freguesias e concelhos antigoso (Melgaço)
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freguesias e concelhos antigoso (Melgaço)
Boa noite,
Tenho em mãos um registo de casamento do ano de 1660. É da freguesia de Santa Maria da Porta (Melgaço). Neste registo uma pessoa é natural de Pedro de Azurei do Concelho de Bastos. Estas freguesias ainda existem? Se alguém me puder esclarecer agradecia.
Cumprimentos,
Beatriz Machado.
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RE: freguesias e concelhos antigoso (Melgaço)
Cara Beatriz Machado,
A Igreja de Santa Maria da Porta é a actual Igreja Matriz da Vila de Melgaço e, segundo o grande investigador e historiador melgacense P. Manuel António Bernardo Pintor, ao qual se deve muitos dos conhecimentos actuais sobre este Concelho e não só, a dita Igreja existia no séc. XII sendo já antiga. Mais refere que na então Vila existiam mais duas Igrejas, a de Santa Maria do Campo (actual Misericórdia) e a de S. Fagundo (já desaparecida). No entanto, sublinha que a de Santa Maria da Porta sempre foi a mais importante e o seu nome (da Pota) deve-se ao facto de ambas serem de Santa Maria, a curta distância uma da outra e esta ficar junto da Porta da Vila. Resumindo, depreende-se que no espaço físico da actual Vila de Melgaço, existiram três paróquias devidamente organizadas, sendo uma a de Santa Maria da Porta.
Sempre ao dispor,
José Cardoso
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RE: freguesias e concelhos antigoso (Melgaço)
Cara Beatriz Machado
Na continuação da mensagem anterior informo-a que existe microfilme da mesma S.ta Maria da Porta no Arquivo Distrital de Viana do Castelo.
Com os melhores cumprimentos
Eduardo Domingues
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RE: freguesias e concelhos antigoso (Melgaço)
Caro José Cardoso
Obrigado pelo seu esclarecimento. Sabe dizer-me onde fica situada a freguesia de Pedro de Azurei no Concelho de Bastos, isto em 1660?
Estou a residir à bastante tempo em Loulé apesar das minhas raízes serem do Norte de Portugal. Não conheço Melgaço muito bem, só de passagem.
Atenciosamente,
Beatriz Machado.
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RE: freguesias e concelhos antigoso (Melgaço)
Caro Eduardo Domingues,
Já pedi algumas cópias ao Arquivo Distrital de Viana do Castelo, pois encontro-me a residir bastante longe de Viana ( resido em Loulé). No entanto, nem sempre tenho obtido as respostas que queria, pois não encontraram o registo de nascimento de um antepassado meu.
Atenciosamente,
Beatriz Machado.
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RE: freguesias e concelhos antigoso (Melgaço)
Cara Beatriz
Não será S. Pedro de Azurei no actual concelho de Guimarães? Se sim, por favor, consulte o arquivo municipal de guimarães onde se encontram os assentos.
Com os melhroes cumprimentos
Eduardo Domingues
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Azurém, Guimarães
Apesar de não ficar (actualmente) em nenhum concelho que leve um "Basto" no nome, também me parece a actual Azurém, a norte de Guimarães, cujo orago é precisamente S. Pedro de Aruzém. Veja este excerto do site da ANAFRE que descobri pondo 'Azure' num motor de busca:
"Freguesia de Azurém
Freguesia da cintura urbana de Guimarães, localizada na orla setentrional da cidade, Azurém tem conhecido assinável crescimento dos pontos de vista urbanístico, demográfico e económico, nestes últimos decénios, visto que foi para aqui dirigido o principal ímpeto de expansão da urbe. Com os seus quase nove milhares e meio de habitantes, a freguesia de Azurém preserva ainda, no entanto, alguma da sua ancestral ruralidade, sobretudo na extremidade nordestina do seu território. Este último, ocupando uma área de sufrível extensão, é delimitada pelas congéneres Pencelo (a nordeste), S. Lourenço de Selho (a norte), Alão (a nordeste), Mesão frio (a leste), S. Jorge de selho e Oliveira do castelo (a sul), Creixomil (a sudeste) e ainda Fermentões 8a poente). Com uma topografia relativamente plana e chã, esta freguesia insere-se na pequena bacia orográfica do rio Selho, afluente da margem esquerda do Ave. Abarcando excelentes trechos de férteis solos agrícolas, em área de veiga, esta freguesia é hodiernamente marcada, a nível económico, pela acentuada proliferação de unidades industriais dos sectores têxtil, das confecções e vestuário. Comércio e serviços vão igualmente detendo um considerável peso.
Já Francisco Martins Sarmento, pelos finais do século passado, se havia debruçado sobre o passado remoto deste rincão, muito concretamente em relação a um presumível recinto fortificado castrejo conhecido por “Lapa da Mulher”. A toponímia local poderá, inclusivamente, aludir a vestígios ainda mais recuados, conotáveis com o megalitismo, isto a aceitarmos a sugestão do articulista da “Grande Enciclopédia”, quanto a “Arcela” (suposto diminuitivo de “Arca”, por sua vez conotável com estrutura dolménica). A primeira e mais recuada notícia documental de Azrém surge, por seu turno, já em 959, no famoso testamento efectuado pela poderosa Condessa Mumadona Dias a favor do cenóbio por ela mesma havia instituído em Guimarães. Ali se regista a “villa de Asoredi” (topónimo cuja etimologia se poderá justificar, não obstante aquela irregular grafia, em “Osoredi” – um genitivo de nome pessoal “Osoredus”). Esta propriedade rústica senhorial – a “villa Asoredi – constituir-se-á portanto como espécie de embrião da futura paróquia “de Sancto Petro de Asorei”, assim registada nas “Inquirições” de 1220 em “terra” de Guimarães. Mais interessantes se revelarão as “Inquirições” ordenadas por D. Afonso III, em 1258, já que noticiam diversos reguengos avultos “subtus castellum de Martilom”. Este “castelo” será, segundo o enciclopedista, provavelmente o mesmo que H. Beça cita nesta passagem: “A três quilómetros de Guimarães... existe um minúsculo e curioso castelo roqueiro, antiquíssimo também... O castelo de Azurei ou de Pousada foi morgadio dos Peixotos de Pousada, antiquíssima família nobre que remonta a D. Sancho II. O castelo diz-se ser coevo da fundação da Monarquia, só, todavia, podendo assegurar-se que já existia no século XV”. Parecendo desconhecer estes factos, Correia de Azevedo aludirá, mais recentemente, á Casa de Pousada, nestes termos: “assenta sobre penedos e é caracterizada por uma torre de grossas paredes rasgadas por janelas góticas geminadas”. Tudo leva a crer que esta estrutura, de cunho arquitectónico baixo-medieval, seja mais um dos numerosos testemunhos das torres senhoriais, residências fortificadas (ou apêndices destas) que se terão vulgarizado nesta região de Entre Douro e Minho a partir de finais do século XII (Mário Barroca).
A Igreja Paroquial de S. Pedro de Azurém é um imóvel de modestas dimensões e singela traça, dotado de um torreão sineiro adossado ao flanco meridional (e em posição ligeiramente recuada em relação à frontaria). Referindo-se provavelmente ainda a um anterior templo (o actual será já oitocentista), X. Craesbeeck noticiava, escrevendo por 1726, ser a mesma uma vigararia da Coegiada de Nossa Senhora da Oliveira. Está em construção um novo espaço para o culto a Deus Pai. No aro da freguesia arrolam-se ainda no património religioso a Igreja de S. Dâmaso (junto ao Castelo) e a Capela de Nossa Senhora da Conceição. Fortemente urbanizada, Azurém integra agora, para além dos tradicionais bairros da Madre de Deus, Monte Largo e Pegada, as nóveis urbanizações das Quintas, S. Pedro, Sobreiro, Cancelas da Veiga e Conceição, bem como o polo Universitário de Guimarães."
Cumprimentos. VF
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