha, que depois de viúva vivia «de sua costura e fazenda». Aí viveram como «pessoas de boa qualidade e dos principais», e tiveram:
..... 3 – Manuel Botelho Feio do Vale, que segue.
..... 3 – João Botelho do Vale, que casou em São Romão em Julho de 1656 com Maria Tavares de Sousa, aí b. a 08-12-1624, filha de João Fernandes e de sua mulher Luísa Tavares de Sousa, etc. Viveram em São Romão e tiveram:
..... ..... 4 – João, b. a 01-07-1657
..... ..... 4 – Revº Licº Manuel Tavares de Sousa, b. a 25-09-1658, tomou ordens menores em 1673 e de Epístola em 1685, referindo-se no seu processo ser residente em Évora, em casa de seu tio o Licº António Tavares Pinto (AUC – Ordenações, cx. 1543). Bacharel em Cânones em 1685, licenciado em 1687 (AUC – reg. exames), foi cónego na Sé de Miranda e comissário do Santo Ofício por provisão de 09-07-1705 (ANTT – Habilitações ao Santo Ofício, m. 61, dil. 1263).
..... ..... 4 – Isabel, b. a 08-07-1660
..... ..... 4 – António e João, gémeos, b. a 16-03-1662
..... ..... 4 – António, b. a 27-10-1663
..... ..... 4 – Maria, b. a 02-02-1666
..... 3 – António Feio do Vale, f. em Santa Marinha a 12-01-1673, aí casou a 30-01-1651 com Isabel Saraiva. Viveram em Santa Marinha e tiveram:
..... ..... 4 – Maria, b. a 17-09-1653
..... ..... 4 – Isabel Feio, b. a 18-03-1656, madrinha em 1703.
..... ..... 4 – Manuela, b. a 10-08-1658
..... ..... 4 – Licº António Feio do Vale, b. a 18-03-1661, formado em Cânones em 1686 (AUC – reg. exames), casou com Catarina Rodrigues, n. de Paranhos. Tiveram:
..... ..... ..... 5 – Maria Feio do Vale, que casou em Santa Marinha a 24-10-1725 com Manuel de Carvalho, n. de Paços da Serra, filho de Francisco Rodrigues de Carvalho, de Paços, e de sua mulher Catarina Gomes, de São Romão.
..... ..... 4 – Manuel Feio do Vale, que deverá ser aquele a que o prior se refere quando assenta em Março de 1699 que «constou por certidão que morreu no mar». Casou em Coimbra, com certidão em Santa Marinha de 31-07-1682 com Maria de Figueiredo, daí natural, filha de Francisco Rodrigues? e de Domingas João. Viveram em Santa Marinha e tiveram:
..... ..... ..... 5 – Luísa Feio, b. a 01-09-1689, casou em Santa Marinha a 10-05-1709 com João Nunes do Vale, n. de Vodra, filho de Filipe Nunes e de sua mulher Joana Dias.
..... ..... 4 – Sebastião Feio do Vale, que parece filho, n. de Santa Marinha, testemunha de um casamento no Seixo da Beira em 1686.
3 – MANUEL BOTELHO FEIO DO VALE, mercador, teve carta de brasão (Vales, Botelhos, Feios e Correias) por carta de 10-07-1673 (Borrego, vol. 1, p. 301). Casou com D. RAFAELA ANTÓNIA DESLAVA Y MENDOZA, n. de Granada, reino de Castela, filha de D. André Deslava y Mendoza e de sua mulher D. Salvadora Maria Furtado, ambos de Granada; neta materna de Barnabé Furtado, mestre de […] na Porta Real da cidade, familiar do Santo Ofício da Inquisição de Granada, e de D. Catalina? de S. Juan y Cursino. Viveram em Antequera, Andaluzia, onde tiveram diversos filhos, e depois em Santa Marinha, onde se refere que ele tinha «suas casas e loja de mercador, e mais fazendas». Tiveram, além de duas filhas:
..... 4 – Licº Francisco Botelho Feio do Vale, n. em Antequera a 27-06-1674, foi b. como Francisco José na igreja de São Pedro a 02-07-1674, sendo seus padrinhos D. Juan de Vara Espinoza, «jurado desta cidade», e sua mulher D. Dionísia de Vara. Tomou ordens menores em 1694, onde se referem as inquirições «de genere» em Portugal e Espanha; aí se diz ser «moço baixo, cabelo castanho, cara redonda, olhos castanhos (…) intromete na fala alguma linguagem castelhana» (AUC – Ordenações, cx. 443). Formado em Cânones em 1702 (AUC – reg. exames) e licenciado, tomou ordens de Epístola e de Evangelho em 1705, mas parece não ter sido ordenado presbítero por má conduta; o seu processo refere, em 1711, várias acusações de maus costumes, em particular que tinha sido «condenado pelo juízo eclesiástico por crime de incesto com mulher casada, sua parente em 2º grau de consanguinidade, sendo condenado em 10.000 rs. e um ano de degredo para Trás-os-Montes» (AUC – Ordenações, cx. 459).
..... 4 – António Botelho Feio, que casou no Arcozelo a 07-02-1701 com Luísa Mendes, com geração (v. Fórum).
..... 4 – João Botelho Feio, que casou em Nespereira a 27-01-1704 com Ângela de Andrade, filha de Bartolomeu de Andrade e de sua mulher Serafina Nunes. Com geração (v. Fórum).
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RE: Botelhos do Vale, de Santa Marinha
Senhor Arq. Eduardo Osório,
Os meus parabéns pelo seu magnifico trabalho de desfiar este complicado novelo, agora é que é de dizer quem sabe sabe, como dizia o nosso confrade Luis Projecto Calhau.
Com os meus cumprimentos
Hugo da Cunha e Sá
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RE: Botelhos do Vale, de Santa Marinha
Caro Eduardo Osório
No imediato, sinto-me sem palavras...
Fica neste tópico mais um testemunho daquela que entendendo ser a verdadeira nobreza dos Homens.
Aproveito para lhe manifestar a minha profunda gratidão pelo excelente contributo que tem dado para um melhor conhecimento das raízes beirãs do meu filho.
Quanto à contradição resultante dos elementos subtraídos das Inquirições de Génere e da Carta de Armas, realmente não deixa de ser estranho... talvez possamos admitir alguma incoerência na informação que consta na Carta de Armas, partindo do pressuposto de que o cruzamento da informação resultante dos depoimentos de várias testemunhas nas inquirições, à partida, não deixavam margem para dúvidas... mas de onde lhe adviria o apelido "Feio"? Para mais, sabendo nós da existência dessa tal Leonor Feio... e os avós maternos, sempre seriam Pedro Correia de Sampaio e Lucena e Luísa Botelho, quem sabe?
Enfim, é matéria que daria, sem dúvida, pano para mangas... Pode ser que algum dia se faça luz, mas como o compreendo quando refere que vai ser muito difícil de esclarecer! Realmente, que está no terreno é que se apercebe das dificuldades inerentes a tal propósito.
Quanto à ascendência de D. Rafaela, tudo indica que se tratava de uma linha com ligações ao poder local ou, pelo menos, com algum estatuto social na zona de Granada, apesar do uso mais vulgar do "Dom" do outro lado da fronteira - nesse lado a coisa ainda se complica mais... sobretudo na ausência de uma versão espanhola do nosso "Geneall".
Mas, ter chegado até esta fase do conhecimento destas linhas, que dificilmente seria possível sem a sua preciosa ajuda, já ultrapassa largamente as minhas expectativas iniciais.
Para o caso de ter interesse ou mera curiosidade, segue a linha que liga esses "Botelhos do Vale" ao meu filho:
1. António Botelho Feio, n. 1679 - Santa Marinha, filho de Manuel Botelho Feio do Vale e de D. Rafaela Antónia Deslava y Mendoza, casou no Arcozelo a 7.2.1701 com Luísa Mendes, n. Arcozelo, filha de Manuel Nunes e de Mariana Mendes. Tiveram, pelo menos, a seguinte filha:
2. Rafaela Mendes, b. 8.11.1703 - Arcozelo, tendo como padrinhos José Simões e Francisca Nunes. Casou com António de Carvalho "o Moço", b. 25.3.1700 - Arcozelo, filho de António de Carvalho "o Velho", n. Arcozelo, e de Isabel de Santa Maria, n. Raios?!.
(António de Carvalho "o Velho" e Isabel de Santa Maria tiveram, além de António, pelo menos, mais os seguintes filhos: Tomás, Diogo b. 14.5.1708, Tiago b. 25.7.1706, Joaquim b. 22.3.1704, em Arcozelo. De alguns destes foram padrinhos o Pe. José Simões e sua sobrinha Maria de Albuquerque. Julgo que estes Simões e, eventualmente os Albuquerques, estariam ligados a estes Carvalhos, mas ignoro por que linha).
Tiveram:
3. Luísa, b. 26.11.1725 - Arcozelo.
3. Margarida, b. 8.5.1727 - Arcozelo. Foram seus padrinhos de baptismo Tomás da Gama Osório e sua mulher Margarida Craveiro.
3. António de Carvalho, n. Arcozelo, casou com Josefa Lopes Gidra, n. Arcozelo, filha de Francisco Lopes e de Isabel Rodrigues Gidra (casados a 29.6.1730 - Arcozelo), neta paterna de Manuel Domingues e de Catarina Lopes, neta materna de Manuel Lopes e de Gidra Lopes Rodrigues.
Tiveram:
4. Manuel, n. 29.11.1775, b. 6.12.1775 - Arcozelo, casou no Arcozelo a 17.6.1797 com Águeda Maria Pinheiro, n. Arcozelo, filha de António Ferreira, n. Póvoa de Cervães, e de Maria Domingues Pinheiro, n. Arcozelo, neta paterna de António Ferreira e de Maria Francisca, neta materna de José Pinheiro, n. Rio de Moinhos - Sátão (filho de Manuel Rodrigues e de Maria Ponheiro) e de Isabel Dias Domingues (que julgo ser a baptizada em 20.5.1709 - Arcozelo, filha de António Domingues e de Isabel Dias).
Tiveram, pelo menos, os filhos que seguem:
5. João, b. 7.10.1805 - Arcozelo.
5. Joaquim Carvalho, o mesmo que se encontra em:
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=1029235
Mais uma vez, muito obrigado.
Cumprimentos,
Luís Projecto Calhau
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RE: Botelhos do Vale, de Santa Marinha
Caro Eduardo Osório e Luis Projecto Calhau,
Relativamente ao apelido Deslava, parece não existir enquanto tal, mas sim "de Eslava". num artigo sobre Antequera encontrei o seguinte:
"En 1492 los árabes son expulsados totalmente de nuestro suelo y acaece un hecho histórico en el Valle de Abdalajís, de escasa importancia pero que viene a significar la génesis del actual pueblo, el reparcimiento que, de los campos del Valle de Abdalajís, se hizo por el Bachiller Juan Alonso Serrano, tras la finalization de la reconquista de le provincia de Málaga, cupo buena parte a un vecino de Antequera, D. Juan de Eslava, (se puede considerar a éste como la piedra angular del origen de la villa de Valle de Abdalajís y aborigen de la genealogia del Señorio Jurisdicional que gobernó esta villa desde 1559 hasta las Cortes de Cádiz de 1811".
"El término de Valle de Abdalajís se incorpora a la Casa de los Padillas, representada en el año de 1559 por D. Alonso Pérez de Padilla y Cobos, biznieto de Juan de Eslava, nieto del Alcayde de Antequera D. Alonso Pérez de Padilla y Eslava y sobrino del Arcediano de Ronda D. Lourenzo Pérez de Padilla y Eslava. A éste último es a quien se incorpora en 1559 a 1561 el Mayorazgo de Abdalajís quien en virtud de los vínculos fundados a favor de este Mayorazgo dona la Corona del Señorio jurisdiccional civil y criminal a favor de Alonso Pérez de Padilla y Cobos. Podemos considerar por estos motivos, como fundador del Valle de Abdalajís a D. Lorenzo de Padilla y Eslava."
Penso que a "nossa" Rafaela Antónia será de Eslava y Mendonça, a acrescer a tudo isto o principal palácio de Antequera chama-se Palácio Nájera e pertenceu no séc. XVIII á familia Eslava-Almazán, que lhes parece?
Cumprimentos,
Hugo da Cunha e Sá
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RE: Botelhos do Vale, de Santa Marinha
Caro Hugo da Cunha e Sá
Interessantíssima essa sua intervenção.
Sendo assim, e pelo que parece:
Foi Manuel Botelho Feyo do Vale, fidalgo de cota de armas (Vales, Botelhos, Feios e Correias. D. uma flor-de-Liz. Carta de 10 de Julho de 1673. L. 3º fl. 143, B.I. pág. 112), mercador, cuja vida parecia correr-lhe bem, expandir o seu negócio para Antequera e por lá se enamorou e, supostamente lá terá também casado, com D. Rafaela Antónia de Eslava e Mendoza, filha de D. André de Eslava e Mendoza (possível descendente de D. Juan de Eslava, escudeiro da guarda dos reis católicos e antepassado do fundador do Vale de Abdalajís, de Antequera) e de sua mulher D. Salvadora Maria Furtado, filha de Barnabé Furtado, mestre de […] na Porta Real da cidade. e Familiar do Santo Ofício da Inquisição de Granada, e de sua mulher D. Catalina?! de S. Juan e Cursino.
Segue mais um pequeno apontamento sobre a origem do apelido "Eslava":
"Eslava
Al parecer tiene su origen en la villa del mismo nombre sita en Navarra (España).
En la obra “Linajes en Navarra”, de don Aurelio Erdozáin, podemos leer que es el de Eslava un apellido originario de la villa de Eslava, en el valle de Aibar, de la merindad de Sangüesa (Navarra).
Del primitivo y antiguo solar de Eslava salieron, a principios del siglo XIII, los caballeros Eslava que pasaron a Aragón a servir a los Monarcas de este reino, estableciéndose en las montañas de Jaca, de donde algunos se trasladaron al reino de Valencia, siguiendo en sus conquistas al Rey aragonés D. Jaime I. Uno de estos caballeros Eslava de origen navarro pasados a Aragón fue Bartolomé de Eslava que en el año 1286 tenía asiento en la casa del Rey Alfonso III de Aragón.
En los tiempos del Rey D. Pedro IV de Aragón hallamos a Juan Martínez de Eslava, que siguió fielmente la voz y causa de ese Monarca en la unión de Aragón y Valencia, por lo que el citado D.Pedro IV le hizo merced de la gobernación de Orihuela.
En la obra “Diccionario de Heráldica Aragonesa”, encontramos que se documenta a portadores de este apellido afincados en tierras aragonesas desde el siglo XVII.
Los Eslava pasaron también a Andalucía, fundando mueva casa en la ciudad de Écija (Sevilla).
En relación al origen etimológico y significado del topónimo y apellido Eslava el acreditado filólogo Gutierre Tibón indica que procede del vasco esla, isla, ella “pasto”, más el sufijo -ba, con el significado de “pastizal”.
Armas: según el ya citado “Diccionario de Heráldica Aragonesa”, los Eslava afincados en Aragón desde el siglo XVII, usaron: En campo de oro, tres escudos de gules partidos en jefe de plata; orla de plata con diez escudetes de sable y en cada uno de ellos banda de plata.
Cumprimentos,
Luís Projecto Calhau
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RE: Botelhos do Vale, de Santa Marinha
Caro Hugo da Cunha e Sá
Mais uma achega em relação à possível origem dos "Mendoza" que se ligaram aos "Eslava" e formaram os nossos "Eslava y Mendoza".
Na obra "Descripcion genealogica de la casa de Aguayo ... Por Antonio Ramos et all", disponível online para download, bastando para tal colocar o respectivo título no google, encontra "Mendozas" antigos relacionados com Antequera.
Cumprimentos,
Luís Projecto Calhau
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RE: Botelhos do Vale, de Santa Marinha
Caro Luis projecto Calhau,
Será partir do assento de nascimento do Lic.º Francisco Botelho Feio de Vale, que foi baptizado em Antequera, que temos de precisar o asento da mãe, se era natural de Cordova, e aí baptizada ou até podia ser natural de Cordova e baptizada em Antequera, teremos de ver quantas paróquias tem Cordova.
De qualquer forma não foi por acaso que o casal Manuel B.F.V./ Antónia Rafaela se estabeleceu em Antequera ela tinha muito provavelmente lá parentes.
Isto é capaz de ser melhor gente do que supomos, a sogra do Manuel Botelho, Doña Salvadora Maria Furtado, pode ser Hurtado de Mendoza, e aparentada com os Hurtado de Mendoza, grandes de Espanha, senão será Furtado sem Mendoza, paciência será Furtado como os de cá.
De qualquer forma vou falar com o meu amigo o Prof. Dr. João de Figueroa Rêgo, que é actualmente das pessoas que aqui em Portugal mais saberá sobre a Inquisição em Espanha a vêr se me explica como é que se chega ao arquivos de Granada.
Cumprimentos,
Hugo da Cunha e Sá
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RE: Botelhos do Vale, de Santa Marinha
Caro Hugo da Cunha e Sá,
Tem sem dúvida razão. Uma das dificuldades em ler o processo "de genere" do Licº Francisco Botelho Feio do Vale está precisamente no facto de estar em castelhano do sec. XVII... felizmente que a letra é boa.
Já li as mensagens posteriores. Fico satisfeito por ter ajudado a dar um "empurrão" a essa linha.
Cumprimentos
Eduardo Osório
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RE: Botelhos do Vale, de Santa Marinha
Caro Hugo da Cunha e Sá
Ontem mesmo lancei o apelo, num fórum de genealogia espanhola, em relação a possíveis informações sobre os indivíduos que procuramos. A gentileza de um confrade, supostamente expert na genealogia granadina ditou a resposta que aqui reproduzo:
"Estimado amigo:
He revisado todos mis ficheros granadinos, y esto es lo que te puedo
decir de las personas por quien preguntas.
1, En la Granada del siglo XVII hay muchos apellidos HURTADO
diferentes, la mayoría de los que pertenecen a los grupos medios y
altos son de origen judeoconverso.
2, no encuentro a los que indicas, ni me suenan de nada.
3, Sí tengo datos de los ESLAVA y MENDOZA. Aunque no puedo formarte un
árbol, sé que a mediados del Seiscientos vivieron varias mujeres de
estos apellidos.
A, doña Jerónima Francisca López de Mendoza y Eslava, mujer de
don Pedro de Seijas Andrade, caballero veinticuatro de Granada
(regidor), hidalgo gallego asentado en nuestra ciudad, de escasa
fortuna pero de nobleza de sangre. Fue también notario y familiar del
Santo Oficio. Ambos estaban ya muertos en 1690
B, parienta de la anterior, seguramente hermana, fue doña
Teodora López de Eslava y Mendoza, esposa de don Luis Maza Ferrer,
también 24, quien fundó un mayorazgo en 1670, muriendo ambos sin
descendencia.
C, y seguramente hermana de ambas fue doña Gertrudis de Eslava y
Mendoza, mujer de Juan de Triana, procurador del número.
D, encuentro en 1641 a un licenciado ANDRÉS López de ESLAVA que
puede ser quien buscas. En esa fecha fue recibido como MÉDICO en la
villa granadina de Iznalloz, muy cerca de la capital.
F, y esta misma combinación de apellidos, López de Eslava, nos
lleva a Cristóbal LE, que en 1583 compró el oficio de escribano del nº
y concejo de la villa de Huétor por 100 ducados.
4, los Eslava no abundan en Granada, por lo que pudieran ser todos una
misma familia. Cuál sea su procedencia, y cuál su auténtico estatus
social (si nobles o conversos) es algo que aún ignoro.
Espero que, a la luz de mis nuevas investigaciones, pueda añadir algo
más, incluyéndola en uno de los volúmenes que espero poder empezar a
publicar sobre genealogías granadinas el año que viene.
Un abrazo, y a tu disposición
Enrique Soria Mesa"
Enfim, ainda não perdi a esperança, mas não se torna tarefa fácil à distância a que nos encontramos. Enviei um e-mail para o Arquivo Municipal de Antequera, referindo os dados de que dispomos, na esperança de conseguir alguma informação adicional sobre os indivíduos em questão, mas ainda não recebi resposta. Não pedi, todavia, a localização do assento de baptismo de Francisco, talvez o devesse ter feito... pois é a partir daí que podemos avançar.
Cumprimentos,
Luís Projecto Calhau
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RE: Botelhos do Vale, de Santa Marinha
Caro Luis Projecto Calhau,
Estamos sem duvida a andar para a frente pois pessoas no sec. XVII com o nome composto Eslava y Mendoza, e logo na área em que nos centramos será muito dificil não terem nada a vêr com os "nossos".
Eu já tinha lido que muitos Hurtados do antigo Reino de Granada seriam CN, mas não será muito natural que menos de duzentos anos depois da reconqista sejam familiares do SO, mas tudo é possivel. No entanto já deu entrada no Arquivo Histórico Nacional de Madrid um pedido de busca sobre o FSO Bernabé Hurtado, de Granada, vamos lá avêr se respondem.
Com os meus cumprimentos
Hugo da Cunha e Sá
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RE: Botelhos do Vale, de Santa Marinha
Caros Luís e Hugo
Enviei para o Arquivo Municipal de Antequera um e-mail a pedir a localização do assento de baptismo de Francisco e a solicitar a busca do casamento de Manuel Botelho Feio do Vale com D. Rafaela Antónia Eslava y Mendoza.
Espero que me respondam. Logo que tiver alguma informação, digo-vos.
Cumprimentos
Carla Afonso
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RE: Botelhos do Vale, de Santa Marinha
Caro Hugo e Carla
A propósito desta gente, estou a tentar coligir mais algumas informações, por sinal bastante interessantes que, entretanto, me chegaram por intermédio do ilustre investigador granadino Enrique Soria Mesa. Logo que possível, deixá-las-ei neste espaço, pois a forma como chegaram não permite colocá-las "em bruto".
Para já, nada revelam relativamente a linhas ascendentes, mas talvez revelem boas pistas para a futura localização do assento de baptismo de Rafaela Antónia, ou do casamento de Andrés Eslava y Mendoza / Salvadora Hurtado (de Mendoza), seus pais.
Cumprimentos,
Luís Projecto Calhau
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RE: Botelhos do Vale, de Santa Marinha
Caros Hugo e Carla
Pois é... segundo parece, a "nossa" doña Rafaela Antónia de Eslava y Mendoza teria, pelo menos uma irmã chamada Fabiana Laura, ilustre actiz espanhola do séc. XVII. Sobre esta Fabiana Laura encontra-se alguma coisa na net, nomedamente no google books. Com a informação que segue ficamos a saber que Fabiana Laura terá nascido em meados do séc. XVII, terá sido baptizada na paróquia de S. Matias, em Granada, que morreu em Madrid a 23.1.1698, que o seu pai era médico, também referido como Mathias Andrés de Eslava y Mendoza, e algumas vezes com o apelido Lopez, que a sua mãe também é referida com o apelido composto (por usurpação ou não) "Hurtado de Mendoza", que o seu avô materno era (além das informações que já eram do nosso conhecimento) boticário, que viveu na casa de uma tia (também ela ligada à representação) chamada Lucrézia Chesa ou Lucrécia Lopez (seria tia paterna?!) que foi casada (a sua tia) com o comediante Juan Manuel Cano de Mendieta. Fabiana Laura terá sido casada, muito nova, com um comediante chamado Miguel Bermudez de Castro... e divorciaram-se por não se entenderem!
(mensagem que me foi dirigida, gentilmente, por Enrique Soria Mesa, e que só reproduzo por ter sido colocada no fórum público)
"Estimado amigo:
Creo que he encontrado más datos sobre quienes buscas, esta vez en la red.
Como suponía, el don Andrés de Eslava y Mendoza es el licenciado Andrés (sin el don), médico, aunque en el libro que te indicaré a continuación aparece como Matías Andrés. Su esposa consta ahora como doña Salvadora Hurtado de Mendoza, aunque por mi experiencia con el tema, debe tratarse de una de tantas usurpaciones de apellidos, debido al nivel social de que estamos hablando.
En la red, en:
(fim de citação)
____________
Não coloco aqui o link para não infringir as regras do fórum, todavia, mais abaixo reproduzo o que diz nessa obra, num texto biográfico da ilustre actiz espanhola Fabiana Laura, ao qual se consegue aceder através do google books. A obra é"Genealogia origen y noticias de los comediantes de Espanha, por N. D. Shergold,J. E. Varey, Edição de N. D. Shergold y J. E. Varey, Tamesis Books limited, London"
____________
(Reinicio de citação)
tienes un libro de DIVULGACIÓN de una profesora de la Universidad de Granada, en donde habla de una hija de este matrimonio, "Fabiana Laura", que fue ACTRIZ en el siglo XVII, al parecer de cierta fama. Viene su esposo, otro cómico.
(fim de citação)
___________
Daqui retirei, por uma questão de bom senso, algumas considerações que Enrique Soria Mesa tece a propósito da experiência da autora
___________
(reinício de citação)
Sobre las usurpaciones de apellidos, precisamente, he publicado un artículo en un libro que verá la luz en dos semanas o así; ya informaré del tema en el foro, Me permito la autocita, en un fragmento precisamente dedicado a una de
tantas familias Hurtado de Granada:
"Sin entrar en muchos detalles, los Sierra Hurtado nos aparecen asentados en Andalucía a mediados del siglo XVI, procedentes de la Montaña, concretamente del Valle de Carranza en las encartaciones de Vizcaya. Una rama se instaló definitivamente en la villa giennense de Huelma, mientras que otra, la más destacada, lo hizo en la cercana ciudad de Granada. El primero fue Hernando de Sierra Hurtado, escudero de la Alhambra, padre de tres hijos, los cuales litigaron su hidalguía en 1597. De ellos, Hernando fue receptor de la Chancillería; Pedro, escribano de los Hijosdalgo y después de Cámara de la misma audiencia; mientras que Juan fue sucesivamente receptor del primer número y escribano de Cámara del mencionado tribunal de justicia. Unos cuantos casamientos estratégicos conectaron a esta familia con otras varias de parecida trayectoria. Así, el citado Pedro casó con doña Luisa de Solís, hermana de Lorenzo, también receptor de la Chancillería, hijos ambos de Juan Montesinos de Solís, escribano de su Majestad, yerno a su vez de otro receptor. En cuanto a Juan, casó con doña Jerónima Maldonado, hija de Damián Maldonado, escribano de provincia y por tanto su colega. Hija de ambos fue doña Úrsula de Sierra Hurtado, mujer de don Juan de Palomares Tiarte, escribano de Cámara,padres de doña Mariana de Palomares, cuyo suegro fue Gaspar de Torres, procurador de la tantas veces aludida Real Chancillería. Pues bien, una familia de pequeños burócratas no podía por menos que enorgullecerse al ver como uno de sus miembros emparentaba con la alta nobleza local. Es verdad que con una familia bastante empobrecida y de procedencia morisca, aunque, eso sí, de la más alta consideración. Concretamente con don Pedro Cegrí de Zúñiga, caballero de Alcántara y gentilhombre de la boca de Su Majestad, mayorazgo de su Casa. En esta coyuntura, no es de extrañar que la esposa, doña Jerónima, comenzase a usar el apellido de Sierra Hurtado de Mendoza, algo que jamás empleó antes, ni después, ninguno de sus parientes"
Otros Hurtado que cambiaron su apellido sin derecho alguno fueron los Hurtado Estébanez de Mendoza, mercaderes, luego regidores; o los judeoconversos de origen toledo Hurtado, señores de la villa de Vélez de Benaudalla.
Un abrazo
Enrique Soria Mesa"
Na sequência de algumas deambulações que fiz pela net, descobri também os seguintes textos:
FABIANA LAURA (pág. 514 da obra que referi acima)
Nacio en la ciudad de Granada y se baptizó en la parroquia de Santo Mathias. Fueram sus padres don Mathias Andres de Eslava, doctor de Medicina de la misma ciudad, y doña Salvadora Hurtado. Casó Fabiana, siendo de pocos años, com Miguel Bermudez, representante, pero a poco tiempo se divorziaram. Estubo en Valencia haciendo damas el año 1669 en la compañía de que hera autora, y haziendo la misma parte bolvio dos veces mas, la una con la compañía de Fhelix Pasqual que empezó en 9 de Agosto de 1673 y la otra con la compañía de que hera autor Manuel Angel su marido y empezó en 19 de Abril de 1688. Hizo damas en la compañía de Antonio de Arroye [sic, por «Arroyo»] del año 1687. Hizo la mesma parte en Madrid el año 1680 en la compañía de Geronimo Garcia, y en el de 1674 en la compañía de simon Aguado. Murio, segun consta por la carta de los difuntos, en Madrid el año de 1698 en 23 de Henero. Don Mathias Lopez [sic, por «Andrés»?] Mendoza y Eslava, descendiente de Cordova, fue letrado y casó y casó con doña Salbadora Hurtado por ser mui hermosa, y, aunque de buen linaje, hixa de un boticario, por loque se disgustaron con el sus parientes, que los mas eran veinte y quatros de Granada, y haviendose perdido y sin comveniencías, en una peste que ubo se aplicó a ser medico. Tubo diferentes hixos, asi varones como embras. Uno de ellos fue capitán en la Armada real del Mar Oceano. Una hija casó con un caballero portugués llamado N. Silvera que tubo dos hijas, la huna monja y la otra casó con un hombre que, pretendiendo un puesto muy honorifico en la Ynquisicion, se valió de los papeles del abuelo de su mujer por ser de mucha extimacion. Fabiana se criava en casa de una tia suia, y esta tenia siempre muchos entretienimientos dezentes en su casa y llamava a ella a los representantes y representantas, en donde cantavan y representavan, y siendo mui común cosa preciarse en Granada las mujeres el tener avilidades, executava Fabiana las suias concurriendo en los festexos, y aficionandose las hermanas de Fulgencio Lopez de Fabiana se la llevaron de casa de su tia y para asegurarla mas en aquel exercicio la casaron en Motril con Miguel Bermudez, pero se divorziaron a poco tiempo , y por no estar a la (pasa a la siguiente, 916).
Vease el otro libro pagina 238 y 1049.
"MIGUEL BERMUDEZ DE CASTRO
Fue autor. Hizo Galanes y en su mayor hedad barbas. Fue casado dos vezes, una con Maria de Salas y otra con Fabiana Laura (al margen: Vease el otro libro paginas 172, 165) cuia unión duró poco tiempo, respecto de que se divorziaron, y de la primera mujer tubo un hijo que se llamó Miguel. Era de Santiago de Galizia. Murio, segun consta por la carta de difuntos, el año de 1676. Por el Libro de la Cofradia consta como fue reziuido por Cofrade estando en la compañía de Joseph de Salazar Maoma.
MIGUEL BERMUDEZ
Fue hijo de Miguel Bermudez (al margen: Vease el otro libro pagina 172 y este 238), que hizo en varias compañías papeles de por medios, y de Maria de Salas.
Murió en Madrid segun consta por la carta de difuntos del año de 1685.
JUAN MANUEL CANO DE MENDIETA
Fue casado con Lucrezia Chesa [sic: pero según I, 953 se llamava Lucrécia Lopez] que es la que crio Fabiana Laura. Hizo diferentes partes en la comedia y fue a Cordova con una residenzia contra el Correxidor y se vino huyendo porque le quisieron matar haviendo averiguado que era comediante, y murió en Madrid. Llamaronle por mal nombre Chopete, y estuvo en Valenzia el año 1676 haziendo quartos galanes en la compañía de que era autor Ypolito de Olmedo. El mesmo de la página 1138.
Tenho também as melhores referências do Arquivo Municipal de Antequera.
Segundo informação de Enrique Soria, Andrés (ou Mathias Andrés)de Eslava y Mendoza casou em Iznalloz - Granada, em 1641. Ignoro se o assento de casamento referia o nome dos pais. Já lhe coloquei essa questão...estou, entretanto, a aguardar resposta.
Existirá também, provavelmente, o verbete de frequência do curso de Medicina por parte de Mathias Andrés.
Uma outra pista será a habilitação, caso exista, para familiar de Santo Ofício de Bernabe Hurtado.
Existe também um site bastante interessante sobre "linajes de Málaga" no qual surjem referidos vários "Eslava" de Antequera, inclusivamente alguns relacionados com os "Espinoza", considerando que o padrinho de baptismo de Francisco foi um tal don Juan de Vara Espinoza.
Cumprimentos,
Luís Projecto Calhau
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RE: Botelhos do Vale, de Santa Marinha
Caros Hugo e Carla
Na sequências dos posts anteriores, aproveito para reproduzir a última intervenção de Enrique Soria Mesa, em resposta à informação que lhe transmiti em relação ao processo de inquirição de génere de Francisco Botelho Feio do Vale, filho de Rafaela Antónia, e a condição de familiar do Santo Ofício de Bernabe Hurtado. Curiosamente, talvez fazendo render do excelente conhecimento que apresenta sobre as famílias granadinas, Enrique Soria continua a insistir na possibilidade de se tratarem de linhas descendentes de judeus-conversos que, habilidosamente, conseguiram contornar a sua "fraqueza" de sangue e aceder a patamares mais elevados da sociedade de então. Tenho um outro ponto de vista, que espero no futuro vir a confirmar...
Aproveitei ainda para o questionar sobre a condição de "caballero veinticuatro".
Julgo também ter interpretado de forma errada a informação que prestou sobre o "recibimiento" de André de Eslava y Mendoza, que num primeiro momento me pareceu corresponder ao seu casamento, todavia, segundo parece tratar-se-ia de uma qualquer forma de apresentação como médico.
Consegui localizar, através do "Family Search" um casamento ocorrido na diocese de Granada a 27.10.1623 entre Andres Lopez e Salvadora Hurtado. Existe uma forte possibilidade de se tratar dos pais de Rafaela Antónia, pelo menos cronologicamente parece-me de alguma consistência.
"Estimado amigo:
Con lo que me dices, ya cuadran más las cosas. Nos movemos en los anchos límites de la mesocracia (o sea, los grupos intermedios de la sociedad, una especie de "burguesía", pero así evitamos el resbaladizo término para los siglos XVI y XVII). Médicos, eran una profesión bastante denostada en la época, rechazada en parte por asimilar a sus miembros al mundo judeoconverso. No todos los médicos, ni mucho menos, tuvieron este origen, pero sí es cierto que muchos sí lo fueron. En el mismo contexto se deben incluir a los boticarios.
Para nada resulta contradictorio tener ascendencia conversa y ser o estar relacionado con familiares del Santo Oficio. Por supuesto que en teoría es por completo incompatible, debido a la exigencia de limpieza de sangre, pero muchos descendientes de conversos consiguieron ingresar en las filas de la Inquisición, y otros tantos, aunque limpios, casaron con conversas por la dote y las herencias que llevaban adjuntas.
El recibimiento de médico en Iznalloz es sólo la aceptación del Eslava como médico en el pueblo, no hay nada de su familia o mujer.
En cuanto a tu pregunta concreta, te cuento:
VEINTICUATRO (o caballero veinticuatro) es la denominación de los REGIDORES de algunas ciudades andaluzas, como Sevilla, Jerez de la Frontera, Córdoba o Granada, y a partir de cierto momento algunas del reino de Jaén. Es exactamente lo mismo que regidor, o sea miembro del reducido grupo de poder que gobierna los ayuntamientos. La referencia que hace a sus parientes, "que los mas eran veinte y quatros de Granada", confirma plenamente mi intuición del otro día, en que te indicaba unas hermanas Eslava y Mendoza, una de ellas esposa del 24 Seijas de Andrade. Son miembros de la subélite granadina, lo que se casa bien con esta ascendencia.
Sobre los VARA POLO, estos dos apellidos son típicos de VÉLEZ MÁLAGA, de su élite. Y en Antequera hay una gran comunidad de judeoconversos portugueses, lo mismo que en el reino de Granada. Quizá pueda servirte de línea de trabajo.
Un abrazo, y a tu disposición
Enrique Soria Mesa"
Existe também um outro texto, biográfico, sobre a actriz Fabiana Laura - esse sim corresponde àquele que foi publicado na obra que referi num post anterior, e que a seu tempo (porque tem que ser todo transcrito pelas limitações inerentes à publicação através do Google Books) trarei para este espaço.
Cumprimentos,
Luís Projecto Calhau
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RE: Botelhos do Vale, de Santa Marinha
Caro Luis Projecto Calhau,
Em primeiro lugar não posso de deixar de o felicitar pela determinação e objectividade com que tem conduzido esta investigação.
Esta entrada em Granada (sem dúvida com a ajuda do Prof. Soria Mesa), está feita, e por si. Embora ainda sem datas precisas, o perfil social desta gente já o traçou, e está á vista, pertenciam grupo dos " Caballeros Veitequatro de Granada", que, presumo serem o equivalente aqui em Portugal aos que pela soma das suas qualidades, nobreza, e cabedais eram pautados para a governança das vilas, em suma eram os principais ou respúblicos, das vilas e terras de provincia a quem eram conferidos os privilégios de nobreza civil, pois a maior parte das vezes "viviam á lei da nobreza", embora sem o serem, no caso espanhol só a "ejecutória" os tornava de pleno direito.
A somar a tudo isto ainda o facto de ocuparem os cargos de Escrivão do n.º, Procurador do n.º, Tabelião do Público Judicial e Notas, Familiares do Santo Oficio, etc. só vem reforçar esta ideia, e era a isto que se designavam por "pessoas de qualidade."
Quanto ao facto de Andrés Lopez de Eslava ser médico, e isso poder ser indiciativo de cristã noviçe, bem como o sogro Barnabé Hurtado, mestre de boticário na real porta da cidade, caso seja verdade não foi impeditivo de ser Familiar do Santo Oficio a ser verdade seria remota, pois ao mais pequeno rumor subiam na inquirição até á 5ª geração.
Curioso seria apurar se Andréz Lopez de Eslava não seria bisneto de Cristobal Lopez de Eslava que em 1583 comprou o oficio de escrivão do n.º e Conselhoda vila de Huétor, por 100 ducados.
Com os meus cumprimentos,
Hugo da Cunha e Sá
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RE: Botelhos do Vale, de Santa Marinha
Caros Carla e Hugo
Na realidade, não se assume tarefa fácil desatar laços à distância a que nos encontramos das fontes primárias. Solicitei por e-mail, há umas duas semanas, ao Arquivo Diocesano de Granada, a localização do assento de casamento de Andrez Lopez com Salvadora Hurtado, ocorrido (segundo o Family Search) em Granada a 27.10.1627, mas até à data ainda não recebi qualquer resposta.
De facto, existe uma possibilidade da existência de parentesco de Andrez Lopes Eslava (y Mendoza) com Cristóbal Lopez de Eslava, mas para já não é possível comprovar.
Existem algumas pistas que, a meu ver, merecem alguma atenção, nomedamente a que resulta do facto de Fabiana Laura ter sido criada com uma tia, também ela actriz, chamada Lucrezia Chesa ou Lopez (seria tia paterna?). Lamentavelmente, não encontro a filiação dessa Lucrezia, embora também seja retratada na obra "Genealogia origen y noticias de los comediantes de Espanha", da autoria de N. D. Shergold,J. E. Varey, Edição de N. D. Shergold y J. E. Varey, Tamesis Books limited, London. Só sabemos ter sido casada com o também actor Juan Manuel Cano de Mendieta.
Também me despertou algum interesse a seguinte passagem a propósito dos pais de Fabiana Laura (se não estou em erro):
"Tubo diferentes hixos, asi varones como embras. Uno de ellos fue capitán en la Armada real del Mar Oceano. Una hija casó con un caballero portugués llamado N. Silvera que tubo dos hijas, la huna monja y la otra casó con un hombre que, pretendiendo un puesto muy honorifico en la Ynquisicion, se valió de los papeles del abuelo de su mujer por ser de mucha extimacion"
Já traduzi (com os meus parcos conhecimentos de castelhano) a biografia que Cristina Viñes Millet apresenta na sua obra “Figuras Granadinas” sobre a referida Fabiana Laura, irmã de Rafaela Antónia, e que, salvo melhor tradução, se apresenta assim:
__________________
"Fabiana Laura
(2.ª metade do séc. XVII)
(tradução)
Nos princípios da segunda metade do séc. XVI nasce, em Granada, Fabiana Laura, actriz das mais queridas do público cortesano nos finais do século e, possivelmente, das mais esquecidas pelos cronistas da representação. O seu mérito e o seu valor deveriam ser grandes, a julgar pela opinião dos seus contemporênos que chegou até nós. Opinião reforçada pela do próprio Pedro Calderón de la Barca, nosso grande dramaturgo, autor através do qual se produziram númerosas obras. Realmente, nada fazia suspeitar que das suas origens nascia a vocação que daria fama ao seu nome.
Nascida no seio de uma família aristocrática, eram seus pais Matias André de Eslava, doutor em medicina, e Salvadora Furtado de Mendonça. Vê, Fabiana, a luz do dia na mansão familiar do Bairro de S. Matias, em cuja igreja paroquial é baptizada. De facto – não sabemos se por morte dos pais se por outra circunstância – se instala na casa de uma tia, que se encarregará da sua educação e formação. Uma formação que encaixa bem nas suas tendências naturais. Desde bem jovem que sentiu particular gosto pelas leituras, entre elas fundamentalmente a poesia e os clássicos. Para cultivar essa sua tendência inata não poderia ter dado com melhor lugar.
Na mansão em que habita, são frequentes as reuniões do tipo culto, que congregam destacadas personalidades granadinas. Ali tinham, por vezes, lugar algumas representações particulares daquelas obras e daqueles autores. Com a representação disfruta Fabiana, que em múltiplas ocasiões participa nelas, dando já mostras da sua aptidão artística, que são muito elogiadas e admiradas pelos tertuliantes. Devia ser, sem dúvida, aquele ambiente tão “cercano” que fez nascer a vocação que havia de levá-la a converter-se em figura da representação. Claro que tal não se assumiria assim tão fácil. Parecia impossível que uma jovem da sua posição se dedicaria ao teatro quando este, todavia, era considerado por muitos como um reduto de miseráveis, gentes “andariegas”, muito próximas de uma condição dos antigos jugrais. E nem só aí residia o obstáculo. Quando o teatro, sobretudo a partir da época de Lope, começa a transformar-se numa importante realidade capaz de arrastar muita gente, proibe-se a intervenção das mulheres na representação, na medida em que o seu atractivo especial se considera pecaminoso. Os seus papeis, então, são desempenhados por rapazes, mas claro está que esta solução teria que resultar num polémico resultado. Assim foi. Tal facto gerou discussão entre moralistas e legisladores, como o mal que pretendia provocar. Finalmente se autorizou a participação feminina – o que, indubitavelmente, representou uma base muito importante para o êxito dste género – mas o tema continuou, durante muito tempo, a ser debatido, dividindo opiniões a favor e contra.
Em boa verdade, todos se opunham à vocação que a levava aos palcos. Nem rogos, nem choros, nem ameaças serviam para convencer seus familiares, receosos por completo a dar o seu consentimento. Tão pouco serviam as intenções dos amigos que tentavam suavizar as tenções. Só lhe restava uma saída se quisesse atingir o seu objectivo. Em segredo prepara a fuga ajudada pelas irmãs de Fulgêncio Lopez, também comediantes. A busca levada a cabo não dá nenhum resultado e, durante um tempo, o seu rasto parece desvanecer-se.
É em Motril que reaparece, representando já algumas obras com uma companhia de segunda categoria. É precisamente naquela povoação costeira que conhece aquele que viria a ser seu marido. Tratava-se de Miguel Bermudez de Castro, natural de Santiago, também ele comediante e bom actor que fez as suas primeiras exibições com muita aceitação. Miguel Bermudez era então viúvo de Maria de salas quando conheceu Fabiana, supostamente também inexperiente actor dramático, com obras muito dentro da temática da época, como "Primero el Rey que el bonor".
Em Motril contraem casamento e nos primeiros tempos as coisas parecem correr bem. Fabiana era então muito jovem e a partir dessa data começa a traçar a sua vida artística, que não foi curta nem isenta de triunfos. A ela recorreram quase todos os encenadores de Espanha e inclusivé de Itália, onde as suas actuações sempre foram muito celebradas.
Os êxitos da sua carreira profissional, todavia, não se compaginam com a realidade da sua vida privada. Já em Sevilha, onde actua o matrimónio na companhia de Francisca López, Miguel vê-se envolto num escândalo a propósito de certas relações com uma cómica, que deu origem a discussões. O certo é que a união de ambos funciona mal, sendo os desgostos e brigas tão frequentes que resulta em separação.
Em 1672 Fabiana aparece ante o público madrileno. Fá-lo na condição de personagem secundária na Companhia de Manuel Vallejo, representando autos sacramentais. Tão grande é o entusisamo dos espectadores que no ano seguinte encabeça a lista de intérpretes. É o momento, sem dúvida, se maior plenitude na sua carreira artística que se prolongaria até à década de oitenta. Um ano atrás de outro, os comissários encarregados de supervisionar os festejos organizados por motivo das festas del Corpus, não (...) se Fabiana Laura não fosse apresentada como cabeça de cartaz.
Nessa fase, compagina a sua actividade com numerosas companhias e com numerosos encenadores. Nomes como Simón Aguado, entremesista malaguenho, Agustín Manuel del Castillo, José del Prado, Jerónimo García e tantos outros unem-se, de certa maneira, a “suyo próprio”. No entanto, é a obra de Calderón de la Barca que interpreta com maior gosto, principalmente os seus autos sacramentais, que não faltavam nunca no seu reportório.
Quando a fama a envolve, Fabiana decide abandonar o teatro, sonhando em regressar à sua cidade natal e desfrutar da tranquilidade da sua casa e do afecto dos seus. O desengano não pode ser maior. Os parentes orgulhosos e sem esquecer velhas desavenças fecham-lhe as portas. Ela que foi aplaudida por reis, adorada pela aristocracia, cortejada pelos mais distintos da corte de Carlos II, acaba despresada, isolada das pessoas que deviam ser-lhe mais próximas.
Profundamente abalada e desiludida por tudo aquilo com que tinha sonhado, regressa a Madrid onde morre ao fim de pouco tempo, em data que nos é desconhecida".
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Embora a autora não tivesse conseguido apurar a data da sua morte, sabemos, todavia, por outras fontes, que terá morrido em Madrid a 23.1.1698 e que, após o divórcio de Miguel Bermudez de Castro, contraiu segundo casamento com o actor comediante Baltasar de Rojas (mais conhecido pelo nome artístico "Manuel Angel").
Aproveito para lhes endereçar os meus votos sinceros de um excelente 2010.
Cumprimentos,
Luís Projecto Calhau
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RE: Botelhos do Vale, de Santa Marinha
Caros Carla e Hugo,
Recebi ontem a "partida" (certidão através de transcrição) do assento de casamento de Andrés com Salvadora, que aproveito para partilhar, e onde consta:
" D. Andrés López Eslava, natural de Granada, Diocese de Granada, domiciliado em Granada, Província de Granada, de 27 anos de idade, de estado solteiro, filho de D. Lázaro López de Mendoza e de D. Leonor de Eslava
e D. Salvadora Hurtado de San Juan, natural de Granada, Diocese de Granada, domiciliada em Granada, Província de Granada, de 13 anos de idade, de estado solteira, filha de D. Bernabé Hurtado e de D. Catalina de San Juan
contraíram matrimónio no ano de 1623 na Igreja de Santa Maria Madalena"
Aos poucos vamos desbravando caminho, pena é que cada "partida" se fique por uns "modestos!!" 25 ¤. Julgo que seria, talvez, mais rentável fazer pedido aos Mormons dos respectivos microfilmes. Lamentavelmente, não resido nas proximidades de um CHF...
Cumprimentos,
Luís Projecto Calhau
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RE: Botelhos do Vale, de Santa Marinha
Caro Hugo da Cunha e Sá,
Como a minha última intervenção, do passado dia 3, foi replicada a uma mensagem da confreira Carla Afonso, e dada a rapidez com que o tópico foi remetido para segundo plano, é natural que lhe tenha passado despercebido, razão pela qual resolvi trazê-lo novamente à baila.
Cumprimentos,
Luís Projecto Calhau
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RE: Botelhos do Vale, de Santa Marinha
Caros Hugo e Carla,
Já formalizei o pedido aos Mormons dos microfilmes de Granada. Agora é aguardar...
Cumprimentos,
Luís Projecto Calhau
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RE: Botelhos do Vale, de Santa Marinha
Caro Luis Projecto Calhau,
Não posso deixar de lhe enviar os meus parabéns, pelo seu empenho nesta investigação, que já está a investigar no séc. XVI, pois o "nosso" André Lopez de Eslava nasceu em 1596. Teve mais sorte que eu pois dos arquivos de Madrid, que me responderam por carta, encaminharam-me para um site onde não descobri nada.
Cumprimentos
Hugo da Cunha e Sá
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RE: Botelhos do Vale, de Santa Marinha
Caro Luís Projecto Calhau,
É apenas para o informar que reparei que no catálogo de Setembro de 2009 do Antiquário do Chiado consta a carta de armas de Manuel Botelho Feio do Vale.
Cumprimentos
Eduardo Osório
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RE: Botelhos do Vale, de Santa Marinha
Caro Eduardo Osório,
Excelente notícia, muito obrigado! Acabei de consultar agora mesmo o referido catálogo.
Só se lamenta o preço da mesma, que não está acessível a qualquer bolsa, mas ao que parece a forma como se encontra ornamentada terá motivado a atribuição de valor tão elevado. Ainda assim, vou procurar visitar brevemente o antiquário, pelo menos para lhe passar os olhos por cima.
Cumprimentos,
Luís Projecto Calhau
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