Habilitações da Ordem de Malta em Portugal
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Habilitações da Ordem de Malta em Portugal
Caros Amigos,
Alguém me sabe informar como procurar as Habilitações da Ordem de Malta em Portugal na TT?
Tenho uma referência a este "livro" ou "documentos" mas a pesquisa no TT online não me dá qualquer indicação.
O Mouzinho de Albuquerque-História e Genealogia indica exactamente "Torre do Tombo, Habilitações da Ordem de Malta em Portugal, Letra J, Maço 3" (relativa a Joaquim Augusto Pereira da Silva da Fonseca)
Antecipadamente grato,
Melhores cumprimentos,
Paulo B rehm
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RE: Habilitações da Ordem de Malta em Portugal
Há uma caderneta na sala dos índices da Torre do Tombo com as habilitações para a Ordem de Malta. Com a cota pode pedir o processo.
Cumprimentos
Lourenço Correia de Matos
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RE: Habilitações da Ordem de Malta em Portugal
Caro Lourenço Correia de Matos,
Muito obrigado pela sua ajuda. Pesquisarei no sentido que me indicou.
Melhores cumprimentos,
Paulo B rehm
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RE: Habilitações da Ordem de Malta em Portugal
Caros Senhores
Alguém teria a bondade de me explicar quais os critérios para a atribuição dos diferentes “graus” dos cavaleiros da Ordem de Malta. Pelo que me apercebi existem de “Graça e Devoção”, de “Graça Magistral”, outros de “Honra e Devoção” e não sei se mais alguns “graus”. Pelo que julgo saber estarão relacionados com a antiguidade da nobreza na varonia, será assim? Ou tem também a ver com a “qualidade” da mesma? As linhas de ascendência por via feminina têm alguma influência?
Já me disseram que para se ser “cavaleiro de Honra e Devoção” teria que se provar, pelo menos, 400 anos de varonia nobre, é assim?
Desde já agradecido,
Carlos F. dos Santos
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RE: Habilitações da Ordem de Malta em Portugal
Caro Carlos F. dos Santos,
Como sabe, a Ordem de Malta está representada em vários países e em cada um deles tem um regulamento de admissão que explica as regras para essa admissão.
Essas regras variam de país para país; por exemplo, para se ser cavaleiro de honra e devoção na Alemanha, é preciso ser nobre dos dezasseis costados, mas em França, para o mesmo grau, são exigidos duzentos anos de nobreza nos quatro costados; em Itália, também para honra e devoção, são exigidos cem anos de nobreza nos oito costados. Em todos estes países, a nobreza de cada um dos costados é sempre na respectiva varonia.
Em Portugal, como somos muito originais, a Ordem de Malta recusa-se a fornecer o regulamento de admissão, mas respondendo concretamente à sua pergunta, não há nenhuma exigência fixa: há aliás vários cavaleiros de honra e devoção que não têm nobreza na varonia.
Aparentemente, em Portugal há uma negociação para cada admissão.
Com os melhores cumprimentos,
Miguel Vaz Pinto
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RE: Habilitações da Ordem de Malta em Portugal
Caro Miguel Vaz Pinto,
Muito obrigado pela sua esclarecedora resposta. Fiquei duplamente surpreendido. Em primeiro lugar por variarem de país para país os critérios para os mesmos graus (ou pelo menos para a mesma designação, parece-me que será mais isto...) dentro da mesma Ordem. Em segundo lugar, apesar de já estar habituado às “nossas” particularidades, fico espantado com a informação que me dá, de não serem públicos os critérios da Ordem de Malta em Portugal, para a atribuição dos diferentes graus. De facto, antes de colocar as minhas dúvidas no fórum, tentei investigar alguma coisa e por nada ter conseguido, aqui coloquei as minhas questões. Já tinha constatado haver pessoas sem nobreza na varonia, com o grau de cavaleiros de Honra e Devoção, o que era contraditório com a informação que me tinham veiculado ( dos tais 400 anos...). De acordo com o que me diz, já nada me admira! Mas entristece-me que uma Ordem tão conceituada como esta, não assuma publicamente quais os critérios que aplica. Parece-me não ser prestigiante para os membros da mesma.
Desconheço a realidade nos outros países que refere (apenas o que é referido na imprensa relativamente aos casamentos nas casas reais...), mas cá em Portugal, através das consultas que o Geneall nos permite, é fácil verificar que com critérios iguais aos dos referidos países, em Portugal contar-se-iam pelos dedos das mãos os Cavaleiros de Honra e Devoção. Acho compreensível que os critérios se vão tornando menos rígidos, mas parece-me muito negativo (para todos, interessados e curiosos como eu) não serem públicos e claros.
Com os melhores cumprimentos,
Carlos Santos
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