Marquês de Alvito
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Marquês de Alvito
Gostaria, se possivel, que este fórum me esclarecesse sobre o actual representante do Marquesado de Alvito.
Desde já agradecendo a colaboração de todos,
Um abraço,
Sérgio Antunes.
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RE: Marquês de Alvito
Exmo. Senhor,
Não estou de momento em casa, pelo que não tenho agora acesso a esta informação.
Dado que esta informação não consta do último Boletim do Conselho de Nobreza (2000) nem do Anuário da Nobreza de Portugal 1985, pois este pára na letra L e não trata ainda da família Lobo da Silveira (nem os de Montemor-o-Novo, nem os de Alvito), sugiro que consulte o livro Nobreza de Portugal e do Brasil (consulte também o título de Condes de Oriola) e que compare com os Anuários de 1950 e de 1960/2 (???). Poderá ter, ainda que c/ 1 certa desactualização, 1 ideia dos principais ramos da família, pois nos últimos anos da monarquia houve alguma descendência ilegítima nalguns ramos.
Lembro ainda que em 1997 saiu 1 colectânea ao longo de várias semanas no jornal Independente (salvo erro) sobre Grandes de Portugal. Julgo que começava com 1 artigo relativo aos Alvitos e aparecia 1 reportagem sobre a história desta Casa, acompanhada de fotografia do representante da mesma. Se a memória não me atraiçoa, a representante desta família era 1 senhora de apelidos Lobo da Silveira Ramalho (??), que me era no entanto desconhecida. Devo presumir ser verdade até prova em contrário, pois outros artigos se seguiram nas semanas seguintes e eram fidedignos. A autoria das reportagens julgo ter sido da jornalista /cronista Maria João Vieira, pelo que desde já sugiro que entre em contacto c/ esta senhora. De qualquer forma alguns intervenientes neste Forum foram na altura entrevistados para reportagens semelhantes; assim espero que eles, melhor do que eu, a ajudem sobre a forma como entraram em contacto com esta jornalista (relembro o Conde de Avintes, bem como a já falecida Condessa de Alpedrinha e Vila-Flor, cujo neto Lourenço Vila-Flor tem aparecido bastante por aqui).
De qualquer forma lembro-me que a informação sobre a representante do Marquesado de Alvito era algo vaga no que respeita à própria, apenas reivindicando essa posição, mas não estabelecendo o nexo genealógico entre si e o último marquês; apenas dizia ser a representante, embora ainda não tivesse ainda registado os seus títulos de Barão e Marquês de Alvito, nem o de Conde de Oriola (julgo que os títulos de Alvito e Oriola estiveram unidos, mas posteriormente se separam).
Vou tentar encontrar a reportagem e dar-lhe-ei notícias assim que possível.
Boa sorte nas suas pesquisas
Bernardo de Barahona
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RE: Marquês de Alvito
Exmo. Senhor,
Corrijo a informação ontem dada; a reportagem referida era na OLÁ SEMANÁRIO de 4 Junho 1994, sendo o texto da autoria de Maria João Vieira e de Carlos Furtado (no Porto) e a fotografia de Joaquim Norte de Sousa. A senhora indicada como representante era D. Maria Manuel Lobo da Silveira Ramalho, residente entre a sua casa no Porto e uma quinta em Amarante.
Quanto ao último Marquês este era D. José Lobo da Silveira Quaresma, casado 2 vezes, sem descendência de nenhum dos seus casamentos, mas com vários filhos naturais que perfilhou. À sua morte em 1917 a representação da casa (segundo o aludido artigo) terá passado para seu irmão D. Fernando, que tão pouco se encartou nos títulos de Barão, Conde ou Marquês de Alvito (sendo os 2 primeiros de juro e herdade), mas não era feita qualquer referência ao título de Conde de Oriola. E depois dele, também nenhum dos seus "representantes" o terá feito (de cujo texto do artigo se deduz que D. Maria Manuel será "sucessora" de D. Fernando, mas não se sabe se sua "descendente" - poderá haver aqui 1 ténue diferença)
O 1º Conde de Alvito foi o 2º Marquês (por singular que pareça a concessão de novo título "inferior" e com a mesma designação após a atribuição do título de Marquês mais elevado).
D. Maria Manuel não tinha em 1994 registado os títulos, como em 1998 também não (e nem consta do índice de titulares deste site GENEA PORTUGAL).
Quanto aos indicados filhos "naturais" do último Marquês, a ter sido usado correctamente o termo nesse artigo (recordando que os filhos ilegítimos podem ser naturais, bastardos ou adulterinos), deduz-se terem sido havidos de mulheres solteiras.
Isto vai de encontro ao que sempre ouvi dizer, pois um ramo da minha família é originário da cercania de Alvito e em tempos passados houve laços de proximidade entre os meus bisavós e trisavós e os Alvitos. Segundo sempre ouvi dizer por tradição oral que o último Marquês teve vários filhos de jovens camponesas da zona. Deverá ter sido uma personalidade singular e marcante, que perdeu grande parte da sua fortuna ao jogo. Sendo próximo e amigo do rei D. Carlos, a ele terá recorrido aquando dum "aperto de dinheiros", propondo-lhe a compra do Castelo de Alvito, o que o rei aceitou, mas continuando a família Alvito a residir nele . Uns anos depois da venda do castelo ao rei e devido a novo aperto financeiro ter-lhe-á proposto novamente a compra do mesmo, ao que o rei terá respondido já o ter comprado anos antes. Ficou nas memórias da minha família a resposta do Marquês "Ai esta terrível memória dos Braganças!". Esta história ouço-a desde criança quando alguém se esquece de algo e outro lho lembra. Esta foi a forma como o castelo de Alvito entrou para a Casa de Bragança, fazendo hoje parte da Fundação da Casa de Bragança, que há cerca de 10 anos celebrou um contrato de concessão com as Pousadas de Portugal, razão pela qual o castelo foi recuperado e aí funciona actualmente uma pousada, cuja visita aconselho. Se pedir para ver a suite principal e a capela, poderá ter 1 ideia bastante próxima do que foram os anteriores aposentos principais.
Há inúmeros outros episódios que os meus avós contavam ser atribuídos ao Marquês de Alvito. Quando por exemplo era a época da caça em Vila Viçosa, o rei D. Carlos de madrugada partia acompanhado da sua comitiva e amigos para a tapada de Vila Viçosa (depois de comida uma açorda, que, segundo os alentejanos, sabe bem a qualquer hora). Por respeito ao rei nenhum dos convidados atirava sem o rei dar o 1º tiro. Certa manhã terão chegado à tapada e antes do rei se preparar para atirar, já ao longe e mais à frente se ouviam tiros sem fim. D. Carlos terá perguntado de quem se tratava e ter-lhe-ão dito ser o Marquês de Alvito (o último)que se adiantara para apanhar as melhores peças. O rei retorquiu, meio repreensivo meio a brincar "Este rapaz sempre foi extra-ordinário!".
O último Marquês terá tido, para além do irmão D. Fernando, 2 irmãs, solteironas e beatas. Acolhiam-se diariamente à capela do castelo de Alvito para rezar, pedindo a Deus para moderar os excessos do mano. Debaixo do altar havia uma imagem do Senhor ou dum santo (não sei) deitado. As 2 senhoras pediam 1 sinal de que as suas preces seriam atendidas. Estando o marquês ao corrente das preces das manas, um dia chegou à capela antes delas e escondeu-se atrás do altar. Quando mais uma vez o pedido de sinal se repetiu, o marquês agitou o altar e a imagem mexeu-se, rolando sobre si própria e ficando virada de costas para as senhoras, que terão fugidos apavoradas do local.
Não fora a minha ainda pouca idade e muitos mais episódios lhe poderia contar, mas alguns já os esqueci e já começam a faltar as pessoas a quem perguntar.
No entanto, uma tia-avó da minha mulher ainda conheceu em Lisboa alguns elementos desta família (mas julgo que dum ramo segundo), que viviam na zona do Príncipe Real, onde davam animadas festas de Carnaval; assim que puder volto a perguntar-lhe pormenores.
Mais ma vez o aconselho a consultar os Anuários anteriores ao de 1985, pois é onde alguma informação (ainda que desactualizada) é dada. Não são hoje de fácil aquisição, nem eu os tenho em minha casa, mas assim que for ao Alentejo não me esquecerei de si e posso depois dar-lhe mais umas dicas.
Espero que alguns dos conhecedores genealogistas (o que eu não sou) que frequentam este site o ajudem mais.
Relembro que há cerca de 2-3 anos houve uma conferência organizada pela Associação da Nobreza Histórica de Portugal no Palácio Fronteira onde se falou sobre o conceito de Nobreza hoje. O Marquês de Pombal lamentou que as presenças na sala fossem tão inferiores ao número de associados, recordando que pelo menos estas reuniões deviam servir para os associados se conhecerem.
Mais à frente o Dr. Augusto Ferreira do Amaral, na sua intervenção, referiu para a manutenção da noção de nobreza não só o elemento material (a existência dum património aglotinador dos elementos da família permite a manutenção da sua memória e a durabilidade da família com um certo estatuto) como também o elemento espiritual. Este é essencial hoje em dia (dado que a nobreza como classe organizada oficialmente desapareceu com a República), isto é, é a consciência de classe e a noção de grupo. Lamentou depois que tivessem bastado menos de 100 anos para que algumas grandes famílias tivessem caído no esquecimento e referiu exactamente o caso dos Alvitos.
De facto esta família teve durante cerca de 4 séculos um elevado estatuto, embora o título fosse inicial apenas de barão, ainda que o primeiro barão de Portugal, e durante anos o único; li já algures que vários Barões de Alvito assinavam apenas "o Barão".
Num artigo publicado há anos na revista Armas e Troféus o anterior Marquês de Abrantes (D. Luis) dissertou sobre o excepcional caso de ascenção nobiliárquica de Vasco da Gama, ao seu casamento com 1 senhora Ataíde da boa nobreza paçã, fazendo algumas referências ao título de DOM, ao condado da Vidigueira e à noção de Grandeza e de como esta durante anos implicou um laço de consanguinidade (ainda que remoto) à família real. Julgo ser nesse artigo que li (em pé de página) que a ausência de laço de sangue com a familia real terá sido a razão pela qual D. Afonso V, não obstante a estima que tinha pelo Dr. João Fernandes da Silveira, se sentiu "limitado" a dar-lhe um título de barão; só mais tarde, por virtude de casamentos que lhes terão permitido entroncar com a família real ou por esquecimento desta noção medieval de Grandeza, a família recebeu títulos mais elevados.
Boa sorte nas suas pesquisas e mantenha-me informado de qualquer resultado.
Bernardo de Barahona
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RE: Marquês de Alvito
Meu caro Bernardo
A limitação de Dom Afonso V foi muito relativa... ambos sabemos que este nobre Barão "vale" mais que uns quantos condes e marqueses do séc.17, já para não falar de alguma (com interessadas restrições...) grandeza liberal!
cmptos.
Manuel Maria Magalhães
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RE: Marquês de Alvito
Meu caro Manuel,
com certeza que este Barão teve o seu peso (grande) já no séc. XVII (não discutirei se maior ou menor que o de outros titulares, não esquecendo no entanto que é dos talvez 5 primeiros títulos portugueses).
Mas o que eu referi foi apenas 1 possível explicação adiantada pelo Marquês de Abrantes para a não atribuição logo de início dum título mais elevado.
Outros titulares mais elevados a quem o Manuel parece reconhecer menos mérito talvez o tivessem de facto, mas se calhar não lhes faltava o tal laço de consanguinidade c/ a família real.
No período liberal já esta restrita noção de Grandeza há muito tinha sido abandonada.
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Marquês de Alvito
Boa tarde,
Quinze anos depois de aberto este tópico, venho aqui ressuscitá-lo. Será que algum confrade tem informações sobre os últimos anos de vida do Marquês-Barão de Alvito D. José Lobo da Silveira? Por exemplo, depois da implantação da República, onde residia o Alvito? Já encontrei informações contraditórias e por essa razão pergunto.
qualquer informação pode ser preciosa.
Agradecendo desde já a atenção,
A.Forjaz
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Marquês de Alvito
Em tempos muito idos, ouvi do saudoso Luis de Bivar Guerra que o último Marquês de Alvito seria "chofer" de praça no Porto. Não faço ideia se correspondia à verdade exacta ou seria exagero.
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Marquês de Alvito
Boa tarde,
refiro-me ao último Marquês de Alvito, "encartado" e legítimo, o D. José Lobo da Silveira, que morreu em 1917. O último sinal de vida que tenho de D. José é em 1912. Gostaria de saber se existe mais informação sobre este periodo da sua vida.
Também ouvi falar "dumas histórias" como a que relata. Esse "pretenso" ramo , que eu saiba, nunca se apresentou, nem se apresenta pelo que está arquivado na última prateleira da estante. Não sei se é mito urbano ou linhagem "séria".
Com os melhores cumprimentos
A. Forjaz
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http://geneall.net/pt/forum/167667/quem-quer-ser-lobo/#a352369
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A representação dos Marqueses de Alvito está nos Vasconcelos e Sá
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Boa tarde,
Apesar de ser interessante saber quem poderá representar a casa, estou interessada na vida de D. José Lobo da Silveira, o último titular encartado. Nasceu em 1826 e morreu em 1917. Foi camarista de D. Luis, D. Carlos e D. Manuel II.
Por curiosidade, se a representação está nos Vasconcelos e Sá, como conseguiu excluir a linha do D. Fernando (irmão de D. José). Tem alguma documentação que permita afastar esta linha?
Com os melhores cumprimentos,
A. Forjaz
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Aparentemente a linha de D. Fernando está extinta, pelo que a representação passa para a descendência do irmão varão seguinte, D. Manuel, que tem 2 filhos, mas só o secundogénito tem geração (feminina). A filha mais velha deste , D. Maria José Adelina do Carmo de Carvalho Lobo da Silveira casa com Carlos Eduardo Bleck, e também só têm geração feminina, sendo que a filha mais velha D. Sofia Patrícia Lobo da Silveira Bleck casou com João Augusto de Matos Fernandes de Vasconcelos e Sá. O primogénito deste casamento João Eduardo Bleck de Vasconcelos e Sá, é o presuntivo representante dos títulos de Barão e Marquês do Alvito.
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O "busílis" é esse mesmo, a linha de D. Fernando, a que foi aqui referido pelo confrade A.Luciano. Esse pretenso descendente referido anteriormente é supostamente da linha de D. Fernando, mas lá está, carece de prova, de documentação.
No entanto, procuro informação sobre o último Marquês. Penso que os descendentes dos Condes de São Martinho (largo do Siqueira, Lisboa), os descendentes dos proprietários (em 1907) da quinta de Montalvão em Lisboa, bem como os descendentes dos Marqueses de Borba (quinta de Belas) e os Barahonas do Alentejo, bem como a família Magno poderão ter alguma memória deste Alvito. Com certeza outros conviveram com o Alvito, mas sobre estes tenho confirmação.
Com os melhores cumprimentos,
A.Forjaz
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Existem dúvidas por esclarecer desde a morte do ultimo titular em 1916. Não assumo a titularidade sem demonstração inequívoca.
Para mim, tema em aberto desde os anos 70 apos abordagem da então Casa da Nobreza.
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