Faro, de Bragança (sécs. XVI/XVII)
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Faro, de Bragança (sécs. XVI/XVII)
Caros Confrades,
Procuro informações relativas a uma familia FARO que viveu em Bragança nos sécs. XVI e XVII, pelo menos. Naturalmente as primeiras gerações deveriam ser originárias de Castela, dado que eram cristão-novos.
Alguns nomes: Gaspar de Faro cc Maria Mendes, Isabel de Faro cc Manuel de Santiago, Maria de Faro cc Manuel Pimentel.
Agradeço antecipadamente
Melhores Cumprimentos
Tiago Faro Pedroso
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RE: Faro, de Bragança (sécs. XVI/XVII)
Caro Tiago Faro Pedroso
Vi, entretanto, esta sua mensagem. Ia-lhe indicar "A Inquisição de Coimbra no séc. XVI" de Elvira Mea, mas já deve conecer esta fonte …
Numas notas que me passaram em tempos (suponho que extraídas de um processso do S:O:), consta que
"Manuel de Santiago, escrivão do Juízo dos Orfãos de Bragança, foi casado com Belisanda da Costa, filha de Diogo Guerreiro e de sua mulher Isabel de Faro que fizeram justificação de sua nobreza por instrumento de 1 de Outubro de 1606.". Se lhe interessar posso enviar-lhe as ditas notas, ainda que nada acrescentem de substancial sobre os Faro.
Cumprimentos,
João Amaral Frazão
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RE: Faro, de Bragança (sécs. XVI/XVII)
Caro João Amaral Frazão,
Seria abuso pedir-lhe para me enviar essas notas para o meu email ?
Aqui fica: tfpedroso arroba hotmail ponto com
Muito obrigado
Cumprimentos
Tiago Faro Pedroso
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RE: Faro, de Bragança (sécs. XVI/XVII)
Caro Tiago Faro Pedroso
Não é abuso nenhum, segue dentro de momentos…
Renovados cumprimentos,
João Amaral Frazão
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RE: Faro, de Bragança (sécs. XVI/XVII)
Boa noite,
[...]
> Procuro informações relativas a uma familia FARO que viveu em Bragança
> nos sécs. XVI e XVII, pelo menos. Naturalmente as primeiras gerações
> deveriam ser originárias de Castela, dado que eram cristão-novos.
[...]
Ter origem em Castela não é condição necessária para ser cristão-novo.
Em portugal, na idade media (e antes da expulsão de 1492) a população
judaica era significativa. Ver por exemplo os livros de Maria Jose
Ferro Tavares:
"Os Judeus em Portugal no Sec XIV", 1999
"Os Judeus em Portugal no Sec XV (vol1, vol2)", 1981,1984
Neste ultimo livro, numa tabela referente à população da
cidade de Bragança existem os seguintes registos:
Ano: 1439
Nome: José de Faro ("Juça Farom")
Profissão: Mercador
Cota: ANTT chancelaria de D. Afonso V, lv18, fl.24
Ano: 1441
Nome: Isaac de Faro
Profissão: Sapateiro
Cota: ANTT chancelaria de D. Afonso V, lv2, fl.56
--
Oscar Barroso
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Faro - eventual migração para as Beiras ??
Caros confrades,
Sobre estes Faros de Bragança não lhes conheço descendência a usar o apelido, no entanto aparecem alguns ramos Faro nas Beiras nos séculos seguintes (Guarda, por exemplo)
A minha questão é se há fundamento para considerar uma eventual ligação ? Alguem dispõe dados de ramos desentroncados ?
Agradeço antecipadamente
Melhores cumprimentos
Tiago Faro Pedroso
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RE: Faro - eventual migração para as Beiras ??
Caro Tiago Pedroso:
Uma Mécia de Araújo, natural de Chaves, filha de fulano Faro, casou em Vila Pouca de Aguiar com Nicolau Teixeira cerca de 1520. Desse casal descende toda a nobreza da terras de Jales e parte da de Aguiar. Os filhos e netos usaram os apelidos Teixeira, Teixeira de Macedo, Araújo, Miranda, Cunha, abandonando esse apelido. Os seus descendentes foram acusados de descenderem de judeus, por essa mesma via,em meados do século seguinte, na sucessão do morgadio de Fiolhoso (hoje no concelho de Murça e nessa época no termo de Jales).
Com os melhores cumprimentos,
António Taveira
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RE: Faro - eventual migração para as Beiras ??
Caro António Taveira,
Será que me poderia enviar 2 ou 3 gerações da descendência do tal "fulano" Faro ? Gostava de verificar se usam outros apelidos alternativos e se surgem em processos da inquisição.
Agradeço antecipadamente
Com os melhores cumprimentos
Tiago Faro Pedroso
PS: Pode pedir o meu email através da pagina de contactos do forum.
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RE: Faro - eventual migração para as Beiras ??
Caro Tiago Pedroso:
Envio-lhe uma lista resumida de descendentes do tal "Faro" de Chaves.
Por simplificação (não tenho os dados digitalizados nem sequer os tinha reunido numa árvore descendente) não lhe envio as referências de suporte dos dados. A maior parte deles foram retirados das inquirições de “genere” dos padres António da Cunha Teixeira (filho de Pedro Teixeira de Macedo e de sua mulher Francisca Correia de Sá, de Alfarela de Jales) e de Francisco Teixeira Botelho (filho de João Correia da Mesquita e de sua mulher D. Joana Botelho, de Carva. Neto materno de António Teixeira de Macedo e de sua mulher D. Ana Botelho, de Carva).
Nunca consegui saber quem era o Gaspar de Araújo, da Torre, do tronco de Mécia de Araújo.
Também não são referidos processos da inquisição pelas testemunhas de Vila Pouca nas inquirições daqueles padres, nem no processo do morgadio de Fiolhoso que é transcrito num deles (de meados do século XVII). Não são ouvidas testemunhas em Chaves. Um Pedro da Fonseca, casado em Alfarela de Jales com Catarina de Miranda (irmã de Pedro Teixeira de Macedo casado com Isabel de Araújo) afiança nesse processo saber, pelos seus parentes de Chaves, ser esse Faro, pai de Mécia de Araújo x.n. São “ilibados do defeito”. O apelido FARO desaparece na descendência do casal.
Com os melhores cumprimentos,
António Taveira
1-Nicolau Teixeira, procurador de nº de Vila Pouca, escrivão das sisas. Casou com Mécia de Araújo, da vila de Chaves, filha de um fulano Faro, que seria cristão novo. Mécia de Araújo descendia dos Araújos, nobres de Chaves, do tronco de Gaspar de Araújo, da Torre. Este Nicolau Teixeira, que recebeu ordens menores em 1501, era filho de João Afonso Chamorro (já falecido em 1516) e de sua mulher BritesTeixeira, de Bornes de Aguiar.
Tiveram:
2- Melchior, recebeu ordens menores em 1542/3
2- António, recebeu ordens menores em 1542/3
2- Baltasar, recebeu ordens menores em 1542/3
2- João, recebeu ordens menores em 1547
2- Diogo de Araújo, recebeu ordens menores em 1547, onde se continua
2- Antónia de Araújo que casou com Gonçalo Rodrigues. Viveram em Vila
Pouca, "à lei da nobreza".
3- Leonardo de Araújo que tirou inquirição de genere. S.m.n.
2- Diogo de Araújo foi tabelião de Vila Pouca e capitão de ordenanças. Ainda era vivo em 1601. Casou na casa do Outeiro, na freguesia do Salvador de Ribeira de Pena, com Genebra da Cunha Nunes. Na inquirição feita em Ribeira de Pena, para o processo do padre António da Cunha Teixeira, é dito que ele era aparentado por essa via com António Leitão de Meireles (escrivão da câmara e em 1701 dono da casa do Outeiro), com o morgado da Olaria, com António Borges Leitão, escrivão dos órfãos e senhor da casa das Pereiras, com Manuel Borges da Cunha e muitos outros. Todos eles seriam descendentes de Fernão Borges (escrivão do almoxarifado de Vila Real, escrivão das sisas da Pena, procurador de nº da Pena e escrivão dos contos de Vila Real, tudo por cartas de D. João III) que, segundo Gaio terá casado na casa do Outeiro com uma filha de Jorge Gomes, escrivão da Câmara, tabelião e escrivão dos órfãos da Pena. Este Jorge Gomes teria sucedido a João da Pena (possuidor do casal do Outeiro em 1516, escrivão dos órfãos da Pena por carta de D. João II- lº16, f.ª 35vº).
Tiveram:
3-filha que casou no lugar da Quintã em Ribeira de Pena
3-Isabel de Araújo, onde se continua
3- Isabel de Araújo que casou com Pedro Teixeira de Macedo, de Alfarela de Jales, filho de Melchior Teixeira, tabelião, juiz dos órfãos e escrivão das sisas, por renúncia de seu irmão Baltasar Teixeira (moço fidalgo da Casa de D. Sebastião) que foi viver para Monforte de Rio Livre, e de sua mulher Maria de Macedo (da numerosa descendência deste casal provém toda a nobreza da terra de Jales no final do século XVII). Neto paterno de Pedro Teixeira (irmão de Aires Teixeira, tabelião de Vila Pouca de Aguiar), que possuía os ditos ofícios de seu filho, e de sua mulher Isabel Taveira. Neto materno, segundo creio, de Pedro Taveira de Sá e de Juliana de Macedo Pinto, de Vila Real. Pedro Teixeira de Macedo sucedeu a seu sogro no ofício de tabelião de Vila Pouca.
Tiveram:
4- António Teixeira de Macedo. Casou 1ª vez em Carva em 1/5/1650
Ana de Novais, viúva de Manuel de Novais. Sem geração.
Casou 2ª vez com D. Ana Botelho, filha de Sebastião Borges Botelho
e de D. Faustina Lobo Barbosa, da quinta da Seara em Poiares.
Viveram em Carva. Foi tabelião em Alfarela (1649). Faleceu em
Carva em 30/11/1662.
D. Ana Botelho casou 2ª vez com António de Barros Guedes, capitão-
mor de Alfarela, com geração.
5- D. Joana Botelho. Nasceu em 24/1/1662 e foi
baptizada em Carva a 5/2. Casou com João Correia
da Mesquita, “o beiço rachado”, de Vila Real, filho de
Miguel Pimentel da Mesquita, FSO, de Vila Real, e de
sua mulher Leonor Correia Alcoforado, da Quinta da
Portela (Sedielos), filha esta de Gonçalo Pereira, “o
velho”. Foram moradores em Carva e tiveram:
Francisco Teixeira Botelho que tirou inquirição de
genere em 1731, João Correia da Mesquita, sargento
mor de Alfarela e D. Rosa Maria.
4-Juliana de Macedo que casou com Baltasar Barroso. Este sucedeu no
ofício de tabelião de seu sogro. com geração
5- D. Francisca de Azevedo casada com José Carneiro da
Fontoura, de Jou. Com geração na Casa de Jou e em
Murça, da qual se destaca o genealogista transmontano
Manuel de Queiroga Correia Carneiro da Fontoura.
5- D.Ana de Macedo com Manuel Taveira da Fontoura, de Jou,
irmão de José Carneiro acima. Sucedeu no ofício de
tabelião de Vila Pouca. Com geração na casa de Souto de
Escarão, Mondrões e S.Lourenço.
4- Genebra da Cunha que casou com Francisco Pereira Pinto, 1º
morgado de Fiolhoso, instituido por seu tio, Gaspar Rodrigues Pereira,
falecido na Índia. Com geração
5- Francisco Pereira Pinto, morgado de Fiolhoso
4- Catarina de Miranda que faleceu solteira.
4- Isabel de Araújo que casou com Domingos Machado. Moraram em
Nozedo, fregusia de Vila pouca.
4- Pedro Teixeira de Macedo. Casou 1ª vez com uma filha do padre
António Guedes Pinto, vigário de Alfarela, morgado de Sanhoane
(irmã inteira de Manuel Guedes Pinto, que sucedeu a seu pai no
morgadio). Sem geração.
Casou 2ª vez com Francisca Correia de Sá, de Sabrosa.
5- frade franciscano em Castela
5- frade em Castela
5- padre António da Cunha Teixeira. Vigário de Três
Minas e depois de Alfarela. Sendo frequentemente
ouvido em processos de inquirição de genere, diz ter
estudado as genealogias das terras de Aguiar, Jales e
Murça. Foi antepassado do Dr. Júlio Teixeira, autor
dos “Fidalgos e morgados de Vila Real e seu Termo”.
5. Maria da Cunha Teixeira, que faleceu solteira.
5- Eusébio da Cunha Teixeira que casou com sua prima
Catarina de Miranda. Com geração
5- Luís Taveira de Macedo, falecido em Sevilha.
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RE: Faro - eventual migração para as Beiras ??
Caro António Taveira:
Sabe algo mais sobre Nicolau Teixeira e sua descendência.
Antecipadamente grato
Melhores cumprimentos
Pedro MBessa
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RE: Faro - eventual migração para as Beiras ??
Caro António Taveira:
Desculpas sinceras, só depois é que vi a sua mensagem enviada ao Tiago Pedroso, que por sinal é meu primo, no entanto a minha questão prende-se com o facto de não conseguir entroncar:
Leonardo Teixeira cc Genoveva Gonçalves, que tiveram:
António Teixeira Coelho de Miranda cc Ana Teixeira filha de João Teixeira e Luísa Martins, pais de:
Francisco de Assis Teixeira Coelho de Miranda cc Amélia de Sousa Guedes
José Joaquim Álvares de Sousa cc Brizida Bárbara Teixeira Coelho de Miranda que tiveram:
Deolinda de Jesus Teixeira Coelho de Miranda cc João Pires de Morais
Todos de Bornes de Aguiar, Lagoa. Talvez saiba algo.
Desculpe o incomodo e obrigado
Cumprimentos
PEdro MBessa
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RE: Faro - eventual migração para as Beiras ??
Caro PEdro MBessa:
Tenho dirigido a minha investigação para os Teixeiras que, no início do século XVI, já estão espalhados por toda a terra de Aguiar da Pena, ligados aos senhores da Teixeira. De Bornes tenho várias notícias, mas desse mesmo período.
Os nomes que transcreve parecem-me ser do final do séc XVIII ou XIX e, assim sendo, terá de os entroncar pelos livros paroquiais (se existirem). Esses apelidos "Teixeira Coelho Miranda" também aparecem ligados durante o século XVIII em Alfarela de Jales.
Com os melhores cumprimentos
António Taveira
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RE: Faro - eventual migração para as Beiras ??
Caro António Taveira:
Muito obrigado pela informação e pela dica.
Sim, tenho um António Teixeira Coelho de Miranda do século XIX, que foi administrador em Alfarela de Jales e mais tarde em Murça.
Obrigado
Melhores cumprimentos
Pedro Bessa
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Correcções
Nicolau filho de João Afonso Chamorro e de sua mulher Inês Teixeira (e não Brites, como por lapso escrevi), da freguesia de Bornes, recebeu ordens menores em 1502 (e não em 1501).
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