Nobres portugueses no Brasil dão entrevistas

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Nobres portugueses no Brasil dão entrevistas

#171483 | Monigo | 01 nov 2007 18:03

O TÍTULO DE MARQUÊS NÃO É APELIDO DADO A EDUARDO POR AMIGOS QUE CONHECEM O PASSADO DA FAMÍLIA. É CORROBORADO PELO INSTITUTO DA NOBREZA PORTUGUESA, COMO PROVA UM DOCUMENTO GUARDADO PELOS NOBRES TITULARES. NA VERDADE, ELE É O QUINTO MARQUÊS DE VIANA, NOME HERDADO PELOS PRIMOGÊNITOS DA FAMÍLIA DESDE QUE SEU TETRAVÔ PATERNO, JOÃO MANUEL MENEZES, RECEBEU O TÍTULO DE DOM JOÃO VI. ERA O RECONHECIMENTO PELA BRAVURA NO COMANDO DA FRAGATA URÂNIA, QUE ESCOLTOU A NAU REAL COM A INSTRUÇÃO DE ABALROAR QUALQUER CARAVELA INIMIGA, NEM QUE ISSO LHE CUSTASSE A VIDA. DO LADO MATERNO, EDUARDO RECEBEU SANGUE AZUL DO FAMOSO VISCONDE DE MAUÁ, UM DOS ARTÍFICES DA INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA. COM TANTA HISTÓRIA NA VEIA, EDUARDO VIVE ENTRE PERSONAGENS VIVOS E HABITANTES DOS LIVROS QUE POVOAM SEU QUARTO. FAZ ISSO APENAS POR PAIXÃO, PORQUE A NOBREZA NÃO É MAIS GARANTIA DE RIQUEZA, PRESTÍGIO OU GLAMOUR. ELE MORA COM A MÃE, DONA FRANCISCA, DE 70 ANOS, A QUARTA MARQUESA DE VIANA, NUM APARTAMENTO SIMPLES EM BOTAFOGO.
28/10/2007

— Estamos falidos desde 1878, quando o Visconde de Mauá perdeu todos os seus bens — brinca Eduardo.

O Marquês de Viana mantém a polidez do século XIX. Talvez seja um dos raros cariocas que ainda cumprimentam uma mulher com um beijo na mão, como fez com a fotógrafa da Revista O Globo. Na agenda, guarda telefones de boa parte da nobreza brasileira. Quase todos são parentes, pois eles só se relacionavam entre si no passado. Viana tem parentesco distante, por exemplo, com o Conde de Wilson, o advogado e filósofo Eduardo Pellew Wilson, de 43 anos, morador de Copacabana.

— É verdade, são meus parentes, mas a visão de parentela é burguesa, não é nobre. Eu, por exemplo, também sou descendente dos Bragança (família imperial brasileira) e não fico dizendo isso por aí. Tenho minha própria linhagem, da qual sou o chefe — diz o conde.



Eduardo Wilson herdou o título de conde do trisavô, um representante da nobreza mercantil. Como seu pai, avô e bisavô não se interessaram pelo título, ele teve que recuperá-lo em Portugal, em 2001, através de um calhamaço de provas com fotos e a árvore genealógica da família nos últimos 250 anos. Chegou até a provar que a princesa Alexis Dolgorouki, casada com um príncipe russo, foi prima-irmã de seu trisavô. O esforço valeu a pena. Para ele, sobrenomes são tão importantes que estudou os da esposa antes de se casar e descobriu que ela descende do médico dos dois imperadores do Brasil, Pedro I e Pedro II. Afinal, a escolhida teria a honra de virar condessa.

— Acham que sou arrogante, mas apenas valorizo minhas tradições. A nobreza é um valor que se reconhece à distância. Não precisamos ficar nos exibindo, somos discretos — ensina.

De fato, o Conde de Wilson não quis ser fotografado. Para ele, “sair em jornal no Brasil não é coisa de nobre”. Seria uma imagem interessante, porque a sala de sua casa é decorada com móveis imponentes e peças históricas. As fotos de personagens do século XIX penduradas na parede completam o ambiente imperial. Wilson é vice-presidente da Associação da Nobreza Histórica do Brasil (ANHB), criada há apenas três meses para agregar descendentes de nobres portugueses e brasileiros, detentores de títulos ou não — caso do advogado Paulo Albuquerque Maranhão, morador da Lagoa e descendente de fidalgos da Casa Real. Cabe a Wilson receber pedidos de admissão na entidade. Os interessados, no entanto, são os únicos que têm a obrigação de chamá-lo de conde — ou de Excelência.

— Não sou maluco de achar que todo mundo vai me chamar assim, mas o sujeito que se diz nobre tem de saber a minha posição. Senão, nem respondo — justifica ele, com o brio dos nobres.

O presidente da ANHB para o Norte/Nordeste é o Visconde de Tourinho, de 37 anos, um simpático advogado de Salvador chamado Caio Tourinho Marques. Seu décimo terceiro tio-avô foi donatário da capitania de Porto Seguro, em 1535. Entre os nobres da comitiva de Dom João VI, em 1808, veio seu sétimo avô, o capitão Miguel Teles. Naquela época, os nobres procuravam cargos em instituições criadas pelo príncipe regente, como o Banco do Brasil. Agora, com a ANBH, os brasileiros de sangue azul querem apenas retomar o ideal da nobreza, que é o de servir à pátria, ao pobre, à viúva e à Igreja. Já há cerca de cem associados, além de outros processos aguardando a análise da árvore genealógica.

— Com os 200 anos da chegada da família real, é hora de o brasileiro pensar melhor na sua história e valoriza-lá no seu futuro — diz.

A maioria dos descendentes de nobres é de católicos praticantes e monarquistas. Alguns pertencem ao movimento conservador Tradição, Família e Propriedade. Como diz o Visconde de Tourinho, todos estão de prontidão para servir à família imperial brasileira, os Orleans e Bragança. Dom Bertrand, o segundo príncipe na linha sucessória, foi ao lançamento da associação. A agenda começa a se intensificar com os 200 anos da chegada da família real.

Curiosamente, o advogado e empresário Thomaz Saavedra, o Barão de Saavedra, é republicano convicto, embora seu trisavô, o primeiro a receber o título, tenha sido condecorado por bravura ao defender em batalhas a monarquia portuguesa. Seu avô, por sua vez, veio exilado para o Brasil também por ser monarquista e, aqui, foi um dos fundadores do Banco Boavista. Thomaz sempre falou da história dos antepassados para os cinco filhos. Deu tão certo que o mais velho quer manter o título de barão.

— Não é por questão de status, mas de transmissão de caráter, que vem de anos. A vida da nossa família está nos livros — diz Thomaz.

O Globo

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Círculo Monárquico do Rio

#171484 | Monigo | 01 nov 2007 18:04 | In reply to: #171483

Reunião semanal do Círculo Monárquico do Rio: contra a “conspiração republicana”




Os jovens formam comunidades no Orkut e põem vídeos dos príncipes no YouTube. Os mais velhos se reúnem à moda antiga, na casa de ativistas. Embora pouco visíveis, os monarquistas brasileiros trabalham para que a celebração dos 200 anos da chegada da família real seja um divisor de águas no conceito do povo sobre o Império.

— Queremos resgatar a realidade do Império brasileiro, período de prosperidade e ética — diz Carlos Palhares, de 23 anos, da primeira Juventude Monárquica do Estado do Rio.

O grupo se formou no fim do ano passado e se comunica basicamente pela internet. É uma versão jovem do Círculo Monárquico do Rio, que se reúne toda semana. Eles acreditam numa “conspiração republicana” para deturpar a história do Império e ridiculizar a família real, incluindo o filme “Carlota Joaquina” e a minissérie de TV “O quinto dos infernos”. Também se consideram enganados na única chance concreta que tiveram de botar a família de novo no poder, o plebiscito de 1993. A monarquia recebeu 7,5% dos votos.

— Foi uma farsa. Não havia fiscais — diz o monarquista Ohannes Kabderian.

Os mais de 20 círculos monárquicos do país defendem o nome de Dom Luiz de Orleans e Bragança, a quem consideram tão honesto e capaz quanto Dom Pedro II.

— Não conversei com Dom Luiz, mas ele me deu um sorriso tão cativante que não tem como duvidar de que ele é o imperador — diz Pedro Corrêa, de 17 anos.

Pela fidelidade à Sua Alteza, garantem, ninguém espera título de nobreza.

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"Quando" a Monarquia for restaurada..........

#171486 | Monigo | 01 nov 2007 18:07 | In reply to: #171484

D. LUIZ, o príncipe herdeiro do trono


D. ANTONIO: à espera do chamado


Há 69 anos, Dom Luiz Gastão Maria José Pio de Orleans e Bragança é preparado para assumir o trono do Império do Brasil. A longa espera não impede que o trineto de Dom Pedro II faça planos. Quando a monarquia for restaurada — é o príncipe mesmo quem usa a palavra “quando”, e não “se” —, ele promete restabelecer a concessão de títulos, de barões a duques, para “aprimorar o tônus social brasileiro”.

— Essas pessoas servem de exemplos para outros cidadãos. Poderíamos recompensá-las financeiramente, mas os títulos são mais valiosos que dinheiro — afirma Dom Luiz.


Para o príncipe, essa seria apenas uma das vantagens da volta da monarquia. Quase 200 anos depois da chegada da sua família ao Brasil, ele acredita que a memória dos Orleans e Bragança ainda está manchada pelos republicanos:

— Houve uma campanha de difamação contra a monarquia, com livros vergonhosos. A história foi mal contada ao povo brasileiro.


Sem criticar diretamente o governo, Dom Luiz diz que nenhum presidente republicano teve autoridade moral comparável à de Dom Pedro II. Ele se diz pronto para dar continuidade a uma história interrompida em 1889.

— Do contrário, renunciaria — afirma.

D. Luiz já teve a condição de herdeiro questionada por outro ramo da família, que perdeu o direito com a renúncia do filho mais velho da Princesa Isabel. Dom Antônio, terceiro príncipe na linha sucessória, diz que, para eles, nunca houve disputa. Agora é só esperar o chamado dos brasileiros.

— É o povo quem deve pedir a nossa volta — diz.

O Globo

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1.286 títulos de nobreza brasileiros

#171488 | Monigo | 01 nov 2007 18:16 | In reply to: #171486

DO DIA EM QUE CHEGOU AO BRASIL, EM 22 DE JANEIRO DE 1808, ATÉ O DIA EM QUE QUEM CHEGOU AO BRASIL FOI A REPÚBLICA, 81 ANOS MAIS TARDE, A FAMÍLIA REAL FEZ E ACONTECEU. DEPOIS DA INDEPENDÊNCIA,
28/10/2007

Do dia em que chegou ao Brasil, em 22 de janeiro de 1808, até o dia em que quem chegou ao Brasil foi a República, 81 anos mais tarde, a família real fez e aconteceu. Depois da Independência,
em 1822, Dom Pedro I e Dom Pedro II distribuíram 1.286 títulos de nobreza entre nativos da ex-colônia. As honrarias concedidas por aqui não eram hereditárias (!), mas isso pouco ou nada importa para os descendentes desses duques, marqueses, condes, viscondes e barões brasileiros: assim como os herdeiros dos portugueses de sangue azul que vieram para cá com Dom João VI (estes sim, ainda oficialmente nobres titulares), eles cultivam orgulhosamente a intimidade com os tempos do Império. Às vésperas das comemorações dos 200 anos do desembarque da corte, o repórter Fellipe Awi mergulhou nesse curiosíssimo universo e conta tudo a partir da página 26.

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O Marquês de Viana

#171489 | Monigo | 01 nov 2007 18:19 | In reply to: #171488

Os nobres brasileiros
se agitam para as celebrações dos 200 anos da chegada
da família real ao Brasil




André Coelho


Não é fácil manter a vida social na corte. Faz tempo que o Marquês de Viana não recebe notícias do Conde de Pombeiro, seu primo distante. Ele também se sente em falta com o príncipe Dom Pedro Gastão, com quem não se corresponde há meses, e com a Rainha Elizabeth II, para quem deve uma cópia do livro que escreveu sobre o tetravô, o Visconde de Mauá. Com o Conde de Wilson e o Visconde de Tourinho, as conversas estão ficando cada vez mais raras. Só resta a ele sentar na cama de seu quarto e olhar para os retratos de parentes e amigos da família já falecidos, como o Visconde de Santa Vitória, o Barão de Mamanguape e a Princesa Isabel.

O Marquês de Viana aí de cima não será encontrado nos livros de História, mas nas ruas caóticas do Rio de Janeiro do século XXI. É um cidadão de classe média, solteiro, com bacharel em História e contas para pagar no fim do mês. É um exemplo de que nem sempre é fácil a vida dos nobres dos tempos modernos. Não sobraram nem os bailes da corte para que eles possam se encontrar com freqüência. Ficou, porém, o orgulho de descender das famílias mais poderosas dos Impérios português e brasileiro, muitas delas entre os quatro mil nobres que fugiram de Portugal em 1807 com destino ao Brasil na companhia do príncipe regente, Dom João VI. No ano seguinte, a corte portuguesa já estava instalada no Rio de Janeiro. À espera das celebrações pelos 200 anos da chegada da família real, a nobreza brasileira está eriçada.

— Por causa dessa data, todo mundo vai se lembrar das pessoas que ajudaram a construir o Brasil. Muita gente leva na brincadeira, mas ser nobre é cuidar da memória da nação — afirma o Marquês de Viana, ou Eduardo André Chaves Nedehf, de 39 anos.

O Globo

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RE: O Marquês de Viana

#171492 | artur41 | 01 nov 2007 18:38 | In reply to: #171489

Monigo,


Em que é que se baseia Eduardo André Chaves Nedehf, para reclamar o título?
É que já existe um Marquês de Viana, devidamente encartado...pelo INP; mas isso já sabe, claro.

Julgo não ser, por acaso, que surge hoje este tópico. Mas, enfim...veremos!

Gostaria de uma resposta fundamentada e séria.


Melhores cumprimentos,

Artur Camisão Soares

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RE: O Marquês de Viana

#171493 | Monigo | 01 nov 2007 18:48 | In reply to: #171492

Prezado Sr, Artur Camisão Soares,

eu só fiz pôr aqui o texto publicado no "O Globo"...realmente antes de colocar o artigo eu olhei a base de dados do Genea e vi que o Marquês de Viana não é o Sr.
Eduardo André Chaves Nedehf.

Obrigado por confirmar minhas suspeitas!!!

Atenciosamente,

Alberto Penna Rodrigues

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RE: O Marquês de Viana

#171510 | joão pombo | 01 nov 2007 21:40 | In reply to: #171492

"Faleceu ontem no Rio de Janeiro o Senhor Jorge Viana Nedehf, nascido em Fortaleza (CE), aos 2 de junho de 1930.


Descendente pelo costado materno da ilustre progênie brasileira do Marquês de Viana, João Manuel de Meneses (*1783 †1831), Jorge veio a desposar a Senhorita Francisca Guerreiro Chaves (*1929), trineta do Visconde de Mauá, Irineo Evangelista de Souza (*1813 †1889) e do Visconde de Santa Victoria, Manuel Affonso de Freitas Amorim (*1831 †1906) e bisneta do Barão de Quaraim, Pedro Rodrigues Fernandes Chaves (*1810 †1866).

O filho único do casal é o Prof. Eduardo André Chaves Nedehf (*1968), graduado em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, fundador e Chanceler do MEMORIAL VISCONDE DE MAUÁ.

Radialista conceituado, Jorge Nedehf atuou em diversas emissoras cariocas, destacando-se as Rádios Nacional, Tamoio, MEC e JB. Trabalhou ainda na extinta TV TUPI.


Seu velório realizou-se ontem no Cemitério de São João Batista, tendo sido celebrada uma Missa de Corpo presente pelo Revmo. Senhor Pe. Omar Raposo de Souza às 9h e outra às 13h pelo Revmo. Senhor Pe. Marcos William Bernardo.

A Missa de 7º Dia dar-se-á no próximo 22 de novembro (segunda-feira), às 8h, na Basílica de Nossa Senhora da Imaculada Conceição (Botafogo), de onde era paroquiano."

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RE: O Marquês de Viana

#171537 | Vale do Criz | 02 nov 2007 09:06 | In reply to: #171510

O que tem alguma curiosidade é que o primo direito do actual Marquês de Viana é o: Presidente da Comissão de Ligação da Associação de Nobreza Histórica Brasileira com a Associação de Nobreza Histórica Portuguesa e a CILANE
conforme consta da sua página no Genea
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=367499

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RE: Nobres portugueses no Brasil dão entrevistas

#171655 | Gilson Nazareth | 03 nov 2007 23:39 | In reply to: #171483

Senhor Monigo,
O articulista foi bastante cruel ao traçar o perfil ,do que chamou,nobreza brasileira.
Somos uma sociedade de fundamentos burgueses e os salamaleques,vaidades e outras atitudes não são próprias da boa sociedade brasileira.
Cultivamos valores morais e não tratamentos diferenciados...
Por favor,amigos,não vejam nesta reportagem maldosa, um retrato e/ou até mesmo uma caricatura baseada em realidades.
Não é isto a boa sociedade brasileira.
Abraço
Gilson Nazareth

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RE: 1.286 títulos de nobreza brasileiros

#215261 | valente morais | 11 dic 2008 19:04 | In reply to: #171488

Eu sei que o tataravô de minha mãe era marques, como faço para pesquisar isso, tem alguma lista dos antigos nobre do Brasil?

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O Marquês de Viana (versão tupiniquim) e o Príncipe-Conde de Gavalda...

#245653 | PRIMUS | 06 dic 2009 13:42 | In reply to: #171483

Confrades,

Não estou a entender isso... No site do "Príncipe-Conde de Gavalda" (ou coisa parecida), esse tal Marquês de Viana (que tem um concorrente português...), reconhece o status principesco do tal D. Ruben Alberto I... Coisas de louco! Como pode um "marquês titulado" reconhecer um "príncipe" que, ao menos teoricamente, possui fons honorum e, assim, é "fonte" de nobreza? Em meio à corrida para tentar dar alguma legitimidade às suas ridículas posições, esse principezinho acabou se rebaixando ao pedir que um pretendente de escala inferior (já que "marquês") o legitimasse... Cada coisa...

Confiram em:
http://www.condedegavalda.es.tl/Reconocimiento-y-Memorial.htm?PHPSESSID=5deea969dd1c704985e8422f0a8f53ce

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RE: O Marquês de Viana (versão tupiniquim) e o Príncipe-Conde de Gavalda...

#245656 | arturcs | 06 dic 2009 14:06 | In reply to: #245653

PRIMUS,

Deve andar distraido..., não??
Haja juízo!!!

Cumprimentos,

Artur Camisão Soares

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RE: O Marquês de Viana (versão tupiniquim) e o Príncipe-Conde de Gavalda...

#245657 | PRIMUS | 06 dic 2009 14:11 | In reply to: #245656

Confrade Artur Soares,

Não entendi o que quis dizer...

Eu li todas as postagens...

Escrevi o que escrevi apenas para demonstrar a já óbvia impropriedade do tal "Comte de Gevaudan" e do suposto "Marquês de Viana"...

Saudações.

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RE: O Marquês de Viana (versão tupiniquim) e o Príncipe-Conde de Gavalda...

#245670 | PRIMUS | 06 dic 2009 17:46 | In reply to: #245664

Confrade,

Por que o comentário que o senhor fez no tópico "Príncipe e Conde de Gavalda?" desapareceu?

Saudações.

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RE: Nobres portugueses no Brasil dão entrevistas

#248337 | Conde de Granada | 23 ene 2010 17:26 | In reply to: #171655

De um livro que pertenceu à minha avó:

"Com franqueza, aconselhamos os interessados em pertencer às tradicionais família - o tempo do homem de sucesso é precioso - a tentarem a entrada pela porta de serviço, e com vagar misturarem-se com os demais convivas. Pagar historiadores para que façam figurar o avô em qualquer folhetim do Cavalheiro sem Mácula, é um artifício perigoso. Os historiadores são tagarelas como convém ao ofício, e com tôda a certeza quem o serviu - após preparado o prato linhagístico - publicará volumoso calhamaço provando de maneira insofismável a impostura do pai de seu pai, pondo em relevo a verdade, cuja glória maior foi a de segurar os estribos do barão de Parati, num dia em que o nobre do império sentiu desejos de mastigar quiabo. E vá o leitor, depois, provar o contrário."

Esses "nobres portugueses" no Brasil... Só me causam risadas das mais altissonantes...

Cumprimentos.

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RE: Nobres portugueses no Brasil dão entrevistas

#248354 | Eduardo05 | 24 ene 2010 01:36 | In reply to: #248337

Pela certeza e determinação com que V.Exa. foi direto buscar um livro que pertencera à senhora sua Avó, livro este que, suponho, seja caro a V.Exa., guardado com zelo, será que o cavaleiro no texto retratado não seria antepassado de V.Exa.?
O texto publicado na Revista de Domingo do Jornal O Globo é de autoria de um jornalista, cujo tom repudiei, sobretudo porque nada sabia acerca da nobreza e pensava que, sendo um jornalista do jornal O Globo, todos se curvariam diante dele. Ledo engano; daí a antipatia com que me tratou no texto, muito embora eu o tenha recebido com toda a educação na minha casa. Mesmo assim, compreendeu tudo muito mal, a ponto de achar que minha mulher estava ávida para se tornar condessa...
Agora, tratar o texto e as pessoas ali como se fossem um todo de galhofa, alto lá, meu senhor! Só agora li seu texto e quero dizer a V.Exa. que eu repudio veementemente o tom grosseiro do seu texto. Falta-lhe, e a V.Exa. também, pelo que pude notar, o rigor acadêmico que os bons historiadores não põem de parte jamais.
Uma coisa é certa: Brasil e Portugal são países e culturas com uma história em comum, com um povo em comum, com o sangue nobre em comum.
Suas risadas são típicas de vaudeville, perdôe-me a franqueza, Espero, ao menos, que V.Exa., quando se manifestar "com risadas das mais altissonantes", tenha a compostura de não ser depois de uma boa garfada de quiabo bem babado, pois V.Exa., convenhamos, protagonizaria o grotesco. E pior: sabendo-se que seria ou que é, a bem dizer, evidente prova do quanto V.Exa. está preocupado em esclarecer e em explicar que se encontra "bem longe, bem distante" desses "nobres portugueses" no Brasil...
A propósito, de onde vem seu título? É um pseudônimo? Escreve como um brasileiro, não como um português. E, se está tão ligado assim à senhora sua Avó, é algo mais estranho ainda, pois um nobre se liga mais ao senhor seu Avô, tanto pela consciência de nobreza quanto pela própria identificação masculina. O neto se mira no exemplo do Avô mais freqüentemente. E tudo isso quer dizer o seguinte: que o neto não deveria gargalhar assim tão escancadaramente, pois são risadas histéricas. Para completar o quadro de farsa, só basta um pouco de pó-de-arroz no rosto, uma pinta lateral e movimentos frenéticos com um grande leque de renda nas mãos. Saiba que a boa sociedade brasileira não vive de salamaleques, nem tampouco a boa sociedade portuguesa. A que sociedade V.Exa. pertence mesmo...?
Eduardo Pellew Wilson, conde de Wilson

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RE: Nobres portugueses no Brasil dão entrevistas

#248370 | Conde de Granada | 24 ene 2010 12:51 | In reply to: #248354

Sr. Professor Wilson,

Se a carapuça serviu-lhe bem, ajuste-a.

Asinus asinum fricat!

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RE: Nobres portugueses no Brasil dão entrevistas

#248374 | Conde de Granada | 24 ene 2010 14:59 | In reply to: #248354

Percebo ainda que o "sinhôzinho" é candidato à ser a nossa "Mãe Diná" nobilitada, já que deduziu erronea e atoleimadamente tantas e absurdas coisas apenas por minha avó ter possuído o tal livro e a ele eu ter me referido.

Além de ser uma fraude nobiliárquica, é uma fraude paranormal. Nem Sherlock Holmes cheio de ópio, ébrio e com a massa cincenta em frangalhos seria capaz de fazer esse tipo de dedução, tão própria de mentes exquizofrênicas.

A "Vossa Excelência", deixo um conselho: Si fecisti, nega!

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RE: Nobres portugueses no Brasil dão entrevistas

#248404 | Eduardo05 | 24 ene 2010 22:10 | In reply to: #248374

Meu caro senhor,

Agora sim, sabemos que V.Exa. é brasileiro, que dá importância às forças ocultas, respeita a clarividência, que mostra cultura pelo latim, um tanto em desuso, é verdade, mas que V.Exa. ainda deve tê-lo estudado no colégio e cuja uma das profissões foi chapeleiro. É tatibi-tatibi, adora a senhora sua Avó, um amor forte, eu diria, muito forte, conhece Sir Arthur Conan Doyle e deve ser versado em estudos sociológicos à moda de Gilberto Freire, que, como um concorrente bem mais velho, mais abalizado, mais competente e infinitamente mais intelectual, V.Exa. deve criticar até tirar-lhe a filiação. São elementos que V.Exa. mesmo menciona no seu texto, não sou eu quem deduz.

Conselheiro, deve ser mais velho do que eu; juiz, deve saber sopesar prós e contras com muita mestria, mas como chapeleiro... V.Exa. não sabe que quem tem o poder de dizer se a carapuça serve ou não é quem a veste?! Além disso, um chapeleiro deve ter aquele comportamento de solicitude e agrado que não lhe são absolutamente peculiares. V.Exa. é chapeleiro sim, mas um péssimo chapeleiro, um chapeleiro arrogante, cheio de si, invejoso, com uma soberba que só mesmo quem ama e é casado com a avozinha poderia ter... Se V.Exa. já é o Conde de Granada, imagine a senhora sua Avó! Deve ter sido, no mínimo, uma duquesa! Mulher poderosa, literata (vide o livro que legou a V.Exa.), obviamente rica, muito rica, bela, justa, um ser digno de memória. E não é que V.Exa. não a tira da memória! Verdadeira obsessão, tal qual descrita por Hitchcock. V.Exa. não vá brincar com facões na cozinha, por favor!

Mas faz-me sentir um pouco de pena de V.Exa., que usa este forum para distilar seus ódios, compensar suas frustrações, atacar pessoas, impor sua lei, qual seja, a de que o seu pecado é negado por V.Exa. diariamente. V.Exa. vive em pecado... Como deve sofrer V.Exa., negando os erros que cometeu... E que erros são esses, que, ao serem negados, se consolidam ainda mais na sua mente, prova do seu conselho final? Apenas reinvente, se me permite, dialetize! Caso contrário, V.Exa. continuará a morder o próprio rabo, em movimentos circulares inúteis, mas desgastantes. E dê conselhos à senhora sua Avó, que gosta do netinho inteligente e está com ele acostumada.

E novamente a histeria tomou conta da mente de V.Exa.! Ao afirmar que eu sou uma fraude tanto nobiliárquica quanto paranormal, V.Exa. já começa a abanar-se... Ufa! Que calor! E a abanar-se, a abarnar-se... será que com o leque da vovó? Suas palavras podem ser poderosas, deverei eu, então, ter medo? Pavor? Ou deverei eu reclinar-me diante desse grande senhor, cujo sangue nobilíssimo afugenta os nibelungos e faz tremer o próprio Carlos Magno? Trata-se de um indivíduo que surge com vestes douradas, cabeça altiva, corpo retilíneo, feições gregas, a girar e a crescer diante da massa, ainda que de nobres, a ofuscar a todos com o seu brilho, para, no fim, meio que virar-se e rir com risadas mais e mais altissonantes ecoando pelo universo. Assim é a imagem que V.Exa. constrói entre uma risada e outra, entre uma garfada de quiabo babado e outra...

Como psiquiatra diagnosticando-me, acabei esquizofrênico! Agora eu fico na dúvida se sou ou não sou esquizofrênico. Assim como já não sei quem eu sou. Serei eu uma fraude nobiliárquica? Também devo ser uma fraude genealógica. Quem sou eu? Onde estou? Com quem eu falo? Aonde vou? E a incerteza, a dúvida cruel vai clivando o meu ego, fragmentando-o e eu precisando desesperadamente reunir os fragmentos, para saber quem sou e de onde venho. Fernando Pessoa não pode me ajudar, Shakespeare não pode me ajudar, quem irá pôr fim à dúvida do meu próprio ser? Mas... sobrou-me um raio de sanidade, um fio de lucidez, para ter a certeza de que a sociopatia acompanha V.Exa. há muito tempo. E o que V.Exa. faz? Ri! Ri com risadas mais e mais altissonantes! Eu não posso pedir socorro ao Conde de Granada, pois ele irá-me destruir com suas risadas, irá até me machucar com seu leque de renda, irá espezinhar-me até a morte. Até quando o Conde de Granada permanecerá conselheiro e juiz do universo? Afinal, não há bem que sempre dure e mal que não tenha fim. Devo acreditar nessa verdade do senso comum? "Vai, meu netinho querido, acabe com mais esse "condezinho" fraudulento e impere no universo", muito provavelmente dissesse sua avó, incitando V.Exa. ao ataque.

Enquanto espero que o malvado Conde de Granada dê sua última risada, pois ele envelhece a passos largos, ficarei catando os fragmentos do meu ser que sobreviveram ao seu pérfido julgamento. Estarão as feições do Conde de Granada assemelhando-se mais e mais às da senhora sua Avó? Eu não duvidaria. Mudar a personalidade do Conde de Granada? Impossível! Já foi carcomido pelos vermes da neurose, mumificado pelos bálsamos da insatisfação, petrificado pelo calcário do rancor. São as forças negativas agindo em V.Exa., alimentando seu prazer risonho, e o que V.Exa. faz para reagir? Critica, critica, critica; aniquila, aniquila, aniquila; vocifera, vocifera, vocifera! Como se a inteligência pudesse ser assim desenvolvida, e não por via equilibrada, saudável e confiante. O que o Conde de Granada o senhor seu Pai fez com V.Exa.?! Meu Deus! E os filhos do Conde de Granada? Como são? Tantas doenças, tantas risadas, tantos conselhos... Como deve ser a Família do Conde de Granada? Ou será que o Conde de Granada mora só, encastelado em sua torre mais alta, sempre lendo os livros da senhora sua Avó? Por obséquio, relaxe um pouco e ouça esta canção:

Granada, tierra soñada por mi
mi cantar se vuelve gitano
cuando es para ti
mi cantar hecho de fantasia
mi cantar, flor de melancolia
que you te vengo a dar

Granada,
tierra ensangrentada
en tardes de toros
Mujer que conserva el embrujo
de los ojos moros
de sueño rebelde y gitana
cubierta de flores
y beso tu boca de grana
jugosa manzana
que me habla de amores

Granada Manola
cantada en coplas preciosas
no tengo otra cosa que darte
que un ramo de rosas
de rosas de suave fragancia
que le dieran marco
a la Virgen Morena

Granada
tu tierra está llena de lindas mujeres
de sangre y de sol

Tomo a liberdade de tomar emprestado a voz de Placido Domingo, para pôr um pouco de música no coração do Conde de Granada, que é um homem nobre...muito nobre...


Com o maior respeito por figura assim onipotente, queira aceitar meus cumprimentos de alta estima e admiração,
Eduardo Pellew Wilson, conde de Wilson

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RE: Nobres portugueses no Brasil dão entrevistas

#248415 | Conde de Granada | 25 ene 2010 01:49 | In reply to: #248404

Fiquei extremamente lisonjeado por ter gasto quase dez horas do seu precioso tempo pensando numa boa resposta. Que trabalho hercúleo! Deve ter demorado a pesquisar na internet sobre o significado da frase latina, sobre o autor do vetusto Holmes, enfim, o Google bem lhe valeu! Afinal, para pedantes metidos à nata da pseudo-intelectualidade tupiniquim, a internet facilita o plágio e a criação de panfletos que ufanam o tolo escritor e pretendem atingir o sortudo alvo da "execração pública"... Quantos telefonemas deu aos membros do clubinho, fazendo-os deixar seus planinhos conspiratórios para ajudá-lo na elaboração de uma "quase missiva" ao malvado Conde de Granada? Vá lá entender o quê é que se passa na cabecinha desses "nobres detentores das mais altas honrarias da coroa portuguesa"! Quantos contos de réis, à época, tiveram que desembouçar (pois hoje, nada sai do saco furado) para usar um mísero brasão? Acha que nobreza é tudo a mesma coisa? Faz tábula-rasa de todos? Existem diferenças entre um fidalgo de linhagem (com antepassados cruzados, guerreiros, heróis e santos) para um novo-rico "burguesóide" que mal conhecia o nome do avô. Sorte de "Vossa Excelência"! Está dispensado do Noblesse Oblige! Se conhecer o protocolo, pode se conformar em ficar de pé enquanto outros se sentam no banquinho ou nas poltronas; ou melhor, arranje uma sólida bandeja e desate a servir, todavia, lembre-se que se serve pela direita e se retira os pratos pela esquerda. Mande um curriculum vitae para . Aposto que nossa atual elite (quase toda descendente dos "broncos" e "jagunços" de ontem...) vai adorar ser servida por um conde!

Vamos ver se está habilitado à tecer comentários à minha pessoa...

Perguntas (e testes) ao conde-paranormal, com os oferecimentos do bendito Junca! (dá-lhe vovó!):

01- Suporta impassível o olhar de uma dama de 400 anos?
02- Entristece-se pela fato de seu avô ter sido verdureiro?
03- Leu o Gotha?
04- Enfia desabridamente o nariz no cálice de conhaque sem jamais ter ouvido falar em "bouquet"?
05- Diz asneiras em alta voz?
06- É capaz de repetí-las, mesmo percebendo que foi ouvido?
07- Chama alguém de doutor, sabendo de antemão que o agraciado nunca residiu em Niterói?
08- Empresta dinheiro para que falem favoravelmente de você?
09- Quanto mais falam bem, mais empresta?
10- Encontrando um comendador na rua, faz questão de que êle se sinta realmente comendador?
11- Imagina que "Goya" seja marca de automóvel europeu?
12- Já ouviu falar em Leonardo da Vinci e Clóvis Graciano?
13- Acha que os dois não valem nada?
14- Toca algum instrumento musical que não seja harmônica?
15- Toca, mesmo, harmônica?
16- Canta "Muié rendêra" sem pensar nas consequências?
17- Bebe o que lhe servem, ou prefere pedir o que aprecia?
18- Come o que vê pela frente, mesmo que o advirtam que é "almondegão da bavária com purée de chicórea"?
19- Convidado a retirar-se ante o adiantado da hora, prossegue a palestra alegando dispor de muito tempo?
20- A despeito dos abraços, consegue surrupiar a colher de sopa?
21- Visita sómente as pessoas reconhecidamente ricas?
22- Quando enxerga um amigo pobre, ao invés de bater-lhe amigavelmente nas costas, bate-lhe com força no corpo todo?
23- Só aprecia cão com pedigree?
24- É pessedista por que os líderes do PSD acham que o governo federal é freguês, e os fregueses sempre têm razão?
25- Distingue de relance uma criança nascida em berço de ouro e ouro do berço?
26- Palita os dentes por atavismo ou espírito de imitação?
27- Já enviou girassóis a uma dama?
28- Coleciona selos sem comprá-los?
29- Sentir-se-ia realizado se adquirisse um elefante de rabo branco?
30- Corteja as mulheres (ou quê preferir...), antevendo um califado?
31- Partiparia de um safari mesmo na qualidade de carregador?
32- Passaria fome para comprar um automóvel com motor da Boing?
33- Percebeu, antes que o disséssemos, o valor de um carro no tocante a esmola?
34- Trucidaria o garoto que riscasse a pintura do seu automóvel?
35- Tem receio de possuir casa própria por saber que elas jamais ficam prontas, a despeito do engenheiro não sair da obra?
36- Visitando um amigo, ao sabê-lo ausente entra na casa e vai desentocá-lo do ensconderijo?
37- Acha que função de gerente de Banco é espinhosa, por issa ele se sangra com as negativas apresentadas?
38- É, ou acredita ser Napoleão Bonaparte?
39- Faz da mentira a sua religião, sem nunca haver estudado teologia?
40- Sente-se apto a empalmar 1 bilhão de reais?
41- Adora-se ao espêlho?
42- Quer que se lixe o inventor do pára-raios, desde que uma faísca elétrica não lhe caia em cima?
43- Julga que tudo que sua vista abrange é de sua propriedade?
44- Em lugar de visitar o psiquiatra acha que o Chico Anísio resolve sua perturbação mental?
45- No caso de encontrar alguma vítima de ladrões na estrada revistaria o seu corpo, antes de comunicar o fato à polícia rodoviária?
46- Encontra-se sempre impossibilidade de aulixiar o próximo antes que ele o auxilie?
47- Em festas beneficentes bebe o valor do dinheiro da espórtula dada à entrada?
48- Colabora em concursos de beleza, mesmo que seja na qualidade de juiz?
49- Corrige o filho citando brocardos, mas com a cinta na mão?
50- A seguir qualquer orientação, igual aos motoristas de taxis prefere provacar desastres sozinhos?
51- Recolhendo-se para meditar, sente-se irremediávelmente só?
52- Faz sempre a mesma coisa de modo diverso, errando de maneiras diferentes?
53- Não se candidata, não por achar que lhe faltem qualidade cívicas, mas por desconhecer o endereço do IPES?
54- Teria coragem de, candidato, dar o ser voto, a outro mais digno?
55- Tentando o golpe funeral, tentaria, também, falsificar o testamento do falecido?
56- Veste-se com roupas sob medida e diz que o talhe informe é "Made in England"?
57- O hábito do banho ficou-lhe nas lembranças da primeira infância ou se consolidou nas chuvaradas repentinas?
58- Falando, é tido como débil mental?
59- Jamais aceitaria a indicação para Ministro, pois a Constituição prevê o cargo de Presidente da República?
60- Pode dar, agora mesmo, o endereço do seu badalo?
61- Viaja na base do guia turístico todos os anos?
62- É capaz de, neste sistema de correr o mundo, descrever pormenorizadamente a mesquita construída pelo Hassam no Egito e com o mesmo descaradamento relatar um passeio de "bateaux-mouche" à ilha de Saint Louis, na França?
63- Além do capital que lhe confiaram para adquirir objetos, teria coragem de, à chegada, arrancar mais dinheiro dos amigos, sob a promessa de mandar buscar o que não veio, pelo reembolso postal?
64- Quando ouve em resposta ao "como vai", que o interlocutor vai mal, recusa-lhe estender a mão como se ele já estivesse enterrado?
65- Tem a faculdade de dormir com o rádio ligado em programa em que apareça o Ivo Cury imitando Chevalier?
66- Ouve ópera na frente dos convidados e depois ouve "Jararaca e Ratinho"?
67- Ronca no escritório, mesmo sabendo que os seus auxiliares não tem onde dormir?
68- Acha que mulher ajuda o homem a adquirir fortuna, sendo capaz de confiar exclusivamente a uma delas o trabalho de ficar bilionário?
69- Sentindo-se atingido pelas flechas do Cupido, mudaria de cidade mesmo sabendo que a sua amada fosse orfã e morasse com uma tia que a espancava diariamente à hora do chá?
70- É capaz de identificar o autor de qualquer editorial pela maneira hábil com que ele esconde os seus verdadeiros objetivos?
71- Gostando de praticar hipismo, atenderia Ricardo III, dando-lhe o seu cavalo em troca do reino?
72- Lê balancetes comerciais e nunca pede que lhe expliquem o intricamento das colunas de lucros e perdas?
73- Não se acanha de comprar livros pela cor, quando sabe que a maioria dos seus amigos os adquirem pelo tamanho?
74- Por mais descansado que esteja, acha sempre inoportuna a hora de retornar ao trabalho?
75- Sempre que pensa no binômio "capital e trabalho" sente um formigamento correr-lhe pela espinha, temeroso de ficar com o último?
76- Confessa sem ruborizar que o maior exercício físico que pratica é jogar caroço de azeitona no elefante de madeira que ornamenta a sua sala de jantar?
77- Afirma sem titubear que "José do Telhado", o primeiro romance que leu, deixou fundas marcas em sua personalidade?

Já basta. Será que entendeu, my lord?

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RE: Nobres portugueses no Brasil dão entrevistas

#248417 | Conde de Granada | 25 ene 2010 01:51 | In reply to: #248415

Se quiser, mando o seu curriculum lá para o Fasano...

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RE: Nobres portugueses no Brasil dão entrevistas

#248438 | Eduardo05 | 25 ene 2010 12:19 | In reply to: #248415

Caríssimo Conde de Granada,

"Boa resposta" é um comentário por parte de V.Exa. que eu devo guardar como um elogio; mas, claro, o malvado Conde de Granada não poderia dar nota dez a um aluno, pois não há alunos dignos de nota dez... Por outro lado, também me sinto muito à vontade com V.Exa., já que todo o seu aparato verificador de fidalguia é inútil para mim, nós não pertencemos à mesma nobreza e V.Exa. é, além disso, um conde, ainda que fictício, mas, mesmo assim, a onipotente e altiva marionete fidalga a quem V.Exa. dá vida, por falta de uma realidade fidalga quatrocentona ao menos, é insuficiente, para que eu me cubra diante de V.Exa. Sugiro-lhe a ascensão social, quem sabe V.Exa. não poderá aparecer doravante como o Rei de Granada? Aí poderíamos conversar entre muito diferentes, eu abissalmente abaixo de V.Exa., e V.Exa. pisando em mim, como tem vontade de fazer, não? Mas lembre-se de que eu sou uma fraude aos olhos de V.Exa., ainda que, por vezes, V.Exa. derrape e acabe por considerar o meu estado legítimo de conde, novamente neto de "burguesóides", cujos avós lhes eram desconhecidos, como sói ocorrer na análise do discurso de V.Exa. De qualquer forma, eu gosto de tirar do Conde de Granada toda a sua fúria, todo o seu ódio, todo o seu desprezo por mim e, sobretudo, pela minha linhagem, nova-rica, sem fidalguia alguma, mas que V.Exa. não pode - que pena -, me dispensar do noblesse oblige, pois não tem qualidade de sangue para isso.
Agora eu fico sem saber, diante da riqueza de informações e da vasta cultura do Conde de Granada, se ele usou o control + C, para copiar a carrada de perguntas que me faz em questionário, expressamente testando a minha débil e esquizofrênica cabecinha, ou se o Conde de Granada esteve a receber um santo, a incorporar uma entidade qualquer, num frenesi absoluto que fez tremer os pedregulhos de sua nobre morada... Em ambos os casos, V.Exa. apenas confirma sua maldade e o prazer em me maltratar e em me humilhar. Setenta e sete perguntas... isso está-me parecendo um teste francês, do tipo nota "sur soixante-dix-sept", pois no mundo lusófono nós preferimos um teste que vai de zero a dez ou, então, um que vá de zero a cem. Por acaso o condado de Granada, donde V.Exa. é o senhor absoluto e, provavelmente, cunha moedas e não tem problemas financeiros, vive de saco cheio de moedas...rsrsrsrs, já pertenceu à corôa francesa? Ou será que a senhora sua Avó era uma duquesa francesa? Parlez-vous français aussi?! Inglês fala muito bem. Eu mal falo o português; portanto, não me embarasse ainda mais com essas línguas complicadas, além do latim, que V.Exa. está me fazendo perder horas e horas do meu rico tempo pesquisando na Internet, verificando nome por nome no Google, telefonando e incomodando meus consócios no dito "clubinho"... E eu querendo agradar-lhe, trazendo à discussão a cultura espanhola... Mas V.Exa. não fala de suas raíCes espanholas nunca! Tem vergonha de sua ascendência? O pai de V.Exa. o abandonou, por acaso? V.Exa. foi criado pela avozinha duquesa?
Obrigado por ensinar-me como se serve, eu não imaginava como era o trabalho de um serviçal, mas com o Conde de Granada-maître, o mundo doméstico ficará mais fácil de se compreender: primeiro eu sirvo pela direita e, depois, eu retiro os pratos pela esquerda. É isso, Conde de Granada? Ou será o contrário? Primeiro eu sirvo pela esquerda e, depois, eu retiro os pratos pela direita... Não, não, direita, esquerda...esquerda e direita... Devo fazer como o Conde de Granada corretamente me ensinou: primeiro eu sirvo pela direita e, depois, retiro os pratos pela esquerda. É isso! Acho que aprendi. Ufa! Que trabalho V.Exa. me está dando! E pensar que tudo isso surgiu de um pequeno texto de reportagem de jornal... Já sei! V. Exa. é professor de etiqueta no Senac, não é?

V.Exa. está apreciando o modo como eu lhe dou todo um poder, a ponto de responder-lhe prontamente e, assim fazendo, dar voz aos planos que verdadeiramente orientam as suas críticas? Aproveite, Conde de Granada, pois não é todo o dia, em que alguém lhe dá tanta importância assim... Sua infância deve ter sido muito solitária, um filho abandonado pelos pais, talvez, um menino prodígio, cujas qualidades V.Exa. nunca tinha oportunidade de mostrar e os mais velhos quase não podiam ver o gênio que crescia nesse menino acanhado e sagaz, à exceção da avó duquesa! Esta sim, era uma senhora que enxergava longe as possibilidades do netinho e o encheu de livros e de regras de etiqueta. Aspectos tristes à parte, temo pedir ainda mais ao Conde de Granada, apesar de saber estar V.Exa. cansado de formular tantas perguntas difíceis. Mas eu não entendi nadinha, V.Exa.! Dá pra explicar tudo de novo? Se não for abuso da minha parte, poderia V.Exa. falar um pouco dos costumes de Granada? Ouvi dizer que nesse condado as moçoilas andam com flores atravessadas na boca e tocam magistralmente a castanhola. Já dá para ouvir o som hipnótico das castanholas nas festas de banquetes que V.Exa. deve oferecer. Será que V.Exa. consegue abstrair um pouco a atual elite brasileira, desenvolvida com bases broncas e jagunças, como V.Exa. mesmo afirma, e contar-me mais acerca da aprazível terra de Granada? Esqueça um pouco esses jagunços e esses broncos que estragam a finura, a beleza, a fidalguia e a majestade do mundo de V.Exa. e conte-me mais a respeito do próprio mundo de V.Exa. Fale-me dos santos e dos heróis de quem V.Exa. descende, fale-me dos guerreiros e dos maiores de V.Exa., fale-me dos parentescos cruzados que tornam o Conde de Granada o fidalgo dos fidalgos. V. Exa. também dá aulas de fidalguia? Custa muito caro aprender? Eu tenho consciência absoluta de que não aprenderei a ser fidalgo numa geração apenas com V.Exa., mas nunca é tarde para se começar, não é mesmo? Por outro lado, com o número enorme de vidas que tem V.Exa., seja incorporando entidades, seja psicografando espíritos fidalgos, eu hei de aprender um mínimo qualquer e fazer bonito diante dos mais velhos. Suas lições de vida fidalga devem ser preciosas. Vamos, ensine-me! Será que V.Exa. consegue praticar um ato de bondade ao menos uma vez na vida? Ou vai continuar me maltratando? V.Exa. continuará a ser o Conde de Granada ou devo agora dialogar com o Rei de Granada? Um conde-rei é o que eu acho que V.Exa. é. E prometo-lhe não pensar que V.Exa. é uma fraude, isso nunca! V.Exa. é quem diz ser, ai de mim contrariar home mtão poderoso, mas como eu ainda não compreendia direito a sua pessoa, dá para me dizer quem é V.Exa.? Como é a mão invisível que manipula a marionete?

Até breve,
Eduardo Pellew Wilson, conde de Wilson

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RE: Nobres portugueses no Brasil dão entrevistas

#248446 | Conde de Granada | 25 ene 2010 15:14 | In reply to: #248438

Sabe o que mais me irrita nisso tudo? A ignorância travestida em toda a confusão, da qual Vossa Excelência, maldosamente, acabou por se apropriar.

Sem ambigüidades ou segundas intensões, serei o mais sincero possível:

1º - O texto que reproduzi em minha primeira intervenção (Sim! Aquele do livro da "duquesa", como o senhor chama a falecida senhora minha avó), não fazia referências à sua pessoa e, tão somente, dava apoio ao que disse o Sr. Nazareth. Todavia, Vossa Excelência se fez de rogado e assumiu um papel que não lhe cabia;

2º - Lançou-me as primeiras pedras, portanto, era e é meu o direito de responder-lhe no mesmo tom. Ademais, apesar da boa pena (confesso-lhe) que possui, dela usou para ligar-me em extremo à pessoa da minha avó, levantando calúnias "efeminantes" e zombando da memória da mesma senhora, como dos meus;

3° - Não pense que sou ingênuo!

"Até breve"? Pretende me visitar? Aviso que, por conta das festanças dadas em meu condado (como bem o senhor o disse), não haverão quartos disponíveis, a não ser que não se incomode com a estrebaria, onde poderá degustar alfafa de ótima qualidade.

Com os melhores cumprimentos e mais sinceros respeitos.

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