Igreja usada como capela da Força Aerea em Benfica

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Igreja usada como capela da Força Aerea em Benfica

#87412 | Conceicao | 01 Apr 2005 17:08

Ha uma igreja interessante em Bemfica, usada pela forca aerea, aberta a turistas, e que fica diagonal ao Palacio dos Marqueses da Fronteira. Alias, creio ter mandado ser edificada por eles, sendo o terreno dado pelos Penha.
Qualquer adicional informacao sobre esta capela ou as familias envolvidas seria optimo. Bem Hajam, Conceicao

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#87417 | JASP | 01 Apr 2005 18:06 | In reply to: #87412

Cara Conceição

Ligam-me à igreja do antigo convento de São Domingos de Benfica laços de profunda emoção científica. Há alguns anos, looongos, elaborei um estudo sobre a igreja, estudo esse que anda algures perdido na biblioteca ou no arquivo do professor a quem foi destinado. Infelizmente, fruto de várias circunstâncias, não fiquei com uma cópia, mas lembro-me perfeitamente de variados detalhes interessantes e que passo a expôr:

1 - o convento dominicano de Benfica foi ali instalado durante o reinado de D. João I, tendo sido este monarca a ceder o terreno e um paço real que ali existiria, segundo afirma o cronista da Ordem, Frei Luís de Sousa. O incentivo à instalação dos dominicanos naquele lugar foi dado por João das Regras, tendo este sido um dos principais benfeitores do convento. O seu túmulo, quase desconhecido, está nesta igreja, por detrás do altar-mor no chamado coro baixo. Talvez por isso seja pouco conhecido.

2 - no princípio do século XVII as instalações eram pequenas para aquele que já era considerado o principal convento da Ordem e o seu prior-mor, Frei João de Vasconcelos decidiu ampliar o convento e reedificar uma nova igreja. E aqui entram as questões de ordem científica que estudei nesta igreja. Trata-se de um exemplar único na arquitectura por ter sido a primeira construída de acordo com o estilo maneirista e que rompia com os cânones arquitectónicos do gótico ainda característicos na arquitectura portuguesa desta época.

3 - outros exemplos de importância para a História da Arte podem ser observados nesta igreja, designamente o conjunto de azulejos absolutamente notável que cobrem as suas paredes, o excepcional altar-relicário, a capela lateral dedicada a São Gonçalo de Amarante e a capela tumular dos Castros, esta no claustro do convento, raras vezes visitada por se encontrar nas instalações ocupadas pelo Instituto dos Pupilos do Exército.

Mais haverá a dizer, mas para já fique com a noção de não ser verdadeira, a não ser que tenha outros dados sobre o assunto, a informação sobre a edificação deste antigo convento pelos Marqueses da Fronteira.

Estarei ao dispôr para mais esclarecimentos

Cumprimentos
Jorge Afonso

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RE: Igreja usada como capela da Forca Aerea em Benfica

#87483 | RAAL | 02 Apr 2005 15:39 | In reply to: #87417

Caro Jorge Afonso
Está quase tudo dito embora não seja demais sublinhar o espírito e a técnica primorosa dos azulejos de Manuel dos Santos na capela mor que José Meco tão bem estudou.
Já agora chamo a atenção para o belo túmulo em mármore creme do Dr. João das Regras colocado no coro e à pedra de armas dos Correia (Belas) existente na sacristia onde estes tinham o seu carneiro.
Cumprimentos
RAAL

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RE: Igreja usada como capela da Forca Aerea em Benfica

#87538 | Jonezes | 03 Apr 2005 01:24 | In reply to: #87417

Caros Confrades

Se me permitem, gostaria de acrescentar alguns pormenores à excelente síntese do confrade José Afonso.

Tanto o túmulo de João das Regras, como a Capela dos Castro são Monumentos Nacionais e a Igreja de Nossa Senhora do Rosário é Imóvel de Interesse Público, de acordo com a antiga nomenclatura.

Salvo erro, houve um incêndio na Igreja que a destruiu parcialmente, tendo sido reconstruída no século XVIII. Alguns dos azulejos são de um dos irmãos Bernardes e são certamente desse século.

A Igreja foi a Igreja Paroquial de São Domingos de Bemfica até aos anos 70(?). Nessa altura a sede da Paróquia foi transferida para a Igreja das Furnas (por ser mais central para a maioria dos respectivos habitantes) e a Igreja de Nª Sª do Rosário foi cedida à Força Aérea, que procedeu ao restauro da cobertura, embora continue a pertencer aos Dominicanos.

A família manteve sempre excelentes relações com os Dominicanos, que inclusivé impediram uma maior destruição da casa pelas tropas Miguelistas, mas o convento é muito anterior ao Palácio Fronteira, que só foi construído circa 1670.

Um abraço

Fernando Mascarenhas

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RE: Igreja usada como capela da Forca Aerea em Benfica

#87542 | Conceicao | 03 Apr 2005 01:40 | In reply to: #87417

Nao creio estarmos a falar do mesmo edificio. A capela, a que me refiro, ja la estive. Tem as armas dos Penha e dos da Fronteira e nao estaa ligada que eu saiba, aos pupilos do exercito. E um edificio adjacente ao Palacete dos Marqueses da Fronteira, alias ambas as estruturas se veem de ambos lugares. E uma igreja relativamente pequena. Conceicao

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RE: Igreja usada como capela da Forca Aerea em Benfica

#87543 | Conceicao | 03 Apr 2005 01:43 | In reply to: #87538

Tenho um livrete sobre a igreja, mas agora nao encontro, assim que encontrar poderei dar mais informacoes. Nao recordo ter ouvido do guia informacao qualquer a que os Srs. se referem. Conceicao

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#87581 | RAAL | 03 Apr 2005 16:03 | In reply to: #87542

Minha Senhora
Se é a capela da Força Aérea é esta de que falamos. Se é outra não é da Força Aérea.
Se existe outra capela, o Sr. Marquês deve conhece-la.
Cumprimentos
RAAL

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#87723 | JASP | 04 Apr 2005 20:09 | In reply to: #87538

Mais algumas indicações úteis, tendo em consideração o interesse dos presentes:

A igreja foi paroquial de São Domingos de Benfica até 1979, data em que foi entregue ao Vicariato Castrense para templo da Força Aérea Portuguesa. Também nesta data o orago foi alterado para Nossa Senhora do Rosário.

Na Capela dos Castros, panteão familiar sob a invocação de Corpus Christi, estão os seguintes túmulos:
D. Francisco de Castro, inquisidor geral do reino, fundador da capela
D. João de Castro e D. Leonor Coutinho, avós do fundador
D. Álvaro de Castro e D. Ana de Ataíde, pais do fundador;
D. Violante de Castro e Frei Fernando da Cruz, irmãos de D. Francisco de Castro.

Na igreja, para além do túmulo de João das Regras e do carneiro dos Correia (Belas), já referidos, existe ainda a arca-ossário de Vasco Martins de Albergaria, do século XV e o túmulo de Frei Luís de Sousa, junto ao degrau de acesso ao coro baixo.

Os azulejos são de António Oliveira Bernardes, cuja assinatura consta num painel e, provavelmente de António Pereira. Parecem ser de Manuel dos Santos, segundo José Meco, apenas os florões (azulejos com grande profusão de flores em cacho) que ornamentam a capela-mor. Com alguma probabilidade António Oliveira Bernardes terá tido ainda a colaboração de seu filho Policarpo de Oliveira Bernardes, por vezes confundido como irmão. Existia ainda um outro filho de António Oliveira Bernardes bastante conhecido na época, Inácio Oliveira Bernardes, que se destacou como arquitecto, cenógrafo e pintor de alguns dos mais artísticos tectos de igrejas de Lisboa (agora que é preciso não me lembro de quais!). O palácio Devisme, junto ao convento de São Domingos de Benfica, é da sua autoria. Uma família de grandes artistas que merecia ser estudada com mais pormenor.

E já que se falou em destruições, julgo que nas «Memórias do Marquês de Fronteira e d'Alorna, D. José Trazimundo Mascarenhas Barreto ditadas por êle próprio em 1861» é referido um episódio passado durante as invasões franceses, durante o qual, entre outras coisas, foi levada para parte incerta alguns dos melhores quadros da colecção de pintura do convento. Ao que parece essencialmente pintura flamenga. O bom gosto francês fez-se notar nesse dia. Para nosso mal, claro.

Cumprimentos, do
Jorge Afonso

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#87742 | Conceicao | 04 Apr 2005 22:18 | In reply to: #87581

RAAL, Obrigada pela resposta. Eu tenho quase a certeza que e a capela da Forca Aerea. Nao encontro o folheto que me deram quando a visitei. Como ja disse, tem o brasao dos Marques da Fronteira, e dos Penha creio que sobre um altar na ala esquerda . Pena eu nao me encontrar em lisboa, senao dava la um saltinho e logo poderia confirmar. O meu interesse era saber mais informacao sobre o porque e quem da familia Penha doou o terreno. Bem hajam Conceicao

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#88336 | Conceicao | 11 Apr 2005 20:34 | In reply to: #87581

Caro Sr RAAL, encontrei o folheto que me foi dado na tal Igreja, alias o nome correcto e Igreja de Na, Snra. do Rosario -Templo da Forca Aerea.
E um livreto que se abre em quatro partes, a 1a tem o plano da Iigreja, com as varias areas numeradas, a 2 folha 3- indica a partir do n1 o que cada area conte. Na parte 1- da capela, descrevem-se as telas, os estuques, e o brasao da familia LaPenha.
Na parte 2 folha 3- No Transepto 1-restabulos, 2-O sacrario baldaquino
parte 4- folha 5 Ante Coro- sepultura de Frei Luis de Sousa
Sacristia, etc brasoes da ordem dosDominincanos
Parte 5-folha 5- 1O cadeiral, 2-Telas, 3-O orgao, 4-Tumulo de Joao Das Regras
parte 5 pagina 6- carneiro funerio da familia dos Botelhos
parte 6 Os EStuques
Parte6-Capela Reliquia- Assim chamada porque e tudo o que resta da primitiva casa doada em 1399 por D. Joao I aos frades Dominicanos.
1- O Sarcofago de Vasco Martins de Albergaria
2-As siglas da primitiva parede
3-A cupula e a Lanternim
4-Iconografia
Parte 7- Sacristia- Sala de Despacho- mandada construir em 1680 pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosario
3- pagina 4 (esta confusao de numeracao dve-se a forma em como a folheto esta dobrado.) A Estatuaria
4-As telas
5-Azulejos
6-Marmores
7-Lapides
( Agora) parte 3- Capela de S. Goncalo mandada construir em 1685 por D. manuel Pereira (Dominicano eleito 1 Bispo do Rio de Janeiro)
Parte 2- Sumula Historica Desta Igreja- portanto informacao sobre a historia da Igreja, em que sim diz, ser a partir de 1959, a Paroquia de S. domingos de Benfica etc...
Portanto, Caros Srs, estamos a falar realmente da mesma Igreja.
Poque o brasao da familia LaPenha? E quando foi tal construido? Segundo o guia, o brasao esta la para comemorar a doacao do terreno da capela. D. Joao I doou a antiga capela, mas nao depois da reconstrucao nos anos 1600s.
Agradecia mais alguma informacao sobre esta tao pequena, mas interessante Igreja. Cumprimentos, Conceicao

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RE: Igreja usada como capela da Forca Aerea em Benfica

#88389 | Conceicao | 12 Apr 2005 16:04 | In reply to: #87723

A minha pergunta continua a ser a mesma, agora ja todos concordamos que e afinal a mesma igreja de que falamos, so a mim o que mais me interessa saber e precisamente o papel feito pela familia Lapenha e essa mesma igreja. Qualquer informacao seria imesnsamente apreciada. Conceicao Penha

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#88511 | Conceicao | 13 Apr 2005 20:47 | In reply to: #87417

Caro Jorge Afonso, o que eu gostaria imenso de saber e porque esta o brasao de LaPenha nessa Igreja. Desde que encontrei o meu livrinho que sei estarmos a falar da mesma. Porque portanto la estao os Penha representados? Obviamente e segundo a literatura que li, diz a capela etc, ter sido reedificada mais tarde. Realmente esta mesmo ali junto ao Palacio da Fronteira. Qualquer informacao seria apreciada. Cumprimentos. Conceicao

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#88551 | artur41 | 14 Apr 2005 15:31 | In reply to: #88511

Cara Conceição,


Vou contactar determinadas pessoas da Força Aérea. Meu pai foi lá velado (com guarda de honra).


Os meus melhores cumprimentos

Artur Camisão Soares

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#88594 | JASP | 14 Apr 2005 23:33 | In reply to: #88511

Cara Conceição e demais participantes deste tópico

Não existe qualquer dúvida quanto à igreja mencionada desde o início. Estamos, todos, sem sombra de dúvida, a falar da igreja utilizada pela Força Aérea Portuguesa, antiga igreja paroquial de São Domingos de Benfica e antiga igreja conventual da Ordem de São Domingos.

Sendo assim, depois de ter encontrado alguns dos meus apontamentos, são necessários alguns esclarecimentos para eliminar alguns erros de interpretação. Como disse anteriormente, conheço razoavelmente a igreja, bem como todo o espaço envolvente, seja o antigo convento ou a sua cerca. Estive em espaços que poucos têm acesso, privilégio que tive por ser militar da Força Aérea nessa época, entre 1984 e 1985 sensivelmente. Infelizmente os anos e outras obrigações passaram e raras vezes tive oportunidade de visitar um local que muito me dizia. Acompanhei, também, algumas obras que foram bastante demoradas por se tratar de um edifício que requeria alguns cuidados de conservação e restauro. Mas deixemos a minha história de lado e passemos a factos.

Desde a sua primitiva edificação até 1979, data em que foi entregue ao cuidado da Força Aérea, a igreja não teve qualquer designação especial. Era apenas conhecida como igreja conventual de São Domingos de Benfica ou igreja paroquial de São Domingos de Benfica. Quando foi inaugurada a Igreja das Furnas, em Sete Rios, esta tornou-se a igreja [paroquial] de São Domingos de Benfica e, não podendo coeexistir na mesma freguesia duas igrejas com a mesma denominação, tinha de ser escolhida uma designação para o templo, tendo sido utilizada a invocação de Nossa Senhora do Rosário, pois essa era também a invocação da antiga irmandade fundada pelos frades dominicanos. Esta é a razão por aparecerem várias designações para o mesmo edifício.

Existe, de facto, uma referência a «la Penha» nesta igreja. Trata-se de uma inscrição na segunda capela do lado do evangelho, o lado direito para quem olha para o altar, que diz o seguinte:

«Capela de Henrique Mendes de la Penha, fidalgo, e a comprou sua filha, D. Lianor Henriques, viúva de Luís Pereira de Carvalho».

Acompanha esta inscrição um brasão, que suponho seja de Henrique Mendes de la Penha mas não o posso garantir por não ter comigo outras referências. Resta a questão da «compra da capela» e será aqui que pode existir um erro de interpretação. Quando surgem referências à compra de uma capela não quer isso dizer que foi aquele local onde está a inscrição que se comprou. Como é óbvio, as capelas das igrejas, local físico, não são objecto de negócio nem de usufruto individual. O que pode ter sido comprado, e posteriomente ali colocado, foi toda a ornamentação e paramentação existente para utilização do culto. Esta é uma hipótese, mas como se sabe que, em várias obras ali realizadas até ao século XIX, várias inscrições foram retiradas do local original, pode não ser esta a capela a que se refere o texto.

Resta uma segunda hipótese, mais de acordo com a realidade. Era frequente ser deixado em testamento algum dinheiro para os chamados encargos pios, ou seja determinadas obrigações que o testamenteiro deveria fazer numa determinada igreja ou paróquia «pela alma» do doador. A este acto chama-se «deixar capela», consistindo, na maior parte dos casos, num determinado número de missas a celebrar em determinadas datas ou quotidianamente, normalmente numa das capelas existentes na igreja. Como cada missa celebrada tinha um valor, quando o dinheiro para o encargo pio se extinguia também se extinguia a obrigação do testamenteiro ou dos seus sucessores. Há casos, que conheço pelos respectivos processos de encargos pios, em que esta obrigação chega a durar mais de 300 anos. Pode ter acontecido, conforme o costume da época, que a designação dada ao encargo pio tenha sido entendido como «compra da capela», pois de certeza o rendimento deixado era avultado para tal, mas só conhecendo o respectivo processo ou testamento se poderá acrescentar mais alguma informação.

Para já é tudo. Aguardo desenvolvimentos.

Cumprimentos
Jorge Afonso

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RE: Igreja usada como capela da Forca Aerea em Benfica

#88659 | Conceicao | 15 Apr 2005 21:47 | In reply to: #88551

Caro Sr. Artur Camisao Soares, agradeco a seu interesse em ajudar. Desde ja bem Haja. Conceicao

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RE: Igreja usada como capela da Forca Aerea em Benfica

#88662 | Conceicao | 15 Apr 2005 21:54 | In reply to: #88594

Caro Sr. Jorge Afonso, a sua descricao e realmente interessantissima. A frase de deixar capela tambem, so que nos deixa mais perguntas. Quem seria este Sr.Henrique Mendes de la Penha, para fazer no seu testamento tamanha doacao, sendo essa a hipotese? Havera algo sobre a capela/ igreja onde tal se podera encontrar informacao mais concreta? Ou ate Lianor Henriques, viuva nesta data da doacao, de Luis Pereira de Carvalho. Agora que o Sr nos fez a gentileza de nos dar tanta nova informacao, talvez haja alguem que nos possa referir a documentacao d etais pessoas. Como ja tinha mencionado acima, li, ou alguem me disse, ja nao sei onde que o terreno tinha sido oferecido pelos Penha, mas podera haver um engano na informacao. Que esta escrito na capela o nome ja e de nos deixar a pensar. Resta agora encontra-se tal informacao. Muito grata Conceicao

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#88663 | texmel | 15 Apr 2005 22:06 | In reply to: #87412

Nota para a confrade Conceição
Verifico o seu grande interesse pelo apelido Penha ou La Penha e pena tenho por não lhe poder dar infotmação;todavia procurei nos meus livros,mas pouco encontrei somente uma referencia no brasonário ARMORIAL LUSITANO a paginas 190 em DEUS-DARÁ vem bastante desenvolvida a genealogia dos La Penha,mas só
referida a determinada epoca.Pode ser o ponto de partida para investigar.
Cumprimentos do
TEXMEL

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#88727 | Conceicao | 16 Apr 2005 20:22 | In reply to: #88663

Agradecida Caro TEXMEL, sera esta sua assinatura dos antigos Mayas? Estou a brincar mas realmente soa como tal, entretanto continuarei a batalhar no assunto, esse dos Penha. Decerto algo estara escrito sobre obras, construcao e nomes que aparecem na capela. O problema e saber-se one! Bem Haja. Conceicao

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#88738 | texmel | 16 Apr 2005 22:19 | In reply to: #88663

Cara Conceição:
Não sei se tem o Armorial Lusitano, mas até conseguir a sua consulta dou-lhe algumas indicações do que lá consta. Manuel Álvares, filho de António Álvares de La Penha, presto relevantes serviços à coroa no Brasil, durante a ocupação desta então colónia portuguesa ocupada em parte pelos Holandeses, um seu filho Simão Álvares de La Penha, graduado em Canones pela Universidade de Coimbra, também prestou importantes serviços no Brasil passando em seguida ao Alentejo, onde assistiu na Fronteira de Elvas. D. João IV, atendendo a todos os serviços de Manuel Álvares e seu filho, Simão concedeu-lhes grandes mercês e a faculdade de poder usar o apelido de (DEUS-DARÁ) com as armas que lhe concedeu. A seu filho Simão Álvares de La Penha, também foi recompensado com a Ordem de Cristo. Todas estas mercês foram feitas por alvará passado em Lisboa a 21/VI/1645 a carta do Brasão de Armas, passada a Simão Álvares de La Penha Deus-Dará foi passada em Lisboa a 4/VIII/1646, e concede-lhe as seguintes armas: De prata, com dois braços vestidos de verde, moventes nos ângulos superiores do escudos para o cento, as mãos juntas e abertas largando moedas de ouro e prata; bordadura de verde com a legende DEUS-DARÁ, em letras de ouro.
Timbre um braço do escudo com moedas de ouro na mão.
Cumprimentos e boa sorte nas pesquisas, eu de momento nada mais tenho.
TEXMEL

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#88757 | artur41 | 17 Apr 2005 04:29 | In reply to: #88659

Cara Conceição,


Só há bocado li a sua mensagem: nos últimos dois dias tenho andado um bocado arredado do Genea.

Na próxima semana penso ter alguns novos dados. Muito obrigado pela sua simpatia: Bem Haja, Sempre!


Os meus melhores cumprimentos

Artur Camisão Soares

P.S. Peço-lhe o favor de me tratar de forma menos formal.

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#89276 | Conceicao | 22 Apr 2005 21:44 | In reply to: #88738

TEXMEL, obrigada pela informacao. Devo dizer que ja tinha, mas agradeco a sua gentileza. Conceicao

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#89277 | Conceicao | 22 Apr 2005 21:46 | In reply to: #88757

Caro Artur, agredeco a sua simpatia. E sem duvida um nome muito interessante. Conceicao

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#91017 | rijo | 15 May 2005 23:04 | In reply to: #89276

Caros confrades,
Embora já esteja tudo dito, deixo aqui um trecho do livro de Fernando Pessoa: “Lisboa: O que o turista deve ver/ What the tourist should see.”
“O automóvel entra agora na Travessa de S. Domingos de Benfica e, deixando à esquerda a propriedade do Visconde Silva Carvalho, atravessa a linha de comboio e passa pelo antigo Convento de São Domingos de Benfica onde, nos seus tempos mais remotos, se situou o Palácio Real de Benfica. O Rei D. João I fez dele doação à Ordem de São Domingos, que fundou o convento. Está presentemente ocupado por uma das duas secções dos Pupilos do Exército. Na igreja do convento, destruída pelo terramoto de 1755 e mais tarde reedificada, há belos azulejos e alguns túmulos notáveis, incluindo o do grande jurista João das Regras. Junto ao convento fica a Quinta da Infanta D. Isabel, uma propriedade que pertenceu a esta princesa, filha do rei D. João VI, e é agora um reformatório. Em frente dela, numa elevação, fica o Palácio dos Marqueses de Fronteira, uma antigo edifício, notável pela arquitectura, admiravelmente concebido e decorado…”
Com os melhores cumprimentos.
Luís Alves

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#139037 | CSerejo | 03 Jan 2007 20:48 | In reply to: #87412

Caso ainda esteja interessada existem dois livros que lhe poderão dar alguma informação adicional:
- O Convento de São Domingos de Benfica, Dom João de Castro e o Instituto Militar Pupilos do Exército, da autoria de Teresa Leonor Magalhães Vale;
- Igreja de Nossa Senhora do Rosário: Templo da Força Aérea Portuguesa.

Este último encontra-se à venda na loja da Revista Mais Alto, no Estado Maior da Força Aérea em Alfragide, pela quantia de 20€. Contém a fotografia do Brasão e da Lápide da família que procura. Se estiver interessada poderei enviar-lhe essas duas fotografias.

Esta família teve origem nas proximidades de Salamanca e passou para Portugal através do fidalgo Diego Menendez de la Peña. A Carta de Mercê de Dom João III, de 27 de Maio de 1527confirmou as armas da sua linhagem. Posso ainda acrescentar que esta família aportuguesou o nome para Lapenha. Se quiser a descrição das armas também lhas poderei facultar.
Sempre ao dispôr, CSerejo.

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#139040 | CSerejo | 03 Jan 2007 21:03 | In reply to: #87412

Informo-a ainda que se seguir os seguintes passos neste site poderá ver o brasão da família Lapenha:

Índices/Pessoas/Banco de Imagens/Famílias/Brasões/L

O brasão no canto superior direito é o da família Lapenha. Se clicar nesse brasão terá poderá ver mais informação.
CSerejo.

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#139153 | Conceicao | 04 Jan 2007 19:11 | In reply to: #139037

Caro Sr. Serejo, agradeco-lhe imenso a informacao que me enviou atravez da genea. Sim, ainda estou "pendurada" com os meus Penha, e a minha curiosidade sobre este "Templo" e grande. Irei pedir a uma prima minha se podera comprar- me o livro e enviar mo, visto nao residir em Portugal e nao saber quando podera ser a minha proxima visita.
Sobre as armas dos Penha e que ja veem de Salamanca, devo dizer-lhe, que segundo o Dpt de histori da Universidade de Salamanca, nao ha nem nunca houve tal Abadia em Salamanca. A abadia com esse nome, e uma das mais famosas de Espanha, e fica geografiacamente falando, em lado oposto. Mas, esses foram anos de muito tumulto e persseguicoes, tudo e possivel. O que eu nao sei como seria possivel no entanto, sera como foi possivel dar armas em uma localizacao nao existente? Bem Haja e muito Bom Ano. Maria da Conceicao

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RE: Igreja usada como capela da Força Aerea em Benfica

#139157 | CSerejo | 04 Jan 2007 20:49 | In reply to: #139153

Dª Maria da Conceição:

Não fiz referência a nenhuma Abadia. Disse simplesmente que a família teve origem nas proximidade de Salamanca e chegou a Portugal através de um fidalgo espanhol chamado Diego Menendez de la Peña. A confirmação das armas que referi foi feita em Portugal pelo Rei Dom João III. Quanto às armas originais julgo que poderão ser consultadas no armorial espanhol.

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#139158 | CSerejo | 04 Jan 2007 20:49 | In reply to: #139153

Dª Maria da Conceição:

Não fiz referência a nenhuma Abadia. Disse simplesmente que a família teve origem nas proximidade de Salamanca e chegou a Portugal através de um fidalgo espanhol chamado Diego Menendez de la Peña. A confirmação das armas que referi foi feita em Portugal pelo Rei Dom João III. Quanto às armas originais julgo que poderão ser consultadas no armorial espanhol.

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#139169 | Conceicao | 04 Jan 2007 21:55 | In reply to: #139158

Claro Sr. Serejo, mas e precisamente nas armas e4spanholas a que eu me referi. Provavelmente as armas em Portugal foram-lhes dadas como consequencia das que traziam de Espanha? Sabe que um destes irmaos Penha foi para o Brasil, e era casado com uma irma do Padre Antonio Vieira? Creio que a familia pereceu num naufragio na viagem de regresso do Brasil a Portugal? O Padre Antonio Vieira como sabe, foi um grande defensor dos Judeus Portugueses. Seria interessante se se pudesse saber se estes Penha, laPenha, etc, (alguns paasaram a ser e ter armas com o nome de Deus Dara) que titulo esquisito, tambem o seriam. Obrigada Conceicao

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RE: Igreja usada como capela da Força Aerea em Benfica

#139171 | CSerejo | 04 Jan 2007 22:04 | In reply to: #139169

Dª Conceição:
Estive agora a consultar alguns sites espanhóis e pelos vistos há mais famílias com esse nome. Uma poderá ser originária de Burgos e outra de Bolonha. Vou tentar pesquisar o que existe em Portugal e depois dir-lhe-ei qualquer coisa.
Um feliz 2007.
CSerejo

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RE: Igreja usada como capela da Força Aerea em Ben

#139173 | Conceicao | 04 Jan 2007 22:18 | In reply to: #139171

Caro Sr. Serejo, imensamente agradecida. Conceicao

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Pedro Fernandes de Torres

#140947 | salen | 20 Jan 2007 19:48 | In reply to: #87417

Caro confrade Jorge Afonso,
Arriscando deduzir demais, poderá no decurso do seu estudo sobre a Igreja do antigo Convento de S. Dominigos de Benfica ter ouvido falar de um mestre de obras dos fins de 500, princípios de 600, chamado Pedro/Pero Fernandes de Torres, que terá tido responsabilidades em obras na dita Igreja ou Convento?
Trata-se de um mestre que substituiu Filipo Terzzi no Conv. de Xpto em Tomar e desde 596 a 615 por lá andou. Antes tinha sido escrivão do contrato das obras e posterormente tido responsabilidades em Lisboa e arredores "nas obras de pedreiro que por lá se fizessem" (a cargo da Coroa).
Souza Viterbo refere-se a ele, e é dessa fonte que obtenho a maior informação.
O que se passa é que há meses, numa pesquisa na net, dei com um texto que se refere à ligação dele com umas obras numa das igrejas de Benfica, mas por uma razão qualquer não guardei o site nem nunca mais consegui lá voltar.
Agradeço a atenção dispensada a esta mensagem.
Cumprimentos.
Victor Ferreira

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