Cristovão Doria, navegante algarvio

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Cristovão Doria, navegante algarvio

#6577 | fadoria2001 | 03 Jul 2001 18:21

Depois de uma troca algo, hum, azeda num tópico a respeito de famílias algarvias, fiquei interessado em buscar eventuais documentos primários sobre este personagem. Como estou no além-mar, pedi a um bom amigo lisboeta que olhasse nos ANTT. Descobriu aquele o seguinte:

Cristovão de Orta (com t), nomeação, Chanc. D. Sebastião, Livro 3, fls 201v.

A confusão de Oria/ de Orta é frequente. A carta d'armas de Luiz Doria Velosa, da ilha da Madeira, de 1547, está indexada sub Luiz de Orta Veloso (um exame do ms, que tenho em facsímile, mostra que se trata de `de Oria'). Há uma possibilidade, portanto, de se tratar do navegador algarvio.

Poderia por favor alguém examinar esse documento?

Grato, Francisco Antonio Doria

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RE: Cristovão Doria, navegante algarvio

#6582 | rmfrp | 03 Jul 2001 19:50 | In reply to: #6577

Boa tarde.

Uma vez que o tema Cristóvão Dória de Sousa volta à discussão, gostaria de colocar uma questão relacionada.

De acordo com o que consta no livro "Famílias Nobres do Algarve", e o texto da Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira sobre Gaspar de Figueiredo Mascarenhas (capitão-mor e, a partir de 1559, alcaide-mor de Faro), a sua esposa D. Briolanja Vieira era filha de Cristóvão Dória de Sousa e de sua esposa D. Constança de Menezes, e neta materna de "D. Telo de Menezes, senhor de Oliveira do Bairro".

Consultado a lista dos primeiros senhores de Oliveira do Bairro (História Genealógica da Casa Real Portuguesa, Tomo XII, 2. parte - p. 280), verifica-se que foram: o primeiro, D. Telo de Menezes, cc D. Maria de Sousa; o segundo, D. João Telo de Menezes, filho dos anteriores, cc D. Francisca Fogaça; e o terceiro, D. Telo de Menezes, filho dos anteriores, cc D. Cecília de Sousa.

Pelas épocas de cada um, D. Constança deveria ser filha de D. João Telo, ou então filha, ou neta, do D. Telo mais antigo. Parece difícil ser filha do D. Telo mais recente. Suponho portanto, pelo nome, que fosse filha do D. Telo mais antigo. No entanto, nas obras que consultei até agora ainda não encontrei a desejada confirmação. HGCRP apenas refere, além dos citados, D. Filipa de Meneses, filha de D. João Telo.

Será que alguém conhece a ascendência de D. Constança?

Obrigado pela atenção.

Rui Pereira

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RE: Cristovão Doria, navegante algarvio

#6618 | fadoria2001 | 04 Jul 2001 16:10 | In reply to: #6582

Me pergunto - se se me é permitido o brasileirismo - se o `Sousa' com que Sanches de Baena decora o navegante não viria deste casamento, então.

A meu correspondente em Lxa, pedi que verificasse, entre 1500 e 1570, navegantes de nome Cristóvão Doria e Cristóvão Doria de Sousa. Apareceu este Cristóvão de Orta, que pelo já exposto bem pode ser o indigitado.

A busca ãs fontes primárias é sempre necessária, em casos como estes.

fad

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RE: Cristovão Doria, navegante algarvio

#13923 | doria_gen | 08 Dec 2001 18:49 | In reply to: #6582

Rui:

Vc tem os descendentes deste Cristóvão? Sempre me perguntam sobre Dorias algarvios, no século XVII, e nada sei deles. Anita Novinsky cita um Duarte Doria, suposto judaizante, em começos do tal século, e não sei se seria destes ou talvez descendente do ``Luiz Douria,'' de Albufeira, que em 1528 recebeu um perdão de D. João III.

Francisco Antonio Doria

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RE: Cristovão Doria, navegante algarvio

#13952 | rmfrp | 09 Dec 2001 00:31 | In reply to: #13923

Caro Francisco António Doria:

Lamento não poder ajudá-lo. Sobre a possível origem dos Dórias do Algarve apenas sei o que consta do livro do Visconde de Sanches de Baena, "Famílias Nobres do Algarve", no capítulo relativo à família Mascarenhas. O único nome desta família que aí consta é o de Cristóvão Doria de Sousa como pai de D. Briolanja Vieira, esposa do alcaide-mor Gaspar de Figueiredo Mascarenhas.

A grande maioria das pessoas tratadas no referido capítulo descende de Gaspar de Figueiredo Mascarenhas e D. Briolanja Vieira, pelo que, estando correcta a ascendência apresentada, descenderão também de Cristóvão Doria de Sousa. Não surge, no entanto, mais nenhuma referência a Dórias.

Também eu, como descendente de Gaspar de Figueiredo Mascarenhas e D. Briolanja Vieira, estou interessado em esclarecer esta questão.

Cumprimentos,

Rui Pereira

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RE: Cristovão Doria, navegante algarvio

#13953 | doria_gen | 09 Dec 2001 00:56 | In reply to: #13952

Em resumo, Rui, eis o que sei a respeito: há dois personagens de nome Francesco Doria fora de Gênova, neste período, segundo Battilana. Um em Avignon, banqueiro, que testa se não me engano em 1519, e é ancestral do ramo francês dos Dorias. Um outro, a quem Colombo se refere numa carta de 1502 a um dos filhos, creio que Diego (posso ver a referência exata). Era também banqueiro, de Sevilha, e (junto a dois outros) lhe havia pago o quinhão no financiamento da expedição de Ovando às Américas.

Identifico este último Francesco ao genro de Luigi Centurione Scotto, o banqueiro que financia Colombo, e cujos herdeiros são referidos no testamento do navegador.

Parece que este ramo da família tinha interesses grandes em Portugal: em 1557, Aleramo Doria recebe de D. João III um padrão de juros de 80$000 Rs sobre as rendas da alfândega de Lisboa. A raridade do nome, reminiscência medieval do clã dos Aleramici, permite-nos identificá-lo com certeza ao filho de Francesco Doria e de Gironima Centurione.

Devido a tudo isso, identifiquei o pai de Cristóvão, o navegador algarvio, a este Francesco, que, me parece, é o sevilhano. O Sousa, como já disse, creio ser um engano posterior. O nome Cristóvão seria referência a Colombo, conjecturo - é apenas uma conjectura.

O nome ``Aleramo,'' certamente inabitual, aparece escrito ``Laramo'' ou ``Loramo,'' o que, também penso, levou à leitura ``Lourenco,'' atestada no _Nobiliário_ de A. Torres, que Braancamp data de c. 1630. Vejo este como o pai de Clemenza, a que vai para a Bahia. Ela é referida explicitamente, em 1559, num alvará, como ``criada da rainha minha Senhora e Avó.'' Duvido que assim fosse referida a bastarda de um comerciante - Aleramo não tem em Portugal, aparentemente, status nobre - embora rico e próximo à corte. (Calculei que os 80$000 Rs anuais seriam equivalentes, hoje, a entre 500 000 e 1 000 000 de dólares norte-americanos).

Como, enfim, já comentei, minha ascendência tem uns quatro ou cinco Cristóvãos Dorias baianos...

Caso vc queira, posso enviar-lhe, com prazer, um .pdf com essa linha e os documentos que a apoiam. (E' um texto de cerca de 80 páginas.)

Forte abraço,

Francisco Antonio Doria

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#14122 | rmfrp | 11 Dec 2001 21:43 | In reply to: #13953

Caro Francisco António Doria:

Terei muito gosto em receber o seu trabalho sobre a família Doria. Agradeço que o envie para o meu e-mail: rmfrp@hotmail.com.

Obrigado.

Rui Pereira

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#14134 | Luis K. W. | 11 Dec 2001 23:16 | In reply to: #6577

Pode deixar Francisco,
Logo que possa vou tratar de lhe enviar uma cópia desse documento (que ja' andava meio esquecido...).
Um abração.
Luís.

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#14142 | jcabec | 12 Dec 2001 08:56 | In reply to: #14134

Caros Senhores,
Após haver lido as vossas mensagens, gostaria de de vos informar, que ainda aqui há dias na igreja paroquial de Pechão/Olhão vi restos de uma sepultura com o nome Dória gravado. Creio ter lido algo também ligado a este nome numa monografia sobre esta localidade. Se acaso não lhes interesar a informação, descartem-na, senão terei muito gosto em vos ajudar dentro das minhas possibilidades.Jcabec.

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#14158 | doria_gen | 12 Dec 2001 13:47 | In reply to: #14122

Assim que chegar em casa, envio-o para este seu endereço, em formato .pdf

Citei *todas* as fontes documentais primárias que encontrei. Depois me envie seus comentários.

Grato, forte abraço, fa

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#14159 | doria_gen | 12 Dec 2001 13:49 | In reply to: #14142

Claro que interessa. De qdo é a lápide? Que mais se sabe?

grato, fad

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RE: Cristovão Doria, navegante algarvio

#14160 | jcabec | 12 Dec 2001 14:10 | In reply to: #14159

Caro amigo,
de momento não tenho aqui nada de que me possa valer, para lhe dar mais informaçãoes. Sei q estive na dita igreja e q para surpresa minha tinha o chão todo em tabuado, pelo q nada havia de sepulturas, no entanto na base de um dos alteres laterais à os restos de uma pedra tumular, onde se lê a palavra Doria. Creio q terá sido retirada do chão da nave central e ali colocada posteriormente. De qualquer modo vou ver se encontro essa monografia e transcreverei o q lá vem sobre os Doria em Pechão. Um abraço J. Cabecinha

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#14233 | josécyr | 13 Dec 2001 20:54 | In reply to: #14159

Caro amigo,
Conforme prometido ai vai o que apurei transcrevendo o que consta em “Pequena Monografia de Pechão – de Francisco Guerreiro – editora Algarve em Foco”.
Pag. 39 – “ Por assento de casamento na igreja de Estoi, datado de 20 de Junho de 1593 e descoberto por José Fernandes Mascarenhas, fica-se a saber que nesse ano já existiam como freguesias, tanto Estoi, que é mais velha, 1577, como Pechão. Essa assento paroquial, segundo J.F.M., reza assim: “”aos vinte dias do mês de junho de 1593, recebi e nesta igreja de Estoi, por palavras de presente, guardando em tudo a forma do Sagrado Concílio de Tridentíno, a Álvaro Gonçalves , filho de Manuel Gonçalves e de Violante Vaz da Freguesia de S. Bartolomeu de Pechão, com Catarina Dias, filha de João Gonçalves e de Constança Afonso, moradores em esta freguesia de Estoi. Foram padrinhos e testemunhas o Capitão Manuel Dória, Martim Leal, Domingos Dias e muitas outras que estavam presentes, e assinei aqui, Miguel Leyte.””.
Pag. 75/76“... só que no caso de Pechão apenas duas sepulturas no interior da Igreja têm inscrição. Uma do padre André dos Santos Jorge, mencionada por Ataíde de Oliveira, na sua monografia (Olhão). Outra dum tal Capitão Manuel Dória que, no meu entender, foi o mesmo que José Fernandes Mascarenhas refere no seu livrinho “Acerca da antiguidade das freguesias de Quelfes e Pechão”, ao qual já trás me referi ... Esta pedra sepulcral , em frente do primeiro altar da esquerda, foi-me indicada pelo meu amigo e parente, o estudioso autodidacta João Batista Reis, que também ....Contudo no meu modesto entender e salvo abalizada opinião, esse bocado de pedra teria sido retirado da sepultura e colocado aí para a feitura desse patamar. Porque é apenas um pedaço, porque não está em qualquer esquadria, tendo a inscrição ficado meio atravessada, voltada para o pé do altar. Consta o seguinte, em letras maiúsculas e umas metidas pelas outras, como muitas inscrições daqueles tempos “ S. D(o) CAPÃO ME(L) D(O) RI(A). “
Com um abraço José Cabecinha.

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#14259 | doria_gen | 14 Dec 2001 12:22 | In reply to: #14233

Grato pelas informações. Hoje envio ao Rui o .pdf com meu lado da família (envio-o também a quem mais m'o pedir).

Tenho alguns documentos, de c. 1625, sobre o capitão Manuel Gonçalves Doria, que lutou na Bahia contra os flamengos. Gayo fala algo de Manuel Gonçalves Doria e de Francisco Gonçalves Doria, creio.

Finalmente, uma curiosidade: quando trabalhei, em Gambelas, na Univ. do Algarve, no 2o. semestre de 1992, chefiava a administração da unidade o Sr. Sousa Cabecinha, que me apresentou inclusive ao Prof. Pinheiro e Rosa. Foi o Sr. Cabecinha quem me recebeu, ``Sr. Prof. Doria, aqui temos um navegante local, Cristóvão Doria,'' a que respondi, ``minha família é uma fieira de Cristóvãos Dorias...''

fa

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#14301 | josécyr | 15 Dec 2001 14:56 | In reply to: #14259

Caro Prof. Dória,
De facto sou eu e tenho muito prazer em contactar consigo. Aliás sempre pensei que estivesse envolvido neste tema. Pergunto-lhe como passa e digo-lhe mais uma vez que é um prazer falar consigo aqui. Sempre q necessitar algo diga-me que eu vou estando atento aos seus Dórias. Tenho interesse em saber se os meus Lourenços de Quelfes ( a poucos Kms de Pechão), do Sec. XVIII, ou os meus Gonçalves de Estoi e Conceição de Faro, não andarão por aí embrulhados. Ainda é cedo para mim para confirmar isto pois estou muito atrazado nas minhas pesquisas. Receba um abraço de muita estima do Zé Cabecinha.

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#14305 | doria_gen | 15 Dec 2001 17:03 | In reply to: #14301

Pois é, prazer em falar consigo depois de quase dez anos... Perguntaria como vão todos, os itmãos Vaz, Winchil e Cenalo, Sergio de Jesus (e como está o filho menor deste); tenho muito boas lembranças de minha estada em Gambelas.

E entre elas, a visita que fiz ao Prof. Pinheiro e Rosa, quando este inclusive me deu um seu livro, sobre as gentes de Faro no século XVIII. Visita que se realizou a partir de uma sua apresentação.

Quanto aos Dorias nesta área, tirando-se o Francisco Doria, de Sevilha, citado em Colombo, e o Cristóvão Doria que agora discutimos, houve um, comerciante, Luis Doria, de Albufeira, em 1529.

Posto em seguida, para registro, os fragmentos de genealogias destes que tenho.

E, novamente, grande prazer neste reencontro!

Francisco Antonio Doria

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#14345 | josécyr | 16 Dec 2001 12:49 | In reply to: #14305

Caro Francisco Doria,
Cá estou mais uma vez a cumprimenta-lo e a dar-lhe novas nossas. O Prof. Pinheiro e Rosa, que tanta falta nos faz agora para estas andanças, pois os seus conhecimentos sobre Faro, eram imensos, faleceu à poucos anos. Pena que não tenha tido tempo de publicar tudo o que tinha. Isto é o eterno problema de haver muita gente a fazer investigação de caracter local e não ter quem lhes publique o que investigam. Quanto aos manos Vaz, o Cenalo está na Faculdade de Ciências e Tecnologia em Gambelas, assim como o Sergio de Jesus, mas o Winchil está na Universidade de Coimbra, todos já Professores Catedráticos. Em relação ao tópico desta página, sou a dizer-lhe que creio que quem terá muita informação sobre estes Dórias e muito mais(pois tem feito investigação sobre os Mendonças Arrais, Farias de Palermo, Corrêas, Viegas e outros), será o Dr. Fernando Mascarenhas, de Moncarapacho ( o mencionado na transcrição que lhe mandei, e que está a tentar publicar uma monografia desta vila). Infelizmente também já na casa dos oitenta e muitos anos. Esperemos que tenha tempo de o fazer, pois se não seria uma perda inestimável. Bem, receba mais uma vez um abraço deste seu amigo J. Cabecinha.

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#14356 | doria_gen | 16 Dec 2001 16:24 | In reply to: #14345

Prezado amigo de há muito e, agora, companheiro de forum, José Cabecinha:

Fico contente que todos estejam bem; havendo oportunidade, repasse-lhes meu abraço.

Voltando a nosso tema, como disse tenho alguns documentos sobre estes Dorias algarvios, começando num de 1529, um perdão concedido a Luis Doria, ``homem que vive de sua fazenda,'' de Albufeira. Imagino que fosse irmão ou meio-irmão desse Cristóvão Doria que agora discutimos.

De Francisco Doria, o banqueiro de Sevilha, tenho a transcrição da passagem da carta de Colombo ao filho Don Diego, de 1502; está na coleção de Consuelo Varela, da correspondência de Colombo - e até Mascarenhas Barreto cita-a... Pela proximidade a Colombo dos herdeiros de Luigi Centurione Scotto [membro da família Scotto, no albergo genovês dos Centurioni], só posso vê-lo como o marido de Gironima Centurione, e o pai de Aleramo Doria, este, com certeza, o do padrão de juros de 1557, cujo preposto em Lisboa (está no padrão) era Benedetto Centurione. Assim, este lado da família está, creio-o, muito bem amarrado, se assim posso dizer...

Mas sobre os Dorias algarvios, século XVII, quase nada sei, de modo que toda informação é muito bem-vinda. Descenderiam destes, penso.

Forte abraço amigo daquém mar,

Francisco Antonio Doria

PS: Reformei-me (como dizemos aqui, aposentei-me) como professor titular (catedrático) da Univ. Federal do Rio, e no momento sou professor titular de lógica matemática do Inst. de Estudos Avançados da Univ. de São Paulo.

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#16638 | rmfrp | 04 Feb 2002 01:09 | In reply to: #14356

Caro Francisco António Doria:

Se não tiver havido equívoco da minha parte ao ler o nome, encontrei um registo paroquial relativo a Dorias no Algarve.

Em Portimão, a 7 de Novembro de 1624, casaram Sebastião Álvares de Abreu, filho de António da Costa de Arez e de Isabel Correia, com Maria de Sousa, filha de João de Sousa Doria e de Maria da Palma - todos moradores nesta localidade.

Foram testemunhas Manuel Velho Freire e Bernardo Rebelo.

Infelizmente, não disponho de qualquer informação adicional relativa às pessoas indicadas.

Cumprimentos,

Rui Pereira

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#16645 | doria_gen | 04 Feb 2002 07:51 | In reply to: #16638

Rui:

Muito obrigado. O que penso é que seria este João do meu lado, e noto o Costa de Arez - vc vai ver que Francisco de Abreu da Costa, marido de Francisca Doria, era filho de um Mendes da Costa e de uma Arez (veja meu texto, que vc tem). Mas só posso ir nessa direção um pouquinho...

Grato, com um abraço,

fa

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#16676 | rmfrp | 04 Feb 2002 20:50 | In reply to: #16645

Caro Francisco António Doria:

Agradeço a sua chamada de atenção. Consultei o seu trabalho e verifiquei como Sebastião Álvares de Abreu se enquadra perfeitamente na descendência que referiu.

Para mim é interessante encontrar ligação entre as famílias Doria e Palma, uma vez que descendo dos Palmas de Portimão. Também tenho antepassados Arez, não muito longe de Portimão (em Alcantarilha), mas neste caso a investigação ainda não foi além do início do século XVIII por falta de registos paroquiais.

Cumprimentos,

Rui Pereira

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#16679 | doria_gen | 04 Feb 2002 21:10 | In reply to: #16676

Prezado Rui,

Agradeço sua resposta, e peço-lhe o favor de, assim que tiver algo do desenvolvimento deste ramo, que m'o comunique, seja aqui no Forum, seja em pvt.

Sobre esse ramo que sai de Portugal, vai para o Brasil, e, em parte, volta a Portugal, há um trabalho do Dr. Eugénio de Andrea da Cunha e Freitas, que, embora só conheça de citação, está, penso, na bibliografia (caso não esteja, posso localizá-lo).

Gostaria muito de ter uma cópia desse trabalho, que deve interessar a você a a mim.

Gdes abcs,

Francisco Antonio

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RE: Cristovão Doria, navegante algarvio

#19124 | doria_gen | 30 Mar 2002 11:01 | In reply to: #16676

Rui:

Mais coisa foi encontrada: Baltazar Doria (li duas vezes, também, ``de Orja,'' além de ``Dorja,'' o que é elucidador, a meu ver). Procurador do número de Loulé, 1522.

Manuel Abranches de Soveral me diz que
``o procurador do Número, de
nomeação régia, representava
o rei nos concelhos no que toca ao alistamento
forçado e, pelo menos no séc.
XVI e antes, era cargo ocupado por nobres,
normalmente cavaleiros da Casa
Real. Cada concelho tinha de disponibilizar em certo
«número» de soldados
para o rei.''

A cota do documento é,

Chanc. de D. João III, próprios. Cart. de Procurador do número de Loulé. Liv. 51, fls 37 vo. (era fl. 41 vo.)

Cautelosamente arrisco fosse um irmão de Luis Doria, de Albufeira (atestado erm 1529). Vi que, no lado Centurione, há dois Barnaba(s), nome que poderia ser aproximado por Baltazar, em Portugal.

fa

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RE: Cristovão Doria, navegante algarvio

#19125 | doria_gen | 30 Mar 2002 11:02 | In reply to: #14134

...e agradeço ao grande amigo que me enviou esse documento :))

fa

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RE: Cristovão Doria, navegante algarvio

#19157 | rmfrp | 31 Mar 2002 19:28 | In reply to: #19124

Caro Francisco Antonio Doria:

Agradeço esta nova informação sobre a presença da família Doria no Algarve.

Curiosamente, encontrei recentemente um antepassado meu que desempenhou a função de Procurador do número. Teve a mercê deste ofício em 1653, quando tinha cerca de 75 anos. Não sei se era comum atribuí-lo a pessoas desta idade.

Cumprimentos,

Rui Pereira

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RE: Cristovão Doria, navegante algarvio

#19163 | doria_gen | 01 Apr 2002 00:00 | In reply to: #19157

Caso vc esteja interessado, envie-me em pvt seu endereço (morada) e mando-lhe cópias xerográficas dos docs. referentes a esses primeiros Dorias algarvios.

Não chegamos ainda a nosso bom Cristóvão, mas temos muitos de seus plausíveis parentes já!

Feliz Páscoa, fa

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RE: Cristovão Doria, navegante algarvio

#22958 | doria_gen | 16 Jun 2002 00:13 | In reply to: #14122

Prezado Rui,

Lendo o livro de Clemente Fusero, _I Doria_ (dall'Oglio, 1973), presente magnífico de ótimo amigo, encontrei um Cristofaro Doria, que assessorava a Andrea Doria, e que o representou em 1528 junto a Carlos V, sendo por isso feito gentil-homem da real câmara. Deve existir, ainda, este foro.

Em tempo: não creio seja o nosso personagem. Mas creio que pode ser o ascendente de um ramo mexicano dos Dorias.

Gdes abcs, fa

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