José de Seabra da Silva
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José de Seabra da Silva
Algum confrade sabe informar onde e em que data exacta (segundo tudo indica, em 1764) casou José de Seabra da Silva, que foi, entre outras coisas, "ajudante" do Marquês de Pombal no reinado de D. José e mais tarde, após um "interregno", ministro de D. Maria I?
Cordiais cumprimentos,
Miguel Gorjão-Henriques
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RE: José de Seabra da Silva
Caro Confrade
Peço desculpa por só agora tentar responder à sua questão, uma vez que nas últimas semanas, em que estive de férias, não procurei ter (nem tive) qualquer acesso à Internet e, obviamente, ao Genea.
Férias são férias e o único da família que prevaricou e não lhe resistiu foi o meu filho…
Regressado à minha “domus”, depois de um “vol d’oiseau’ pelos conteúdos do Genea atentei nesta sua questão e no sentido de lhe responder estive a consultar os meus apontamentos e mais documentação que fui reunindo, um pouco ao acaso, sobre o ilustre José de Seabra da Silva, um dos homens mais inteligentes do seu tempo, braço direito de Pombal, por ele elevado às cumeadas do poder e, depois, por ele injustamente infamado e degredado para Pungo Adongo (embora erradamente se endossem essas culpas a D. José I), naquele que foi o seu primeiro desterro, supostamente por inconfidências de importantes negócios do Reino, a que não terão sido estranhas as invejas de alguns cortesãos, designadamente de D. João Cosme da Cunha e Távora, o tristemente célebre Cardeal da Cunha.
Mas vamos à sua questão.
JSS casou a 8 de Janeiro de 1764 (veja-se VILHENA, João Jardim de «José de Seabra da Silva, A sua Política e o seu Desterro», Coimbra, Imprensa da Universidade, 1933, p. 79) , com D. Ana Felícia Coutinho Pereira de Sousa Tavares Horta Amado Cerveira, senhora da casa dos Coutinhos, de Coimbra, do morgado de Soutelo , em Trancoso e do Morgado da redizima da Baía (veja-se CANEDO, Fernando de Castro da Silva «A Descendência Portuguesa De El-Rei D. João II», 2.ª ed. Vol. III, 1993, p. 329).
Quanto ao local do recebimento não consegui vislumbrar qualquer informação, por este modo indirecto, longe dos RP ou do Arquivo da Casa da Baía.
Para lá das informações gerais que se podem encontrar em qualquer boa enciclopédia, aproveito ainda para lhe referir o «Elogio Histórico de José de Seabra da Silva …» feito pelo Marquês de Resende e pronunciado pelo mesmo sessão de 10 de Março de 1861 na então Academia Real das Sciencias de Lisboa.
Só por mera curiosidade, elucido que o meu interesse (para lá de tudo o que respeita à pessoa e à administração pombalina) por JSS se prende com a posse, que se efectivou na sua pessoa, da Quinta do Canal, nos arredores da minha Figueira da Foz, sobre a qual quase tudo me interessa.
Esperando, de alguma forma, ter respondido a uma das suas perguntas sou com atenção,
José Filipe Menéndez
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RE: José de Seabra da Silva
Este José de Seabra da Silva por um acaso passou para a Bahia? Há um importante político baiano de nome José Joaquim Seabra.
ASFT.
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RE: José de Seabra da Silva
Caro Confrade,
Muito lhe agradeço a atenção. Na verdade, publiquei já vasta notícia sobre José de Seabra da Silva e sua Família (e de sua mulher), em livro este ano sobre a minha Família.
Sabia do livro de Vilhena e tenho comigo o elogio histórico que sobre ele proferiu o Marquês de Rezende na Academia e a que se refere, o qual é muito interessante.
Já tinha posto no livro que havia casado em 8.1.1764 (é repetido, por exemplo, no ANP: 2006, creio que em "PEREIRA COUTINHO"), mas o que eu queria era saber onde casou (qual a paróquia), de modo a ter a obter a cópia do respectivo assento, visto que tenho cópia de todos os restantes assentos relativos à minha ascendência paterna (inclusivamente os assentos de baptismo e casamento de seu filho, mas também de seu Pai e o seu próprio assento de baptismo; obtive até há pouco o assento de baptismo de seu avô paterno Gregório de Seabra).
Na parte do cartório da Casa Bahía que conheço e que o meu Tio João Bahía simpaticamente há pouco me disponibilizou, não encontrei o assento de casamento. Daí o recurso a este nosso forum especializado.
Não sei se vou ter possibilidade, mas tentarei verificar se no cartório há (mais) menções à quinta do Canal, que creio que foi para onde JSS foi desterrado pela segunda vez (por se ter oposto à assunção do Trono por D. João VI, em vida de sua Mãe, curiosamente por ele, que foi quem proferiu o discurso a convencer o Príncipe a assumir a regência), tendo sido pedido ao Rei (não me ocorre neste momento se por ele ou por D. Ana Felícia) que lhe permitisse transferir o local de exílio para as suas propriedades de S. João da Ribeira (o que o Rei deferiu). Contudo, o Rei não lhe permitiu ir a Lisboa assistir ao casamento de seu filho, o 1.º Visconde da Bahía...
Com os melhores cumprimentos,
Miguel Gorjão-Henriques
PS - Só por falta de tempo, ainda não confirmei a data de óbito, que alguns dizem que foi em 1813, enquanto outros dizem que foi em 1818. Vai ser fácil (espero), pois sei onde foi.
PS2 - Se quiser que lhe envie o pdf relativo a JSS, que publiquei, por favor peça-mo directamente para mgh arroba fdpontoucpontopt.
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RE: José de Seabra da Silva
Caro confrade,
Não passou à Bahía. A sua mulher, que o outro Confrade identificou, é que era a Senhora do Morgado da Redízima da Baía-de-Todos-os-Santos, conferido À sua ascendência em troca da Capitania da Bahía, concedida a seu N... avô Francisco Pereira Coutinho, em meados do séc. XVI. O filho de José de Seabra da Silva foi depois 1.º Visconde da Bahía, de juro e herdade, e, em 1833, pelo Rei D. Miguel, 1.º Conde da Bahía.
Cordiais cumprimentos,
Miguel Gorjão-Henriques
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RE: José de Seabra da Silva
Rectificando: mgorjaoharrobafdpontoucpontopt.
Obrigado.
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RE: José de Seabra da Silva
Caro Miguel Gorjão-Henriques,
Não querendo fazer uma pergunta estúpida, o filho de José de Seabra da Silva foi Visconde da Bahia no Brasil? Pergunto porque em 1833, quando foi feito Conde por D. Miguel, o Brasil já havia se desligado politicamente de Portugal. Portanto, D. Miguel não poderia ter feito um conde no Brasil.
Ademais, o filho de José de Seabra da Silva morou na Bahia? Sabe se deixou descendentes lá?
Grato. Aaron SFT.
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RE: José de Seabra da Silva
Caro Miguel Gorjão-Henriques, por favor, ignore a primeira pergunta que eu fiz. Quando li sua mensagem, não prestei atenção ao "de juro e herdade". Assim, o título de Conde da Bahia dado por D. Miguel se explica.
Mas insisto em minha pergunta se é de seu conhecimento que os descendentes de José de Seabra da Silva passaram à Bahia.
Grato, Aaron.
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RE: José de Seabra da Silva
Caro Aaron,
O título de Visconde foi concedido por D. Maria I em 1796, portanto ainda o Brasil não tinha dado o "grito de Ipiranga". O título de Conde é que foi concedido pelo Rei D. Miguel.
Tanto quanto sei, e sei bastante (sem certezas finais, claro), os descendentes de José de Seabra da Silva não foram para o Brasil. Ele teve um único filho com descendência (o outro morreu em combate contra os Franceses, na batalha do Buçaco) e este só teve descendência, com geração até à actualidade, feminina. Está abundantemente documentada no genea, por sinal (v.g. a partir de http://genealogia.netopia.pt/pessoas/pes_show.php?id=30739).
De notar que o filho de José de Seabra da Silva nasceu já tardiamente, quando já estava casado há 20 anos e sua mulher atingia os 40 anos.
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RE: José de Seabra da Silva
Caros Confrades,
Sabem se existe algum estudo sobre os ascendentes de José Seabra da Silva, mais completo que o do genea?
atenciosamente
João da Silva Gaspar
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RE: José de Seabra da Silva
Caro Miguel Gorjão-Henriques,
poderá dizer-me até onde conseguiu recuar no estudo da ascendência desses Seabras? Qual o âmbito geográfico mais antigo?
Cordiais cumprimentos,
Luís Seabra Lopes
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RE: José de Seabra da Silva
Caro Luís Seabra Lopes,
Tive a oportunidade de, numa única manhã, me deslocar ao Arquivo Distrital de Viseu, onde verifiquei o livro de baptismos (aliás, livro misto) de Fail, onde há vários Seabras (Siabra, escrevia-se) e onde já consegui encontrar, no pouco tempo, o assento de baptismo do avô Gregório, em 1665. Não há, ao que me lembre, livros muito anteriores.
Cordiais cumprimentos,
Miguel Gorjão-Henriques
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RE: José de Seabra da Silva
Caro Miguel Gorjão-Henriques,
talvez consiga recuar, usando outra informação. Não há inquirições de genere relativas a José de Seabra da Silva e familiares?
A razão da minha pergunta é que, tanto quanto sei, Viseu não é um foco significativo de Seabras. Portanto, os Seabra da Silva poderiam ter passado a Fail vindos de outra região. O concelho de Anadia (de onde sou natural), no vizinho distrito de Aveiro, é um grande e antigo foco de Seabras. Poderiam ter ido daqui. Se vier a detectar alguma ligação a Anadia, agradeço que me informe.
Cordiais cumprimentos,
Luís Seabra Lopes
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RE: José de Seabra da Silva
Caro Dr. Miguel Gorjão-Henriques
Na sequência da sua resposta de hoje de manhã, que sou eu que agradeço, tomo então a liberdade de lhe escrever para o seu endereço da UC.
Melhores cumprimentos,
José Filipe Menéndez
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RE: José de Seabra da Silva
Caro João da Silva Gaspar,
No livro que editei este ano, sobre a minha Família, infelizmente já esgotado, tratei toda a ascendência de José de Seabra da Silva, por todos os "lados" possíveis, de acordo com a informação constante do cartório da Família e dos livros existentes (claro, os do meu conhecimento).
Cordiais cumprimentos,
Miguel Gorjão-Henriques
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RE: José de Seabra da Silva
Caro Miguel Gorjão-Henriques,
Estou-lhe grato pela sua rapida e atenta resposta.
Sabera me dizer se o referido livro se encontra na biblioteca geneologica de lisboa?
atenciosamente
João da Silva-Gaspar
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RE: José de Seabra da Silva
Caro João da Silva-Gaspar,
Infelizmente, não posso confirmar que exista e se existir não deverá ser para venda, pois já em tempos contactei a livraria do Guarda-mor, que me confirmou que não tem o livro para venda, pois eu próprio estaria interessado em adquirir qualquer livro sobrante no mercado.
Abraço,
Miguel Gorjão-Henriques
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RE: José de Seabra da Silva
Caro Gorjão-Henriques
Parece que alguma coisa falhou no seu endereço, que fez o favor de me dar, uma vez que a minha mensagem de ontem foi devolvida com erro de endereço, embora tenha chegado à área da UC.
Como sei que tem acesso ao Genea Plus, tomo a liberdade de lá deixar o conteúdo da mesma, que nada tem de sigiloso.
Melhores cumprimentos,
José Filipe Menéndez
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RE: José de Seabra da Silva
Caro Miguel Gorjão-Henriques
Obrigado pela sua atenção.
Atenciosamente
João
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RE: José de Seabra da Silva
Caro primo Zé Filipe:
Sei que José Seabra da Silva teve processo de FSO - Maço 66, nº 1014; processo de Leitura de Bacharéis - Maço 2, nº 31, ano de 1769; processo de habilitação à O.Xº - Maço 99, nº 35, de 10.06.1750. Está tudo na TT.
Pode ser que no primeiro caso venha lá o local e a data de casamento com a herdeira dos Coutinhos, de Coimbra.
Em tempos (há vários anos, já) lidei com esta gente relativamente a um estudo não exaustivo sobre os Velhos Marmeleiros e Ferrazes de Torre de Vilela/Coimbra, de onde era oriundo o lado materno deste Secretário de Estado.
Espero que sirva de alguma coisa. Posso adiantar que nas freguesias de S. Cristóvão (extinta), Sé Catedral e de Torre de Vilela esse casamento não vem para a data referida nas intervenções deste tópico.
Um abraço e tudo de bom.
Sempre,
Pedro França
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RE: José de Seabra da Silva
Olá Pedro
Sempre atento ao Fórum.
Obrigado pela tua pronta resposta. Embora não tenha lido os 2 volumes publicados pelo autor do tópico, penso que o Gorjão Henriques deve conhecer o processo de FSO que referes.
Se o casamento do JSS tivesse sido num período anterior ao consulado Pombalino não teria quaisquer dúvidas de que o casamento estaria referido no mesmo, bem como o processo correspondente ao cônjuge, que inevitavelmente o antecederia. Mas nesta altura já a Inquisição tinha "os dentes partidos" como refere o Rocha Martins na biografia (romanceada) de Pombal.
Ainda assim agradeço-te a tua pronta resposta.
Mudando de assunto, recebi o teu postal de Évora, que agradeço, e acrescento que te escrevi de Motril, só que ... ainda não o pus no correio.
A semana de Agosto em que estive na Figueira não deu para ir ao AUC, nem tão pouco quando lá regressei vindo de Granada. Fica para outras núpcias...
Beijos à Mena e à Bea e um apertado abraço para ti, com os votos de um bom regresso às aulas.
Teu primo, colega e amigo,
José Filipe
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RE: José de Seabra da Silva
Caro Pedro,
por acaso sabes dizer até onde recuam os costados do JSS nesses processos da TT?
Sei que havia uma relação muito próxima de amizade com os Seabra da Mota e Silva de Mogofores, um ramo dos quais também veio a ser Seabra e Sousa, mas nunca se provou qualquer ralação genealógica.
Grande abraço,
Luís
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RE: José de Seabra da Silva
Caro primo Luís:
Devo ter mais ou menos o que o Miguel Gorjão Henriques tem. Anda tudo pela geração acima do Gregório Seabra da Silva.
Também isto já foi há tanto tempo e por altura da minha tese de mestrado (1988) que as minhas fichas estão agora na garagem. Sei que não me desfiz de nada desse tempo de buscas aturadas mas não as tenho à mão. Mas é assim como fica dito. Não vem menção nenhuma de Mogofores.
Um abraço.
Sempre,
Pedro França
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RE: José de Seabra da Silva
Caro primo, colega e amigo Zé Filipe:
Fico à espera da tua visita. Já faz tempo que não nos vemos.
Agradeço e retribuo os teus afectos.
Um abraço.
Sempre,
Pedro França
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RE: José de Seabra da Silva
Caro Pedro França,
Peço desculpa pela indelicadeza de responder a uma mensagem que não me é dirigida. Contudo, por estar no forum e justamente neste tópico, que iniciei, circunstância a que se alia o meu grande interesse e até expectativa pelos dados que refere, relativos aos Velhos Marmeleiros/Ferrazes, que presumo terem sido tratados na tese de mestrado, leva-me a não resistir responder.
Com efeito, na preparação do livro, também fiz um levantamento dos livros de Torre de Vilela (e Eiras, por exemplo), onde esta(s) Família(s) tinham assento, tendo descoberto vários e significativos assentos paroquiais, sem que tivesse contudo conseguido confirmar algumas asserções dadas em alguns livros sobre datas e locais exactos de sacramentos.
Construi por isso um título de "Moraes Ferraz", com a ascendência da Mãe de José de Seabra da Silva, um dos poucos títulos em que não fui rigoroso na regra da varonia, pois segui essencialmente a ascendência de sua avó e sucessora no vínculo de Figueiró dos Vinhos. Quanto aos "Velho Marmeleiro", apenas consultei os paroquiais de Torre de Vilela. Em nota questionei-me sobre se estes Marmeleiros teriam alguma ligação a Diogo Marmeleiro, que em FG é dito ter sido instituidor dos morgados dos Marmeleiros na sua Capela de St.ª Justa de Coimbra.
De onde advêm algumas perguntas, manifestamente extemporâneas, visto que uma consulta aos seus trabalhos deverá responder aprofundadamente à questão, pelo que deduzi:
a) Sabe se esses Marmeleiros são os mesmos. D. Bernarda de Moraes, avó de JSS, que morreu em Torre de Vilela em 20.1.1724, era casada com o Dr. Manuel Velho Marmeleiro, filho de "João Bautista", ao que creio sogro também do Doutor André Bernardes, Lente da UC (conforme paroquial de 25.9.1673) (este João Baptista será filho, ao que sei, de Simão Fernandes Marmeleiro e de sua mulher Ana Velho)?
b) Tem dados publicados sobre Velhos Marmeleiros e Moraes Ferraz, que muito me interessam, por dizerem respeito à minha ascendência, mas também para poder completar os meus trabalhos no futuro?
Terei o maior gosto em disponibilizar-lhe, se nisso estiver interessado, os meus dados - publicados - sobre esta Família, que tratei no vol. I do meu livro, a pp. 471-473. Como irei a Coimbra esta semana, teria ainda um grande prazer em conhecê-lo e nessa altura trocar informações, se lhe convier.
O meu mail é mgorjaoh @ fd.uc.pt (tem que eliminar espaços à volta da @).
Abraço,
Miguel Gorjão-Henriques
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RE: José de Seabra da Silva
Caro Luís Seabra Lopes.
Só hoje consigo responder. Nada tenho a acrescentar aos que já foi escrito pelos restantes confrades.
Embora existam muitos aspectos que tornam ainda hoje JSS uma pessoa com relevo não apenas histórico e de memória para a minha Família, o meu livro não constituiu um livro sobre JSS (ainda o farei um dia, se ninguém o fizer antes, nem que seja na minha reforma, daqui a muitos anos), mas um estudo genealógico sobre ascendentes da minha Família, o que implicou que nem todas as pessoas e todas as fontes, mesmo sendo dos "principais" ascendentes, como JSS, fossem pesquisadas, esgotando todas as fontes documentais (se e quando vir o meu livro, vai perceber que seria um trabalho insano, impeditivo de publicação nos dias da minha vida - e já outra vida se havia esgotado na preparação do meu livro, a do meu Pai).
Abraço,
Miguel Gorjão-Henriques
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RE: José de Seabra da Silva
Caro Miguel:
As fichas contêm mais que o que ficou expresso em tese.
Ainda assim, posso dizer o seguinte:
- D. Mariana da Costa, era irmã do Dr. Manuel Velho Marmeleiro e casou duas vezes: a 1ª com João de Sá Miranda, da Cioga do Campo, a 25.09.1673/f. 87 e a 2ª com Vitório Ribeiro da Costa, de Ançã, a 30.01.1690/f. 18v., casamentos estes celebrados em Torre de Vilela.
- O Dr. Lucas de Seabra da Silva era fº de Gregório de Seabra da Silva, do Fail, capitão-mor dos privilegiados de Lobão da Beira e Santa Ovaia, e de sua mulher D. Antónia Ribeiro Pinto, herdeira do vínculo de Lobão.
Era neto patº de Domingos de Seabra, do Fail, e de Maria Antunes da Silva, de Vila Chã. Era neto matº de Manuel Ribeiro e Isabel João, conforme processo de FSO de Luís Osório Beltrão (Maço 16, nº 345) por sua 2ª mulher D. Bernarda Antónia de Morais Seabra, filha do Dr. Lucas Seabra.
O Dr. Lucas de Seabra da Silva foi baptº no Lobão a 08.10.1694/f. 29 e seus pais haviam casado no Lobão a 26.11.1693/f. 226v..
Depois, tenho que João Baptista, avô de D. Josefa Teresa Ferraz, mulher do Dr. Lucas de Seabra, teve processo de FSO (Maço 15, nº 397).
E é isto o que posso dizer a respeito.
Um abraço.
Sempre,
Pedro França
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RE: José de Seabra da Silva
Caro Luís:
Dá uma espiada nesta intervenção minha para o Miguel Gorjão:
http://genealogia.netopia.pt/forum/msg.php?id=128053
Um abraço.
Sempre,
Pedro França
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RE: José de Seabra da Silva
Caro Geneall,
Infelizmente, venho rectificar a informação sobre a data de falecimento de meu avô José Seabra da Silva, progenitor da Casa dos Condes da Bahía e Viscondes da Bahía, de juro e herdade, com duas vidas fora da Lei Mental, de que hoje é titular D. João Charters de Almeida e Silva, outro notável português dos nossos tempos.
Seabra da Silva morreu a 12 de Março de 1813, como consta do seu assento de óbito, em Lisboa (S. SEbastião da Pedreira). Aproveito para expor a biografia deste notável português, que, no cargo de Guarda-Mor da Torre do Tombo, terá redescoberto a carta de Pêro Vaz de Caminha, que andou perdida...
4.1. JOSÉ DE SEABRA DA SILVA , n. Coimbra (S. Martinho da Torre de Vilela), a 1.11.1732 (b. Coimbra, Torre de Vilela, a 17.11.1732 ) e f. Lisboa (S. Sebastião da Pedreira), a 12.3.1813, «morreu, tão placidamente como quem pega no sono, em 13 [12] de Março de 1818[3], e no dia seguinte foi o seu corpo levado entre lágrimas à Igreja de S. Sebastião da Pedreira, onde a sua bela alma dera tantas mostras da sua piedade esclarecida».
Moço-Fidalgo com mil reis de moradia e um alqueire de cevada por dia «que se costuma dar aos filhos dos Desembargadores do Paço», e Fidalgo Cavaleiro por sucessão de seu Pai (Alvará de 20.9.1753), depois acrescentado o foro de Moço-Fidalgo a Fidalgo Escudeiro com mais 600 reis de moradia e logo também acrescentado a Fidalgo Cavaleiro com mais 400 reis de moradia, perfazendo o total de 2000 reis de moradia e um alqueire de cevada por dia (Alvará de 2.1.1754) .
José de Seabra da Silva sucedeu na Casa de seus Pais e foi ainda, por mercê régia, senhor da Quinta do Canal (sita no Campo de Coimbra), que vagara com a proscrição dos jesuítas (Carta de 20.5.1769 ), e de mais quatro «geiras de terra no Campo de Bollão, que forão da extincta casa de Aveiro, para se unirem de jure e herdade às mais fazendas que já possuía na cidade de Coimbra, como consta dos decretos e portarias de 21 e 22 de Março de 1769 e de 10 de Junho de 1791» . Era ainda senhor da Quinta de St.ª Eufémia (perto de Montemor-o-Velho, adquirida em 1.3.1782, por 3 000$00 reis). Comprou, autorizado por Decreto régio de 1.4.1796, «um casal composto de vários foros no sítio de Campolide pelo preço de dois contos e trezentos mil réis» . Obteve nomaação de «juiz privativo com jurisdição ordinária para a medição, demarcação e tombo das propriedades de que é senhor e possuidor no sítio de S. Sebastião da Pedreira e do Casal de Campolide contíguo, que ultimamente comprou, precedendo as necessárias licenças e solenidades jurídicas, às Religiosas do Mosteiro de S. Dinis de Odivelas» (Decreto régio de 13.7.1796) .
Eis algumas notas mais sobre a carreira de JOSÉ DE SEABRA DA SILVA:
Bacharel em Leis pela UC (matriculou-se na faculdade de leis em 1.10.1744, ainda com onze anos(!!); tomou o grau de doutor a 24.4.1751 com dezanove anos (!) e fez o exame vago com «o maior e raro esplendor», em 1.3.1752) , a que assistiu pessoalmente o Marquês de Pombal;
Desembargador Extravagante da Relação do Porto (Carta de 29.5.1754), tendo em consideração a «especial capacidade literária que (…) mostrou ter no exame vago», tendo obtido na mesma mercê o lugar de Desembargador Extravagante da Casa da Suplicação (Carta de 29.5.1754) ;
Chanceler da Casa da Suplicação (11.11.1756);
Procurador Fiscal da Companhia do Grão-Pará e Maranhão (Alvará de 20.4.1757 );
Procurador Fiscal da Junta do Comércio (3.7.1758);
Executor da Fazenda da Rainha D. Maria Ana Vitória (carta de 10.5.1760);
Procurador da Fazenda no Conselho da Fazenda (Repartição do Ultramar) (3.7.1760);
Procurador da Coroa (24.4.1765);
Guarda-Mor do Arquivo da Torre do Tombo (29.4.1766 e 3.9.1768);
Desembargador do Paço (25.1.1770);
Ministro adjunto do Marquês de Pombal durante três anos (D. José – 6.6.1771), até ao fatal dia de 17.1.1774, data em que, como adiante descreveremos, caiu em completa desgraça perante o Rei e o Marquês de Pombal.
Comendador de S. Miguel de Oliveira de Azeméis na Ordem de Cristo (carta de 15.5.1779)
Presidente da junta ordinária de revisão e censura do novo código penal (12.1.1784), em substituição do 1.º Marquês de Ponte de Lima.
Carta do Conselho, com 4286$000 reis de moradia por mês (Carta de 10.7.1792) ;
Cavaleiro da Ordem de Cristo e Grã-Cruz da Ordem de Cristo (6.6.1796)
Comendador da Torre Deita na Ordem de Cristo (bispado de Viseu, 21.6.1796)
Conselheiro de Estado (3.7.1796); e FSO .
Ministro da Rainha D. Maria I (15.12.1788-5.8.1799), tendo neste último reinado desempenhado as funções de Secretário de Estado dos Negócios do Reino.
Ainda sem podermos fornecer datas concretas, sabe-se ainda que foi Executor da bula da Cruzada e Sócio honorário da Academia Real das Ciências de Lisboa. No seu tempo de ministro pombalino, é impossível não o ligar à autoria da obra que forneceu a justificação doutrinária para a expulsão dos Jesuítas do Reino, a chamada Dedução Cronológica, apesar de, no seu elogio histórico na Academia das Ciências (1861) , o Marquês de Resende ter assegurado que José de Seabra da Silva disse não haver na Dedução Cronológica «uma única palavra sua», isto apesar do livro ter sido publicado sob o seu nome
Depois de três anos como ministro de D. José, «caíu sobre ele a mais horrível e extraordinária calamidade», sem que ainda hoje se saibam verdadeiramente as razões, embora alguns Autores apontem para uma intriga urdida pelo Cardeal da Cunha (seria esse o entendimento do próprio, bem como aquele expressado pelo Marquês de Pombal, em interrogatório posterior ), ou, segundo outros, mesmo para falhas graves no comportamento de José de Seabra da Silva, enquanto Ministro . Em 17 de Janeiro de 1774, ao despedir-se da Família Real, que partia numa galeota para Salvaterra, pediu ordens a D. José, que, em vez de lhe ordenar que o acompanhasse, lhe disse «vá recebê-las do Marquês de Pombal». Este comunicou-lhe que estava demitido e desterrado. Eis o texto da ordem:
«Cumpre ao meu Real serviço que haja como hei por escuso de todos os empregos que n’elle ocupou o doutor José de Seabra da Silva, e lhe ordeno que no termo de quarenta e oito horas haja de sahir da cidade de Lisboa e seu termo, e no de quinze dias peremptorios se apresente no Valle de Bésteiros para d’elle não sahir até segunda ordem minha. O Marquez de Pombal, do meu conselho d’Estado e secretario e ministro dos negocios do Reino, o tenha assim entendido e faça executar (...). Palácio de Nossa Senhora da Agenda em 17 de Janeiro de 1774»
Ao fim de três meses, nova ordem, escrita pelo punho do Marquês, datada de 26 de Abril, manda prendê-lo, entrando no Castelo de S. João do Porto a 4 de Maio. A 4 de Outubro, sem nada, é metido num navio com destino ao Rio de Janeiro, de onde é levado para Luanda (Angola), onde chega a 1.3.1775. Foi depois para o Presídio de Pedras Negras, «o desterro mais cruel, mais brutal, que n’essa ephoca se podia dar» .
Tradicionalmente, diz-se que regressou ao Reino e foi reabilitado após a morte de D. José, mas tal sucedeu a quatro meses da morte do Rei D. José (a qual ocorreu a 22.2.1777), sendo ainda Ministro o Marquês de Pombal, quando, já doente D. José, a Rainha D. Maria Victória assumiu a regência do Reino (15.12.1776), tendo a ordem sido dada ainda antes desta assunção da regência. O decreto que ordena que o Governador de Angola D. António de Lencastre providenciasse o regresso ao Reino de José de Seabra da Silva dizia que aquele devia tratar Seabra da Silva
«com todas as honras que merece um ministro do seu carácter e estimação, fazendo-o conduzir ao Reino com todas as comodidades e despesas que for preciso para o seu transporte, por tudo ser do meu real agrado» .
Chegou a Lisboa, onde foi recebido de forma entusiástica, segundo conta Pinho Leal. Após subir ao trono, por Decreto da Rainha D. Maria I, foi total e formalmente reabilitado:
Em 15.12.1788, foi nomeado Secretário de Estado dos Negócios do Reino, que abrangia a justiça, os assuntos eclesiásticos e obras públicas. Assim, foi grande o apoio que deu à cultura e às ciências, tendo fundado a Biblioteca Nacional de Lisboa, e empreendido importantes obras públicas, como a abertura de canais no Mondego e em outros rios (Sado, Guadiana, barra do Porto, etc). Foi novamente demitido, em 5.8.1799, por ter defendido que o Princípe D. João deveria convocar as Côrtes para assumir a Regência, pelo que foi desterrado para a sua Quinta do Canal, junto à Figueira, com proibição de voltar à Côrte (o que se manteve até 30.3.1804, pelo que não assistiu ao casamento de seu filho o Visconde da Bahía com a filha do 1.º Conde de Rio Maior).
Junot, ao invadir Portugal, sabendo que estava «no desagrado da Corte», convidou-o para Ministro do Interior, «a que se recusou, como bom português» (Pinho Leal), tendo mesmo sido um dos promotores, a 5.2.1808, da «sociedade restauradora».
Tanto Seabra da Silva como os seus filhos sustentaram vultuosamente a resistência aos franceses. Tenho, neste momento, a certeza, no entanto, de que seu filho terá sido maçon e apoiante dos franceses, pelo menos na fase inicial.
Sigamos Pinho Leal, que faz notar que os seus dois únicos filhos varões:
«assentaram praça no exército português, combatendo sempre, e com distinção, em defesa da sua pátria, e como seu pai, em razão da sua provecta idade e padecimentos, não podia fazer parte do exército libertador, ofereceu ao Estado, enquanto durasse a guerra com os franceses, os rendimentos das comendas da casa da Bahia (3:000$000 reis anuais) e ele os seus filhos deram ao exército real muito fardamentos e, por várias vezes, cavalos para a cavalaria, e muares para a artilharia (só de uma vez lhe deram 30 e tantos), além de outros valiosos donativos. Seu filho António, já senhor de vários prazos, forneceu, à sua custa, e abundantemente, a nau Martim de Freitas. Depois marchou para Trás-os-Montes a unir-se às tropas leais do benemérito General Silveira (depois 1.º Conde de Amarante (…))».
JOSÉ DE SEABRA DA SILVA casou a 8.1.1764 com D. ANA FELÍCIA COUTINHO PEREIRA DE SOUZA TAVARES CERVEIRA E HORTA , b. Coimbra (Sé Nova), a 14.8.1745 e f. Lisboa (S. Sebastião da Pedreira), a. 26.3.1807, filha de NICOLAU COUTINHO PEREIRA DE SOUSA MENEZES DA HORTA AMADO E CERVEIRA , n. Soutelo do Douro, a 27.4.1720, FCCR. Senhor da Casa dos Coutinhos de Coimbra e do morgado de Soutelo (Trancoso), 10.º senhor do morgado e do juro real da Redízima da Bahía-de-todos-os-Santos, MF com exercício, e de sua mulher D. FRANCISCA MARIA DE TÁVORA E SOUSA («BAHÍA», § 6) – passou a ser senhor de toda a Casa dos Coutinhos de Coimbra e do Morgado do Soutelo, em Trancoso, 11.º senhor do Morgado de Juro da Redízima da Bahía, etc.. Foram pais de:
5.1. MANOEL MARIA DA PIEDADE COUTINHO PEREIRA DE SEABRA E SOUZA TAVARES HORTA AMADO CERVEIRA E TAVORA. Visconde da Bahía e Conde da Bahía. No decreto de criação do viscondado da Bahia, D. Maria II expressamente o fundamentava:
a) nos «serviços e trabalhos de (...) José de Seabra da Silva, ministro e secretário de estado dos negócios do reino», bem como
b) por sua Mãe, no facto de ser o sucessor ou, como diria D. Maria na atribuição da comenda de St.ª Maria de Torre Deita da Ordem de Cristo no Bispado de Viseu, em duas vidas, «além de outras [razões], em memória do seu Avô primeiro donatário [da Capitania da Bahía-de-Todos-os Santos] a quem representa» (Alvará de 21.6.1796 e Despacho régio de 13.5.1796) de Francisco Pereira Coutinho, que «Foi à conquista da Índia na companhia dos primeiros conquistadores, o Almirante Vasco da Gama, D. Francisco de Almeida, primeiro Vice-Rei, e Afonso de Albuquerque, primeiro Governador com quem se achou na tomada de Goa, de cuja cidade foi Capitão, pelo Sr. Rei D. Manuel, por carta de 24 de Fevereiro de 1521; foi despachado por estes serviços pelo Sr. Rei D. João 3.º com a Doação da Capitania da Bahia de todos os Santos de juro e herdade em Morgado, tirada para sempre da Lei Mental, como todas as Doações da América Portuguesa. Empregou na dita Capitania quanto cabedal tinha adquirido na Índia, e do Dote da sua mulher Dona Margarida de la Cerda, principiando nela a primeira Povoaçã oda América, a que deu o nome de Vila, ou Cidade de Pereira; trabalhando e despendendo tanto como nenhum dos Donatários de Capitanias do Brasil; sustentando muitas guerras com os Gentios os mais bárbaros e ferozes de todo o Brasil; fundou debaixo de armas algumas aldeiras; promoveu as plantações de açucar, e algodão com extraordinário adiantamento e por fim arruinado na fazenda, que podia recuperer- se Madeiras = sem a Capitaniia com era de justiça, naufragou, voltando da Capitania dos Ilhéus para a Bahía; e foi morto e comido pelos Gentios; e devendo por sua morte suceder-lhe seu filho legítimo Manuel Coitinho Pereira, aprontando-se com Parentes, Amigos e Gente a continuar na sua Capitania os trabalhos de seu Pai, o obrigaram a ele renunciar o seu direito à Capitania; e receber, em compensação, 400 mil réis de Juro pela Redízima da Baia, que a esse tempo já importava em muito mais para os ter em Morgado ele e os seus sucessores do mesmo modo, e com as mesmas cláusulas extraordinárias com que se concedeu a Doação da Capitania.Do sobredito Manuel Coutinho Pereira, 7.º Avô da sobredita D. Ana Felícia Coutinho Pereira de Sousa, passou o juro aos seus Descendentes, até à mesma D. Ana Felícia».
5.2. António Coutinho de Seabra. «Tomado no foro de Moço-Fidalgo da Casa Real com mil reis de moradia por mês e um alqueire de cevada pró dia paga segundo ordenança e é foro e moradia que pelo dito seu Pai lhe pertence» (Alvará de 12.5.1790) . Morreu à frente da sua companhia, o Regimento n.º 8 na Batalha do Bussaco, de 27.9.1810. Era o seguinte o teor da participação da sua morte, pelo tenente-coronel Douglas, comandante do Regimento:
«Il sera de quelque satisfaction à la famille de mr. de Seabra da Silva de savoir que mr. Antonio Coutinho de Seabra est mort dans l’ éxécution de son devoir à la tête de sa compagnie. L’ action était vive, et beacoup de braves gens sont allés à Dieu – A son excelence mr. de Seabra da Silva = Douglas, lieutenant coronel du regiment d’ infantarie nº 8» .
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RE: José de Seabra da Silva
Caro Pedro,
o mais antigo é então o Domingos de Seabra, que terá nascido no Fail por volta de 1630, segundo deduzo. Realmente, daqui para trás as coisas complicam-se um pouco. Não há outros Seabras da mesma área nos ficheiros da universidade ou nas ordenações sacerdotais?
De qualquer forma, pode ser que entronquem nos Seabras que vieram da Sanábria sem finais do século XIV, e que serão apenas uma pequena parte de todos os Seabras portugueses, segundo me parece.
Um abraço,
Luís
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RE: José de Seabra da Silva
Caro Confrade,
O mais antigo desta varonia que por enquanto se conhece é de facto Domingos de Seabra, Pai de GREGÓRIO DE SEABRA DA SILVA (ou GREGÓRIO DA SILVA ), que foi baptizado em Viseu (Fail), a 19.3.1665. Foi seu padrinho «Manuel Siabra», que creio, pela consulta dos paroquiais, ser irmão de Domingos Seabra (foi madrinha Antónia ..., mas não decifrei ainda o seu apelido, julgo que "Mendes"). Trata-se do primeiro livro de paroquiais desta freguesia, pelo que julgamos ser improvável, por esta via, prosseguir na averiguação da ascendência Seabra desta família.
Cordiais cumprimentos,
MGH
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RE: José de Seabra da Silva
Caro Miguel:
Já agora, que mal lhe pergunte, onde é que casou o ministro seu antepassado, José de Seabra da Silva? ~Segundo li, apenas refere a data - 08.01.1764.
Lembrei-me da sua proposta de há já algum tempo sobre ascendentes Marmeleiros e Ferrazes de Torre de Vilela...; creio que me interessam, sim. Penso poder tornar público alguma informação a respeito.
Um abraço.
Sempre,
Pedro França
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RE: José de Seabra da Silva
Caro Pedro França,
Desculpe só agora responder mas só hoje vi a sua mensagem.
Para essa sua pergunta continuo sem descobrir a resposta. Assim que encontrar a resposta, imediatamente lhe darei conhecimento.
Teria o maior gosto em conhecê-lo em Coimbra. Esta semana não irei dar aulas, por razões óbvias (Quaresma e Páscoa), mas na próxima semana irei dar aulas na 6.ª feira, dia 28, de manhã, na Faculdade de Direito (sala 12), das 11 e 15 às 13. Se puder, teria muito gosto em cumprimentá-lo e trocar algumas informações sobre marmeleiros e ferrazes imediatamente antes ou depois.
Com os melhores cumprimentos,
Miguel Gorjão-Henriques
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RE: José de Seabra da Silva
Caro Miguel Gorjão:
Dia 28 na alta coimbrã? Se quiser encontrar-me no AUC a partir das 09:00/09:30 estaria bem para mim. Para si também?
Diga coisas.
Um abraço e Boa Páscoa.
Sempre,
Pedro França
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RE: José de Seabra da Silva
Caro Geneall,
José de Seabra da Silva, que dão como tendo morrido a 13 de Março, morreu a 12 de Março. Já havia alertado, neste tópico, para o facto, o ano passado.
Com amizade,
Miguel Gorjão-Henriques
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RE: José de Seabra da Silva - achei? Ou talvez não?
Caro Miguel:
Creio poder responder hoje mesmo à sua questão:
- Nos assentos de casamento da fregª da Sé, de Coimbra, localizei um assento datado de 20.04.1792 como respondendo a uma petição feita pelos próprios José de Seabra da Silva e D. Ana Felícia Coutinho Pereira de Sousa, que assim colocam o seu recebimento na freguesia de que era natural a mulher, D. Ana.
O recebimento teve efectivamente lugar na ermida de N. Srª das Neves, freguesia de N. Srª da Purificação da então vila de Oeiras, a 08.06.1764, conforme assento lavrado no Lº 6, a fl. 82v., em presença de D. Paulo de Carvalho e Mendonça, do Conselho de S. M. e do Geral do S.to Ofício, irmão do todo poderoso marquês de Pombal, de quem José de Seabra foi Secretário de Estado enquanto esteve nas suas boas graças.
Assim fica desvendado esse mistério, Miguel. Pode registar. Essa petição foi satisfeita e encontra-se no objecto digitalizado [31] nos recebimentos da fregª da Sé, Coimbra, ano de 1792.
Abraço.
Pedro França
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RE: José de Seabra da Silva - achei? Ou talvez não?
Caro Miguel e mais confrades:
Rectificação: O assento abrange o objecto digitalizado [30], onde começa, e vem expressa a data de casamento, e vai ao [31] onde termina.
Abraço.
Pedro França
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RE: José de Seabra da Silva - achei? Ou talvez não?
Caro Pedro França,
É verdade. Há já algum tempo que já tinha descoberto o assento (que, curiosamente, está em Oeiras mas também em Santa Isabel, em Lisboa...). Já tinha transmitido a cópia ao Chefe desta Família, o Senhor Conde da Bahia. Assim se corrige toda a informação até hoje publicada, designadamente pelo Marquês de Resende ou no Livro de Oiro da Nobreza ou mesmo no Anuário NP (creio). O teor integral do assento é o seguinte:
Francisco de Sales Pároco nesta freguesia/de Nossa Senhora da Purificação da vila de Oeiras/certifico que aos oito dias do Mês de Junho de mil/setecentos sessenta e quatro na Ermida de Nossa/Senhora das Mercês desta vila em/ presença do Ex.mo e R.mo Senhor Paulo de Carvalho/e Mendonça do Conselho de Sua Magestade e do ge-/ral do Santo Ofício Vedor da Fazenda da Rainha /nossa Senhora e Presidente do seu Conselho comis-/sário geral Apostólico da Bula da Santa Cruza-/da e D. Prior da Insigne e Real Colegiada de Gui-/marães, pelas cinco horas da tarde se casaram por/palavras de presente José de Seabra da Silva de/Morais, filho de Lucas de Seabra da Silva, e de sua /mulher Dona Josefa Teresa de Morais Ferraz na-/tural do lugar de Vilela, e baptizado na fregue-/sia de São Martinho da Torre, Bispado de Coimbra,/e morador na freguesia de Santa Isabel da cidade/ de Lisboa, Com Dona Ana Felícia Coutinho/Pereira de Sousa, filha de Nicolao Pereira Cou-/tinho de Sousa e Menezes, e de sua mulher Do-/na Francisca Maria de Sousa e Castro, na-/tural e baptizada na freguesia da Sé da cidade/ de Coimbra, donde é moradora; e a dita contra-/ente constituiu seu procurador e deu especial/comissão para efeito de celebrar este ma-/trimónio com o sobredito Contraente, a seu tio/Bernardo Coutinho Pereira. Ambos os con-/traentes foram dispensados nos banhos e-/ mais papéis de estilo pelo Ex.mo e R.mo Se-/nhor Cardial Patriarca de Lisboa, que jun-/tamente lhes concedeu licença e especial/ comissão ao dito Ex.mo e R.mo Senhor Paulo//Paulo de Carvalho e Mendonça para os re-/ceber na sobredita Ermida do seu Palácio/ desta vila celebrou também este casa-/mento em minha presença e das testemunhas/abaixo assinadas e em tudo se guar-/dou o Sagrado Concílio Tridentino, e constitui-/ções deste Patriarcado, e Decreto de Sua/ Eminência de cinco deste presente mês. Foram/ testemunhas presento o Il.mo e Ex.mo Senhor/ Francisco Xavier de Mendonça Furtado do/Conselho de Sua Mag.de e seu Ministro, e Secre-/tário de Estado e o Il.mo e R.mo Senhor Gaspar /de Saldanha de Albuquerque Reitor Reforma-/dor da Universidade de Coimbra, e Pedro Gon-/çalves Cordeiro Pereira, Desembargador do Paço/ e Juiz da Inconfidência de que fiz este termo que /todos assinamos die ut supra. Paulo de Carvalho/e Mendonça, como procurador da contraente Ber-/nardo Coutinho Pereira = Francisco Xavier de /Mendonça Furtado= Gaspar de Saldanha de Al-/buquerque Pedro Gonçalves Cordeiro Pereira/o Pároco Francisco de Sales».
(TT, Registos Paroquiais de Oeiras – Nª Senhora da Purificação, Liv. 3 (1760-1803), fl. 81v.)
JOSÉ DE SEABRA DA SILVA DE MORAIS, como é nomeado no seu assento de matrimónio, casou pois em Oeiras, na Ermida de Nossa Senhora das Mercês, no Palácio dos Marqueses de Pombal, a 8 de Junho de 1764 com D. ANA FELÍCIA COUTINHO PEREIRA DE SOUZA TAVARES CERVEIRA E HORTA. É de notar, como salienta, que, além de ter casado no palácio do Ministro Marquês de Pombal, José de Seabra da Silva foi casado pelo irmão deste, Paulo de Carvalho e Mendonça, e tendo como testemunhas outro irmão do Marquês e Secretário de Estado (Francisco Xavier), o Reitor reformador da Universidade de Coimbra (Gaspar de Saldanha de Albuquerque) e o Desembargador responsável pelo julgamento dos regicidas (Pedro Gonçalves Cordeiro Pereira ). Notável!
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RE: José de Seabra da Silva - achei? Ou talvez não?
Caro Miguel:
Tem razão: é N. Srª das Mercês. Eu com a pressa (estava na escola na altura e a minha ideia não era este assento...tropecei nele por mero acaso) li "Neves" e o que então rabisquei foi o que lancei. Só depois é que confiirmei.
Bom, esperemos que agora fique tudo bem e se façam as devidas correcções.
Abraço.
Pedro França
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José de Seabra da Silva
Caro Miguel Gorjão
Acabo de ler um assento de baptismo, datado de 1784, onde figuram como padrinhos "o Excelentíssimo Senhor José de Seabra da Silva e a Excelentíssima Senhora Dona Josefa Leonor de Seabra, assistentes na cidade de Lisboa".
Penso que o padrinho seria o "seu" José de Seabra da Silva, mas sem ter a certeza. A madrinha é que poderá talvez confirmar a presunção. Diz-lhe alguma coisa o nome dela?
Cordiais cumprimentos,
Manuel Cravo.
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José de Seabra da Silva
Bom dia,
Também procuro mais informações sobre a família Seabra de Mogofores. Os elementos que tenho até agora são:
Ambrósio Rodrigues, baptizado a 11 de Dezembro de 1700, na freguesia de Nossa Senhora do Couto de Mogofores, filho de João Rodrigues Serra (ou João Rosa da Serra de Alcernha [?]) e de Filipa de Seabra, ambos naturais de Mogofores.
Muito obrigado!
Cumprimentos,
Duarte Vilardebó Loureiro
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