Paço do Cardido
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Paço do Cardido
Exmos. Senhores,
Gostaria de saber se alguém me pode esclarecer a origem do Paço do Cardido, perto de Ponte de Lima e o porquê das semelhanças com o Paço de Calheiros.
Pedro Sá Nogueira
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RE: Paço do Cardido
Caro Pedro Sá Nogueira
Se procura saber porque é que as vizinhas Casas de Calheiros e de Cardido apresentam arquitecturas semelhantes (fachada longa com duas torres nas pontas), eu julgo que é apenas coincidência, fruto da moda do séc. XVIII, de melhorar as casas segundo este risco, o qual parece ter sido inspirado no solar dos Pinheiros de Barcelos. É claro que a proximidade geográfica pode ter potenciado o efeito de imitação.
Quem muito poderia falar sobre este assunto era o Eng.º João Gomes Abreu e Lima, conhecedor destas coisas limianas e mesmo especificamente desta casa, mas infelizmente não participa no Fórum. É o que se depreende da nota 74, da pg 126 das “Casas Armoriadas do Concelho dos Arcos de Valdevez”, Vol. IV, de Armando Barreiros Malheiro da Silva, Luís Pimenta de Castro Damásio, José Queiroga Fernandes.
Aí se diz que a Casa do Cardido começou por ser um vínculo administrado pelo marido de Fabiana Soares. O seu bisneto Pedro Malheiro Pereira Marinho (ver Felgueiras Gayo ttº de Araújos §109 N25 e N28, respectivamente) não teve descendência legítima e vendeu-a, nos fins do séc. XVIII, a António Matos Prego. No entanto, pouco depois estava nas mãos do 1º Conde de Amarante, tendo andado nesta família até 1870, ano que em Manuel da Silveira Pinto da Fonseca a vende a Sebastião Lopes de Calheiros de Meneses, filho da Casa de Calheiros e tio do 1º Conde de Calheiros.
Note-se que Sebastião Calheiros era casado com D. Maria Emília da Silveira Pinto da Fonseca, sua prima e do vendedor do Cardido. Esta casal pode ser visto nos “Fidalgos e Morgados de Vila Real e seu Termo”, de Júlio Teixeira, vol. III, pg 214; “Últimas Gerações”, Vol. II pg 29 e ainda no “Anuário da Nobreza”, 1985, Tomo II, pg 428, onde pode ver a sua descendência.
No entanto, a Casa deve ter sido de novo vendida em 1932 e não sei quem serão os actuais donos.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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