Manuel II Paleologo

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Manuel II Paleologo

#129496 | mgorjaoh | 26 sep 2006 13:33

Entrada no GENEA do Imperador cujas palavras, repetidas pelo Santo Padre, geraram toda esta agitação: http://genealogia.netopia.pt/pessoas/pes_show.php?id=195655.

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A Tolerância do Islão

#129546 | Marmello | 27 sep 2006 00:16 | In reply to: #129496

agitação pq?

O Papa até foi bem comedido.


A natureza da tolerância no Islão

Os actos de violência que os muçulmanos têm cometido na Europa e nos
Estados Unidos, são geralmente atribuídos a uma minoria "fundamentalista",
mas na verdade todo o Islão se fundamenta em princípios de intolerância e
beligerância, especialmente contra o mundo Cristão ocidental. Conheça
alguns pormenores bem esclarecedores...

Roberto de Mattei


Nas terras conquistadas pelo Islão, a opção deixada aos vencidos é a
conversão ou a morte. Para os adeptos da religião dos "Livros Santos",
cristãos e hebreus, mas também sabeítas e zoroastristas, definidos como
"gente do Livro" (ahl el-Kitab) ou "gente do Pacto" (ahl el-dhimma), está
previsto um estatuto privilegiado desde que aceitem submeter-se ao Islão.
Tal estatuto jurídico de inferioridade, chamado dhimma, é simbolizado pelo
pagamento de uma taxa pessoal que indica o reconhecimento público da
subordinação ao Islão.

O pacto de Omar, primeiro sucessor do profeta, introduziu o distintivo para
os protegidos: castanho para os madeístas, azul para os cristãos, amarelo
para os hebreus e, confinando os dhimmos em bairros especiais, antecipa
assim o aparecimento da prática dos guetos.

Os dhimmos, desde que aceitem submeter-se ao Islão, são integrados na
comunidade islâmica, mas na condição de uma pesada sujeição jurídica. São
excluídos dos cargos públicos e obrigados a cumprir os imperativos sociais
da charia; o proselitismo religioso é punido com a pena de morte, mas os
dhimmos devem aceitar o proselitismo dos muçulmanos, mesmo nas suas igrejas
ou sinagogas. Por outro lado, os dhimmos não podem construir edifícios mais
altos do que os dos muçulmanos, devem proceder aos funerais dos seus mortos
em segredo, sem prantos nem lamentos; é-lhes vedado tocar sinos, expor
qualquer objecto de culto e proclamar, diante de um muçulmano, as crenças
cristãs. Um muçulmano pode casar-se com uma mulher dhimma, mas um dhimmo
não pode casar-se com uma muçulmana; a criança nascida de um casamento
misto é sempre muçulmana. A sanção que pune os muçulmanos culpados de
delitos é atenuada se a vítima for um dhimmo. Os não-muçulmanos nunca podem
ser testemunhas contra muçulmanos, sendo o seu juramento inaceitável. Tal
rejeição funda-se, segundo os hadith, sobre a natureza perversa e mentirosa
dos "infiéis" que insistem deliberadamente em negar a superioridade do
Islão. Pela mesma razão, um muçulmano, mesmo que seja culpado, não pode ser
condenado à morte, se for acusado por um infiel. Pelo contrário, aconteceu
diversas vezes que houve dhimmos condenados à morte no lugar de muçulmanos
culpados.

A rejeição das testemunhas dhimmas é particularmente grave quando elas,
caso não raro, são acusadas de ter "blasfemado" contra Maomé, delito punido
com a pena de morte. Os dhimmos, incapacitados de refutar em juízo as
acusações dos muçulmanos, encontram-se, muitas vezes constrangidos a
aceitar o Islão, para conseguirem salvar a vida.

O pagamento do tributo a que estão sujeitos os dhimmos, chamado kharadj, é
justificado pelo princípio segundo o qual a terra subtraída pelo Islão aos
"infiéis" é considerada como pertencente, por direito, à comunidade
muçulmana. Por força deste princípio, qualquer proprietário é reduzido à
condição de um tributário que detém a sua terra na qualidade de mero
usufrutuário por concessão da umma. A taxa vem carregada de um simbolismo
sagrado e bélico: é o direito inalienável atribuído por Alá aos vencedores
sobre o solo inimigo. Além da kharadj, os dhimmos são obrigados a pagar
outro imposto, a djizya, que lhes é imposta no decurso de uma cerimónia
humilhante: enquanto paga, o dhimmo é golpeado na cabeça ou na nuca.

É esta a natureza da tolerância no Islão.

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RE: A Tolerância do Islão

#129556 | Sancho | 27 sep 2006 03:28 | In reply to: #129546

Caro Marmello,

Permita-me que discorde da sua opinião. Não se de quando data o que presumo ser um excerto que colocou na sua intervenção, nem tão pouco da época a que o mesmo se refere.

Contudo, deixe-me que lhe diga que a religião que ao longo da história mais intolerante se mostrou foi a Igreja Católica Apostólica Romana. De facto, ao chegarem à península ibérica, a título de exemplo, os muçulmanos trouxeram consigo o seu direito, sem que nunca tivessem, no entanto, imposto a sua religião! Permitiram sempre aos locais, tal como o haviam feito os romanos aquando da ocupação da península, que mantivessem as suas próprias crenças/dogmas! Como muito bem sabe, ou não fosse o caro amigo um entusiasta devorador, passo a expressão, da história universal, aos descendentes daqueles que se casaram voluntariamente com os ocupantes mouros da península, chamou-se-lhes moçárabes!

Por outro lado, nunca a igreja católica catequizou os povos conquistados por vontade destes. Sabe bem, o confrade, que todas as expedições portuguesas (europeias) eram integradas por clérigos que visavam a evangelização (forçada) dos povos descobertos... ("Dado ao mundo por Deus que todo o mande, pera do Mundo a Deus dar parte grande" In, Lusíadas) Referia-se Camões a El-Rei Dom Sebasteão, na medida em que os povos conquistados eram entregues a Deus, por meio da referida evangelização armada!

Sabe igualmente bem o confrade que a igreja católica cometeu ao longo dos séculos as maiores barbáries, não só contra outras religiões. A Igreja Romana cometeu as maiores atrocidades no seu próprio seio, purgando, por meio de "caças a bruxas", muitos dos seus verdadeiros e autênticos fiéis. O próprio papa João Paulo II pediu perdão por esses actos inominavéis, a meu ver numa atitude mais política que de fé!

Por último, creio que é do conhecimento geral das pessoas esclarecidas o intelecto magnífico e a superior inteligência e visão que foram inerentes a Sua Eminência o Cardeal Joseph Ratzinger, ao longo de toda a sua vida vaticana.
Como tal, estranho muito que SS o Papa Bento XVI proferisse fosse que discurso fosse acrca de tão delicado tema, sem que houvesse ponderado as reacções que daí adviriam. Custa-me, verdadeiramente, acreditar em tal facto!!

Um abraço amigo, Sancho

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