contradições entre óbito e assento de nascimento

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contradições entre óbito e assento de nascimento

#170674 | cviana62 | 22 oct 2007 18:25

Olá confrades

Eu estou a começar a investigar as minhas origens, e deparei-me com algo que gostava de ser esclarecido por alguém mais experiente nestas andanças.

Pois bem, consultando a certidão de óbito de meu bisavô António José da Silva, natural da Sé Braga, diz que o mesmo é filho de Custódio José da Silva e de Maria da Conceição e Silva, ele natural de Fonte Arcada, Povoa de Lanhoso e ela de Braga, S. Lázaro.

De acordo com a idade de falecimento dele encontrei o registo no livro paroquial, no AD Braga, correspondente aos nascimentos. Aí encontra-se averbado pelo Registo Civil a respectiva morte. Só que o assento de baptismo nascimento reza que o "António", apenas António é filho de Custódio José da Silva e de Maria da Motta...!!
Será que esta Maria da Motta, filha de António José da Silva e de Anna Maria da Motta, será a mesma pessoa que a Maria da Conceição e Silva que consta na certidão de óbito... Será que as dúvidas só se poderão tirar vendo a certidão de casamento? Como aparece o nome de Maria da Conceição e Silva na certidão de óbito?

Se algum dos confrades me quiser elucidar, ficarei também ao dispor para alguma pesquisa que precisem no AD Braga


Com os melhores cumprimentos

Carlos Viana

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RE: contradições entre óbito e assento de nascimen

#170677 | LBolacha | 22 oct 2007 18:39 | In reply to: #170674

Boa tarde, embora não esteja a fazer a minha arvore genealógica há muito tempo, já me deparei várias vezes com pequenos problemas desses, de pessoas que aparentam ter nomes diferentes ao nascer, casar e morrer. Acredite, isso é normal. A melhor maneira de o confirmar é verificar que nomes aparecem no assento de casamento, e mesmo assim pode não ser suficiente. Dizendo verdade se for a ver que muitas vezes as pessoas morriam novas, perdia-se informação sobre algum dos nomes próprios da pessoa, outras vezes ganhavam nomes de alcunhas ou dos padrinhos, padrinhas, mesmo que esse nome não lhe tivesse dado oficialmente. Prepare-se ainda para em certas zonas do país isso chegar mesmo a acontecer com as terras, numa dizem que nasceu num sitio e depois acaba por descobrir que nasceu noutra terra lá mesmo ao lado... é normal, mas não desespere. Terá mais trabalho para encontrar essa senhora, mas não será nada de anormal.
Boa sorte com o resto da pesquisa

L.R.B.

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RE: contradições entre óbito e assento de nascimento

#170679 | Augusto Tavares | 22 oct 2007 18:52 | In reply to: #170674

Caro Carlos Viana,

Deve tratar-se da mesma pessoa.
Repare que nos nomes dos pais constam os dois apelidos: Silva e Mota.
Essa indeterminação nos apelidos e até nos nomes próprios era frequente e lembre-se que, muitas vezes, os párocos sabiam os nomes de cor... Não havia BI!!! Por isso, umas vezes, chamavam uma coisa, outras, outra. Mas o melhor de facto é confirmar no assento de casamento, onde na maior parte dos casos há menos erros desses devido à importãncia do acto.

Cordiais saudações,

Augusto Tavares

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RE: contradições entre óbito e assento de nascimen

#170806 | cviana62 | 24 oct 2007 11:06 | In reply to: #170674

Caros LBolacha e Augusto Tavares:

Obrigado pelas dicas. Vou mesmo tentar descobrir o assento de casamento e ainda ver como aparece no assento de nascimento dos filhos do António José da Silva, para ver como são referidos os avós paternos.
O problema é que sendo eu iniciante já percebi que existe um pressa em chegar o mais depressa lá acima e o caminho é ir devagar, solidificando a informação das gereções mais próximas e só depois através de pequenos passos entrar nas gerações mais distantes. Acho que é normal e deve acontecer com a maioria... ou não?


Um abraço

Carlos Viana

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RE: contradições entre óbito e assento de nascimen

#170808 | LCNunes | 24 oct 2007 11:52 | In reply to: #170806

Caro Carlos Viana,

É muito normal (infelizmente) que isso aconteça e que volte a acontecer muitas mais vezes, inclusive com as freguesias.

Na minha árvore tenho vários casos semelhantes, como o de Teresa do Amaral, ou Teresa Joaquina, ou Teresa da Costa – a mesma pessoa!

As pessoas na época, muitas vezes só vinham referenciadas com nomes mais compostos em 2 documentos oficiais em toda a sua vida, o do casamento e do baptismo dos filhos, sendo que por vezes acontecia, que à altura do casamento eram conhecidos por um nome e mais tarde, com o passar dos anos, passavam a ser conhecidos por outro.

Por vezes acontecia também que uma pessoa, imaginemos rapaz, segundo filho, era conhecido por um determinado apelido que não o do pai, mas mais tarde e com o falecimento do seu irmão mais velho que usava o tal apelido do pai, começasse a ser conhecido doravante pelo apelido do pai, fazendo com que em registos diferentes tivesse 2 nomes desiguais.

Já para não falar que muitas vezes nem eram conhecidos pelos nomes que constavam nos registos, nos seus dia-a-dia.

Os meus cumprimentos,
Luís Carneiro Nunes

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RE: contradições entre óbito e assento de nascimen

#170829 | JCC | 24 oct 2007 15:55 | In reply to: #170674

Caro Carlos Viana

Como provavelmente terá já depreendido de outras respostas, no passado, as coisas não eram exactamente como hoje.

O simples facto de não haver Registo Civil nem documentos de identificação permitiam uma muito mais flexivel gestão dos nomes.

Ao contrário do que acontece no Registo Civil, no baptismo apenas se atribui o nome próprio, hoje como no passado. Assim, nos assentos de baptismo nunca se encontra mais do que este nome. Por vezes até acontecia que este nome era alterado no Crisma. O meu quinto avô foi baptizado Baptista e alterou o nome para João no Crisma.

Os apelidos eram adquiridos ao longo da vida, quando a criança passava a adulta e passava a ter que usar o seu próprio nome. Mesmo este não era fixo sendo bastante frequente que nuns documentos aapreça um nome e, noutros, outros. No caso das mulheres estas alterações parecem-me ainda mais frequentes.

O que costumo fazer, sempre que surgem dúvidas destas (e é bastante frequente sobretudo quando os nomes são comuns) é validar com os nomes dos respectivos pais, em outros documentos sejam eles assentos paroquiais ou de outra natureza. E registar nos meus apontamentos as diferentes variações que vou encontrando, juntamente com as fontes em ue os encontrei e/ou validei.

Espero que estas linhas o ajudem. Cumprimentos

João Cordovil Cardoso

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