Tudela de Castilho
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Tudela de Castilho
Para o Pedro França
Caro Primo (??????????)
Tudo bem neste começo de ano lectivo? Tem calma que só faltam 10 meses para umas novas férias ... que já se chamaram e foram grandes.
Não sei se já vieste à TT?
Eu só lá devo regressar para a próxima semana, e isto só para 3.ª ou 4.ª feira para ver se avanço nos Coutinho Garrido e outras mais investigações relacionadas.
Pedia-te agora o favor - qd puderes, que não há pressa - de me veres nos paroquiais de LARES ( penso que então era freg. de S. Salvador de Maiorca, mas tb já me apareceu como S. Pedro das Alhadas, de modo que estou baralhado quanto à freg.) os assentos de baptismo das irmãs a seguir indicadas (com a indicação dos respectivos pad.s e referência da fl.):
- D. Francisca Maria Paula Tudela Morato de Castilho
- D. Maria Bernarda Tudela Morato de Castilho
Penso que o b. destas filhas do Dr. Félix Tomé de Freitas Morato e de sua mulher D. Rita Josefa Tudela de Castilho Prado e Costa deve andar à volta de 1745, isto partindo da idade dos pais, ele aí b. em 1710 e a mãe em Castelo Branco, S. Miguel, a 19-XII-1723.
Já agora, faz-me tb o favor de dares uma olhadela pelos recebimentos para Lares, embora eu pense que eles tenham casado em Castelo Branco.
As notas que eu tenho - e são muitas - respeitam às informações dos comissários paras as HSO, preocupados com a limpeza de sangue da D. Rita, infamada de cristã nova, justamente pelo costado que lá mais para trás tem ascendência real...
Como só devo ir por aí lá mais para meados ou fins de Outubro, fico, entretanto, a aguardar notícias tuas.
Saudades às tuas "pequenas" e um abraço para ti,
Zé Filipe
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RE: Tudela de Castilho
Caro Primo:
Tomei nota do teu pedido. Agora só lá para 3ª Feira, 'tá bem?
Um abraço para ti também e lembranças para os teus.
Sempre,
Pedro França
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RE: Tudela de Castilho
Olá Pedrito
Tudo bem contigo?
Já sei! Muito trabalho na escola e pouco tempo para e no AUC.
Se ainda não tiveste oportunidade de veres o que te pedi, deixa estar, que eu vou aí para a outra semana, na 2.ª e 3.ª feiras, dias 8 e 9 do próximo mês de Outubro.
Aliás, além deste pedido que te fiz, tenho imensas coisas para confirmar, quer em relação aos Tudela, de Lares, quer aos Macedo Pereira, do Cardal, quer ainda aos Coutinho Garrido, da Bouça e às suas muitas relações matrimoniais.
Por exemplo, relativamente aquela D. Maria Augusta de Macedo TCF que me descobriste e de que eu só tinha a referência constante do ass de bapt. (para uma - simplesmente - Maria), a tal que casou em Verride, a 08-I-1855 (eu nas minhas referências não uso a pontuação adoptada aqui no Genea, aliás a norma correcta para as datas é um hífen e não um ponto), com o Francisco Xavier Teles de Ataíde e Melo. Vou ter de confrontar esse assento de casamento, para confirmar se este último é quem eu penso ser, isto é, o mesmo Francisco Telles de Mello que aqui aparece no Genea como filho de Francisco Xavier Tellles de Mello Albuquerque Brito Freire Menezes e Faro Athaíde e Lancastre e de sua mulher D. Maria Ana Guilhermina Dantas (e não de Antas) da Cunha e Almeida Leite Pacheco Baena Malheiro.
Bem, nos paroquiais da Pena o pai nunca aparece com o Xavier do nome próprio, nem com o Lancastre que aqui aparecem, tal como vem no ANP de 2006. Mas isso não significa nada. O meu bem estudado José Caetano Cabral da Fonseca Mesquita e Lemos tb nunca aparece nos paroquiais com o Lemos final e efectivamente tinha-o. Já a mãe deste Francisco Telles Mello aparece, quer nos paroquiais quer no ANP com o Dantas e não de Antas, embora nós saibamos que são uma e a mesma coisa.
Quanto à outra irmã, a D. Francisca Antónia, penso que o 1.º marido que me fizeste o favor de descobrir - José Telo Pereira de Magalhães Colaço - seja um dos filhos do casal José Tello Pereira de Brito e Almeida e D. Madalena Máxima de Macedo Magalhães Colaço de Alarcão Sarmento, casados em Vinha da Rainha a 7-XI-1800 e referidos no ANP no tt.º de MAGALHÃES MEXIA, pp. 232-249, mais concretamente p. 247.
Aliás, é curioso notar que a Quinta das Pontes vem à posse dos Magalhães (logo na geração seguinte Magalhães Colaço) pela mão da 1.ª mulher do pai da D. Madalena Máxima. Os Almeida Bacelar é que eram os senhores da mesma quinta no Espinhal. Não sei se referes isto no artigo que escreveste na "Munda" e que eu infelizmente ainda não consegui comprar por estar esgotado esse número.
Bem, depois falaremos com mais tempo se por acaso estiveres pelo AUC, ou noutra ocasião dada a tua falta de disponibilidade "miluziana"...
Um apertado abraço e recomendações em casa,
Zé Filipe
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RE: Tudela de Castilho
Caro Primo:
Então é assim:
- De facto, estive no AUC e tenho dados para ti, embora não na totalidade: falta-me o baptismo da D. Maria Bernarda. Tenho o da D. Francisca e de mais uma série de irmãos e tenho a transição dos baptismos em Lares/Alhadas para Lares/Maiorca. Só que agora aconteceu-me um percalço: não localizo o caderno onde registei esses dados. Vou ter de ver entre as minhas pastas. Desculpa-me o incómodo.
Posso dizer-te que, pelos assentos de baptismo dos filhos, os pais - Dr. Félix e D. Rita - receberam-se em S. Miguel/Covilhã.
Agora, assim, tanto quanto me lembro, é isso.
Antes de tu vires cá acima, espero já ter descarregado estes quantos dados...
...Disponibilidade "miluziana" ou lá o que isso significa, é certo que este ano ainda tenho mais trabalho e desgaste do que o ano passado: "chaparam-me" com uma Direcção de Turma o que não podia ser melhor. Já não era pouco a coordenação de um Departamento (fui reconduzido no cargo) e agora mais isto, para o que não me acho com perfil nenhum..., mas enfim..., ossos do ofício.
Aguardas-me aqui,se não for pedir-te muito?
Aquele abraço e lembranças para casa.
Sempre,
Pedro França
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RE: Tudela de Castilho
Junto alguns dados dos Tudela Castilho, os quais poderão ser corrigidos:
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CASA TUDELA CASTILHO
(Séc. XVII – fins)
Largo da Praça Velha
Fundão
Brasão picado de Fernando Tudela Tudela Castilho Botelho (1772-1820)
Brasão de: Desconhece-se a que membro da família Tudela Castilho pertenceu.
Forma: Escudo boleado de bico, partido.
As armas estão picadas. Quando a luz solar rasa a fachada, permite a leitura dos vestígios das peças heráldicas originais.
O 1.º de CASTILHO – castelo encimado por uma flor-de-lis e ladeado por dois galgos; o 2.º de BOTELHO – quatro bandas.
Elmo: De grades voltado a três quartos de perfil (?), olhando à direita do escudo.
Timbre: Um galgo, tirado das armas dos Castilhos, sobre o elmo.
Local: Largo da Praça Velha, Fundão. Por cima do andar nobre, ao meio da fachada da casa.
Data: Século XVIII, segunda metade (?).
Situada no Largo da Praça Velha, perto do largo da igreja matriz do Fundão, temos uma das mais emblemáticas casas solarengas da cidade, provavelmente erigida nos fins do século XVII. Todos os estudiosos do património local o dão como edificado pela família Tudela Castilho, opinião que nos levanta algumas reservas.
Não enjeitamos a possibilidade este solar se poder atribuir por umas das muitas distintas famílias que sabemos ter existido no Fundão, e posteriormente ter passado, por herança matrimonial, à posse dos Tudela Castilho, ou por compra, quando estes se desfizeram de alguma das suas grandes casas de Castelo Branco, da Cunha Alta, ou de Espanha.
A leitura da respectiva pedra de armas, apesar de picada, ainda é possível quando a luz solar rasa a fachada deixando algumas sombras que nos permitem decifrar com segurança as peças heráldicas que a constituem.
BRASÃO
Escudo boleado de bico, partido de: o 1.º CASTILHO (castelo encimado por uma flor-de-lis e ladeado por dois galgos); o 2.º de BOTELHO (quatro bandas). Elmo de grades, assente sobre o bordo do escudo. Timbre assente sobre o elmo: um galgo, tirado das armas dos Castilhos.
Esta pedra de armas, em cantaria de granito mais claro do que o da fachada onde se encontra, foi mandada picar por Fernando Tudela Castilho Botelho (1774-1820), quando este teve que se desfazer do seu património em 1818, para pagar dívidas que contraiu e assim salvar a honra.
Uma segunda pedra de armas proveniente desta casa – só com a representação das armas dos Castilhos –, saída da porta lateral que dá acesso ao seu logradouro, encontra-se depositada no Museu Municipal. Este brasão de forma irregular, revela ter saído das mãos de um canteiro inábil neste tipo de representações, tanto pela forma, como pelo rigor das peças heráldicas que o compõem.
O DETENTOR DO BRASÃO
Desconhecendo-se a respectiva carta de brasão de armas ou o respectivo registo, tudo nos leva a supor que esta terá desaparecido como muitas outras ou, em alternativa, estas armas sejam assumidas. Este facto era bastante comum, especialmente no que toca a descendentes da nobreza tradicional que ascendiam a altos cargos na governação civil ou militar, na hierarquia das ordens religiosas ou na magistratura judicial. A estes era tolerada a composição de armas próprias, à revelia dos procedimentos legais em vigor.
Tudo leva a crer que este seja o caso do possuidor deste brasão, até porque nesta família ouve várias gerações de fidalgos da Casa Real, com destacados cargos na governação desta província e na magistratura, o que permitia com mais facilidade a assumpção de armas.
É possível atribuir este brasão, com grande margem de segurança, a FERNANDO TUDELA DE CASTILHO BOTELHO (1774-1820), nascido no Fundão a 2-I-1774, e falecido sem geração a 1-IX-1820 na freguesia das Donas, no concelho do Fundão. (confirmar data do nascimento na TT –17-VII-1772, ou 2-I-1774 )
Era filho de Nicolau Tudela Castilho (c. 1743), nascido na Cunha Alta, fidalgo-cavaleiro da Casa Real, magistrado, casado com sua prima D. Joana Elvira de Oliveira Maldonado, natural da Lardosa. Sua mãe era filha perfilhada do Dr. João Pinto Cardoso Maldonado que foi juiz de fora de Alpedrinha e Castelo Branco, e de Isabel Josefa.
Fidalgo da Casa Real por alvará de 1788, e coronel do Exército durante as Invasões Francesas, nas quais ao comando da brigada de Ordenanças da Idanha-a-Nova se bateu galhardamente contra o Exército Francês nos Combates de Alhandra de 14 a 16-X-1810. Foi ainda provedor da Misericórdia do Fundão (1797). Poeta e prosador, deixou obra inédita que acabou por se perder, apenas restando uma carta de despedida e um soneto de sua autoria, demonstrativos da sua sensibilidade e do seu nobre e honrado carácter . Dele nos ficou um retrato-miniatura da autoria do seu conterrâneo pintor José da Cunha Taborda (1766-1836), dada à estampa pelo coleccionador e investigador Júlio Brandão a reproduziu a cores, tanto na capa como no interior do seu livro “Miniaturistas Portugueses”, acompanhada da legenda “Fernando Tudela Castilho ?” .
O brasão pode-lhe ser atribuído, quase sem margem para dúvidas, devido ao facto de ter representado na sua partição os apelidos das famílias Castilho e Botelho. Quanto a este último apelido – Botelho – de ascendentes distantes, foi ele o único a usá-lo nas últimas seis gerações desta família.
Fernando Tudela, homem sensível e generoso, acabou por dissipar a sua fortuna ao ponto de ter criado grandes dividas que o obrigaram a vender todos os seus bens, incluindo o solar da Praça Velha, o que fez por escritura de 9-XII-1818, dois anos antes de falecer na maior miséria, mas salvando a honra, como homem de bem que era. Passou, deste modo, a grande casa dos Tudela Castilho às mãos do médico e sargento-mor do Fundão Joaquim Geraldes da Cunha Taborda Leitão Preto.
Pobre e doente acolheu-se na freguesia das Donas, em casa do frade D. José Meireles que por caridade o recebeu lhe deu sepultura por baixo do púlpito igreja desta aldeia.
DADOS GENEALÓGICOS
Vejamos agora os dados genealógicos da família de Fernando Tudelala, o último senhor desta família que teve a posse do solar da Praça Velha .
1. MANUEL CASTILHO VELOSO (c. 1622), natural de Castelo Branco, onde era senhor da Casa dos Castilhos, a qual já não existe e devia situar-se na zona antiga do castelo. Foi contador da então vila de Castelo Branco por carta de 14-II-1622.
Casou com D. MARIA TUDELA DE VASCONCELOS, proprietária do ofício de Juiz da Alfândega de Castelo Branco.
Tiveram:
2. FERNANDO TUDELA DE CASTILHO (1628-1693), que segue.
2. FERNANDO TUDELA DE CASTILHO (1628-1693), nascido a 26-VI-1618 na freguesia de Santa Maria do Castelo, em Castelo Branco, cidade onde veio a falecer a 20-I-1692.
Foi fidalgo da Casa Real, cavaleiro da Ordem de Cristo com tença de 40.000 réis pelos serviços prestados por seu pai em Castelo Branco e ainda pelos seus na praça de Arronches e Elvas contra os castelhanos. Formou-se em Leis a 10-V-1652, magistrado em várias comarcas, desembargador do Porto a 3-XI-1678, corregedor do Cível a 16-III-1686 e do Crime a 27-I-1689, proprietário do ofício de Juiz da Alfândega, contador e distribuidor do Juízo Ordinário de Castelo Branco por carta de 26-VI-1628.
Casou com D. MARIA SOARES FIGUEIROA, natural de Arronches.
Tiveram:
3. DIOGO SOARES DE FIGUEIROA (c. 1684).
3. DIOGO SOARES DE FIGUEIROA (c. 1684), baptizado a 24-VIII-1684 em Seia. Moço fidalgo da Casa Real por alvará de 31-VIII-1694, sucessor na Casa de seus pais, proprietário do ofício de Juiz da Alfândega de Castelo Branco, que se matriculou na Faculdade de Cânones da Universidade de Coimbra a 1-X-1688. Foi poeta.
Casou a 20-II-1689 na freguesia de Santa Cecília da Abrunhosa com D. JOANA LUÍSA DE ALVELOS DO AMARAL (c. 1689), natural da Cunha Alta, senhora do morgado de Abrunhosa e herdeira da casa de seus pais. Era filha de Bernardo de Alvelos de Barros, natural de S. Pedro do Sul, e de sua mulher D. Bernarda do Amaral Cabral, natural da Cunha Alta.
Tiveram oito filhos, dois quais conhecemos:
4. FERNÃO TUDELA DE CASTILHO E COSTA (1690-1740), que segue.
4. FRANCISCO XAVIER DA COSTA.
4. FERNANDO TUDELA CASTILHO E COSTA (1690-1740), nasceu na Abrunhosa a e ai foi baptizado a na freguesia de Santa Cecília a 16-II-1690, tendo falecido a 30-VIII-1740. Sucessor na Casa de seus pais, fidalgo da Casa Real por alvará de 1702, tenente de Infantaria que serviu na guerra contra Espanha, senhor do morgado da Abrunhosa – que lhe foi tirado por Simão Pais do Amaral, de Mangualde, por mostrar maior direito a ele. Foi proprietário do ofício de Juiz da Alfândega de Castelo Branco, escrivão da Misericórdia daquela vila (1731-1732) e seu provedor (1732-1733), assim como superintendente das coudelarias desta comarca, onde tinha uma grande casa.
Casou em Albuquerque, Espanha, com D. FRANCISCA MARQUES DO PRADO (f. 1771), natural daquela vila, que faleceu já viúva a 27-XI-1771 em Castelo Branco. Era filha de D. Diogo Marques do Prado, fidalgo castelhano que no tempo de D. Pedro II passou a Portugal onde foi sargento-mor de Cavalaria, e de sua mulher D. Francisca de Escobar e Cortez, ambos naturais de Vila Nova de Serena, em Espanha.
Tiveram:
5. DIOGO MANUEL TUDELA DE CASTILHO, nasceu na vila de Albuquerque, em Espanha, e faleceu solteiro. Foi fidalgo da Casa Real por alvará de 17-III-1776, capitão de Cavalo em Campo Maior, governador de Juromenha, proprietário do ofício de Juiz da Alfândega de Castelo Branco.
5. FERNANDO TUDELA DE CASTILHO (f. 1778), que faleceu a 7-XI-1778 em Castelo Branco, onde foi sacerdote.
5. FRANCISCO TUDELA DE CASTILHO E COSTA (1713-1769), foi baptizado a 30-IX-1713 na igreja de S. Mateus, na então portuguesa vila de Albuquerque, em Espanha. Faleceu a 19-I-1769 em Castelo Branco, e foi sepultado no convento de Santo António. Foi capelão fidalgo da Casa Real, familiar e comissário do Santo Ofício por carta de 25-IV-1755.
5. NICOLAU TUDELA DE CASTILHO (c. 1743), que segue.
5. D.JOANA LUÍSA DE ALVELOS DO AMARAL (f. 1753), nasceu em Albuquerque e faleceu a 13-XII-1753 em Castelo Branco. Casou nesta cidade, na igreja de S. Miguel, com Bernardino Manuel da Mota Ribeiro, natural de Lisboa, cavaleiro da Ordem de Cristo em 1752, do qual teve seis filhos.
5. D. RITA JOSEFA TUDELA DE CASTILHO E PRADO DA COSTA (n. 1723), nasceu a 1-XII-1723 na freguesia de S. Miguel de Castelo Branco.
Casou na mesma freguesia a 9-II-1745 com Félix Tomé de Freitas Morato, natural de Lares, freguesia de Alhadas, cavaleiro da Ordem de Cristo por decreto de 7-XI-1756, familiar do Santo Ofício por carta de 18-VIII-1737. Tiveram quatro filhos, cuja descendência usou o apelido GARRIDO, dos morgados da Bouça e de Miranda do Douro.
5. D. BERNARDA TUDELA DE CASTILHO (n. 1755), nasceu a 29-IV-1727 na freguesia de S. Miguel de Castelo Branco, onde veio a falecer solteira a 11-VI-1755.
5. JOSÉ BERNARDO TUDELA DE CASTILHO (1729-1806), nasceu a 8-III-1729 em Castelo Branco, onde veio a falecer solteiro a 21-IX-1806, sendo sepultado na igreja de Santo António.
5. D. CAETANA ROSA TUDELA (1731-1805), NASCEU A 21-III-1731 EM Castelo Branco e ali faleceu solteira a 3-X-1805.
5. D. LUÍSA FRANCISCA MADALENA TUDELA DE CASTILHO (n.. 1733), nasceu a 27-VII-1733 em Castelo Branco.
Casou na mesma cidade com João José Vaz Nunes Preto, capitão-mor de Idanha-a-Nova, administrador dos morgados de Lousa e de Alcains. Tiveram quatro filhos, cuja descendência usou os apelidos dos GERALDES da Graciosa, dos CALDEIRA DE BOURBON de Alpedrinha, dos TAVARES PROENÇA e dos VAZ PRETO DE ABRUNHOSA de Castelo Branco.
5. D. MARIA TUDELA DE CASTILHO SOARES E FIGUEIREDO (c. 1742), nasceu em Castelo Branco e aí casou a 20-VIII-1742, nas segundas núpcias de Manuel Soares Galhardo Temudo Caldeira, proprietário do ofício de Escrivão dos Orfãos de Niza. Tiveram um filho.
5. NICOLAU TUDELA DE CASTILHO (c. 1743), nasceu na Cunha Alta, e foi sepultado defronte da porta principal da igreja matriz do Fundão. Foi fidalgo da Casa Real, bacharel em Leis e Cânones pela Universidade de Coimbra a 22-VII-1743, escrivão da Misericórdia de Castelo Branco de 1758-1759 e 1762-1764, assim como auditor de Sua Majestade em Campo Maior, e juiz de fora em Penela.
Foi este o primeiro Tudela Castilho a ligar-se através do casamento ao Fundão, via pela qual terá tido posse do solar da Praça Velha, visto que na carta de despedida de Fernando Tudela, este menciona o solar como sendo dos seus avós – talvez os Oliveira Maldonado do lado materno.
Casou com sua prima D. JOANA ELVIRA DE OLIVEIRA E COSTA MALDONADO, natural da Lordosa, filha perfilhada e herdeira de João Pinto Cardoso Maldonado, natural do Fundão, juiz de fora de Alpedrinha e Castelo Branco, e de Isabel Josefa.
Tiveram:
6. FERNANDO TUDELA DE CASTILHO BOTELHO (1774-1820), que segue.
6. FERNANDO TUDELA DE CASTILHO BOTELHO (1774-1820), nasceu no Fundão a 2-I-1774. Em virtude da má administração da sua casa faleceu pobre a 1-IX-1820 nas Donas, concelho do Fundão.
Foi fidalgo da Casa Real por alvará de 1788, coronel do Exército, provedor da Misericórdia do Fundão (1797), senhor da Casa de seus pais com seu solar na Praça Velha.
Casou com sua prima co-irmã D. FRANCISCA TUDELA, natural da Lousa, filha de João José Vaz Nunes Preto e de sua mulher D. Luísa Francisca Madalena Tudela de Castilho. Deste casamento não houve geração.
A ele compete o uso do brasão que ostenta o solar da Praça Velha, partido de Castilho e Botelho. Foi ele o único desta família a usar o apelido Botelho, recuperado de um antepassado já longínquo.
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CARTA DE DESPEDIDA DE FERNANDO TUDELA
«Circunstâncias imperiosas têm determinado para sempre a minha retirada: elas mesmas são uma barreira de bronze que se opõem ao meu regresso, e que tornam a minha volta de uma impossibilidade absoluta.
Vivi aqui 45 anos, exceptuando aqueles que se consumiram na estupidez da infância. Consagrei todo o resto ao serviço e obséquio dos meus patrícios; e as minhas relações assaz extensas, as minhas protecções, e os meus bens até, foi tudo propriedade deles. Fiz tudo e por todos, sem ambição nem interesse; e segui nisto a doutrina de um pai virtuoso que me ensinou como melhor o fazer amigos do que juntar tesoiros. Enganava-se o bom velho; eu enganei-me com ele; falava dos tempos em que a gratidão se tinha por virtude, e não se persuadia que o seu sistema seria inaplicável à presente Era.
Não experimentei pois aquela correspondência de sentimentos que o meu coração merecia. Entre os que reputava meus melhores amigos, encontrei os que gratuitamente me tornaram opróbrio por afecto. Não pude ser superior a isto, e meditei no mesmo momento um projecto de retirada. Satisfiz os meus créditos para me pôr em estado de partir com honra. Sacrifiquei tudo a este plano; alienei os fundos necessários para o pagamento destes créditos; até a casa de meus A e o Solar da minha Família passou a mãos estranhas. Tal foi o resultado de uma perseguição violenta, que se agitava por molas desconhecidas, e tanto mais perigosas quanto se encobria com aparências respeitáveis e sagradas, contra as quais não era lícito lutar.
Retiro-me, pois, para nunca mais voltar aqui. Agradeço a todos os que me tiveram amizade e perdoo de bom grado oas mesmos que me ofenderam.
Fundão 19 de Dezembro de 1818 – Fernando Tudela Castilho»
autor: João Trigueiros
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RE: Tudela de Castilho
Caro Confrade João Trigueiros
Agradeço-lhe penhorado a importante achega que aqui nos deixou.
No que respeita ao discurso genealógico, já conhecia o encadeamento ascendente até ao Manuel de Castilho Veloso, pela razão de o mesmo ser referido na Hab. para familiar do Santo Ofício do dr. Félix Tomé de Freitas Morato e de sua (então) futura mulher, D. Rita Josefa Tudela de Castilho Prado e Costa (Maço 3 - Dil. 34).
Aí são tratados ao pormenor os ascendentes dos Tudela de Castilho e das suas consortes, muito particularmente o da ascendência paterna de D. Joana Luísa de Alvelos e Amaral, infamada de cristã nova. Já agora permita-me que corrija a data de baptizado do seu marido:
DIOGO SOARES DE FIGUEIROA, que * efectivamente em "Cea" (Seia), e aí foi b. em 24-VIII-1665 e não de 1684.
Não conhecia era parte substancial das ligações colaterais, designadamente do seu último representante em varonia, o referido Fernando Tudela de Castilho Botelho, nem da sua triste, mas edificante, história, no que toca aqueles princípios de honradez que aos poucos e poucos se foram perdendo.
Ainda relativamente a D. Rita Josefa, acima referida, a sua ascendência materna é como segue:
1. D. RITA JOSEFA TUDELA DE CASTILHO PRADO E COSTA, natural de Castelo Branco, S. Miguel * 1-XII-1723-XII-19 B., tendo por pad.s o sargento mor Simão Caldeira de Sá Castelo Branco e D. Joana Raimundo de Castilho e Costa.
3. D. FRANCISCA MARQUEZ DO PRADO, natural de Albuquerque, S. Marcos.
6. D. DIEGO MARQUEZ DO PRADO, natural de Villa Nueva de la Serena.
7. D. FRANCISCA DE ESCOBAR Y CORTEZ, natural de Villa Nueva de la Serena.
12. D. ALFONSO MARQUEZ DEL PRADO, natural de Logroño.
13. D. MARIA RANGEL Y GODOY, natural de Villa Nueva de la Serena.
14. D. JUAN DE ESCOBAR, natural de Villa Nueva de la Serena.
15. D. MARIA CORTEZ, natural de Villa Nueva de la Serena.
Dados que aqui deixo por poderem, eventualmente, interessar a algum dos nossos confrades.
Agradeço-lhe de novo a sua intervenção que, apesar dos dados relativos a colaterais não serem tão importantes para o desenvolvimento do meu trabalho, me poupou muito tempo de pesquisa.
Melhores cumprimentos,
José Filipe Menéndez
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RE: Tudela de Castilho
Caro Primo Zé Filipe:
- Já reparei que o confrade J. Trigueiros te respondeu e viste com certeza que ele refere o baptismo de D. Maria Benedita.
- Quanto a baptismos dos filhos do Dr. Félix Tomé temos o seguinte:
= Nas Alhadas (lugar de Lares):
1) - Francisca, baptª a 02.02.1746/f. 348v.-349, nascida a 28.11.1745;
2) Fernando, baptº a 09.05.1748/f. 404-404v.,, nascido a 23.03;
3) Francisco (Pedro), baptº a 23.08.1752/f. 524-524v., nascido a 05.06;
4) Mateus, baptº a 14.09.1755/f. 5v., nascido a 20.08;
5) Rita, baptª a 02.10.1756/f. 34v., nascida a 02.09.
= Em Maiorca (lugar de Lares):
6) Felícia, baptª a 28.03.1760/f. 93v., nascida a 24.02;
7) Teresa, baptª a 24.12.1758/f. 71v., nascida a 11.10;
8) Félix, baptº a 19.07.1762/f. 126, nascido a 23.06;
9) Luísa, baptª a 14.02.1765/f. 168v.-169, nascida a 29.10;
Posso dizer-te mais que o Dr. Félix Tomé Freitas Morato foi baptº a 04.12.1710/f. 76v., 321v., em Lares/Alhadas e tem processo de ordenação conjunto com seu irmão José Morato Roma, baptº a 22.01.1713/f. 96. O dito processo refere-se a Lares/Alhadas e é datado de 1717 (caixa 420).
O filho, Francisco Pedro Morato de Castilho também tem processo de ordenação - Lares/Alhadas, 1772, cxª 507. É aqui que se vê o casamento do Dr. Félix e D. Rita, em S. Miguel/Castelo Branco a 09.02.1745/f. 182 [Foi em Castelo Branco o recebimento].
Se precisares da ascendência Morato e Morato Roma posso vê-la: o avô materno do Dr. Félix Tomé foi padre, vigário da Sabacheira, prelazia de Tomar, e tem processo de ordenação.
Diz alguma coisa.
Um abraço e tudo de bom.
SEmpre,
Pedro França
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RE: Tudela de Castilho
Caro Pedro
Muito obrigado pelos assentos de b. que me conseguiste do matrimónio do Dr. Félix Tomé de Freitas Morato e da D. Rita Josefa.
Por estes assentos que me enviaste, devo depreender que o lugar de Lares, entre 1756 e 1758, mudou administrativamente da freguesia das Alhadas para a de Maiorca, à qual julgo que pertence ainda hoje? Daí a minha confusão, que deixei assinalada logo no início deste tópico.
Quanto à ascendência do Dr. Félix Tomé, agradeço-te, mas não preciso, uma vez que aquela que tenho, constante do seu processo de HSO (Maço 3 - dil. 34) me dá os seus pais e avós, que para já me bastam.
Ainda não fui dar uma olhadela lá por Lares, para ver se ainda existem alguns restos da sua "casa de morada", como fiz recentemente - e com êxito - na Carapinheira. Tenho também que fazer o mesmo, qualquer dia, lá por Penela...
Não sei se irei aí por Coimbra, pelo AUC, logo na 2.ª dia 8. Mas conto, de qualquer forma, estar na 3.ª, dia 9, para continuar a ver aquilo que deixei assinalado lá para trás, num dos conteúdos anteriores.
Recomendações às primas.
Um abraço, reconhecido do
Zé Filipe
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RE: Tudela de Castilho
Caro Zé Filipe:
Faltam ainda estes baptismos para Lares/Maiorca:
= Antónia, a 25.09.1766/f. 170v.-171, nascida a 16.02;
= Clara, a 09.07.1768/f. 204, nascida a 04.03;
= António, a ?.11.1769/f. 235v. (de 12 a 13 dias), nascido a 27.10.1769 [Este é um assento que foi recuperado tendo estado omisso, um tempo].
OK. Não avançarei mais por este lado. O dia que tenho disponível para nos encontrarmos é a 3ª Feira. Todos os outros estão preenchidos. Mas, na semana de 15 a 19, então, é impossível: tenho Conselhos de Turma ao fim da tarde, todos os dias.
Por ora é tudo.
Aquele abraço e tudo de bom.
Sempre,
Pedro França
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RE: Tudela de Castilho
Caro Pedro
Desculpa só agora voltar a escrever, mas tive que mudar de monitor, dado que o outro ecrã (de plasma e pardais ao ninho...) resolveu dar o berro.
Bem, era para te dizer que não te maces a fotocopiar o teu artigo de "A QUINTA DAS PONTES, ..." uma vez que já consegui achar e comprar o n.º especial da MUNDA em que o mesmo está incluído. Para já os meus parabéns, está muito bom - como era de esperar - e com uma série de dados (dos quais já me tinhas adiantado uma parte) a juntar e a servir de ponto de partida para outras investigações.
Logo, logo de início vai dar-me que fazer com os senhores da Capa Rota. Os dados, que havia visto aqui no Genea e confirmado depois no IAN/TT, apontavam-me noutra direcção geracional dos Telles de Ataíde e Mello. Assim, vou ter de "situar" aquele ... Prior José Joaquim Xavier Teles de Melo, que referes ser filho de Pedro de Melo Ataíde.
Depois dar-te-ei conta do que (re)descobrir.
Saudades em casa e as melhoras de tua Mãe.
Um abraço amigo do primo,
Zé Filipe
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RE: Os Alvelos de Barros e os Pais do Amaral
Caros Confrades
Do que aqui deixei antes escrito, no tópico de 1 de Outubro, sobre a ascendência de D. Rita Josefa Tudela de Castilho Prado e Costa, infamada de cristã nova por sua avó paterna D. Joana Luísa de Alvelos e Amaral, como vem na Hab. para familiar do Santo Ofício (Maço 3 – dil. 34) do seu futuro marido o dr. Félix Tomé de Freitas Morato, convém esclarecer alguns pontos.
Assim, não era pela sua ascendência materna dos Amaral, descendentes de Fernão Vaz do Amaral, 2.º neto, em varonia, de D. Guiomar de Castro, por sua vez 5.ª neta, em varonia, de D. Afonso Dinis, filho bastardo de D. Afonso III, havido em Maria Peres de Enxara, que D. Joana Luísa era infamada. Não por que os nossos reis, ou os de Castela seus ascendentes e parentes próximos, se preocupassem, por aí além, com a ascendência das mulheres de quem tinham filhos (fora do casamento, claro), fossem elas de raça hebraica ou, principalmente, mourisca. Nesses tempos não estavam ainda tão extremadas as (mal)crenças junto dos nossos reis, que tinham nalguns hebreus os seus melhores conselheiros económicos, ou tesoureiros, como então se designavam.
Não! D. Joana Luísa seria infamada, na opinião dos doutos comissários do Santo Ofício, por seu avô paterno Luís de Barros Cardoso. Este, era natural da Trapa, hoje freguesia de Santa Cruz da Trapa, no concelho de S. Pedro do Sul. E de Sul (para os menos atentos, este Sul não tem nada a ver com os pontos cardiais, mas sim com o nome do rio, o rio Sul, que atravessa o concelho) era natural a sua mulher Luísa Rebelo do Amaral, filha de Francisco Rebelo e de sua mulher Briolanja de Alvelos, a quem o neto Bernardo de Alvelos de Barros foi buscar um dos apelidos. Este último é que era o pai de D. Joana Luísa.
(continua)
Melhores cumprimentos,
Filipe Menéndez
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RE: Os Alvelos de Barros e os Pais do Amaral
Caros Confrades
Retomando o assunto anterior, passo a descrever os factos desta história familiar.
Ora a “estória” na qual os comissários (1) se basearam para a referida infamação, decorre da --- recusa --- de Miguel Pais do Amaral, filho de Simão Pais do Amaral, 7.º senhor da Casa de Mangualde, em casar um dos seus três filhos com D. Joana Luísa, natural da Cunha Alta (2), «aonde sua may teve sua origem, gente Limpa de sangue: seu pay Bernardo de Arvêlos [Alvelos na grafia antiga] veyo de S. P.º do Sul, aonde tem sua origem; e dizem q.e sempre se duvidou da limpeza de seu sangue, e ouve sempre hŭ rumor, dizendose q.e tem raça de Christaõ novo». Recusa essa que levaria, inclusivamente, à perda de um morgado instituído por D. Feliciana do Amaral e seu filho Francisco do Amaral Cabral, para cuja sucessão chamaram a um dos filhos do dito Miguel Pais do Amaral. Mas, com a obrigação de se casar com a dita D. Joana Luísa de Alvelos e Amaral, sob pena de não havendo casamento passar a sucessão aos parentes mais chegados.
Este Francisco do Amaral Cabral era, segundo dizem os comissários, primo (3) de Baltazar Cardoso do Amaral e de sua mulher Joana do Amaral, avós maternos de D. Joana Luísa. Miguel Pais do Amaral, por seu lado, era bisneto de um outro Miguel Pais do Amaral, 5.º senhor da casa de Mangualde, casado com Jerónima do Amaral, irmã de Joana do Amaral. E fico por aqui, para não referir outros parentescos - que tão eivados eram de consanguinidade.
Por morte dos instituidores, «entrando na administração deste morgado o d.º Miguel Pais do Amaral (…) disse ao d.º Bernardo de Arvêlos que se fizesse Familiar do Santo Ofício, pois sem esta qualidade não convinha no casamento, o que nunca fez, não obstante ter entrado na posse do dito morgado, que por estas razões não passou a seu genro Diogo Soares de Figueiroa (…)» com quem veio a casar D. Joana Luísa. Este Diogo ficou para a posteridade com os apelidos de sua mãe D. Maria Soares de Figueroa (bem à espanhola, por ser filha Manuel Roiz Soria e Maria Suárez de Figueroa) embora fosse filho do dr. Fernão Tudela de Castilho (e não Francisco, como aqui vem no Genea).
Porém, bem antes deste enlace de sua filha com Diogo Soares de Figueiroa, durante a demanda que decorreu por força das disposições dos instituidores do morgado, intentou Bernardo de Alvelos de Barros, para «acomodar tudo», casar D. Joana Luísa com um dos filhos de Miguel Pais do Amaral que, como dissemos no início, recusou esse casamento preferindo «antes perder hŭ morgado (o da Abrunhosa) do q. dar lhe hum filho de três que tinha em cazamento: e todos dizem q’ o enjeytou por christaõ novo». Por esta razão ficou o morgado nas mãos de Bernardo, mas não lhe devem ter dado descanso os seus parentes Pais do Amaral, como intentaremos ver.
Notas:
1 Do processo de Hab. para familiar do Santo Ofício (Maço 3 – dil. 34) de Félix Tomé de Freitas Morato (e de D. Rita Josefa Tudela de Castilho Prado e Costa).
2 No antigo concelho de Azurara da Beira, hoje concelho de Mangualde do qual a Cunha Alta é uma das 18 freguesias.
3 Aqui no Genea aparece como sobrinho dos mesmos, por vir como filho de Gaspar do Amaral, irmão de Joana e Jerónima do Amaral.
(continua)
Melhores cumprimentos,
Filipe Menéndez
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RE: Tudela de Castilho
Caro Confrade
Sendo as armas de FERNANDO TUDELA CASTILHO BOTELHO (1774-1820), partidas de CASTILHO e BOTELHO.
Sendo o armigerado o primeirpo de sua família a usar as armas (assumidas?) de BOTELHO.
Será possível apurar a que antepassado seu foi buscar as ditas armas de BOTELHO?
Obrigado
João Trigueiros
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RE: Tudela de Castilho
Prezado confrade João Trigueiros
Não sei responder, para já, à sua pertinente questão.
Penso, no entanto, que esse apelido lhe tenha vindo pelo costado materno, uma vez que ainda não o encontrei entre os Tudela de Castilho.
Já agora, uma breve explicação pelo meu silêncio e interrupção na continuação dos dois últimos conteúdos:
Nas duas últimas semanas (alguns dias das duas últimas semanas) "mergulhei" nos processos de habilitação para familiar do Santo Ofício (FSO) do Dr. Félix Tomé de Freitas Morato, ou melhor, no da sua mulher, D. Rita Josefa, que lhe está apenso e que consta "apenas" de 205 folhas, contra as 23 do do seu marido, bem como no processo do seu tio Francisco Tudela de Castilho e Costa, bem mais simples e menos volumoso.
Conto oportunamente prosseguir esta curiosa história familiar, certamente igual a muitas outras que sofreram, por qualquer motivo, da fama de cristãos novos, como sucedeu com os Bernardes, senhores do Casal em Cabanas (de Viriato), para referir outro caso que estudei e que são antepassados dos Bernardes de Miranda, de minha mulher.
Melhores cumprimentos,
Filipe Menéndez
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RE: Tudela de Castilho
Folgo coma tua estudiosa prosa. Congratulo-me com este encontro por estes meandros.
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RE: Tudela de Castilho
Caro Fernando
Aproveito para te responder desde já, enquanto o meu Fernando não chega a casa. Casa=computador=internet, etc, etc.
Sou eu que muito me congratulo por te encontrar por estas paragens apaixonantes do Genea.
Afinal não era só eu e o João Figueiroa Rego a piscarmos o olho à Genealogia...!
Um apertado abraço e saudades aí por casa,
Zé Filipe
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RE: Tudela de Castilho
Únicos só no céu...
Também vou cantando e rindo, embora marchando pouco.
Um abraço
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RE: Tudela de Castilho
Caro Confrade
Como tem dados desta família, agradeço, se possível, alguns esclarecimentos adicionais.
Segundo elementos já editados FERNANDO (ou FERNÃO) TUDELA DE CASTILHO (1628-1692), nascido a 26-VI-1628 na freguesia de Santa Maria do Castelo, em Castelo Branco, onde faleceu a 20-I-1692, fidalgo da Casa Real, cavaleiro da Ordem de Cristo, formado em Leis a 10-V-1652 e magistrado em várias comarcas, casou com D. MARIA SOARES FIGUEIROA, natural de Arronches, filha de Manuel Soria e de Maria Suárez de Figueiroa.
Ora sucede que segundo uma citação credível de um documento da Misericórdia do Fundão, o citado FERNANDO (ou FERNÃO) TUDELA DE CASTILHO, casou com D. MARIA DE SEQUEIRA. Nenhum trabalho genealógico que eu conheça cita tal casamento ....
Questiono então: será possível este FERNANDO (ou FERNÃO) TUDELA... ter casado mais do que uma vez ??????
Agradeço a sua boa vontade e peço desculpa pela maçada.
Obrigado
JT
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RE: Tudela de Castilho
Caro Confrade João Trigueiros
Peço-lhe imensa desculpa por não lhe ter ainda respondido, mas tenho estado ausente, tendo só ontem regressado a casa e só hoje ao Genea...
Como vou agora almoçar, à boa hora espanhola!, procurarei depois ver o que tenho, para lhe poder responder algo de concreto.
Melhores cumprimentos,
Filipe Menéndez
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RE: Tudela de Castilho
Caro João Trigueiros
Relativamente à sua questão, sobre um outro possível casamento do dr. Fernão Tudela de Castilho, não tenho qualquer conhecimento disso. Mas, também não lhe posso afiançar que tal não se possa ter verificado.
Que casou com D. Maria Soares de Figueiroa e esta foi mãe dos seus dois filhos, é um dado assente, mas nada obsta a que enviuvando não possa ter casado novamente. Isto se sobreviveu a D. Maria Soares de Figueiroa, uma vez que não sei quando é que esta faleceu.
Embora conheça alguma coisa sobre os Tudela de Castilho, não sou um especialista neles, até porque os processos de HSO em que tenho mexido, dizem sobretudo respeito aos ascendentes dos Tudela de Castilho (mas que são Amaral e Alvelos de Barros Cardoso), muito particularmente o da ascendência paterna de D. Joana Luísa de Alvelos e Amaral, supostamente infamada de cristã nova.
O especialista dos Tudela de Castilho, que eu saiba e conheça, é o Eng.º Manuel da Silva Castelo Branco, a quem poderei oportunamente colocar esta questão, quando o encontrar na TT.
Melhores cumprimentos,
Filipe Menéndez
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RE: Tudela de Castilho
Caro João Trigueiros
Em aditamento ao que ontem aqui deixei, no conteúdo anterior, posso acrescentar que estive hoje a consultar os paroquiais de Santa Maria do Castelo e de S. Miguel, de Castelo Branco, à procura de algum dado novo que nos pudesse esclarecer sob a sua questão.
Como eles não estão seguidos nos microfilmes, só os consultei parcialmente, não tendo encontrado nada relativo a um 2.º casamento do dr. Fernão Tudela de Castilho. Aliás, relativamente aos seus assentos de baptismo e óbito, ainda não compulsei os livros respectivos, da freg. de Santa Maria, aonde penso que ocorrerão.
Encontrei na de S. Miguel, foi o assento de óbito de sua mãe, D. Maria Tudela de Vasconcelos, filha de Fernão Tudela Cabeça e D. Isabel de Oliveira (segundo Felgueiras Gayo) falecida a 9 - I - 1668 (2-M-145 V.º).
Já agora que falei nele, nem o Felgueiras Gayo nem o Alão de Morais falam em qualquer 2.º casamento do Dr. Fernão Tudela. Logo que tenha nova oportunidade irei ver os paroquiais de Santa Maria, para ver se encontro o óbito de D. Maria Soares de Figueiroa, esperando que ela tenha falecido em Castelo Branco.
Melhores cumprimentos,
Filipe Menéndez
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RE: Tudela de Castilho
Caros Confrades
Depois de um intervalo de mais de um mês, que se impôs para me poder inteirar, ao pormenor, do teor do vasto processo de habilitação de D. Rita Josefa, retomo o assunto anterior.
Ao impedirem o casamento do filho (e sobrinho) com D. Joana Luísa de Alvelos e Amaral, os Pais do Amaral, mesmo que não aludindo directamente à razão pelo que o faziam, foram conscientemente arranjar lenha para a fogueira, alimentando o falatório das gentes locais sempre pródigas a inventarem mexericos sobre o que ignoravam, procurando encontrar indícios em pequenos nadas e fazendo suposições a partir de coisa nenhuma.
Não ousaram acusar directamente Bernardo de Alvelos de Barros, como sendo descendente de cristão-novo – uma vez que não tinham provas – mas lançaram-lhe habilmente a suspeição de tal fama, com a sua recusa em casarem o filho primogénito (ou um dos seus irmãos) com a filha herdeira daquele. Herdeira não só de seus pais mas, sobretudo, herdeira do morgado da Abrunhosa, para a sucessão do qual fora chama – ela e não o herdeiro dos Pais do Amaral – pelos instituidores seus parentes, ainda que com a condição de se casar com o filho herdeiro de Miguel Pais do Amaral.
A fama que a partir daí cresceu entre as gentes da Abrunhosa do Mondego, servia o propósito dos Pais do Amaral, que esperavam com esse procedimento afastar, certamente, oacesso de D. Joana à herança do rico morgadio. Isto apesar de declarem publica e judicialmente o contrário.
(continua)
Melhores cumprimentos,
Filipe Menéndez
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RE: Tudela de Castilho
Caros Confrades
Rectifico correctamente o erro que passou na 4.ª linha do 3.º parágrafo, como segue:
Não ousaram acusar directamente Bernardo de Alvelos de Barros, como sendo descendente de cristão-novo – uma vez que não tinham provas – mas lançaram-lhe habilmente a suspeição de tal fama, com a sua recusa em casarem o filho primogénito (ou um dos seus irmãos) com a filha herdeira daquele. Herdeira não só de seus pais mas, sobretudo, herdeira do morgado da Abrunhosa, para a sucessão do qual fora CHAMADA – ela e não o herdeiro dos Pais do Amaral – pelos instituidores seus parentes, ainda que com a condição de se casar com o filho herdeiro de Miguel Pais do Amaral.
Filipe Menéndez
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RE: O processo de habilitação de D. Rita Josefa
Caros Confrades
Continuação
Mas vejamos com mais detalhe como se passaram as coisas, através dos factos que nos ficaram relatados nos autos do processo. Ou melhor dizendo, nos processos, uma vez que na realidade foram vários os processos de habilitação de genere quer para familiar do Santo Ofício (HSO), quer para ordenação sacerdotal (HOS), que se foram intentando ao longo dos anos por parte dos familiares de D. Joana. E muitos foram os anos, mais de meio século, ao longo dos quais se arrastou este longo processo, apenas ultrapassado pelos mais de dois séculos em que se intentaram reconstituir as ascendências supostamente infamadas.
Se se atentar no que antes escrevemos quanto à sucessão do morgado da Abrunhosa, nos dois últimos conteúdos, paracerá ao leitor mais atento que nos enganamos e entramos em contradição, pois no primeiro dissemos ter sido chamado para administrador ao filho primogénito de Miguel Pais do Amaral, e no segundo referimos ter sido para esse mesmo efeito chamada D. Joana Luísa. De facto há aí uma contradição, só que foram os diferentes intervenientes do SO – comissários e escrivães – que a cometeram, tal como aparece logo nas primeiras fls. do processo de habilitação de D. Rita Josefa.
Mas das inquirições feitas em S. Pedro do Sul, Cunha Alta, Seia e Viseu pelo comissário António Pais Teixeira, em 19 de janeiro de 1703, se conclui o que dissemos em segundo lugar, senão vejamos:
«Mais me consta q.e Fr.co de Am.al e sua May Fleceana de Am.al instituidores do Morgado da Abrunhoza instituirão por pr.ª Administradora delle a d.ª D. Joanna e q.e entrando na poSse da d.ª Administração e morgado Miguel Paes de Amaral da V.ª de Mangualde, deste cons.º de Azurara, nella se conservara por alguns annos, mas q.e por sentença fora excluído, e entrara na poSse delle o d.º Bernardo de Alvellos e a d.ª sua f.ª D. Joana chamada pellos instituidores, pello q.e parece q.e se nella ouvera o Labeo de nação hebrea não fora instituída p.ª a administração nẽ se lhe julgara, vista a clauzulla excluir aos infamados. He o q.e achei V. S.ria determinara o q.e for Just.ª D. Gu.e a V. S.ria Quintella, Jan.ro 19 de 1703.»
(continua)
Melhores cumprimentos,
Filipe Menéndez
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RE: O processo de hab. de D. Rita Josefa - II
Caros Confrades
Nas últimas linhas do conteúdo anterior, no traslado que demos, parecem estar senão todas as razões, alguns dos motivos, ponderosos e sonantes motivos, que levaram à apropriação do morgado da Abrunhosa pelos senhores da casa de Mangualde. Só que Bernardo de Alvelos de Barros interpôs, certamente, uma acção judicial que concluiu pelo direito ao mesmo de D. Joana Luísa que, como salienta o comissário do SO, nunca o haveria de receber de seu primo Francisco do Amaral Cabral, capitão-mor de Tavares, se “nella ouvera o Labeo de nação hebrea”.
Mas se não o havia, até então, era preciso tratar de afastar toda e qualquer suspeita por parte da família de seu “arregimentado” e futuro esposo, ou então deixá-lo cair sobre D. Joana e a sua família paterna. A melhor forma de o fazer seria a que os Pais do Amaral efectivamente fizeram, dizendo a Bernardo de Alvelos para se tornar familiar do SO. Só que este não se preocupou em satisfazer a vontade daqueles, e como os Pais do Amaral, perante essa atitude, persistiram em não casar nenhum dos filhos com D. Joana Luísa, veio esta a casar, na Abrunhosa do Mondego a 20-II-1689, com Diogo Soares de Figueiroa, um outro homem nobre, um Tudela de Castilho, filho sucessor e herdeiro daqueles, embora não usasse esses apelidos de seu pai o Desembargador Fernão Tudela de Castilho, mas sim os de sua mãe D. Maria Soares de Figueiroa.
Foi este Diogo quem, ao intentar fazer-se FSO, desencadeou o longo processo de habilitação, pouco depois logo iniciado.
Não temos notícia da petição inicial de Diogo Soares de Figueiroa para se tornar FSO, e se o terá feito ainda antes de casar ou logo em seguida. Mas, em contrapartida, aparece no processo uma carta de Frei Teodoro do Amaral dirigida ao Bispo de Viseu a 24-IX-1689 (sete meses depois do casamento daquele) em que diz:
«Aos pes de V. Em.ª ” o “favor de me despachar a petição junta; cujo pertendente [Diogo Soares de Figueiroa] he cazado com huma minha prima: e em V. Em.ª me fazer esta graça não acrecentão mais numaro de familiares; por q.to hũ meu cunhado Balthezar de Fig.do; he falecido; o qual V Em.ª me fes favor ademetir (…)»
Esta carta, exarada a fl. 27 do processo de D. Rita Josefa, aparece seguida de uma anotação na fl 28 em que consta:
«Fr.co de Am.al Cabral deixou em seu testam.to q.e não socedesse no seu morgado pessoa de raça [hebrea] ou fama [de cristã nova].»
«Dispos mais q.e hũ f.º de Miguel Paes cazaria cõ hua f.ª de Bernardo de Arvellos, aos quaes deixava a sua casa. E elle mesmo foy o q.e tinha feito o Cazam.to do dito Bern.do de Arvellos cõ sua prima Bernarda de Am.al.»
«Sobre a posse do d.º Morgado ouve discordias entre os ditos sucessores e finalm.te da p.te de Miguel Paes não quizerão acertar o cazam.to.»
«Neste tempo se levantou hũ rumor q.e dantes não avia, vivendo por m.os an.s o dito Ber.do de Arvellos sempre na Cunhalta do mesmo destricto e sem fundam.to de pessoa digna de credito.»
A mesma não está datada nem assinada, mas sintetiza os factos sem juízo de intenção, nem paixão, por qualquer das partes em litígio.
(continua)
Melhores cumprimentos,
Filipe Menéndez
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RE: Tudela de Castilho
Caro José Filipe Menéndez.
Desejo-lhe um óptimo 2008.
Embora já muito distante de 1-X-2007, envio-lhe estes dados que, embora colaterais, espero venham a ter para si, alguma utilidade. Descendo de António Soares Galhardo Caldeira de Almeida, de Abrantes, Irmão de Manuel Soares Galhardo Themudo Caldeira e porque estou a reunir dados deste meu costado aproveito para lhe fornecer estes, referentes ao casamento de D. Maria Tudela de Castilho Soares Figueiroa, filha de Fernão Tudela de Castilho. Assim:
Manuel Soares Galhardo Themudo Caldeira.
Nasceu em Lisboa, S. Pedro de Alfama a 1-I-1698. Viveu em Abrantes.
24-IV-1738, Carta Patente. Tença de 8$000 rs pela renúncia de D. Ana Quitéria. (Registo Geral de Mercês, D.João V, liv.29, fl.255)
10-V-1738 Carta de Padrão. Tença de 12$000 rs e Hábito. (Registo Geral de Mercês, D.João V, liv.29, fl.255).
28-VIII-1720 Alvará. Escrivão dos Órfãos na vila de Nisa (Registo Geral de Mercês, D.João V, liv.12, fl.53). Ofício herdado de seu Pai.
30-X-1731, Carta Patente. Direito de utilização, por sucessão, das Armas dos Soares de Albergaria Galhardos.
Casou 1.ª vez com D. Humbelina Tavares de Sousa Magalhães, natural de Viseu,SG
Casou 2ª vez, em Castelo Branco, com D. Maria Tudela de Castilho Soares Figueiroa, filha de Fernão Tudela de Castilho, Tenente de Cavalos, Juiz da Alfândega de Castelo Branco e de sua mulher D. Francisca Marques do Prado, Irmã de D. Diogo Marques, Capitão de Cavalos em Campo Maior.
Houve do 2º casamento:
Luís Soares de Albergaria Galhardo Tudela de Castilho, nasceu nos anos 40 do Séc. XVIII, proprietário do ofício de escrivão dos Orfãos de Nisa. Casou com Vicência do Avelar Cabreira Godinho. Tiveram:
- Luís Soares Galhardo de Albergaria Tudela, nasceu nos anos 70 do Sác. XVIII, casou com D. Ana de Cstro Ataíde. Tiveram D. Maria do Milagre que morreu sem descendência antes de 1831.
- Luisa Maria Tudela Galhardo, nasceu nos anos 70 do Sác. XVIII. Morreu sem descendência antes de 1831.
Com os meus cumprimentos,
Fernando Andrade
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RE: Tudela de Castilho
Caro Fernando Andrade
Muito lhe agradeço a informação que acima nos disponibilizou.
Por vários motivos pessoais - sobretudo falta de tempo em prosseguir a exposição atrás encetada, e também por falta de acesso à internet - não me foi possível, até agora, retomá-la e continuá-la. Além do mais, estou com obras em casa que, além de me desviaram da prossecussão da investigação no IAN/TT e me retirarem o socego necessário à escrita sobre aquilo que já recolhi do processo para Familiar do Santo Ofício atrás citado, me obrigaram a mudar parte da "papelada" do sítio habitual...
Pode imaginar-me à procura de pastas e arquivos, habitualmente ordenados, e agora fora de ordem, ao Deus-dará. É por este motivo que não me alongo mais na resposta a agradecer-lhe os dados que me deixou. Tenho ideia de ter uma referência a este casamento da irmã de Diogo Soares de Figueiroa, mas sem qualquer nota à sua descendência.
Grato pela sua amabilidade e disponibilidade, sou com atenção,
José Filipe Menéndez
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RE: Tudela de Castilho
Caro João Trigueiros:
Gostei muito desta sua informação e também das respostas que teve.
Por uma grande casualidade, descobri que sou descendente de Diogo Soares de Figueiroa, graças a um trabalho de Manuel Estevam Martinho da Silva Rolão, que encontrou todos os elos que vão desde o meu avô até a um filho deste Diogo, que se chamou Paulo de Castilho da Costa. Tenho fotocópia do seu assento de baptismo, em Santa Maria, Castelo Branco, 1716, sendo filho de Diogo Soares de Figueiroa e Maria Rodrigues, neto paterno de Fernão Tudela de castilho e Maria Soares Figueiro e pela parte materna de Francisco Rodrigues Cubeira e Mónica Pires. O registo não é claro sobre a legitimidade ou não do filho, mas vê-se que o pai foi lá dar-lhe o nome e os dos avós paternos, portanto é seguro que foi um filho assumido. Não encontrei nada sobre o falecimento de D. Joana Luísa de Alvellos do Amaral, para saber se o Diogo era viuvo ou não quando teve este último filho e também não encontrei o óbtito de Maria Rodrigues.
Fiz um site através da geneall.net onde se pode ver informação relativa a esta família, começando por ir ao site do meu avô e depois subir e descer. Este site é:
http://pagfam.geneall.net/6178/pessoas.php?id=1131953
Eu próprio acabei por ir à TT e descobri o registo de óbito de Diogo Soares de Figueiroa, que morreu quando o Paulo tinha 5 anos, tendo sido enterrado no claustro do Convento de Stº. António em Castelo Branco.
O Dr. Nicolau Tudela de Castilho, primo direito do Paulo de Castilho da Costa, foi padrinho de casamento do seu filho Pedro Rodrigues de Castilho da Costa.
A grande casualidade a que me referi, derivou de ter comprado o ano passado o palácio dos Cardosos na Rua do Arco do Bispo em Castelo Branco, que estou a recuperar, e, por causa do brasão, me ter posto a pesquisar a família Cardoso para ver se, por aí, conseguia saber alguma coisa do edifício. Através do geneall.net, vi logo que uma filha de Paulo Rodrigues Castilho, a Iabel Cardoso Frazão, casou com um Castilho, Fernão Gomes de Castilho, mas estava longe de imaginar que era da minha família.
Nas pesquisas dos Cadosos encontrei o Manuel Rolão, com quem andara na escola primária e não via fazia 54 anos! Ele pôs-se a pesquisar, por sua iniciativa e gentileza, encontrou a minha família. Quanto aos Cardosos ainda ando a pesquisar. Cheguei a Álvaro Cardoso, mas não sei de quem descendeu e estou a encontrar muita dificuldade. Se algum dos confrades tiver alguma informação, ficarei extremamente grato.
O meu endereço de e-mail é:
jmbarata44@sapo.pt.
Cumprimentos
José Martins Barata
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RE: Tudela de Castilho
Venho corrigir um engano: quando disse Paulo Rodrigues de Castilho queria dizer Paulo Rodrigues Cardoso.
As minhas desculpas,
J.M.Barata
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RE: Tudela de Castilho
Caros Confrades (em particular Fernando de Andrade)
Numa pesquisa que concluí recentemente sobre a localização da casa dos Tudela de Castilho em Castelo Branco, encontrei coisas surpreendentes, nas escrituras notariais do Fundão e de Castelo Branco.
A primeira foi a escritura de venda da casa sita na Rua Nova em Castelo Branco, onde morou José Tudela de Castilho, irmão de Nicolau Tudela de Castilho e de D. Maria Tudela de Castilho Soares Figueiroa, a quem se refere o seu texto, que casou as segundas núpcias de Manuel Soares Galhardo Temudo Caldeira, proprietário do ofício de Escrivão dos Orfãos de Niza e que tiveram o filho que refere. Isto para referir aqui apenas estes que têm a ver com a venda dos bens em Castelo Branco, feita por Fernando Tudela de Castilho (Botelho) e sua mulher (julgo que na qualidade de herdeira, por ser prima direita do marido). A escritura de venda desta casa foi em 14/12/1815, conforme Escrituras Notariais de Castelo Branco, Maço 12, Liv. 103, fl.47. Além desta casa, venderam em 29/7/1817 bens dum vínculo instituído por Fernando Gomes de Castilho do qual a "imediata sucessora era D. Maria Tudela de Castilho, que não impugnou". Vide mais pormenores na página 7 da versão provisória do meu artigo, disponível em
http://joaodecastilho.yolasite.com/casa-dos-tudela-de-castilho.php
Aparentemente, como herdeiros de José apareceram apenas o sobrinho Fernando Tudela de Castilho e mulher assim como D. Maria Tudela de Castilho e D. Ana Gualdina Tudela de Castilho (nas escrituras aparece como prima, mas não sei de quem era filha).
Uma vez que nesta sala do Forum se fala em mais sobrinhos, haverá informação sobre a razão pela qual apenas aquelas quatro pessoas aparecem como "liquidatárias" dos bens dos Tudela de Castilho em Castelo Branco?
Outra surpresa foi a escritura de divórcio de Fernando Tudela de Castilho (Botelho). De facto, encontrámos uma escritura “de contrato e transacção” nas notas do Tabelião José Januário de Morais, no Fundão, realizada em 4/10/1817 na casa de Fernando Tudela de Castilho naquela vila e onde se diz que estando ele, a esposa e testemunhas (Luís da Silva Mouzinho de Albuquerque e mulher) ali presentes “logo pelos ditos Ilustríssimo Fernando Tudela de Castilho e dita sua mulher Excelentíssima Dona Francisca Eugénia Tudela de Castilho foi dito que eles tinham contratado entre si a divorciarem-se perpetuamente..."
Foi o seguinte o encadeamento dos factos relacionados com a venda dos bens de Fernando Tudela de Castilho (caso tão bem tratado neste local do Forum): primeiro fizeram vendas que se configuram como uma forma de partilhas, em castelo Branco; a seguir o divórcio e alienação de bens por essa via, a favor da esposa; finalmente vendeu tudo o que lhe restava, em Castelo Branco, no Fundão e na Covilhã.
Agradeço a leitura da primeira versão do meu texto e agradeço contributos que sejam achados pertinente, que serão devidamente referenciados e agradecidos.
Particularmente, gostaria de ter uma fotografia da velha Escola do Castelo, demolida c.1960, que foi residência de José Tudela de Castilho e, no final do séc. XIX , residência dos Jesuítas, em Castelo Branco, que não encontrei em lado nenhum.
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RE: Tudela de Castilho
Caro José Martins Barata
Sobre os Tudela de Castilho do Fundão existem algumas referências em diversos livros publicados por autores desta região.
Entretanto tenho na minha colecção de documentos o seguinte original:
Aos dez diasdo mez de maio de mil novecentos e onze nesta cidade de Castello Branco e casas que foram residencia dos jesuitas,sitas na rua Nova,rua do Arco,e rua dos Peleteiros,compareceu o cidadão Carlos Augusto de Ascenção,vereador da Commissão Municipal Administrativa deste concelho,comigo Manoel Jaime da Costa Roxo ammauense da Administração do Concelho,para servir de secretário,e com testemunhas José Martins,casado,e António Martins,solteiro,ambos moradores nesta cidade,afim de,em nome da Commissão Municipal Administrativa,tomar conta dos móveis e utensilios existentes nas referidas casas.E,como não podesse fazer-se a conferência dos referidos móveis pelo arrolamento anteriormente feito pelo poder Judicial,por estar no Ministério da Justiça,faz-se deles inventário,relacionando-se pela forma que se segue,ficando depositados nas salas e compartimentos adiante indicados:
Na sala da biblioteca-( casa da rua Nova). Segue-se extensa lista de objectos.
Na dispensa junta á cosinha- (casa da rua Nova) "
Nas lojas da casa da rua Nova
Em duas salas contiguas na casa da rua dos Peleteiros. Segue-se extensa lista.
Á margem destas notas a indicação da casa da rua Nova,mas também a nota de que as casas da rua dos Peleteiros eram ligadas!Cito:
Num telheiro aberto,entre as casas da rua Nova e rua dos Peleteiros.
Cumprimentos
João Barroca
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RE: Tudela de Castilho
Caro João Barroca.
Estou muito grato pela sua preciosa informação. Eu já tinha deduzido, a partir dumas confrontações que vi numa escritura, que, para além do edifício da Rua Nova também o da Rua dos Peleteiros tinha sido dos Jesuítas. O da Rua do Arco do Bispo sabia que deveria ter sido deles ou da Mitra, porque foi confiscado na mesma altura. Esse documento que tem vem esclarecer tudo.
Sobre livros de autores da região que falem dos Tudelas de Castilho não conheço nenhum. Apenas li o artigo de João Trigueiros na Revista Eburobriga. Se tiver a gentileza de me indicar nomes de autores e se possível títulos, irei à Biblioteca Municipal ver se os consulto. Se estiverem à venda, compro.
Evidentemente, na versão final do meu texto, que tenciono inserir em livro, citarei o seu nome, que será devidamente referenciado e os seus contributos agradecidos.
Se me quiser mandar e-mail pode fazê-lo para
jmbarata44@sapo.pt
Cumprimentos,
José M.Barata de Castilho
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RE: Tudela de Castilho
Caro José Martins Barata
Agradeço-lhe imenso, pela minha parte, os dados que teve a amabilidade de aqui deixar e compartilhar connosco.
Só que eu neste momento estou a ultimar uma comunicação que vou fazer no próximo dia 18, no âmbito das acções culturais da APG e em colaboração com a Câmara Municipal de Odivelas.
Deste modo que não me quero dispersar, por agora, com os Tudela de Castilho que, aliás, muito me interessam por causa de outro trabalho que os envolve nas suas ligações aos Mesquita Cabral da Fonseca (da Carapinheira), Coutinho Garrido (de Penela e Coimbra) e Macedo (de Verride).
Depois dessa comunicação, uns dias depois, procurarei retomar essas linhas constantes desse meu trabalho um pouco secundarizado por mim, em detrimento de outros (sobre os Miranda Henriques) que, por força de publicação nas "Raízes e Memórias" lhe passaram à frente.
Uma vez mais, aqui ficam os meus agradecimentos pela sua generosidade e o pedido de compreensão pela minha - aparente - falta de interesse em lhe responder com o detalhe que se impõem.
Creia-me com consideração,
José Filipe Menéndez
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RE: Tudela de Castilho
Caro José Filipe Menéndez
Agradeço a atenção que me está a dispensar e a promessa de que vai voltar ao tema, aasim que estiver liberto dos compromissos que tem em mãos.
Aproveito para lhe dizer que aprecio bastante o que aqui vi escrito de sua autoria e estou certo que vai esclarecer algumas das minhas dúvidas.
Felicidades para o seu trabalho e comunicação.
Com elevada consideração e cumprimentos
José Martins Barata de Castilho
P.S. Recuperei o apelido do meu avô paterno em Agosto passado. Ele tinha dado aos filhos o nome da minha avó. Por isso, agora também sou Castilho, além de Martins Barata.
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RE: Tudela de Castilho
1674, Outubro, 25, Lisboa.
DECRETO do príncipe regente D. Pedro ordenando ao Conselho Ultramarino que visse a informação de Fernão Tudela de Castilho sobre a peleja da nau Nossa Senhora da Boa Hora com o navio turco.
Anexo: escritos, pareceres (minutas).
AHU_CU_Reino, Cx. 38, pasta 65.
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