Documentos de dispensa de parentesco
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Documentos de dispensa de parentesco
Caros confrades
Nos registos de casamento dos nossos ascendentes é comum encontrarmos que os mesmos tiveram dispensa de parentesco para casamento, independentemente do grau.
Ora, se a dispensa de casamento era dada por Roma, suponho que teria que haver um pedido formal à Santa Sé pedindo a dispensa, onde deveria constar qual o ramo que havia em comum, o nível de parentesco e o nome dos individuos desse ramo da árvore.
A existirem tais documentos, seriam uma mais valia importantissima para a genealogia, principalmente quando já não há registos paroquiais e não se consegue saber que ascendentes eram comuns.
Algum dos confrades sabe da existência destes documentos e onde eram arquivados? Estariam nos Bispados, ou nos arquivos do Vaticano?
Não acreditando que uma documentação tão importante quanto a dispensa de parentesco fosse destruída, ainda mais quando há referencias a ela nos registos de casamento, tais documentos deverão estar em algum lado...
Cumprimentos
Nuno Inácio
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Dispensas de consanguinidade e de afinidade
Caro Nuno Inácio
Na Torre do Tombo em Lisboa já consultei alguns desses processos de dispensa de consanguinidade e de afinidade. Os documentos em questão pertenceram à Câmara Eclesiástica de Castelo Branco e estão agrupados em maços.
Julgo, sem ter a certeza, que também lá existem processos da Câmara Eclesiástica de Lisboa.
Cumprimentos
António G. Pereira
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RE: Dispensas de consanguinidade e de afinidade
Por acaso também já os consultei na TT. Eram também de C. Branco. O que me surpreendeu na altura (há 3 anos) foi o estado de preservação precário - alguns já não podiam ser consultados -. Teria de os ver todos, por falta de ordem nas datas. Estão misturadas. Ainda fiz um índice em folhas toscas dos documentos q consultei, deixando-o ficar com os 2 maços consultados, pois permitiram-no. Tencionava lá voltar, pois não encontrei o mês e dia que pretendia.
Cumprimentos
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RE: Dispensas de consanguinidade e de afinidade
Caros Antonio e Cristina
Desconhecia que tais documentos estivessem na Torre do Tombo.
A zona de Castelo Branco interessa-me, pois a minha mulher é da Covilhã.
Por acaso têm ideia do período que abrange tal documentação?
E em termos de genealogia, consta toda a ascendencia ou apenas os nomes que são comuns?
Algum dos confrades já tentou algum contacto com o Vaticano no sentido de saber se lá se encontram também tais documentos arquivados?
Cumprimentos
Nuno Inácio
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RE: Dispensas de consanguinidade e de afinidade
Caro Nuno:
O melhor que tem a fazer é perguntar na TT.
Consultei as minhas "cábulas" e pouco lhe posso adiantar. Só consultei uns maços referentes ao séc. XVIII e XIX e mal me recordo dos detalhes descritos nestes documentos.
Espero que consiga alongar a sua investigação para além dos registos paroquiais!
Boa Sorte!
Cristina
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RE: Dispensas de consanguinidade e de afinidade
Caro Nuno Inácio
Julgo que essa documentação da CECB diz respeito ao século XVI e posteriores.
Nos processos de dispensa de consanguinidade o que mais se destaca é a ascendência de cada um dos noivos até ao(s) antepassados(s) comun(s). E consta sempre alguma informação nomeadamente sobre naturalidades, idades e profissões. E é apresentada sempre alguma justificação para o casamento dentro da família, ora porque o meio é pequeno, ora porque não havia outra donzela da condição do noivo, etc..
Nos processos de dispensa de afinidade o procedimento era o mesmo. Nestes processos um dos noivos, pelo menos, era viúvo e pretendia casar com parente do conjuge falecido(a).
Eu julgo que a Covilhã não pertencia nesse tempo à CECB mas sim à da Guarda. Pelo que li encontra-se no Paço Episcopal da Guarda muita documentação da CEG. Entra essa documentação encontram-se processos de ordenação e de dispensa matrimonial, cuja consulta não tem sido autorizada ao público. Ainda, pelo que li, essa documentação estará a ser catalogada e tratada, com o patrocínio da Fundação Galouste Gulbenkian, e a sua consulta será possível brevemente.
Cumprimentos
António G. Pereira
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RE: Dispensas de consanguinidade e de afinidade
Caro António
Mais uma vez muito obrigado pelo seu esclarecimento.
Aguardemos então a possibilidade de consulta de tais fontes, espero que para breve.
Cumprimentos
Nuno Inácio
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RE: Dispensas de consanguinidade e de afinidade
Caros Confrades
Como penso que todos nós, tenho ascendentes com dispensa para o casamento. Os que me dizem respeito, reportam-se à região do Marco de Canaveses. Onde estarão esses processos e serão consultáveis.
Com os meus melhores cumprimentos,
José Alfredo Soares de Oliveira
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RE: Dispensas de consanguinidade e de afinidade
Caro José Alfredo
Quando iniciei este tópico, foi exactamente para tentar saber algo mais relativamente a essa questão.
Segundo os nossos confrades António e Cristina pelo menos do Distrito de Castelo Branco estarão na Torre do Tombo. Falta saber se também lá estarão de outros distritos.
Tudo o que sei relativamente às dispensas é que tal dispensa era dada pela Santa Sé, em Roma, desconhecendo por onde passava o pedido e a resposta.
Não acreditando que cada Igreja contactasse directamente com Roma para este assunto, suponho que o padre enviaria a documentação para o bispado respectivo e, daí, seguiriam os pedidos para Roma.
Inquestionável será que Santa Sé, conhecida pelos seus arquivos, bibliotecas e organização, terá tais pedidos arquivados em algum lado. A ser assim, haverá uma fonte inesgotável de genealogia em Roma... Repare que, segundo os nossos confrades, na Torre do Tombo há documentação de dispensas do Séc. XVI (a partir de 1500). Numa dispensa de quarto grau, subiriamos três gerações, sendo possível recuar em dois ramos a principios do Séc. XV.
Cumprimentos
Nuno Inácio
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Dispensas de consanguinidade e de afinidade
Caro Nuno Inácio
Os documentos mais antigos da CECB que consultei são do século XVII e não do século XVI como por lapso indiquei. Pelo que vi nesses documentos tudo se passaria, então, sem intervenção directa da Santa Sé. Entretanto, já encontrei referências a uma Bula Papal para dispensa de consanguinidade em casamento cerca de 1580. Não sei se a partir destes dados devemos generalizar e estabelecer que após 1600, aproximadamente, essas dispensas passaram para a alçada das Câmaras Eclesiásticas.
Aproveito para acrescentar que o "território" abrangido pela CECB era, naquele tempo, bastante diferente do que corresponde hoje ao distrito de Castelo Branco. Por exemplo, os actuais concelhos de Mação, Abrantes, Sardoal e Constância, que hoje pertencem ao distrito de Santarém, pertenciam então à área de influência da CECB.
Por outro lado, o nosso confrade Pedro França já nos trouxe notícias sobre processos de ordenação que se encontram no AUC. É muito provável que também existam processos de dispensa de consanguinidade e de afinidade nesse arquivo.
Cumprimentos
António G. Pereira
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RE: Dispensas de consanguinidade e de afinidade
Caro António Pereira
Segundo consegui apurar a Diocese de Castelo Branco só foi fundada em 1771, tendo-se mantido em funcionamento até 1881.
Aqui surgem várias questões e, quem sabe, algumas respostas para o facto de:
1 - Tais documentos se encontrarem na Torre do Tombo
O facto de a Diocese ter sido criada tardiamente e extinta num período em que as ordens religiosas estavam a perder o seu papel "divino" e "supra-nacional" poderá justificar a inclusão dos seus documentos na Torre do Tombo, em vez da sua transferência para Portalegre.
2 - Se Castelo Branco dispunha de documentos de dispensa de consanguinidade no Séc. XVII, altura em que ainda não existia a Diocese, de onde vieram tais documentos? Teriam sido enviado pelas igrejas para arquivo? Teriam sido transferidos de Portalegre para lá por dizerem respeito a essa área? O facto de os documentos se encontrarem desorganizados e em mau estado, segundo a nossa confrade Cristina, dá-me a ideia de que esses documentos teriam sido enviados pelas respectivas paróquias.
Cumprimentos
Nuno Inácio
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Dispensas de consanguinidade e de afinidade
Caro Nuno Inácio
Dê uma vista de olhos em:
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=38483#lista
e veja as datas ali referidas pelo confrade Manuel Rolão.
Não sei explicar-lhe o facto da CECB ser anterior à data da fundação da respectiva diocese. Mas tanto quanto julgo saber, de memória e segundo informação que terá sido também prestada pelo confrade Manuel Rolão, essa documentação da CECB foi transferida da Biblioteca Nacional para o ANTT. Como foi parar à Biblioteca Nacional não sei.
Há casos em que aparecem no mesmo maço vários processos respeitantes a pessoas da mesma localidade o que parece indiciar que houve, por vezes, algum cuidado na sua organização. Entretanto, lembrei-me que uma vez no ANTT trouxeram-me, por lapso, um maço da Câmara Eclesiástica de Lisboa com o mesmo número do maço da CECB que eu tinha requisitado. Como a organização desse maço era idêntica à dos maços da CECB talvez se possa concluir que uns e outros tenham sido "organizados" em simultâneo. Mas onde?
Consultei umas boas dezenas de processos. Muitos deles estão em bom estado de conservação.
Cumprimentos
António G. Pereira
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Dispensas de consanguinidade e de afinidade
Caro Primo António Pereira,
Estes processos me permitiriam avançar em alguns ramos. Cito o caso do casamento de José de Almeida e Catarina Nunes, em Alcains, em 05-07-1720. Foram dispensandos no terceiro grau de consanguinidade. Para se dispensar no terceiro grau de consanguinidade, o casal teria de apresentar até seus bisavós, certo? Pois entre os oito casais me faltam dois. Será que a Torre do Tombo aceita pedidos para localizar tais processos?
Abraços
Lourval
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RE: Dispensas de consanguinidade e de afinidade
Caro Primo Lourval,
Eu acho que na TT ainda não deram grande atenção a esses processos. A prova disso é a inexistência de índices para os processos que se encontram nos diferentes maços da Câmara Eclesiástica de Castelo Branco. Sendo assim, para eles, é como procurar agulha em palheiro.
Os nossos confrades Manuel Rolão e Carlos Machado estudaram alguns desses processos com alguma atenção. Pode ser que eles consigam adiantar mais alguma coisa a respeito José de Almeida e Catarina Nunes.
Abraços,
António G. Pereira
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