Monumento evocativo do massacre de 1506
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Monumento evocativo do massacre de 1506
Queridos amigos
A exemplo de outros coloco aqui um pedido referido a comemoração histórica, solicitando ao administrador do site a mesma benevolência que tem para outros confrades
Alguns de nós tivemos antepassados envolvidos neste massacre
Durante três dias (19, 20 e 21) do mês de Abril do ano de 1506, em, Lisboa, num processo que teve início na Igreja de S.Domingos, uma multidão em fúria, incitada por fanáticos religiosos, perseguiu, chacinou e queimou, em duas enormes fogueiras acesas no Rossio e na Ribeira, cerca de 2000 pessoas suspeitas de judaísmo, naquele que terá sido, porventura, o mais brutal acontecimento singular da história da intolerância em Portugal.
Recentemente, um grupo de vereadores da C.M. de Lisboa avançou com a proposta de instalar na cidade, precisamente no Largo de S.Domingos, um «Memorial às Vítimas da Intolerância», monumento que seria evocativo do massacre de 1506, bem como de "todas as vítimas que sofreram a discriminação e o aviltamento pessoal pelas suas origens, convicções ou ideias".
A deliberação final sobre essa proposta tinha sido inicialmente agendada para 31 de Outubro passado mas foi entretanto adiada «sine die», pelo que o Memorial a que ela se refere poderá mesmo... não vir a ser edificado de todo
!
Entendendo que se trata de uma iniciativa de grande alcance simbólico -- e que só peca por ser tardia, já que Abril de 2006, 500 anos decorridos sobre o acontecimento, teria sido a data ideal para o assinalar... -- foi disponibilizada na «Internet» a petição que aqui vos venho agora convidar a subscrever.
Subscrever petição: http://www.petitiononline.com:80/samusque/
Fico igualmente agradecido se transmitirem esta mensagem a outros amigos vossos, para que haja mais pessoas a assinar.
Um grande abraço para todos
Ricardo Charters d'Azevedo
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RE: Monumento evocativo do massacre de 1506
Porque estou farto desta anestesia social !!
להרים, להגביר
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RE: Monumento evocativo do massacre de 1506
Caro Ricardo Charters d`Azevedo
Só assino, se esse monunento também evocar Colombo, porque Colombo foi o Moisés II que conduziu o povo de Deus, da Hespanha para a nova Terra Prometida, o Novo Mundo.
Colombo provou ser um mensageiro Divino, realizando a sua primeira viagem ao Paraíso Terrestre em 33 dias, e depois do Massacre de Lisboa, em memória dos mortos, levou os mesmos 33 dias para atingir eternamente o Paraíso Terrestre.
Que não se deixe de fazer o monumento, à fresta de Ourique!!!
Um grande abraço
Zé Maria
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RE: Monumento evocativo do massacre de 1506
Caro Ricardo Chartes de Azevedo
Já assinei.
Não é sobre esse massacre que versa " O último cabalista de Lisboa" de Richard Zimler?
Melhores cumprimentos
Maria Benedita
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RE: Monumento evocativo do massacre de 1506
Sobre este massacre passaram-se 500 anos.
E as barbaridades que se passam sobre a nossa História recente?
O repúdio ao 1.º massacre é perfeitamente consensual, mas a cumplicidade contemporânea com outros atropelos è ignorada.
Que tal falar de Cabinda? Serão questões africanas com as quais não temos nada a ver?
Reavaliar as barbaridades que se cometeram contra a igreja, as ordens religiosas e o seu património no século xx. Porquê tanto silêncio? Só se fala do que é fácil falar.
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RE: Monumento evocativo do massacre de 1506
Meu caro felpo
Julgo que o seu texto saí fora do tema deste tópico.
Poderei mencionar muitas outras barbaridades, como por exemplo o "apoio" que a Igreja deu às actividades da Inquisição. Poderá ser interessante lançar este tema MAS NUM OUTRO TÓPICO.
Muitos dos nossos antepassados tiveram grandes problemas com a Inquisição, mas tratando-se de um tema diferente do que enunciei quando abri este tópico, não o devemos abordar aqui
Por outro lado, solicito-lhe, meu caro felpo que respeite as regras de boa convivência e não "desconverse"... introduzindo mensagens que nada tem a ver com o assunto. Espero, meu caro felpo que concorde comigo.
Naturalmente, meu caro felpo tem a liberdade de lançar outros tópicos que lhe são caros, mas não o faça neste.
Sobre o assunto deste tópico, acho que é relevante evocar este hediondo crime em que consistiu o massacre de 1506, inscrito numa política de intolerância e de locura e que foi preparada por algumas forças deste país.
Fazer justiça póstuma a todas as vítimas da intolerância constituirá uma afirmação inequívoca de Lisboa como cidade cosmopolita, multiétnica e multicultural e simultaneamente honramos a memória dos nossos antepasados independentemente do lado em que se encontravam naquele dia longinquo.
Saberá onde estavam os seus antepassados naquele dia?
Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo
Um muito obrigado
Ricardo Charters d'Azevedo
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RE: Monumento evocativo do massacre de 1506
Caro Ricardo
Logo que me apresentaram a petição, através do meu mail, subscrevi de imediato.
Mas se for necessário voltar a assinar, aqui, neste espaço, conte comigo.
Cumprimentos
Maria
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RE: Monumento evocativo do massacre de 1506
Caro Chartri
O Massacre de 1506, tem para mim um significado mais profundo, do que a intolerância ou a discriminação.
Nesses três dias de Abril de 1506, não foram só 2000 pessoas suspeitas de judaísmo que foram mortas.
Foi Portugal que começou a morrer.
Pelo que para mim, o Memorial, evocando estas vítimas, é também um Memorial a todos nós.
Os melhores cumprimentos
Airmid
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RE: Monumento evocativo do massacre de 1506
Contra todas as formas de descriminação, religiosa, étnica, social, já assinei.
Henrique de Melo Banha
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RE: Monumento evocativo do massacre de 1506
Senhores
Coincidentemente, na semana passada, na Internet, li sobre o episódio. Como tenho "todos" os antepassados portugueses, pretendia assinar, mas o nome da minha cidade não foi aceito.
Lamento.
Cumprimentos.
Marli Ribeiro
São Paulo
Brasil
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RE: Monumento evocativo do massacre de 1506
Meus caros
Aqui vai o relato de Alexandre Herculano (1810-1877), historiador, escritor e poeta português, in "História da Origem e Estabelecimento da Inquisição em Portugal (1854-1855)":
Era na Primavera de 1506. A irregularidade das estações nos dois anos antecedentes, irregularidade que se protraiu até ao ano seguinte, deu em resultado a fome. Ainda naquela época a falta de subsistências trazia, em regra, por companheiro um flagelo, então trivial, não só por esta, mas também por outras causas. Era a peste.
Desde Janeiro que a peste redobrava de intensidade em Lisboa, e nos princípios de Abril era tal o progresso da epidemia que a mortalidade subia em alguns dias ao número de cento e trinta indivíduos. Faziam-se preces públicas, a 15 do mês ordenou-se uma procissão de penitência, que, saindo da Igreja de S. Estevão, se recolheu na de S. Domingos, seguindo-se a celebração de preces solenes. Durante elas o povo implorava em gritos a misericórdia divina. No altar da capela chamada de Jesus havia naquele tempo um crucifixo, e no lado da imagem do Salvador um pequeno receptáculo, que servia de custódia a uma hóstia consagrada. No excesso da exaltação religiosa houve quem cresse ver aí, e talvez visse, uma luz estranha. Espalhou-se logo voz de milagre. Ou que os dominicanos, aproveitando a ilusão, realizassem artificialmente a suposta maravilha ou que a credulidade, fortalecida pelos terrores da peste, predispusesse cada vez mais a imaginação do vulgo para ver aquele singular clarão, é certo que ainda nos dias seguintes havia quem afirmasse divisá-lo perfeitamente. Todavia, o voto mais comum era que essa maravilha não passava de uma fraude, e ainda muitos dos mais crentes suspeitavam que o facto existira apenas nas imaginações encandecidas. Durante quatro dias a crença no prodígio foi ganhando vigor. No domingo seguinte ao meio-dia, celebrados os ofícios divinos, examinava o povo a suposta maravilha, contra cuja autenticidade recresciam suspeitas no espírito de muitos dos espectadores. Achava-se entre estes um cristão-novo, ao qual escaparam da boca manifestações imprudentes de incredulidade acerca do milagre. A indignação dos crentes, excitada, provavelmente, pelos autores da burla, comunicou-se à multidão. O miserável blasfemo foi arrastado para o adro, assassinado e queimado o seu cadáver. O tumulto atraíra maior concurso de povo, cujo fanatismo um frade excitava com violentas declamações. Dois outros frades, um com uma cruz, outro com um crucifixo arvorado, saíram então do mosteiro, bradando heresia, heresia! O rugido do tigre popular não tardou a ressoar por toda a cidade. As marinhagens de muitos navios estrangeiros fundeados no rio vieram em breve associar-se à plebe amotinada. Seguiu-se um longo drama de anarquia. Os cristãos-novos que giravam pelas ruas desprevenidos eram mortos ou malferidos e arrastados, às vezes semivivos, para as fogueiras que rapidamente se tinham armado, tanto no Rossio como nas ribeiras do Tejo. O juiz do crime, que com os seus oficiais pretendera conter o motim, apedrejado e perseguido, teria sido queimado com a própria habitação, se um raio de piedade não houvera momentaneamente tocado o coração do tropel furioso que o perseguia, ao verem as lágrimas da sua esposa, que desgrenhada, implorava piedade. Os dois frades enfureciam as turbas com os seus brados, e guiavam-nas com actividade infernal naquele tremendo lavor. O grito de revolta era: Queimai-os! Quantos cristãos-novos encontravam arrastavam-nos pelas ruas e iam lançá-los nas fogueiras da Ribeira e do Rossio. Nesta praça foram queimadas nessa tarde trezentas pessoas, e às vezes, num e noutro lugar, ardiam a um tempo grupos de quinze ou vinte indivíduos. A ebreidade daquele bando de canibais não se desvaneceu com o repouso da noite. Na segunda-feira as cenas da véspera repetiram-se com maior violência, e a crueldade da plebe, incitada pelos frades, revestiu-se de formas ainda mais hediondas. Acima de quinhentas pessoas haviam perecido na véspera: neste dia passaram de mil. Segundo o costume, ao fanatismo tinham vindo associar-se todas as ruins paixões, o ódio, a vingança covarde, a calúnia, a luxúria, o roubo. As inimizades profundas achavam no motim popular ensejo favorável para atrozes vinganças, e cristãos-velhos foram levados às fogueiras com os neófitos judeus. Alguns só obtinham salvar-se mostrando publicamente diante dos assassinos que não eram circuncidados. As casas dos cristãos-novos foram acometidas e entradas. Metiam a ferro homens, mulheres e velhos: as crianças arrancavam-nas dos peitos das mães e, pegando-lhes pelos pés esmagavam-lhes o crânio nas paredes dos aposentos. Depois saqueavam tudo. Aqui e acolá, viam-se nas ruas alagadas de sangue pilhas de quarenta ou cinquenta cadáveres que esperavam a sua vez nas fogueiras. Os templos e os altares não serviam de refúgio aos que tinham ido acoitar-se à sombra deles e abraçar-se com os sacrários e as imagens dos santos. Donzelas e mulheres casadas, expelidas do santuário, eram prostituídas e depois atiradas às chamas. Os oficiais públicos que por qualquer modo buscavam pôr diques a esta torrente de atrocidades e infâmias escapavam a custo, pela fuga, ao ímpeto irresistível das turbas concitadas; porque além da gente dos navios estrangeiros, mais de mil homens da plebe andavam embebidos naquela carnificina. A noite, que descia, veio, afinal, cobrir com o seu manto este espectáculo medonho, que se renovou no dia seguinte. Mas já as hecatombes eram menos frequentes, porque escasseavam as vítimas. Os cristãos-velhos que ainda acreditavam em Deus e na humanidade tinham aproveitado o cansaço dos algozes para salvar grande número daqueles desgraçados, escondendo-os ou facilitando-lhes a fuga, inútil até certo ponto, porque ainda vários deles foram assassinados nas aldeias circunvizinhas.
[…]
À medida que faltavam alfaias que roubar, mulheres que prostituir, sangue que verter, a multidão asserenava, e os filhos de S. Domingos, recolhendo-se ao seu antro, iam repousar das fadigas daquele dia.”
Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo
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RE: Monumento evocativo do massacre de 1506
Cara Maria Benedita
Efectivamente : Richard Zimler: "O Último Cabalista de Lisboa" (Lisboa: Quetzal Editores, 1996, tradução: José Lima; São Paulo: Companhia das Letras, 1997. Adaptação para o português do Brasil: Rosa Freire d’Aguiar) — romance histórico cuja acção decorre em 1506 entre os judeus forçados, as prinicipais personagens pertencem a uma família de cristãos-novos residente em Alfama, cujo patriarca, Abraão Zarco, é um iluminador e membro da célebre escola cabalística de Lisboa.
Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo
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RE: Monumento evocativo do massacre de 1506
Caro confrade:
Uma tremenda descrição. Li-a na minha juventude, e quase ao mesmo tempo do relato da profanação dos túmulos dos reis de França, em Saint-Denis, no tempo da Revolução, feita por Chateaubriand. Guardei ambas na memória, como coisas vivas. As cidades geram uma especial forma de Mal.
Melhores cumprimentos,
Marcos Sousa Guedes
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RE: Monumento evocativo do massacre de 1506
Caro Ricardo Charters d`Azevedo
"O Memorial localizar-se-á no Largo de S. Domingos, deverá ter como elemento central uma oliveira de grande porte e contemplará uma lápide evocativa do massacre judaico de Lisboa de 1506, bem como um arranjo urbanístico da área envolvente, competindo a sua concepção, execução e instalação aos serviços municipais"
Se me permite gostava de dar uma sugestão, para o monumento. Acho que só uma oliveira será pouco significativo.
De qualquer maneira a oliveira é muito simbólica, uma vez que é considerada uma árvore sagrada e foi no Monte das Oliveiras que Jesus Cristo foi crucificado. Portanto a oliveira não poderá ser uma oliveira qualquer, mas sim uma oliveira com 501 anos,( no Alentejo há muitas, e até mais velhas) de cujo tronco derivem três pernadas com ramos. Uma dessas pernadas deve ser colocada a Norte, com um Crucifixo feito de metal reflector que será imbutido no próprio tronco da pernada. Na área envolvente à oliveira deverá ser construido um muro do lado Sul com a forma de um semi-círculo que contorne a árvore 180 graus, ( muro das lamentações) com 12 frestas por onde entrará a luz do Sol que de hora a hora se irá reflectir no Crucifixo que está imbutido na pernada norte da oliveira, reflectindo assim o Crucifixo a Luz que passa através das frestas do muro. Na parte de dentro do muro, portanto voltado para a oliveira, um banco, adjacente ao muro subdividido em 12 lugares individuais voltados para a oliveira, donde os turistas ou devotos poderiam observar o mistério da Luz do Sol reflectindo-se no Crucifixo de hora a hora. Da parte de fora do muro, e para evitar que os clientes da Ginginha, fossem lá fazer de casa de banho,um pequeno lago semi-circundando o muro com 12 repuxos que se elevariam cada um deles por entre as frestas do lado de fora do muro, demaneira a não molhar os espectadores que se encontrassem do lado de dentro sentados no banco que seria sombraeado quer pelo muro, quer pela oliveira.
-Os 12 repuxos simbolizariam os 12 apóstolos que foram com Colombo, como mensageiros, mostrar ao Povo de Deus, o Paraíso Terrestre ou Novo Mundo.(O Início do êxodo dos Judeus de Hespanha)
-O Crucifixo representaria Jesus Cristo reflectido do Sol, tal como D. Afonso Henriques o viu na Batalha de Ourique.
-A Oliveira representaria a Paz, que se deseja alcançar entre homens de diferentes religiões mas todos irmanados em Abrão.
-O Muro (das lamentações)representaria o massacre dos Judeus perpetrado pela ignorância dos homens perante Deus, porque Deus não renega ninguém, todos somos filhos do mesmo Deus, quer sejamos Cristãos, Judeus ou Muçulmanos ou de outra Fé.
(Espero que os serviços municipalizados tenham em conta a minha sugestão, senão...senão não assino mesmo o abaixo-assinado, para colocarem lá simplesmente uma oliveira para os clientes da "Giginha".)
Saudações
Zé Maria
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RE: Monumento evocativo do massacre de 1506
Caro Zé Maria
Agora sim... uma proposta objectiva e concreta. Mande-a ao António Costa para ser tomada em consideração.
Cmprimentos amigos
Ricardo Charters d'Azevedo
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RE: Monumento evocativo do massacre de 1506
Caro Ricardo Charters d`Azevedo
Eu não tenho padrinhos, trabalho desde os 16 anos e sou ainda um básico.
A minha missão é só conduzir as pessoas quer seja de dia ou de noite.
Cumprimentos
Zé Maria
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RE: Monumento evocativo do massacre de 1506
Confrade Ricardo Charters d'Azevedo
Ja assinei a petiçao, e tambem pedi aos meus conhecidos que colaborem em assinando e divulgando a petiçao.
No dia 29/11, esteve no lançamento do livro “Histoire des Juifs Portugais” com a presença do autor Carsten L. Wilke, na “Alliance israélite universelle” aqui em Paris, pena tenho de nao ter sabido nesse dia desta petiçao.
Boas festas
Paris/Antonio Amorim
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RE: Monumento evocativo do massacre de 1506
Meu caro António Amorim
Ja comprei esse livro e li-o. Foi financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian.
Muito interessante
Muito obrigado pelos votos de Boas Festas
Ricardo Charters d'Azevedo
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RE: Monumento evocativo do massacre de 1506
Deixo aqui, em complemento à evocação de Herculano, a narração de Damião de Goes (que era criança quando isto sucedeu):
"... nestes dois capítulos, que são já derradeiros desta primeira parte tratarei de um tumulto, e levantamento, que aos dezanove dias de Abril, deste ano de mil quinhentos e seis, em Domingo de Pascoela fez em Lisboa contra os cristãos-novos, que foi pela maneira seguinte. No mosteiro de São Domingos da dita cidade estava uma capela a que chamava de Jesus, e nela um crucifixo, em que foi então visto um sinal, a que davam cor de milagre, com quanto os que na igreja se acharam julgavam ser o contrário dos quais um cristão-novo disse que lhe parecia uma candeia acesa que estava posta no lado da imagem de Jesus, o que ouvindo alguns homens baixos o tiraram pelos cabelos de arrasto para fora da igreja, e o mataram, e queimaram logo o corpo no Rossio. Ao qual alvoroço acudiu muito povo, a quem um frade fez uma pregação convocando-os contra os cristãos-novos, após o que saíram dois frades do mosteiro, com um crucifixo nas mãos bradando, heresia, heresia, o que imprimiu tanto em muita gente estrangeira, popular, marinheiros de naus, que então vieram da Holanda, Zelândia, e outras partes, ali homens da terra, da mesma condição, e pouca qualidade, que juntos mais de quinhentos, começaram a matar todos os cristãos-novos que achavam pelas ruas, e os corpos mortos, e os meio vivos lançavam e queimavam em fogueiras que tinham feitas na Ribeira e no Rossio a qual negócio lhes serviam escravos e moços que com muita diligência acarretavam lenha e outros materiais para acender o fogo, no qual Domingo de Pascoela mataram mais de quinhentas pessoas. A esta turma de maus homens, e dos frades, que sem temor de Deus andavam pelas ruas concitando o povo a esta tamanha crueldade, se ajuntaram mais de mil homens da terra, da qualidade dos outros, que todos juntos segunda-feira continuaram nesta maldade com maior crueza, e por já nas ruas não acharem cristãos-novos, foram cometer com vaivéns e escadas as casas em que viviam, ou onde sabiam que estavam, e tirando-os delas de arrasto pelas ruas, com seus filhos, mulheres, e filhas, os lançavam de mistura vivos e mortos nas fogueiras, sem nenhuma piedade, e era tamanha a crueza que até nos meninos, e nas crianças que estavam no berço a executavam, tomando-os pelas pernas fendendo-os em pedaços, e esborrachando-os de arremesso nas paredes. Nas quais cruezas não se esqueceram de meter a saque as casas, e roubar todo o ouro, prata, e enxovais que nelas acharam, vindo o negócio a tanta dissolução que das igrejas tiraram muitos homens, mulheres, moços, moças, destes inocentes, despegando-os dos Sacrários, e das imagens de nosso Senhor, e de nossa Senhora, e outros Santos, com que o medo da morte os tinha abraçado, e dali os tiraram, matando e queimando sem nenhum temor a Deus assim a elas como a eles. Neste dia pereceram mais de mil almas, sem que na cidade alguém ousasse de resistir, pela pouca gente de sorte que nela havia por estarem os mais dos honrados fora, por causa da peste. E se os alcaides, e outras justiças, queriam acudir a tamanho mal, achavam tanta resistência, que eram forçados a se recolher a parte onde estivessem seguros, de não acontecer o mesmo que aos cristãos-novos. (…) Passado este dia, que era o segundo desta perseguição, tornaram terça-feira este danados homens a prosseguir a sua crueza, mas não tanto quanto nos outros dias porque já não achavam quem matar, pois todos os cristãos-novos que escaparam desta tamanha fúria, serem postos a salvo por pessoas honradas, e piedosas que nisto trabalharam tudo o que neles foi.”
Melhores cumprimentos,
Marcos Sousa Guedes
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RE: Monumento evocativo do massacre de 1506
Caro Marcos Sousa Guedes
Muito boa a sua contribuição.
Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo
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RE: Monumento evocativo do massacre de 1506
Caro José Maria
Li há pouco o excerto da crónica de Damião de Goes, que Marcos Sousa Guedes,nos transcreveu, e recordei-me daquele texto, que o José Maria em tempos publicou, sobre a transformação do Milagre de Ourique no Massacre de Lisboa.
Depois, li a sua proposta para o Memorial.
A minha primeira reacção foi escrever que subscrevia o projecto, já que simboliza o Principio e o Fim de Portugal.
A Luz de Ourique, como em Stonnenge ou nos Templos Egípcios. A ligação do Homem ao Universo e a Deus.
A Oliveira. Símbolo da Paz entre todos e de cada um consigo próprio. A serenidade sempre procurada, e nunca alcançada.
O Muro das Lamentações. A mágoa. O Remorço pelos erros cometidos.
A Água e a Cruz, a Esperança que foi Colombo.
Eu ía escrever "Subscrevo", quando reparei que a cidade não nos pertence.
Somos estranhos na nossa Cidade e no nosso País.
Cidadãos.
Contribuintes.
Munícipes.
Não passamos de números, em medíodres retóricas.
E o seu belíssimo Memorial, uma impossibilidade, na aberração que a nossa passividade permitiu, e a que chamamos Sociedade.
Saudações
Airmid
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Massacre de 1506 - Garcia de Resende
Meus caros,
Aqui vai o que escreveu Garcia de Resende (1470 - 1536), in Miscellania & Variedades de Histórias, costumes, casos & cousas que em seu tempo aconteceram, escrito entre 1530 e 1533, e publicado após a sua morte, em 1554.
Vi qẽ em Lixboa se alçaram
Pouo baixo & villãos
Contra os nouos Christãos
Mais de quatro mil matarã
Dos qẽ ouuerão nas mãos.
Hũos delles viuos queimarã
Mininos espedaçarão
Fizerão grandes cruezas
Grandes roubos & vilezas
Em todos quantos acharão.
Estando só ha cidade
Por morrerem muito nella
Se fez esta crueldade
Mas el rey mandou sobrella
Cõ muy grande breuidade
Muitos forão justiçados
Quantos acharão culpados
homẽ baixos & bragantes
& dous frades observãtes
vimos por isso queimados.
El rey teue tanto a mal
Ha cidade tal fazer
Qẽ o titulo natural
De noble & sempre leal
Lhe tirou & fez perder.
Muytos homens castigou
& officios tirou
depois que Lixboa vio
tudo lhe restituyo
& o titulo lhe tornou
Cumprimentos
ricardo Charters d'Azevedo
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RE: Massacre de 1506 - Garcia de Resende
Não estou interessado em lançar outro tópico, mas sim, de mostrar neste, que faz o apelo a um movimento pela construção de um monumento a um massacre efectuado em Lisboa em 1506, que é fácil ter uma tomada de posição contra barbaridades cometidas há muito tempo, inseridas em contextos que nem conhecemos nem compreendemos. Difícil é tomar posição hoje em Portugal contra os abusos e barbaridades que são conhecidos e que são cometidos quotidianamente.
Estou cansado de ver a nossa cultura posta em causa e de ver os seus valores serem desprezados.
Pensa-se que é negligenciável ou mesmo digna de apagamento a importância que teve o cristianismo na génese do nosso pensar.
Tudo serve, através da apologia de uma maneira de ser desligada “pretensamente cosmopolita”, isto é, pretende-se estar informado ao de leve sobre tudo o que se passa no mundo para depois tudo se relativizar, vivendo-se de maneira cínica, onde o AMOR não tem lugar.
Com o ataque sistemático às estruturas que de uma forma ou outra se mantêm, tentam mostrar que estão caducas, que têm práticas desprezíveis e que no passado fizeram barbaridades.
Para eles, Cristo morreu. Ao amor confundem-no com sexo. E a vida essa é só para os “normais”, muito perfeitos e desejados que possam permanecer com corpos sempre jovens, vendendo a alma ao diabo ou a algum cirurgião plástico que os mantenha como marionetes desalmadas mas sempre numa eterna juventude.
Os velhos, uma espécie de cartas fora do baralho, são muito feios e maçadores. Têm a morte anunciada de forma muito evidente e falam de coisas que a ninguém interessa. Além do mais ficam caros e ocupam espaço.
Aos novos compete estarem sempre a sorrir, com o ar jovial, como se a sua vida fosse um reclame de bem-estar. Tudo o que não corresponda aos clichés da moda é uma maçada, com a qual não vale a perda de tempo.
É mais fácil mobilizar as opiniões que ridicularizam os nossos fundamentos que apontar o dedo aos crimes que contra esses fundamentos são sistematicamente cometidos. Sim, é importante fazer-se justiça cada vez que morre um inocente, sempre que se utiliza a pílula do dia seguinte, sempre que se faz um aborto clínico ou sempre que contra a consciência muitos são obrigados a cometer crimes. Fico envergonhado e revoltado quando o nossos governantes promovem e recebem ditadores ( Roberto Mugabe, entre outros) transformando-se por oportunismo cúmplices de genocídios.
Fernando Pinto Coelho
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monstrRE: Monumento evocativo do massacre de 1506
Cara Airmid,
"Foi Portugal que começou a morrer"
Portugal começou a morrer em 1481 quando os nobres cheios de ódio por D. João II os subordinar á coroa começaram a conspirar com Castela (único inimigo de Portugal desde o século XII) e foram apertando e apertando até que o martaram com veneno em 1495.
Estando D. Manuel I muito ciente disso. Pois eram a sua irmã e mãe parte dos inimigos do "Tirano".
Enquanto o Grande Rei esforçavasse para tomar os ultimos folgos de ar D. Manuel I esperava fora da porta esfregando as mãos á espera de ser rei.
Não entrou no quarto. O medo que tinha do cunhado - que de certo sabia da sua traição tanto a el-Rei, como á Pátria e á missão divina de Portugal - deveria de ser terrivel.
Morreu o HOMEM! Sobe ao trono o Boneco.
Que grande alegria não houve em Castela?
Expulsa os Judeus para agradar os Inimigos de D. João II e lança a primeira pedra no charco para que o ódio dos "Muy Católicos" Castelhanos comece a ferver em Portugal acabando com este massacre.
Ainda me perguntam porque é que eu odeio tanto o "monstruoso" e não entendem que com ele começou Portugal a ser Castela e que até hoje não tem recuperado a sua alma.
Cumprimentos,
Manuel Rosa
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RE: Memorial a Portugal
"A História é muitas vezes feita de Silêncios, de Retóricas e de Cumplicidades"
Em Nag-Hammadi, no Egipto a noroeste de Assuão, foram descobertos na primeira metade do século XX, um elevado número de Escrituras Gnósticas Primitivas, que se pensavam terem sido completamente perdidas, quando na sequência do Concílio De Niceia de 350 d.C., Atanásio de Alexandria, ordenou a sua destruição.
Em Qumram, no Mar Morto, em Israel, foram descobertos pergaminhos escritos numa época anterior ao final do Século Iº d.C.
A sua tradução e divulgação, já no final do Século XX, obrigam a uma reavaliação do Cristianismo e da sua História.
A História de Portugal e o Mistério de Colombo, terão de ser interpretados à luz destes novos conhecimentos
Só o entendendo o que foi na realidade o Cristianismo,poderemos compreender a História dos três primeiros séculos do Cristianismo, depois de Jesus, e a luta pela sobrevivência dos Movimentos Gnósticos, face à apropriação e deturpação do Cristianismo, primeiro pelo Império Romano, depois pela Hierarquia da Igreja de Roma.
A História dos primeiros cinco Séculos de Portugal, é também a História da tentativa de sobrevivência de um Culto Cristão Gnóstico, O Culto do Espírito Santo , numa Europa dominada pela temporalidade da Igreja de Roma, de que Castela era um dos principais pilares.
Ignorar o contexto Espiritual, tem sido o grande erro de muitos Historiadores.
A História não se faz de pontas soltas.
Todos as acontecimentos têm causas e consequências que se encadeiam.
A História de Colombo, é a História de Portugal e da sua Religião.
Os Manuscritos de Nag-Hammadi, permaneceram enterrados no deserto por Mil e Quinhentos Anos.
A História de Portugal e de Colombo, permanece esquecida, há mais de Quinhentos Anos.
São duas faces da mesma História.
Nos últimos três anos, tem sido analisado e discutido nestes Fóruns, tudo o que se escreveu sobre Colombo.
Na Câmara de Lisboa, alguns vereadores propõem a construção de um Memorial ás Vítimas do Massacre de Lisboa, de 1506.
Mas como desenhar um Memorial, quando as Vítimas somos nós?
Que mensagem pretendemos transmitir, no Memorial que evoca a nossa Auto Destruição?
Se afinal, nós nem sabemos quem fomos, nem o que fomos?
O Memorial é uma homenagem aos Mortos.
O Memorial deveria ser também, a Recordação de uma Grande Nação, que se perdeu.
O Memorial, deveria ser também uma Réstea da Luz que nos ficou de Ourique, e que Colombo levou para o Novo Mundo.
E porque hoje é dia 8 de Dezembro. Dia de Nossa Senhora da Conceição.
E Colombo, foi devoto de Nossa Senhora Da Conceição.
Talvez seja altura de enumerar aqui, as Trinta e Três razões porque Colombo, foi D. Diogo de Portugal, Duque de Viseu e Beja, Senhor de Aquém e de Além Mar em África, Senhor da Madeira, da Guiné e de Cabo Verde, da Conquista e da Navegação.
1ª Colombo foi - O Descobridor de América.
D. Diogo - Os Homens de Sua Casa - Descobriram a América.
2ª Colombo foi - O Corsário.
D, Diogo detinha o Corso de Portugal.
3ª Colombo foi - O Tecelão.
D. Diogo foi O Senhor da Covilhã. Terra dos Lanifícios.
4ª A Colombo, pela primeira vez que lhe atribuiram uma nacionalidade num documento, foi a Portuguesa.
D. Diogo foi Infante de Portugal
5ª Colombo assumia-se como Descendente dos Reis de Jerusalém.
D. Diogo descendia do Imperador Frederico II, que também foi Rei de Jerusalém.
6ª Colombo descobriu a América sob o Signo da Cruz Templária, inscrita nas Velas das suas Náus.
D. Diogo foi Templario - O Governador da Ordem de Cristo em Portugal.
7ª Colombo casou em Portugal com uma afilhada de Diogo Gil Moniz
D. Diogo tinha como Vedor da sua casa, Ducal Diogo Gil Moniz.
8ª Colombo surgiu em Castela no final de 1484.
D. Diogo desapareceu de Portugal, em 29 de Agosto de 1484.
9ª Colombo em Castela, exigiu o Título de Dom, só usado em Portugal.
D. Diogo foi por linhagem, descendente do Dom.
10ª Colombo teve um filho chamado Diogo, e outro chamado Fernando.
D. Diogo foi filho de D. Fernando e sobrinho de D. Diogo.
11ª Colombo no regresso da sua Primeira Viagem, visitou D. Leonor, a Rainha de Portugal.
D. Diogo foi irmão de D. Leonor, Rainha de Portugal.
12ª Colombo no ano de 1504, escreveu uma carta a seu filho Diogo, aconselhando-o a cuidar de D. Fernando, porque já só tinha aquele irmão.
D. Diogo teve um filho ilegítimo, D. Afonso, que foi Condestável de Portugal, falecido em 1504.
13ª Colombo teve um filho que foi sobrinho da Condessa de Lemos.
D. Diogo teve um filho, D Afonso, que também foi sobrinho da Condessa de Lemos.
14ª Colombo quando reapareceu em Portugal, esteve presente com D. Diogo de Azambuja.
D. Diogo, aquando do seu desaparecimento em Portugal, também esteve presente D. Diogo de Azambuja.
15ª Colombo esteve presente na Reunião de Matemáticos em Lisboa, convocada oor D. João II.
D. Diogo, foi primo e cunhado de D. João II.
16ª Colombo foi recebido na Madeira com festejos.
D. Diogo foi Senhor da Madeira.
17º Colombo não deixou nenhum documento, a atestar a sua passagem por Portugal.
D. Diogo, não deixou em Portugal nenhum documento com o seu selo.
18ª Colombo teve 5 Âncoras no seu Brazão.
D. Diogo teve 5 Quinas no seu Brazâo.
19ª Colombo afirmou que aos 14 anos começou a sua vida ligado ao Mar.
D. Diogo deixou aos 14 anos, de receber Renda de D. Afonso V.
20ª Colombo, segundo seu filho D. Fernando, estudou em Pavia.
D. Diogo foi trineto de D. João I, que foi Senhor de Pavia no Alentejo.
21ª Colombo, deu o nome de Santarém a uma Ilha - Santa Irene.
D. Diogo viveu em Santarém.
22ª Colombo, deu o nome ás Ilhas dos Açores, que chegaram a ser denominadas Ilhas Colombinas.
D. Diogo, era então o Senhor daquelas Ilhas dos Açores.
23ª Colombo a 17 de Abril de 1484, quatro meses antes da Primeira Viagem, assina as "Capitulações de Santa Fé", em que estava escrito, que já havia descoberto aquelas Terras.
D. Diogo entre 1472 e 1484, detinha o Senhorio dos Açores, e Homens da sua Casa Ducal, fizeram comprovadamente a descobrimentos na América.
24ª Colombo foi um Franciscano Arrábido.
D. Diogo foi um Franciscano Arrábido.
25ª Colombo implorava ao seu Santo Fernando.
D. Diogo foi sobrinho-neto de D. Fernando, O Infante Santo.
26ª Colombo quis conquistar a Cidade de Jerusalém.
D. Diogo, foi sobrinho-neto de D. Afonso V, que também quis conquistar Jerusalém.
27ª Colombo teve pais devotos de Nossa Senhora da Conceição.
D. Diogo teve pais devotos de Nossa Senhora da Conceição.
28ª Colombo deixa a seu filho, em testamento, a incumbência de instituir em seu Morgado, uma Capela em honra de nossa Senhora da Conceição.
29ª Colombo seguiu o Culto do Espírito Santo.
D. Diogo, Infante de Portugal, fez parte da Casa Real Portuguesa, que praticava o Culto do Espírito Santo
30ª A Colombo, os Genealogistas dão-no como nascido em 1451.
A D. Diogo também dão como nascido cerca de 1451.
31ª De Colombo, a sua mulher D. Filipa Moniz Perestrelo, está sepultada na Capela da Piedade no Convento do Carmo, em Lisboa.
D. Diogo foi o Patrono deste convento do Carmo, mandado construir por seu trisavô D. Nuno Álvares Pereira.
32ª Colombo teve um trineto, a quem foi dado o nome de Nuno Álvares Pereira de Portugal E Colón.
D. Diogo foi trineto de D, Nuno Álvares Pereira.
33ª De Colombo não se sabe ao certo onde estão os seus restos mortais.
De D. Diogo também se desconhece o paradeiro dos seus restos mortais.
"A História é muitas vezes feita de Silêncios, Retóricas e Cumplicidades".
A História de Colombo, é a História de uma Nação e de uma Época.
A História de Colombo é a História de Uma Religião.
É impossível desinseri-lo no Espaço e no Tempo.
Airmid
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Monumento evocativo do massacre de 1506
Queridos amigos
Alguns de nós tivemos antepassados envolvidos neste massacre. Tenho vindo a colocar neste tópico o que vários históriadores escreveram sobre este massacre. Autros tambem o tem feito. Já aqui temos o que escreveu Alexandre Herculano, Garcia de Resende, Damião de Gois. Irei colocar o que outros escritores da época relataram tão infausto acontecimento.
Ha tambem historiadores que afirmam que começou aí a perca de influencia de Portugal no Mundo (a vinda da Inquisição para Portugal, a pressão de Castela e Aragão para que fossem proscritos os judeus de Portugal, a saída deles, grandes investidores nas viagens marítimas, para outros paises, etc). De tudo isso iremos discutir aqui, enriquecendo este tópico.
Espero que o façam com elevação e sem provocação.
"A História é muitas vezes feita de Silêncios, Retóricas e Cumplicidades".
A HISTÓRIA é a que existe, a que temos, a que nos chegou até nós, pode ter várias intrepretações o porquê de um acontecimento, mas no acontecimento estiveram envolvidos directamente ou indirectamente nossos antepassados. E é disso que aqui se discute. Muitos dos nossos antepassados tiveram impactos do que aconteceu. Vários nobres tiveram de pasar a viver fora de Lisboa. Outros tiveram de ter mais "guardas". Outros passaram a viver pior. Os judeus e critãos novos tiveram mais dificuldades. Os cristãos velhos foram muitas vezes confundidos como judeus e inqueridos tendo tido "dificuldades", etc. Tudo isto é HISTÓRIA, a nossa História.
O que se passou, muito resumidamente (para mais promenores ver as mensagens onde se colocou o que "disseram" ou escreveram alguns "coevos"):
Durante três dias (19, 20 e 21) do mês de Abril do ano de 1506, em, Lisboa, num processo que teve início na Igreja de S.Domingos, uma multidão em fúria, incitada por fanáticos religiosos, perseguiu, chacinou e queimou, em duas enormes fogueiras acesas no Rossio e na Ribeira, cerca de 2000 pessoas suspeitas de judaísmo, naquele que terá sido, porventura, o mais brutal acontecimento singular da história da intolerância em Portugal.
Recentemente, um grupo de vereadores da C.M. de Lisboa avançou com a proposta de instalar na cidade, precisamente no Largo de S.Domingos, um «Memorial às Vítimas da Intolerância», monumento que seria evocativo do massacre de 1506, bem como de "todas as vítimas que sofreram a discriminação e o aviltamento pessoal pelas suas origens, convicções ou ideias".
A deliberação final sobre essa proposta tinha sido inicialmente agendada para 31 de Outubro passado mas foi entretanto adiada «sine die», pelo que o Memorial a que ela se refere poderá mesmo... não vir a ser edificado de todo…!
Entendendo que se trata de uma iniciativa de grande alcance simbólico -- e que só peca por ser tardia, já que Abril de 2006, 500 anos decorridos sobre o acontecimento, teria sido a data ideal para o assinalar... -- foi disponibilizada na «Internet» a petição que aqui vos venho agora convidar a subscrever.
Subscrever petição: http://www.petitiononline.com:80/samusque/
Fico igualmente agradecido se transmitirem esta mensagem a outros amigos vossos, para que haja mais pessoas a assinar.
Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo
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RE: Monumento evocativo do massacre de 1506
Caro Ricardo Charters
Passei esta petição para o mail do Ministério do Trabalho para divulgação, espero que isso traga resultados positivos.
Melhores cumprimentos
Maria Benedita
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RE: Massacre de 1506 - Garcia de Resende
Caro Fernando Pinto Coelho
Concordo, em grande parte, com o que diz, mas, francamente não cabe neste tópico!
Quanto aos ditadores como Mugabe, considero mais criminosos ainda os países ditos democráticos que, por dinheiro, manejam os Mugabes deste mundo, enquanto eles lhes servem os propósitos. Quando já não servem...deixam-nos caír!
Melhores cumprimentos
Maria Benedita
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19, 20 e 21) do mês de MAIORE: Memorial a Portugal
Cara Airmid,
As datas do massacre form "(19, 20 e 21) do mês de Abril do ano de 1506"
Gostava de comfirmar estas datas mas não sei como.
É que se as datas do massacre fossem (19, 20 e 21) do mês de MAIO do ano de 1506
Seria uma afirmação de cortar o último laço com o passado de Portugal e a trasnformação do Portugal de D. Diogo no Portugal de D. Manuel I seu irmão.
A (19, 20 e 21) do mês de MAIO do ano de 1506 C. Colon morreu.
Cpts,
MR
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RE: Memorial a Portugal - Errata
No item 28 deve lêr-se:
28ª Colombo deixa a seu filho, em testamento a incubência de instituir em seu Morgado, uma Capela a Nossa Senhora da Conceição.
D. Diogo, concluiu e foi Patrono do Convento da Conceição em Beja, onde foram sepultados os seus pais.
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RE: Massacre de 1506 - Garcia de Resende
Caro Fernando Pinto Coelho
É exactamente porque descemos tanto, a um nível tão aviltante, que temos que saber o que realmente nos aconteceu.
Se não formos ás origens do problema, nunca poderemos encontrar um novo caminho.
Como Nação, ficamos diluidos numa massa amorfa de Pseudo-Estados, manipulados por desprezíveis interesses, que lhes são alheios.
Como pessoas, continuaremos eternamente à deriva. Perdidos num turbilhão de sentimentos contraditórios, sempre de mal com a vida, com os outros, e sobretudo conosco próprios.
Eu penso que é fundamental que os Portugueses conheçam a sua verdadeira História. As suas verdadeiras origens. A sua verdadeira religião.
Há tempos, um participante destes Fóruns, fez uma afirmação, terrivelmente verdadeira. Ele disse que nós ficámos inacabados. Temos uma Cultura, mas não tivemos uma Civilização. Faltou-nos a Língua e a Religião.
Caro Fernando, eu penso que todos este absurdo que nos rodeia, e contra o qual batemos as asas e nos magoamos sistemáticamente, é a consequência de uma mudança de valores, para outros que nos são alheios, e que isso aconteceu há muitos anos.
Mas porque as nossas raízes são diferentes, nunca nos adaptaremos a nenhuma mudança, e seremos eternamente revoltados.
Aquilo que alguns participantes destes Fóruns, estão a fazer é um caminho de volta ao passado, à luz de novos factos, que estiveram dezenas ou milhares de anos escondidos, e estão agora a ser publicados.
Penso que deverá ser um caminho de conjunto.
E tenho esperança, de ainda irmos a tempo.
Os melhores cumprimentos
Airmid
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RE: Memorial a Portugal
Dúvidas são muitas. A História afirma-se pelos factos comprovados por documentação. Não existindo, torna-se patético forçá-la.
Assim tudo o que se for admitindo sobre Colombo, fica na teia da lenda.
Lastimo a situação, mas verdade até à data não há.
Nas adendas aventadas que neste assunto tem vindo na baila, tem havido o esquecimento do seu atribuído primeiro e cristianíssimo nome, Cristóvão afim, como se ouve na alentejana Cuba, de Salvador, assim como a coincidência da Cuba do Novo Mundo por ele denominada. Também sem certeza histórica, será de esquecer mais esta simultaneidade, patética talvez, porém de passagens bem enredadas? Será a 34ª da sua lista...
Algumas coisas reais se quis, ao tempo, fazer esquecer, mesmo apagar...
FLMF
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RE: Memorial a Portugal
Dúvidas são muitas. A História afirma-se pelos factos comprovados por documentação. Não existindo, torna-se patético forçá-la.
Assim tudo o que se for admitindo sobre Colombo, fica na teia da lenda.
Lastimo a situação, mas verdade até à data não há.
Nas adendas aventadas que neste assunto tem vindo na baila, tem havido o esquecimento do seu atribuído primeiro e cristianíssimo nome, Cristóvão afim, como se ouve na alentejana Cuba, de Salvador, assim como a coincidência da Cuba do Novo Mundo por ele denominada. Também sem certeza histórica, será de esquecer mais esta simultaneidade, patética talvez, porém de passagens bem enredadas? Será a 34ª da sua lista...
Algumas coisas reais se quis, ao tempo, fazer esquecer, mesmo apagar...
FLMF
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RE: Memorial a Portugal
Caro FLMF
Importa-se de me esclarecer sobre quais foram os Laborarórios que procederam à análise dos documentos até agora divulgados, sobre Colombo.
Refiro-me a originais, claro, respectiva datação por carbono radioactivo, e estudo da composição da respectiva tinta, e se as respectivas datações são coincidentes.
Gostaria também de saber quem foram os Peritos que assumiram como autênticos, os escritos atribuídos ao Almirante.
É que se permite, em matéria de documentação, só pode ser aceite como verdadeira, a que como tal for reconhecida após rigorosos procedimentos científicos, que neste momento incluem estudos laboratoriais.
A restante, por muito dispendiosa que tenha sido, e por mais conveniente que seja para certos sectores da sociedade, não passa de Fraude.
Fui clara?
Airmid
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Memória
De elementar justiça.
Cumprimento o confrade Ricardo Charters por ter trazido o tema a este Forum.
Victor M. S. Ferreira
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Massacre de Lisboa de 1506
Caro Victor Ferreira
Muito obrigado.
Na Enciclopédia Wikipédia encontrei:
"Uma das duas únicas gravuras sobreviventes ao Terramoto de Lisboa 1755 e ao incêndio da Torre do Tombo é: “Von dem Christeliche – Streyt, kürtzlich geschehe – jm. M.CCCCC.vj Jar zu Lissbona – ein haubt stat in Portigal zwischen en christen und newen chri – sten oder juden, von wegen des gecreutzigisten [sic] got.” (Da Contenda Cristã, que Recentemente Teve Lugar em Lisboa, Capital de Portugal, Entre Cristãos e Cristãos-Novos ou Judeus, Por Causa do Deus Crucificado”)
No Massacre de Lisboa de 1506 (ou a matança da Páscoa de 1506), que sucedeu há cerca de 500 anos, uma multidão movida pelo fanatismo religioso perseguiu, violou, torturou e matou entre duas mil a quatro mil pessoas, acusadas de serem judias. Isto sucedeu antes da inquisição começar e nove anos depois da conversão forçada dos judeus em Portugal em 1497, durante o reinado de D. Manuel I.
Cerca de 93 mil judeus encontraram refúgio em poucos anos em Portugal depois da expulsão pelos reis católicos de Espanha em 1496.
O Rei D. Manuel I mostrava uma atitude mais tolerante para com o judaísmo, mas sob a pressão de Espanha, também em Portugal (1497) os judeus foram forçados a converter-se.
A historiografia situa o início da matança no Mosteiro de São Domingos (Santa Justa), no dia 19 de abril de 1506, um domingo, quando os fiéis rezavam pelo fim da seca e da peste que tomavam Portugal, alguém jurou ter visto no altar o rosto de Cristo iluminado — fenômeno que, para os católicos presentes, só poderia ser interpretado como uma mensagem de misericórdia do Messias, um milagre.
Um cristão-novo (judeu obrigado a converter-se ao catolicismo sob pena de morte) que também participava da missa argumentou que a luz era apenas o reflexo do sol, mas foi calado pela multidão, que o espancou até a morte.
A partir daí os judeus da cidade foram o bode expiatório da determinada situação de seca, fome e peste: três dias de massacre sucederam, incitados por frades dominicanos que prometiam absolvição dos pecados dos últimos 100 dias para quem matasse os "hereges".
Por causa da peste, a corte estava em Abrantes quando o massacre começou. D. Manuel I tinha-se posto a caminho de Beja, para visitar a mãe. Terá sido avisado dos acontecimentos em Avis, logo mandando magistrados para tentar pôr fim ao banho de sangue. Com o rei fora, os poucos representantes da autoridade eram também postos em causa e, em alguns casos, obrigados a fugir.
Como consequência homens, mulheres e crianças, foram torturados, massacrados, violados e queimados em fogueiras improvisadas no Rossio. Os judeus foram acusados entre outros "males", de deicídio e de serem a causa da profunda seca e da peste que assolava o país. A matança durou três dias, de 19 de Abril a 21 de Abril na Semana Santa de 1506, e só acaba quando é morto um judeu que era escudeiro do rei, João Rodrigues Mascarenhas, e as tropas reais acabam por chegar para pôr ordem.
D. Manuel I penaliza os envolvidos, confiscando-lhes os bens e os dominicanos instigadores são condenados à morte e há indícios de que o Convento de S. Domingos (da Baixa) teria sido fechado durante oito anos.
No seguimento deste massacre, do clima de crescente Anti-Semitismo em Portugal e do estabelecimento da Inquisição — o tribunal da Inquisição entrou em funcionamento em 1540 e perdurou até 1821) — muitas famílias judaicas fugiram ou foram expulsas do país, sendo o destino mais acolhedor a Holanda e um destino secundário, mas importante, o Brasil.
Mesmo expulsos da Península Ibérica, os judeus só podiam deixar Portugal mediante o pagamento de "resgate" à Coroa. No processo de emigração, os judeus abandonavam suas propriedades ou as vendiam por preços irrisórios e viajavam apenas com a bagagem que conseguissem carregar."
Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo
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RE: Massacre de Lisboa de 1506
Caro Ricardo Charters de Azevedo:
Uma pequena nota: não terá sido na Semana Santa, mas no Domingo de Pascoela (uma semana após a Páscoa).
Parece-me fundamental aqui realçar o colapso que deve ter sofrido Lisboa durante aqueles dias (os do massacre e certamente os anteriores) em virtude da peste e da fuga, ou ausência, das autoridades (coisa idêntica ocorreu pelo menos mais uma vez, no reinado de Dom Sebastião). Quando a ordem desaba, a multidão em pânico elege o bode expiatório. E a sua violência não é a frieza de uma religião "intolerante" mas a emergência de um "sagrado" por assim dizer cego (poderíamos chamar-lhe "mágico").
Foi assim em todos os tempos: a vítima foram os judeus, as "bruxas", os cristãos (em Roma), tantos outros. Note o facto curioso de serem exactamente da "tolerante" Holanda os marinheiros referidos por Damião de Gois. TEmpos em que todos se viram contra um, ou contra uns poucos.
E a meu ver é isso - esse caos que brota do meio de nós, que nos torna vencidos de nós mesmos, e de que os frades de São Domingos foram o infeliz rastilho quando deveriam ter sido a luz - que faz de casos como este algo de permanente no tempo, coisa que os séculos não apagam, grito que reclama memória.
Melhores cumprimentos,
Marcos Sousa Guedes
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19, 20 e 21) do mês de MAIORE: Memorial a Portugal
Caro Manuel Rosa:
Se as indicações de Damião de Góis estiverem correctas, isto não se poderia ter passado em Maio: a Páscoa nunca ocorre a 12 de Maio (sempre em Março ou Abril), e o massacre sucedeu no Domingo de Pascoela (o Domingo seguinte a ela).
Cumprimentos,
Marcos Sousa Guedes
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RE: Massacre de Lisboa de 1506
Exmo. Senhor
O Monumento alusivo ao referido massacre, foi proposto ao Prof. Carmona Rodrigues, pela Comunidade Judaíca. Na altura, foi mencionado ser intenção da mesma comunidade na colocação de uma placa alusiva ao mesmo, a embutir no pavimento do Largo de São Domingos. O mesmo assunto, foi então conduzido para o gabinete do Vereador António Prôa que na altura tutelava igualmente o espaço público na C.M.L.
O projecto proposto, deixou de ser a referida placa mencionada, tendo sido então apresentado uma meia esfera em granito com 80 cm de diâmetro colocada a cerca de 1 metro de altura numa base em granito polido da autoria da Arquitecta Graça Bachmann.
O mesmo projecto com inscrição no centro, foi devidamente avaliado pelos serviços responsáveis da C.M.L. que para além de visitas ao local (inclusivé com a própria autora) e de análise do projecto, envolveram naturalmente outros serviços com responsabilidade no sub-solo da autarquia, cuja zona havia sido alvo de requalificação recente com a colocação de focos embutidos, novas ligações eléctricas e de gás, entre outras, não visíveis pelos munícipes e demais transeuntes.
O referido memorial proposto, pelas suas dimensões, peso e localização específica pretendida pela senhora arquitecta, funcionava como obstrução do espaço público - passagem de carros de bombeiros, etc-, também ele sujeito a regras, no entanto o gabinete do vereador mostrou-se sempre disponível em avaliar novas propostas.
Nesse sentido, e porque havia interesse por parte do vereador António Prôa, em que o mesmo memorial fosse colocado, sabendo das intenções da igreja católica de também aludir ao mesmo massacre, e para que não houvesse a possibilidade de nova recusa por parte dos serviços responsáveis, evocando eventuais obstáculos do espaço público, o gabinete do próprio vereador António Prôa, pensou na altura em que poder-se-ia utilizar a Oliveira ali existente, que possuindo uma determinada simbologia poderia igualmente simultaneamente servir de suporte a um memorial conjunto e assim também de união entre as duas religiões.
Na alura da queda do executivo presidido pelo Prof. Doutor Carmona Rodrigues em Maio passado, aguardava-se que a mesma comunidade judaíca, apresentasse novo projecto.
Pedro Costa Pinto
(na altura assessor do Vereador António Prôa)
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19, 20 e 21) do mês de MAIORE: Memorial a Portugal
Caro Marcos Sousa Guedes,
Lendo agora a sua mesnagem concordo consigo.
Não tenho razaões para duvidar das datas só achei as datas um pouco coincidentes com a data da morte de Colon um mês mais tarde.
Cumprimentos,
Manuel Rosa
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Adoração do EspÍrito Santo -...RE: Massacre
Caros Confrades,
para quem nunca viu uma procissão do Espirito Santo aconselho uma visita a esta página da minha vila da Madalena do Pico onde podem ver o que com certeza seria a direção espiritual de todo o reino se assim o tivessem deixado ser.
Embora hoje a festa de pão e carne que se dá a todos os convidados começa a tornar-se num concurso para quem faz maior e melhor acho que o Espirito da festa ainda não chegou a uma corrupção total.
Eu creio que estas festas seguem nas Ilhas já por 6 séculos porque os costumes ficavam longe dos olhos da Inquisição e aqui ainda vive a ideia da Rainha Santa das Rosas e do Império do Divino Espírito Santo:
http://www.hi5.com/friend/photos/displayPhotoUser.do?photoId=911342384&ownerId=112420763
Cumprimentos,
Manuel Rosa
PS: fiquei especialmente movdo pela procissão da noite com as lanternas . pena que não se fazem estas por todas as vilas de todo o Portugal.
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Adoração do EspÍrito Santo -...RE: Massacre
Caro Manuel Rosa
Concordo consigo. Participei e acompanhei ha 4 anos algumas dessas profissões. Estamos numa outra dimensão. Pena é que as profissões no Continente, não tenham a relegiosidade que ainda tem as realizadas nos Açores.
De resto contaram-me, na altura, que estas festas tiveram em perigo, durante uma certa altura. Mas já não me lembro bem porquê e por quem.
Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo
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RE: Memorial a Portugal
Para a clara Armid
Falamos e devemos trabalhar estes assuntos historicamente. Não quero dizer que não me agrade ler toda a sua farta imaginação. até pode ser que acerte. Veremos quando todas as suas hipóteses derem em teses com todos os desejados estudos laboratoriais que aponta serem necessários.
Com gosto aqueço a minha leitura no calor com que se expressa.
FLMF
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Adoração do EspÍrito Santo -...RE: Massacre
Corrijo
Procissão e não profissão
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Adoração do EspÍrito Santo -...RE: Massacre
Errata:
-há
-procissões=profissões de fé?
-religiosidade
-têm
-...que estas festas estiveram em perigo...
FLMF
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RE: Memorial a Portugal
Caríssimo FLMF
Quem vai precisar desses estudos todos, vão ser os imaginativos Genoveses, ou Ytalianos, para provarem o impossível- A Tese do Genovês Errante.
O que vai ser difícil, impossível mesmo, já que as cópias e as transcrições, obviamente, não servem.
E documentos autênticos.....???
Só se for uma autencicidade do nível dos escritos de Cadamostro, que os Ytalianos, desta vez os Venezianos, dizem que descobriu Cabo Verde.
Parece que o brilhante descobridor Veneziano, ficou tão fascinado com os Elefantes e Rinocerontes que encontrou em Cabo Verde, ilhas de vegetação luxuriante, como ele lhes escreve, que nem reparou que tinha pousado a murânica pena, na lava de um vulcão.
É que quanto aos nossos, caríssimo, não vão restar quaisquer dúvidas.
Os melhores cumprimentos
Airmid
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RE: Memorial a Portugal ERRATA
Errata: ...como ele as descreve (penúltima linha)
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FESTAS do CULTO do EspÍrito Santo- Madalena- Pico
Como o link anterior nao serve meto outro com as Festas da Coroa do Espirito Santo na Madalena do Pico:
Vejam aqui:
http://www.hi5.com/friend/photos/displayUserAlbum.do?albumId=83622602&ownerId=120866629
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Memorial a Portugal - A Esfera de Abraão Zacuto
Caro Kolon
Tudo está certo.
"Quando soube do Massacre de Lisboa, no dia em que fazia precisamente um mês, sobre o terrível acontecimento, Colombo mandou acrescentar uma Adenda ao seu testamento, para que ficasse eternamente simbolizado.
""A un Judio que morava a la Puerta de la Juderia en Lisboa, o a que mandare un sacerdote, el valor de medio marco de plata""
Passados trinta e três dias do Massacre de Lisboa, sepultou-se o Homem, que levando A Esfera de Abraão Zacuto, A Cruz de Cristo e o Mapa de Idrissi,descobriu o Novo Mundo, em trinta e três dias.
Melhores cumprimentos
Airmid
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RE: Memorial a Portugal - A Esfera de Abraão Zacuto
Cara Airmid,
Bem notado...
Cpts,
Augusto
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RE: Memorial a Portugal - A Esfera de Abraão Zacuto
Cara Airmid
Apesar de não entender grande parte do que escreve, e muito menos toda a simbologia a que alude, lembro-lhe que essa adenda é a tal que se quer provar que foi falsificada!
Melhores cumprimentos
Maria Benedita
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RE: Memorial a Portugal - A Esfera de Abraão Zacuto
Cara Dra Benedita
Eu sei. Eu sei.
Só que há falsificações que são verdadeiras.
Vai vêr que vai compreender tudo.
Melhores cumprimentos
Airmid
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RE: Memória
Meu Caro Victor Martins
Muito obrigado pelas suas boas palavras
Ricardo Charters d'Azevedo
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RE: Memória
Meus Caros
Aqui fica registado um texto de Oliveira Martins:
Um dia, o rei D. Manuel tomou para si o papel de Herodes, e como um satrapa mandou arrancar aos pais e baptizar todos os filhos menores de quatorze anos, “a qual obra tão-somente foi de grão terror misturado com muitas lágrimas, dor e tristeza dos judeus, mas ainda de muito espanto e admiração dos christãos.” Ao mesmo tempo, num prazo breve, os judeus haviam de receber o baptismo, ou embarcar em navios que se lhes não davam.
(…)Por outro lado, em Lisboa, onde, para embarcar, os judeus tinham vindo de todo o reino, os Estáos da Ribeira , apresentavam o aspecto de um acampamento antigo. Albergadas em barracas as famílias – vinte mil judeus esperavam as naus de embarque, contando hora a hora o prazo da redenção. Esse prazo correu, sem virem as naus: por isso foram todos convertidos à força, porque os teimosos ficaram cativos. Este baptismo forçado, causa de tantas desgraças posteriores, revela a política dúbia e falsa de um governo que não tinha a coragem purista do castelhano, depois de ter perdido o bom senso e a humanidade dos tempos anteriores. Desumanos, os actos eram ao mesmo tempo cobardes, pois o cronista diz com franqueza que se procedia assim com os judeus por serem párias, sem rei nem terra, não se podendo já fazer outro tanto com os mouros, com medo das represálias dos soberanos maometanos.
De tal modo se originou a crise que teve na era de 1506 o seu primeiro episódio trágico.
As fomes dos anos precedentes, a peste que lavrara no Outono anterior e vitimara já na Primavera mais de cem pessoas por dia, enchiam de aflição o povo da capital, que buscava uma causa a tamanhas desgraças. D. Manuel tinha fugido da peste, para Évora. O castigo tremendo, que a cólera divina impunha sem piedade, não podia ter outro motivo senão a criminosa protecção concedida aos judeus. Baptizados, mas não convertidos, eram uma viva e impune blasfémia; e todos os seus actos religiosos outros tantos sacrilégios. Deus estava, de certo, ofendido; e por isso castigava sem dó. E o pobre povo sofria tamanhas misérias por causa destes malditos que insultavam Deus dentro do seu templo sagrado, fingindo orar e comungando!
(…)A 15 de Abril tinha havido uma procissão, com votos e lágrimas, pedindo a cessação do flagelo; e todas as noites, em São Domingos, se faziam preces públicas. Houvera um milagre, a 19, dia de Pascoela: a custódia do lado do Senhor aparecera iluminada; mas um herege ousou rir, dizendo que um pau seco não podia fazer milagres. Isto fez transbordar a ira de todos, e o tumulto começou fulminante. O ímpio foi tirado pelos cabelos de rastos, para fora da igreja, e logo ali morto e lançado a uma fogueira.
Os mercadores dos arcos do Rossio, desde a Betesga até S. Domingos, fecharam as lojas – onde vendiam as cassas de Holanda, os panos de linho cadequim da Índia, rendas, tranças, franjas e passamanarias – vindo em pessoa, com os seus escravos pretos e mouros, engrossar o tropel. A multidão corria por debaixo d’essa arcada, que limitava por oriente o Rossio, abrangendo o Hospital e o dormitório do convento de S. Domingos, amontoando-se às portas da igreja, onde o burburinho era grande, e um frade, de crucifixo em punho, pregava, exaltando o furor religioso da turba.
As mulheres agitavam-se coléricas pronunciando ditos obscenos, palavras descompostas, à mistura com as expressões de refinada devoção e de um fervente beaterio. Incitavam os homens à matança; e, do púlpito, o frade, oráculo do céu, definia com palavras o sentimento da multidão. Os judeus eram a causa da fome, eram a causa da peste! De cruz alçada, saindo da igreja, os frades vinham clamando, heresia! Heresia! Concitando o povo à matança.
Já houvera sangue, já crepitava o lume; e a cor rubra e os primeiros ais dos moribundos exacerbavam, como um touro, a fúria da plebe, açulada pelos sermões dos frades energúmenos. Desencadeou-se a tempestade, rebentando numa hora a cólera reunida em muitos séculos. Cresceram as fogueiras no Rossio e na Ribeira; e os bandos iam caçar pela cidade os judeus escondidos, invadindo as casas. Traziam-nos às manadas de quinze e vinte, amarrados, feridos, cuspidos, semimortos; e lançavam-nos, aos montes, nas fogueiras. As chamas crepitavam, e os gritos dos moribundos conseguiam ouvir-se por entre o vozear da plebe. Os sinos dobravam a rebate, chamando os fiéis à matança. Viam-se homens despirem-se, para mostrarem que, não sendo circuncisados, não podiam ser judeus; porque o furor da plebe já arrastava a queimar tudo, numa fogueira que purificasse os ares pestilentos. Além disso, as vinganças pessoais e o roubo soltavam-se à vontade no meio da desordem. Queimavam-se os infelizes, porque tinham sido assassinados; e assassinavam-se, porque se não deixavam roubar. Ao saque de Lisboa tinham corrido as tripulações dos navios do Tejo: eram mais de quinhentos marinheiros flamengos e outros; e na faina do roubo e da matança andavam gentes de todas as nações e cores, invadindo as casas, violando as mulheres, e incendiando. No primeiro dia, domingo, não faltou gente: matou-se meio milhar. Na segunda-feira eram já mil e quinhentos os que andavam na faina da matança. As justiças tinham fugido, o povo escondera-se, os judeus aferrolhavam as portas, enquanto os escravos acarreavam lenha para as fogueiras, os bandidos assaltavam as casas com vaivéns e escadas. Arrancavam as crianças do colo das mães desesperadas, e, tomando-as pelos pés, esmagavam-lhes os crânios tenros contra os muros. As casas escorriam sangue, que se precipitava pelas escadas vindo reunir-se em poças nas ruas. Havia um cheiro nauseabundo de carne queimada, risadas ferozes nos rostos dos pretos, os olhares terríveis na face macilenta dos frades, que pregavam à esquina das ruas. Os desgraçados corriam às igrejas perseguidos, rojavam-se nos altares abraçados aos santos e aos sacrários, e dali eram levados à fogueira arrastados pelos sicários. Na segunda feira mataram-se mais de mil. Na terça acalmou a fúria porque “já não achavam quem matar.” Três dias e duas noites durou a orgia; e no fim contavam-se mais de trezentas pessoas queimadas, mais de duas mil mortas, e não se sabe quantas mulheres, chorando com amargura a sua viuvez, a sua orfandade, a sua miséria, a sua desonra.
O rei acudiu com tropas, abriu devassa e enforcou muita gente; entre essa, frades. Os marinheiros de bordo velejaram barra em fora com os roubos nas mãos tintas de sangue; nas esquinas das ruas havia forcas; na fogueira acabaram os dois frades concitadores, e Lisboa pela sua fraqueza foi desautorada dos seus foros. O rei puniu o que não soubera prevenir; e insistindo na sua indiferença, ou na sua fraqueza, fez com que as cenas de Lisboa se reproduzissem periodicamente por todo o reino.”
J.P. Oliveira Martins (1845-1894), in História de Portugal (Tomo II), Livraria Bertrand, Lisboa, 1882.
Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo
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RE: Memória
Meus Caros
Agora um texto de quem foi coevo. Trata-se de Salomão Ibn Verga, in Sefer Shebet Yehudah (ספר שבט יהודה), Livro do Ceptro de Judá, escrito em Portugal pouco depois do massacre de Lisboa mas publicado apenas em 1550, em Constantinopla, pelo seu filho, Yosef Ibn Verga. :
"A matança que ocorreu lá, em Lisboa:
Estando eu fora da cidade, contaram-me dias depois ao regressar que os dois não podem ser comparados, tendo em comum apenas a crueldade e a extrema dor1. O que me contou um ancião é o que a seguir relato.
Na noite de Páscoa os cristãos encontraram marranos2 sentados à mesa com pão ázimo e ervas amargas, seguindo os rituais da Páscoa, e trouxeram-nos perante o rei, que ordenou que fossem eles encarcerados na prisão até que a sentença fosse determinada. Naquela altura havia fome e seca pelo reino, e os cristãos juntaram-se e disseram: “Porque faz o Senhor isto a nós e à nossa terra senão por causa da culpa dos judeus?” E as suas palavras foram ouvidas pela Ordem dos Pregadores também chamados Dominicanos, que se concentraram em encontrar um ardil com que ajudar os cristãos. Então um deles levantou-se na sua casa de oração e pregou palavras ásperas e amargas contra a semente de Israel. E eles planearam um artifício e fizeram um crucifixo oco com uma abertura atrás, e vidro na frente, e por lá passavam uma vela, dizendo que a chama emergia do crucifixo, enquanto o povo se prostrava e gritava: “Vede o grande milagre! Este é um sinal de que Deus julga pelo fogo toda a semente de Israel!”
Um marrano foi lá que não ouvira estas palavras e, na sua inocência, disse: “Era melhor que fosse um milagre de água e não de fogo, pois com a seca é de água que precisamos!”
Os cristãos, cujos desígnios eram funestos, levantaram-se e disseram: “Olhai, que zomba ele de nós!” A multidão de imediato o pegou e matou. Quando o seu irmão ouviu, veio e disse: “Infortúnio, ai meu irmão, quem te matou?” E um de entre a multidão ergueu a espada, cortou-lhe a cabeça e a atirou sobre o corpo do irmão. Depois disto todos os frades se levantaram levando consigo os paus de Jesus Cristo3. Foram eles pelas ruas da cidade e proclamaram: “Quem matar algum da semente de Israel terá 100 dias de absolvição no mundo vindouro!” E de entre a multidão surgiram homens armados de espadas e durante três dias mataram quatro mil almas. Arrastavam e traziam para a rua os corpos para os queimar. Mulheres grávidas foram atiradas das janelas, os seus corpos recebidos pelas pontas das lanças, os fetos caindo a muitos pés de distância. E outras crueldades semelhantes e abominações que não quero aqui contar.
Aos magistrados de Lisboa não se pode culpar, nem aos seus nobres e líderes, porque tudo isto foi feito apesar deles. Eles próprios foram tentar salvar judeus, mas por causa do tamanho da multidão não o puderam fazer, pois quase lhes puseram as mãos neles também, e eles tiveram de fugir para salvar as próprias vidas.”
NOTAS:
1 Salomão Ibn Verga alude aqui aos dois massacres: o ocorrido dentro de Lisboa e o subsequente que se alastrou pelas áreas rurais circundantes.
2 “Anussim” (אנוסים) no hebraico original do texto, expressão que literalmente quer dizer “os forçados”. Termo aplicado aos judeus portugueses forçados a converter-se ao catolicismo.
3 (עצי ישו הנוצרי) referência pejorativa aos crucifixos
Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo
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Memória
Meus Caros,
Aqui transcrevo outro relato quase coevo, este de Samuel Usque, "Consolação às Tribulações de Israel", Ferrara, Itália, 07/09/1553.
Samuel Usque (1492-?), Historiador e escritor, judeu nascido em Lisboa, Usque era primo do pintor e tipógrafo lisboeta Abraão Usque. Fruto das perseguições de que foram vítimas em Portugal, ambos emigraram com as famílias para Ferrara, em Itália, onde Samuel publica “Consolação…”, em 1533, dedicando-o a Dona Gracia Mendes, a Senhora (a obra seria mais tarde reeditada em Amsterdão, por volta de 1600). Samuel Usque acaba por emigrar definitivamente para Safed, na Galileia, onde vem a morrer em data incerta.
"A Matança de Portugal. Ano 5266 (1). Não bastou have-los trazido com tanta sem razão e injustiça à sua fé afastando-os da Lei com que nasceram, mas ainda assim não os deixavam viver quietamente, denostando-os, injuriando-os, abatendo-os, e tratando-os com baixeza e desprezo, e isto não o levaram em paciência, e lhes levantavam aleives e falsos testemunhos para os destruir e arrancar do mundo, pregando os pregadores nos púlpitos, e dizendo os senhores em lugares públicos, e os cidadãos e vilãos nas praças, que qualquer fome, peste ou terremoto que vinha à terra era por não serem bons cristãos: e que secretamente judaizavam; Assim que alcançando alguns intrínsecos amigos a vontade do povo quanto inclinada estava em seu dano, acharam aparelho para meterem em efeito seus maus ânimos, entre os quais ouve dois frades dominicanos que saíram pela cidade de Lisboa com crucifixos às costas amotinando o povo e clamando que viessem todos em sua companhia vingar a morte do seu deus, e com muitos perversos ociosos e briguenta gente que a eles se recolheram, com lanças e espadas nuas em suas mãos arremetendo contra o fraco e desprovido povo dos mal baptizados e novos cristãos mataram quatro mil almas deles, roubando e viando todas aquelas crueldades que em um saque de uma cidade se fazem, atassalhando os homens arremessando as criaturas às paredes e desmembrando-as, desflorando as mulheres e corrompendo as virgens, e sobre isto tirando-lhes a vida. Houve muitas que prenhes as lançaram das janelas sobre as pontas das lanças que já embaixo as estavam esperando, e ali atalhavam o caminho às inocentes criaturas antes que arribassem ao mundo onde o céu piedoso as mandava: entre elas se achou uma que esforçando a muita ira e sua honra a um frade que a queria forçar matou com uma faca que o mesmo frade trazia. Se este assim terrível mal durara daquele ímpeto acabavam todos os novos cristãos que na cidade de Lisboa habitavam, mas provendo a misericórdia divina, com as justiças da terra acudiram, e trás isso el rei que com grande diligência veio a socorro da vila de Abrantes onde então se achava cessou aquela matança tenebrosa.”
(1) O ano dado por Samuel Usque, 5266, refere-se ao calendário hebraico – 1506 da Era Comum.
Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo
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Memória
O que se passou, muito resumidamente (para mais promenores ver as mensagens onde se colocou o que "disseram" ou escreveram alguns "coevos"):
Durante três dias (19, 20 e 21) do mês de Abril do ano de 1506, em, Lisboa, num processo que teve início na Igreja de S.Domingos, uma multidão em fúria, incitada por fanáticos religiosos, perseguiu, chacinou e queimou, em duas enormes fogueiras acesas no Rossio e na Ribeira, cerca de 2000 pessoas suspeitas de judaísmo, naquele que terá sido, porventura, o mais brutal acontecimento singular da história da intolerância em Portugal.
Recentemente, um grupo de vereadores da C.M. de Lisboa avançou com a proposta de instalar na cidade, precisamente no Largo de S.Domingos, um «Memorial às Vítimas da Intolerância», monumento que seria evocativo do massacre de 1506, bem como de "todas as vítimas que sofreram a discriminação e o aviltamento pessoal pelas suas origens, convicções ou ideias".
A deliberação final sobre essa proposta tinha sido inicialmente agendada para 31 de Outubro passado mas foi entretanto adiada «sine die», pelo que o Memorial a que ela se refere poderá mesmo... não vir a ser edificado de todo…!
Entendendo que se trata de uma iniciativa de grande alcance simbólico -- e que só peca por ser tardia, já que Abril de 2006, 500 anos decorridos sobre o acontecimento, teria sido a data ideal para o assinalar... -- foi disponibilizada na «Internet» a petição que aqui vos venho agora convidar a subscrever.
Subscrever petição: http://www.petitiononline.com:80/samusque/
Fico igualmente agradecido se transmitirem esta mensagem a outros amigos vossos, para que haja mais pessoas a assinar.
Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo
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RE: Memória
Exmo. Senhor Ricardo Charters d' Azevedo,
O que aqui volto a escrever, fi-lo no passado dia 9 de Dezembro do corrente, mas parece que em vão.
A intenção de colocação de um memorial alusivo ao Massacre de São Domingos, não é de iniciativa de qualquer grupo de vereadores, mas sim proposta da Comunidade Judaíca em Portugal, e mais concretamente de Lisboa. Assim e porque o mesmo assunto já se encontra na C.M.L. que na altura já tinha demonstrado a disponibilidade para o mesmo, não há razão para petições para propôr o que já se encontra em andamento...ou pelo menos estava. Não posso falar em nome do actual executivo, no entanto passo novamente a explicar o ocorrido.
O Monumento alusivo ao referido massacre, foi proposto ao Prof. Carmona Rodrigues, pela Comunidade Judaíca. Na altura, foi mencionado ser intenção da mesma comunidade na colocação de uma placa alusiva ao mesmo, a embutir no pavimento do Largo de São Domingos. O mesmo assunto, foi então conduzido para o gabinete do Vereador António Prôa que na altura tutelava igualmente o espaço público na C.M.L.
O projecto proposto, deixou de ser a referida placa mencionada, tendo sido então apresentado uma meia esfera em granito com 80 cm de diâmetro colocada a cerca de 1 metro de altura numa base em granito polido da autoria da Arquitecta Graça Bachmann.
O mesmo projecto com inscrição no centro, foi devidamente avaliado pelos serviços responsáveis da C.M.L. que para além de visitas ao local (inclusivé com a própria autora) e de análise do projecto, envolveram naturalmente outros serviços com responsabilidade no sub-solo da autarquia, cuja zona havia sido alvo de requalificação recente com a colocação de focos embutidos, novas ligações eléctricas e condutas de gás, entre outras, não visíveis pelos munícipes e demais transeuntes.
O referido memorial proposto, pelas suas dimensões, peso e localização específica pretendida pela senhora arquitecta, funcionava como obstrução do espaço público - passagem de carros de bombeiros, etc-, também ele sujeito a regras, no entanto o gabinete do vereador mostrou-se sempre disponível em avaliar novas propostas.
Nesse sentido, e porque havia interesse por parte do Prof. Doutor Carmona Rodrigues e vereador António Prôa, em que o mesmo memorial fosse colocado, sabendo das intenções da igreja católica de também aludir ao mesmo massacre, e para que não houvesse a possibilidade de nova recusa por parte dos serviços responsáveis, evocando eventuais obstáculos do espaço público, o gabinete do próprio vereador António Prôa, pensou na altura em que poder-se-ia utilizar a Oliveira ali existente, que possuindo uma determinada simbologia poderia igualmente e simultaneamente servir de suporte a um memorial conjunto e assim também de união entre as duas religiões.
A Comunidade Judaíca, após a referida avaliação, foi sempre contactada da impossibilidade do monumento proposto, mas igualmente alertada da necessidade de apresentação de outro projecto mais exequível e de acordo com as vicissitudes da zona onde implantar.
Na altura da queda do executivo presidido pelo Prof. Doutor Carmona Rodrigues em Maio passado, aguardava-se que a mesma comunidade judaíca, apresentasse novo projecto.
Pedro Costa Pinto
(na altura assessor do Vereador António Prôa)
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RE: Memória
Meu caro Costa Pinto
Efectivamente nao me dei conta da sua mensagem.
Tomei nota e espero que os outros confrades o façam igualmente
Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo
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RE: Memória
Caro Confrade Charters d'Azevedo,
Já agora e a título de curiosidade, o chefe de gabinete do então referido Vereador António Prôa, era o Gonçalo de Sampaio, que é primo do Confrade Charters d'Azevedo. Refiro-me ao filho do seu primo António Luís Lopes Vieira Saluce de Sampaio e de Maria da Conceição Emauz de Mello Portugal.
Fica a curiosidade,
Cumprimentos,
Pedro Costa Pinto
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RE: Monumento evocativo do massacre de 1506
Caro Senho Charters d'Azevedo,
Apenas um pequeno recado para lhe agradecer a oportunidade de poder colocar a minha assinatura num documento tao importante. Pena que tenhamos deixado passar mais de um meio milenio... Mesmo assim, Portugal com o passar dos anos se tornou num exemplo de tolerancia e convivencia pacifica. Nao nasci em Portugal(apesar do nome!) mas tenho um grande prazer em ser descendente de Portugueses. Se for possivel, por favor, nos mantenha informado como o projecto esta progredindo.
"Shalom!"
Um grande abraco,
Afonso D.Portugal
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RE: Monumento evocativo do massacre de 1506
Meu Caro Confrade
Logo que tiver informações sobre o assunto não deixarei de as colocar aqui.
Cumprimentos
ricardo Charters d'Azevedo
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RE: Monumento evocativo do massacre de 1506
Caros Confrades,
so hoje, e ao ler o blog do Nuno Guerreiro Josué, tive conhecimento que no dia 30-01-08 a Câmara Municipal de Lisboa aprovou por unanimidade a proposta para a construção de um memorial às vítimas dos motins anti-judaicos de 1506, durante os quais foram vitimados entre 2 a 4 mil judeus portugueses. Segundo a proposta, aprovada por unanimidade, o memorial deverá ser inaugurado no próximo dia 19 de Abril, altura em que passam precisamente 502 anos sobre aquele terrível evento.
O texto da proposta final bem como um registo em áudio do debate podem ser encontrados no blog do professor Jorge Martins, um historiador que tem vindo a resgatar a História dos judeus portugueses do esquecimento crónico a que foi sendo votada. A meu ver o autor da petiçao deveria enviar um e-mail a cada assinante da petiçao!!!!!!
assim sendo tambem ja nao é util a petiçao continuar na internet!!.
Shalom
Paris/Antonio Amorim
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RE: Monumento evocativo do massacre de 1506
Caro Ricardo Charters d'Azevedo,
É de elementar justiça. Para que nunca mais assistamos a semelhantes perseguições!
A inciativa não pode cair no "esquecimento":-)
Renovados cumprimentos,
Artur Camisão Soares
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RE: Monumento evocativo do massacre de 1506
Do blog do Dr Jorge Martins:
"Foi, finalmente, aprovada, ao fim da tarde de quarta feira 30 de Janeiro de 2008, por unanimidade do executivo da Câmara Municipal de Lisboa, a proposta Nº 423/2007, de edificação de um memorial à vítimas do massacre judaico de Lisboa de 1506, que, após negociação com as comunidades católica e judaica, integrou os projectos destas duas comunidades, entrados na Câmara no final do ano de 2006, ficando com a seguinte redacção final:
PROPOSTA N.º 423/2007
MEMORIAL ÀS VÍTIMAS DA INTOLERÂNCIA
Considerando que:
1. No ano de 1506, a cidade de Lisboa foi palco do mais dramático e sanguinário episódio antijudaico de todos os que são conhecidos no nosso território;
2. Durante três dias, 19, 20 e 21 de Abril, estes acontecimentos, que tiveram início junto ao Convento de S. Domingos (actual Largo de S. Domingos), levaram a que cerca de dois mil lisboetas, por mera suspeita de professarem o judaísmo, tivessem sido barbaramente assassinados e queimados em duas enormes fogueiras no Rossio e na Ribeira;
3. Evocar este hediondo crime em que consistiu o massacre de 1506, inscrito numa política de intolerância que, segundo Antero de Quental, contribuiu para a decadência deste povo peninsular, será fazer justiça póstuma a todas as vítimas da intolerância e constituirá uma afirmação inequívoca de Lisboa como cidade cosmopolita, multiétnica e multicultural.
4. A pedagogia de combate ao racismo, à discriminação, à xenofobia e a todas as formas análogas de intolerância, constitui um eixo fundamental da democracia e da coexistência pacífica entre os povos.
Os vereadores do Partido Socialista, da Lista “Cidadãos por Lisboa” e do Bloco de Esquerda, ao abrigo da alínea b) do n.º 7 do art.º 64.º da Lei 169/99 de 18 de Setembro, com a redacção dada pela Lei 5-A/2002 de 11 de Janeiro, têm a honra de propor que a Câmara Municipal de Lisboa, na sua reunião de 30 de Janeiro de 2007, delibere:
1. Instalar na cidade de Lisboa um Memorial às Vítimas da Intolerância, evocativo do massacre judaico de Lisboa de 1506 e de todas as vítimas que sofreram a discriminação e o aviltamento pessoal pelas suas origens, convicções ou ideias;
a) O Memorial localizar-se-á no Largo de S. Domingos e deverá ser composto por um mural evocativo das vítimas da intolerância, cuja concepção, execução e instalação competirá aos serviços municipais;
b) Esta intervenção contemplará, igualmente, o arranjo da área envolvente e incluirá a colocação, no mesmo Largo, de elementos escultóricos contributos das comunidades católica e judaica;
c) A inauguração do Memorial terá lugar no dia 19 de Abril de 2008, em cerimónia promovida pela Câmara Municipal de Lisboa, para a qual serão convidadas todas as comunidades étnicas e religiosas da Cidade.
Os Vereadores"
Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo
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RE: Monumento evocativo do massacre de 1506
Caro Ricardo Charters d`Azevedo
Lá estaremos todos para ver esse monumento, com elementos escultóricos contributos das comunidades católica e Judaica, será certamente inédito em Portugal, porque está na hora dos portugueses aprenderem a verdadeira História de Portugal e saber que os nossos reis também tiveram sangue judeu.
D. Diogo de Portugal será para sempre o grande medianeiro entre os interesses judeus e cristãos e não só também entre muçulmanos!!! Ele foi um grande homem sacrificou a sua vida para aproximar os filhos de Abrão, ficou na História Universal como Cristóvão Colombo.
Devemos estudar, Colombo para compreendermos melhor os vastos conhecimentos culturais hebraicos de que o mesmo dispunha, nas suas últimas 12 cartas, entre 12 de Novembro de 1504, até 24 de Fevereiro de 1505, sempre que escrevia ele enviava uma bênção em hebraico que dirigia ao filho legítimo, Diogo Colombo.
Este sinal peculiar da Bênção foi descoberto pelo famoso Simon Wiesenthal em 1973 e aparece em todas as referidas cartas no lado esquerdo superior. A Bênção é composta por duas letras hebraicas, Beth e Hei, que são as iniciais de Baruch Hashem, que significam “Deus te abençoe! ”.
Todas estas cartas dirigidas ao filho, Diogo Colombo, são consistentes porque possuem: (1) a Benção no canto superior esquerdo, (2) o Monograma no canto inferior esquerdo e (3) a Sigla no canto inferior direito na base de cada carta.
Cristóvão Colombo era um homem erudito, ele tinha conhecimentos de várias línguas tais como português, castelhano, grego, latim e hebraico, incluindo a Bíblia. Ele era D. Diogo de Portugal, o especial amigo de D. João II, em Espanha, o grande medianeiro de Portugal que lhe corria sangue judaico nas suas veias. Ele era descendente do grande Judeu Barbadão. O sangue judaico corria nas veias da Casa Real Portuguesa!!!
Mem Rodrigues da Guarda, o Barbadão, aqui em: http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=181041 , terá sido:
PAI
João Mendes da Guarda * c. 1400 D. Isabel Pereira
Inês Pires * c. 1350
Gil Peres
AVÔ
D. Afonso, 1º duque de Bragança * 1370 D. Beatriz Pereira de Alvim D. Constança de Noronha
D. Beatriz de Portugal * c. 1386 Thomas FitzAlan, 11th earl of Arundel Gilbert Talbot, 5th Baron Talbot
Fernão Pereira, senhor de Castro Daire * c. 1440 Leonor de Lemos
D. Violante Pereira * c. 1440 Martim Afonso Valente
BISAVÔ
D. Isabel de Bragança * 1402 D. João, infante de Portugal
D. Afonso, 4º conde de Ourém, 1º marquês de Valença * c. 1400 Brites de Sousa
D. Fernando I, 2º duque de Bragança * 1403 D. Joana de Castro
D. Brites Valente * c. 1440 Gonçalo Vaz Castelo-Branco, 1º Senhor de Vila Nova de Portimão
D. Fernão da Silveira * c. 1450 Beatriz de Sousa
TRISAVÔ
D. Fernando II, 3º duque de Bragança * 1430 D. Leonor de Menezes D. Isabel, infanta de Portugal
D. João, marquês de Montemor-o-Novo * c. 1430 D. Isabel de Noronha
D. Afonso, 1º conde de Faro, 2º conde de Odemira * c. 1435 D. Maria de Noronha, 2ª condessa de Odemira
D. Álvaro, senhor de Tentúgal, Póvoa, Buarcos e Cadaval * c. 1440 D. Filipa de Melo
D. Diogo de Portugal, 4º condestável de Portugal * c. 1425 11º mestre da Ordem de Santiago nc ss
D. Isabel, infanta de Portugal * 1428 Juan II, rey de Castilla
D. Beatriz, infanta de Portugal * c. 1430 D. Fernando, infante de Portugal, 2º duque de Viseu
D. Filipa, infanta de Portugal * c. 1432 , senhora de Almada + c. 1444 nc ss
TRETAVÔ
Isabel I la Católica, reina de Castilla * 22.04.1451 Fernando II, el Católico, rey de Aragón (V de Castilla)
Alfonso, príncipe heredero de Castilla y Aragón * 17.12.1453
D. João, infante de Portugal, 3º duque de Viseu, 2º duque de Beja * c. 1448 6º condestável de Portugal nc ss
D. Diogo, infante de Portugal, 4º duque de Viseu, 3º duque de Beja * c. 1450 nc cs
D. Leonor, infanta de Portugal * 02.05.1458 D. João II, rei de Portugal
D. Isabel, infanta de Portugal * 1459 D. Fernando II, 3º duque de Bragança
D. Manuel I, rei de Portugal * 31.05.1469 Isabel, infanta de España Maria, infanta de España Leonor, infanta de España
Colombo também merece ficar representado nesse monumento, ele desceu á Terra passados 33 dias do massacre de Lisboa!!!
Saúdo-o
Zé Maria
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RE: Massacre de 1506 - Garcia de Resende
Caro Senhor,
Tem toda a razão. Eu ainda vou mais longe e ouso dizer que esta ideia é absurda. Claro que, em nome da tolerância, o tal monumento será edificado.
Experimentasse eu tentar o mesmo relativamente aos religiosos católicos perseguidos por Pombal, pelos liberais e pela 1ª República, e seria de imediato acusado de fundamentalista, retrógado, fascista, neo-nazi e tudo o mais que a esquerda, ordinária e ignorante, gosta de berrar!
Basta, aliás, ler alguns dos comentários anexos às assinaturas dos peticionários para percebemos a natureza da petição. Isto serve de pretexto para insultar a Santa Igreja e o Papa. Sempre a mesma canalha, desde o reinado do Senhor Dom José!
Com os melhores cumprimentos,
Luís Froes
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RE: Massacre de 1506
Meu caro Luís Froes
Por quê usar estes termos num tópico público.
"serve de pretexto para insultar a Santa Igreja e o Papa. Sempre a mesma canalha, desde o reinado do Senhor Dom José"
Julgo que é inadmissível tal procedimento
Como animador deste tópico tenho a obrigação de lhe chamar a atenção e esperar que se retrate.
Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo
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RE: Massacre de 1506 - Garcia de Resende
Caro Luis Froes
Não vá por esse caminho, por favor.
Portugal, foi fundado na base dum Cristianismo profundamente Espiritual, de raízes muito antigas, onde a tolerância foi um dos pressupostos.
A ignorânça da nossa História, e o desconhecimento das nossas próprias origens, têm conduzido a atitudes radicais, inconsequentes e contra-natura, como as que refere.
Da Casa de Aviz, sairam Nobres Portugueses que fizeram um sacríficio imenso, para que a Paz e a Tolerância regessem o Novo, e o Velho Mundo.
Nenhum de nós teria sido capaz de tamanha abnegação.
Foram traídos uma vez.
Não é possível que os voltemos a traír de novo.
O Monumento, é o Símbolo da nossa destruição.
Terá que ser também, o Símbolo do nosso Ressurgimento.
Com os melhores cumprimentos
Airmid
Com os melhores cumprimentos
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RE: Massacre de 1506 - Garcia de Resende
Cara Armid,
Sou várias vezes descendente de Maomé, várias vezes descendente de judeus, várias vezes descendente de D. Afonso Henriques, como eu, também milhares de portugueses, senão mesmo quase todos.
Em 2008 há muito mais a fazer do que despender energia a fazer memoriais com interpretações da História de há 5oo anos. Hoje o verdadeiro monumento seria a promoção da dignidade humana e o consequente respeito pelos outros. Não compreendo e não aceito viver numa república que não defende a causa pública, que mente e engana, e nem a História quer saber contar, onde os que podem, governam-se, e esmagam quem não pode.
Com os melhores cumprimentos
Felpo
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RE: Massacre de 1506 - Garcia de Resende
Caro Felpo
Temos o dever, de obrigar estes robespierranos, balofos, e ignorantes, que debitam a mesma cassete, tenham o nome que tiverem, a engolir a Verdadeira História da Terra onde nasceram.
Verso a Verso.
Folha a Folha.
Temos a obrigação de os fazer respeitar quem construiu Portugal e o projectou no Futuro, à custa da próprria Vida.
O Portugal, que eles com o maior despudor venderam a retalho.
Não pensem, que vão fazer mais um fontenário em homenagem a eles próprios, à sua falsa tolerância, e ao seu hipócrito respeito por valores que desconhecem! Porque não farão!
Desta vez, terão que respeitar Portugal e os nossos Antepassados.
Com os melhores cumprimentos
Airmid
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RE: Massacre de 1506
Caro Ricardo Charters d'Azevedo,
É por esta maneira de não aceitar uma opinião contrária que se torna difícil e sufocante viver-se nesta pseudo liberdade. Não estou a dizer com isto que já se viveram tempos melhores. Mas sim questionar “de que serve um monumento sobre o massacre dos que pensam diferente, quando hoje não é aceite pensar-se diferente?”.
Com os melhores cumprimentos
Fernando Pinto Coelho
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RE: Monumento evocativo do massacre de 1506
Se o problema e' falta de verbas para construir o tal monumento, porque nao pedir contribuicoes a organizacoes nacionais e internacionais que lutem contra a discriminacao, assim como organizacoes Judaicas, e a propria embaixada de Israel?
Luis Ramos
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RE: Massacre de 1506
Felpo
Aceito qualquer opinião mesmo as contrárias ás que exprimo. Admito qualquer boa discussão. MAS SEM INSULTOS. SEM MANOBRAS DE DIVERSÃO ou PROVOCAÇÕES.
Se ler o que foi dito neste tópico verificará que alguns (felizmente poucos e sempre os mesmos) procuram provocar, insultar, etc. No entanto, não sei com que objectivos: só entendo estas atitudes como uma actividade não democrática e de MÁ EDUCAÇÃO.
Tal leva que muitos não queiram participar nos debates genealógicos e sobre assuntos históricos que aqui se desenvolvem, tendo como resultado que todos perdemos. Perdemos, porque não aprendemos com o conhecimento e experiencia de outros. Perdemos, porque não conseguimos fazer avançar as nossas pesquisas genealógicas.
Assim chamo a atenção e critico todos (que muitas vezes anonimamente) insultam e procuram provocar (nomeadamente lançando outras discussões que nada tem a ver com o tópico) nos tópicos que eu tenho lançado.
Veja como correu com elevação o "Prós e Contras" da semana passado sobre "Monarquia/República". Quando muitos aqui pensavam que iria ser uma arena de pugilato, tal não aconteceu. Naturalmente não aconteceu...
Tenha um bom fim de semana
Ricardo Charters d'Azevedo
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RE: Massacre de 1506 - Garcia de Resende
Caros Senhores,
O Fernando Pinto Coelho tocou no ponto. Vivemos numa falsa tolerância. Pretendemos erguer monumentos em nome da mesma, mas não aceitamos que os contestem.
Não lamento nada as expressões que usei, nem tenho nada que me retratar. Desconheço o que seja uma atitude pouco democrática num diálogo. Havendo diálogo, está reunido o pressuposto da liberdade de expressão e, nesse sentido, creio que a opinião que exprimi, valendo o que vale, é, no mínimo, susceptível de ser considerada e discutida.
Conheço o pouco de História para saber que nos caracterizou a capacidade de reunir aqui povos diversos, com culturas, costumes, hábitos e modos de pensar variados. Não só não nego isso, como o prezo.
Mas, não consigo desligar esta iniciativa duma certa tentativa, hábil e perspicaz, de manobrar a nossa identidade, de reescrever a História, de fingir que não fomos e não existimos por termos sido (duvido que ainda o sejamos, de facto) cristãos. É, aliás, em nome de uma mesma ideia de tolerância e liberdade individual que alguns procuraram enxertar na nossa Ordem Jurídica uma espécie de direito de cariz potestativo da mulher a abortar. Não estaremos perante uma flagrante contradição do Estado de Direito? Andamos a falar de tolerância, de dignidade da pessoa humana, etc., mas esquecemo-nos ou, pior, não queremos sequer pensar na hipótese (que mereceria à esquerda o epíteto de terrorista e classificações afins) de erguer um monumento às vítimas do novo holocausto que se pratica em Portugal, com fundamento numa lei iníqua e contrária à Lei Natural. Desse peso histórico jamais nos livraremos. Fomos nós - porque a nossa Constituição estabelece que a soberania reside no povo - quem criou esse novo direito a matar. Não foi um grupo de fanáticos, mas um povo inteiro, que pronunciando-se na altura e em sede próprias, consentiu nesta barbárie.
Por tudo isto, sem medo de ferir susceptibilidades - porque o meu respeito pela liberdade e dignidade dos outros não repousa em monumentos erguidos por uma República ateia, maçónica e irresponsável, mas na construção e no caminho que tento percorrer diariamente a fim de amar o próximo e de ser útil aos outros - disse abertamente que considero o projecto em causa ridículo.
Com os melhores cumprimentos,
Luís Froes
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RE: Massacre de 1506 - Garcia de Resende
Caro Luís Froes
Da sua participação, deduzo que tenciona promover um movimento cívico no sentido de ser erigido um monumento ás vítimas do aborto.
Em pleno exercício do seu direito de cidadania poderá desencadear tal movimento já que a Constituição da República Portuguesa a tal não obsta.
Pergunto, contudo, o que é que tal intenção tem a ver com o presente tópico?
Não seria melhor abrir um novo para tal efeito?
Com os meus melhores cumprimentos
Maria Benedita
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RE: Massacre de 1506 - Garcia de Resende
Cara Senhora,
Não tenciono promover qualquer movimento.
De qualquer forma, agradeço a sua sugestão.
Com os melhores cumprimentos,
Luís Froes
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RE: Massacre de 1506 - Escravos à nascença Hoje
Caro Luís Froes
As considerações que teceu a propósito da Legislação sobre a interrupção da gravidez, e sobre quem toma efectivamente estas decisões, coloca-nos de novo no cerne da questão.
O Sufrágio Universal, é uma mistificação.
A manipulação da opinião pública em geral, e dos eleitores em particular, pelo poder, contradiz a universalidade do sufrágio, que se torna assim, um mero instrumento de perpectuação do poder vigente.
A organização actual da nossa Sociedade, acenta em pressupostos sub-humanos.
Em Portugal, os seres Humanos não são respeitados, nem na Vida. nem na Morte.
Se nada mais existisse na Legislação e na prática que o provasse dia após dia, bastaria que nos detivessemos neste facto, consignado na legislação sobre Doação de Orgãos.
A Legislação Portuguesa assenta no CONCEITO DA DOAÇÃO PRESUMIDA, que significa que uma pessoa a partir do momento em que nasce ADQUIRE O ESTATUTO DE DOADOR.
Lei nº 12/93 de 22 de Abril
DR-nº 94 1ª série A de 22 /4/93
Esta pequena nuance do legislador, estabelece a nossa condição à nascença.
Deixámos de nascer Livres.
Somos propridade do Poder.
É certo que nos conferem a possibilidade de requerer o estatuto de não doador, mediante uma séria de procedimentos burocráticos, desconhecidos da grande maioria das pessoas, mas o que conta, o que nos classifica, é o estatuto com que nascemos.
Em Portugal, não nascemos Livres.
Sob a capa do bem comum, sob a capa do dever major da Salvação de Vidas, depois de mortos, somos vendidos a retalho no negócio dos Transplantes.
Meu caro Luís Froes, a reflecção que teremos que fazer é muito profunda, e muito penosa.
Os meus Melhores cumprimentos
Airmid
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RE: Massacre de 1506 - Escravos à nascença Hoje
Ó minha senhora
Está a referir a Lei de Trasplante e Colheita de Órgãos!
Quando uma pessoa nasce adquire muitos estatutos, passa a ter personalidade jurídica! E é dessa personalidade jurídica que lhe advêm todos os seus direitos e deveres perante a Constituição!
Uma pessoa quando nasce adquire o estatuto de PRESUMÌVEL doador, como de presumível eleitor, como de presumível cônjuge, como de presumível herdeiro( esse pode adquirir anres do nascimento) como de presumível pai, como de presumível...tudo o que a legislação vária comporta!
Se a senhora não quer ser doadora de órgãos ninguém a obriga! Não doe!
Maria Benedita
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RE: Massacre de 1506 - Escravos à nascença Hoje
Dra Benedita
Não sou eu, quem está em questão.
O que aqui está em questão é a dispensa de qualquer tipo de autorização por parte da familia, e que é necessária noutros países, e o impedimento que a mesma conteste a colheita, na ausencia de Cartão de Não Dador.
Desculpe que lhe diga, mas uma dádiva não deve ser obrigatória por lei.
Se o for, deixa de ser dádiva. Passa a ser um dever.
Mais um, a juntar a todos os que tivemos em vida.
Os direitos, Dra Benedita, é que para alguns, são facto muito poucos, ou nenhuns.
Quer na vida, quer na morte.
E como muitos desconhecem a lei, ficam subitamente confrontados com o facto de que a mãe ou o pai, ou um filho que acabaram de perder, irá ser dador, queiram, ou não.
Pode ser terrivelmente penoso. Para alguns, muito difícil de suportar.
Mas nada disto tem importância.
Que estupidez a minha, vir para aqui falar de sentimentos, numa sociedade de números.
Não perca tempo a responder.
Eu, também sou apenas mais um número, não valho o incómodo.
Melhores cumprimentos
Airmid
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RE: Massacre de 1506 - Escravos à nascença Hoje
Airmid
É precisamente com esses órgãos doados que se salvam novas vidas. E o sentimento deve ser esse mesmo, que um órgão que, infelizmente, não serve ao seu dono, sirva a alguém que dele necessite. Seria egoismo de qualquer um de nós recusar salvar uma vida quando o podemos fazer.
Melhores cumprimentos
Maria Benedita
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RE: Massacre de 1506 - Escravos à nascença Hoje
Dra Benedita
Creio que muito poucos, serão insensíveis a esse facto.
Se nos pedem, nós damos.
Mas em Portugal, não se pede, obriga-se.
E subitamente, descobrimos pelos jornais, que afinal as unidades de transplante de orgãos, recebem "incentivos monetários."
Incentivos monetários, necessários, dirão muitos, porque os ordenados são baixos, e a cirurgia de transplante é complexa e desgastante.
Mas porque não se criou então, uma tabela especial, para quem trabalha nestas unidades?!
Uma tabela oficial.
Clara.
Transparente.
Digna.
Porque se conduziu todo o processo numa semi-obscuridade, que deixa naqueles que passam por este tipo de situação, a sensação de que nem a morte nos liberta.
Melhores Cumprimentos
Airmid
Melhores Cumprimentos
Airmid
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RE: Massacre de 1506 - Garcia de Resende
Caro Luís Froes,
Estou de acordo com tudo aquilo que disse.
Fernando Pinto Coelho
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RE: Massacre de 1506 - Garcia de Resende
Cara Maria Benedita,
Não concordar com o que é defendido num tópico, ainda é assunto desse tópico.
Com os melhores cumprimentos
Fernando Pinto Coelho
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RE: Massacre de 1506 - Garcia de Resende
Caro Felpo
Não concordar com o assunto de um tópico e dizer a razãp porque se não concorda é assunto desse tópico. Partir daí para se desenvolver aquilo que se pensa dever ser defendido e o não é naquele tópico será matéria de um novo tópico.
Melhores cumprimentos
Maria Benedita
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RE: Massacre de 1506 - Garcia de Resende
Cara Maria Benedita,
Há dois tipos de discurso: um audaz, prospectivo, que faz do presente a efectivação de futuros; o outro, cobarde, que faz do presente o encosto de um passado.
Um é activo, o outro é passivo.
O primeiro, discurso activo, radica na experiência e saber do aprendido, para suportar a resolução do imprevisto do futuro.
O segundo, discurso passivo, não tem capacidade para interiorizar a experiência vivida e, por não a compreender, ou por não saber interpretá-la, pura e simplesmente, acaba por inventar passados aos quais se encosta replicando esses desvios.
As más experiências não devem servir de muro de lamentações, assim como as boas experiências não devem servir de torres de marfim, no cimo da qual agitamos uma bandeira. Ambas devem ser, antes sim, o trampolim para a superação dos problemas que nos são postos no presente.
Cumprimentos
Fernando Pinto Coelho
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RE: Monumento evocativo do massacre de 1506
Caro Ricardo Charters d'Azevedo,
do site da Câmara Municipal retirei o "convite" que no fim transcrevo. Há mais notícias sobre o Memorial?
Melhores cumprimentos.
José SV
- "Massacre dos Judeus em 1506" na BMRR/Cid. Universitária
A Biblioteca Museu República e Resistência/ Cid. Universitária tem o prazer de convidar, para uma sessão evocativa do Massacre dos Judeus em 1506 em Lisboa, no dia 19 de Abril às 16h00, com uma conferência dirigida pelo Dr. Jorge Martins.
Moderação por João Mário Mascarenhas, com a presença do Professor António Borges Coelho e leitura de textos dramatizados pelo actor Jorge Sequerra.
Enlace directo:
FINALMENTE Monumento evocativo do massacre de 1506
"Patriarca e presidentes da câmara e da comunidade judaica juntos para recordar pior massacre na capital
São três memoriais num só, três peças para afirmar Lisboa como cidade cosmopolita e multicultural, evocando o pior massacre que aconteceu na capital, em 1506, e que vitimou entre dois mil e quatro mil judeus. O presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), o cardeal-patriarca e o presidente da Comunidade Israelita inauguram hoje, às 11h00, no Largo de São Domingos, um conjunto escultórico que pretende fazer memória do massacre de judeus em 1506, iniciado precisamente naquele lugar.
A proposta da comunidade judaica, secundada pelo patriarcado, foi aprovada pela CML em 30 de Janeiro, depois de uma primeira iniciativa, em 2006, não ter tido resposta.
As três peças que hoje serão desveladas evocam diferentes facetas relacionadas com o massacre de há 500 anos. A escultura proposta pela Comunidade Israelita, da autoria da arquitecta Graça Bachmann, é composta por uma semiesfera inclinada. Numa das legendas, lê-se uma frase bíblica, retirada do livro de Job: "Ó terra, não ocultes o meu sangue e não sufoques o meu clamor!" Uma frase evocativa do massacre completa o texto, escrito sobre uma Estrela de David, símbolo judaico.
Já a parte proposta pelo Patriarcado de Lisboa, da autoria do escultor Carlos Ramos, consta de duas colunas de pedra unidas por uma faixa em metal. Nesta, está inscrito o texto do pedido de perdão público que no mesmo lugar foi pronunciado pelo patriarca, em nome da Igreja Católica, em Setembro de 2000.
No final do encontro Oceanos de Paz, promovido em Lisboa pela Comunidade de Santo Egídio, o cardeal José Policarpo afirmou: "Como comunidade maioritária nesta cidade, há perto de mil anos, a Igreja Católica reconhece profundamente manchada a sua memória por esses gestos e palavras, tantas vezes praticados em seu nome, indignos da pessoa humana e do Evangelho que ela anuncia."
Na terceira peça, um mural proposto pela CML, afirma-se Lisboa como "cidade cosmopolita, multiétnica e multicultural", de acordo com a proposta aprovada na reunião do executivo camarário de 30 de Janeiro.
A chamada Matança da Páscoa ocorreu em 1506. O país vivia uma seca prolongada e surtos de peste. A 19 de Abril, na Igreja de São Domingos, alguém afirmou que vira o rosto de Cristo iluminado num dos altares, ao que outra pessoa terá dito que seria um reflexo do sol. Identificado como cristão-novo, foi imediatamente agredido e espancado até à morte.
O rastilho estava pronto: um frade dominicano prometeu indulgências a quem matasse os hereges. Durante três dias, em plena Semana Santa cristã, Lisboa assistiu a pilhagens, violações, mortes e duas fogueiras improvisadas no Rossio e na Ribeira, com o rei e a corte fora da capital. Com o regresso do rei D. Manuel a Lisboa, os bens dos responsáveis foram confiscados, o frade instigador foi condenado à morte e o convento fechado durante alguns anos. Mas o massacre estava consumado. " in Publico de 22 de Abril 2008, pag 13.
Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo
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Tópico naturalmente hoje encerrado....
"Patriarca e presidentes
da câmara e da comunidade judaica juntos para recordar pior massacre na capital
São três memoriais num só, três peças para afirmar Lisboa como cidade cosmopolita e multicultural, evocando o pior massacre que aconteceu na capital, em 1506, e que vitimou entre dois mil e quatro mil judeus. O presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), o cardeal-patriarca e o presidente da Comunidade Israelita inauguram hoje, às 11h00, no Largo de São Domingos, um conjunto escultórico que pretende fazer memória do massacre de judeus em 1506, iniciado precisamente naquele lugar.
A proposta da comunidade judaica, secundada pelo patriarcado, foi aprovada pela CML em 30 de Janeiro, depois de uma primeira iniciativa, em 2006, não ter tido resposta.
As três peças que hoje serão desveladas evocam diferentes facetas relacionadas com o massacre de há 500 anos. A escultura proposta pela Comunidade Israelita, da autoria da arquitecta Graça Bachmann, é composta por uma semiesfera inclinada. Numa das legendas, lê-se uma frase bíblica, retirada do livro de Job: "Ó terra, não ocultes o meu sangue e não sufoques o meu clamor!" Uma frase evocativa do massacre completa o texto, escrito sobre uma Estrela de David, símbolo judaico.
Já a parte proposta pelo Patriarcado de Lisboa, da autoria do escultor Carlos Ramos, consta de duas colunas de pedra unidas por uma faixa em metal. Nesta, está inscrito o texto do pedido de perdão público que no mesmo lugar foi pronunciado pelo patriarca, em nome da Igreja Católica, em Setembro de 2000.
No final do encontro Oceanos de Paz, promovido em Lisboa pela Comunidade de Santo Egídio, o cardeal José Policarpo afirmou: "Como comunidade maioritária nesta cidade, há perto de mil anos, a Igreja Católica reconhece profundamente manchada a sua memória por esses gestos e palavras, tantas vezes praticados em seu nome, indignos da pessoa humana e do Evangelho que ela anuncia."
Na terceira peça, um mural proposto pela CML, afirma-se Lisboa como "cidade cosmopolita, multiétnica e multicultural", de acordo com a proposta aprovada na reunião do executivo camarário de 30 de Janeiro.
A chamada Matança da Páscoa ocorreu em 1506. O país vivia uma seca prolongada e surtos de peste. A 19 de Abril, na Igreja de São Domingos, alguém afirmou que vira o rosto de Cristo iluminado num dos altares, ao que outra pessoa terá dito que seria um reflexo do sol. Identificado como cristão-novo, foi imediatamente agredido e espancado até à morte.
O rastilho estava pronto: um frade dominicano prometeu indulgências a quem matasse os hereges. Durante três dias, em plena Semana Santa cristã, Lisboa assistiu a pilhagens, violações, mortes e duas fogueiras improvisadas no Rossio e na Ribeira, com o rei e a corte fora da capital. Com o regresso do rei D. Manuel a Lisboa, os bens dos responsáveis foram confiscados, o frade instigador foi condenado à morte e o convento fechado durante alguns anos. Mas o massacre estava consumado. " in Público de 22 de Abril 2008
Cunprimentos
Ricardo Charters d'azevedo
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RE: Tópico naturalmente hoje encerrado....
Caro confrado Ricardo,
Deus tenha em sua memória os filhos de David, que como eu glorificam o mesmo Deus.
Eram Portugueses e foram vítima de algo que vitima a humanidade e concretamente Portugal, a mesquinhez e a inveja.
Em espírito estarei presente.
Cumprimentos a todos os confrades,
Augusto Costa
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RE: Monumento evocativo do massacre de 1506
Caro Confrade, apoio!
Mas acrescento um memorial às vitimas do marxismo leninismo pós 25 de Abril.
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RE: Monumento evocativo do massacre de 1506
Ex: "Retornados", proprietários esbulhados, "ofendidos" pela semântica gonçalvista, oprimidos pelo governo Sócrates, etc etc.
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RE: Monumento evocativo do massacre de 1506
Vão dar uma volta ................têm cada uma, devem ser todos reformados e instalados na vida.
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RE: Monumento evocativo do massacre de 1506
e um monumento à mãe do D.Afonso Henriques? este Berloque de Esquerda "come" muito incauto neste país de tansos.........
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RE: Monumento evocativo do massacre de 1506
Caro Artur , anda a ficar "mole"
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RE: Massacre de 1506 - Garcia de Resende
ó Froes
continuas o cruzado do costume? ó pa mete-te noutra!
Cumprimentos
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RE: Tópico naturalmente hoje encerrado....
Caro Confrade,
Desde Paris, agradeço esta informação.
Tenho pena de não estar presente.
Já informei os meus amigos que assinaram a petição deste artigo.
Shalom
Antonio Amorim
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RE: Massacre de 1506 - Garcia de Resende
Caro luso,
Diga-me só: gosta da ideia?
Com os melhores cumprimentos,
Luís
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RE: Massacre de 1506 - Garcia de Resende
Caros Comfrades,
Julgo, com o texto que se segue, conseguir “matar três coelhos com uma só cajadada”
1.º Não ao acordo ortográfico: porquê obrigar alguém a abdicar da forma do seu discurso e do modo de se exprimir?
2.º É melhor dar a cara pelas verdadeiras lutas, e salvar vidas, do que chorar pelos mortos.
3.º Pôr muitas reservas aos verdadeiros intuitos de certas comemorações históricas: neste caso, ser juiz de um triste acontecimento passado há 500 anos e usar esse facto para tirar ilações precipitadas quanto ao valor e importância histórica da Igreja Católica.
Por Pe. John Flynn, LC
ROMA, domingo, 20 de abril de 2008 (ZENIT.org).- A pesquisa com células tronco usando material tirado de embriões humanos continua aquecendo o debate. Aqueles que defendem o uso de embriões mantêm que nos primeiros estágios as células não podem ser consideradas uma pessoa humana. Entretanto, um livro recente de dois filósofos argumenta o contrário.
Robert P. George, que é também membro do President's Council on Bioethics, e Cristopher Tollefsen evitam argumentos com base religiosa e trazem à luz uma série de princípios científicos e filosóficos em favor do status humano do embrião. Em «Embryo: A Defense of Human Life» (Embrião: uma defesa da vida humana), da Doubleday, eles sustentam que o ser humano tem seu início no momento da concepção.
O livro começa narrando a história de um menino chamado Noah, nascido em janeiro de 2007. Ele foi resgatado, junto com outros embriões congelados, do desastre que ocorreu em Nova Orleans em 2005. Essa é a vida de Noah – uma vida humana – que foi salva, apontam George e Tollefsen; a mesma vida que foi depois implantada em um útero e subseqüentemente, nasceu.
Um embrião humano, continuam, é um membro vivente da espécie humana mesmo nos primeiros estágios do desenvolvimento. Não somente um tipo de outro organismo animal, ou algum tipo de um amontoado de células que depois sofrem uma transformação radical. A menos que algum tipo de trágico acidente ocorra, um ser no estágio embrionário procederá ao estágio fetal e continuará progredindo no seu desenvolvimento.
O ponto em tema, de acordo com os autores, está em qual estágio podemos identificar um simples sistema biológico que começou no processo de iniciar um ser humano.
Esse decisivo momento, argumentam, vem com a concepção. Alguns especialistas médicos acreditam que isso acontece ligeiramente depois, com a formação da união dos cromossomos do espermatozóide e do óvulo. Em todo caso, continuam George e Tollefsen, há um consenso geral de que a estrutura cromossômica está formada.
Eles argumentam que existem 3 pontos-chave para levar em consideração o status humano do embrião.
– Desde o início, ele é distinto de qualquer célula da mãe ou do pai.
– É humano em sua estrutura genética.
– É um organismo completo, ainda que imaturo, e protegido de doenças ou violência, e se desenvolverá até o estágio maduro de um ser humano.
Conseqüentemente, destruir de embriões humanos, mesmo nos primeiros estágios, para obter células-tronco para pesquisa ou tratamento médico é dar licença para matar uma certa classe de seres humanos para beneficiar outros.
Não apenas ciência
Diante desta situação, George e Tollefsen rejeitam a posição que os cientistas sozinhos devem determinar o que fazem em seus laboratórios. O problema com as células-tronco embrionárias é que o ritmo da tecnologia vai além de uma discussão sobre a natureza e valor dos embriões humanos, dizem os autores.
Ir contra essas pesquisas não nos coloca em um clássico tipo de situação ciência versus religião, afirmam. Ir contra a destruição da vida humana em seu estágio inicial não tem relação com princípios religiosos, ou em acreditar que a vida é dotada de uma alma, acrescenta o livro.
Razões puramente filosóficas são suficientes para nos guiar em determinar o que é eticamente lícito fazer com os embriões humanos. Neste sentido, defender os direitos de um embrião é a mesma coisa que defender uma pessoa contra uma injusta discriminação, argumentam George e Tollefsen.
Eles admitem que existem diferentes filosofias morais. Uma teoria a se descartar é a do conseqüencialismo, que nos leva a achar que existem alguns seres humanos que devem ser sacrificados por um bem maior.
George e Tollefsen encontram sua posição ética na teoria da lei natural, que leva à conclusão que é moralmente errado danificar ou destruir um bem humano básico. Se, entretanto, um cientista for procurar uma cura para alguma doença, mas o método envolve a destruição deliberada da vida humana, isso não é lícito.
Um direito humano básico que, de fato, quase todos os teóricos em direito natural concordam é que uma pessoa inocente não deve ser diretamente morta ou mutilada. A capacidade do ser humano de racionalizar e escolher livremente nos torna exclusivos e nos dá a dignidade maior que a de outros seres vivos. Um ataque à vida humana é, conseqüentemente, um ataque à dignidade humana, não importando a idade da vítima ou seu estágio de desenvolvimento, concluem os autores.
Pessoas
Um dos capítulos do livro trata da objeção que enquanto um embrião pode ser humano ele não é, contudo, uma pessoa e não tem a mesma dignidade ou direitos. George e Tollefsen respondem que esse ponto de vista é um engano, pois cai no erro de considerar que alguns seres humanos são inferiores do que outros, com base em características acidentais.
De fato, eles continuam, negar o status de personalidade baseado na capacidade para atividades mentais ou outros parâmetros de funcionalidade gera muitos problemas. Estamos permitindo matar bebês recém-nascidos, dado que eles também são inaptos a seguir com as funções humanas básicas?
Por outro lado, nós perceberíamos que uma mera diferença quantitativa em capacidade não é o critério correto para determinar direitos, pois é apenas uma diferença de grau. A diferença real está entre seres humanos e todos os outros animais não-humanos, com os quais há uma enorme diferença de tipo. Desta forma, o embrião é um adulto em potencial, da mesma forma que os bebês, as crianças e os adolescentes são adultos em potencial.
Os embriões já são, eles insistem, seres humanos, e não são meros potencialmente humanos. Além disso, o direito à vida de um humano não varia de acordo com o estágio de seu desenvolvimento porque é um direito fundamental da pessoa. «É o direito no qual todos os outros direitos são fundamentados, e marca onde um ser é um ser de prestígio moral.»
Falácia
Outro argumento falacioso é o que sustenta que o embrião não é merecedor de um status moral porque uma grande porcentagem deles falha ao ser implantados no útero materno ou são espontaneamente abortados. Os autores sinalizam que isso é uma falácia naturalística, supondo que o que acontece na natureza deve ser moralmente aceitável quando causada por ato humano.
A falsidade desse argumento é também evidente, falam George e Tollefsen, quando se considera que historicamente, a mortalidade infantil tem sido bem alta. Nessa situação, só porque muitos bebês jovens morrem não torna eticamente lícito eles serem mortos para beneficiar outros.
Outra linha de argumento usada para defender a pesquisa com células embrionárias é que existem milhares de embriões congelados que acabam rejeitados após tratamentos de fertilização artificial, e que nunca terão uma chance de ser implantados e chegar à maturidade. Um cientista poderia usar essas células para o bem da pesquisa.
George e Tollefsen respondem dizendo que é manifestamente injusto pedir a uma pessoa – nesse caso o embrião – para sacrificar sua vida desta maneira. «Os seres humanos possuem um direito moral de não ser intencionalmente mortos para beneficiar outros», declaram.
Eles também argumentam que é um erro condenar milhares de vidas humanas para um tipo de limbo gelado. Dessa forma, o processo de criação e congelamento de embriões precisa ser questionado, dizem os autores.
Nós precisamos voltar nossa atenção a esse fato, recomendam George e Tollefsen, não pelo uso de embriões como se fossem uma espécie de material biológico, mas em reconhecer sua humanidade. Esses e outros argumentos persuasivos no livro fazem dele uma leitura considerável nesse tempo no qual a ciência está em risco de seguir adiante sem nosso racionamento ético.
Fim de citação
Com os melhores cumprimentos
Fernando Pinto Coelho
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RE: Massacre de 1506 - Garcia de Resende
Caro Froes,
Por mim podem fazer os monumentos que quiserem desde que toque a todos e não só àqueles que são politicamente correctos.
Que tal um monumento aos Comandos Guineenses do Exército Português, fuzilados em 1975 ( e não no ano da Graça de mil quinhentos e troca o passo?
Nada tenho contra os judeus, desde que, exactamente como outros, não me prejudiquem.
Isto são coisas do chamado "humanismo" socialista/maçon-irregular.
Não me sensibiliza, pois os judeus que devem ser homenageados devem ser os de 39/45 e esses já o foram e continuam a ser pelos seus algozes (que não foram portugueses diga-se desde já).
Agora Lisboa "cidade da tolerância" é campanha de charme politico, dos incompetentes da Assembleia Municipal.
Cumprimentos
ps: insisto, respeito muito os judeus pré-estado de Israel, quanto aos Israelitas matam e morrem no seu contexto geo-politico, como qualquer estado em guerra pela sobrevivência.
Deixe a sua (nossa)Igreja em paz , pois tem muito para se preocupar E PENSAR (vide viagem aos EUA, de S.S em que a vergonha do pedofilismo é tema fundamental).
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RE: Massacre de 1506 - Garcia de Resende
Lembrem-se da polémica da esquerda, em homenagear a pessoa de D.Carlos (os argumentos para além de rídiculos eram desonestos), mas para fazer monumentos que não dizem nada a ninguém (tal é a sua antiguidade e portanto inocuidade), motivação e dinheiro não faltam.....
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RE: Tópico naturalmente hoje encerrado....
Não obstante se invocar ser Lisboa, cidade da tolerância, este tema, como a história recente demonstrou à saciedade, continua a não ser consensual para muitos. Estando o conjunto monumental, felizmente, inaugurado encerre-se, pois, este tópico mencionando que o monumento oferecido pelo Patriarcado e executado pelo escultor Carlos Ramos, foi , facto que até hoje ninguém referiu, realizado segundo projecto do Arq. Segismundo Pinto.
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RE: Tópico naturalmente hoje encerrado....
Arquitectíssimo e caro amigo Xis
Ignorava, completamente! Os meus parabéns! Em vez de lhe "brodar "um selim, "brodo-lhe" a mota inteirinha! Merece!
Um abraço amigo
Benedita
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RE: Tópico naturalmente hoje encerrado....
Cara Maria Benedita e restantes confrades,
Que tal dar uma olhadela no texto de Paulo Varela Gomes, em Cartas de Cá, com o título “A nossa inquisição”, no jornal Público de hoje dia 23, na página 3 do caderno P2.
Cumprimentos
Fernando Pinto Coelho
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RE: Tópico naturalmente hoje encerrado....
Caro Ricardo Charters d`Azevedo
Estará naturalmente hoje encerrado? Será que as questões que o tópico levanta desapareceram?
Sugiro-lhe a leitura do interessante artigo da autoria de Paulo Varela Gomes, em Cartas de Cá, com o título “A nossa inquisição”, no jornal Público de hoje dia 23, na página 3 do caderno P2.
Como aperitivo transcrevo umas linhas do início.
“ A lenda negra da Inquisição portuguesa e espanhola é provavelmente a mais bem sucedida operação de desinformação de todos os tempos: dura há 400 anos.
De facto, a maioria das coisas que dizem ainda hoje acerca da Inquisição é constituída por exageros ou mentiras inventados pelos protestantes holandeses, ingleses e franceses e espalhados pela imprensa para servir como arma mediática na guerra que a Holanda e a Inglaterra moveram contra Portugal e Espanha nos séculos XVI e XVII…”
Com os melhores cumprimentos
Fernando Pinto Coelho
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RE: Tópico naturalmente hoje encerrado....
Sr Fernando Pinto Coelho
Como modeador deste tópico alerto-o para o facto que o texto de Paulo Varela Gomes NADA TEM A VER com este tópico. Tal se pode ver, pois coloco-o abaixo:
"A nossa inquisição
23.04.2008 no "Público",por Paulo Varela Gomes
A lenda negra da Inquisição portuguesa e espanhola é provavelmente a mais bem sucedida operação de desinformação de todos os tempos: dura há 400 anos.
De facto, a maioria das coisas que se dizem ainda hoje acerca da Inquisição é constituída por exageros ou mentiras inventados pelos protestantes holandeses, ingleses e franceses e espalhados pela sua imprensa para servir como arma mediática na guerra que a Holanda e a Inglaterra moveram contra Portugal e a Espanha nos séculos XVI e XVII.
O extraordinário impacto desta operação de desinformação deve-se em boa medida à sua repercussão na contemporaneidade, quando a propaganda protestante foi retomada pela burguesia iluminada, primeiro, e depois pelo anticatolicismo dos republicanos e da esquerda nos séculos XIX e XX.
A lenda negra da Inquisição continua a causar sofrimento desnecessário no antigo Estado português da Índia. Os meios anticatólicos e alguns meios católicos, incluindo dentro da própria Igreja, referem a Inquisição a propósito de factos históricos que só muito indirectamente tiveram que ver com isso: a conversão dos hindus ao catolicismo nos séculos XVI e XVII, por exemplo, que não foi conduzida pela Inquisição, mas pelas ordens religiosas. Tão-pouco partiram da Inquisição, mas dos concílios provinciais os decretos contra práticas culturais não católicas, aliás sempre negociados e transitórios. De facto, a palavra Inquisição tornou-se um "mantra" cuja simples invocação dispensa o pensamento, o que calha bem a todas as pessoas demasiado preguiçosas ou ignorantes para falarem a sério de história ou da questão religiosa em Goa, ou interessadas em desviar a atenção para um debate sem contexto histórico e sem actualidade. Quem sabe verdadeiramente do assunto sabe que a Inquisição, sendo uma instituição condenável até pelos critérios políticos da própria época, não pode de modo algum ser descrita como uma espécie de polícia secreta em termos modernos. Tão-pouco perseguiu primordialmente os hindus ou dominou a vida cultural e religiosa da Goa antiga, estando antes muito dependente de jogos de forças políticas e sociais conjunturais. E, sobretudo, quem quer que faça umas simples contas sabe que, dos 500 anos do catolicismo em Goa, durante 250, metade, não houve Inquisição.
Aos inimigos dos católicos da Índia ou da herança portuguesa continua porém a fazer jeito a desinformação das centrais de propaganda protestante de há séculos. A eles juntam-se agora os que aceitam sem distanciamento o pós-colonialismo politicamente correcto, entre os quais alguns portugueses que não se dão conta de que, exactamente porque são portugueses, semeiam uma desorientação e tristeza particulares entre os católicos da Índia. Se ao menos o fizessem em nome da verdade histórica, ainda se aceitava. É o caso de alguns. Outros, porém, fazem-no por cobardia cívica: são daqueles que têm medo de ir contra a corrente em qualquer época e sob qualquer regime. É com eles, precisamente, que todas as Inquisições contam."
Não venha agora colocar aqui um texto mostrando que a Inquisição e o Cristovão Colombo são os culpados deste Massacre de 1506...~
Se quer continuar a destruir tópicos e baralhar tudo, abra os seus próprios tópicos. Não "mexa" no dos outros.
Não disperse as discussões, não procure lançar confusão, enfim... contenha-se
RCA
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RE: Tópico naturalmente hoje encerrado....
Caro Ricardo,
sublinho o que disse e acrescento, o que se passou em 1506, e embora concordando com o confrade Luso sobre os militares que lutaram debaixo da bandeira portuguesa, achou que o memorial é um dos pequenos marcos que a história oficial portuguesa deve à comunidade sefardita e mourisca que acompanhou-nos durante a nossa época mais gloriosa.
Sou Cristão e católico...
Cpts,
Augusto
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RE: Tópico naturalmente hoje encerrado....
Meu caro Augusto
Muito obrigado
Ricardo
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RE: Tópico naturalmente hoje encerrado....
Caro Ricardo,
uma última achega,
Uma perspectiva paralela da história "colombina" é a questão da religião.
Dom Diniz ao casar-se com D.Isabel trouxe uma espiritualidade cristã diferente.
Ao trazer os cacos da ordem templária trouxe um pouco da reminiscÊncia cátara.
À semelhança dos reinos muçulmanos que reinaram na Peninsula, em que a tolerância era regra, continuo a achar que com CC português ou não, a partir do reinado de D.Manuel o nosso ideário político/religioso foi alterado...
Cpts,
Augusto
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RE: Tópico naturalmente hoje encerrado....
Senhor Ricardo Charters d’Azevedo,
A verdadeira História fica escondida enquanto se constroem monumentos à história das conveniências do poder.
Mais importante do que gloriar ou culpar o passado, é compreendê-lo.
Mais importante do que gastar tempo a criticar os outros, é ouvi-los e dar-lhes espaço.
Foi isso exactamente o que aconteceu nesse fatídico episódio, não deram espaço a uma opinião discordante. Escolheram um bode expiatório, os judeus, para vingar uma morte, a de Cristo, 1500 anos antes.
O que tenho tentado dizer desde a minha primeira intervenção neste tópico, é que importa mais agora, no presente, construir um futuro respeitando os outros do que gastar energia em demagogias.
Hoje ainda se matam pessoas por não terem a opinião politicamente correcta. O país, Portugal, é cúmplice de atrocidades feitas noutros países.
Hoje ainda se matam os fracos e os indefesos. Em Portugal existe uma lei que permite eliminar seres humanos antes de eles poderem ter uma opinião. Pratica-se o aborto segundo um critério aleatório na determinação da sua licitude. É de venda livre em Portugal a pílula abortiva do dia seguinte.
É sabido que a necessidade de exibir o justo esconde a cumplicidade com o podre. Não interessa caiar por fora os túmulos, o corpo está lá dentro.
Gostava que não enviesasse o sentido do meu discurso.
Com melhores cumprimentos
Fernando Pinto Coelho
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