familia dossem
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familia dossem
a minha bisavó e o meu avô maternos tinham o apelido dossem.
sei que o pintor álvaro lapa (conde da lapa) descende de dossens.
os mais antigos de que tenho conhecimento viveram no sec.XIV,tendo alguns sido chanceleres do reino, encontrando-se os seus túmulos em santarém, na igreja de s. joão de alporão, depois de retirados do convento de s. francisco que entrou em ruína no sec.XIX.
gostaria de saber quem tem actualmente este apelido ou descende de quem o tenha usado, já que não é nome muito vulgar.
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RE: familia dossem
Sr. António Sem
Aqui está um campo de investigação curioso ! E penso que pode ter havido várias famílias com nomes semelhantes - ou então houve várias corrupções dum só nome original. Aqui no Porto existe a lenda do Pedro Sem ("o que teve e já não tem..."), família que (tradicionalmente) terá tido o seu solar numa casa-torre, de características medievais, perto do Palácio de Cristal. Nas investigações que tenho feito (relacionadas com as velhas "dinastias" de comerciantes do Porto (Ingleses, Escoceses, Holamdeses e "Alemães"), tenho encontrado variadas referências a Pedro do Sem, P.Pedrosen, P.Pedresen, Petersen etc. Suponho que este ramo estabelecido no Porto (até pelas ligações que estabeleceu) seria originário dos "Países Baixos" ou "Hanseáticos". Foram comerciantes e banqueiros e ligaram-se a várias famílias notáveis. Um, Pedro Pedrosem da Silva, chegou a ser membro da Mesa da Companhia das Vinhas do Alto Douro, Contratador das Alfândegas do Porto, etc. Espero um dia destes mandar-lhe mais elementos, se achar que vale a pena.
Cumprimentos.
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RE: familia dossem
Acabei por omitir, na mensagem anterior, o mais óbvio: se acaso ainda não o fez, veja a página do apelido Sem aqui no Genea.
Cumprimentos.
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RE: familia dossem
Caro Sr. Allen
Muito obrigado pela achega dada.
Aproveito para lhe dizer que conheço um oficial da nossa Armada, comandante Trigo Allen, residente em Carnaxide (Oeiras)com fortes probabilidades de ser seu parente.
Da existência do "Pêro Sem que teve e já não tem", sendo a sua torre no Porto bastante conhecida, já tinha conhecimento, pensando poder tratar-se do Pedro Sem abaixo mencionado.
O apelido, conforme já tinha dito na minha anterior mensagem, é bastante antigo e com grafias diversas (Sem, Docém, Dossem, Ossem, pelo menos)e no sec. XIV alguns Dossens constituiram uma "dinastia" de cavaleiros letrados, homens de leis, chanceleres:
Pedro Sem
1337 - Chanceler-mor de D.Afonso IV. Procurador real nos tratados de paz com o rei de Castela.Será este o "que teve..."?
Gil Docém (? - 1387) - Chanceler-Mor do Reino, Embaixador em Castela no tempo de D.João I.
1371 - Pazes de Alcoutim.
1380 - Promessa de casamento de D.Beatriz (filha de D.Fernando, com D.Fernando, filho de D.João I de Castela.
Escritura de salvaterra
1385 - Cortes de Lisboa e eleição de D.João I
Batalha de Aljubarrota.
Martim Ossem
1401 - Embaixada a Castela (Segóvia) e João do Sem) chegando a chanceleres do reino.
Tinha, pelo menos, duas irmãs, Guiomaar e Catarina do Sem, tendo esta casado com Álvaro Fernandes de Almeida, filho de Fernão Álvares de Almeida, aio dos filhos de D.João I.
Martim e Guiomar eram foreiros das terras de S.Francisco, na Valada (Ribatejo).
1407 - Embaixadas a Castela e a Londres.
Em 1549, Pêro Dossem encabeça uma petição a D.João III, pelo povo de Santarém, contra a alcaidaria-mor.
Se desde 1387 a 1549 houve Dossens em Santarém ou a esta cidade ligados, bem como ao Porto,e, como me conta, há patonímicos estrangeiros que se assemelham àquele apelido, talvez não seja descabida a ideia de uma natural corruptela do nome que poderá, facilmente, de Petersen (por exemplo) descambar em Pedro Sem e, do Porto descer a terras do Ribatejo. De mais a mais, não era muito vulgar a existência de nobreza letrada no sec. XIV, quando a preocupação era mais a das armas, o que faz pensar na hipótese de a um comerciante notável ter sido concedido o grau de cavaleiro e, mercê do cabedal que possuiria, este ter proporcionado à sua descendência a possibilidade de se instruir e alcançar posição política e social.
Vejamos se algo mais aparece àcerca deste tema e até à próxima.
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RE: familia dossem
Interessante o que me diz ! Muito apressadamente, folheando alguns dos meus apontamentos:
ADP, Prt 13/Lv 43, S.Nicolau:
fls 138v - 27/12/1663 - Falecimento de Arnao [Aaron] Piper, inglês, deixando viúva Maria Henriques. Testamenteiros : Pedro Heyvaal e Pedro PEDROSEN.
ADP, Prt, Lv 44 S. Nicolau:
fls 14 - 14/06/1700 -Falecimento de Francisco Pedro, filho de Pedro PEDROSEN.
fls 16v - 26/04/1702 Falecimento de Miguel Piper, cunhado de Pedro PEDROSSEM. Estava demente.
fls. 48v - 30/08/1709 - Faleceu D.Clara Piper. Foi testamenteiro Vicente PEDROSSEM, sobrinho da testadora.
fls. 43v - 12/07/1708 - Falecimento de André, preto, escravo de Pedro PEDROSSEM, morador na Reboleira.
Ano de 1769: Requerimento de Arrematação do Contrato do Consulado das Alfângegas do Porto (original em minha posse): São sócios neste negócio, por esta ordem : Manoel Joaquim Rodrigues Braga, Pedro Pedrossem da Sylva, Manoel Rodrigues Braga, Joseph de Pinho e Souza, Manoel de Souza Mello "todos homens de bem estabelecido comércio e de maior crédito da sobredita praça do Porto".
No entanto, em carta de 24/05/1769,(original na m/ posse) diz Manoel Joaquim Rodrigues Braga a seu pai Manoel Rodrigues Braga : "como na carta q. hontem receby de Vm.e vinhão prepostas algumas duvidas no que respeita ao Snr Pedro Pedrosen da Silva se faz percizo dar lhe a solução q. se segue: o caracter do Snr. Pedrossem esta tam longe de servir de empedimento neste negocio que antes pello contrario condecora a Compª desta asociação. Para este mesmo fim nada faz o emprego do dito Snr. no Novo estabelecimento da Patriarcal".
A 5 de Fevereiro de 1761, PEDRO PEDROSSEN DA SILVA - e os seus "sócios da Alfândega" Manoel Rodrigues Braga e Cap. José de Pinho e Sousa são já "deputados da Junta" de Administração da Companhia da Agricultura e Vinhas do Alto Douro".
Como pode ajuizar pela diferença temporal entre o primeiro e o último documento que aqui lhe cito (quase 100 anos), suponho que estamos perante duas, ou talvez três, gerações de PEDROS PEDROSSENS. Em documento que agora não consegui localizar, já vi escrito PEDRO DO OSSEM.
Cumprimentos
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RE: familia dossem
Decididamente, não estou nos meus dias...
Se consultar a FAMÍLIA PIPER, aqui no GENEA, encontra uma Luisa Piper, casada com um Pedro PETERSEN.Esta Luisa seria certamente irmã de Miguel Piper ("o que estava demente") e de Clara Piper.
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RE: familia dossem
CARLOS DUARDO DE ALMEIDA BARATA
Rio de Janeiro, 16.09.2001
Caros Antonio Sem e José Alberto Allen:
Esta não é uma família que pertence ao meu campo de ação, já que meu trabalho se prende um pouco às famílias brasileiras, de origem portuguesa. No entanto, quando deparei, pela primeira vez, com este sobrenome, o achei muito curioso, e pensei em incluí-lo no Dicionário das Famílias Brasileiras.
Diante da quantidade de famílias brasileiras, originárias dos quatro cantos do mundo, fui obrigado a recuar-me de citar famílias que não tiveram passagem pelo Brasil.
Porém, nos verbetes que havia preparado, e que não publicamos, estavam:
PEDROSSEM – Sobrenome nobre em Portugal – ver Cem (v.s.).
CEM – Sobrenome nobre em Portugal. É famosa na história da cidade do Porto, Pedro Ossem, Pedro Ocem, ou Pedro Cem (por todos estes nomes o tenho visto escrito). É tradição que a torre ameiada que ainda existe bem conservada (servindo parte dela de cozinha) nas trazeiras do palácio dos senhores Brandões, da Torre da Marca, do Porto, depois dos senhoresmarqueses de Monfalim, foi construída pelo legendário Pedro Cem. Era o dito Pedro Cem, casado com D. Antônia Micaela Fraga, e morava na rua Nova, na freguesia de São Nicolau, no Porto. Faleceu ele em 09.02.1775, havendo professado na Ordem Terceira de S. Francisco da cidade do Porto, a 02.08.1717, com seus pais Vicente Pedro e Brígida Maria da Silva, que faleceram – ele em 09.02.1748, e ela em 30.08.1747. Teve dois filhos – Luiz Pisser, que professou na dita Ordem Terceira em 31.03.1719, falecendo a 03.12.1730, e Vicente Pedrossem da Silva, que foi fidalgo da Casa Real, cavaleiro professo da Ordem de Cristo, que deixou geração, por onde segue o sobrenome [Pinho Leal – Dicionário, VI, 47, 198].
Julqguei que poderia ser interessante lhes enviar estas notas - as quais vocês devem te-las ampliadas por mil - para poder citar áquela fonte:
Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de Pinho Leal, fez publicar, no séc. XIX, seu PORTUGAL ANTIGO E MODERNO - Diccionário Geográphico, Estatístico, Chorográphico, Heraldico, Archeologico, Historico, Biographico e Etymologico.
É uma obra que não vejo muito ser citada nas mensagens do GP. Não tenho opinião formado sobre a credibilidade do autor em seus estudos genealógicos. Vi, pelo menos, 4 citações, com encadeiamentos genealógicos, sobre esta família Pedrossem, Sem, Cem, Dossem, etc.
Pelo menos, duas delas, no volume VI, págs. 47, 198.
Espero que estas informações possam ser de alguma utilidade
Pinho Leal, também cita Armas, para esta família: um escudo em campo de ouro, um leão de vermelho; orla azul, carregada de oito vieiras de prata. Elmo: de aço, aberto. Timbre: o leão das armas, com uma das vieiras sobre a cabeça [Pinho Leal – Dicionário, VI, 198].
Nota: a cor do campo, difere da obra Dicionário das Famílias Portuguesas, de autoria de D. Luiz de Lancastre e Távora, 2.ª edição, 1999, pág. 321, verbete SEM.
Cau Barata
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RE: familia dossem
Caro Carlos Barata
Apreciei e agradeço as suas anotações. Penso que compreendeu que o meu interesse pela família SEM (ou como queiramos chamar-lhe) é, pelo menos por enquanto, "lateral".Vou registando, como em tantos outros casos relativos a famílias estrangeiras, os factos (falecimentos,casamentos, baptisados) que casualmente encontro nos arquivos quando pesquiso a minha família. Tenho "fragmentos", não um estudo. Relendo o que V. me diz e comparando com as notas que transcrevi ao António Sem, vejo que andei perto da verdade quando afirmei que as minhas notas deviam abranger duas, ou talvez três, gerações de "Sens" .Quanto ao Pinho Leal, admiro o enorme esforço que a sua obra representou, em época de informações tão dispersas, mas leio-o com a reserva aconselhada: por exemplo, quase tudo quanto lá vem sobre os meus antepassados Newel/Neuel, a que sempre chama Neville, é ... pura lenda nobilitante !
Um abraço.
A "despropósito" : Tem alguma notícia da família Amsinck, que se estabeleceu em Santos ?
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RE: familia dossem
CARLOS EDUARDO DE ALMEIDA BARATA
Rio de Janeiro, 16.09.2001 - 19:50
ALLEN - Imagino que esteja procurando os descendentes de João Francisco Allen (1781, Viana do Castelo - 1848, Porto), que deixou geração do seu casamento, ocorrido em 1823, com D. Leonor Carolina Amsinck, filha do Cônsul de Hamburgo, no Porto, Rodolfo Amsinck, de quem houve quatro filhos: 1) Eduardo Augusto Allen (Porto, 1824 - ); 2) Alfredo Allen - Visconde de Vilar d'Allen por Dec. de 13 de Janeiro de 1866, e notável enólogo.; 3) Adelaide Maria Allen e o escritor João Allen (1840, Porto -).
Em meus apontamentos, por hora, nada encontrei. Infelizmente, um dos grandes conhecedores das famílias de Santos, o genealogista Luiz carlos Sampaio de mendonça, faleceu há cerca de 1 ano, e seu valioso arquivo, ainda em vida, havia ficado depositado em residência de sua esposa, depois que faleceu. Desconheço hoje o seu paradeiro.
Talvez vale uma tentativa com o genealogista Marcelo Meira do Amaral Bogaciovas, um dos grandes na São Paulo de hoje, com muitas viagens à Portuga, para pesquisar na Torre do Tombo, e fundador da Associação Brasileira de Pesquisadores de Históeria e Genealogia (ASBRAP), com seis excelentes publicações.
Na próxima semana, vai lancar o 'setimo volume:
COQUETEL DE LANÇAMENTO DA REVISTA DA ASBRAP Nº 7:
A ASBRAP tem o prazer de convidar associados e amigos para o lançamento, seguido de coquetel, da Revista da ASBRAP nº 7:
Dia 27 de setembro (quinta-feira), das 19:30 às 21:30 horas.
Local: Associação Paulista de Medicina: Av. Brigadeiro Luís Antônio, 278- 11º andar- Centro, São Paulo.
Telefone do Marcelo Bogaciovas: 00 55 11 2413627
Endereço: Rua Dr. Cid de Castro Prado, 79
Planalto Paulista - São Paulo, SP
CEP; (??)
Endereço da ASBRAP: ASBRAP: São Paulo, Av. Brigadeiro Luiz Antonio, 1910 / 112-E – Bela Vista.
No da 19, na mesma instituição, haverá uma palestra sob o título:
Teoria da História e tendências contemporâneas(século XX) e suas relações com a Genealogia.
Palestrante: Marcos Antonio Lopes Veiga.
Data e horário: 19 de setembro de 2001 (quarta-feira), às 19:30 horas.
Atenciosamente
SITË: www.asbrap.org.br
Quanto a Família Allen, houve no Brasil, uma com este sobrenome: estabelecida na Cidade do Rio de Janeiro, procedente de John Charles Allen, nascido na Grã-Bretanha, por volta de 1784. Filho de Henry Allen e de Eugenie. Passou ao Rio de Janeiro, onde casou em 1809, com Luiza Francisca Romanete, nascida na freguesia de Santa Isabel, Lisboa
Cau Barata
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RE: familia dossem
Boa tarde, Sr. Allen
Relativamente à minha mensagem inicial (14-09-2001) quero fazer uma necessária correcção:
Por lapso, mencionei o pintor Álvaro Lapa como sendo o actual conde da Lapa, quando o correcto é ser o conde da Lapa, e também pintor, D. Manuel de Almeida Melo e Castro (Manuel Lapa).Para que conste.
Cumprimentos.
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