Proc.º do Santo Ofício ( proc. uma Hab.ção)
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Proc.º do Santo Ofício ( proc. uma Hab.ção)
Boa noite!
Gostaria de saber se além dos livros existentes na Sala de Leitura, da Torre do Tombo e das Caixas das Habilitações Incompletas haverá outro/s fundo/s, onde possa pesquisar outros Processos e Habilitações respeitantes aos Familiares e suas mulheres.
O meu 5.º avô cap.ão de Ordenanças Manuel Martins Coelho, da freg. de Santana da Serra, quando se habilitou era alferes e almotacé de Ourique e casado com Maria Teixeira. Depois de viúvo veio a casar com a minha 5.ª avó Maria de JESUS que era neta do cap.ão Manuel Fernandes Bexiga, o célebre Bexiga de Alfontes-Boliqueime, que "media forças" com El-Rei D.Pedro II.
Do resp.º proc.º na Torre do Tombo consta a inquirição feita a sua 1.ª mulher , mas não o da segunda mulher,Maria de JESUS, minha antepassada.
Hoje, por acaso ao consultar o proc. para FSO de Bartolomeu Martins Coelho,filho deste meu meu avô - cap.ão M.M.Coelho ,atrás referido e de sua mulher Maria de JESUS, do Vale da Vaca-Boliqueime, li que esta foi habilitada em 1762.
Gostaria de saber onde pesquisar, além das fontes mencionadas, para encontrar a habilitação desta minha avó, cuja Habilitação se torna necessária para saber da ascendência dela.
Desde já os meus agradecimentos.
Rafael Carvalho
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RE: Proc.º do Santo Ofício ( proc. uma Hab.ção)
Caro Rafael
Que grande prazer em voltar a falar consigo outra vez!
Olhe, hoje, na TT, um confrade nosso, mais concretamente o Rui Pereira (este homem é um poço de informações e que partilha desinteressadamente!), chamou-me a atenção para um livro importante ligado aos arquivos da Inquisição. Penso que é uma compilação de todo o acervo existente na TT sobre essa matéria. A autora dessa obra de consulta é Maria do Carmo Jasmins Dias Farinha.
Sou sincera, passei uma vista de olhos muito rápida pelo livro mas acho que é extremamente útil para podermos aceder a um conjunto de informações ligados à temática. Acho que esta é a minha única ajuda para o seu pedido. Tenho a certeza que se o analisar vai encontrar pistas para o que pretende.
Se estiver ao meu alcance obter mais alguma achega, já sabe, é só dizer
Abraço
Maria
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RE: Proc.º do Santo Ofício ( proc. uma Hab.ção)
Estimada amiga
O prazer foi redobrado para mim,não só pela satisfação que tive de entrar em contacto consigo, mas porque tenho por si não só grande admiração como a estimo muito.
Muito obrigado pela informação.
Não posso deixar de corroborar o que diz sobre o Rui Pereira, de uma simpatia enorme e por quem tenho também grande consideração pelo seu saber, solidariedade e delicadeza , por quem tenho também grande amizade.
Um abraço
Rafael
Aproveito, a propósito de Habilitações para F.S.O. repositórios de informação valiosa para a Genealogia, saber o que vos parece dizer sobre a expressão........"pela parte da mãe MARIA COELHA ( Maria Coelha de Aragão, como tb. aparece ) a família do habilitando (do ref. meu 5.º avô Manuel Martins Coelho )........"padece de um rumor", por parte dos -DIAS-de facto esta minha 6.ª avó era filha do alferes Baltazar Dias Queimado, que fez parte tb. da governação de Almodôvar. E por esta época aparece um pároco freire da Ordem de Santiago , na igreja da freg. ª desta minha avó ( Santana da Serra) chamado Manuel Dias de Aragão.
Mas, como ia dizendo: a família , "padece de um rumor"que desapareceu depois do pai ter casado as filhas dentro "das famílias principais" da região.
Suponho que o tal "rumor" era fama de judaismo. Seria ?
Uma boa noite e obrigado por tudo.
Rafael
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RE: Proc.º do Santo Ofício ( proc. uma Hab.ção)
Caro Rafael
Obrigada pelas suas gentis palavras.
Quanto ao assunto:
1- Há, efectivamente, bastantes cristãos novos com o apelido Dias; mas os que encontrei foram todos da minha região de investigação: beira interior; sobre a sua zona, nada conheço. Portanto, essa é uma porta que fica em aberto para investigar.
2- Sobre a sua hipótese e pergunta implícita na mensagem, eu coloco duas sobre ela: ou pela razão que aponta ou pela seguinte - essas filhas, talvez moçoilas de grande vivacidade e alegria de viver, "talvez" tenham dado oportunidade a que se falasse delas na região, dando alguma "oportunidade" a este e àquele, criando "falatório" na zona. O pai não descansou enquanto as não colocou a bom recato, isto é, tentou casá-las com os melhores partidos da terra, calando assim a má língua generalizada. Casadas as filhas, deixaria de haver mexeriquice à volta das mesmas, ainda por cima estando elas casadas com nomes respeitáveis da região e por todos reconhecidos.
Caro amigo, isto é uma análise simplista, imediata, de alguém que está fora dos seus dados. Mas quem sabe...?!
Com um abraço
Maria
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RE: Proc.º do Santo Ofício ( proc. uma Hab.ção)
Cara Maria David
Achei curiosa a sua intepretação;e pode ter-se tratado de um caso como refere; porque,em todos os tempos e, felizmente, ainda mais hoje, houve mulheres(senhoras) que souberam impor-se pelo princípio que ninguém é dono de ninguém e assim o corpo e o espírito é delas e dão-no a quem entendem merecer essa dedicação e confiança e feliz o homem que teve ou tem essa primazia.
Mas voltando ao assunto: embora ressalvando o meu interesse por fazer crer que tal "rumor" seria prova de judaísmo,penso já ter lido ou ouvido dizer que a palavra -rumor-aparecida em Proc.ºs para FSO se referia a práticas de judaísmo apercebidas pelos vizinhos ou outrem, a que os inquiridores, de livre vontade, por convicção,ou influência do habilitando ou família deste, faziam crer que era por má fé, inveja ou vingança dos denunciantes ou de certas testemunhas; porém houve inquiridores,faça-se justiça, que eram escrupulosos,atendendo à verdade e não deixaram certas pretensões ir por diante.
No caso da família do meu avô Manuel Martins Coelho FSO -Maço-141 - Doc. 2409 ter "padecido de um rumor " por parte de sua mãe Maria Coelho de Aragão, pelos-Dias, por ser parenta de um indivíduo com este apelido ( lê-se no resp.º proc.º) não esquecer tb.que esta minha avò era filha de um Dias Queimado ( o alf. e respúblico Baltazar DIAS Queimado) cujo avós paternos foram um de igual nome e sua mulher Catarina MENDES ( apelido de muitas famílias de sangue hebraico ), que tb. foram pais de António DIAS Queimado cc Catarina Rodrigues Pegas., meus antepassados por outro ramo familiar e avós do notário do Santo Ofício e Capelão particular do Cardeal Cunha o padre Bartolomeu Guerreiro Palma M-6-Doc. 96.
No Proc.º FSO de MMC, lê-se que embora o avô Sebastião Martins não fosse pessoa principal,( porque embora rico e lavrador, fora almocreve por conta própria e grande negociante de vinhos e cereais ) todos os outros avós de Manuel Martins Coelho " são todos das melhores famílias e principais daquelas freguesias" e que além de serem " pessoas principais, distintas, as mais graves da freguesia, diziam as test.as, sendo o pai de MMCoelho o Vereador mais Velho de Ourique e o primeiro lavrador mais rico e principal da sua freg. com mais de 30.000 (trinta mil cruzados ), o que me leva a supor com fortuna e influência mais que suficientes para calar o tal "rumor" de judaísmo (?), que se deduz de uma testemunha que não conseguiram, os inquiridores, calar, e se a memória não me falha, escreveram que o dito dessa testemunha não podia ser levado a sério por manifesta má fé, inveja...enfim! calarem tal "mentira", que não era.
Alonguei-me para tentar provar que neste caso, à semelhança de tantos outros, e desde sempre e continuará "enquando o mundo durar ", o dinheiro, muito dinheiro, compra quase tudo, até a honra e a consciência de muitos, não me admirando assim que devido à fortuna destes meus antepassados e influência que tinham conseguissem facilmente calar tal "rumor " de judaísmo se existiu, como creio e que a minha cara amiga também considera.
Gostaria igualmente que confrades nossos tb. manifestassem a opinião sobre a palavra "rumor", como o referido na Hab.de FSO.
Com um abraço o desejo de um bom fim de semana
Rafael
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RE: Proc.º do Santo Ofício ( proc. uma Hab.ção)
Atendendo à fama de bons financeiros que foram as famílias judaicas, de facto,houve no ramo familiar que mencionei na msg. anterior, bons financeiros e não me posso esquecer do meu bisavô Amaro Guerreiro, que empobrecido pelas herdades confiscadas à família pela Guerra Civil, mercê do seu dom para o negócio e habilidade financeira,conseguiu fortuna.
Eu não herdei nenhuma destas qualidades :-)
Como curiosidade genealógica era tb. bisneto deste meu bisavô e das famílias que referi o infeliz Eng.ºAdelino Amaro da Costa que foi Ministro da Defesa Nacional e grande parlamentar,etc.
A continuação de uma boa noite
Rafael
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RE: Proc.º do Santo Ofício ( proc. uma Hab.ção)
Caro Rafael
Li com muito interesse tudo o que referiu.
Ainda que a hipótese que ventilei possa constituir, da minha parte, uma interpretação ligeira sobre o tal "rumor", a verdade é que as suas considerações têm peso. Sobretudo se atendermos à importância social e económica que os ditos seus ancestrais tiveram na região. Mas como nada conheço da zona nem analisei os Processos de que fala, vou passar os seus dados a duas pessoas que encontro todos os dias na TT e que poderão pronunciar-se com mais rigor sobre a questão.
Acho que só traz vantagem escutarmos novas teorias sobre o assunto.
Até eu já estou a ficar curiosa sobre o que os nossos confrades poderão sugerir...
Um excelente domingo para si
Maria
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RE: Proc.º do Santo Ofício ( proc. uma Hab.ção)
Caro Confrade Rafael,
Por falar no Eng. Adelino Amaro da Costa, já coloquei aqui no Fórum uma questão, mas não obtive uma resposta objectiva por parte de um primo meu.
É a seguinte a minha questão:
- Minha avó chamava-se Maria da Piedade ou Maria Segunda (tem dois nomes nos registos), nasceu em Castelo Branco em 14/10/1884.
Seus pais: João Corrêa, natural de Mecebides e Maria do Rozario, também natural de Mecebides. Estes meus bisavós.
Os pais de João Corrêa eram: Manoel Rodrigues e Maria da Conceição. Moravam no Arrabalde de Assougues.
Os pais de Maria do Rozario eram: Pedro Amaro da Costa e Anna Luiza. Estes meus tetravós.
Os padrinhos de baptizmo de minha avó, eram: João Amaro da Costa (penso que seja irmão do Pedro Amaro da Costa) e Nª. Senhora do Rozário.
Haverá alguma ligação ao falecido Eng. Adelino Amaro da Costa?
A minha avó Maria da Piedade, neta de Pedro Amaro da Costa tem como antepassados a família Costa Riscado, a qual também se liga à do seu marido dos ramos Barata (meu avô ainda é primo de minha avó).
Também sei que a sogra do Eng. Adelino Amaro da Costa é uma Senhora que tem no seu nome "Barata". Esta Senhora era minha colega de trabalho quando se deu o acidente de Camarate.
Alguém me pode ajudar?
Aguardo e envio os meus cumprimentos,
Celeste Correia Saraiva
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RE: Proc.º do Santo Ofício ( proc. uma Hab.ção)
Cara Confrade Celeste Correia Saraiva
De facto há apelidos que nos levam a supor parentesco, que não existe; mas a Genealogia "é uma caixa de surpresas "e só a investigação aturada e devidamente documentada, nos leva a "certezas" que muitas vezes são de facto e não de direito.
Eu já tinha reparado em tal coincidência.
O apelido-AMARO-do Adelino vem do nosso bisavô -Amaro Guerreiro-cuja personalidade admirada pela família, a levou, como homenagem, dar o nome próprio deste Senhor aos filhos, depois netos, bisnetos e até trinetos, que é o caso, por ex. do meu neto Francisco (Francisco Amaro).
Mas,poderá consultar a Árvore de Costados de ADELINO MANUEL LOPES AMARO da COSTA, colocando este nome, lá em cima, no canto superior direito, onde diz-PESQUISAR-clicando à frente, em PESSOAS e terá acesso a alguns antepassados dele e poderá, se vir motivos para tal,poder desenvolver a sua pesquisa.
Pode aceder tb. directamente
http://genealogia.netopia.pt/pessoas/pes_show.php?id=146360
Ficarei ao seu dispor para alguma outras infs. que julgue úteis.
Com os meus melhores cumprimentos
Rafael Carvalho
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RE: lapso
O Francisco Amaro é já tetraneto; o trineto, como ex. é o pai - Manuel Amaro, meu filho mais velho.
Uma boa noite!
Rafael Carvalho
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RE: Proc.º do Santo Ofício ( proc. uma Hab.ção)
Caro Rafael
O prometido é devido e aqui estou eu a dar-lhe conta da tal conversa que tive com pessoas da TT, sobre a questão que levantou.
Pois bem, caro amigo, as opiniões são unânimes, apoiando a sua tese "por fazer crer que tal "rumor" seria prova de judaísmo,penso já ter lido ou ouvido dizer que a palavra -rumor-aparecida em Proc.ºs para FSO se referia a práticas de judaísmo apercebidas pelos vizinhos ou outrem, a que os inquiridores, de livre vontade, por convicção,ou influência do habilitando ou família deste, faziam crer que era por má fé, inveja ou vingança dos denunciantes ou de certas testemunhas; porém houve inquiridores,faça-se justiça, que eram escrupulosos,atendendo à verdade e não deixaram certas pretensões ir por diante."
Em muitos processos, de acordo com o que me contaram sobre experiencia pessoal, fazem-se alusões a esse dito "rumor". Eu é que ainda não tinha passado os olhos por nenhum em que se abordasse a questão, talvez porque as pessoas envolvidas não estivessem sobre qualquer dúvida. Todos os que tenho analisado são, efectivamente, de cristãos-novos assumidíssimos. O termo "rumor" é mais frequente em processos relacionados com candidatos a familiares do Santo fício, padres, homens de ordens religiosas, candidatos a cargos públicos, etc.
Portanto, em síntese, o seu palpite está certo!
Abraço
maria
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RE: Proc.º do Santo Ofício ( proc. uma Hab.ção)
Cara Maria
Não sei como agradecer-lhe. A sua boa vontade e atenção para comigo. Também estou à sua disposição no que souber e for possível.
Houve, realmente, fama na família (e proveito pelos bons cabedais que tiveram e inteligência para se governarem bem ) e num caso de um tio-avô do séc. XVII/XVIII (este,por afinidade, de apelido-TAGASTE- que raptou a minha tia, 2.ª mulher dele, tinha esta 12 anos, mas era rica ...) foi público e notório a sua origem XN).
Um grande abraço
Rafael
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