Morais de Casas Novas em Redondelo, Chaves e Casa de Gervide em Loureiro, Régua

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Morais de Casas Novas em Redondelo, Chaves e Casa de Gervide em Loureiro, Régua

#602 | Vasco Jácome | 19 Oct 2000 21:11

Procuro descendência da seguinte família:

SEBASTIÃO ÁLVARES CALVÃO DE SOUSA MORAIS, filho de Sebastião Manuel Alvares Calvão (cavaleiro professo na Ordem de Cristo e Sr. do Morgado das Casas Novas em S. Vicente de Redondelo, Chaves) e de sua mulher Maria Antónia de Sousa de Morais (filha de Pascoal Domingues de Sousa, Tenente do Regimento de Cavalaria de Chaves, que andou nas Guerras, e sua mulher Antónia Gomes de Morais); capitão-mor dos coutos de Ervededo e Dornelas, vereador em Chaves em 1793, Sr. do morgado de Casas Novas.
C. a 2/6/1785 na Cividade, Braga, com D. MARIA TOMÁSIA JÁCOME DE SOUZA PEREIRA DE VASCONCELOS, n. 20/01/1760, filha de João Luís Jácome de Souza Pereira de Vasconcelos, Sr. da Casa do Avelar, etc e sua mulher D. Maria Luísa Ribeiro da Silva Lopes.
Filhos:
António José Álvares de Sousa Morais
João António Álvares de Sousa Morais
Sebastião Manuel Álvares de Sousa Morais
Fernando Manuel Álvares de Sousa Morais
José Filipe Álvares de Sousa Morais


ANTÓNIO JOSÉ ÁLVARES DE SOUSA MORAIS, casou com D. GERTRUDES DE VILHENA filha de José Joaquim Guedes de Morais Sarmento e Mendonça, Sr. da Casa de Gervide em Loureiro, Régua; e de D. Joana Felícia Pereira Coutinho de Vilhena.
Filhos:
D. Joana
N .........................


Esta é a informação que tenho de Felgueiras Gayo e Júlio Teixeira (Fidalgos e Morgados de Vila Real e seu termo).
Gostaria de obter mais notícias, nomeadamente, actualização de eventual descendência de alguma destas pessoas.

Vasco Jácome

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#603 | mariana | 19 Oct 2000 21:42 | In reply to: #602

Há na minha família algumas ligações aos Morais de Trás-os-Montes, mas nesta mensagem chamou-me à atenção ...Alvares Calvão... e passo a citar uma breve nota genealógica e pergunto se haverá alguma possibilidade de ser descendente, pois também nas Inquirições do Genere do Arquivo distrital de Braga (disponivel on-line) surgem as mesmas pessoas supra-referidas.

Estes são os meus:
Paulo José DE SOUSA,filho de Antónia Victorina de Sousa c.c. Maria Antónia, filha de Bento José Rodrigues e MARIA ALVES CALVÃO e tem uma filha: Beatriz Rodrigues de Sousa
n. 31 . Jan . 1887 Vilas-Boas - Chaves
b. 2 . Fev . 1887 São Gonçalo de Vilas-Boas
c. 19 . Nov . 1919 São Gonçalo de Vilas-Boas c.c. João Gomes de Carvalho, filho de Domingos Gomes e Anna Rodrigues
f. 8 . Ago . 1974 S.ta Maria - Trancoso (c.g.)

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#618 | mariana | 20 Oct 2000 21:05 | In reply to: #602

tenho esta informação relativa aos alvares calvão, encontrada on-line nas inquirições de genere do braga, mas que por sinal, está quase sempre em baixo, passe a expressão:

data: 19.02.1807 pasta 14, processo 332, nome do inquirido SEBASTIÃO ALVARES JACOME SOUSA MORAIS, filho de Sebastião Alvares Calvão Sousa Morais e Maria Tomásia Jacome Sousa Pereira VAsconcelos,
da freg. de Redondelo, Chaves. Observações: João António Alvares Jacome Sousa Morais, Irmao Proc.3023.
José Filipe Alvares Jacome Sousa Morais, Irmao, proc. 8011 .
Sebastião Manuel Alvares Calvão Sousa Morais Pai, proc. 2662.
João António Jacome Sousa Pereira Vasconcelos, Tio Materno


É só o que tenho! Se o ajudar, tanto melhor!

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#623 | Vasco Jácome | 20 Oct 2000 23:02 | In reply to: #603

Cara Mariana

As inquirições de génere são já do meu conhecimento e referem-se efectivamente a esta gente. De qualquer modo muito obrigado.

Relativamente à família de que me fala deve realmente haver parentesco, pois suponho que Alves Calvão não será muito comum e logo ambos na zona de Chaves. Talvez a MARIA ALVES CALVÃO seja descendente de algum irmão do SEBASTIÃO ÁLVARES CALVÃO (pai ou filho?)
De qualquer modo, caso tenha acesso aos arquivos respectivos não lhe deve ser muito difícil recuar até meados do séc. XVIII e verificar a possível ligação genealógica.

Cumprimentos,

Vasco Jácome

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#736 | linhagens | 31 Oct 2000 18:54 | In reply to: #602

Como é bom ouvir falar de Redondelo, Chaves e Calvões...infelizmente, a actividade profissional afasta-nos das coisa que gostamos.
Há um bom artigo do Brigadeiro Calvão Borges nas Raízes e Memórias sobre Redondelo e Calvões. Para além disso, o livro dos Montalvões (de Júlio Timótheo Monatalvão Machado) é capaz de ter alguma coisa.
Apenas uma coisa: existiam três morgadios, pelo menos (!), em Casas Novas: o dos morgados de Vilar de Perdizes, o dos Vilhenas e o dos Calvões. Os dois primeiros com capela, pelo que se distinguem pelo santo de invocação. Antes disso, em 1634, Melchio Álvares Veloso também instituiu lá uma capela de invocação a Santa Cruz, que deixou aos morgados de Vilar de Perdizes (que devem ter unificado este vínculo com o que constituiram em 1674).
Um abraço transmontano!

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#739 | Vasco Jácome | 31 Oct 2000 21:30 | In reply to: #736

Obrigado pela informação. Logo que possa vou tentar consultar estas publicações.

Cumprimentos,

Vasco Jácome

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#3067 | mariana | 31 Mar 2001 19:45 | In reply to: #602

Morais de Casas Novas e respectiva descendência...

Cá estou eu, de novo, a tentar encontrar descendentes dos Alvares Calvão, agora que também tenho a certeza que sou descendente deles (deve haver milhares, passe o exagero), mas gostava de saber se já há alguma coisa publicada sobre eles, nomeadamente geneaolgias, etc.

Muito obrigado!

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#3099 | LCM | 01 Apr 2001 21:31 | In reply to: #3067

Mariana

Existe um trabalho da autoria do General José Gulherme Calvão Borges sobre os Morgados de Casas Novas publicado na revista "Raízes e Memórias" números 10 e 11, onde se trata toda (?) a ascendência e descendência desta família. Na Livraria Férin poderá adquirir estas revistas.
Além deste estudo o mesmo autor tinha já publicado um artigo sobre a Carta de Armas da família na revista "Armas e Troféus" e publicou recentemente, há cerca de duas semanas, o 1º volume do "Tombo Heráldico do Noroeste Transmontano" onde refere a casa da família.
Se precisar de mais algum esclarecimento contacte-me.
Lourenço Correia de Matos

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#3112 | Vasco Jácome | 01 Apr 2001 23:20 | In reply to: #3099

Caro Lourenço Correia de Matos

Não tenho essas publicações. Se conhece, pode pelo menos adiantar-me se estão lá referidos os que procuro?

Antecipados agradecimentos,
Vasco Jácome

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#3116 | LCM | 01 Apr 2001 23:29 | In reply to: #3112

Caro Vasco

Os que procura estão na 1ª parte do artigo publicado na "Raízes e Memórias" n.º 10 (p.77). O estudo é muito rigoroso, como todos os outros do mesmo autor, e tem a descendência deste casal até ao presente.

Lourenço Correia de Matos

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#3141 | Vasco Jácome | 02 Apr 2001 22:02 | In reply to: #3116

Caro Lourenço Correia de Matos

Muito obrigado pela informação. Mas não me sabe dizer se essa publicação pode ser adquirida em qualquer livraria do país ou se só pode ser nessa, que creio só existe em Lisboa? Quem são os editores da revista?

Cumprimentos,
Vasco Jácome

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#3144 | LCM | 02 Apr 2001 22:30 | In reply to: #3141

Caro Vasco

A Revista "Raízes e Memórias" é da Associação Portuguesa de Genealogia e penso que só esteja à venda na Livraria Férin na Rua Nova do Almada, n.º 72, 1200-289 Lisboa. Provavelmente é possível encomendar através do telefone 21-3424422 e talvez também por e-mail: livraria.ferin@mail.telepac.pt

Cumprimentos,
Lourenço Correia de Matos

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#3146 | Vasco Jácome | 02 Apr 2001 22:41 | In reply to: #3144

Caro Lourenço Correia de Matos

Mais uma vez, muito obrigado pela informação!

Cumprimentos,
Vasco Jácome

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#3148 | mariana | 02 Apr 2001 23:19 | In reply to: #3146

Caro Lourenço Correia de Matos

Muito obrigado pela informação sobre a revista e sobre o livro publicado pelo sr. general Calvão Borges. Na verdade ainda hoje telefonei para a dita livraria e eles atenciosamente mandam por cobrança os ditos livros. Deverei informar os interessados que a revista n.º 10 e 11 e o livro rondam os 11.000 escudos.

Marina Victória

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#3156 | rafael mião | 03 Apr 2001 00:12 | In reply to: #3146

Caro Vasco Jácome
Se precisar de alguma informação inserida nas Revistas
"Raizes & Memórias"cujos números possam estar esgotados,posso ser-lhe útil.
Rafael Carvalho

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#3210 | mariana | 05 Apr 2001 23:30 | In reply to: #602

Voltando aos Calvões, a Chaves... Acabei de consultar pela primeira vez a revista "raízes e memórias", onde, felizmente consegui encontra quem buscava, mas, infelizmente, aparece a nota "s.m.n." que eu suponho ser "sem mais notícia" Ora, eu neste momento possuo informação que segue desde essa nota até aos dias de hoje. Deverei tentar contactar o sr. general Calvão Borges a fim de ele colmatar a lacuna existente? Aconselhem-me, obrigado. A propósito, estava a falar do artigo "morgados de casas novas - I e II" sendo os números 10 e 11 da revista raízes e memórias. Uma vez mais, muito obrigado,

mariana

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#3372 | Vasco Jácome | 12 Apr 2001 23:35 | In reply to: #3144

Caro Lourenço Correia de Matos

Venho mais uma vez agradecer a informação que me deu. Hoje recebi dois exemplares desta revista, enviados da Ferin, pelo correio, à cobrança.
Finalmente consegui saber notícias de uma ramo da família, que não é tão distante como isso, mas do qual nada sabia para além dos netos de João Luís Jácome.
Julgo mesmo que seria boa ideia, que quando saísse novo exemplar da revista (anual?) alguém anunciasse aqui o facto e apresentasse o respectivo índice. Isto se o GP não tiver nada a opor (penso que não), claro. A menos que entretanto a Associação Portuguesa de Genealogia apresente o seu próprio site em que divulgue esta coisas.
É que realmente a publicação parece-me que se pode considerar de âmbito nacional, pois toca assuntos de interesse geral e outros que, embora possam ser considerados mais locais, estão relacionados com as mais diversas zonas do País. Parece estar mesmo em contraste com os canais de distribuição que me parecem demasiado localizados. Daí o interesse acrescido desta “publicidade” ao nível dos temas abordados, já que a aquisição, mais uma vez, se confirma que é possível “à distância”.

Cumprimentos,
Vasco Jácome

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#22126 | teixeirl | 29 May 2002 14:55 | In reply to: #739

Caro Vasco Jácome
Muito obrigada pela informação.
Vou telefonar à Ferim e solicitar a revista "Raízes e Memórias" nrs, 10 e 11.
Cumprimentos da
Filomena Alves

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#22135 | magalp | 29 May 2002 20:09 | In reply to: #3372

Caríssimo Vasco Jácome

No termo de Bragança, possivelmente em Redondelo, tem conhecimento duma família Bragança Miranda, com ligações a Vahias e Teixeiras?
Muito agradecia a sua ajuda.
Abraços
Manuel Maria

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#22139 | Vasco Jácome | 29 May 2002 22:59 | In reply to: #22135

Caro Manuel Maria Magalhães

Não conheço nenhum Redondelo perto de Bragança, pelo menos como freguesia. Só esta de Chaves.

Com esses apelidos, tenho referências aos Viscondes de S. João da Pesqueira.
Será que são esses que procura? Pode dar uma vista de olhos ao que já está aqui no GP que já é qualquer coisa.

Cumprimentos,

Vasco Jácome

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#22173 | magalp | 30 May 2002 21:14 | In reply to: #22139

Caro Vasco

Ainda que Vahia, nada tem com os V. da Pesqueira. Esses tenho-os eu bem documentados até aos dias de hoje, sem grande esforço...
A propósito, enviarei e-mail com cópia dum curioso assento de baptizado, por certo que não publicado ainda.
Grande abraço!
Manuel Maria

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#22189 | teixeirl | 31 May 2002 18:16 | In reply to: #3067

Cara Mariana
-Sebastião José Alvares Jácome de Souza Moraes, casado com casado com Rosa Mathilde da Silva, eram meus trisavós.
A Mariana pertence a que ramo!
Cumprimentos
Filomena Alves

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RE: Morais de Casas Novas em Redondelo, Chaves e Casa de Gervide em Loureiro, Régua

#22190 | magalp | 31 May 2002 18:59 | In reply to: #3210

Cara Mariana

Porque a sua pergunta parce não ter resposta, permita-me a sugestão de passar essa importante informação que tem, ao sr. General Galvão Borges. Não duvido que ficará grato por colmatar o s.m.n. colocado certamente pelo desconhecimento da ou das gerações seguintes.
Cmptos.
M.M.Magalhães

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RE: Morais de Casas Novas em Redondelo, Chaves e Casa de Gervide em Loureiro, Régua

#22231 | eugenio medina | 01 Jun 2002 19:14 | In reply to: #602

Meu caro vasco Jacome
Abusando da sua amabilidade poderia elucidar-me com se determina a "representação de uma dada família", isto é se há regras ou princípios estabelecidos para essa determinação ? Obrigado Eugenio Medina

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RE: Representação

#22277 | Vasco Jácome | 02 Jun 2002 21:16 | In reply to: #22231

Caro Eugénio Medina

Desde cedo que a Nobreza começou a adoptar a regra da primogenitura masculina para determinar quem seria o sucessor de determinada família. É certo que nos primeiros anos da nacionalidade se verificava um sistema cognático de partilha de bens, i. e., os bens paternos e maternos eram partilhados e distribuídos pelos filhos do casal, umas vezes bastante equitativamente, outras já com predomínio de algum filho varão, normalmente o primogénito. A este cabia habitualmente o bem mais emblemático da família, muitas vezes aquele que tinha dado origem ao seu apelido. A sucessão de cargos políticos e militares já seria muito mais agnática, i. e., concentrada num único filho, à partida, o tal varão mais velho.
No entanto, em tudo o que foi dito, verificaram-se excepções, mas parecem ter sido essas as linhas mestras de sucessão nas famílias medievais a ponto de permitir a formação de linhagens.
Porém, o sistema cognático de partilha de bens dava como resultado a dispersão dos mesmos, e o enfraquecimento do ramo representante e primogénito. Surgiu então o morgadio, que permitiu reunir uns quantos bens numa única unidade indivisível e com regras estabelecidas para determinar quem era o seu sucessor.
Normalmente, o varão mais velho. Com a generalização deste procedimento ao longo da Idade Moderna, facilmente se identificam famílias que se desenvolveram ao longo das gerações em torno dum núcleo patrimonial, que não só não se dispersava, como às vezes era aumentado através do casamento com herdeiras de outros morgados.
Mesmo quando a propriedade não tinha a estrutura jurídica de morgadio ou vínculo, seria prática corrente a preferência pelo varão mais velho. É certo que muitos filhos segundos, muitas vezes mercê de carreiras militares, administrativas ou comercias, conseguiram bens de fortuna (não raras vezes, maiores do que o ramo primogénito) e fundaram novas Casas, i.e., novos núcleos patrimoniais, que permitiam a subsistência e afirmação da sua descendência como uma nova família de elite. Estará aqui a origem da grande maioria das famílias/Casas Nobres que chegaram até aos nossos dias ou quase.
É claro que hoje em dia, depois da extinção dos morgadios, antigos conjuntos patrimoniais tem vindo a ser distribuídos pelos vários filhos de cada casal que compõem cada geração.
Como certamente é do seu conhecimento, normalmente as famílias tentam encaminhar a Casa mais emblemática para o mais velho e outras mais secundárias são distribuídas por outros filhos. Também se tem assistido bastante a situações em que a casa passa para outro filho que não o varão mais velho. De certa forma, voltamos à Idade Média, pré-morgadio.
Quando a fortuna já só é constituída por uma única casa/quinta assiste-se à retalhação da mesma, se não mesmo à sua venda. Aí, fica apenas a “representação”, mera “memória genealógica” do passado.

Isto serão apenas linhas gerais. Não impede, bem antes pelo contrário, que para cada situação concreta, se proceda a uma análise da família, geração a geração, de modo a determinar quem foi o sucessor e que como tal, assumiu a representação da família.

É a minha opinião sobre o assunto. Não sei se era este tipo de resposta que esperava?

Cumprimentos,

Vasco Jácome

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RE: Representação

#22322 | eugenio medina | 03 Jun 2002 22:58 | In reply to: #22277

Meu caro Vasco Jacome
Para o meu nível de conhecimentos a sua informação deu-me perfeitamente a ideia ou regra básica em que assenta a representatividade de uma família e agradeço a sua atenção. Vou abusar da sua amabilidade sobre a matéria do penúltimo parágrafo relativo "à memória genealógica" pois tenho lido várias vezes uma frase, por exemplo empregue amiúde no Dicionário do Sr. Luís de Távora quando se refere a qualquer sobrenome com antiga importância em que diz "a representação desta família está nos Condes de tal ...".
Isto significará que eles foram os últimos herdeiros do pouco ou muito que essa família possuía mesmo que se parentes afastados por qualquer via que não a primogenitura masculina porquanto a mesma nos casos em causa se teria quebrado ?
Refiro a minha ignorância porque em dada altura me interessou averiguar se haveriam "descendentes representativos" na Ilha Graciosa (de que sou natural)do seu primeiro Capitão do Donatário Pedro Correia da Cunha e descobri que a maior parte dos graciosences actuais tem este personagem como antepassado mas como se deram várias quebras nas linhas masculinas ficou-me sempre a dúvida se alguém nos dias de hoje poderia representar a família do Pedro Correia. Não me refiro à família Correia propriamente dita (este era dos de Farelães) que embora de forma confusa já se encontra bem documentada. Obrigado mais uma vez
Eugénio Medina

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RE: Representação

#22760 | Vasco Jácome | 11 Jun 2002 20:38 | In reply to: #22322

Caro Eugénio Medina

Peço desculpa por só agora voltar ao assunto, mas não tive tempo para o fazer antes.

Não conheço a obra que refere, nem quais os critérios seguidos, mas é claro que alguns nomes mais antigos podem estar hoje representados por famílias titulares. Quer por sucessão/representação, i.e, por sucessão nos bens vinculados, etc que distinguiam essa família, ou onde o infortúnio ou meras partilhas familiares, apenas permitem que hoje em dia existam meros laços de sangue em relação aos últimos sucessores.

Quanto às quebras de varonia, note-se que também as senhoras podiam suceder nas Casas, sendo essa a situação normal quando não havia filhos varões. Quando havia mesmo determinados cargos exercidos tradicionalmente pela família (uma capitania-mór, por exemplo) o marido dessa senhora herdeira, muitas vezes, também conseguia suceder nesses cargos.

Em relação à representação de Pedro Correia da Cunha, pelo que vejo no Gayo, parece que os seus sucessores imediatos também terão exercido o cargo de Capitão da ilha, o que já pode ser uma pista importante. Infelizmente, não tenho grandes dados sobre essas famílias pelo que me é difícil debater este caso específico.

De qualquer modo, a meu ver, esta questão das representações é baste mais teórica do que autêntica, pois parece-me que não será fácil, pelo menos de um modo generalizado, encontrar os actuais representantes das antigas famílias medievais, tais foram as voltas que muitas deram entretanto.
Veja-se o caso do tronco dos Correia. Pelo que vejo no Gayo, o ramo mais legítimo e sucessor na Honra de Farelães passou à Índia e uns primos de outro ramo “apanharam-lhes” a Casa... Enfim, parece tudo um bocado rocambolesco!

Em boa verdade, parece-me que muitos dessas famílias/nomes antigos se dividiram por diversos ramos e se calhar, seria mais seguro falar em representação dos Fulaninhos, Morgados de Tal, etc, enfim uma família devidamente identificada, do que querer fazer determinadas generalizações. Chefe dos Correia, faria sentido na Idade Média, em que havia um tronco principal devidamente definido. Hoje, com tantos ramos, com o bem mais representativo em mãos alheias (se não me engano, note-se!)...

Cumprimentos,

Vasco Jácome

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RE: Morais de Casas Novas em Redondelo, Chaves e Casa de Gervide em Loureiro, Régua

#50038 | neca | 19 Oct 2003 13:29 | In reply to: #602

Caro Vasco Jácome
Faz tempo pedi para o AD de Vila Real, o assento de baptismo de meu 4º Avô José Corrêa Pinto d'Almeida,de Gervide,que me chegou em dupla página. Assim, sem querer,fiquei também com o assento de baptismo de JOANA, que passo a transcrever:
MARIA JOANA filha legítima de José Joaquim Pereira de Mourão, natural do lugar de Gervide desta freguesia de São Pedro de Loureiro, e de Dona Joana Felicia Pereira de Vilhena Rangel, natural de Vila do Conde, neta paterna de Henrique Xavier Guedes de Mourão e de Dona Francisca Teresa de Mendonça Moraes Sarmento do lugar de Gervide e pela materna de Luis Ignácio Pereira Coutinho de Vilhena e de Dona Maria Joana Carneiro Rangel de Souto maior da mesma Vila do Conde Arcebispado de Braga. Nasceu no dia dois de Novembro de mil settecentos setenta e nove (1779),foi baptizada de ...licença por seu tio o Doutor Francisco Guedes Mourão no dia cinco de Dezembro.
Foram padrinhos seu Avô Luis Ignácio Pereira Coutinho de Vilhena e por procuração deste levou à Pia Baptismal José Ignácio de Sequeira Mendonça Furtado e Dona Virginia Josefa Leonor Pereira Pinto de Azevedo mulher do dito José Ignácio.
Testemunhas os Reverendos curas desta Freguezia o Padre José Lopes de Souza e o Padre Manoel de Gouvea, de que fez este assento. Era ut supra
Embora correndo o risco de lhe passar informação que já conhece, achei que podia ter interesse uma vez que é "Gente" da Casa de Gervide.
Também no assento de baptismo de meu Trisavô, Pedro Norberto Corrêa Pinto d'Almeida, em 1802, consta como madrinha Dona Joaquina Lucia? de Vilhena da Casa de Gervide.
Cumprimentos
Neca C.Castel-Branco

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RE: Morais de Casas Novas em Redondelo, Chaves e Casa de Gervide em Loureiro, Régua

#50050 | Vasco Jácome | 19 Oct 2003 20:52 | In reply to: #50038

Caro Neca C.Castel-Branco

Não conhecia o teor desses assentos, pelo que lhe agradeço a informação.
A título de curiosidade, refiro que essa Maria Joana está no Gayo ttº de Pintos § 271 N19. Aí é-lhe dada, entre outros, uma irmã Joaquina, provavelmente a madrinha do seu trisavô.

Cumprimentos,
Vasco Jácome

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RE: Morais de Casas Novas em Redondelo, Chaves e Casa de Gervide em Loureiro, Régua

#329599 | mtt | 23 May 2013 06:02 | In reply to: #3099

Caro Lourenço Correia de Matos
Acaso sabe dizer-me se, no artigo que refere, publicado na revista Raízes e Memórias, se fala de uma Maria Ferreira, filha de um morgado de Casas Novas, que terá casado por volta de 1600-10 com um Domingos Rodrigues, de Vila Real?
Cordiais cumprimentos,
Manuel Cravo.

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