Monc. e Quelfes

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Monc. e Quelfes "Testamentos" - "Antónia de Brito

#172091 | josécyr | 08 nov 2007 14:49

Caros confrades,
Para uma partilha, irei aqui colocando alguns Testamentos de gente conhecida. A leitura destes é minha pelo que convirá fazer sempre uma segunda.
Cumprimentos,
José Cabecinha

Fez Testamento em 1703, não diz dia nem mês - ADF - Tabelião Luís Rodrigues - Olhão/Quelfes, cota 3.4.3.

"Em nome de Deus amem, saibam quantos este público instrumento de testamento virem que no ano de nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil setecentos e três anos em esta Freguesia de Quelfes termo desta cidade de Faro em as casas de morada de ANTÓNIA DE BRITO aonde eu Escrivão fui e aí em uma cama doente de doença natural que Deus nosso Senhor foi servido de lhe dar mas em todo o seu juízo e entendimento perfeito conforme parecer de mim Escrivão e das testemunhas a baixo assinadas logo põe ela foi dito que ela era mortal e para morrer e por não saber a hora nem o dia em que Deus Nosso Senhor a havia de levar desta vida presente queria fazer o seu testamento para bem da sua alma e cargo de sua consciência o qual o fez por esta maneira seguinte: primeiramente disse ela testadora que tanto que falecer desta vida presente encomendava sua alma a Deus Nosso Senhor que a criou e remiu com seu precioso sangue morrendo em uma cruz pelos pecadores e pede e roga à Gloriosa Virgem Maria a não desamparar nem ponto tão penoso e a todas as Santas e Santos da corte do céu amem Jesus - item - disse ela testadora que tanto que falecer desta vida presente seu corpo será enterrado em sua Igreja donde ela é freguesa e lhe marcarão sepultura pela esmola costumada e seu corpo será amortalhado com o hábito de São Francisco e lhe darão a esmola costumada e virão seis clérigos a sua casa e o sacristão com eles e lhe dirão quatro responsos por sua alma e virá a “fana” de todas as confrarias a sua casa a acompanhar o seu corpo e deixa a cada uma delas quatrocentos reis de esmola - item - disse ela testadora que aos nove dias lhe façam outro meio digo oficio inteiro por sua alma ofertado com a mesma oferta e as missas que se acharem de corpo presente como “dês” nove dias se lhe dirão por sua alma pagas cada uma com a esmola de cento e vinte reis - item - disse ela testadora que deixa por sua alma cem missas rezadas pagas cada uma com a esmola de cento e vinte reis - item - disse ela testadora que deixa por seus encargos cinquenta missas rezadas com a mesma esmola - item - disse ela testadora que deixa pela alma de seu marido dez missas pagas com a mesma esmola - item - disse ela testadora que deixa pela alma de Gomes Moniz e sua mulher (1) dez missas pagas com a mesma esmola - item - disse ela testadora que deixa pela alma de seu cunhado (2) dez missas pagas com a mesma esmola - item - disse ela testadora que deixa pelas almas de Gaspar Simões (3) e de sua mulher Dona Ana (3) dez missas pagas com a mesma esmola - item - disse ela testadora que deixa pelas almas de seus pais vinte missas pagas com a mesma esmola - item - disse ela testadora que deixa pelas almas de seus irmãos dez missas pagas com a mesma esmola - item disse ela testadora que deixa pelas almas de seus escravos vinte missas pagas com a mesma esmola - item - disse ela testadora que deixa pela alma de Margarida escrava três missas pagas com a mesma esmola - item - disse ela testadora que deixa ela testadora que deixa (sic) que lhe digam as três missas da Paixão Grande com a esmola de duzentos reis e as outras duas com a esmola de cento e cinquenta reis - item - disse ela testadora que deixa pelas almas do fogo do purgatório dez missas pagas com a mesma esmola - item - disse ela testadora que deixa por três defuntos a cada um sua missa - item - disse ela testadora que deixa ao anjo de sua guarda três missas pagas com a mesma esmola - item - disse ela testadora que deixa à Senhora do Rosário e à Senhora da Conceição a casa uma sua missa e a São Sebastião outra e ao Santo do seu nome outra e a São Miguel outra e a São Bartolomeu outra e à Senhora da Piedade suas missas pagas cada uma com a esmola de cento e vinte reis - item - disse ela testadora que deixa à Senhora do Rosário desta Igreja mil reis de esmola - item - disse ela testadora que deixa a seu neto Manuel de Sárrea quatro mil e oitocentos reis de esmola - item - disse ela testadora que deixa a seus bisnetos um foro de dois mil reis o qual foro faz Maria Martins, viúva de Diogo Francisco moradora na cidade de Faro e em morrendo estes seus dois bisnetos Gaspar e Manuel e morrendo “envira”(sic) o dito foro a seus herdeiros dela testadora - item - disse ela testadora que deixa a seu afilhado Manuel da Fonseca, filho de Manuel de Mendonça quinhentos reis de esmola - item - disse ela testadora que deixa a Júlia da Silva “meia peça?” de linho de esmola - item - disse ela testadora que deixa a Francisca uma camisa de seu trazer - item - disse ela testadora que deixa a Catarina Viegas, mulher de Marcos da Costa, uma saia de baeta de seu trazer - item - disse ela testadora que deixa a Inês da Cruz o seu mantéu - item - disse ela testadora que deixa a Maria de Sousa, filha de Manuel Dias, uma cama de roupa a saber um colchão e dos lençóis e um travesseiro e uma coberta e lhe deixa também seu manto e tudo se lhe dará tomando estado e tudo lhe deixa de esmola além de sua soldada - item - disse ela testadora que deixa a Francisca que a teve em sua casa, filha de João Lopes, uma cama de roupa a saber um colchão e dois lençóis e um travesseiro e sua coberta que se lhe dará tomando estado - item - disse ela testadora que deixa uma camisa de seu trazer e um capelo a Inês de Sousa, mulher e digo a Domingas de Sousa, viúva de Manuel Dias, de esmola - item - disse ela testadora que deixa a seus filhos digo ela testadora que deixa a sua filha Leonor de Arrais as casas da fazenda que traz de renda Domingos Gonçalves e declara ela testadora que na dita fazenda se fazia um foro do “espeltal” (hospital) de Tavira o qual foro esta isento e que o isente sua filha com seu dinheiro e assim se tirava na dita fazenda vinte mil reis que dará para a dita isenção - item - disse ela testadora que deixa tudo que tiver de portas a dentro a seus filhos e filha que vivos são a saber Leonor Arrais e Gomes Moniz e Antão Pacheco e da casa ela testadora que os mais adquiridos que no casal se acharem que são dos ditos seus três filhos porque o adquiriram com sua industria (…) digo bens adquiridos não entram em partilhas e só se farão partilhas dos mais bens que se acharem e com eles se dará cumprimento a todos os meus legados assim pios como profanos e se alguma coisa ficar de minha terça a deixa a seus três filhos que vivos forem - item - disse ela testadora que a sua escrava Ana a deixa a seus três filhos e morrendo qualquer destes fique aos que vivos forem e o último destes poderá dela o que lhe parecer (fazer) por aqui disse ela testadora que havia este seu testamento por feito e acabado e que os mais testamentos, cédulas, codicilos que dantes que deste tenha todos quebra e revoga e só quer que este que de presente tem feito todos quebra e revoga e só quer que este que de presente tem feito (sic) (…) deste dia para todo sempre e pede e roga às justiças de sua Majestade a quem esta pertencer lho façam cumprir e guardar no termo deles como manda El-Rei Nosso Senhor eu Luís Rodrigues escrivão de testamentos desta Freguesia de Quelfes o fiz em presença das testemunhas que presentes estavam - item - disse ela testadora que o que “remanizar” (remanescer) de sua terça a deixa a seus três filhos - item - disse ela testadora que ela tomava e elegia por seu testamenteiro a seus dois filhos testemunhas presentes (além) do Cura que assinou pela testadora por ser mulher e não saber escrever e por fim como testemunha(s) o Capitão Diogo de Ares e Vasconcelos e João Viegas e Manuel Rodrigues e João Rodrigues e Matias Fernandes e Jorge Vaz que todos assinam de seus sinais costumados e declaro que a terça a deixa a seus filhos como dito tem e os constitui por herdeiros de todos os meus bens".

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Leonor Arrais de Mendonça

#172092 | josécyr | 08 nov 2007 14:51 | In reply to: #172091

A.D.F. - Notário Luís Rodrigues - Cota 3.4.4. - 17-09-1707: Testamento de Leonor de Arrais de Mendonça, irmã de Gomes Moniz.

Em nome de Deus amem saibam quantos este público instrumento de testamento virem que no ano de nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil setecentos e sete anos aos dezassete dias do mês de Setembro da era acima dita em esta Freguesia de São Sebastião de Quelfes em as casas e morada de Gomes Moniz a onde eu escrivão fui aí achar sua irmão LEONOR ARRAIS DE MENDONÇA deitada em uma cama doente de doença natural que Deus Nosso Senhor foi servido de lhe dar mas em todo o seu juízo e entendimento perfeito conforme parecer de mim escrivão e das testemunhas abaixo assinadas logo por ela foi dito que ela era mortal e nascera para morrer e por não saber a hora nem o dia em que Deus Nosso Senhor a havia de levar desta vida presente queria fazer seu testamento para bem de sua alma e descargo de sua consciência o qual foi por esta maneira seguinte (-) primeiramente disse ela testadora que tanto que falecer desta vida presente encomendava sua alma a Deus Nosso Senhor que a criou e “anemio” (animou) com seu precioso sangue morrendo em uma cruz pelos pecadores e pede e roga à Gloriosa Virgem Maria seja sua advogada com todos os Santos e Santas da corte do céu amem Jesus - item - disse ela testadora que tanto que falecer desta vida presente seu corpo irá amortalhado no hábito de São Francisco e lhe darão a esmola costumada e o seu corpo será sepultado na Igreja donde ela é freguesa e lhe marcarão sepultura pela esmola costumada - item - disse ela testadora que estando a sua sepultura desocupada será enterrada nela - item - disse ela testadora que virá o Reverendo Cura com cinco Clérigos mais a buscar o seu corpo e o sacristão com a Cruz e lhes darão quatro responsos em sua casa e seis em a Igreja - item - disse ela testadora que deixa que se virá a cera de todas as confrarias a buscar o seu corpo a sua casa e deixa a cada uma delas quatrocentos reis de esmola declarou ela testadora que a deixa da cera da de Nossa Senhora da Conceição e da Senhora do Rosário se não pagará por quanto neste testamento ela "há-de" de deixar suas esmolas de maior valor - item - disse ela testadora que ao corpo presente lhe farão um ofício inteiro por sua alma ofertado com três alqueires de trigo e um almude de vinho e as missas que se acharem nesse dia em a sua Igreja esse dia lhe digam por sua lama pagas cada uma com a esmola de cento e vinte reis - item disse ela testadora que aos nove dias lhe farão outro ofício inteiro ofertado com a esmola ofertada - item - disse ela testadora que as missas que se acharem nesse dia (...) se lhe digam por sua alma pagas cada uma com a esmola de cento e vinte reis - item - disse ela testadora que deixa por sua alma duzentas missas rezadas pagas cada uma com a esmola de cento e vinte reis - item - disse ela testadora que deixa por seus encargos cinquenta missas pagas cada uma com a esmola de cento e vinte reis - item - disse ela testadora que deixa pelas almas de seu pai e mãe trinta missas pagas cada uma com a mesma esmola - item - disse ela testadora que deixa pelas almas de seu "irmão e irmão" Gaspar Simões trinta missas pagas com a mesma esmola - item - disse ela testadora que deixa pela alma de Manuel da Fonseca quinze missas pagas com a mesma Esmola - item - disse ela testadora que deixa pelas almas de seus escravos vinte missas pagas com a mesma esmola - item disse ela testadora que deixa ao anjo da sua guarda cinco missas e a São Miguel outras cinco missas e à Senhora da Boa Morte outras cinco missas e ao Santíssimo Cristo outras cinco e ao Santo do seu nome outras cinco e à Senhora do Rosário outras cinco e a São Bartolomeu outras cinco e à Senhora do Pé da Cruz outras cinco e a Santo António outras cinco e a Santa Catarina outras cinco e a São Francisco outras cinco e estas missas se pagarão com a esmola de cento e vinte reis - item - disse ela testadora que deixa quatro missas com o "altar privilegiado" com a esmola de cento e cinquenta reis - item - disse ela testadora que deixa pelas almas do fogo do Purgatório dez missas pagas cada uma com a esmola de cento e vinte reis - item - disse ela testadora que deixa meia dúzia de lençóis a saber a seis missas a primeira à filha de seu compadre Amaro Rodrigues e à sua afilhada filha de Manuel da Cruz de Olhão outra e às filhas de Maria de Figueiredo as mais velhas dois a cada um seu e a Inês que está em casa de António Mendes outro e outro a Catarina Rodrigues moradora em Faro - item - disse ela testadora que deixa a seu sobrinho Manuel de Sárrea seis lençóis - item - disse ela testadora que deixa aos filhos de Manuel de Sárrea o Gaspar e o Manuel a cada um dois mil reis - item - disse ela testadora que deixa a seu afilhado João filho de António Martins Sousa dois mil reis que se lhe entregarão tomando estado - item - disse ela testadora que deixa a sua afilhada filha de João Viegas um colchão e um lençol e um travesseiro - item - disse ela testadora que deixa a Ana (escrava já referida no testamento de sua mãe) a seu irmão que o servirá em sua vida e por morte de seu irmão a deixa forra e lhe deixa então uma cama de roupa e os seus vestidos que ela tiver - item - disse ela testadora que deixa a … a “Luizia” a saber dois lençóis e um colchão e um travesseiro e uma coberta que se lhe dará tomando estado - item - disse ela testadora que deixa a Maria o seu manto e a sua saia com que vai à missa, filha de Brás Dias - item - disse ela testadora que deixa a sua saia de “gorgorão” a sua afilhada Dona Maria Velez - item - disse ela testadora que deixa a sua saia de “camelam” verde a Margarida da Páscoa - item - disse ela testadora que deixa o seu “manteo” a sua comadre Catarina de Amor - item - disse ela testadora que deixa mil e quinhentos reis a Maria Rodrigues Bolota de Olhão de esmola - item - disse ela testadora que deixa ao filho de Nicolau de Mendonça (,) Pedro Pacheco(,) mil reis - item - disse ela testadora que deixa a seu tio Antão Pacheco de Moncarapacho mil e quinhentos reis de esmola - item - disse ela testadora que declara que deixa ao Pedro Pacheco mil e quinhentos reis - item - disse ela testadora que deixa as sua contas de “alambre fino castuadas em prata” com três “estantes” de prata à Senhora do Rosário de sua Igreja - item - disse ela testadora que deixa à Senhora da Conceição a sua “jóia” de oiro - item - disse ela testadora que ela elegia por seu testamenteiro e herdeiro (…) bens e por aqui disse ela testadora que havia este seu testamento por feito e acabado que os mais testamentos cédulas codicilos que dantes que deste tenha feito todos quebra e revoga e só quer que este que de presente tem feito seja firme e valioso deste dia para todo o sempre e pede e roga às justiças de sua majestade aquém este pertencer lho façam cumprir e guardar no termo da Lei com manda El-Rei Nosso Senhor e eu Luís Rodrigues escrivão dos Testamentos desta Freguesia de Quelfes o fiz na presença das testemunhas que presentes estavam e a testadora assinou por sua própria mão por ser mulher e saber escrever (assina) “LEONOR ARRAES” (-) testemunhas presentes João Rodrigues da Freguesia de Cachopo e Brás Dias da Freguesia de Martinlongo e Simão Fernandes da Freguesia de São Pedro de Vaqueiros e Manuel Neto desta Freguesia e João Viegas desta Freguesia que todos assinaram de seus sinais costumados e a entrelinha que leva acima dita não tem dúvida alguma e a metade destas missas poderá mandar seu testamenteiro a onde lhe parecer e outra metade em a sua Igreja por quanto é sua última vontade (5) (seguem as assinaturas e sinais das testemunhas presentes) - João Rodrigues - + Brás Dias - + João Viegas - + Simão Fernandes - + Manuel Neto - Luís Rodrigues.

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RE: Beatriz do Vale

#172093 | josécyr | 08 nov 2007 14:53 | In reply to: #172092

A.D.F. - Notário Luís Rodrigues - Cota 3.4.4. – Quelfes, 17-01-1707: Testamento de BEATRIZ DO VALE, mulher de Nicolau de Mendonça.

Em nome de Deus amem saibam quantos este público instrumento de testamento virem que no ano de nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil setecentos e sete anos sendo aos dezassete dias do mês de Janeiro da era acima dita em esta Freguesia de Quelfes em as casas e morada de Nicolau de Mendonça a onde eu escrivão fui aí achei sua mulher BEATRIZ DO VALE deitada em uma cama doente de doença natural que Deus Nosso Senhor foi servido de lhe dar mas em todo o seu juízo e entendimento perfeito conforme parecer de mim escrivão e das testemunhas abaixo assinadas logo por ela foi dito que ela era mortal e nascera para morrer e por não saber a hora nem o dia em que Deus Nosso Senhor a havia de levar desta vida presente queria fazer seu testamento para bem de sua alma e descargo de sua consciência o qual o fez por esta maneira seguinte (-) primeiramente disse ela testadora que tanto que falecer desta vida presente encomendava sua alma a Deus Nosso Senhor que a criou e “anemio” (animou) com seu precioso sangue morrendo em uma cruz pelos pecadores e pede e roga à Gloriosa Virgem Maria a não desampare neste ponto tão penoso com todos os Santos e Santas da corte do céu amem Jesus - item - disse ela testadora que tanto que falecer desta vida presente seu corpo irá amortalhado no hábito de Santo António e lhe darão a esmola costumada e o seu corpo será sepultado em a sua Igreja donde ela é freguesa e será enterrada em a sua sepultura que tem em a dita Igreja - item - disse ela testadora que no dia do seu enterro virão quatro Clérigos a sua casa a buscar o seu corpo e o sacristão com a cruz e lhe dirão por sua alma em sua casa dois responsos e pelo caminho lhe dirão outros dois responsos (…) “ca” da Igreja (…) dois – item – disse ela testadora que virá a cera de todas as confrarias a sua casa a acompanhar o seu corpo e deixa à Virgem do Rosário seiscentos reis de esmola e à Senhora da Conceição quinhentos reis de esmola e às mais confrarias a duzentos reis cada uma – item – disse ela testadora que no dia do seu enterro lhe farão meio ofício por sua alma ofertado com três meios de trigo e meio almude de vinho – item – disse ela testadora que aos nove dias lhe farão um ofício inteiro ofertado com a mesma oferta – item – disse ela testadora que as missas que se acharem em sua Igreja tanto aos nove dias como do corpo presente lhe digam por sua alma pagas cada uma com a esmola de cento e quarenta reis – item – disse ela testadora que deixa por sua alma sessenta missas pagas cada uma com a esmola de cento e quarenta reis – item – disse ela testadora que deixa por seus encargos vinte missas pagas cada uma com a esmola de cento e vinte reis – item disse ela testadora que deixa pelas almas de seu pai e mãe oito missas pagas com a esmola de cento e vinte reis – item disse ela testadora que deixa por (…) sogro e sogra (…) pagas com a esmola de cento e vinte reis - item – disse ela testadora que deixa ao anjo da sua guarda duas missas pagas com a esmola de cento e vinte reis – item – disse ela testadora que deixa a São Miguel do Serro duzentos reis de esmola e a São Bartolomeu duzentos reis de esmola – item – disse ela testadora que deixa a seu filho Pedro Pacheco um colchão e dois lençóis e dois meios travesseiros com suas fronhas os melhores que se acharem e três colheres de prata e a sua arca e as suas bestas – item – disse ela testadora que deixa a seu filho Manuel da Fonseca um colchão e dois lençóis e dois meios travesseiros com suas fronhas e um cobertor de serafina verde e o colchão se lhe dará do melhor que estiver em casa e lhe deixa mais duas toalhas de mãos e três colheres de prata e a arca em que ela testadora mete a sua roupa – item – disse ela testadora que deixa mais ao dito seu filho Pedro Pacheco duas toalhas de mãos – item – disse ela testadora que deixa a seu filho Manuel da Fonseca uma vaca – item – disse ela testadora que deixa a Francisca de Azevedo o seu manto dela testadora – item disse ela testadora que deixa a seu (…) (neto?) duas colheres de prata – item – disse ela testadora que deixa uma saia de seu trazer de baeta azul e uma camisa a mais nova que tiver a deixa à mulher de Manuel da Cruz de Olhão – item – disse ela testadora que deixa à rapariga que tem em casa quatro mil reis – item – disse ela testadora que deixa a seu filho Luís de Castanheda a sua cama de roupa em que ele se deita – item – disse ela testadora que o que remanescer de sua terça a deixa a seu marido em sua vida e por morte de seu marido se fará esta terça em três partes duas para seu filho Manuel da Fonseca e outra a seu filho Pedro Pacheco – item – disse ela testadora que deixa que se tirara uma courela de fazenda a onde seu testamenteiro a pedir para cumprimento deste seu testamento - item – disse ela testadora que as missas que deixa em seu testamento que poderá seu testamenteiro mandar dizer metade em sua Igreja e outra metade em qualquer (…) – item – disse ela testadora (…) por seu testamenteiro a seu filho Pedro Pacheco e lhe deixa por seu trabalho três mil reis e por aqui disse ela testadora que havia este seu testamento por feito e acabado e que os mais testamentos cédulas codicilos que dantes que deste tenha feito todos quebra e revoga e só quer que este que de presente tem feito seja firme e valioso deste dia para todo o sempre e pede e roga às justiças de sua majestade de quem esta pertencer lho façam cumprir e guardar no termo da lei como manda El-Rei Nosso Senhor e eu Luís Rodrigues escrivão dos testamentos desta Freguesia de Quelfes o fiz em presença das testemunhas que presentes estavam o Licenciado Sebastião Corrêa Barbosa que assinou por si e pela testadora por ser mulher e não saber escrever e João Viegas e Miguel de Ataíde e José Rodrigues e Manuel Correia e Manuel da Fonseca todos moradores nesta Freguesia e todos assinaram de seus sinais costumados – (assinaturas e sinais): “assino arrogo da testadora e por mim como testemunha, Sebastião Barbosa Raposo” - + de João Viegas - + de Manuel da Fonseca - + de José Rodrigues – Miguel Taíde de Figueiredo - + de Manuel Correia.
(CODICILO):
Em nome da Santíssimo Trindade Padre Filho e Espirito Santo amem Jesus sendo o último dia do mês de Fevereiro do dito ano (1707) em as pousadas de Nicolau de Mendonça fui eu escrivão e aí achei sua mulher BEATRIZ DO VALE em uma cama doente de doença de doença natural que Deus Nosso Senhor foi servido de lhe dar mas em todo o seu juízo e entendimento perfeito logo por ela foi dito que ela tinha feito seu testamento para bem de sua alma e descargo de sua consciência (e) agora queria fazer seu codicilo para se ajuntar com o próprio testamento para o poder “ealvesentar” (aliviar/alterar?) e diminuir o que em seu testamento tem feito – item – disse ela testadora que deixa a sua afilhada Maria Vieira a sua saia de gala preta com seu Gabão preto – item – disse ela testadora que deixa a Maria a sua saia de serafina parda de esmola – item – disse ela testadora que deixa seis missas pela lama de Manuel da Fonseca pagas com a esmola de cento e quarenta reis – item – disse ela testadora que eixa a António mil reis de esmola – item – disse ela testadora que deixa sua mantilha de baeta branca a Francisca de Azevedo e por aqui disse ela testadora que havia este seu codicilo por feito e acabado o qual quer que se junte ao seu testamento que tem feito e será firme e valioso pois esta é a sua última e verdadeira vontade e pede e roga às justiças de sua majestade de quem este codicilo e testamento pertencer lho façam cumprir e guardar no termo da lei como manda El-Rei Nosso Senhor e eu Luís Rodrigues escrivão desta Freguesia de Quelfes o fiz em presença das testemunhas que presentes estavam – Gomes Moniz e Sebastião Correia que assinou pela testadora por ser mulher e não saber escrever e Manuel Gonçalves de Montarroio e Jorge Vaz – (assinaturas e sinais): Gomes Moniz da Fonseca - + de Jorge Vaz - + de Manuel Gonçalves (de Montarroio) – “assino a rogo da testadora por ser mulher e não saber ler e por mim como testemunha, Sebastião Barbosa Raposo – Luís Rodrigues.

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RE: Nicolau de Mendonça (Pacheco)

#172094 | josécyr | 08 nov 2007 14:54 | In reply to: #172093

A.D.F. - Cota 3.4.4 - Tabelião Luís Rodrigues (Notariais de Olhão).
Testamento de NICOLAU DE MENDONÇA (PACHECO), Quelfes, 20-11-1707.
Em nome de Deus amém saibam quantos este público instrumento de testamento virem que no ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil setecentos e sete anos sendo aos vinte dias do mês de Novembro da era acima dita em esta Freguesia de São Sebastião de Quelfes em as casas de morada NICOLAU DE MENDONÇA a onde eu escrivão fui e o achei em uma cama doente de doença natural que Deus Nosso Senhor foi servido de lhe dar mas em todo o seu juízo e entendimento perfeito conforme parecer de mim escrivão e das testemunhas abaixo assinadas logo por ele foi dito que ele era mortal e nascera para morrer e por não saber a hora nem o dia em que Deus Nosso Senhor o havia de levar desta vida presente queria fazer o seu testamento para bem de sua alma e descargo de sua consciência o qual o fiz por esta maneira seguinte primeiramente disse ele testador que tanto que falecer desta vida presente encomendava sua alma a Deus Nosso Senhor que a criou e remiu com seu precioso sangue morrendo em uma cruz pelos pecadores e pede e roga à Gloriosa Virgem seja sua advogada com todos os Santos e Santas da corte do Céu amém Jesus - item - disse ele testador que tanto que falecer desta vida presente seu corpo irá amortalhado com o hábito de São Francisco e lhe darão a esmola costumada e seu corpo será enterrado em sua Igreja donde ele é freguês e lhe marcarão sepultura pela esmola costumada - item - disse ele testador que falecendo desta vida presente virá o Reverendo Cura com três Clérigos mais a sua casa e o sacristão a buscar seu corpo e lhe dirão em sua casa dois responsos e à porta da Igreja outros dois - item - disse ele testador que virá a cera de todas as confrarias a sua casa a acompanhar seu corpo e deixa a cada uma delas duzentos reis de esmola - item - disse ele testador que no dia do seu enterro lhe farão meio ofício por sua alma ofertado com três meios de trigo e meio almude de vinho - item - disse ele testador que aos nove dias lhe farão outro meio ofício ofertado com a mesma esmola - item - disse ele testador que as missas que se acharem em sua Igreja tanto ao corpo presente como aos nove dias se lhe dirão por sua alma pagas cada uma com a esmola de cento e vinte reis - item disse ele testador que deixa por sua lama que deixa por sua alma (sic 2 vezes) sessenta missas pagas coma esmola de cento e vinte reis - item - disse ele testador que deixa por seus encargos dez missas pagas com a esmola de cento e vinte reis - item - item disse ele testador que deixa pelas almas de seu pai e mãe dez missas pagas com a mesma esmola - item - disse ele testador que deixa pelas almas de seus avós seis missas pagas com a mesma esmola - item - disse ele testador que deixa pela alma de sua mulher Beatriz do Vale cinco missas pagas com a mesma esmola - item - disse ele testador que deixa à Senhora do Pé da Cruz uma missa e outra ao Anjo de sua Guarda outra a São Miguel e outra a São Bartolomeu e estas missas se pagarão com a esmola de cento e vinte reis - item - disse ele testador que deixa a Maria uma cama de roupa e três mil reis em dinheiro de esmola - item - disse ele testador que deixa a António três mil reis os quais puxando pelas soldadas do dito rapaz se descontarão os ditos três mil reis na dita soldada e não querendo o dito seu pai puxar por soldadas se lhe darão sendo o dito rapaz homem para (...) ele testador que deixa a catarina Rodrigues um bufete - item - disse ele testador que o que remanescer de sua terça o deixa a seus filhos a qual terça se fará em duas partes destas duas partes deixa uma a seu filho Luís de Castanheda e a outra se partirá por os outros dois filhos - item - disse ele testador que ele tomava e elegia por seu testamenteiro a seu filho Luís de Castanheda e lhe deixa de seu trabalho dois mil reis e por (aqui) disse ele testador que deixa a seu neto trinta mil reis os quais possuirá seu pai enquanto não for ele para isso e por aqui disse ele testador que havia este seu testamento por feito e acabado e que os mais testamentos cédulas e codicilos que dantes que deste tem feito todos quebra e revoga e só quer que este que de presente tem feito seja firme e valioso deste dia para todo o sempre e pede e roga às justiças de sua majestade a quem esta pertencer lho farão cumprir e guardar no termo da lei como manda El-Rei Nosso Senhor e eu Luís Rodrigues escrivão dos testamentos desta Freguesia de Quelfes o fiz em presença das testemunhas que presentes estavam - item disse ele testador que deixa a seu filho Manuel da Fonseca uma jumenta com declaração que parindo que a cria é de meias e um boi testemunhas presentes Marcos Estevens e o Licenciado Sebastião Correia Barbosa e Gomes Moniz e Inácio de Sousa e Manuel Fernandes e Sebastião Pires e declarou ele testador que a jumenta é de meias com seu filho Luís de Castanheda digo a cria - item disse ele testador que deixa mais vinte missas de encargos - o Licenciado Sebastião Correia assinou pelo testador por não estar para assinar por sua própria mão e por fim como testemunha - (assinaturas ou sinais): assino a rogo do testador por ser digo por não estar capaz de assinar com sua mão e por mim como testemunha: Sebastião Barbosa Raposo - Gomes Moniz da Afonseca - + Marcos Estevens - + Inácio de Sousa - + Sebastião Martins - + Manuel Fernandes - Luís Rodrigues.

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RE: Nicolau de Mendonça (Pacheco)

#172177 | LCM | 09 nov 2007 11:25 | In reply to: #172094

Caro Zé,

Se encontrar a minha gente lembre-se de mim sff!

Um abraço
Lourenço

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RE: Nicolau de Mendonça (Pacheco)

#172422 | josécyr | 12 nov 2007 08:31 | In reply to: #172177

Caro Lourenço,
Em primeiro, um abraço e depois - que tal isto, que julgo que não tem:
João Baptista Correia, filho de Brás Correia Barbosa e de Maria de Jesus, da Sé do Porto, casa em Tavira - Santiago, em 05-05-1740, com Clara Giralda da Silva, filha de Estevão Giraldo e de Margarida da Graça, não referindo a origem.
(R.P. - (Pag. 59 e 59 v) - Testemunhas no casamento com Clara Giralda, ambos solteiros: José Marim, casado com Bárbara Maria, António Pereira, casado com Ângela Maria, Manuel Nunes, solteiro, todos mercadores e moradores em Santa Maria, e Sebastião Coelho casado com Joana Maria, da mesma Freguesia).
Um abraço
Zé Cabecinha

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RE: Nicolau de Mendonça (Pacheco)

#172424 | LCM | 12 nov 2007 08:43 | In reply to: #172422

Caro Zé,

Interessa sim, muito obrigado. Já entreguei o trabalho dos Mendonças de Quelfes para publicação mas se conseguir acrescento na revisão de provas.

Um abraço
Lourenço

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RE: António de Sousa cc.Guimar Neta

#172803 | ffarrajota | 14 nov 2007 21:40 | In reply to: #172422

Caro José Cabecinha:
Hoje, encontrei o batismo da Rita Mendes Dourado,nasc. 24 fev.1743, bat.3/3, filha de Francisco Mendes Dourado e de Isabel de Sousa. Ao ler o registo pareceu-me que os avós maternos António de Sousa e Guimar Neta,seriam naturais de Alte. Tem alguma informação mais desta família?
Os meus melhores cumprimentos,
Fernanda

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RE: António de Sousa cc.Guimar Neta

#172841 | josécyr | 15 nov 2007 08:41 | In reply to: #172803

Cara Fernanda,
Em primeiro lugar, muito gosto em "vê-la"....
Lamento, mas da parte de António de Sousa e Guiomar Neta, nada mais tenho.
Salvo má leitura minha, creio que li nos avós maternos que a sua origem seria Alfeição, Loulé e não Alte. Pode confirmar isto???.
Cumprimentos,
Zé Cabecinha

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RE: António de Sousa cc.Guimar Neta

#173852 | ffarrajota | 21 nov 2007 22:05 | In reply to: #172841

Caro José Cabecinha,
Hoje fui novamente pesquisar e tirei umas fotos do registo de nascimento da Rita que lhe vou enviar.
Os meus cumprimentos,
Fernanda

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RE: António de Sousa cc.Guimar Neta

#173898 | josécyr | 22 nov 2007 08:42 | In reply to: #173852

Cara Fernanda, agradeço-lhe muito o dito envio.
Vamos ver o que leio e depois lhe direi. Este casal, são meus 8ºs avós e como tal toda a informação que nos dê a ascendência deles é importante. Tenho este ramo parado faz que tempo...
Obrigado mais uma vez.
Cumprimentos,
Zé Cabecinha

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RE: António de Sousa cc.Guimar Neta

#173974 | ffarrajota | 22 nov 2007 20:24 | In reply to: #173898

Caro Zé Cabecinha:
Afinal sempre são de Alte, vou-lhe enviar mais fotos para decifrar o sítio da freguesia de Alte.
Fernanda

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RE: António de Sousa cc.Guimar Neta

#174009 | josécyr | 23 nov 2007 08:38 | In reply to: #173974

Cara Fernanda,
Lamento dizer-lhe mas não recebi nada seu no meu e-mail. Cumprimentos, Zé Cabecinha

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RE: António de Sousa cc.Guimar Neta

#174032 | ffarrajota | 23 nov 2007 14:28 | In reply to: #174009

Caro Zé ,
Enviei-lhe para um hotmail, procurei e encontrei outro endereço. Espero que tenha chegado.
Cumprimentos,
Fernanda

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RE: Nicolau de Mendonça (Pacheco)

#178928 | JMCM | 05 ene 2008 12:22 | In reply to: #172424

caro Lourenço


Gostava de saber quando sai o seu trabalho sobre os Mendonças de Quelfes, sou descendentes de Mendonça, sousa e Brito de Quelfes.

Com cumprimentos

José Maria de Carvalho e Melo

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RE: Nicolau de Mendonça (Pacheco)

#178994 | LCM | 05 ene 2008 19:44 | In reply to: #178928

Caro José Maria,

O trabalho saiu esta semana na revista "Armas e Troféus" do Instituto Português de Heráldica. A Livraria do Guarda-mor terá certamente para venda de dentro de dias.

Publiquei o resultado preliminar das investigações em Nov. de 2004 aqui no Fórum: http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=76856#lista
Se me der o nome dos ascendentes mais antigos que tem em Quelfes posso dizer-lhe se tenho alguma coisa.

Cumprimentos
Lourenço Correia de Matos

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RE: Nicolau de Mendonça (Pacheco)

#179010 | JMCM | 05 ene 2008 20:50 | In reply to: #178994

Caro Lourenço.

Boas entradas.

Os ascendentes mais antigo de Quelfes, é a D. Branca de Sousa, senhora de Quelfes, julgo nascida lá, filha de Jorge de Brito de Sousa, casada com Bernardo de Mendonça Corte real. (Fonte LDIP. Mendonça Corte- Real.)

Gostava de saber mais sobre os ascedente de D. Branca de Sousa.

cumprimentos
José maria de Carvalho e Melo

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RE: Nicolau de Mendonça (Pacheco)

#179011 | LCM | 05 ene 2008 20:55 | In reply to: #179010

Caro José Maria,

Infelizmente nada sei sobre estes Mendonça Corte-Real, do Secretário de Estado, que são de Tavira e aparentemente não têm qualquer relação com os meus.
O Miguel Corte-Real tem as famílias nobres do Algarve dos séculos XVI e XVII bem estudadas.

Cumprimentos
LCM

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RE:Testamento de Briolanja de Figueiredo

#204076 | josécyr | 25 jul 2008 13:59 | In reply to: #172091

TESTAMENTO DE BRIOLANJA DE FIGUEIREDO DESTA FREGUESIA.

Em nome de Deus amém saibam quantos este público instrumento de testamento virem que no ano de nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil seiscentos e noventa e quatro anos sendo aos dois dias do mês de Novembro do dito ano em esta Freguesia de São Sebastião de Quelfes termo desta cidade de Faro em as casas de morada de Briolanja de Figueiredo viúva do Alferes Estevão da Costa a onde eu escrivão fui e a achei em uma cama doente de doença natural que Deus Nosso Senhor foi servido de lhe dar mas em todo o seu juízo e entendimento conforme parecer de mim escrivão e das testemunhas abaixo assinadas logo por ela foi dito que ela era mortal e nascera para morrer e por não a hora o mesmo o dia em que Deus Nosso Senhor a havia de levar desta vida presente queria fazer seu testamento para por ele se cumprir tudo quanto nele se contem primeiramente disse ela testadora que ela encomendava sua alma a Deus Nosso Senhor que a criou e animou com seu precioso sangue perecendo em uma cruz pelos pecadores e pedia e roga à Santa (?) Virgem Maria a não desamparasse neste ponto tão penoso e a todas as Santas e Santos do Céu amém Jesus primeiramente disse ela testadora que tanto que falecer desta vida presente seu corpo será sepultado em a Igreja de São Bartolomeu de Quelfes donde ela é freguesa e lhe marcarão sepultura pela esmola costumada e seu corpo irá amortalhado em o hábito de São Francisco e lhe darão a esmola costumada – item – disse ela testadora que no dia de seu falecimento virão os Clérigos que se acharem e lhe darão a cada um a esmola costumada e virá o sacristão com a Cruz e lhe darão a esmola costumada e lhe dirão em sua casa dois responsos por sua alma e do lugar em que a puserem lhe dirão três responsos até à sua sepultura – item – disse ela testadora que de corpo presente lhe farão meio ofício por sua alma ofertado com três meios (sic) de trigo e meio almude de vinho – item – disse ela testadora que aos nove dias lhe digam uma missa cantada ofertada com um alqueire de trigo e meio almude de vinho – item – disse ela testadora que lhe digam por sua alma cem missas rezadas por sua alma pagas com a esmola cada uma oitenta reis – item – disse ela testadora que deixa por seus encargos quinze missas pagas com a esmola de oitenta reis – item – disse ela testadora que deixa por alma de seu marido Estevão da Costa e de seu filho João quinze missas pagas com a esmola de oitenta reis – item – disse ela testadora que deixa pelas almas de seu pai e mãe dez missas pagas com a mesma esmola – item – disse ela testadora que deixa pela alma de sua sogra e sogro cinco missas pagas com a mesma esmola de oitenta reis – item – disse ela testadora que deixa mais cinco missas pela alma de João Duarte pagas com a esmola de cinquenta reis – item – disse ela testadora que deixa a São Miguel Anjo uma missa paga com a esmola de cem reis – item – disse ela testadora que deixa a São Miguel Arcanjo uma missa paga com a esmola de cem reis – item – disse ela testadora (sic) – item disse ela (sic) que deixa ao Anjo de sua Guarda uma missa – item – disse ela testadora que deixa à Santa de seu nome uma missa – item – disse ela testadora que deixa ao Santíssimo Cristo uma missa – item disse ela testadora que deixa uma missa a São Bartolomeu de Pexão uma missa(sic) – item – disse ela testadora que deixa a Nossa Senhora da Conceição uma missa – item – disse ela testadora que deixa a São Marcos uma missa – item – disse ela testadora que deixa a São mi (sic) digo à Senhora do Rosário uma missa – item – disse ela testadora que todas estas missas dos Santos se pagava cada uma a cem reis – item – disse ela testadora que venha a cera (sic) de todas as confrarias a sua casa a acompanhar o seu corpo e lhe darão a esmola costumada – item – disse ela testadora que se paguem aos herdeiros do Capitão Sebastião Afonso que Deus tem da freguesia de Moncarapacho novecentos reis – item – disse ela testadora que seu testamenteiro dará dois mil e quatrocentos reis a seu Cura António Fernandes de Ataíde para certo encargo que ele bem sabe – item – disse ela testadora que deixa três missas rezadas pela alma de Vicente Gonçalves pagas com a esmola de sessenta reis – item – disse ela testadora que ao cabo do ano lhe farão meio ofício por sua alma ofertado com três meios de trigo e meio almude de vinho – item disse ela testadora que deixa a Santo “Alifonso” uma missa paga pela esmola de cem reis – item – disse ela testadora que deixa a sua filha Micaela de Figueiredo um manto de “sarja” e uma saia de baeta e um gibão de “sarja” e um capelo de esmola – item – disse ela testadora que deixa a sua filha Maria da Costa um capelo – item – disse ela testadora que deixa a sua neta Briolanja dez tostões de esmola filha de Maria da Costa – item – disse ela testadora que deixa o seu mantéu de seu trazer a Catarina Viegas mulher de Manuel da Fonseca de esmola – item – disse ela testadora que ela tomava e elegia por seu testamenteiro o seu filho Miguel de Ataíde dois mil reis de digo que lhe deixa por seu trabalho dois mil reis – item – disse ela testadora que o que remanescer de sua terça deixa a seu filho Miguel de Ataíde depois de seus legados cumpridos assim pios como profanos lhe deixa para sempre e por aqui disse ela testadora que havia este seu testamento por feito e acabado deste dia para todo sempre e que os mais testamentos cédulas codicilos que dantes que deste tenha feito todos quebra e revoga e só quer que este que de presente tem feito seja firme e valioso deste dia para todo o sempre pois assim é a sua última e derradeira vontade e pede e roga às justiças de sua Majestade de quem este pertencer lhe façam cumprir e guardar no termo da Lei como manda El-Rei Nosso Senhor eu Luís Rodrigues escrivão de testamentos desta Freguesia de Quelfes fiz em presença das testemunhas que presentes estavam o Reverendo Cura António Fernandes de Ataíde que assinou pela testadora (...) assinar (...) António Lourenço e Manuel da Costa Viana e António Lobo e André Fernandes e Baltazar Gomes e Diogo Lopes que todos assinaram de seus sinais costumados todos moradores nesta Freguesia de Quelfes eu Luís Rodrigues (Medina) escrivão de testamentos da dita Freguesia o fiz aos dois dias do mês de Novembro de noventa e quatro anos.

“assino a rogo da testadora por não saber escrever e por mim como testemunha – o Padre António Fernandes de Ataíde” – Manuel Raposo – de Francisco Lourenço – de António Lourenço – de André Fernandes – de Manuel da Costa Viana – Diogo Lopes – eu Luís Rodrigues Medina o fiz aos dois dias do mês de Novembro da era acima dita, Luís Rodrigues Medina”.

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RE:Testamento de Margarida Rodrigues

#204077 | josécyr | 25 jul 2008 14:01 | In reply to: #204076

A.D.F. – Cota 3.4.8 – Testamento de MARDARIDA RODRIGUES, mulher de Manuel de Sousa Montarroio. Faleceu em 10 de Outubro de 1718.

Em nome de Deus amem saibam quantos este instrumento virem que no ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil setecentos e dezoito sendo em os oito dias do mês de Outubro do dito ano nas casas e morada de Manuel de Sousa Montarroio lavrador e morador no sítio de Quatrim Freguesia de Nossa Senhora da Graça do lugar de Moncarapacho termo da cidade de Faro = estando aí presente sua mulher por nome MARGARIDA RODRIGUES deitada em uma cama doente de doença natural que Deus Nosso Senhor foi servido de lhe dar mas em todo o seu juízo e entendimento quanto Deus lhe deu segundo parecer de mim escrivão abaixo nomeado e das testemunhas que foram presentes no fim descritas e assinadas e conhecidas dela dita que era mortal e temendo a morte que é coisa natural e por quanto não sabia o dia nem a hora de sua morte disse e outorgou a mim escrivão em presença das ditas testemunhas que queria lhe fizesse este seu testamento para bem de sua alma e descargo de sua consciência o qual eu lhe fiz e ditado por ela testadora que ela encomenda a sua lama a Deus Nosso Senhor e à Virgem Nossa Senhora que Ela com todos os Santos e santas da corte do céu sejam rogadores por sua lama diante da Divina Majestade de Deus Padre e Filho e Espirito Santo três pessoas em um só Deus todo poderoso a quem ela testadora se encomenda e crê e adora e nele tem muita confiança perdoar-lhe os seus pecados e salvar-lhe a sua alma e leva-la à sua Santa Glória para donde foi criada pois crê que (…) e redimiu com seu precioso sangue para sempre amem Jesus = primeiramente disse ela testadora que tanto que Deus a leve desta vida presente o seu corpo seja amortalhado em o hábito de Santo António pela esmola costumada e que seja sepultado na Igreja da Virgem da Graça do lugar de Moncarapacho donde é freguesa e lhe comprarão sepultura digo na sua sepultura e se estiver ocupada lhe comprarão sepultura pelo que é de estilo = deixa que a Santa Misericórdia venha por seu corpo a sua casa e lhe deixa de esmola e seu trabalho dois mil reis = deixa que ao lugar costumado venham a acompanhar o seu corpo todas as cruzes e pendões que há na dita Igreja pela esmola costumada = deixa que do dito lugar até à sepultura lhe digam os Reverendos Padres da sua Igreja cinco responsos por sua lama pela esmola costumada = deixa que no dia de seu enterro lhe façam por sua lama um ofício inteiro ofertado com o que é costume e com todas as missas que no tal dia se disserem na dita Igreja e que destas lhe digam logo as três Missas da Paixão e Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo pagas estas três missas pela esmola costumada e as mais pagas por esmola de cento e cinquenta reis cada uma = deixa que ao terceiro dia depois do seu falecimento lhe façam um outro ofício com outro tanto de oferta do primeiro e com todas as missas que no tal dia se disserem na dita Igreja pagas pela esmola das do corpo presente = - deixa por sua alma pelo tempo de seu testamento noventa missas e dez por seus encargos = deixa por alma de sua mãe seis missas = deixa por almas de suas irmãs defuntas quatro missas = deixa por alma de sua madrasta Catarina de Andrade três missas = deixa por almas de seus avós paternos e maternos quatro missas = deixa pelos Santos de sua tenção digo deixa à Santa Margarida Santa de seu nome três missas = deixa ao Anjo da sua Guarda três missas pagas estas missas por esmola de cento e vinte reis cada uma = deixa a São Sebastião do Bitoito um tostão de esmola = deixa a São Miguel do Serro um tostão de esmola = deixa a todas as mais confrarias da sua Igreja as todas cento e vinte reis cada uma de esmola = deixa a sua irmã Isabel Dias (ou Isabel Nogueira Lacerda) o seu manto de crepe e a sua “nágua” também de crepe de esmola = deixa a sua filha por nome Maria (Nogueira de Lacerda) um crucifixo de oiro e um anel de oiro e um brinco de oiro e duas lembranças de oiro e um “cotão” de “chamalote” e duas colheres de prata e uma cama de roupa a saber um colchão e dois lençóis e um travesseiro com sua fronha e uma almofada e uma coberta e três guardanapos e uma toalha de mãos e uma arquinha pequena com sua fechadura tudo digo deixa mais à dita sua filha um vazo de louça fina e um prato grande tudo de esmola = deixa a sua afilhada por nome Teresa uma colher de prata filha de João Domingues de esmola = deixa a sua comadre Catarina Pereira uma mantilha verde de seu trazer de esmola = deixa a Inês da Costa uma saia de baeta verde de seu trazer de esmola = deixa à sua vizinha Filipa da Costa um manto de sarja em bom (…) de seu trazer de esmola = deixa à sua vizinha Maria de Abreu uns sapatos de vaqueira de esmola = deixa a seu marido Manuel de Sousa Montarroio uma jumenta parida e mais a cria que é uma mulinha de esmola e para o cumprimento de todos estes seus legados e esmolas aqui escritos e declarados assim pios como profanos disse ela testadora que tomava toda a sua terça assim nos bens móveis como de raiz por donde forem havidos e achados e pelo mais bem parado delas faz e elege por testamenteiro de sua alma a seu marido Manuel de Sousa (Montarroio) ao qual pede e roga muito pelo amor de Deus lhe cumpra e faça cumprir este seu testamento dentro do tempo da lei que El-Rei Nosso Senhor que Deus guarde manda e depois de tudo feito e cumprido como dito tem que o que mais sobrar e remanescer da dita sua terça disse ela testadora que havia por bem e é sua vontade de o deixar a seu marido e testamenteiro de sua alma que o goze em sua vida e por sua morte se venda para missas pela alma dela testadora e do dito seu marido e por aqui disse ela testadora que havia este seu testamento por feito e acabado e quer e manda que todos os mais testamentos cédulas codicilos mandos e vontades que antes deste tenha e aja feito e outorgado quer por palavra (ou) por escrito quer e manda que nenhum valha nem tenha vigor se não este que presentemente tem feito e outorgado por quanto esta é a sua última e verdadeira vontade com fé e testemunho de verdade mandou fazer este instrumento de testamento e manda se lhe cumpra inteiramente como nele está escrito diante das testemunhas que estão presentes que aqui assinarão, Francisco Domingues Peleja, que assinou pela testadora e por si como testemunha, João Dias e Manuel Rodrigues Arrais e Domingos Pires e Jerónimo de Sousa e André de Sousa todos moradores no dito sítio e eu Amaro Fernandes escrivão dos testamentos nesta dita Freguesia (?) pelos Senhores da Câmara da Cidade de Faro que Deus guarde e assinei (Assinaturas ou sinais) = “Assino a rogo da testadora Margarida Rodrigues por assim me pedir e por como testemunha assinasse, Francisco Domingues Peleja - + João Dias - + Manuel Rodrigues Arrais - + Jerónimo de Sousa - + André de Sousa – Amaro Fernandes.

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RE:Testamento de João Domingues Farelo

#204078 | josécyr | 25 jul 2008 14:02 | In reply to: #204077

A.D.F. – Notário Luís Rodrigues – Olhão – Cota 3.4.4.
Testamento de JOÃO DOMINGUES FARELO, Quelfes, 28-07-1708.

Em nome de Deus amem saibam quantos este público instrumento de testamento virem que no ano do nascimento de Nosso senhor Jesus Cristo de mil setecentos e oito anos sendo aos vinte e oito dias do mês de Julho da era acima dita e nesta Freguesia de São Sebastião de Quelfes termo desta Cidade de Faro em as casas e morada de JOÃO DOMINGUES FARELO a onde eu escrivão fui e o achei em uma cama doente de doença natural que Deus Nosso Senhor foi servido de lhe dar logo por ele foi dito que ele era mortal e nascera para morrer e por não saber a hora nem o dia em que Deus Nosso Senhor o havia de levar desta vida presente queria fazer seu testamento para bem de sua alma e descargo de sua consciência o qual o fiz por esta maneira seguinte primeiramente disse ele testador que tanto que falecer desta vida presente encomendava sua alma a Deus Nosso Senhor que a criou e remiu com seu precioso sangue morrendo em uma cruz pelos pecadores e pede e roga à Gloriosa Virgem Maria seja sua advogada com todos os Santos e Santas da corte do Céu amem Jesus – item – disse ele testador que tanto que falecer desta vida presente seu corpo irá amortalhado em o hábito de São Francisco e lhe dará a esmola costumada e seu corpo será enterrado em a sua Igreja donde ele é freguês e lhe marcara sepultura pela esmola costumada – item – disse ele testador que lhe dirá o Reverendo Cura quatro responsos por sua alma – item disse ele testador que se acenderá a cera de todas as confrarias e deixa a cada uma delas cem reis de esmola – item – disse ele testador que a corpo presente lhe façam um ofício inteiro por sua alma ofertado com três meias de trigo e meio almude de vinho – item – disse ele testador que aos nove dias lhe façam outro ofício inteiro ofertado com a mesma oferta – item – disse ele testador que lhe digam por sua lama cem missas rezadas por sua alma pagas cada uma com a esmola de cem reis – item disse ele testador que deixa por seus encargos dez missas de encargos pagas com a mesma esmola – item disse ele testador que deixa pelas almas de seu pai e mãe vinte missas pagas com a mesma esmola – item – disse ele testador que deixa pelas almas de suas mulheres dez missas – item – disse ele testador que deixa ao Anjo de sua Guarda duas missas e São Miguel outra e ao Santíssimo Cristo outra e a São Bartolomeu outra todas estas missas se pagarão com a esmola de cento e vinte reis – item – disse ele testador que deixa pelas Almas do Fogo do Purgatório três missas e ao Santo de seu nome duas missas pagas com a mesma esmola – item – disse ele testador que deixa a António Martins uma casaca de “saragoça” e um calção a António Martins de seu trazer – item – disse ele testador que deixa mais ao dito António Martins um alqueire de trigo – item – disse ele testador que deixa a João Guerreiro uma casaca de “baeta” e um calção de seu trazer e um alqueire de trigo de esmola – item – disse ele testador que deixa a seu filho uma junta de rezes – item – disse ele testador que deixa uma arca grande a sua filha Isabel e um colchão e dois lençóis e uma manta – item – disse ele testador que deixa a sua neta filha de António Martins dois mil reis de esmola – item – disse ele testador que o que remanescer de sua terça o deixa a seu filho e a sua filha Isabel de Sousa – item – disse ele testador que ele tomava e elegia por seu testamenteiro o seu filho e lhe deixa de seu trabalho quatro mil reis e por aqui disse ele testador que havia este seu testamento por feito e acabado e que os mais testamentos cédulas e codicilos que dantes que deste tenho feito todos quebra e revoga e só quer que de presente tem feito seja firme e valioso deste dia para todo o sempre e pede e roga às justiças de sua majestade de quem esta pertencer lho façam cumprir e guardar no termo da Lei como manda El-Rei Nosso Senhor – item – disse ele testador que deixa a sua filha Isabel dois tamboretes e uma arquinha pequena – item – disse ele testador que sua filha Leonor de Sousa lhe levou de sua casa passante (?) de vinte mil reis em oiro e prata e roupa os quais deixa que entrem em partilhas – item – disse ele testador que sua filha Joana Gonçalves levou quarenta mil reis os quais entrarão em partilhas – testemunhas presentes Francisco Pincho, Diogo Martins, João Pires, Matias Rodrigues, João Guerreiro, António Martins e o testador assinou por sua própria mão e eu Luís Rodrigues. (assinaturas ou sinais) – Luís Rodrigues - + João Pires - + Francisco Pincho - + Diogo Martins - + Matias Rodrigues - + João Guerreiro - + António Martins - + João Domingues (Farelo).

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RE:Testamento de Maria de Mendonça

#204079 | josécyr | 25 jul 2008 14:02 | In reply to: #204078

A.D.F. – Cota – 3.4.9 – Notariais de Olhão - Notário Francisco da Costa Nabo.

Testamento de MARIA DE MENDONÇA, mulher de Manuel de Abreu Pereira, da Foupana (Moncarapacho).

Em nome de Jesus amem, saibam quantos este público instrumento de testamento virem que no ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil setecentos e quinze sendo aos vinte e cinco dias do mês de Agosto do dito ano no sítio da Foupana Freguesia de Moncarapacho termo da cidade de Tavira (em) casas de morada de Manuel de Abreu Pereira donde eu escrivão fui e estando ali presente MARIA DE MENDONÇA mulher do sobredito pessoa que eu bem conheço e dou fé de ser a mesma própria e aqui nomeada e por ela me foi dito estava molesta e doente de um “peiado” (?) e que não sabia o dia nem a hora em que Deus seria servido de leva-la e considerava mais vizinha da morte que da vida me pedia que fizesse seu solene testamento para bem da sua alma descargo de sua consciência o que fiz dizendo ela testadora na forma e teor seguinte = primeiramente disse que encomendava a sua alma a Deus Nosso Senhor que a criou à sua imagem e semelhança e redimiu com seu precioso sangue até dar a vida pelo género humano e pelos seus grandes pecados e pedia à Virgem sua Santíssima Mãe com todos os Santos que sejam rogadores para que lhe leve a alma à Gloria para donde foi criada = Amem Jesus = disse sendo vontade do mesmo Senhor leva-la da vida presente seu corpo seria amortalhado em o hábito de Santo António pela esmola de quinze tostões e enterrada na Igreja de Nossa Senhora da Graça pela esmola costumada e a Santa Misericórdia venha pelo seu corpo a casa por dois mil reis digo quatrocentos reis e os Clérigos venham ao lugar costumado com todas as Confrarias Pendões e cera e cantem oito responsos pelo (…) lhe façam um ofício e todas as missas que (…) presente por esmola de cento e quarenta reis oferta um alqueire de trigo e seis canadas de vinho e aos nove dias outro ofício na forma do primeiro e digam as três missas da Paixão pela esmola de duzentos reis e pela alma digam cento e cinquenta missas e por seus encargos seis e pela alma de seu pai vinte e pela de seu tio André Vaz quatro e pelas almas de seus avós de seu Anjo da Guarda uma à Virgem da Graça outra e ao Santíssimo Cristo outra a Santo Ildefonso outra a São Miguel outra à Virgem do Rosário outra e todas estas pela esmola de cem reis e que depois deste seu testamento cumprido como nele se contem tudo o que remanescer de sua terça o deixa a seu marido o qual institui por testamenteiro e procurador de sua alma para que lhe trate dela com tratasse da sua (……..) a dita terça a goze em sua vida e sendo caso que sua morte lhes não fiquem filhos dela testadora se venderá a dita terça para bens da alma de ambos e nesta forma disse dava fim a seu testamento e que não tinha mais que ditar e que dava por feito e acabado firme e valioso e por este anula revoga todos os mais testamentos cédulas codicilos que antes deste tenha e haja feito e que assim outorgou por bem feito estando em seu entendimento perfeito segundo é meu parecer e das testemunhas no fim deste assinadas e por ser mulher e não saber ler nem escrever rogou a Sebastião Valente Pereira que a seu rogo assinasse e por si como testemunha com as que presentes estavam – António Viegas, Manuel Valente Mourato, Manuel Viegas, Pedro Afonso Pires e Manuel da Costa digo Manuel Gomes da Costa, sangrador, Manuel Guerreiro Boim, todos moradores na dita Freguesia que eu bem conheço e eu Francisco da Costa Nabo escrivão da mesma o fiz e assinei de meu sinal costumado que é como se segue em o dia, mês e era atrás escrita – declaro que as missas da Paixão serão pela esmola costumada – “Assino a rogo da sobredita e também como testemunha, Sebastião Valente Pereira” – Pedro Afonso Pires (assina) – Manuel Valente Mourato (assina) - + António Viegas – Manuel Gomes da Costa - + Manuel Guerreiro Boim – Manuel Viegas – Francisco da Costa Nabo.

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RE:Testamento de Sebastião Barbosa Raposo

#204080 | josécyr | 25 jul 2008 14:03 | In reply to: #204079

A.D.F. – Cota 3.4.13. – Notariais de Olhão – Notário: Hilário da Fonseca Correia, folhas 73 a 74 v.

Testamento do Dr. SEBASTIÃO CORREIA BARBOSA, Quelfes, 21 Julho de 1728.

Em nome de Deus amem – Saibam quantos este público instrumento de testamento virem que no ano de nascimento de Nosso senhor Jesus Cristo da era de mil setecentos e vinte e oito anos sendo aos vinte e um dias do mês de Julho da era acima dita em as casas e moradas do Dor. Sebastião Correia Barbosa e nesta Freguesia de Quelfes fui eu escrivão dos testamentos festa Freguesia de Quelfes e aí o achei doente de doença natural que Deus Nosso Senhor foi servido de lhe dar mas porem em todo o seu juízo e entendimento, conforme parecer de mim escrivão e das testemunhas abaixo nomeadas e logo por ele me foi dito a mim escrivão que ele era mortal e nascera para morrer e por que não sabia o dia nem a hora em que Deus Nosso Senhor o havia de levar da vida presente e para bem de sua alma e descargo da sua consciência queria fazer seu testamento o qual fez pela maneira seguinte – primeiramente disse ele testador que levando-o Deus da vida presente encomendava a sua alma a Deus Nosso Senhor que lha criou e remiu com seu preciosíssimo sangue morrendo em uma cruz pelos pecadores e pede e roga à Gloriosa Virgem Maria seja sua advogada diante do seu Bendito Filho com todos os Santos e Santas da corte dos céus - item – disse ele testador que levando-o Deus da vida presente seu corpo será enterrado na Igreja de São Sebastião de Quelfes donde ele é freguês e lhe marcarão a sepultura pela esmola costumada e seu corpo será amortalhado no hábito de São Francisco e lhe darão a esmola costumada – item – disse ele testador que viram buscar o seu corpo a casa e viram quatro Clérigos de fora quem o Reverendo Prior quiser chamar e o Reverendo Prior na dita Igreja alvitrará o que se há-de dar a cada um dos Reverendos e que quer que venham acompanhar seu corpo a cera de todas as confrarias e deixa de esmola à confraria da fábrica quatrocentos e oitenta e às mais duzentos e cinquenta – item – disse ele testador que ao dia do corpo presente se lhe faça um ofício ofertado com dois alqueires de trigo e um almude de vinho e as missas que se acharem em esse dia se lhas digam por sua alma - item – disse ele testador que ao sétimo dia lhe façam outro oficio ofertado com a mesma oferta – item – disse ele testador que deixa uma missa a São Miguel o anjo e outra a São Sebastião e outra a Nossa Senhora do Rosário e outra ao (?) Lourenço (?) e outra a Nossa Senhora da Graça e outra a Nossa Senhora da Luz e outra a Nossa Senhora do Carmo e outra a Santo António e outra a Santo Ildefonso e estas missas se farão na sua Igreja donde é freguês – item – disse ele testador que deixa pelas almas de seus pais trinta missas – item – disse ele testador que deixa pelas almas de suas mulheres trinta missas – item – disse ele testador que deixa pelas almas de seus irmãos vinte missas – item – disse ele testador que deixa pelas almas de seus avós dez missas – item – disse ele testador que deixa por sua alma duzentas missas – item – disse ele testador que deixa por seus encargos cento e cinquenta missas – item – disse ele testador que todas estas missas contidas no seu testamento se paguem a cento e vinte – item – disse ele testador que depois de seus legados cumpridos assim pios como profanos o que remanescer de sua terça deixa cem mil reis de fazenda a seu neto José Pinto os quais quer e é sua vontade que se retirem do melhor e mais bem parado da fazenda donde ele testador vive e os rendimentos destes cem mil reis serão para o seu vestido os quais sua mãe mandará desfrutar e venderá os ditos frutos e lhe comprará o que lhe for necessário até isto digo isto será enquanto ele não for capaz de se lhe entregar – item – disse ele testador que deixa ao mesmo neto José uma jumenta das duas que tem a mais nova e esta se lhe não poderá vender sem seu consentimento e no caso que consinta sua mãe lha venderá e com o dinheiro comprará outra – item – disse ele testador que deixa ao mesmo neto José Pinto o seu vestido de baeta novo para fazer o dó e para o feitio dele lhe deixa meia moeda – item – disse ele testador que deixa a seu compadre e sobrinho Manuel Correia uns sapatos de seu uso e umas meias e uma casaca e uma vestia preta de seu uso e juntamente o seu capote azul e lhe deixa mais o filho da sua jumenta – item – disse ele testador que deixa à sua irmã de Tavira de esmola uma moeda de ouro – item – disse ele testador que institui digo que as contas que tem com seu afilhado António Martins se não falem nelas – item – disse ele testador que institui por sua universal herdeira e testamenteira a sua filha Antónia Palermo a qual usará com sua alma como ele desejara com a sua dela portanto lhe fará encomendada e estes bens gozará em sua vida e por sua morte quer e é sua vontade que se façam em duas partes e uma será para a sua neta Juliana e a outra para os dois netos Sebastião e Manuel - por aqui disse ele testador que havia este seu testamento por feito e acabado o qual quer que seja firme e valioso e revogados os mais que dantes tenha feito cédulas e codicilos e pede e roga às justiças de Deus digo de sua majestade que lho façam cumprir e guardar como manda El-Rei Nosso Senhor eu escrivão Hilário da Fonseca Correia dos testamentos desta Freguesia de Quelfes o fiz a rogo do testador Quelfes, aos vinte e um dias de Julho de mil setecentos e vinte e oito anos em presença das testemunhas que presentes estavam “Sebastião Barbosa Raposo – (assinatura) , por sua mão” e declaro que os cem mil reis que deixa a seu neto José Pinto os goze na maneira que atrás disse e morrendo estes herdeiros antes de sua mãe morrer declaro sem filhos serão os irmãos que vivos forem e da mesma deixa duas partes a Sebastião, Juliana e Manuel e morrendo algum deles sem herdeiros irão aos outros três que vivos forem depois de sua mãe falecer e os (…) a cima ditos os mandei fazer em presença das testemunhas (assinaturas ou sinais) – o Testador – Sebastião Barbosa Raposo (assina) –Marcos Estevens (assina) – Luís de Castanheda (assina) – João de Mendonça Pacheco (assina) - + Salvador da Costa - + João Gonçalves Pinheiro - + Domingos Pinheiro - + Manuel Rodrigues da Costa.

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