Tamengos
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Tamengos
Caros Confrades
Procuro obter informação possível sobre uma quinta localizada em Tamengos-Aveiro.
Em assento de casamento datado de 1790, é referido o mesmo se ter realizado no Oratório da Quinta de D. Cristova Cabral Arez.
Com os meus antecipados agradecimentos
Luís Faria de Sousa
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RE: Tamengos
Caro Luís Faria de Sousa
Desconheço se esta quinta foi pertença desse D. Cristova Cabral Arez, mas pondere ter sido realizado o dito casamento no oratório do chalet da antiga Quinta da Curia, hoje Hotel da Curia.
Cumprimentos
Zé Maria
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RE: Tamengos
Caros Confrades
Relativamente à minha mensagem inicial e para que não surjam dúvidas, gostaria de esclarecer que "A" proprietária da quinta em questão era Dona Cristova (não estará mal escrito, pois como tal é referida no assento) Cabral Arez.
Cumprimentos
Luís Faria de Sousa
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RE: Tamengos
Caro José Maria Ferreira
Obrigado pela sugestão enviada. Irei averiguar sobre esta hipótese.
Com os meus cumprimentos
Luís Faria de Sousa
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RE: Tamengos
Não conheço essa D. Cristova que refere, mas existe ainda hoje uma quinta em Tamengos conhecida como Quinta dos Cabrais, a qual, se não estou em erro, foi adquirida pela C.M. Anadia. Incluia um palacete do século XVII demolido pela refeirida câmara por estar em cima da estrada (Albuquerques) e uma casa também antiga mas mais retirada para o interior da quinta, que era a casa dessa família Cabral Arez. Estes Albuquerques são os mesmos da Casa da Ínsua, em Penalva do Castelo.
Cumprimentos.
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RE: Tamengos
Caro Confrade Álvares
A informação que fez o favor de me enviar, será sem dúvida a que procurava.
Muito obrigado pela sua disponibilidade.
Com os meus melhores cumprimentos
Luís Faria de Sousa
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RE: Tamengos
Caros confrades,
A quinta que, em 1790, pertencia a D. Cristóva Cabral Arez era realmente a Quinta dos Cabrais, uma das quintas principais da freguesia de Tamengos. Sei alguma coisa sobre a história local.
A quinta em questão era ainda conhecida, em finais do séc. XVIII, como a Quinta do Capitão-Mor, nome que lhe vinha do avô de D. Cristóva, o capitão-mor Pedro de Barros Sobrinho, que foi também vereador na cidade de Coimbra. Este capitão Pedro de Barros Sobrinho, nascido c. 1643 em Tamengos, era filho do capitão Agostinho Jorge Sobrinho, natural de Pedrulha. Tudo indica que herdou a quinta de sua mãe, Bárbara de Barros, filha e herdeira, por sua vez, de Francisco Vaz de Barros, uma e outro naturais de Tamengos. A família ancestral da quinta, portanto, seria esta família Barros.
Em 1679, Pedro de Barros Sobrinho casou, na antiga igreja paroquial de Tamengos, com D. Helena Cabral Arez, natural no lugar de Lavarrabos, perto de Coimbra, onde a sua família possuía uma quinta. Era filha de António Cabral Arez, natural de Coimbra, que viera morar para Lavarrabos juntamente com seus pais, Bernardo Cabral Arez e Helena Monteiro da Cunha, ambos naturais de Coimbra e avós paternos de D. Helena. A mãe de D. Helena (mulher de António Cabral Arez) era D. Maria, filha de João Fernandes Sobrinho, da vila de Eiras. Todos os ascendentes familiares de D. Helena Cabral Arez se situavam, portanto, em Coimbra ou nas suas proximidades.
Não sei por que razão o casamento Pedro de Barros se realizou em Tamengos, em vez de se realizar na paróquia de origem de D. Helena. Talvez isso se relacione com o facto de D. Helena ser já viúva de um primeiro casamento com Simão de Torres, capitão-mor de Adémia, de quem tinha um filho Bernardo e uma filha Luísa. E não será também muito arriscado imaginar que o segundo casamento, em Tamengos, se ficou a dever a alguma relação de parentesco entre a mãe (D. Maria) e o avô de D. Helena pelo lado materno (João Fernandes Sobrinho) com o pai e o avô de Pedro de Barros (ambos de nome Agostinho Jorge Sobrinho).
D. Helena conservou os apelidos Cabral Arez, de seu pai, e foram eles que passaram à descendência como nome preponderante de família, combinado com outros (Barros, Silveira, Belmonte, Amaral, etc). Não obstante, a quinta, depois da morte de Pedro de Barros (em avançada idade, pois em 1720 ainda era vivo), continuou a ser designada como a Quinta do Capitão-Mor. Só no séc. XIX, talvez na época em que a habitavam os dois irmãos Caetano e Inácio Cabral Arez e em que foi centro local do liberalismo anti-miguelista, passou a ser conhecida como a Quinta dos Cabrais. E esse nome conservou-se até hoje.
D. Cristóva Cabral Arez, que abriu este tópico, era neta de D. Helena, por via de seu pai, Caetano Calixto Cabral Arez, e conservou ligações à família de sua avó. Em 1755 casou com Luís Mendes Barreto de Carvalho, que era filho de Luís Mendes Barreto e de D. Maria Teresa Tavares e Vilhena. Este Luís Mendes Barreto, sogro de D. Cristóva, suponho que é o mesmo Luís Mendes Barreto que foi casado com Luísa, filha de D. Helena Cabral Arez e do seu primeiro marido, o capitão-mor da Adémia, como disse acima. A ser isto verdade, Luís Mendes Barreto começou por ser genro de D. Helena, enviuvou, casou de novo e acabou sendo sogro de D. Cristóva.
A família Cabral Arez extinguiu-se em Tamengos já no séc. XX. Na sua quinta ficaram duas casas, uma antiga, aparentemente do séc. XVII, junto à rua central da aldeia, e outra maior, mais recente (talvez do séc. XIX), no interior da quinta. Toda a propriedade foi adquirida pela Câmara de Anadia, que, segundo o artigo 5.º do Regulamento do Plano de Pormenor aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 49/96, de 28 de Março (publicada no Diário da República em 22 de Abril de 1996), deveria assegurar a “reabilitação do conjunto arquitectónico da Quinta dos Cabrais”.
A actual Câmara de Anadia desincumbiu-se da sua obrigação de assegurar a “reabilitação do conjunto arquitectónico da Quinta dos Cabrais” demolindo, inopinadamente, as duas casas da quinta e o muro circundante. A demolição, que destruiu visualmente toda a memória histórica ligada à velha quinta e ao centro de Tamengos, não se fez por causa da estrada, pois no lugar da casa antiga (a outra ficava no interior da propriedade) ergueu-se uma construção nova, encomendada pela Câmara. O mérito arquitectónico desta construção poderá ser apreciado “in loco”. Não sei a que se destina o edifício, mas com certeza a sua utilidade seria a mesma se se situasse em qualquer outro local da quinta, por onde foram abertos novos arruamentos.
Aproveito para acrescentar que este caso nenhuma relação tem com a antiga quinta dos Albuquerques, também situada na freguesia de Tamengos mas um pouco mais para poente, no lugar de Horta (e não num “fresco vale que dá para o mar”, como se lê em “Albuquerques da Beira”, pág. 44, nota). Esta propriedade – a “quinta de Horta” – está nesta família desde pelo menos o início do séc. XVII. Segundo “Albuquerques da Beira”, pág. 42, pertenceu a Diogo Pereira e D. Maria de Albuquerque. Este casal teve um filho abade e quatro filhas freiras, ficando a quinta para um sobrinho, Diogo de Albuquerque, nascido em Coimbra em 1628, filho de Rodrigo de Albuquerque e Castro e de D. Maria Toscano. Diogo de Albuquerque casou em 1665, na capela da quinta de Horta (e não em Coimbra, como se lê em “Albuquerques da Beira”, pág. 43), com D. Escolástica da Paz, de quem não teve filhos. A quinta passou então para Francisco de Albuquerque e Castro, seu irmão, cuja movimentada carreira nas armas não o impediu de permanecer algumas temporadas em Horta. Entre os seus muitos afilhados locais, conta-se um, Francisco, filho do capitão-mor Pedro de Barros e D. Helena Cabral. A quinta permaneceu na família até há poucos anos, embora pouco habitada. A casa está muito arruinada e da capela julgo que nada resta. Mantêm-se, porém, os vinhedos, que formam algumas das mais belas encostas daquelas paragens.
Tanto a Quinta dos Cabrais como as demais propriedades da freguesia estiveram submetidas até 1834 ao senhorio directo do Cabido da Sé de Coimbra, por força do coutamento, feito por D. Afonso Henriques em 1140, das terras de Horta, Mata, Tamengos e Aguim. No último tombo promovido pelo Cabido, em 1791, para destrinça e encabeçamento dos foros que lhe eram devidos, a quinta vem descrita nos seguintes termos:
“Bens de Dona Christova Cabral Arés veuva de Tamengos.
Possue huma quinta no lemite de Tamengos que consta de cazas de sobrado cazas terreas pomar serventias e logradouros vinhas e terras lavradas com suas arvores de fruto e sem elle que tudo parte do Nascente com Rua publica que vai de Tamengos para o Espinhal the chegar ao olival de Roque Jose deste lugar de Tamengos donde volta para o Poente partindo do Norte com olival terra e vinha do dito Roque Jose e vinha de Antonio de Castro e Menezes de Sam Martinho de Sal Reu. E dahi volta para o Norte partindo do Nascente com o dito Antonio de Castro e Menezes e vai athe chegar ao Carreiro de pé que vem da Mata para Aguim e dahi volta para o Poente partindo do Norte com terra de Jose Ferreira da Fonte de Aguim e com Luis Fernandes Gomes do Espinhal tudo terra de outro cazal e vai athe chegar a Tapada de Dionizio da Costa Brandam da vila de Cantanhede E dahi continua para o mesmo Poente partindo do Norte com Tapada do dito Dionizio da Costa Brandam e com vinha de Luis Fernandes Gomes do Espinhal the chegar a testada da terra de Manoel Francisco Bandeira de Tamengos. E dahi voltaram para o Sul partindo pelo Poente com terra do dito Manoel Francisco Bandeira e vinha de Luis Fernandes Gomes do Espinhal e de Luiza solteira e do Alferes Antonio Pereira da Mata e Manoel Simois veuvo do mesmo lugar que todos pertencem a este cazal e vai athe chegar a deveza do Murtal. E dahi voltou para o Nascente partindo do Sul com Antonio Francisco Ruivo e seo filho Jose Francisco Ruivo ambos de Tamengos. E dahi voltou para o Sul partindo pelo Poente com Jose Francisco Ruivo the chegar ao Rego que recebe as agoas que vem da quinta de Horta para Tamengos e para esta mesma quinta. E dahi voltou para o Nascente partindo do Sul com currais serventias e logradouros de Marianna Rolla de Tamengos e vai athe chegar ao canto do muro da mesma quinta e dahi voltou para o Sul e vai athe chegar ao quintal de Dionizio da Costa Brandam partindo do Poente com quintal de Antonio de Castro. E dahi voltou para o Nascente partindo pelo Sul com quintal do dito Dionizio da Costa Brandão e vai athe chegar ao canto do muro e Rua publica que vai do dito lugar de Tamengos para o Espinhal donde principiou a mediçam deste cazal partindo tambem pelo Sul com pardieiros de Manoel Pereira de Tamengos de que ha de pagar de foro em cada hum anno que pelos louvados lhe foi repartido tres alqueires e duas maquias de trigo e dois alqueires e tres maquias de sevada.”
Já devem ser muito poucas as pessoas, em Tamengos, capazes de identificar os nomes e os locais aqui mencionados. Algumas famílias desligaram-se há muito da freguesia (como a família Castro e Lemos, a que pertencia António de Castro e Menezes). Outras, a maioria, continuaram lá estabelecidas, mas vão rareando. Possa este Forum contribuir para que estas velhas paragens não se tornem, definitivamente, lugares sem memória.
José Queiró
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RE: Tamengos
Caro Confrade José Queiró
Não pode imaginar o misto de surpresa e contentamento com que me inteirei da extensa e preciosa informação que colocou neste tópico que abri.
Ainda não consegui entroncar esta Senhora (D.Cristóva) na minha ascendência, pois á data as minhas pesquisas apenas alcançaram o casamento (celebrado em 1790 no oratório da dita quinta dos Cabrais) do Capitão Domingos Pessoa de Barros com D. Maria da Nazaré Cabral Arez da Silveira e S. Paio (no assento).
Fiquei no entanto entristecido por saber que e a forma como as casas que refere foram demolidas, pois tinha alguma esperança em poder fotografa-las para meu arquivo documental.
Fica mais uma vez patente que os interesses materiais, neste mundo em que vivemos, teimam em prevalecer face aos de índole histórico-cultural.
Permita-me no entanto que lhe pergunte se tem conhecimento da existência de alguma monografia sobre Tamengos e/ou registos fotográficos onde estejam preservados memórias da localidade/região e da quinta dos Cabrais.
Renovando os meus agradecimentos, envio-lhe os meus melhores cumprimentos.
Luís Faria de Sousa
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RE: Tamengos
Caro Confrade Luís Faria de Sousa,
Julgo, mas não posso confirmar neste momento, que D. Maria da Nazaré Cabral Arez era filha de D. Cristóva. Os dois irmãos Caetano Cabral Arez e Inácio Cabral Arez, a que me referi na mensagem anterior, eram, por sua vez, filhos de D. Maria da Nazaré. Tinham ainda duas irmãs, D. Cristóva Leonarda e D. Rita. Presumo que uma destas Senhoras seja sua ascendente.
Da pouca literatura que existe sobre a freguesia de Tamengos, a obra com maior interesse e com maior informação histórica é “O Couto de Aguim”, do Dr. José Rodrigues, publicado em 1959. O seu autor foi um ilustre Advogado de Aguim, no tempo em que esta aldeia ainda fazia parte da freguesia de Tamengos. Hoje há duas freguesias, separadas pela antiga estrada nacional, dando remédio a rivalidades muito antigas. O Couto de Aguim é precisamente o que foi instituído no séc. XII e que abrangia toda a antiga freguesia (Horta, Mata, Tamengos e Aguim).
Não conheço fotografias das casas da Quinta dos Cabrais, mas é natural que existam. Eu não as tirei, porque supunha que iam ser recuperadas, como determinava o Plano de Pormenor. Se descobrir alguém que as possua, dar-lhe-ei notícia. Talvez a Cãmara de Anadia, na preparação do Plano de Pormenor, tenha fotografado as casas de Tamengos. Sempre lhe adianto, porém, que a casa mais antiga, além de degradada, era de modestas proporções e não tinha pedra de armas (talvez nunca tenha tido), nem capela própria. O seu interesse estava na fachada nobre, virada à rua, muito evocativa do passado da quinta.
Cumprimentos muito cordiais.
José Queiró
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RE: Tamengos
Caro Confrade José Queiró
Os seus conhecimentos vão com toda a certeza ajudar-me imenso nas minhas pesquisas (no Arquivo Distrital de Aveiro começam a ter dificuldade em localizar os assentos de baptismo e casamento garantes da pesquisa destes meus antepassados) e por isso lhe estou muito grato.
Contudo quer o assento de casamento de D. Maria da Nazaré, quer o de baptismo da sua filha Maria Paula, em cuja descendência me entronco, (mais uma irmã de Caetano, Inácio, Cristóva Leonarda e Rita? ), referem a sua filiação em Bernardo Cabral Arez e em sua mulher D. Inês Maurícia da Silveira e S.Paio ( de Aguim).
As testemunhas do citado casamento foram Francisco e António Pessoa de Mogofores; sendo que mais tarde o padrinho de baptismo de Maria Paula foi precisamente Francisco Pessoa de Barros, aí referido como tio da baptizada, bem como o facto da madrinha ter sido Nossa Senhora do Rosário, por quem então tocou, Bernarda mulher de António Pessoa, de Mogofores, tia por afinidade (constata-se assim a ligação).
Será que estes dados o poderão ajudar-me a esclarecer esta geração?
Curioso é igualmente o facto dos nomes se manterem na família geração após geração; o meu bisavô e um dos seus irmãos (netos de Maria Paula, por sua filha Maria Lúcia) chamavam-se respectivamente Caetano e Inácio.
Ficarei a aguardar notícias suas.
Permita-me que com amizade, lhe envie os meus cumprimentos
Luís Faria de Sousa
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RE: Tamengos
Caro Confrade Luís Faria de Sousa,
Não é impossível que haja, na mesma época, mais do que uma D. Maria da Nazaré (primas, por hipótese). A mãe do Dr. Inácio Cabral Arez da Silveira Barros aparece-me referida como D. Maria da Nazaré Cabral Arez de Belmonte, e o pai como Domingos de Barros da Silveira. Não há, portanto, coincidência exacta de nomes com os pais de D. Maria Paula. No Arquivo de Aveiro existem com certeza elementos que permitirão reconstituir estas ligações familiares, que eu não conheço exaustivamente. Mas não deixarei de o informar do que puder descobrir. O tópico continuará aberto e servirá, se achar bem, de ponto de contacto.
Cumprimentos muito amigos.
José Queiró
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RE: Tamengos
Caro José Queiró,
tem toda a razão, quanto à não existência de relação entre os Albuquerques e a Quinta dos Cabrais. Foi lapso meu.
Consultei, entretanto, o "Inventário Artístico de Portugal - Distrito de Aveiro - Zona Sul", de A. Nogueira Gonçalves, donde retiro que os apelidos pelo quais a família da quinta era últimamente conhecida eram "Cabral Caldeira do Amaral". Esta fonte refere ainda que na casa existente no interior da quinta se guardava um brasão seiscentista do apelido Couceiro. Teria este brasão sido retirado da casa seiscentista recentemente demolida?
Cumprimentos.
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RE: Tamengos
Caro Luís Faria de Sousa,
além do já referido pelo José Queiró, sugiro-lhe que consulte o Inventário Artístico de Portugal. Acho muito provável que lá encontre fotografia da casa seiscentista e talvez até do brasão de Couceiros.
Cumprimentos.
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RE: Tamengos
Caro Confrade Alvares
Obrigado. Vou seguir o seu conselho. Espero ter sucesso.
Com os meus cumprimentos
Luís Faria de Sousa
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RE: Tamengos
Caro Alvares
Estive hoje na Biblioteca Nacional a consultar o volume VI da obra que me aconselhou. Acontece que apenas uma das estampas é a de uma casa em Tamengos, mas sem referência alguma que a permita identificar; será que (conhecedor da obra) a pode identificar? Ficaria muito grato.
Com os meus cumprimentos
Luís Faria de Sousa
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RE: Tamengos
Caro Alvares
Estive hoje na Biblioteca Nacional a consultar o volume VI da obra que me aconselhou. Acontece que apenas uma das estampas é a de uma casa em Tamengos, mas sem referência alguma que a permita identificar; será que (conhecedor da obra) a pode identificar? Ficaria muito grato.
Com os meus cumprimentos
Luís Faria de Sousa
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RE: Tamengos
Caro Luís Faria de Sousa,
sim, a casa que aparece no canto inferior esquerdo da estampa dedicada à freguesia de Tamengos é efectivamente a casa seiscentista da Quinta dos Cabrais, demolida há pouco tempo pela C.M.Anadia.
Cumprimentos,
Luís Seabra Lopes
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RE: Tamengos
Caro Luís Seabra Lopes
Muito obrigado pelo seu esclarecimento.
Com os meus melhores cumprimentos
Luís Faria de Sousa
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RE: Tamengos
Caro Confrade José Queiró
Quase dois anos depois, volto a contactá-lo sobre os Cabrais de Tamengos.
Consegui "avançar", comprovando-o documentalmente, por toda a linha que me liga a D. Helena Cabral Arez e a Pedro de Barros Sobrinho.
Infelizmente no ADAveiro, os registos paroquiais de Tamengos só "vão" até 1658.
Uma vez que os seus conhecimentos "vão para além" do Capitão Pedro de Barros Sobrinho, gostaria de lhe solicitar as "fontes" a que recorreu para obter as informações que então, tão amávelmente me enviou.
Adianto, que em Setembro visitei Tamengos e ...bom, não consegui entender (ou talvez tenha entendido...) a pressa (que sei que houve) na demolição das casas da Quinta, para edificarem aqueles "caixotes" (quase vazios, se não mesmo vazios)rodeados de parques de estacionamento (?) e...mato(!).
Vou ficar a aguardar notícias suas.
Cordialmente
Luís Faria de Sousa
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RE: Tamengos
Caro Confrade
Nas dados que então me enviou refere como avô materno de D. Helena, João Fermandes Sobrinho.
Na Habilitação de Genere de um filho de D. Helena, recolhi informações sobre D. Maria da Costa (mãe de D. Helena), mas nada relativamente à progenitura desta.
Luís Faria de Sousa
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RE: Tamengos
Caro Confrade
Desculpe a insistência, mas vou "puxando" o assunto na esperança que o encontre.
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RE: Tamengos
Caro Luis Faria de Sousa:
Calculando que lhe possa interessar o registo de casamento em S. João de Santa Cruz, cidade de Coimbra de:
- Bernardo Cabral de Ares, filho do doutor António Sebastião e de sua mulher Joana Ares, casou em 16.5.1611 com Helena Monteiro de Brito, filha de António Serrão e de sua mulher Isabel Cerveira.
Cumprimentos e Bom Ano de 2009.
António Taveira
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RE: Tamengos
Caro Confrade António Taveira
As minhas desculpas por só agora agradecer a sua intervenção.
Grato pela informação que fez o favor de me enviar.
Envio-lhe os meus melhores cumprimentos e Votos de um Excelente Ano.
Luís Faria de Sousa
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RE: Tamengos
Caro Luis Faria de Sousa:
Agradeço os seus votos de um bom ano.
Os Ares de Coimbra, com A grande, pois com os outros serão os locais os principais interessados, são por mim estudados há mais de uma década, reunindo alguma documentação sobre eles. Interessam-lhe?
Cumprimentos
António Taveira
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RE: Tamengos
Caro Luis Faria de Sousa:
Presumindo que lhe possa interessar cá vão mais dados de "Cabral de Ares":
Joana Ares. Casou com o doutor António Sebastião. Joana de Ares faleceu em 5.1.1625, em S. Cruz, já viúva, com testamento, sendo sepultada no mosteiro dos Marianos, sendo testamenteiro o filho Sebastião Cabral. FILHOS:
- Maria. Baptizada em S. Tiago em 7.8.1575. Padrinhos Estevão Ares e Maria Cabral mulher de Francisco Correia, meirinho.
- Sebastião Cabral.
- Bernardo Cabral de Ares que casou em 16.5.1611 em S. Cruz com HelenaMonteiro de Brito, filha de António Serrão e de sua mulher Isabel Cerveira.
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RE: Tamengos
Caro Confrade António Taveira
Obrigado pelos dados enviados.
A minha pesquisa tem sido algo frustante por não conseguir localizar o casamento do Dr. António Sebastião (nat. de Casal Vasco-Viseu, fº de Sebastião Gonçalves, conforme consta no ficheiro de matrículas na UC / 1751).
Numa árvore que por via familiar chegou às minhas mãos, copiada em 1925 por D. Fernando de Távares e Távora, de um livro manuscrito que existiu na (hoje demolida) casa da Quinta dos Cabrais em Tamengos, o supracitado Dr. é referido como António Sebastião de Figueiredo.
Nessa mesma árvore D. Joana Arez é dada como natural de Coimbra.
A minha ascendência vai até eles por seu filho Bernardo Cabral Arez.
Aos filhos do casal que mencionou, acresce João Cabral da Costa que segundo a mesma árvore, morreu na Índia onde prestou relevantes serviços (que também ainda não consegui referenciar).
Ficarei a aguardar qualquer outra possível informação que queira e possa transmitir-me sobre este assunto.
Com os meus melhores cumprimentos
Luís Faria de Sousa
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RE: Tamengos
Caro Confrade
Apenas uma correcção à minha anterior mensagem, deverá "ler" António Cabral da Costa e não João Cabral da Costa.
LFSousa
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RE: Tamengos
Caro Luis de Faria e Sousa:
Ainda não consegui entroncar a Joana Ares, é esta a grafia usada em Coimbra no século XVI, na famíla Ares que tem algum destaque naquela cidade. O mais antigo é um Gomes D'Ares, ou Gomes Ares, escudeiro e cidadão, nascido cerca de 1480 e falecido cerca de 1530, que parece ter casado três vezes, a última das quais com uma Ana Lopes Sodré. O apelido é, segundo me parece um patronímico do nome próprio Ares, variante menos vulgar em Portugal do nome Aires, o que pode indiciar uma origem espanhola ou talvez galega. A Joana Ares terá trazido à sua descendência, para além do apelido que usou, Cabral e Costa. E é pela confusão destes apelidos na segunda metade do século XVI em Coimbra que tem demorado a descobrir a sua filiação. A linha que melhor tenho estudado, é dessa que descende minha mulher, é a do filho daquele Gomes Ares, Estevão Ares. No casamento duma filha deste último (do seu terceiro casamento - também ele casou três vezes - aliás é comum nesta família enviuvarem cedo e voltarem a casar) foram testemunhas Bernardo Cabral (Ares) e André Cabreira de Mendonça (este era genro de Estevão Ares e cunhado da noiva, D. Antónia Ares Pessoa).
Encontrando algo de novo em breve lhe darei notícias.
Cumprimentos
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RE: Tamengos
Caro António Taveira
Relativamente a Joana Ares, tenho vindo a assumir que seus pais terão sido o Licenciado Gaspar Nogueira e Leonor Cabral.
Esta minha "afirmação" decorre do que "achei" em três assentos de baptismos realizados em Santa Cruz, a saber:
- em 1568, foi madrinha Lianor (sic) Cabral mulher de Gaspar Nogueira,
- em 1569, foi padrinho Gaspar Nogueira e madrinha Joana dares (sic) filha de
Gaspar Nogueira,
- em 1578, foi madrinha Joana Arees (sic), filha que foi do Licenciado Gaspar
Nogueira.
LFSousa
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RE: Tamengos
Caro Luis Faria de Sousa:
Mando-lhe um resumo dos Ares do século XVI que entronquei em Gomes Ares. Espero que juntando informação que possua, consigamos avançar na percepção desta família:
1- Gomes Ares, cidadão de Coimbra e escudeiro, já casado com Ana Lopes Sodré em 1516. Terá nascido cerca de 1480. Faleceu entre 1526 e 1531. Ana Lopes parece ter sido a terceira mulher de Gomes Ares. Tiveram:
1.1- Joana Ares c. c. Simão da Costa, x. v. Sem geração. Terá nascido cerca de 1510 ou antes, talvez dum casamento anterior do pai.
1.2- João Ares c.c. Joana da Costa, x.v. João Ares foi cidadão de Coimbra. Conjuntamente com sua cunhada Ana Brandão apadrinham em Novembro de 1568.
1.2.1- Luísa de Ares c.c. Fernão Pinto, escrivão do Fisco.
1.2.2- Justa da Costa casou em S. Bartolomeu em 13.4.1567 com o licenciado Henrique da Rede, x.n., filho do licenciado Diogo Rodrigues. Henrique da Rede teve de Filipa Duarte uma Maria da Costa, x.n., presa pela S. Ofício em 1619, moradora na Redinha, casada com João Ares Cabral.
1.2.2.1- Ana da Costa Ares, 1ª m. de seu primo Vicente Ares Sodré
1.3- Susana. Nascida em 1518.
1.4- Catarina Ares. Nascida em 1520. Casou com Estevão da Costa. Casou 2.ª vez com o licenciado Diogo Rodrigues.
1.5- Estevão Ares, cidadão dos principais da cidade de Coimbra, e que nela serviu todos os cargos honrados. x.v. Casou 1.ª vez com Ilária de Pina. Casou 2ª vez com Ana Brandão, x.n., filha de Miguel Vaz, almoxarife, e sua mulher Guiomar
Brandão, já viúva do Dr. Cosme Lopes. Do primeiro casamento, Ana Brandão teve uma filha, Joana Brandão, que dita enteada de Estevão Ares e conjuntamente com o padrasto, apadrinham uma criança em Novembro de 1574. Ana Brandão foi presa pela S. Ofício em 31.10.1567. Casado 3ª vez, em S. Bartolomeu em 23.4.1582 com D. Francisca Pessoa Bonicho, de Arazede, filha de Tomé Bonicho e de sua mulher Antónia de Aguiar da Fonseca, neta materna de Jácome de Aguiar e de sua mulher Isabel Beliagoa, de Montemor o velho. Estêvão faleceu em 1.8.1602, em Arazede, sendo sepultado em sepultura própria.
Teve da 1.ª mulher:
1.5.1- filha. Nascida em 1553.
1.5.2- Manuel. Nascido em 1563.
Teve da 2.ª mulher:
1.5.3- Agostinho. Nascido em 1565..
1.5.4- Gomes Ares, faleceu solteiro. Nascido em 1566.
1.5.5- André. Nascido em 1569.
1.5.6- Vicência de Ares, de 50 anos, presa a 2.3.1620, ½ x.n., casada João de Parada, x. v. , de Tentúgal. Vivia em Coimbra com seus primos, Diogo Lopes de Sequeira e suas irmãs. Sem geração.
1.5.7- Vicente de Ares Sodré. Almoxarife na comarca de Pinhel, morador em Ranhados, onde fez a ermida de S. António. Casou 1ª vez com Ana da
Costa Ares, x.n. Proc. 5997 da Inquisição de Coimbra de 1623. Cartas de quitação
de D. Filipe I (liv.5 f.ª 259 v.) e D. Filipe II (liv. 3 f.ª 257 v. e liv.4 f.ª 201 v.)
1.5.7.1- Justa da Costa mra. Coimbra. Casada com Sebastião Cabral. Casou 2ª vez em 20.2.1593 em S. Cruz com Maria da Fonseca, x.n., filha legítima de Tomás da Fonseca, em casa do pai da noiva.
1.5.7.2- Estevão de Ares da Fonseca, morador em Ranhados, de 26 anos c. c. Isabel
Tomás
1.5.7.3- D. Luísa, solt.ª
Casado 3.ª vez com Maria Henriques, x. n., s.g.
1.5.8- Frei Luís de Ares, frade de S. Domingos. Nasceu em 1575.
1.5.9- Estevão de Ares que foi para a Índia, onde casou e lá morreu sem filhos.
Estevão de Ares teve da 3.ª mulher, D. Francisca Pessoa Bonicho:
1.5.10- D. Antónia casada com Luís de Sá Sotomaior, ¼ x.n., filho de António Correia
de Sotomaior. Luís de Sá teve proc. 615 da Inquisição de Coimbra de 1621. Mrs. Coimbra. Nascida em 1587.
1.5.11- Brites de Ares casada com André Cabreira de Mendonça, de Coimbra. Sem geração.
1.5.12- Maria Pessoa. Nascida em 1585.
1.5.13- João Pessoa. Nasceu 1590.
Isabel Ares, casada com Jorge Pires, é madrinha em S. Cruz em 18.4.1557.
"DESENTRONCADOS":
****JOANA ARES, que pela sua informações é filha do Licenciado Gaspar Nogueira (já falecido em 1578) e de sua mulher Leonor Cabral (esta poderia ser filha de Gomes Ares). Terá nascido cerca de 1550. Casou com o doutor António Sebastião. Joana Ares faleceu em 5.1.1625, em S. Cruz, já viúva, com testamento, sendo sepultada no mosteiro dos Marianos, sendo testamenteiro o filho Sebastião Cabral.
- Maria. Baptizada em S. Tiago em 7.8.1575. Padrinhos Estevão Ares e Maria Cabral mulher de Francisco Correia, meirinho.
- Sebastião Cabral.
- Bernardo Cabral de Ares que casou em 16.5.1611 em S. Cruz com Helena Monteiro
de Brito, filha de António Serrão e de sua mulher Isabel Cerveira.
- António Cabral da Costa (indicação por si fornecida)
****ANTÓNIA ARES. Madrinha em 1567.
Cumprimentos
António Taveira
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RE: Tamengos
++++++++++++++++++"Correcção à mensagem anterior"++++++++++++++++++
Caro Luis Faria de Sousa:
Mando-lhe um resumo dos Ares do século XVI que entronquei em Gomes Ares. Espero que juntando informação que possua, consigamos avançar na percepção desta família:
1- Gomes Ares, cidadão de Coimbra e escudeiro, já casado com Ana Lopes Sodré em 1516. Terá nascido cerca de 1480. Faleceu entre 1526 e 1531. Ana Lopes parece ter sido a terceira mulher de Gomes Ares. Tiveram:
1.1- Joana Ares c. c. Simão da Costa, x. v. Sem geração. Terá nascido cerca de 1510 ou antes, talvez dum casamento anterior do pai.
1.2- João Ares c.c. Joana da Costa, x.v. João Ares foi cidadão de Coimbra. Com sua cunhada Ana Brandão apadrinham em Novembro de 1568.
1.2.1- Luísa de Ares c.c. Fernão Pinto, escrivão do Fisco.
1.2.2- Justa da Costa casou em S. Bartolomeu em 13.4.1567 com o licenciado Henrique da Rede, x.n., filho do licenciado Diogo Rodrigues. Henrique da Rede teve de Filipa Duarte uma Maria da Costa, x.n., presa pela S. Ofício em 1619, moradora na Redinha, casada com João Ares Cabral.
1.2.2.1- Ana da Costa Ares, 1ª m. de seu primo Vicente Ares Sodré
1.3- Susana. Nascida em 1518.
1.4- Catarina Ares. Nascida em 1520. Casou com Estevão da Costa. Casou 2.ª vez com o licenciado Diogo Rodrigues.
1.5- Estevão Ares, cidadão dos principais da cidade de Coimbra, e que nela serviu todos os cargos honrados. x.v. Casou 1.ª vez com Ilária de Pina. Casou 2ª vez com Ana Brandão, x.n., filha de Miguel Vaz, almoxarife, e sua mulher Guiomar Brandão, já viúva do Dr. Cosme Lopes. Do primeiro casamento, Ana Brandão teve uma filha, Joana Brandão, que dita enteada de Estevão Ares e conjuntamente com o padrasto, apadrinham uma criança em Novembro de 1574. Ana Brandão foi presa pela S. Ofício em 31.10.1567. Casado 3ª vez, em S. Bartolomeu em 23.4.1582 com D. Francisca Pessoa Bonicho, de Arazede, filha de Tomé Bonicho e de sua mulher Antónia de Aguiar da Fonseca, neta materna de Jácome de Aguiar e de sua mulher Isabel Beliagoa, de Montemor o velho. Estêvão faleceu em 1.8.1602, em Arazede, sendo sepultado em sepultura própria.
Teve da 1.ª mulher:
1.5.1- filha. Nascida em 1553.
1.5.2- Manuel. Nascido em 1563.
Teve da 2.ª mulher:
1.5.3- Agostinho. Nascido em 1565..
1.5.4- Gomes Ares, faleceu solteiro. Nascido em 1566.
1.5.5- André. Nascido em 1569.
1.5.6- Vicência de Ares, de 50 anos, presa a 2.3.1620, ½ x.n., casada João de Parada, x. v. , de Tentúgal. Vivia em Coimbra com seus primos, Diogo Lopes de Sequeira e suas irmãs. Sem geração.
1.5.7- Vicente de Ares Sodré. Almoxarife na comarca de Pinhel, morador em Ranhados, onde fez a ermida de S. António. Casou 1ª vez com Ana da Costa Ares, x.n. Proc. 5997 da Inquisição de Coimbra de 1623. Cartas de quitação de D. Filipe I (liv.5 f.ª 259 v.) e D. Filipe II (liv. 3 f.ª 257 v. e liv.4 f.ª 201 v.)
1.5.7.1- Justa da Costa mra. Coimbra. Casada com Sebastião Cabral. Casou 2ª vez em 20.2.1593 em S. Cruz com Maria da Fonseca, x.n., filha legítima de Tomás da Fonseca, em casa do pai da noiva.
1.5.7.2- Estevão de Ares da Fonseca, morador em Ranhados, de 26 anos c. c. Isabel
Tomás
1.5.7.3- D. Luísa, solt.ª
Casado 3.ª vez com Maria Henriques, x. n., s.g.
1.5.8- Frei Luís de Ares, frade de S. Domingos. Nasceu em 1575.
1.5.9- Estevão de Ares que foi para a Índia, onde casou e lá morreu sem filhos.
Estevão de Ares teve da 3.ª mulher, D. Francisca Pessoa Bonicho:
1.5.10- D. Antónia casada com Luís de Sá Sotomaior, ¼ x.n., filho de António Correia
de Sotomaior. Luís de Sá teve proc. 615 da Inquisição de Coimbra de 1621. Mrs. Coimbra. Nascida em 1587.
1.5.11- Brites de Ares casada com André Cabreira de Mendonça, de Coimbra. Sem geração.
1.5.12- Maria Pessoa. Nascida em 1585.
1.5.13- João Pessoa. Nasceu 1590.
"DESENTRONCADOS":
****ISABEL ARESI, casada com Jorge Pires, é madrinha em S. Cruz em 18.4.1557.
****JOANA ARES, que pela sua informações é filha do Licenciado Gaspar Nogueira (já falecido em 1578) e de sua mulher Leonor Cabral (esta poderia ser filha de Gomes Ares). Terá nascido cerca de 1550. Casou com o doutor António Sebastião. Joana Ares faleceu em 5.1.1625, em S. Cruz, já viúva, com testamento, sendo sepultada no mosteiro dos Marianos, sendo testamenteiro o filho Sebastião Cabral.
- Maria. Baptizada em S. Tiago em 7.8.1575. Padrinhos Estevão Ares e Maria Cabral mulher de Francisco Correia, meirinho.
- Sebastião Cabral.
- Bernardo Cabral de Ares que casou em 16.5.1611 em S. Cruz com Helena Monteiro
de Brito, filha de António Serrão e de sua mulher Isabel Cerveira.
- António Cabral da Costa (indicação por si fornecida)
****ANTÓNIA ARES. Madrinha em 1567.
Cumprimentos
António Taveira
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RE: Tamengos
caro tmacedo
estou interessado em todos arez
por acaso ja leu o livro confraria de sao diogo sobre um caso de judaizantes em coimbra fala num estevao arez cristao velho casado com uma crista nova e com filhos arez o processo passou -se cerca de 1632-34
pode entrar em contacto comigo para o meu mail jorge_arez@hotmail.com
cumprimentos ao dispor
jorge arez da silva
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RE: Tamengos
Caro António Taveira
Grato pela extensa e preciosa informação que disponibilizou.
Esta semana tenciono (se me for autorizado, pois encontra-se em mau estado), consultar o processo da IC relativo a Justa da Costa (cc. Sebastião Cabral).
Em tempo voltarei a este tópico.
Com os meus melhores cumprimentos
Luís Faria de Sousa
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RE: Tamengos
Caro Jorge Arez da Silva:
Não li esse livro. Refere-se com certeza a esta mesma gente, cujos processos do Santo Ofício consultei. Vi, entre outros, os processos de Vicente de Ares, Vicência Ares e frei Luis de Ares. Os processos desses três filhos de Estevão Ares x.v., este há muito falecido, são de cerca de 1620-1630. Onde posso encontrar o livro? Quem é o autor? Qual a editora? Tenho muito interesse nessa consulta para melhor perceber o enquadramento de todas essa pessoas naquela época.
Estes, de Coimbra, assinam "Ares" ou "dares". Só a partir de meados do século XVII é que aparece a grafia Arez.
Muito obrigado pela sua intervenção.
Melhores cumprimentos.
António Taveira
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RE: Tamengos
Caro Luis Faria de Sousa:
Vi os processos do Santo Ofício de Vicente de Ares Sodré (pai da Justa da Costa cc Sebastião Cabral), de Vicência Ares e frei Luis de Ares (estes tios da citada Justa da Costa) e de Estevão de Ares (irmão da Justa da Costa).
Há, para além do processo de Justa da Costa, o do lic.º Henrique da Rede, seu avô materno (marido de outra Justa da Costa) e o de Ana Brandão, avó paterna de Justa da Costa.
Com os melhores cumprimentos
António Taveira
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RE: Tamengos
caro antonio taveira
eu tenho o livro anotado mas tenho de o procurar ...estive em mudanças!!!
ate agora nao tenho dados de que estes arez sejam relacionados com os alentejanos e algarvios, embora em alguns algarvios apareçam relaçoes familiares crista -novas.para alem disso ha sempre uma hipotese da relaçoes destes com os ares galegos .curiosamente arez /arees,arês veja a fonetica e nao a grafia corresponde a umapalavra do torá tb escrita aretz utilizada como nome proprio que quer dizer terra fertil ou propria para receber semente
cumprimentos
jorge arez
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RE: Tamengos
Caro Jorge Arez:
Estou em crer que estes Ares (é esta grafia usada no séc. XVI) poderão ter origem galega. Parece-me seguro o apelido ter uma raiz patronímica e a sua singularidade terá a ver com uma origem estrangeira. Só a partir de meados do século XVII é que o apelido aparece com a grafia Arez.
No entanto a sua origem, tanto quanto é possível saber, é cristã velha. Foram perseguidos pela inquisição os descendentes do segundo casamento de Estevão Ares, x.v., com Ana Brandão, cristã-nova, e os descendentes de Justa da Costa, x.v., (filha de João Ares irmão de Estevão Ares) casada com o licenciado Henrique da Rede, x.n.
Esperemos que a consulta de outra documentação lance mais luz sobre a sua origem.
Cumprimentos
António Taveira
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RE: Tamengos
caro antonio taveira
contudo nao podemos esquecer que por vezes em grafias arcaicas o s final era muito elaborado e por vezes transcrito seculos depois por parocos menos letrados como z.
tb aparentemente esse estevao arez teria propriedades no alentejo arraiolos o que podera entroncalo s nos ares de vasconcelos do sec 17 18 mas nao analisei bem os documentos da epoca
um abraço
jorge
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RE: Tamengos
Caro Jorge Arez:
Não excluo liminarmente a hipótese de poder haver ligação ao Alentejo. Nomeadamente se no registo dos antepassados Arez alentejanos do século XVI, aparecer a grafia Ares. Se estes têm origem toponímica, os de Coimbra parecem-me ter patronímica, pelo menos até vislumbrarmos searas nas terras dos seus ascendentes. Nas larguissimas dezenas de registos que vi, do século XVI, a grafia usada é Ares.
Estevão Ares, ou de Ares, teve um neto (filho do segundo casamento de seu filho Vicente de Ares Sodré), Estevão de Ares da Fonseca que, depois de perseguido pelo Santo Ofício, auxiliou a Coroa na recuperação de terras que os holandeses tinham ocupado no Brasil. É referido como o capitão Estevão de Ares da Fonseca e dá informações à Coroa do apoio de cristãos novos de origem portuguesa a holandeses e turcos no Novo Mundo. Poderá ser antepassado, sendo certamente familiar, de outro Estevão de Ares da Fonseca (leitura de bachareis de 1746, mç. 2, n.º 8).
Já tinha registado a coincidência (?) de, nos Arez de Vasconcelos, ser frequente o nome próprio Estevão.
De qualquer maneira, futuras pesquisas e descobertas, e com certeza algumas surpresas, nos esperam.
Um abraço
António
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Tamengos
Caro Jorge Arez da Silva:
Já foi há alguns anos que trocámos mensagens sobre os Ares/Arez. Neste momento admito uma ligação familiar entre os Ares da Coimbra do século XVI e os do Alentejo. Pelo menos com os de Alcácer do Sal que são ascendentes dos Ares de Vasconcelos e Ares Pessanha que também estão mais para o interior da província.
Em Alcácer do Sal, a curta distância da vila, há um topónimo - Castelo de Ares - que deverá estar na origem do apelido. De notar que a grafia usada em Alcácer do Sal por aquela família no século XVI e XVII é ARES - tal qual como em Coimbra.
Há uma estranha similitude entre os nomes próprios usados por uns e outros (em Coimbra e em Alcácer do Sal) durante o século XVI (ambos usam Gomes, Estevão, Vicente e João) o que pode indiciar um tronco comum próximo.
E há uma ligação entre aquelas terras no período em causa através de D. Jorge - Duque e senhor de Coimbra, Mestre de Santiago e senhor de Alcácer do Sal.
Será que o primeiro que aparece em Coimbra - Gomes de Ares (já casado em 18.12.1510 na freguesia de S. Tiago de Coimbra com sua 3.ª mulher Ana Lopes Sodré) - foi para lá em serviço do Duque Mestre ?
Note-se que, da sua geração, na região coimbrã, não se detectou mais ninguém com o seu apelido (Ares) nem com o da mulher (Sodré). Terão vindo de fora. Admitia que da Galiza mas, agora, inclino-me para outra hipótese.
Um abraço
António Taveira
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Tamengos
Caro Luís de Faria e Sousa,
Conseguiu consultar o proc.º do Sº Ofic.º de Justa da Costa ? Adiantou alguma coisa no conhecimento dos ascendentes do marido - Sebastião Cabral ?
Não sei se o Ares do Sebastião Cabral lhe vem pelo dr. Gaspar Nogueira se por sua mulher Leonor Cabral (pais, pela sua dedução - com a qual concordo - de Joana de Ares, mãe de Sebastião Cabral).
O dr. Gaspar Nogueira deverá ser filho de um Dr. Estevão Nogueira (nome que foi dado a um filho do dito Dr. Gaspar) que aparece em Coimbra no início do século XVI. A Leonor Cabral deverá ser familiar próxima de outra Leonor Cabral que também testemunha em Coimbra no início de quinhentos.
De qualquer modo, por um ou outro lado, deverão descender de Gomes de Ares que já está casado com sua terceira mulher - Ana Lopes Sodré - em 18.12.1510 quando baptiza uma sua filha Joana que vem a casar com Simão da Costa, julgo que sem geração.
Joana de Ares deverá ser bisneta de Gomes de Ares. Ou por sua avó paterna casada com o dito Dr. Estevão Nogueira ou por um dos pais de Leonor Cabral.
Admitindo que a mulher do dr. Fernão Nogueira, ou que os pais de Leonor Cabral possam ter nascido por 1495, a cronologia torna admissível que possam ser filhos de Gomes de Ares - certamente de um dos seus dois primeiros casamentos. Casamentos estes, dos quais não conheço o nome das mulheres.
Permita-me que lhe chame a atenção para uma mensagem que enviei há dias para Jorge Arez neste mesmo tópico. Resume a situação em que me encontro na tentativa de descobrir a origem desta família.
Com os melhores cumprimentos,
António Taveira
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