Fernando Pessoa- Efeméride
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Fernando Pessoa- Efeméride
Caros confrades
Faz hoje 115 anos que nasceu Fernando António Nogueira de Seabra Pessoa: notável poeta e escritor, e "homem de excepção"!
Curvo-me perante a sua memória!!
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RE: Fernando Pessoa- Efeméride
Caro Artur
Acho que devemos sempre lembrar os nossos valores. Nunca é demais enaltecê-los.
Fernando Pessoa é a todos os títulos,e também pela família a que pertence, um Português ilustre que foi grande patriota.
Cumprimentos amigos.
Rafael Carvalho
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RE: Fernando Pessoa- Efeméride
Caro Rafael
Não quero entrar em polémicas, mas: obrigado pela sua referência à "família"!
Um abraço
Artur
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nota biográfica (misto de fidalgos e judeus)
(Nota biográfica escrita por Fernando Pessoa em 30 de Março de 1935 e publicada, em parte, como introdução ao poema editado pela Editorial Império em 1940 e intitulado: "À memória do Presidente-Rei Sidónio Pais")
Nota auto-biográfica de Fernando Pessoa (1935)
Nome completo: Fernando António Nogueira Pessoa.
Idade e naturalidade: Nasceu em Lisboa, freguesia dos Mártires, no prédio n.º 4 do Largo de S. Carlos (hoje do Directório) em 13 de Junho de 1888.
Filiação: Filho legítimo de Joaquim de Seabra Pessoa e de D. Maria Madalena Pinheiro Nogueira. Neto paterno do general Joaquim António de Araújo Pessoa, combatente das campanhas liberais, e de D. Dionísia Seabra; neto materno do conselheiro Luís António Nogueira, jurisconsulto e que foi Director-Geral do Ministério do Reino, e de D. Madalena Xavier Pinheiro. Ascendência geral: misto de fidalgos e judeus.
Estado: Solteiro.
Profissão: A designação mais própria será «tradutor», a mais exacta a de «correspondente estrangeiro em casas comerciais». O ser poeta e escritor não constitui profissão, mas vocação.
Morada: Rua Coelho da Rocha, 16, 1º. Dto. Lisboa. ( Endereço postal - Caixa Postal 147, Lisboa ).
Funções sociais que tem desempenhado: Se por isso se entende cargos públicos, ou funções de destaque, nenhumas.
Obras que tem publicado: A obra está essencialmente dispersa, por enquanto, por várias revistas e publicações ocasionais. O que, de livros ou folhetos, considera como válido, é o seguinte: «35 Sonnets» (em inglês), 1918; «English Poems I-II» e «English Poems III» (em inglês também), 1922, e o livro «Mensagem», 1934, premiado pelo Secretariado de Propaganda Nacional, na categoria «Poema». O folheto «O Interregno», publicado em 1928, e constituído por uma defesa da Ditadura Militar em Portugal, deve ser considerado como não existente. Há que rever tudo isso e talvez que repudiar muito.
Educação: Em virtude de, falecido seu pai em 1893, sua mãe ter casado, em 1895, em segundas núpcias, com o Comandante João Miguel Rosa, Cônsul de Portugal em Durban, Natal, foi ali educado. Ganhou o prémio Rainha Vitória de estilo inglês na Universidade do Cabo da Boa Esperança em 1903, no exame de admissão, aos 15 anos.
Ideologia Política: Considera que o sistema monárquico seria o mais próprio para uma nação organicamente imperial como é Portugal. Considera, ao mesmo tempo, a Monarquia completamente inviável em Portugal. Por isso, a haver um plebiscito entre regimes, votaria, embora com pena, pela República. Conservador do estilo inglês, isto é, liberdade dentro do conservantismo, e absolutamente anti-reaccionário.
Posição religiosa: Cristão gnóstico e portanto inteiramente oposto a todas as Igrejas organizadas, e sobretudo à Igreja de Roma. Fiel, por motivos que mais adiante estão implícitos, à Tradição Secreta do Cristianismo, que tem íntimas relações com a Tradição Secreta em Israel (a Santa Kabbalah) e com a essência oculta da Maçonaria.
Posição iniciática: Iniciado, por comunicação directa de Mestre a Discípulo, nos três graus menores da (aparentemente extinta) Ordem Templária de Portugal.
Posição patriótica: Partidário de um nacionalismo místico, de onde seja abolida toda a infiltração católico-romana, criando-se, se possível for, um sebastianismo novo, que a substitua espiritualmente, se é que no catolicismo português houve alguma vez espiritualidade. Nacionalista que se guia por este lema: «Tudo pela Humanidade; nada contra a Nação».
Posição social: Anticomunista e anti-socialista. O mais deduz-se do que vai dito acima.
Resumo de estas últimas considerações: Ter sempre na memória o mártir Jacques de Molay, Grão-Mestre dos Templários, e combater, sempre e em toda a parte, os seus três assassinos - a Ignorância, o Fanatismo e a Tirania
Lisboa, 30 de Março de 1935
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RE: nota biográfica (misto de fidalgos e judeus)
Caros Amigos,
A respeito desta efeméride, gostaria de divulgar o excelente trabalho levado a cabo pelo meu amigo Dr. Rui Soares da Costa, Cirurgião do Hospital de S. João, Compositor e Músico interprete. A propósito desta efeméride, compôs um trabalho do qual não me atrevo a tecer qualquer juízo de valor, dada a minha ignorância no campo musical, o qual será acompanhado por uma obra bibliográfica cujo custo rondará os 125 euros e a tiragem é extremamente limitada, julgo que não mais que 100 exemplares. Este lançamento, será acompanhado de uma série de concertos que se irão realizar por todo o país e que estenderão por 2004.
Peço desde já desculpa pelo quão vagas são estas minhas informações. No entanto, caso haja alguém interessado em mais pormenores, poderei eu falcutá~los após me informar melhor.
zé pedro leão
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RE: nota biográfica (misto de fidalgos e judeus)
Artur,
Desculpa, esqueci-me de te louvar pela abertura deste tópico. Parabéns.
Um abraço,
zé pedro
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RE: Fernando Pessoa- Efeméride
Artur,
Parabéns pelo tópico.
A propósito, estive ontem a ver a RTP, e escolheram bem de propósito para comemorar a efeméride, em horário nobre, e numa altura que decorre a Feira do Livro, entrevistar o filho do barbeiro de Fernando Pessoa.
Pois bem, a única frase interessante que este deu a respeito do poeta, teve a ver com um acontecimento da sua meninice, (do filho do barbeiro), e que levou a uma frase lapidar do poeta:
- "Nunca te deixes vencer por incompetentes".
Nem podia vir mais a propósito, numa altura em que repito, está a decorrer a Feira do Livro, e na qual iria decorrer uma efeméride, patrocionada pela Câmara Municipal de Lisboa.
Pois bem, a nossa RTP, entendeu por bem, no seu horário nobre, não mencionar nada sobre o assunto, e preterir Fernando Pessoa, pelo lançamento de um livro sobre os efeitos perversos da televisão, chamado o Suicida Feliz.
Sem querer faltar ao respeito ao autor de tal livro, que concerteza muito trabalho deu a escrever, e ao filho do antigo barbeiro, essa nobre profissão capilar, julgo que havia espaço para os dois acontecimentos.
Mas enfim, é a cultura que temos, a televisão que olhamos, os jornais que lemos, e a rádio que escutamos.
E assim vai o nosso Portugal, que de "Mare Nostrum" pouco tem, que de "Patria Nostra", pouco vai tendo, e que da "Mensagem", pouco vai lendo.
Um abraço
Luis
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RE: nota biográfica (misto de fidalgos e judeus)
Zé Pedro,
Ora viva!
Obrigado pelo elogio.
Temos que combinar qualquer coisa: tenho saudades das nossas conversas. Há muito tempo que não nos vemos, não achas?
Pode ser que este tópico abra novos horizontes...!!
Grande abraço
Artur
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