Ajuda no ANTT - testamento de Luis do Rego Barreto
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Ajuda no ANTT - testamento de Luis do Rego Barreto
Caros amigos,
Peço a ajuda dos que pesquisam no ANTT para encontrar o testamento do fidalgo Luis do Rego Barreto Maciel, natural da Vila de Viana do Minho, falecido em meados do século XVIII (não tenho a data, mas calculo que depois de 1750), filho secundogênito do também fidalgo e Chanceler-mor do Reino, Antonio do Rego Barreto , e de sua primeira mulher, D. Vitória do Rego da Gama e Castro. Luis do Rego foi casado com Joana Maciel de Lima.
Abraços cordiais,
Claus R. Rodarte
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RE: Ajuda no ANTT - testamento de Luis do Rego Barreto
Bom dia
Qual a relação deste senhor Luis do Rego Barreto Maciel com José de Barros Lima de Azevedo Barreto, casado com Catarina Cândida Furtado de Mendonça e Antas, da casa da Preguiça?
Este senhor era filho de Bento de Barros Lima de Araújo Azevedo e Gama e de Maria Emília do Rego Barreto, opulentos fidalgos de Viana e uma das grandes famílias do Alto Minho, cujo nome caíu praticamente no esquecimento ( o mesmo se passa com o título desta família - condes de Geraz do Lima). Já ninguém usa o apelido Rego Barreto, ou Barros Lima.
Cumprimentos
F. Guimarães
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RE: Ajuda no ANTT - testamento de Luis do Rego Barreto
Saudações!
Este Luis do Rego Barreto Maciel é avô paterno do quase homônimo primeiro Visconde de Geraz do Lima (1777/1840).
Vide: [link=http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=55190]Luis do Rego[/link].
Há algum livro que trate especificamente dos Rego Barreto ou da história de Viana do Castelo?
Cordialmente,
C. Rodarte
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RE: Ajuda no ANTT - testamento de Luis do Rego Barreto
De facto não sei se há algum livro que trate desta família. Sei, isso sim, que foi uma das grandes famílias do Minho, e tenho uma prima que descende de Maria Augusta de Barros Lima de Azevedo do Rego Barreto, mas que nada sabe sobre a família; é um tema que não lhe interessa...
E você, é parente desta família? Se entretanto souber algo sobre os Rego Barreto e os viscondes (depois condes) de Geraz do Lima, mandarei informação.
E essa senhora filha da baronesa de Ruxleben? donde vem? Sempre ouvi dizer que foi uma senhora de uma grande beleza e que deslumbrou e deu cor à por vezes maçadora vida dos solares minhotos.
Cumprimentos
F. Guimarães
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RE: Ajuda no ANTT - testamento de Luis do Rego Barreto
Por outro lado, de facto há um livro do conde de Aurora (roteiro da Ribeira Lima) que faz referência à casa dos Barros Lima e Rego Barreto (condes de Geraz do Lima) em Viana do Castelo; não diz muita coisa, mas faz uma referência. Vou pesquisar e depois digo algo.
E que é feito do Palácio do Campo da Penha? sabe algo sobre esta casa?
Abraço
F. Guimarães
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RE: Ajuda no ANTT - testamento de Luis do Rego Barreto
O que sei é muito pouco e minha relação com a família é ainda mistério para mim - é justamente isso o que quero desvendar. Interessa-me sobremaneira saber da vida e de possíveis revelações póstumas, feitas por meio de testamento, do fidalgo Luis do Rego Barreto Maciel (avô do Visconde de Geraz do Lima). Ele, residente na Vila de Viana, aparece como padrinho, por procuração, do filho primogênito de um enjeitado em Palmeira de Faro (termo de Esposende). O enjeitado jamais deixou a região e viveu como modesto lavrador, mas seu filho foi criado na casa do fidalgo e seguiu carreira de serventuário da Justiça Real nas partes do Brasil, capitaneando regimento de cavalaria de milícias e servindo em vários ofícios de prestigiadas irmandades religiosas - mas mudando de nome quando cá chegou (não adotou, no entanto, o nome do padrinho que o criou, mas o de outra família fidalga - Rodarte).
Há entre o enjeitado, os Rego Barreto e os Rodarte algumas estranhas coincidências - mas, sem documentação, tudo o que tenho não passa de mera especulação. O testamento do Desembargador João da Silva Rodarte, segundo me informaram, desapareceu da ANTT. Acredito (e espero) que algum esclarecimento possa vir no testamento de Luis do Rego.
Caso queira, posso lhe enviar em privado a história com detalhes. Terei imenso prazer em discuti-la consigo.
Meu cordial abraço,
C. Rodarte
Brasília (DF) - Brasil
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RE: Ajuda no ANTT - testamento de Luis do Rego Barreto
Caro Claus
O seu relato parece-me fascinante, verdadeiro embrião ou esboço de um romance, há que contá-lo à Agustina Bessa-Luis, estou seguro de que o aproveitaria...peço que continue.
Infelizmente haverá hoje em dia muito pouca gente que tenha um conhecimento profundo (e inclusivé menos profundo) sobre esta família do Minho; mesmo os Alvaiazeres (descendentes destes Velhos Rego Barreto, e há quem diga seus representantes actuais) pouco saberão. Haveria que investigar, e isso implica tempo, dedicação e paixão...
Sei que esta família tinha um enorme património e que houve uma azáfama em algumas das grandes casas do Alto Minho (ex: casa de Bertiandos) para que se proporcionasse o casamento dos seus filhos com as meninas da Penha Grande.
Foi uma família que se extinguiu, mas consta que as jóias e pratas do palácio da Penha Grande continuam a provocar uma certa fascinação...
Um abraço
F. Guimarães
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RE: Ajuda no ANTT - testamento de Luis do Rego Barreto
Eis aqui um resumo da "novela":
Luis do Rego Barreto Maciel. Fidalgo, residente em Viana do Castelo. Bisneto de Maria BARBOSA Jacome; sobrinho materno de Josefa, MARIA e ROSA; sua mãe, VITÓRIA, era a caçula (as duas primeiras foram freiras no convento de São BENTO, em Viana). Seu pai, Antonio do Rego Barreto, foi Chanceler-mor do Reino, foro que recebeu do tio, João Velho Barreto, que fora antes Ministro DESEMBARGADOR NA RELAÇÃO DO PORTO. Casou-se com Joana Maciel de Lima, pessoa ordinária, natural da BAHIA, Estado do BRASIL. Seu irmão mais velho, Pedro do Rego Barreto da Gama e Castro, foi conselheiro de Estado na ÍNDIA. Um seu filho foi ajudante de ordens do 2º. CONDE DE BOBADELA.
BENTO BARBOSA. Lavrador, residente em Palmeira de Faro (termo de Esposende), enjeitado de pais incógnitos; suas filhas se chamavam MARIA, ROSA e VITÓRIA. CINCO PADRES foram paraninfos de seu casamento. Seu filho PRIMOGÊNITO, Luis Antonio, foi dado em batismo ao fidalgo LUIS DO REGO BARRETO MACIEL, cuja procuração apresentou ao padre. Palmeira de Faro fazia parte da Relação do PORTO e era couto do CONVENTO DE SANTA CLARA DA VILA DO CONDE. O filho de Bento Barbosa e afilhado de Luis do Rego Barreto morou em VIANA DO CASTELO, em casa de seu padrinho, e passou às partes do BRASIL, estabelecendo-se nas MINAS GERAIS. Chamando-se Luis Antonio Barbosa Viana, mudou o nome para Luis Antonio da SILVA RODARTE quando da publicação dos editais de seu primeiro casamento. Foi investigado pela Igreja por haver sofrido impedimento (acusaram-no de já haver prometido casamento a duas mulheres, uma delas na cidade do PORTO, acusação que se provou falsa, tendo ele dito jamais haver estado no Porto - anos depois um dos acusadores, já reconciliado com o acusado, apadrinharia um de seus filhos). As Ordenações eram explícitas quanto às penas a serem aplicadas aos que adotassem armas ou apelidos do qual não descendessem: “E nenhuma pessoa tome apelido de Fidalgo de Solar conhecido, que tenha terras com jurisdição em nossos Reinos, não lhes pertencendo, nem vindo de tal Linhagem, posto que seus pais assim se chamassem, se na verdade não lhes pertencia. E quem o fizer, perderá a fazenda, a metade para quem o acusar, e a outra para os cativos; e perderá todo o privilégio, que per sua Linhagem e pessoa tiver, e ficará plebeu.” (Livro V, Título XCII, § 13). Dois filhos de Luis Antonio tiveram suas vidas investigadas para se ordenarem padres. Fez Luis Antonio serviu à JUSTIÇA D’EL REI de Portugal em vários empregos, havendo inclusive atuado como solicitador de causas nos auditórios da comarca do Rio das Mortes. Desempenhou funções administrativas diversas nas várias Irmandades de que fazia parte, além de capitanear a cavalaria de milícias.
João da Silva Rodarte. Fidalgo, letrado, fez carreira como magistrado da JUSTIÇA D’EL REI de Portugal. Serviu como Desembargador na RELAÇÃO DO PORTO (à qual pertenciam Viana do Castelo e Palmeira de Faro). Era, como seu pai, natural de Lisboa, mas sua mãe era da VILA DO CONDE, havendo sido vizinhos e compadres das FREIRAS DO CONVENTO DE SANTA CLARA. Era casado com D. Vicencia Maria de Sousa Azere, filha legítima do Tesoureiro-Mór do Estado do BRASIL, Francisco da Costa Azere, os quais viveram na BAHIA, onde também vivera o pai de João Rodarte, capitão Pedro da Silva Rodarte, época em que fora Alcáide-mor em Ilhéus. Um seu filho serviu armas na ÍNDIA e casou-se com gente da BAHIA, pleiteando aparentemente sem sucesso o posto de tenente de campo-general nas MINAS GERAIS na época em que era seu capitão-general, interinamente, o futuro 2º. CONDE DE BOBADELA (em nome do 1º. Conde), regressando a Portugal. João da Silva Rodarte terminou seus dias no Desembargo do Paço.
Essa mudança de nome ainda inexplicada, mais estas repetições de nomes de pessoas e lugares, faz-me pensar numa "auto-perfilhação" por neto (em vez de por filho), feita em terras distantes onde não haveria escândalo à Casa de que descendia... penso isso porque havia legislação sobre o assunto e, aqui no caso, nunca lhe foi feita qualquer advertência ou punição... e ele, que mudou o nome, foi servir justamente na Justiça... sem documentos, não passam de suposições... mas talvez você conheça casos similares com os quais podemos traçar algum paralelo...
Abraços,
C. Rodarte
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