Família Riper (Portugal) e Ripper (Brasil)

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Família Riper (Portugal) e Ripper (Brasil)

#191062 | joao rippe | 04 abr 2008 14:58

Este novo fórum tem por objetivo obter informações sobre as origens da família Ripper Riper em Portugal e Ripper no Brasil. Os dados que possuo ainda são incompletos e por vezes incipientes, sobretudo no que concerne à presença da famíla na região do Porto no século XVIII. Portanto, espero que este novo espaço seja a oportunidade de uma profícua troca de informações entre pesquisadores que pesquisam este tema ou temas correlatos.

1. A origem da família Ripper no Brasil:

José Faustino da Cunha Riper (ou Ripper), oriundo da freguesia de N.Sa. da Boa Viagem, cidade do Porto, imigrou nas primeiras décadas do século XIX para o Brasil, onde casou-se em 1833 (vejam apontamentos abaixo). Era filho de Vicente Gregório Riper e Rosa Bernardina da Cunha.

Ainda não possuo o registro de entrada de José Faustino da Cunha Ripper no porto do Rio de Janeiro, mas em seu registro de casamento de 1833 o sobrenome já aparece com dois "p", assim como o nome de Vicente Gregório, seu pai. A duplicação do "p" pode ser devida à grande influência inglesa no Brasil em inícios do século XIX ou representar, de fato, a grafia correta do nome. Neste caso, consideraríamos que os registro portugueses com um só "p" foram feitos com base na simples pronúncia do nome Ripper.

2. Informações que disponho sobre os antepassados mais distantes em Portugal:

Um documento de penhora datado de março a junho 1819, depositado no Arquivo Distrital do Porto, revela que Vicente Gregório Riper era morador da freguesia de Massarelos e filho de Francisco Riper, morador da freguesia de São Pedro de Miragaia. A ação de penhora dos bens de Vicente Gregório Riper deve-se ao não pagamento de casas da viela de SantAna, em Miragaia, aparentemente devido ao falecimento de seu pai. A Santa Casa da Misericórdia do Porto socorre Vicente Gregório para quitar a dívida.

Calculo o nascimento de Francisco Riper tenha ocorrido em torno de 1760 e o de Vicente Gregório Riper em torno de 1780. Há também neste site Genall.net o registro de Maria Fausta Riper, que se casa com Jose Joaquim de Sousa e Castro em data desconhecida. Seu filho Antonio Joaquim de Castro casa-se em 1805, o que sugere que Maria Fausta possa ter sido da geração de Francisco Riper.

Em recente viagem ao Porto (março de 2008), não encontrei qualquer informação a respeito dos sobrenomes Riper ou Ripper na biblioteca do Instituto do Vinho do Porto ou na relação de membros da Feitoria dos Ingleses. Tampouco há qualquer Riper ou Ripper nos diretórios telefônicos do Porto e Vila Nova de Gaia. Portanto, não há descendentes vivos na região.

3. Possíveis origens do sobrenome:

A região do Porto registra um intenso comércio marítimo com a Inglaterra e França desde o século XIV. Ingleses e franceses radicaram-se na região, principalmente no século XVIII. Acredito que esteja entre os comerciantes estrangeiros a origem.

O nome Ripper não é de origem portuguesa. A palavra aparece nas línguas inglesa e frencesa: Ripper, em inglês, significa "cortar, rasgar"; Riper significa "o mais amadurecido ou preparado". Riper, em francês, significa "arrastar um objeto pesado".

Há o registro do francês Antoine Ripert no Porto em 1883, responsável pelo primeiro sistema de transporte público com carros puxados a cavalos. Ainda não encontrei evidências da existência da Família Ripert anterior a este data ou de uma possível ligação entre Riper e Ripert.

Ken Ripper, em seu excelente sítio sobre a família Ripper, escreve que, segundo as suas pesquisas, o sobrenome vem de "Beauripper", sendo Richard Beauripper (1480), da região da Cornuwall (Cornualha), o mais antigo membro da família conhecido. Ken Ripper apresenta ainda Repper como outra forma do mesmo sobrenome.

É interessante notar que tanto o Porto quanto a Cornualha foram sempre portos de intenso comércio e grande vocação marítima.

4. Genealogia da Família Ripper no Brasil:

Segue abaixo meus apontamentos para a genealogia da Família Ripper no Brasil até a geração de minha avó:

1. Vicente Gregório Ripper
Casado em Portugal com
Rosa Bernardina da Cunha (Portugal)

1.1. José Faustino da Cunha Ripper (n. Porto – N.Sra. da Boa Viagem)

2. José Faustino da Cunha Ripper
Casado em 13/9/1833 (Igreja de Sta. Rita), com
Heloisa (Eloysa) da Conceição (n. Rio, 5/2/1814, f. Rio 30/1/ 1888)
Res. Rua Nabuco de Freitas 84. – Filha de Manuel Dias Teixeira (n. Porto) e de Francisca Maria da Conceição (n. Rio).

2.1. Leopoldina Maria Ripper (n. Rio s/d, c. Rio15/7/1853 com Antonio de Souza Pereira Junior

2.2. João Candido da Cunha Ripper (c. Rio 20/11/1855 com Josefina Fausta dos Santos)

2.3. João Gomes da Cunha Ripper (n. Rio s/d, c. Rio 6/10/1866 com Rosa
Amélia do Amaral)

2.4. José da Cunha Ripper (n. Rio 1846, c. 1º Rio 27/2/1869 com Antonia Samjurjo Palmeira, c. 2º Rio 24/1/1877 com Lucinda da Silva Bravo, f. Rio 24/7/1883)

2.5. Antonio Augusto Ripper (n. Rio s/d, c. 1º 1/5/1875 com Maria Teresa Rocha Matos, c. 2º Rio 31/1/1877 com Julia Teresa da Rocha Matos)

2.6. Rosa (n. Rio 1851, f. Rio 3/1/1854)

2.7. Henrique (n. 1855, f. 28/7/1855)

3. João Candido da Cunha Ripper (n. Rio 1835, f. Rio 15/11/1881, Ladeira Barroso 3, tipógrafo pobre pa: SJB)
Casado no Rio 20/11/1855 na Igreja de Sant’Anna
Josefina Fausta dos Santos (n. s/d)
Filha de João Antonio dos Santos e Leopoldina Fausta

3.1. Carolina Josefina da Cunha Ripper (n. Rio s/d, c. Rio 1878 Inácio Alberto de Oliveira Dourado)

3.2. João (n. Rio 5/1860, f. Rio 26/2/1861)

4. João Gomes da Cunha Ripper (n. Rio s/d, f. Rio s/d)
Casado no Rio 6/10/1866 na Igreja de Sant’Anna
Rosa Amélia do Amaral (n. Guaratiba)
Filha de Antonio Claudio do Amaral e Francisca Rosa

4.1. João Gomes da Cunha Ripper Filho (n. Rio ca. 1870, f. Rio ca. 1930, Capitão, funcionário da Alfândega, violonista, chorão, companheiro de Catullo da Paixão Cearense, Morcego e Sátiro Bilhar)

4.2. Oscar do Amaral Ripper (n. 1876, f. 21/11/1887 rua S. Luiz Gonzaga 151-A2)

4.3. Elvira do Amaral Ripper, c. 1892 Rio com João Moeda de Miranda ?

5. José da Cunha Ripper (n. Rio 1846, f. s/d)
Casado 1º no Rio em 27/2/1869 com
Antonia Samjurjo Palmeira (n. Rio 1850, f. Niterói 16/9/1876 de tifo)
Filha de Domingos Gonçalves Palmeira e Antonia Josefa de Lorenzo y Samjurjo
Casado 2º no Rio em 24/1/1877 na Matriz de Sant’Anna com
Lucinda da Silva Bravo (n. Rio s/d)
Filha de José da Silva Bravo e Maria Engraciana Alves de Faria

5.1. Carolina Palmeira Ripper (n. Rio 1869, c. Rio 11/2/1888 com João José de Freitas (seu primo 2º )

5.2. Artur Palmeira Ripper (n. Rio 26/2/1871, c. São Paulo 1898 Maria do Carmo da Cunha Bueno Ellis, f. Rio 30/12/1939)

5.3. Maria Luiza Ripper (n. Niterói 1873, c. Rio 15/1/1891 Cesário Antonio Ferreira Júnior)

5.4. Alda Palmeira Ripper (n. Niterói 1875, c. Rio 29/4/1893 André Braz Chabréo Júnior)

6. Antonio Augusto Ripper (n. Rio s/d)
Casado no Rio em 1/5/1875 na Igreja de Sant’Anna
Maria Teresa da Rocha Matos (n. Rezende, RJ)
Filha de Carlos Gonçalves Matos e Ana Teresa da Rocha

7. Artur Palmeira Ripper (n. Rio 26/2/1871, f. 30/12/1939)
Casado em São Paulo em 25/4/1898?
Maria do Carmo Bueno Ellis (n. São Paulo 1/6/1877)
Filha do Senador Alfredo Ellis (n. São Paulo 19/3/1850) e Sebastiana Eudóxia da Cunha Bueno (n. 27/2/1859, f. São Paulo? 3/10/1939)

7.1. Artur Palmeira Ripper Filho (n. São Paulo? s/d, c. Rio 29/1/1932 Maria Lúcia Leite de Melo, filha de Eugênio de Melo)

7.2. Sebastiana Ellis Ripper (n. São Paulo? s/d, c. Rio 1923 Luiz Felipe René de Assis Moura)

7.3. Antonia Ellis Ripper (n. São Paulo 26/4/1904, c. 27/12/1923 Guilherme Gonçalves Vianna, f. Rio 1983)

7.4. José Ellis Ripper (n. São Paulo?, c. São Paulo? Emma Piegas Dias, d. ??)

7.5. Maria do Carmo Ellis Ripper (n. São Paulo?, c. Rio 30/10/1939 Mario Castro de Almeida Filho)

Permaneço no aguardo de alguma manifestação.

Atenciosamente,

João Guilherme Ripper

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