Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Aguiar
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Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Aguiar
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Apesar de ter estado muito tempo sem participar activamente neste Fórum, vou acompanhando, sempre que posso, os temas que particularmente me interessam ou que de algum modo despertam a minha curiosidade.
Recentemente, e após me ter cruzado com o tópico “familia souza machado”, constatei que a respeito dos Morgados de Carrazedo (da Cabugueira) tinham sido introduzidos dados errados na base de dados deste site, pelo que decidi quebrar o jejum e voltar a intervir no sentido de as coisas serem repostas no devido lugar, que, por enquanto, é aquele que as provas documentais sustentam.
No início da década de «90» do século passado, a Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar promoveu a edição de um trabalho intitulado “Mui nobre e ilustre terra de Aguiar, em co-autoria do Dr. António Gil e de João Vila Nova, tendo ambos contado, tal como este salienta no Proémio, com “a preciosa ajuda de um investigador sagaz e sabedor: O Sr. Engenheiro José Ernesto de Menezes e Sousa de Fontes”. A seu respeito, dizia-me o Dr. José Timóteo Montalvão Machado, em carta datada de 5 de Maio de 1980, que “ninguém melhor do que ele conhece a genealogia das melhores famílias do concelho de Vila Pouca de Aguiar”.
O referido trabalho teve o mérito de divulgar o importante património representado pelo conjunto das casas senhoriais do concelho e seus possuidores, mas, pela evidente e compreensível circunstância de os autores não estarem familiarizados com o universo da Genealogia, acaba por ter erros e omissões, por em certos casos apresentar as gerações de forma confusa e por não ter um critério uniforme quanto ao tratamento dos últimos proprietários.
Menos desculpável já será, porém, que alguns desses mesmos erros tenham sido reproduzidos num livro publicado em 2000 pelo Dr. Manuel Abranches de Soveral: “Machado em Vila Pouca de Aguiar”. E embora não pretenda beliscar o merecimento global desta obra, não posso deixar de frisar que diversas ligações estabelecidas pelo autor ao nível das gerações mais antigas são discutíveis e nunca foram irrefutavelmente confirmadas.
O terreno dos Sousa e Machado de Vila Pouca de Aguiar, sobretudo à medida que se recua para os séculos XVII e XVI, devido à imensidão de pessoas que usaram estes apelidos e dada a escassez ou total ausência de registos paroquiais, assemelha-se a um campo minado onde cada passo deveria exigir a máxima cautela e a constante adopção de procedimentos de segurança, o que nem sempre tem acontecido.
Durante o longo período abrangido por esses séculos, em que as pessoas raramente usavam mais do que um apelido, coexistiram na zona de Vila Pouca de Aguiar bastantes homónimos, parte dos quais, embora possa descender do mesmo tronco, aparenta ter um estatuto socioeconómico muito desigual, provavelmente por procederem de ramos que tiveram origem ilegítima.
O primeiro grande contributo para o conhecimento desta gente veio do Dr. Francisco Canavarro de Valladares (Ribeira de Pena), que publicou em 1918 (mas julgo que só parcialmente) nas páginas do “Archivo Nobiliarchico Portuguez” os seus “Souzas de Villa Pouca de Aguiar”, onde declara que: “Na organisação d’estas ligeiras notas foram-nos guias varios papeis de familia, documentos authenticos recolhidos nos archivos da região e, sobretudo, os «Apontamentos Genealogicos e Curiosidades Varias » originaes do Dr. Francisco Xavier de Souza de Andrade e Almeida, bisavô do auctor, que preciosamente conserva essa curiosa e veridica collecção no archivo da sua Casa-Solar de Santa Marinha da Ribeira de Pena”. Trata-se de um estudo muito detalhado, com grande abundância de dados históricos e biográficos, levado a cabo pelo representante “d’uma das melhores casas nobres do norte do paiz”, alguém avesso “a publicidades” e que Frazão de Vasconcellos considerava ser possuidor de um “invulgar cabedal de conhecimentos na especialidade – um verdadeiro nobiliário”.
Algumas décadas mais tarde, em 1974 e nas “Armas e Troféus”, o Doutor Luiz de Mello Vaz de São Payo abordaria o tema em “A varonia e os apelidos do 1.º Visconde de São João da Pesqueira” – chamando-lhe “O imbróglio de Vila Pouca de Aguiar” e publicitando no “Post scriptum em tom de polémica” os valiosos argumentos que a esse propósito ele e o Eng.º José Ernesto de Menezes e Sousa de Fontes haviam esgrimido – e voltou a retomá-lo, três anos mais tarde e nas páginas da mesma publicação, nos seus “Sousa Machado em Vila Pouca de Aguiar”. O seu «opositor», que já em 1969 publicara com o seu irmão Dr. Guilherme Filipe de Menezes Fontes a desenvolvida “Genealogia da Casa do Cabo em Fontes de Aguiar”, haveria ainda de replicar com “A nossa ascendência”, também ali dada à estampa no ano de 1979.
As aturadas pesquisas destes investigadores são preciosas e constituem um importantíssimo legado, mas muitos dos entroncamentos aí propostos devem ser encarados como mera formulação de hipóteses a necessitar de ulterior comprovação. Na realidade, o novelo do “imbróglio de Vila Pouca de Aguiar” só se poderá começar a deslindar quando se proceder ao cruzamento dos inúmeros elementos por eles apurados com a documentação relativa ao património: inventários, testamentos, escrituras de compra e venda, de doação, de emprazamento, etc.
Chega até a ser estranho que esta linha de investigação não tivesse sido muito mais desenvolvida, porque, tal como sucede para a Idade Média, uma das melhores formas de reconstituir famílias é a de seguir o rasto dos seus bens. E no caso da região de Vila Pouca de Aguiar não pode haver desculpas, tanto por a documentação do cartório notarial ser muito vasta como por existirem diversas instituições que aí detinham numerosas propriedades, designadamente: os conventos beneditinos de São João Baptista de Arnóia (Celorico de Basto) e de São Miguel de Refojos de Basto (Cabeceiras de Basto), a Casa do Infantado e a Ordem de Cristo (comendas de São Salvador de Vila Pouca de Aguiar, São Martinho de Bornes, Santa Eulália de Pensalvos, São Miguel de Tresminas, Santa Marinha e Salvador de Ribeira de Pena).
Há também vários exemplos de solares que se mantiveram sempre nas mesmas famílias, podendo guardar nos seus arquivos muitos documentos dessa natureza, a par de outra «papelada» de raro valor. O mais emblemático de todos é, sem dúvida, o dos Barões de Ribeira de Pena, não só por se tratar de uma das principais casas da província mas também por um dos seus possuidores, que era doutor «in utroque jure» pela Universidade de Coimbra, ser o autor do inestimável manuscrito genealógico atrás mencionado; podendo ler-se o no site da Câmara Municipal de Ribeira de Pena o seguinte:
“Com verdade se diz que não se pode fazer a história de Ribeira de Pena sem a documentação que a Casa de Santa Marinha compilou, tratou, seleccionou, buscou e guarda na sua rica biblioteca. Muito do que se tem dito, senão tudo o que se tem dito, foi aí bebido e a Família, em cuja posse ainda se encontra, embora indivisa por falta de herdeiros directos dos últimos barões de Pena, quer continuar essa obra amorável, estando em projecto a instalação da Biblioteca Municipal no próprio solar, de modo a tratar, catalogar e utilizar o valioso e volumoso espólio”.
Paralelamente, será ainda necessário proceder à recolha e inventariação das inscrições tumulares ainda existentes no interior de igrejas ou capelas particulares, ao estudo da documentação relativa ao «Igrejário» do Arquivo Distrital de Braga – onde consta, por exemplo, um tombo da igreja de Vila Pouca de Aguiar datado de 1560- –, à análise e confronto de assinaturas – fundamental para a distinção dos homónimos, até porque casos haverá em que muitos deles não saberiam escrever –, etc., etc.
A quem se queira realmente aventurar pelos meandros das gerações mais antigas dos Sousa e Machado de Vila Pouca de Aguiar, espera-o, portanto, uma árdua tarefa, porventura incompatível com a pressa de apresentar resultados publicados. Mas é capaz de valer a pena...
Na parte que me toca, essa nunca foi uma das minhas prioridades, quer por estar muito envolvido noutras pesquisas quer por ter direccionado o meu esforço para o esclarecimento das dúvidas que frequentemente me surgem em períodos bem mais recentes, parcialmente motivadas pela lamentável e negligente perda de registos paroquiais.
Opto, no entanto, e apesar de estar escaldado em relação a dados que já revelei neste Fórum, por deixar aqui algumas notas sobre o solar de Carrazedo (da Cabugueira) e os seus possuidores, no intuito de corrigir alguns dos erros a que tenho assistido e aos quais já não consigo assistir de forma impassível, pois não tarda nada ainda se transformam em verdade incontestada.
E como, entre muitos outros, fui beneficiário da simpatia e generosidade do Eng.º José Ernesto de Menezes e Sousa de Fontes, aproveito a ocasião para publicamente agradecer a cavalheiresca oferta que me fez, em Fevereiro de 1992, de um dos trabalhos que publicou e do precioso estudo manuscrito intitulado “Mirandas d’Ataíde de Mello e Castro. Morgados do Cerrado em Montalegre”, a que adiante amplamente me referirei.
O SOLAR DE CARRAZEDO DACABUGUEIRA
Na freguesia de São Pedro do Bragado do concelho de Vila Pouca de Aguiar, à entrada da modesta povoação de Carrazedo da Cabugueira – que na documentação é muitas vezes designada apenas por Carrazedo – e do lado esquerdo da estrada que, vinda de Bornes, liga o lugar de Vilela ao de Adagoi, ergue-se esta imponente casa senhorial, também conhecida por solar da Boaventura ou de Nossa Senhora do Rosário, por ser esta a invocação da sua capela. Avistável a grande distância devido à marcada volumetria, o seu aspecto actual traduz sem dúvida a remodelação, provavelmente ocorrida em meados de Oitocentos, de um edifício mais antigo, cujos vestígios ainda estão bem patentes no singular conjunto de arcadas e mísulas que sustentam a elaborada varanda do pátio interior.
No exterior do edifício predomina a sobriedade de inspiração neoclássica, mas a cadência ritmada do grande número de janelas que rasgam as diferentes fachadas acaba por lhe impor um carácter muito próprio. Inscrita no frontão triangular que coroa fachada principal, a elegante pedra de armas é constituída por um escudo esquartelado envolvido por ornatos fitomórficos e encimado por um elmo a que falta o habitual timbre.
Como adiante se verá, os possuidores deste solar estiveram sempre intimamente ligados à «governança» do concelho de Vila Pouca de Aguiar, onde ocuparam uma destacada posição social e exerceram os mais variados cargos, acabando por neles recair, em virtude das sucessivas alianças que foram estabelecendo, a representação genealógica de importantes famílias e casas da região, nomeadamente:
– Desde logo, e em resultado da aliança de Gonçalo Borges e Guiomar Machado, a do ramo dos Machados que administravam o morgadio de São Marcos de Vilarinho, pequeno lugar da vizinha freguesia de São João Baptista de Capeludos onde se erguia o antigo solar – que segundo a “Mui nobre e ilustre terra de Aguiar” ostentava uma pedra de armas de paradeiro desconhecido – e capela da mesma invocação, que já vem referida num tombo iniciado em meados do século XVII. e o volta a ser, em 1758, no “Dicionário Geográfico”. A este vínculo, dito de «livre nomeação» pelo facto de a instituição conceder a cada administrador a faculdade de nomear o seguinte, andavam ainda associados pelo menos dois prazos, sendo um foreiro à Contadoria do Mestrado da Ordem de Cristo e outro ao convento de São João Baptista de Arnóia, em Celorico de Basto. É ainda admissível que através de Guiomar Machado também se viesse a estabelecer a representação de uma importante linha de Sousas, da qual a mesma descenderia pelo lado materno, sendo essa uma das razões que poderiam justificar a repetição das armas dos Sousas em Carrazedo.
– Na sequência do casamento de Manuel Borges de Sousa e Maria de Almeida (Machado), a dos Machados que foram proprietários de um dos ofícios de tabelião do judicial e notas de Vila Pouca de Aguiar, e a quem diversos autores, baseados nos estudos do Eng.º José Ernesto de Menezes e Sousa de Fontes, atribuem o senhorio da vetusta casa da Tapa, situada na mesma vila, defronte do alçado norte da capela do Senhor. Não pondo de parte tal hipótese, acho, porém, que ela tem de ser discutida e aprofundada, sobretudo em relação à leitura das respectivas armas, ao modo como essa posse é justificada (a avó paterna de Maria de Almeida tê-la-ia herdado de seu primeiro marido António Borges) e à real identidade dos primitivos donos.
Por outro lado, Pinho Leal, no penúltimo volume do “Portugal antigo e moderno”, publicado cerca de 1890, e ao apresentar a lista dos sete edifícios brasonados de Vila Pouca de Aguiar, afirmava o seguinte: “1.º – Casa da Tapa. Pertenceu outr’ora a João Manuel de Sousa Guedes – e é hoje de D. Lucinda de Sousa Guedes, casada com Luiz de Sousa Roma. (...) 3.º – casa de José Xavier Athayde Mello e Castro, hoje de seu filho do mesmo nome”. Esta notícia só vem baralhar mais o jogo, e das duas uma: ou Pinho Leal se enganou e a casa indicada em primeiro lugar não era a da Tapa, mas sim a residência dos Morgados da Capela de Nossa Senhora da Conceição – o 4.º e último chamava-se, conforme a “Mui nobre e ilustre terra de Aguiar”, João Manuel de Souza Guedes, constando ainda desta publicação que a respectiva pedra de armas se encontra actualmente no “Jardim do Largo Luiz de Camões” (o que parece indiciar a sua anterior ruína ou demolição) –; ou então estava a falar verdade, e, sendo assim, a casa brasonada que os Morgados de Carrazedo há muito detinham em Vila Pouca de Aguiar seria outra que não a da Tapa. Eu inclino-me para a primeira hipótese, até porque aquele autor nem sempre é muito fidedigno e reflecte muito a diferente qualidade das informações que lhe iam sendo enviadas; mas esta continua a ser uma questão controversa e mal esclarecida.
– Pelo matrimónio de D. Joana Antónia de Sousa e Almeida com o Dr. José Constantino de Sousa Monteiro Leite, além de outras, entraria a representação genealógica dos Sousas Canavarros (Rodrigues) da antiga casa da Freixeda, igualmente situada na freguesia de Capeludos, cuja posse entretanto passara para uma linha secundária e aí se continuou até ao presente.
– Já a união de D. Ana Emília de Sousa Leite com José Xavier de Miranda Ataíde Melo e Castro traria, em primeiro lugar, a chefia dos Mirandas da casa do Cerrado, em Montalegre, cavaleiros da Casa dos Duques de Bragança e fidalgos da Casa Real, que naquela vila desempenharam cargos tão diversos como o de capitão-mor, alcaide-pequeno do Castelo, escrivão do público e judicial e escrivão da Câmara, etc. O antigo solar, que recentemente foi objecto de remodelação, ergue-se num dos lados da Praça do Município, em plano rebaixado, e possui um notável portão armoriado com um escudo pleno de Mirandas.
O Morgado do Cerrado representava ainda, pelo lado materno, os Álvares de Queiroga Machado da “Casa Grande” de Valdegas, na freguesia de Santa Marta de Pinho, e os Rodrigues dos Santos, senhores da casa e grandiosa capela de Santa Bárbara (e Nossa Senhora da Conceição), na freguesia de Santa Maria da Granja, que continua a ser erradamente chamada de convento.
DESCRIÇÃO DAS ARMAS DA CASA DE CARRAZEDO
1.º e 4.º – SOUSA (CHICHORRO): esquartelado, sendo I e IV de prata com as cinco quinas alinhadas em cruz (Portugal antigo); II e III de prata, com um leão de púrpura, armado e lampassado de azul.
2.º – MACHADO (moderno):de vermelho, com cinco machados de prata, encabados de ouro.
3.º – ALMEIDA: de vermelho, com uma dobre-cruz entre seis besantes, tudo de ouro; bordadura do mesmo metal.
Elmo de prata, aberto, guarnecido de ouro, voltado para a direita e posto a três quartos. Inexistência de timbre.
A interpretação destas armas não constitui tarefa fácil, não só porque os quartéis relativos aos Sousas estão mal representados – em ambos os casos só foi esculpida a metade superior (1.º e 2.º quartéis), estando ainda as quinas erradamente dispostas em sautor – mas também pela existência de diversos costados Sousa e Machado nestas gentes. Por conseguinte, torna-se quase impossível determinar aqueles a que as representações heráldicas dizem efectivamente respeito, até porque os Sousas podem estar no 1.º quartel «por privilégio» – pervertendo assim o critério da proximidade da varonia – e a ausência de timbre também não ajuda a esclarecer essa possibilidade.
Estou, no entanto, convencido de que se trata do escudo com as armas misturadas da aliança de Manuel Borges de Sousa – que era simultaneamente Machado e Sousa quer pela avó paterna Guiomar Machado quer pela avó materna Catarina de Sousa, sendo o costado Machado dos Morgados de Vilarinho aquele que aparenta estar mais chegado à varonia – com Maria de Almeida (Machado) – que também era Machado por seu avô paterno Pedro Machado e Almeida pelo avô materno Francisco Rodrigues de Almeida, que por sua vez era filho de Maria de Almeida, natural da freguesia do Salvador de Ribeira de Pena, certamente da quinta do Bucheiro, e irmã de José Leitão de Almeida, que no ano de 1629 obteve carta de brasão de armas e de familiar do Santo Ofício, tendo ainda sido “Veador de D. Mecia molher do Correio Mor” e administrador do antigo morgadio de São Pedro, em Ribeira Ribeira de Pena, ao qual a dita quinta estaria vinculada.
Assim, é natural que estas armas tivessem sido usadas pelo Dr. Luís de Sousa Machado e pelos seus sucessores, que por meados do século XIX as teriam mandado fazer e colocar quando empreenderam a remodelação do solar.
BORGES DE SOUSA MACHADO, DA CASA DE CARRAZEDO
I – GASPAR GONÇALVES, de cuja origem pouco ou quase nada sei, mas que o assento do casamento dos filhos dá como sendo morador em Carrazedo, lugar pertencente à freguesia de São Pedro do Bragado, concelho de Vila Pouca de Aguiar.
Segundo a “Mui nobre e ilustre terra de Aguiar”, foi “Vereador da Câmara de Vila Pouca de Aguiar (1656)”; e seria sem dúvida parente – talvez até filho – de um Gonçalo Gonçalves, do dito lugar, a quem foi emprazado o casal de Carrazedo em 1 de Abril de 1627. E este, por sua vez, é bem capaz de ser o homónimo da freguesia do Bragado que, com a alcunha de “o grande”, é nomeado como avô paterno do futuro Padre Amaro Pinto na respectiva inquirição «de genere», realizada em 1689; clérigo esse que nove anos mais tarde se tornaria padrinho do filho mais novo de António Borges, a que adiante se fará referência.
Casou em local e data indeterminados com MARIA BORGES, que julgo estar ligada aos Borges da quinta de Friúme, na freguesia do Salvador de Ribeira de Pena, e será seguramente aquela que, moradora em Carrazedo, foi madrinha de uma criança em São Pedro do Bragado a 25 de Agosto de 1652.
Terão tido diversos filhos, entre os quais:
II – Gonçalo Borges, que segue.
II – Crescência Borges, que devia ser natural de Carrazedo e casou «a troco» na freguesia de São João Baptista de Capeludos, concelho de Vila Pouca de Aguiar, a 25 de Julho de 1672 com João de Sousa, irmão de sua cunhada Guiomar Machado, morador no lugar de Vilarinho, de onde seria natural, e que deve ter chegado a suceder na casa paterna, mas veio a falecer relativamente novo, ainda em vida de sua mãe.
À incúria humana não conseguiram escapar os assentos de baptismo da freguesia de Capeludos anteriores a 1692, mas neste caso, pelo facto de a administração do morgadio ter passado para a linha daquela irmã, pode concluir-se que a geração de João de Sousa e Crescência Borges, se chegou a existir, rapidamente se extinguiu.
II – GONÇALO BORGES, que parece ter sido o sucessor, nasceu em Carrazedo cerca de 1633 e faleceu em Vilarinho, freguesia de Capeludos, a 16 de Agosto de 1714.
Em depoimentos prestados no âmbito de inquirições «de genere», ele próprio se intitula “homẽ nobre” e várias testemunhas realçam a circunstância de ter sido “Capitão da Ordenança” do concelho de Vila Pouca de Aguiar.
Casou em São João Baptista de Capeludos, «a troco» e no mesmo dia 25 de Julho de 1672, com GUIOMAR MACHADO (no respectivo assento figura como Guiomar de Sousa, mas depois é geralmente designada por Guiomar Machado e ela própria assim se apelida), natural do dito lugar de Vilarinho e aí falecida a 16 de Novembro de 1715; filha de António Machado, também natural de Vilarinho (ou de um lugar da freguesia de Santiago de Soutelo, como afirmam outras testemunhas do processo de habilitação instaurado pelo Santo Ofício a sua bisneta D. Guiomar de Sousa Carneiro da Fontoura), administrador (ou instituidor) do morgadio de Vilarinho, e de sua mulher Guiomar de Sousa, natural de Vila Pouca de Aguiar e falecida em Vilarinho a 25 de Julho de 1707.
Desconheço a filiação de António Machado, mas em relação à de sua mulher Guiomar de Sousa, o Brigadeiro Calvão Borges sustenta (em trabalho publicado no n.º 10 das “Raízes e Memórias”) que pela parte de sua avó paterna a mencionada habilitanda (filha do Dr. João de Sousa Machado, adiante referido) “era trineta de Francisco de Sousa, Capitão de Vila Pouca de Aguiar e Partidor dos orfãos do Concelho”, citando como fonte o vol. 430 das Genealogias Pombalinas da Biblioteca Nacional de Lisboa, que ainda não tive ocasião de consultar; e, efectivamente, existiu uma “guiomar de sousa filha de fr.co de sousa todos de vila pouqua” que figura (pelo menos duas vezes, a última das quais a 17 de Maio de 1639) como madrinha nos assentos de baptismo da freguesia de Santiago de Soutelo.
Assim, e se esta hipótese se vier a confirmar, Guiomar Machado seria neta materna de Francisco de Sousa, curador, avaliador e partidor dos orfãos de Vila Pouca de Aguiar (carta de 1 de Abril de 1626), o qual, ao testemunhar numa habilitação realizada em Bornes a 24 de Dezembro de 1634, declara ser “curador dos orfãos na villa de Aguiar e seu conselho natural, e morador na mesma Villa (...) de quarenta e sinco annos pouco mais ou menos (...) que sabia o que dito tem por servir de curador dos orfãos e servir sete vezes de Juiz ordinario, e huã de Vreador no dito Conselho”. Não conheço a identidade da mãe da sua filha (que poderia ou não ser sua mulher), mas, ainda em relação a Francisco de Sousa, e atendendo à cronologia e ao seu estatuto social, penso que ele poderia ser irmão do António de Sousa que teve carta de familiar do Santo Ofício em 1613, e, nesse caso, ambos filhos de António de Sousa, natural de Vila Pouca de Aguiar, que “hera Capitam mor deste c.º e vivia de suas medidas de renda que tinha sem outro trato nhũ”, e de sua mulher Guiomar Borges, natural de Ribeira de Pena – o que, a ser verdade, não só reforçaria a hipótese de uma estreita ligação entre os Gonçalves de Carrazedo e os Borges de Ribeira de Pena como também ajudaria a explicar a persistência do nome Guiomar ao longo de várias gerações.
Como atrás se disse, Guiomar Machado acabou por suceder na casa de Vilarinho e aí residiu habitualmente com seu marido, embora também passassem algumas temporadas em Carrazedo.
Tiveram, entre outros:
III – António Borges, que segue.
III – João de Sousa Machado, nasceu em Vilarinho, foi baptizado em Capeludos a 17 de Abril de 1680 e ali faleceu a 31 de Agosto de 1722. Era formado em Cânones pela Universidade de Coimbra e, apesar de não ser o filho primogénito, veio a suceder por nomeação materna no morgadio de Vilarinho, que a partir da sua morte seria sempre administrado por descendentes seus.
Casou em São Tomé de Arcossó, concelho de Chaves, a 2 de Janeiro de 1715 com Maria de Magalhães Carneiro, nascida a 8 de Setembro de 1702 no lugar de Vidago, então pertencente a essa freguesia, e falecida em Vilarinho a 18 de Fevereiro de 1752, filha de Brás de Magalhães Carneiro, alferes de Infantaria, natural de Chaves, e de sua mulher Maria Teixeira, natural de Vidago, com geração que, para além da casa de Vilarinho, se continuou nas do Olmo, em Vidago, de São Lourenço de Riba Pinhão, etc.
Depois de enviuvar, Maria de Magalhães Carneiro voltou a casar com o Dr. António Pinto Borges da Guerra, natural da freguesia do Salvador de Ribeira de Pena, formado em Cânones pela Universidade de Coimbra, filho de José Pinto Borges e de sua mulher Maria Borges da Guerra, senhores da sobredita quinta de Friúme, na freguesia do Salvador de Ribeira de Pena. Esta união, da qual nasceram sete filhos, constitui mais um indício dos prováveis parentescos cruzados entre estas famílias.
III – ANTÓNIO BORGES (ou Borges Machado, ou Borges de Sousa), nasceu em Vilarinho e terá falecido em Carrazedo entre Agosto de 1698 e Janeiro de 1703.
Foi estudante e faleceu muito novo, em vida dos pais, pelo que dificilmente lhes teria sucedido no que quer que fosse.
Casou, em local por enquanto ignorado e cerca de 1694, com GUIOMAR DE SOUSA, que nasceu no lugar de Nuzedo, freguesia de Vila Pouca de Aguiar, por volta de 1676 e faleceu em Carrazedo a 5 de Dezembro de 1774, praticamente centenária e já viúva de seu segundo marido, a qual era. filha de António Francisco de Aguiar, natural de Nuzedo e falecido posteriormente a 8 de Fevereiro de 1705, familiar do Santo Ofício (carta de 3 de Setembro de 1676), escrivão da Câmara de Vila Pouca de Aguiar (carta de 12 de Julho de 1686) e “abastado proprietario”, e de sua mulher Catarina de Sousa, natural do lugar e freguesia de São Tomé de Arcossó, no concelho de Chaves, em cujo limite se situava a sua quinta do Outeiro da Veiga e ela ainda morava, viúva e de idade muito avançada, no dia 24 de Outubro de 1730.
Era neta paterna de Francisco Gonçalves, natural do lugar de Guilhado, freguesia do Salvador de Vila Pouca de Aguiar, e de sua mulher Catarina Dias, natural do lugar de Tinhela de Baixo, freguesia de São Martinho de Bornes; e materna de Paulo Martins de Sousa, “natural do logar de Eiris, freguezia de Nossa Senhora de Vrea de Bornes, Escrivão das Guias de Villa Pouca de Aguiar, de que teve mercê por Carta de 21 de Junho de 1687”, e de sua mulher Maria Álvares, natural da freguesia de Arcossó e aí ainda residente, no estado de viúva, em 17 de Junho de 1676 e onde ambos, como informa o Doutor Luiz de Mello Vaz de São Payo nos “Sousa Machado em Vila Pouca de Aguiar”, se teriam recebido a 2 de Janeiro de 1642, constituindo assim o tronco da família Sousa Canavarro.
Guiomar de Sousa tornou a casar com João Pinto, natural de Carrazedo, filho de Gonçalo Pinto e Maria Gonçalves (e possivelmente aparentado com o seu primeiro marido), união da qual ainda nasceriam pelo menos sete filhos entre 28 de Outubro de 1703 e 1 de Maio de 1716, três dos quais foram habilitados para receberem ordens menores na arquidiocese de Braga.
Quanto ao primeiro marido, António Borges, ele e Guiomar de Sousa terão tido apenas dois filhos, a saber:
IV – Manuel Borges de Sousa, que segue.
IV – João, que nasceu em Carrazedo e foi baptizado em São Pedro do Bragado a 8 de Maio de 1698, sendo padrinho, como atrás se disse, o Padre Amaro Pinto, então Vigário de Sezelhe de Barroso, e madrinha a mulher de António Francisco de Aguiar, de Nuzedo, que era a sua avó materna; sem mais notícias.
IV – MANUEL BORGES DE SOUSA, nasceu em Carrazedo e foi baptizado na freguesia do Bragado a 20 de Outubro de 1695, sendo provável que ali tenha falecido em meados da década de «70» do século seguinte. Era afilhado de de sua tia materna Maria de Sousa, mulher de Paulo Rodrigues, da Casa da Freixeda, e do Padre Boaventura Borges, de Carrazedo, que julgo ser irmão do seu avô paterno Gonçalo Borges, e, muito provavelmente, o instituidor do morgadio de Carrazedo ou “da Boaventura”, designação sob a qual também era conhecido.
Foi, todavia, senhor da casa de Carrazedo e, pelo casamento, proprietário do ofício de tabelião do judicial e notas de Vila Pouca de Aguiar (carta de 14 ou 17 de Maio de 1721), que efectivamente exerceu durante várias décadas, tendo igualmente desempenhado os cargos de juiz e procurador (1751) do mesmo concelho.
Casou em Vila Pouca de Aguiar, na capela do Senhor (ou do Santíssimo), a 12 de Julho de 1717 com sua parente MARIA DE ALMEIDA (ou de Almeida Machado), que nasceu na dita vila cerca de 1690 e faleceu em Carrazedo a 24 de Dezembro de 1748, sendo posteriormente sepultada no templo onde se recebera. Talvez por causa disso, alguns chegaram a reconhecer-lhe a posse da capela do Senhor, o que me levanta muitas dúvidas e é desmentido por diversos documentos da época; já quanto à da vizinha casa da Tapa, que conjuntamente lhe é atribuída, apesar de não pôr de parte essa possibilidade, creio que também ela necessita de melhor esclarecimento.
Era filha de Francisco Machado, que nasceu na freguesia do Salvador de Vila Pouca de Aguiar – no ano de 1626, consoante a “Mui nobre e ilustre terra de Aguiar, onde também se diz que sucedeu na casa da Tapa a seu irmão Pedro Machado – e foi proprietário do ofício de tabelião do judicial e notas “da Villa de Aguiar e seu termo” (carta de 3 de Março de 1657), e de sua mulher (com quem casou na Igreja de Santiago de Soutelo, concelho de Vila Pouca de Aguiar, a 22 de Fevereiro de 1677) Maria Rodrigues de Almeida, que nascera no lugar e freguesia de Soutelo a 8 de Agosto de 1651, tendo ambos falecido antes de 21 de Novembro de 1705. Francisco Machado havia sido encartado no dito ofício em virtude da renúncia que seu pai, com licença prévia do Monarca, nele fizera através de instrumento público outorgado no ano de 1656; e, depois de o “servir mais de trinta annos com satisfação e sem cometer erros e por se achar velho”, ele próprio o viria a nomear em sua filha Maria de Almeida no testamento com que faleceu, datado de 28 de Setembro de 1698, depois de o Soberano o ter autorizado a fazê-lo “para o servir a pessoa com quem cazar sendo apta”.
Maria de Almeida era neta paterna de Pedro Machado, morador em Vila Pouca de Aguiar e falecido antes do casamento do filho, “homem nobre”, tabelião do judicial e notas de Vila Pouca de Aguiar (carta de 4 de Junho de 1624), ofício que “lhe foi dado em dotte” e serviu durante mais de três décadas “com satisfaçam e sem intrepolação de tempo”, sendo também “capitão na dita villa onde por varyas digo m.tas vezes tem acudido a fronteira de Chaves que dista daquela villa quatro legoas”, e de sua segunda (?) mulher Sabina de Magalhães, cuja naturalidade desconheço mas que ainda estava viva quando o filho se casou, e com a qual se havia recebido “a 14.V.1624 na Igreja do Salvador d’esta Vila”, como revela em “A nossa ascendência” o Eng.º José Ernesto Fontes. E neta materna de Francisco Rodrigues de Almeida, natural de Soutelo e falecido antes de 11 de Agosto de 1665, familiar do Santo Ofício (carta de 5 de Agosto de 1651) e abastado proprietário, descendente pelo lado materno dos Almeidas da antiga quinta do Bucheiro, em Ribeira de Pena, e de sua mulher Antónia de Aguiar, oriunda do lugar de Lagobom, freguesia de São Martinho de Bornes, e falecida em Soutelo a 30 de Novembro de 1679, sendo então casada com seu segundo marido Pedro Machado, que deveria ser parente muito chegado do genro.
De acordo com o mesmo investigador, Sabina de Magalhães fora casada em primeiras núpcias com o Tabelião António Borges, de quem herdara a casa da Tapa e a propriedade dos ditos ofícios, o que me parece não estar suficientemente comprovado, sobretudo no que diz respeito à transmissão da casa e ao verdadeiro significado daquele “dotte”. Uma coisa, porém, é indiscutível: Maria de Almeida possuía, decerto por herança, um jazigo familiar no interior da capela do Senhor, onde seriam sucessivamente sepultadas a irmã Ana, ela própria e a futura nora, sendo admissível que também aí tivessem sido inumados o marido e o filho herdeiro.
De entre os quatro filhos que pelo menos tiveram, sucedeu-lhes:
V – Luís de Sousa Machado, que segue.
V – LUÍS DE SOUSA MACHADO (ou de Sousa Machado Canavarro), nasceu em Carrazedo no ano de 1726 (ou de 1725) e faleceu posteriormente a 26 de Maio de 1796, “de morte repentina”, mas é possível que não tenha sido em Carrazedo, já que o respectivo assento não consta dos livros de óbitos da freguesia do Bragado.
Sucedeu nas casas de seus pais, foi bacharel em Artes e formado em Leis pela Universidade de Coimbra, cavaleiro professo na Ordem de Cristo (carta de 23 de Maio de 1768), e, tal como afirma o Eng.º José Ernesto Fontes nos “Mirandas d’Ataíde de Melo e Castro. Morgados do Cerrado em Montalegre”, exerceu ainda os cargos de “Tabelião propr.º do Público Judicial e Notas de Vila Pouca de Aguiar (C. 19.XI.1777), Juíz do Tombo da Comenda de São João da Corveira na Sagrada Religião de Malta (1772), Juíz Ordinário (1771 e 1790) Vereador (1758) e Almotacé (1791) do Concelho de Vila Pouca de Aguiar”.
Casou, seguramente na freguesia de São Pedro do Bragado, em data anterior a 8 de Janeiro de 1756, com sua prima D. MARIA DIAS DE SOUSA (ou de Sousa Dias), que nasceu em Carrazedo por volta de 1730 e aí faleceu a 6 de Abril de 1797; filha de Boaventura Dias, natural de Carrazedo, baptizado na freguesia do Bragado a 12 de Setembro de 1699 e falecido em Carrazedo a 3 de Abril de 1776, que numa inquirição vem designado como “lavrador”, e de sua mulher Catarina de Sousa, natural da Freixeda e falecida em Carrazedo a 30 de Novembro de 1766, com a qual se recebeu na freguesia de Capeludos a 23 de Abril de 1727.
Era neta paterna de Domingos Gonçalves, natural de Carrazedo, baptizado no Bragado a 26 de Agosto de 1657 e falecido anteriormente a 16 de Junho de 1713, e de sua mulher Ana Domingues, natural do lugar do Bragado e falecida em data posterior ao casamento de seu filho; neta materna de Francisco de Sousa, natural do lugar e freguesia de Santa Maria de Afonsim, concelho de Vila Pouca de Aguiar, e falecido anteriormente a 3 de Fevereiro de 1720, e de sua mulher Catarina Rodrigues, oriunda da casa da Freixeda e falecida em Carrazedo a 10 de Dezembro de 1744, os quais se receberam em Capeludos a 2 de Agosto de 1694.
Tiveram pelo menos sete filhos, quatro rapazes e três raparigas, mas veio a suceder-lhes a mais velha, com certeza por falta de geração ou profissão religiosa dos seus irmãos:
VI – D. Joana Antónia de Sousa e Almeida, que segue.
VI – D. JOANA ANTÓNIA DE SOUSA E ALMEIDA, nasceu em Carrazedo a 12 de Maio de 1760 e aí faleceu a 11 de Janeiro de 1840, constando em averbamento ao respectivo assento que “Fese-lhe o 2.º off.º na Cappella de Carrazedo, q. e da sua caza”.
Foi administradora do Morgadio de Carrazedo, senhora da casa da Tapa (?) e do campo de Trás das Tulhas, em Vila Pouca de Aguiar, da quinta do Viso, no limite de Arcossó, etc.
Casou na freguesia de São Pedro do Bragado a 8 de Fevereiro de 1780 com seu primo JOSÉ CONSTANTINO DE SOUSA MONTEIRO LEITE, que nasceu no lugar e freguesia de São Martinho de Bornes, concelho de Vila Pouca de Aguiar, a 8 de Dezembro de 1747 e faleceu em Carrazedo a 14 de Abril de 1809, administrador de um Vínculo em Sapiãos (instituído em 1728 por seu bisavô Domingos Vaz Monteiro, então já viúvo, e pela filha deste, Maria do Ó, solteira, ambos moradores em Sapiãos, no antigo termo de Montalegre e actual concelho de Boticas), formado em Cânones pela Universidade de Coimbra e, pelo casamento, proprietário do ofício de tabelião do judicial e notas de Vila Pouca de Aguiar (carta de 2 ou 22 de Junho de 1803), tendo ainda sido “Juiz Ordinário” (1774) desse mesmo concelho, etc.
Era o filho mais velho e sucessor de Tomé de Sousa Machado Leite, nascido em Bornes a 21 de Dezembro de 1720, o qual, de acordo com o autor do supracitado estudo manuscrito, foi “Sñr. da Casa de Bornes de Aguiar” [certamente aquela a que o Dr. Manuel Abranches de Soveral chama, em “Machado de Vila Pouca de Aguiar”, a “Casa da Capela”], e ainda “Capitão de Infantaria Auxiliar do Terço de Chaves (C.P. ?..VIII.1764) e do Terço de Vila Real (C.P. 23.X.1769), Juíz Ordinário (1764) Vereador (1748) e Almotacé (1749) do Concelho de Vila Pouca de Aguiar”, e de sua mulher e prima (com quem casou na capela de Santa Luzia da Freixeda a 26 de Outubro de 1744) D. Maria Teresa de Sousa Machado, nascida no mesmo lugar da Freixeda, freguesia de Capeludos, a 28 de Janeiro de 1718 e falecida posteriormente a Janeiro de 1759, a qual pode ter chegado a suceder na administração daquele vínculo de Sapiãos.
Por conseguinte, era neto paterno de Constantino Rodrigues, nascido em Bornes a 16 de Julho de 1677 e aí falecido a 3 de Fevereiro de 1742, que terá sido administrador do aludido morgadio da “Casa da Capela”, e de sua mulher (recebidos em Santa Eulália de Pensalvos, concelho de Vila Pouca de Aguiar, a 29 de Outubro de 1719) Rosa Maria Leite, natural do lugar de Soutelo do Mato, freguesia de Pensalvos, e falecida em Vila Real, provavelmente na freguesia de São Pedro, a 20 de Março de 1741; e materno de Bernardino Monteiro, natural do lugar e freguesia de São Pedro de Sapiãos, onde foi baptizado a 4 de Dezembro de 1679, e falecido na Freixeda a 3 de Março de 1761, 1.º administrador do dito vínculo em Sapiãos, “tenente de cavalos no Regimento dos Dragões de Chaves”, proprietário pelo casamento do ofício de escrivão das guias de Vila Pouca de Aguiar (carta de 23 de Setembro de 1719), e de sua mulher (com quem casou em Capeludos a 20 de Fevereiro de 1715) Catarina de Sousa (ou de Sousa Machado), natural da Freixeda e aí falecida a 8 de Abril de 1780, que foi herdeira da casa da Freixeda e da propriedade desse mesmo ofício.
Tiveram sete filhos, dos quais o varão primogénito foi:
VII – Tomé Luís de Sousa Leite, que segue.
VII – TOMÉ LUÍS DE SOUSA LEITE (ou de Sousa Monteiro Leite), nasceu em Carrazedo a 28 de Dezembro de 1782 e faleceu nesse mesmo local a 13 de Maio de 1857.
Além da administração do morgadio de Carrazedo e de outros vínculos em que sucedeu a seus maiores, herdou também, por nomeação de sua mãe, todos os prazos que a mesma possuía e foi agraciado com a propriedade do ofício de tabelião do judicial e notas de Vila Pouca de Aguiar (carta de 15 de Janeiro 1816), tendo ainda sido, segundo os recorrentes “Mirandas d’Ataíde de Melo e Castro. Morgados do Cerrado em Montalegre”, “Capitão-mór de Vila Pouca de Aguiar (C.P. 10.V.1820), Sargento-mór das Ordenanças da mesma Vila (Prov. 25.III.1818), Juíz Ordinário (1814 e 1823) e Substituto (Prov. 1.XI.1822) Fiscal da Câmara (P.J. 2.X.1834) e Almotacé (1824) do Concelho de Vila Pouca de Aguiar”; embora em “A nossa ascendência” o mesmo autor tivesse dito que o ano da carta patente de capitão-mor era o de 1824.
Neste trabalho, publicado em 1979 nas “Armas e Troféus”, o Eng.º José Ernesto Fontes apresenta a “Lista Cronológica dos Capitães-Mores” de Vila Pouca de Aguiar, onde Tomé Luís de Sousa surge em 18.º lugar e se fica a saber que foi “Demitido por decreto de 14.XII.1833 de El Rei D. Miguel I”, constando da “Mui nobre e ilustre terra de Aguiar” que o foi “devido à acção política de seu irmão Padre Bento António”. Com efeito, numa “Lista das pessoas presas no Aljube do Porto (De 3 de Julho de 1828 até 9 de Julho de 1832)”, divulgada pelo Dr. Júlio Teixeira na p. 213 do 4.º vol. dos “Fidalgos e Morgados de Vila Real e seu Termo”, pode ver-se que um dos que ali deu entrada em 7 de Julho de 1831 foi o Padre Bento António de Sousa Leite, vigário de Parada de Monteiros, que “Veio preso de Vila Real. Em 9 de Setembro se lhe julgarão expiadas as culpas com a prisão que sofreu desde Setembro de 1828. Foi solto em 14 daquele mez”; circunstância essa que, atendendo ao facto de a demissão do irmão só ter ocorrido passados dois anos, indicia que ele não terá esmorecido na defesa activa das suas ideias liberais.
Casou em São Pedro do Bragado, a 10 de Fevereiro de 1817, com D. LEONOR LUÍSA DE MORAIS PINTO (ou de Morais Pinto Cardoso), que nasceu no lugar e freguesia de Nossa Senhora das Neves dos Possacos, no antigo termo de Chaves e actual concelho de Valpaços, cerca de 1790 e faleceu em Carrazedo a 16 de Novembro de 1855; filha de Francisco Xavier de Morais Pinto, que terá nascido e falecido nos Possacos por volta de 1740 e 1795, respectivamente, sargento-mor das Ordenanças da Praça de Chaves e administrador do morgadio de Nossa Senhora da Assunção dos Possacos (com capela da mesma invocação e “grandioso” solar, localmente conhecido por “Casa dos Xavieres”), e de sua mulher e prima D. Ana Joaquina de Ataíde e Almeida, que nasceu na freguesia de Santa Maria da vila de Montalegre à roda de 1760 e já era falecida no ano de 1813.
Era neta paterna de João Lopes Martins, nascido nos Possacos a 18 de Novembro de 1703, administrador do dito morgadio, formado em Cânones pela Universidade de Coimbra, e de sua mulher D. Leonor Maria de Ataíde Morais (ou de Morais Pinto), que terá nascido no lugar de Rio Torto, também do antigo termo de Chaves e actual concelho de Valpaços, a 7 de Outubro de 1714 e falecido, provavelmente nos Possacos, posteriormente a 1790, com a qual se recebera na igreja de São Pedro de Rio Torto a 1 de Maio de 1739; neta materna de Francisco José de Miranda e Ataíde, que nasceu em Montalegre a 2 de Setembro de 1716 e aí terá falecido, senhor da antiga casa do Cerrado na mesma vila, escudeiro e cavaleiro Fidalgo da Casa Real (alvará de 19 de Julho de 1788), capitão-mor das Ordenanças e escrivão da Câmara de Montalegre, e de sua mulher (com quem casou na igreja de Santa Marinha, concelho de Ribeira de Pena, a 4 de Fevereiro de 1753) D. Antónia Teresa de Almeida e Andrade (ou de Andrade e Almeida), a qual, consoante o Eng.º José Ernesto Fontes, nascera no solar de Santa Marinha a 19 de Janeiro de 1721, e é provável que tenha vindo a falecer em Montalegre. D. Antónia Teresa era irmã de Francisco Xavier de Andrade e Almeida, avô paterno do 1.º Barão de Ribeira de Pena, e não sua filha, como erradamente consta da base de dados deste site.
Tiveram pelo menos cinco filhas, das quais a primogénita e herdeira foi:
VIII – D.Ana Emília de Sousa Leite, que segue.
VIII – D.ANA EMÍLIA DE SOUSA LEITE, nasceu em Carrazedo, a 23 de Abril de 1818 e aí faleceu a 22 de Junho de 1881, tendo sido a última Administradora do morgadio de Carrazedo e dos outros vínculos da sua grande casa.
Casou na freguesia de São Pedro do Bragado a 4 de Setembro de 1836 com seu primo JOSÉ XAVIER DE MIRANDA ATAÍDE MELO E CASTRO, que nasceu na vila de Montalegre a 13 de Agosto de 1819 e faleceu em Carrazedo, a 14 de Julho de 1886, senhor. da antiga e ilustre casa do Cerrado, em Montalegre, último administrador dos vínculos das casas de seus pais e, consequentemente, grande proprietário nos concelhos de Montalegre, Boticas e Chaves.
Era filho herdeiro de José Xavier de Miranda Ataíde e Melo, natural de Montalegre e falecido, conforme declara Luiz de Figueiredo da Guerra nas “Notícias históricas do concelho e vila de Boticas”, cerca de 1824, senhor da referida casa do Cerrado, da quinta de Avinhó, na freguesia de São Vicente de Redondelo, etc,. escudeiro e cavaleiro fidalgo da Casa Real (alvará de 24 de Setembro de 1788), comandante da 3.ª Brigada de Ordenanças da província de Trás-os-Montes e capitão-mor de Montalegre, etc., e de sua segunda mulher (com quem casou na igreja de Santa Maria da mesma vila a 12 de Fevereiro de 1818) D. Rita de Cássia de Queiroga Madureira Lobo Sotomaior (ou de Queiroga Madureira e Castro, como depois é geralmente designada), nascida no lugar de Valdegas a 15 de Fevereiro de 1795 e que, de acordo com o mesmo autor, “depois em 1824, quando viuva (...) veio residir para a Granja”; a qual, se tiver sobrevivido a seu pai, foi administradora do morgadio de Valdegas (com solar e capela de Nossa Senhora do Pilar), na freguesia de Santa Marta de Pinho, e do da Granja (com solar e capela de Nossa Senhora da Conceição e Santa Bárbara), na freguesia de Santa Maria da Granja, ambas pertencentes ao antigo termo de Montalegre e actualmente ao concelho de Boticas.
Desse modo, era neto paterno de Francisco José de Miranda e Ataíde e de sua mulher D. Antónia Teresa de Almeida e Andrade, atrás mencionados; e materno de Veríssimo Álvares de Queiroga Machado, nascido em Valdegas a 28 de Maio de 1772 e falecido acidentalmente no lugar de Adagoi, freguesia de Capeludos, a 24 de Junho de 1846, administrador dos morgadios de Valdegas e da Granja, alferes do Regimento de Cavalaria de Miranda, vereador da Câmara de Chaves (1817-1829), constando das respectivas pautas que era “Abastado em bensde raiz da governança de boa conduta e bem quisto”, e de sua mulher D. Ana Bernardina de Morais e Madureira Lobo (irmã mais velha da 1.ª Viscondessa de São João da Pesqueira), que terá nascido em Chaves (ou na quinta das Eiras, freguesia de Nossa Senhora da Expectação do termo daquela então vila), por volta de 1770 e falecido ainda muito jovem, em data anterior a 5 de Janeiro de 1801.
Tiveram treze filhos, parte deles casados e com geração, dos quais o varão primogénito foi:
IX – José Xavier de Miranda Ataíde Melo e Castro, que segue.
IX – JOSÉ XAVIER DE MIRANDA ATAÍDE MELO E CASTRO, nasceu em Carrazedo a 20 de Novembro de 1839 e aí faleceu a 31 de Dezembro de 1909.
Foi escrivão da Câmara de Vila Pouca de Aguiar (carta de 31 de Agosto de 1872), senhor da casa do Cerrado, em Montalegre, do solar da Boaventura e da casa do Arco, em Carrazedo, da casa da Tapa (?) e do vasto campo de Trás das Tulhas, em Vila Pouca de Aguiar, da quinta da Assureira, em Capeludos, e da do Poldrado, na margem direita do Tâmega (junto à praia fluvial de Vidago), e bem assim de um significativo conjunto de propriedades rústicas que faziam parte das importantes casas de seus pais; sendo ainda considerado um “influente politico do partido progressista”.
Casou na Igreja de São Pedro do Bragado a 6 de Julho de 1869 com sua prima co-irmã D. MARIA DA ASSUNÇÃO DE MIRANDA ATAÍDE MELO E CASTRO, que nasceu na freguesia de Santa Maria da vila de Montalegre a 15 de Agosto de 1848 e faleceu em Carrazedo a 4 de Abril de 1913; filha de seu tio paterno Sebastião de Miranda Ataíde Melo e Castro, cuja naturalidade ainda não consegui determinar (o assento do seu baptismo não consta dos livros de Santa Maria de Montalegre) mas sei que faleceu em data posterior ao casamento desta sua filha (em que actuou como testemunha e é declarado viúvo), cavaleiro da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa (carta de 18 de Fevereiro de 1847) e substituto do Juiz de Direito da comarca de Montalegre (1856), e de sua mulher D. Maria Isabel Ferreira Caldas, natural da mesma vila e já falecida quando esta filha se casou.
Era, assim, neta paterna de José Xavier de Miranda Ataíde e Melo e de sua segunda mulher D. Rita de Cássia de Queiroga Madureira Lobo Sotomaior (ou de Queiroga Madureira e Castro), acima referidos; e materna de José Joaquim Ferreira Caldas, também natural de Montalegre e aí falecido a 19 de Maio de 1849, cirugião-mor do Batalhão de Voluntários Realistas de Montalegre (carta patente de 15 de Junho de 1830), contador e distribuidor do Juízo de Direito da dita comarca (carta de 22 de Fevereiro de 1843), e de sua mulher Josefa Alves de Moura, que era natural do lugar de Codeçoso da Chã, da freguesia de Santa Maria de Meixedo e termo de Montalegre, vila onde faleceu a 10 de Fevereiro de 1863 e ambos se haviam recebido a 18 de Agosto de 1814, sendo ela já viúva de João Gomes da Silva.
Tiveram nove (ou dez) filhos, particularmente:
X – O primogénito, Francisco Xavier de Miranda Ataíde e Castro, nasceu na freguesia de Redondelo (possivelmente na quinta de Avinhó) a 12 de Abril de 1870 e faleceu no lugar e freguesia de São Bartolomeu de Água Revés, concelho de Valpaços, a 4 de Setembro de 1927. Ordenado na capela do Paço Arquiepiscopal de Braga, a 25 de Julho de 1893, pelo Arcebispo Primaz D. António José de Freitas Honorato, foi posteriormente nomeado para o exercício do cargo de “Capellão do Côro” da igreja da Santa Casa da Misericórdia do Porto (diploma de 9 de Agosto de 1909) e desempenhou ainda as funções de pároco em diversas freguesias da região.
Teve uma filha natural que casou e deixou numerosa descendência, entre a qual eu estou incluído.
X – O único que teve geração legítima, apesar de actualmente extinta, foi o 4.º na ordem de nascimento, Tomé de Miranda Ataíde Melo e Castro, que nasceu em Vila Pouca de Aguiar a 12 de Abril de 1874 e faleceu na freguesia de Santa Eulália de Anelhe, concelho de Chaves, a 17 de Fevereiro de 1935.
Foi co-proprietário da referida quinta do Poldrado (ou do Curral) e senhor de muitos outros bens, que herdou não só de seus pais mas também de alguns familiares que não tiveram descendentes.
Casou na freguesia de Santiago de Oura a 25 de Outubro de 1905 com sua prima D. Maria da Glória Andrade Valadares, nascida na freguesia do Salvador de Ribeira de Pena no ano de 1870 (ou de 1869) e falecida na quinta do Poldrado a 19 de Junho de 1956, senhora da casa e quinta de Senra de Cima nessa mesma freguesia, filha única e reconhecida por testamento de Domingos José de Andrade Valadares e Aguiar, senhor dessa “magnifica” propriedade em sucessão a seu pai, chefe do Partido Regenerador no concelho de Ribeira de Pena, etc., o qual nasceu na freguesia de Santa Marinha do mesmo concelho a 26 de Maio de 1835 e faleceu, solteiro, na casa de Senra de Cima, em data anterior ao casamento da sua única filha, havida em Maria Teresa Teixeira, da qual ignoro qualquer outro dado biográfico.
D. Maria da Glória era neta paterna de Francisco Xavier de Andrade e Almeida Pacheco e Sousa Leitão, nascido no solar de Santa Marinha a 4 de Outubro de 1801 e aí falecido a 11 de Agosto de 1867, 1.º Barão da Ribeira de Pena (decreto de 19 de Fevereiro de 1851), senhor do antigo e grandioso solar de Santa Marinha, administrador dos vínculos da sua insigne casa e detentor de um “património que o colocava na situação de principal proprietário da sua província”, fidalgo cavaleiro da Casa Real, comendador nas Ordens de Cristo e de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, coronel do Regimento de Milícias de Chaves, presidente da Câmara e administrador do concelho de Ribeira de Pena, etc., e de sua mulher e prima (com a qual se recebeu na capela de Santo António da casa de Senra de Baixo a 10 de Maio de 1830) D. Maria Angélica Pacheco de Valadares Sousa Martins e Aguiar, que terá nascido por volta de 1810 e faleceu em Ribeira de Pena a 8 de Julho de 1874, senhora de uma importante fortuna que englobava, entre outras, a antiga casa de Senra de Baixo (ou da Trezêna), em Ribeira de Pena, e a casa do Cabo, em Pensalvos (vinculada ao “opulento” morgadio de Nossa Senhora do Rosário, cujos bens estavam avaliados em 500 contos de reis à data da sua instituição, ocorrida em 1755), etc.; e neta materna de avós que para já desconheço.
X – O 6.º (?), Arnaldo Xavier de Miranda e Castro, era, conforme o próprio declara no seu testamento, natural de Montalegre, tendo falecido em Carrazedo, no estado de solteiro, a 27 de Junho de 1951, sendo público e notório que tinha diversos filhos naturais.
O registo do óbito mantém-lhe a naturalidade montalegrense e atribui-lhe a idade de 75 anos, mas, se por um lado não se consegue localizar o assento do seu baptismo nos correspondentes livros paroquiais, pelo outro é impossível que os pais tenham tido mais algum filho antes de 1879. Estou, portanto, plenamente convencido de que se está perante o seu suposto irmão Jordão, nascido na freguesia de Santa Maria de Montalegre a 18 de Março de 1877, o qual, passados alguns anos, teria alterado no Crisma o nome próprio; até porque, para além do assento do seu baptismo, nunca encontrei qualquer outra notícia desse Jordão.
Foi, juntamente com sua irmã mais nova D. Maria Filomena, co-proprietário do solar de Carrazedo e de muitos outros bens cujo usufruto lhe viria a legar, ficando a respectiva raiz a pertencer a Laura da Livração Chaves Castanheira, sua “única e universal herdeira”, que então já era maior e vivia desde há muito tempo em companhia de ambos.
X – A última, que seria a 9.ª (ou 10.ª) na ordem de nascimento, D. Maria Filomena de Miranda e Castro, nasceu em Carrazedo a 7 de Janeiro de 1886 e aí faleceu, no estado de solteira, a 27 de Maio de 1958.
Foi herdeira de alguns dos seus irmãos e também instituiu herdeira universal a sobredita Laura da Livração Chaves Castanheira, que a partir de então reuniu na sua pessoa a plena posse do solar de Carrazedo e de muitas outras propriedades que haviam pertencido a estas gentes.
Chegava assim ao fim uma história conjunta, decorrida ao longo de pelo menos três séculos, numa série ininterrupta de gerações, em que os últimos possuidores da casa de Carrazedo continuavam a ser os representantes genealógicos da principal linha descendente do casal com que este estudo se iniciou: Mateus Gonçalves e Maria Borges.
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Aguiar
Caros Participantes
Peço que me desculpem o facto de não ter assinado a mensagem com que iniciei este tópico.
Com os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Estimado Miguel Moura,
MEUS PARABÉNS pela belíssimo e esclarecedor relato da sucessão da Casa de Carrazedo - Bragato - De Vila Pouca de Aguiar.
Não sei se é de seu conhecimento o trabalho que venho a realizar sobre uma Grande base que estou a montar e que pretendo UNIFICAR todos os Castros numa única árvore.
Do casal Rita de Cássia Queiroga de Madureira Machado (ou Rita de Cássia Queiroga de Madureira Lobo Sotomayor, ou Rita de Cássia Queiroga de Madureira e Castro) e José Xavier de Miranda Ataíde e Melo, que constavam em minha base sem a descendência, tomei a liberdade de expandir as informações com os dados que aqui expusestes, o que fico-lhe muito grato.
Imaginando que deves ter dados colaterais do que aqui expôs, se for possível, peço sua especial gentileza de disponibilizar-me informações complementares, para que eu possa enriquecer ainda mais os dados dessa linhagem. Podendo aqui mesmo detalhar, ou mesmo, se lhe facilitar, enviar para meu e-mail castro.genealogiaarrobabol.com.br .
Muito agradecido por tudo. Fico a disposição. Fraterno abraço.
Samuel de Castro
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Caro Samuel de Castro
Muito obrigado pelas suas palavras e peço que me desculpe o atraso, mas só agora é que me foi possível responder-lhe.
Na verdade, já tinha visto referências à sua grande árvore dos Castros. Dou-lhe os meus parabéns e gabo a sua coragem.
Quanto à transposição para a mesma de elementos que aqui apresentei, isso é perfeitamente legítimo e para mim não constitui nenhum problema. Ao dizer que estava “escaldado” com informações que já tinha revelado neste Fórum, queria-me referir à publicação por outrém de transcrições de documentos por mim feitas e aqui divulgadas, sem que fosse feita qualquer referência a esse facto.
Uma das investigações em que tenho estado mais envolvido é precisamente na dos meus “Castros”, procurando reconstituir a linha por onde foi sendo transmitido este apelido que também me foi dado. E é curioso que, neste caso, e apesar das inúmeras quebras de varonia, ele se tenha continuado a impor aos demais.
Mas, quer por os microfilmes que em tempos consultei não irem além de 1880 quer pelo facto de sempre ter insistido mais no esclarecimento de muitos aspectos da minha linha directa, acabo por ter as gerações mais recentes das linhas colaterais muito incompletas e pouco actualizadas.
Desde já posso, no entanto, acrescentar o seguinte:
– O casal D. Rita de Cássia de Queiroga Madureira Lobo Sotomaior (é assim que assina a procuração para a escritura antenupcial, no assento de casamento figura como D. Rita de Cássia de Madureira Lobo e no baptismo do filho como D. Rita de Cássia de Queiroga Madureira e Castro, forma que parece estabilizar e é geralmente mantida nos baptismos dos netos) e José Xavier de Miranda Ataíde e Melo tiveram, que se conheça, três filhos: José Xavier, Sebastião e Maria Inácia. Aos dois primeiros já me referi, e a filha consta da base de dados deste site e a respectiva descendência foi publicada nas “Últimas gerações de Entre Douro e Minho”, de José de Sousa Machado (1.º vol. p. 332), e no “Anuário da Nobreza de Portugal” (III, Tomo II, 1985, pp. 185-188).
– O filho Sebastião (que aparece pontualmente como Sebastião José) foi casado, como já disse, com D. Maria Isabel Ferreira Caldas, de quem teve duas filhas. A primogénita, D. Maria Isabel de Miranda Ataíde Melo e Castro, nasceu em Montalegre a 20 de Janeiro de 1845 e casou em São Vicente de Redondelo a 27 de Agosto de 1865 com Timóteo Álvaro de Sousa Vilhena, filho de Timóteo José Vaz Monteiro e de sua mulher e prima D. Carlota Joaquina Álvares de Vilhena e Sousa, senhora do solar de Casas Novas, na mesma freguesia, com descendência que vem tratada nos §§ 5 e 6 dos “Morgados de Casas Novas”, abrangente estudo publicado pelo Brigadeiro José Guilherme Calvão Borges nos n.os 10 e 11 das “Raízes e Memórias”.
– De José Xavier de Miranda Ataíde Melo e Castro e D. Ana Emília de Sousa Leite também foi filha D. Rosa Adelaide de Miranda Ataíde Melo e Castro, que o mesmo autor diz ter casado em São Pedro do Bragado a 13 de Outubro de 1871 com António Augusto de Sousa Vilhena, igualmente filho de Timóteo José Vaz Monteiro e de D. Carlota Joaquina Álvares de Vilhena e Sousa, com descendência que vem tratada nos §§ 2, 3 e 4 dos citados “Morgados de Casas Novas” – a titúlo de curiosidade, menciono a circunstância de uma bisneta deste casal, D.Maria Helena de Ataíde Vilhena Rodrigues (http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=610672) ter sido a primeira mulher do Eng.º Amílcar Lopes Cabral, fundador do P.A.I.G.C., etc., com geração.
– Há pelo menos mais três filhos de José Xavier de Miranda Ataíde Melo e Castro e D. Ana Emília de Sousa Leite que casaram, a saber: Francisco Xavier de Miranda e Castro, que se recebeu em primeiras núpcias com D. Maria Joana (Cândida Osório de Figueiredo), da casa do Poeiro, em Lobrigos, concelho de Santa Marta de Penaguião, sem geração, e em segundas com Rosa Lopes Teixeira, da qual teve quatro filhos legitimados por subsequente matrimónio; D. Clotilde Leopoldina de Miranda Ataíde Melo e Castro, que casou com seu primo co-irmão Tomé Luís de Sousa Canavarro, 13.º e último filho de João José de Sousa Canavarro Leite, senhor da antiga quinta da Estrada e da capela de Nossa Senhora do Loreto, em Sabroso, freguesia da Vreia de Bornes, alferes de Cavalaria e último capitão-mor de Vila Pouca de Aguiar, etc., e de sua mulher e prima D. Carolina Joaquina de Sousa Leite, da casa de Carrazedo; e, por fim, D. Maria Rita de Miranda Ataíde Melo e Castro, que foi casada com seu primo co-irmão Caetano Alberto de Sousa Canavarro, irmão deste seu cunhado Tomé Luís, afirmando o Eng.º José Ernesto de Menezes e Sousa de Fontes que só a primeira é que teve geração.
– A descendência do Padre Francisco Xavier de Miranda Ataíde e Castro corresponde à da minha Avó materna e já começou a aparecer na página familiar «FILIPE(s) Família de Vinhó», que está a ser construída pelo meu primo João Filipe Oliva Monteiro.
Com os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Estimado Miguel Mora,
Fico-lhe muito agradecido por mais estas informações, que também incluí parte na base e fiz a devida referência à sua excelente contribuição.
Em sua mensagem inicial informaste que os casais:
a) Ana Emília de Sousa Leite e José Xavier de Miranda Ataíde Melo e Castro (I), tiveram 13 filhos e, citaste apenas o José. (Na mensagem de 6.5.2008, complementas como Francisco, Clotilde e Maria Rita.
b) José Xavier de Miranda Ataíde Melo e Castro (II) e Maria da Assunção de Miranda Ataíde Melo e Castro, tiveram 9 ou 10 filhos e, citaste apenas 4 = Francisco, Tomé, Arnaldo e M. Filomena.
E, na mensagem de 6.5.2008:
c) Francisco Xavier de Miranda e Castro e sua 2ª esposa Rosa Lopes Teixeira, tiveram 4 filhos e, nada citaste.
Seria possível você fazer a gentileza de informar os nomes, dados e descendências dos demais descendentes dos casais especificados nas letras acima ?
OUTRAS CONSIDERAÇÕES:
d) Da Maria Inácia, diz que a “a descendência foi publicada nas “Últimas gerações de Entre Douro e Minho”, de José de Sousa Machado (1.º vol. pg. 332), e no “Anuário da Nobreza de Portugal” (III, Tomo II, 1985, pp. 185-188).
e) Maria Isabel de Miranda Ataíde Melo e Castro e Timóteo Álvaro de Sousa Vilhena com descendência que vem tratada nos §§ 5 e 6 dos “Morgados de Casas Novas”, de José Guilherme Calvão Borges, abrangente estudo publicado pelo Brigadeiro José Guilherme Calvão Borges nos n.os 10 (out-1994) e 11 das “Raízes e Memórias”.
f) Rosa Adelaide de Miranda Ataíde Melo e Castro e António Augusto de Sousa Vilhena, com descendência que vem tratada nos §§ 2, 3 e 4 dos citados “Morgados de Casas Novas”.
Quanto à letra “d”, estaria correta a indicação da PG 332, do vol I, das UGEM ? Por coincidência recebi a referida página escaneada, mas não se trata da descendência da Maria Inácia.
Quanto à letra “e” e “f”, se possuíres a matéria publicada nas referidas Revistas, seria possível escanear apenas as páginas que retratam os Castros e enviar para o e-mail citado na mensagem de 2.5.2008. Ao receber seu contato, gostaria de enviar para seu e-mail um documento contendo o ramo em questão.
h) “A descendência do Padre Francisco Xavier de Miranda Ataíde e Castro corresponde à da minha Avó materna”.
A Alzira Adelaide de Castro, seria sua avó ? Ela que era filha do Padre da letra h ?
Procurando na NET por «FILIPE(s) Família de Vinhó», achei o link donde tem os dados da descendência da Alzira. Dali extrairei os dados para incluir na base e farei referência a seu primo João Filipe Oliva Monteiro. Se puder fazer o favor de pedir a ele, a gentileza de contatar-me, fico muito grato.
Conto com sua compreensão por tantas indagações, é que o interesse em expandir a base é inesgotável.
Muitíssimo obrigado por tudo. Fico a disposição. Fraterno abraço.
Samuel de Castro
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Caro confrade Miguel Mora
Por via das dúvidas, por favor, veja resposta a uma antiga mensagem sua no tópico "Famílias de Braga e seu termo – Índice", em http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=168703&fview=e
Obrigado.
Francisco Queiroz
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Caro Confrade
Passando por acaso hoje no forum encontrei a sua mensagem que muito me interessou. Peço-lhe o favor de me indicar, se nos seus documentos confirma alguma descendência ilegítima de Manuel Borges de Sousa, que aponta na sua mensagem como:
"IV – MANUEL BORGES DE SOUSA (...) De entre os quatro filhos que pelo menos tiveram, sucedeu-lhes: Luis... (...) " pois gostaria de confirmar/corrigir eventuais erros.
Assim tenho o casamento de António de Sousa Borges a 12.12.1765 em Vila Pouca com Joaquina de Sousa, ele filho natural de Manuel Borges de Sousa e de Mónica Gonçalves, do lugar de Carrazedo, freguesia de S. Pedro do Bragado. Ela (Joaquina de Sousa) filha natural de Caetano Baltazar e de Maria Borges, de V.Pouca. Foram testemunhas João de SOusa Machado, osé António de Figueiredo e José Pereira, todos de V.POuca.
Desde já agradeço a informação.
Com os melhores cumprimentos,
eduardo domingues
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Caro Confrade
Por lapso esqueci-me de perguntar na mensagem anterior se tem conhecimento de algum parentesco entre o Caetano Baltazar e Maria Borges, de V.Pouca com os Borges da mensagem.
Com os melhores cumprimentos
Eduardo Domingues
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Caro confrade Miguel Mora
Venho agradecer por este maravilhoso trabalho de uma Casa que me é querida, que é a casa do Cerrado de Montalegre. Dava a vida para que as raizes desse Brasâo( nâo tenho til) também cobrisse o meu apelido, porque eu sou natural desse Concelho, e descendente de grandes familias Mirandas todas desta zona.
Desde algum tempo faco pesquisas, mas como pode notar sou amador e ainda por cima a residir longe das fronteiras portuguesas. De momento estou aprender muito com o que aqui se expoem.
Tenho em meu poder Fotocopias, de alguns elementos que nasceram na Casa do Cerrado em Montalegre, estes documentos ficam ao seu dispor se assim o desejar, o que podem ter algum interesse, para si ou para o confrade Samuel C O Castro.
1- ARNALDO
Em Julho de 1879, nasceu e faleceu dias depois: filho de José Xavier de Miranda Ataide Melo e Castro (II). e de Maria de Assuncao Miranda Ataide Melo e Castro. - Neto Paterno José Xavier de Miranda Ataide Melo e Castro (I) e de Ana Emilia de Sousa ( Leite ?) - N. Materno Sebastiao de Miranda A. M. e Castro, e de Maria Isabel Ferreira Caldas. Padrinhos o seu Pai José, e Maria Rita Miranda ( Tia Paterna ?). Em 05-03-1881, Maria Júlia de Miranda Ataide M. e Castro foi madrinha de Sofia, filha de Joaquina Eufarta.
2 - Jordâo, batizado a 20-09-1877, freguesia de S.ta Maria de Montalegre (Faleceu ?) com 6 meses. Filho de José Xavier Ataide Melo e Castro, e de Maria Isabel de Miranda.
3- Sebastiâo filho Igual ao N-1 Vos os mesmos. Padrinhos : Tomé Luiz de Sousa Canavarro e D. Cotilde Leopoldina de Miranda tios paternos do Batizado.
4 - Maria Ernestina, batizada a 25-12-1880. filha e neta dos mesmos. Foram Padrinhos: António Montalvao e D. Maria Rita tia paterna.
5 - Sebastiâo, batizado a 08-05-1878, com os mesmos Pais e Avós. Foram padrinhos: Tomé Luis de Sousa Canavarro e D. Cotilde Leopoldina de Miranda, tios paternos.
Tenho em meu poder um documento da Venda Casa do Cerrado de Arnaldo Xavier de Miranda e Castro, datado de 22 de Fevereiro de 1913.
Com os melhores cumprimentos
Manuel Miranda
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Caro Samuel de Castro
A minha mensagem inicial pretendia dar um amplo esclarecimento sobre a linha directa dos sucessivos possuidores da casa de Carrazedo e não inventariar exaustivamente toda a sua descendência, por forma a desmentir afirmações constantes da “Mui nobre e ilustre terra de Aguiar” e reproduzidas nos “Machado de Vila Pouca de Aguiar”, onde, a p. 141 e a propósito dos filhos de D. Joana Antónia de Sousa e Almeida (VI) e do Dr. José Constantino de Sousa Monteiro Leite, se diz o seguinte:
1.2.1.3(XII) Tomé Luiz de Souza Leite, Capitão-Mor (10.10.1824) e Juiz (2.4.1834) de Vila Pouca e Sr. das Casas da Tapa e de Carrazedo. Fal. solt. s.g.
2.2.1.3. (XII) Joaquim de Souza Leite, Abade de Parada de Monteiros.
3.2.1.3(XII) Jacinta Maria de Souza Leite, herdeira de seus irmãos, Srª das Casas da Tapa e de Carrazedo da Cabuqueira, casou a 23.8.1794, ib., com seu primo José de Souza Magalhães, Sr. da Casa de Vilarinho de S. Bento. C.g. nos Souza Machado das Casas da Tapa, Carrazedo da Cabuqueira, Vilarinho de S. Bento e Olmo (Vidago).
Como penso ter amplamente demonstrado, é falso que Tomé Luís de Sousa Leite tenha falecido solteiro e sem geração, e consequentemente que D. Jacinta Maria de Sousa Machado (é assim que é habitualmente nomeada) tenha sido herdeira de seus irmãos e senhora das casas da Tapa e de Carrazedo da Cabugueira. Aliás, ela nem sequer era irmã de Tomé Luís de Sousa Leite, mas sim sua tia materna, pois era a filha mais nova do Dr. Luís de Sousa Machado e de D. Maria Dias de Sousa, tendo nascido em Carrazedo a 20 de Março de 1772. Casou realmente na data referida com aquele seu primo, e tiveram geração nas casas de Vilarinho e do Olmo.
Acresce ainda que o Padre Joaquim José de Sousa e Almeida (era assim que se chamava) nunca foi vigário (e não abade) de Parada de Monteiros, já que faleceu em Carrazedo a 28 de Junho de 1809, decorridos dois anos da sua ordenação e sendo então clérigo subdiácono.
Quanto à sua mensagem propriamente dita, e apesar de já estar parcialmente respondida naquela que lhe enviei para o seu e-mail, posso ainda acrescentar o seguinte:
a), b) e c) – em próxima mensagem indicarei o que consegui apurar sobre a descendência desses casais;
d) – o que sei da descendência de D. Maria Inácia é o que vem publicado nas obras que lhe indiquei. Quanto à página das “Últimas gerações de Entre Douro e Minho”, aquela em que esta senhora é referida – § 67, CASA DE LAMAS (Cabeceiras de Basto), pp. 331-336) admito é que me possa ter enganado no volume (tenho uma indicação a lápis de ser o 1.º), ou então, poderá existir uma reedição que não seja fac-similada.
e) e f) – o que sei da geração destes casais é o que consta dos citados “Morgados de Casas Novas”, cujas fotocópias lhe poderei enviar;
h) A minha Avó materna era efectivamente a senhora que menciona, sendo a única filha da pessoa em questão. Foi casada com José Francisco Filipe, que também já consta na base de dados deste site, e eu poderei avançar-lhe os dados respeitantes às filhas, já que os dos inúmeros netos, bisnetos e trinetos ainda levarão algum tempo a recolher.
Com os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Caro Eduardo Domingues
Não sei se terá lido as minhas intervenções no tópico “familia souza machado”, nomeadamente a mensagem que lhe dirigi em 16-04-2008 (http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=192718#lista) e onde me refiro à provável identidade de Caetano Baltasar de Sousa (http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=38890), que de Maria Borges teve uma filha natural chamada Joaquina de Sousa.
Sobre a origem desta Maria Borges nada sei, ignoro se estaria de algum modo relacionada com os Borges de Carrazedo ou Ribeira de Pena, mas posso dizer-lhe que deparei com muitas pessoas a usar o apelido Borges em Vila Pouca de Aguiar na segunda metade do século XVIII, não sendo de desprezar a hipótese de estar proximamente relacionada com Gonçalo Manuel Borges e sua irmã Serafina, solteira, que em 14 de Março de 1767 foram padrinhos de Gonçalo Manuel, filho primogénito de António de Sousa Borges e de Joaquina de Sousa, adiante referidos. Não sei se já tentou a base de dados das «Inquirições de Genere» do Arquivo Distrital de Braga, que são de vital importância para o esclarecimento de muitas destas dúvidas.
Quando eu falo nos quatro filhos legítimos “que pelo menos tiveram” Manuel Borges de Sousa e Maria de Almeida (Machado) é porque, infelizmente, desapareceram os baptismos de São Pedro do Bragado entre 1717 e 1754, tornando assim impossível saber ao certo quantos é que eles seriam, sendo ainda de admitir que em todos os casos que se estudam possam ter nascido filhos em freguesias que nos escapam: nós é que acabamos por ter a mania de que as pessoas estavam sempre estáticas nos mesmos locais, o que em muitos casos não correspondia à realidade (basta pensar nas constantes migrações internas relacionadas com as actividades agrícolas).
Há, porém, quatro filhos deste casal (IV) que se podem indicar sem qualquer espécie de dúvida, a saber:
V – Luís de Sousa Machado, que lhes sucedeu.
V – João, que faleceu em Carrazedo a 3 de Dezembro de 1732, contando então três anos e meio de idade.
V – D. Antónia Teresa de Sousa e Almeida, que é mencionada em inúmeros assentos paroquiais, tendo sido, por exemplo, madrinha de sua sobrinha D. Joana Antónia (VI).
V – D. Maria Teresa de Almeida Machado e Sousa, que foi casada com José Rodrigues Adão, natural de Vila do Conde, freguesia de Santa Iria de Valoura, concelho de Vila Pouca de Aguiar, onde ela viria a falecer ainda jovem, em consequência do parto da sua quinta filha.
Manuel Borges de Sousa teve pelo menos dois filhos de Mónica Gonçalves, solteira, natural de Sezelhe, concelho de Montalegre, que é seguramente a “Monica Solteira” que foi mãe de uma Maria José, nascida a 15 de Junho de 738 (e baptizada a 24 ?) em Capeludos, freguesia confinante com a do Bragado e onde os Morgados de Carrazedo também possuíam casas e outros bens. Do respectivo assento consta que era filha de António Gonçalves e Maria Gonçalves, da freguesia de Santo André de Sezelhe, podendo a baptizada, cujo pai não é nomeado, ser igualmente filha de Manuel Borges de Sousa. Mónica Gonçalves ainda se mantinha solteira em 27 de Janeiro de 1763, quando a sua neta Maria Engrácia foi baptizada em São Pedro do Bragado, constando do respectivo assento que era natural do lugar de Sezelhe, freguesia de São Martinho de Montalegre.
Sendo assim, os dois filhos que estão inequivocamente documentados são:
– O citado António de Sousa Borges, que casou na freguesia do Salvador de Vila Pouca de Aguiar em Dezembro de 1765 (eu tenho um ponto de interrogação no 12, talvez por ter tido alguma dúvida se não seria um 2) com aquela Joaquina de Sousa, a qual, se se vier a confirmar o meu palpite, ainda era sua parente. Eu tenho umas breves notas sobre os onze filhos que consegui localizar na mesma freguesia, mas não desenvolvi as eventuais linhas descendentes.
– Ana Maria de Sousa, que viria a casar com Manuel Rodrigues Eiró, filho de João Rodrigues Eiró e de sua mulher Josefa Rodrigues, moradores em Carrazedo. Tiveram pelo menos seis filhos (entre os quais a mencionada Maria Engrácia), nascidos em Carrazedo, mas também não explorei estas linhas.
Devo ainda acrescentar que este parentesco era assumido sem reservas nos assentos paroquiais, atitude ainda reafirmada pelo facto de os filhos legítimos de Manuel Borges de Sousa terem sido padrinhos de alguns destes seus sobrinhos.
Eu já enviei comecei a sugerir as correcções que se impõem na base de dados deste site, mas, como sou inexperiente nesta matéria, espero não ter feito nado de errado e que as mesmas venham a ser tomadas em consideração pelos moderadores.
Com os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Caro Miguel
Muito lhe agradeço as informações sobre estes antepassados. Se não for abuso da minha parte, pergunto-lhe se tem mais alguns dados relativos às gentes de V. P. de Aguiar. E se é do seu conhecimento uma Antónia Vitorina (n. 3.ago.1819 Salvador de Vila Pouca de Aguiar, b. 3.ago.1819 Salvador de Vila Pouca de Aguiar, c. -----) filha de João Dinis (n. 7.jul.1777 Vila Pouca Aguiar, b. 20.jul.1777 Salvador, c. 13.fev.1804 Salvador) e de Maria Benedita Borges de Sousa (Vila Pouca Aguiar n. 28.abr.1784, b. 4.mai.1784 e c. 13.fev.1804), chamou-se Antónia Victorina como a madrinha, a Viscondessa de St.ª Marta e, segundo tradição familiar, engravidou do 2º filho dos ditos Viscondes seus padrinhos, Paulo de Sousa e teve um filho a que chamou Paulo José de Sousa (n. 20.jul.1849 V.Boas, Chaves e b. 21.jul.1849 V.Boas). Como o vejo conhecedor dessas gentes, pergunto, se conhece os Fernandes de Moura, de Montalegre, e os Gonçalves Laje, e uns Carvalhos e Carneiros de S. Pedro de Agostém. Desde já, e mais uma vez, o meu muito obrigado. Com os melhores cumprimentos,
Eduardo Domingues
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Estimado Miguel Filipe Mora,
Agradeço sua disponibilidade de informar complementos em próximas mensagens, expoondo o que questionei nas letras a), b) e c), podendo, se preferir, enviar diretamente para meu e-mail.
Se puder fazer a gentileza de enviar-me o que consta dos Castros, nos “Morgados de Casa Novas”; no “$67, Casa de Lamas, das UGEM”; e "A família de D. Pedro de Castro Protonotário Apostólico e abade de Mouçós, publicado em 1999, a pp. 31-66 do n.º 8 dos Estudos Transmontanos e Durienses", ficarei muitíssimo agradecido.
Com a confirmação de sua avó, já incluí na base os dados do site de seu primo, cujas descendências estão incompletas e lhe enviei por e-mail. Peço que futuramente me informe os complementos que forem surgindo.
Muitíssimo obrigado por tudo. Continuo a disposição. Fraterno abraço.
Samuel de Castro
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Estimado Manuel Miranda,
Muito obrigado pelas informações aqui expostas.
Peço sua gentileza de confirmar:
Do 1 - Arnaldo - Realmente teria F-jovem ? Tenho ele N-18.3.1877, Santa Maria de Montalegre - F-27.6.1951, Carrazedo, solteiro. Co-proprietário do solar de Carrazedo.
Do 2 - Jordão, foi mãe realmente a Maria Isabel de Miranda ? Não tenho ela casada com o citado José Xavier Ataide Melo e Castro.
Do 3 - Sebastião - e Do 4 - Maria Ernestina - Quando diz "filha e neta dos mesmos", está se referindo aos que estão no N-1 ou no N-2 ?
Do Arnaldo que referes à venda da Casa do Cerrado, seria outro diferente do 1?
Se tiveres dados complementares envolvendo os Castros, serão sempre muito bem vindos ?
Ratifico meus agradecimentos. Fraterno abraço.
Samuel de Castro
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Caro Confrade
Samuel de Castro
Eu é que V/tenho que agradecer pelo admiravel trabalho que estao a fazer do qual tiro grande proveito, e espero que a minha colaboracao tambem V/seja útil.
Respostas:
Do 1- Arnaldo talvez teria F-jovem ? Penso que nao. Porque razao ele foi baptizado e logo com padrinhos. estaria moribundo mas é natural que sobrevivesse, talvez seja o mesmo que mais tarde Vendeu a Casa do Cerrado, porque na certidao está como solteiro, deve ser a mesma crianca moribunda que faleceu com 74 anos.
do 2- Jordâo foi Mae realmente Maria Isabel de Miranda? Sim confirmo é assim que está escrito, e de José Xavier de Miranda Ataide Melo e Castro.
do 3- e 4- Referente a Sebastiao e Maria Ernestina, peco desculpa a mae nao é a mesma.
Os dois referidos sao Filhos de José Xavier de Miranda Ataide Melo e Castro, Casaria ele duas vezes ? e de D. Maria de Assuncao de Miranda.
Netos Paternos: de José Xavier de Miranda,( Ataide Melo e Castro) e de D. Ana Emilia de Sousa ( Leite )
N-Maternos: Sebastiao Xavier de Miranda Ataide (Melo) e Castro, e de D. Maria Isabel Ferreira Caldas.
Renovo a minha oferta sobre todas estas copias, que estarâo à disposicâo de quem as pretender.
Se tropecar com os Mirandas da regiao de Montalegre, principalmente de Ferral e Cabril fico muito agradecido.
Um Abraco Fraterno e saudade para V/ e tudo quanto é Portugal.
O Barrosao
Manuel Miranda
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Caro Manuel Miranda
Só me tem sido possível responder espaçadamente às mensagens que me foram enviadas, e como tenho procurado respeitar a respectiva ordem, a sua acabou por ficar para o fim. Agradeço as suas amáveis e peço que me desculpe o atraso.
Em relação aos Mirandas da casa do Cerrado, é possível que estejam aparentados com outras famílias do mesmo apelido radicadas na região, já que muito pouco ou mesmo nada se sabe da origem de Simão de Miranda, que é habitualmente designado como 1.º senhor da mesma casa. E eu acho até que essa numeração é absurda, e significa apenas que esse foi o indivíduo mais antigo dessa família que se conseguiu localizar, porque, das duas uma: ou se tem um documento que comprove em que data é que a «casa» foi começada a construir (o que raríssimas vezes acontece) ou a «casa» se dá outro sentido, de vínculo, mas lato nesse caso é indispensável apresentar o documento da instituição. E, segundo creio, isso nunca aconteceu em relação à casa do Cerrado.
A filiação de Simão de Miranda numa inominada “lavradeira de Vila Real” que “parece” ter casado com Sebastião de Miranda, “capitão de navio no Oriente” e que o Doutor Luiz de Mello Vaz de São Paio faz descendente de Martim Afonso de Miranda, morgado da Patameira, é desconhecida dos antigos nobiliários, não passando de uma probabilidade a necessitar de maior aprofundamento e comprovação.
É difícil não relacionar este Simão de Miranda com o homónimo mencionado num documento divulgado na recente monografia de Rogério Borralheiro, onde se constata que os autos da demarcação realizada em 17 de Julho de 1538 tiveram lugar “em a Villa de Montalegre concelho de Barroso em as casas de Simam de Miranda Alcayde do Castello desta Villa estando hy presentes a saber (...) e assy Simam de Miranda outro sy cavalleyro e Alcayde do Castello e Tabaliam na mesma Villa”. Mas mesmo neste caso, não é líquido que sejam uma e a mesma pessoa: pode ser o pai, um tio, etc. E, por outro lado, ainda muito pouco ou nada se sabe a respeito de eventuais irmãos e de outros filhos para além do que lhe sucedeu: Aleixo de Miranda.
Passando agora para tempos mais modernos, devo confessar-lhe que fiquei baralhado com alguns dos dados da sua mensagem. Eu tenho cópias dos assentos de baptismo de nove filhos dos meus trisavós José Xavier de Miranda Ataíde Melo e Castro e D. Maria da Assunção de Miranda Ataíde Melo e Castro, casal a que dei o número IX, a saber:
X – Francisco Xavier, nascido em Redondelo a 12 de Abril de 1870.
X – José Júlio, nascido em Carrazedo a 15 de Outubro de 1871.
X – D. Maria Júlia, nascida em Vila Pouca de Aguiar a 12 de Dezembro de 1872.
X – Tomé, nascido em Vila Pouca de Aguiar a 12 de Abril de 1874.
X – D. Maria Emília, nascida em Vila Pouca de Aguiar a 24 de Novembro de 1875.
X – Jordão, nascido em Montalegre a 18 de Março de 1877 e aí baptizado no dia 25 desse mesmo mês e ano.
X – Sebastião, nascido em Montalegre a 25 de Abril de 18781877 e aí baptizado no dia 8 de Maio desse mesmo ano (assento n.º 10/1877).
X – D. Maria Ernestina, nascida em Montalegre em 16 de Dezembro de 1880 e aí baptizada no dia 25 desse mesmo mês e ano (assento n.º 24).
X – D. Maria Filomena, nascida em 7 de Janeiro de 1866.
Tenho ainda mais do que documentada a existência de outro filho, cujo assento ainda não fui capaz de localizar:
X – Arnaldo Xavier, que no respectivo testamento declara ser natural de Montalegre, sendo essa informação depois reproduzida na sua certidão de óbito (27 de Junho de 1951), em que também lhe é atribuída a idade de 75 anos.
Quando o pai faleceu, em Carrazedo a 31 de Dezembro de 1909, já só eram vivos os Padres Francisco Xavier e José Júlio, D. Maria Júlia, Tomé, Arnaldo Xavier e D. Maria Filomena.
Eu ando há anos atrás do assento de nascimento deste meu Tio Arnaldo Xavier, e, por nunca o ter conseguido descobrir, fui levado a admitir que se pudesse tratar do mencionado Jordão, que mais tarde teria alterado o nome no Crisma, hipótese que comportava a menor margem de erro possível relativamente à idade constante da certidão de óbito.
Comecei por consultar os microfilmes dos livros paroquiais existentes no Arquivo Distrital de Vila Real: Bragado, Montalegre, Capeludos, Vila Pouca de Aguiar, Redondelo, etc. Em Montalegre, encontrei os assentos de baptismo de Jordão, Sebastião e D. Maria Ernestina, mas não achei um único assento de óbito respeitante a esta família entre 1860 e 1878.
Quando tive acesso ao testamento e à certidão de óbito, pedi à Conservatória de Montalegre que me verificasse o nascimento entre Setembro de 1881 e Abril de 1885 (para o caso de a idade estar aí errada e de o seu nascimento se situar entre o das irmãs D. Maria Ernestina e D. Maria Filomena), recebendo então a seguinte resposta, datada de 15 de Maio de 1996:
“Tenho a honra de informar V.Ex.ª que nos livros existentes nesta Conservatória não foi localizado o nascimento respeitante a Arnaldo Xavier.
Junto devolvo o cheque n.º 00468195 na importância de 548$00”.
Eu vejo sempre os microfilmes mais do que uma vez, assento por assento, pelo que acho altamente improvável que este registo me tivesse escapado, até porque se trata de um nome muito pouco vulgar. Admito, contudo, a hipótese de ter havido alguma falha na microfilmagem dos livros (terem passado duas folhas agarradas), já que eu nunca consultei os respectivos originais.
Se fosse outro dos irmãos que faleceram muito novos e de que eu nunca ouvira falar, talvez a história tivesse sido outra. Mas eu tentei sempre encontrar o registo de baptismo deste Tio, de quem a minha Avó tantas histórias me contara, quer do tempo em que com ele privara até à sua ida para os Estados Unidos quer das visitas que mais tarde lhe fizera sempre que se deslocara a Trás-os-Montes, encontrando-se em meu poder parte da correspondência que por ele lhe foi enviada.
Por tudo isto, e voltando à sua mensagem, gostaria de lhe dizer e pedir o seguinte:
– Que esclarecesse qual a natureza dos documentos relativos aos nascimentos que diz possuir, nomeadamente se são cópias de assentos de baptismo, e, se for esse o caso, em que livro e em que folhas é que se encontram.
– A data de baptismo que indica a respeito do Jordão não é a mesma que eu tenho na cópia do assento que me foi enviada pelo Arquivo Distrital de Vila Real e muito menos a identificação da mãe, dizendo-se aí claramente que ele é “filho legitimo de Jose Xavier de Miranda Athayde Mello e Castro e Maria d’Assumpção de Miranda (...) neto paterno de Jose Xavier de Miranda e Anna Emilia de Souza e materno de Sebastião Xavier de Miranda Athayde Mello e Castro e Maria Izabel Ferreira Caldas”. Acabo de constatar que na mensagem que enviou a Samuel de Castro reafirma essa identificação, sugerindo que o pai pudesse ter casado segunda vez, o que não corresponde à verdade, já que foi D. Maria da Assunção de Miranda quem faleceu no estado de viúva, em Carrazedo, a 4 de Abril de 1913.
– Que clarificasse se o que afirma a respeito do falecimento de Arnaldo e de Jordão consta de algum assento de óbito. Eu não me acredito que ambos tivessem falecido; há qualquer coisa que tem de estar errada.
– Em relação ao Sebastião que refere em 3) e em 5), eles são uma e a mesma pessoa.
– Pedia-lhe ainda, encarecidamente, que descrevesse o “documento da Venda Casa do Cerrado de Arnaldo Xavier de Miranda e Castro, datado de 22 de Fevereiro de 1913”, identificando o cartório onde foi lavrado e o tabelião responsável. A data levanta-me algumas questões, não só por a casa do Cerrado não constar da relação dos bens que ficaram por morte do pai, José Xavier de Miranda Ataíde Melo e Castro (31 de Dezembro de 1909) mas também porque um venerando membro da família Mesquita Guimarães me garantiu que tinha sido este a vendê-la ao seu pai. De facto, a legítima paterna de Arnaldo Xavier de Miranda e Castro foi preenchida, entre outras, com a quase totalidade das propriedades que ainda restavam em Montalegre, mas não é feita qualquer referência à casa do Cerrado, o que leva a supor que já teria sido vendida (ou doada ?).
Com os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Caro Manuel Miranda
Apenas para corrigir um lapso e uma gralha: em primeiro lugar, é evidente que no agradecimento me referia às amáveis palavras que me dirigiu; e ,em segundo, o ano de nascimento do Sebastião é o de 1878, sendo o respectivo asento o n.º 10/1878.
Com os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Caro Miguel Mora
Mais uma vez agradeco o seu trabalho. vou tentar muito rapidamente responder a um só documento, os outros ficam para outra vez com mais calma.
Este documento que vou transcrever e outras copias podem ser consultadas na biblioteca municipal de Montalegre, no livro artesanal da minha autoria "Ao encontro das Raizes.
A outra forma e seria a que mais gostava: era esperar até ao mes de Agosto para eu lhe poder contar a historia deste documeto pessoalmente, seria mais uma a juntar às de sua Tia, este simples papel causou uma historia maravilhosa.
Este seu tio Arnaldo continua surprender!...
Tenho na minha mao a copia titulo de Compra, o original esta em Montalegre na Casa do Cerrado:
Traquicâo (nao tenho til )
Venda com quitacao. Pelo primeiro e por mim mandado fazer e no fim por mim assinado com testemunhas, declaro eu ARNALDO XAVIER DE MIRANDA E CASTRO
solteiro maior proprietario de CARRAZEDO DA CABUQUEIRA ..... Vendido para todo o sempre a Sr. Dr. Artur Mesquita Guimaraes........... Como tudo consta do pedido conhecimento numero 640....... Montalegre 22 de Fevereiro de 1913
assinaram: ARNALDO XAVIER DE MIRANDA E CASTRO
Acacio dias de Matos ......... Abel Afonso Duarte
Os outros ficam para mais tarde.
Um Abraco do tamanho do Mundo
Manuel Miranda
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Caro Miguel Mora
Mais uma vez agradeco o seu trabalho. vou tentar muito rapidamente responder a um só documento, os outros ficam para outra vez com mais calma.
Este documento que vou transcrever e outras copias podem ser consultadas na biblioteca municipal de Montalegre, no livro artesanal da minha autoria "Ao encontro das Raizes.
A outra forma e seria a que mais gostava: era esperar até ao mes de Agosto para eu lhe poder contar a historia deste documeto pessoalmente, seria mais uma a juntar às de sua Tia, este simples papel causou uma historia maravilhosa.
Este seu tio Arnaldo continua surprender!...
Tenho na minha mao a copia titulo de Compra, o original esta em Montalegre na Casa do Cerrado:
Traquicâo (nao tenho til )
Venda com quitacao. Pelo primeiro e por mim mandado fazer e no fim por mim assinado com testemunhas, declaro eu ARNALDO XAVIER DE MIRANDA E CASTRO
solteiro maior proprietario de CARRAZEDO DA CABUQUEIRA ..... Vendido para todo o sempre a Sr. Dr. Artur Mesquita Guimaraes........... Como tudo consta do pedido conhecimento numero 640....... Montalegre 22 de Fevereiro de 1913
assinaram: ARNALDO XAVIER DE MIRANDA E CASTRO
Acacio dias de Matos ......... Abel Afonso Duarte
Os outros ficam para mais tarde.
Um Abraco do tamanho do Mundo
Manuel Miranda
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Caro Eduardo Domingues
Em relação aos registos paroquiais de Vila Pouca de Aguiar, eu limitei-me a uma breve pesquisa nos baptismos entre 1872 e 1876, para localizar os irmãos do meu Bisavô que sabia terem nascido nessa vila, e entre 1765 e 1790, para inventariar os filhos de António de Sousa Borges e de Joaquina de Sousa; tendo ainda consultado os casamentos entre 1725 e 1835, para encontrar os respectivos matrimónios, localizando então aquele que cita (13.fev.1804). Mas não passei daqui, sobretudo porque me vi forçado a limitar o objecto da minha pesquisa, ao tornar-se inviável estar a seguir exaustivamente todas as linhas descendentes dos primeiros senhores da casa de Carrazedo. Lamento, por isso, não poder adiantar-lhe mais nada em relação às pessoas que refere.
Quanto ao concelho de Montalegre, as investigações estão muito dificultadas pelo inacreditável e criminoso desaparecimanto da maior parte dos livros anteriores a 1860. Eu fiz algum levantamento nos livros posteriores sobre os Caldas (alguns ligados a Carneiros), que apresentei sumariamente no tópico “Morais Caldas e Morais Carneiro, de Montalegre”, levantamento esse que complementei há cinco anos quando me desloquei propositadamente a Montalegre para examinar uns livros mais antigos que ainda se encontravam ma igreja paroquial, e cuja consulta o Ex.mo Padre Victor Manuel de Sousa Pereira amavelmente me facultou (mas tenho essa informação por tratar e para já não tenho qualquer hipótese de lhe pegar).
Fiquei então a saber que a minha antepassada D. Maria Isabel Ferreira Caldas era filha de José Joaquim Ferreira Caldas e de sua mulher Josefa Álvares (ou Alves) de Moura, de Codeçoso da Chã, sendo esta “filha natural de Maria Alveres de Moura Lavradora do mencionado lugar”, que poderá estar relacionada com o Padre João Álvares de Moura, que em 1849 era reitor de Santa Maria de Montalegre e aparece nas «Inquirições de Genere» do Arquivo Distrital de Braga (processo n.º 3999). Eu sugiro-lhe uma pesquisa na respecriva base de dados, já que as mesmas constituem uma das principais fontes para compensar a perda dos paroquiais.
Já a respeito de São Pedro de Agostém, também nunca consultei registos paroquiais. Descendo, pelo lado paterno, dos Sousa Pizarro de Bóbeda, que vêm tratados em algumas publicações genealógicas, mas, até agora, tenho-me entretido mais a desbravar outras linhas.
Com os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Caro Manuel Miranda
Uma vez mais agradeço as suas palavras, mas tenho de confessar-lhe que não fiquei minimamente esclarecido com a sua resposta.
O que eu disse a respeito do nascimento dos filhos de José Xavier de Miranda Ataíde Melo e Castro e de sua mulher e prima co-irmã D. Maria da Assunção de Miranda Ataíde Melo e Castro é comprovado por documentos autênticos – os respectivos assentos de baptismo – que consultei através de microfilmes e cujas cópias me foram posteriormente enviadas pelo Arquivo Distrital de Vila Real. E nisso não há qualquer dúvida.
Apenas não consegui, pelos motivos que já expus, encontrar o assento de baptismo do meu Tio Arnaldo Xavier, pelo que encarei a possibilidade de se tratar do irmão Jordão, a quem nunca à minha Avó (as histórias são suas, e não de nenhuma Tia) nem outros parentes seus haviam feito a mais pequena referência.
Eu iniciei este tópico com o intuito de desmentir afirmações erradas – e repetidamente publicadas – a respeito dos possuidores da casa de Carrazedo. Para tal, divulguei inúmeros elementos que fui pacientemente recolhendo ao longo de muitos anos, quase sempre sustentados em documentos autênticos, e, na falta destes, levantei algumas hipóteses que julgo ter devidamente fundamentado.
Não estou, portanto, disponível para continuar a alimentar equívocos que teimam em não se esclarecer, sobretudo quando não estamos a falar dos séculos XVI ou XVII.
Por conseguinte, e renovando o pedido que lhe fiz na minha anterior mensagem, peço-lhe que responda a questões essenciais e muito simples, concretizando, sem margem para dúvidas, os seguintes pontos:
– Qual a natureza dos documentos que citou a respeito do nascimento de “1- ARNALDO” e do baptismo de “2 - Jordâo”. São cópias dos assentos de baptismo? E se sim, quais são os livros e as folhas em que se encontram?
– De onde é que retirou a informação de que o primeiro “faleceu dias depois” e o segundo “(Faleceu ?) com 6 meses”? Será que foi de assentos de óbito? E, em caso afirmativo, qual a correspondente cota?
– E, finalmente, que identifique o prédio que Arnaldo Xavier de Miranda e Castro vendeu a 22 de Fevereiro de 1913 ao Dr. Artur Mesquita Guimarães, bem como o cartório onde foi realizada essa transacção e a identidade do respectivo tabelião.
Eu não me acredito – embora possa estar enganado – que se trate da casa do Cerrado, já que esta, como anteriormente lhe disse, não fazia parte dos bens deixados pelo seu pai. Na verdade, a legítima paterna de Arnaldo Xavier foi preenchida, entre muitos outros bens situados em diferentes comarcas, com as últimas propriedades que o casal do defunto possuía na de Montalegre, a saber: Lameiro Grande, Leira do Gaspar, Terra do Gaspar, Terra das Eiras Vedras, Terra da Fonte do Sapo, Terra das Rouminhas, Nabal das Rouminhas, Terra em Corgo Longo, Terra em Barginhas, Terreiro dos Agudos, Terra em Portal da Veiga ou do Guerra e aTerra da Inferna ou da Lama do Boi.
Com os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Caro Samuel de Castro
Desculpe o facto de me ter esquecido de lhe agradecer o envio do anexo, que ainda mal tive tempo de ler, mas que em muitos casos poderei ir completando.
Conforme o prometido, vou-lhe enviar cópias dos textos que refere, mas, porque vou estar uns dias fora, só o poderei fazer lá mais para o final da semana.
Em relação à descendência dos últimos possuidores da casa de Carrazedo ainda preciso de algum tempo para sistematizar a informação de que disponho e estou à espera que Manuel Miranda esclareça definitivamente a questão dos documentos respeitantes ao nascimento de X – Arnaldo Xavier e ao baptismo de X – Jordão.
Quanto à do Padre Francisco Xavier de Miranda Ataíde e Castro, que como já aqui afirmei, corresponde à da minha Avó materna, não conseguirei tão cedo actualizá-la, porque ela envolve um grande número de pessoas, com muitos casamentos e segundos casamentos pelo meio, e eu só faço tenção de a apresentar quando estiver na posse de todos os elementos que julgo essenciais.
Opto, porém, e apesar de achar que ainda estão algo imperfeitos, por deixar aqui os elementos relativos às suas filhas, na esperança de poder receber alguma ajuda para melhorar a informação sobre a ascendência dos meus Tios:
BORGES DE SOUSA MACHADO, DA CASA DE CARRAZEDO
§ 2.º
X – FRANCISCO XAVIER DE MIRANDA ATAÍDE E CASTRO, nasceu na freguesia de Redondelo (possivelmente na quinta de Avinhó) a 12 de Abril de 1870 e faleceu no lugar e freguesia de São Bartolomeu de Água Revés, concelho de Valpaços, a 4 de Setembro de 1927. Ordenado na capela do Paço Arquiepiscopal de Braga, a 25 de Julho de 1893, pelo Arcebispo Primaz D. António José de Freitas Honorato, foi posteriormente nomeado para o exercício do cargo de “Capellão do Côro” da igreja da Santa Casa da Misericórdia do Porto (diploma de 9 de Agosto de 1909) e desempenhou ainda as funções de pároco em diversas freguesias da região.
Teve de MARIANA DA CONCEIÇÃO, exposta, que tinha fama de ser filha bastarda do 2.º Barão da Ribeira de Pena e faleceu no lugar de Tourinhas, freguesia de Folhadela, concelho de Vila Real, a 17 de Janeiro de 1952, a seguinte filha natural:
XI – D. Alzira Adelaide de Castro, que segue.
XI – D. ALZIRA ADELAIDE DE CASTRO, nasceu na casa do Moreiral, freguesia de S. João Baptista de Capeludos, a 23 de Abril de 1896 e faleceu em Coimbra, freguesia da Sé Nova, a 20 de Março de 1984.
Emigrou para os Estados Unidos a 23 de Maio de 1914, um mês depois de completar dezoito anos, ficando a residir em New Bedford (Massachusetts), em casa de José António Teixeira Simão, casado com D. Ana da Conceição Teixeira, o qual era natural do Vidago e tio materno da sua madrinha de baptismo D. Adelaide Augusta de Jesus Costa.
Casou em Pawtucket, Estado de Rhode Island, a 6 de Julho de 1917, com JOSÉ FRANCISCO FILIPE (http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=1050567), nascido no lugar de Vinhó, freguesia de Vila Cova de Alva, concelho de Arganil, a 13 de Novembro de 1893 e falecido em Coimbra, freguesia da Sé Nova, a 17 de Março de 1981, o qual também emigrara para os Estados Unidos a 2 de Outubro de Outubro de 1913, tendo aí exercido diversas actividades fabris e comerciais. Ainda antes do seu regresso definitivo a Portugal, adquiriu com seus irmãos a Cerâmica da Carriça, em Coja (que ainda permanece na posse de sobrinhos seus), e com os mesmos fundou mais tarde a Fábrica de Cerâmica Argus, em Taveiro, vindo a tornar-se um importante industrial deste sector, tendo ainda sido proprietário da Cerâmica de Mortágua (notável exemplo de arqueologia industrial, cujo estudo foi incluído no programa do curso de arquitectura da Escola Universitária Vasco da Gama), da Cerâmica do Mondego, em Reveles, freguesia de Taveiro, da Cerâmica Progresso, na Pampilhosa do Botão e co-proprietário da Cerâmica de Souselas. Fundou também a Fábrica de Chumbo Saturno, em Coimbra, o que para a época constituiu um assinalável feito, dado ter conseguido furar o monopólio que então era exercido pela poderosa Companhia Previdente; e foi ainda senhor (por compra) da quinta do Relógio, em Reveles, e de muitas outras propriedades, além de vereador da Câmara Municipal de Coimbra (1955-1959).
Era filho de José Francisco Rapoila, nascido em Vinhó a 27 de Fevereiro de 1863 e aí falecido a 17 de Junho de 1945, e de sua mulher D. Maria da Natividade Filipe, nascida em Vinhó a 29 de Abril de 1868 e falecida em Coimbra, freguesia da Sé Nova, a 26 de Novembro de 1966, tendo sido homenageada com a atribuição do seu nome à Casa da Criança de Coja, neto paterno de António Francisco Rapoila e de sua mulher Maria de Jesus, e neto materno de José Diogo e de sua mulher Maria Filipa, todos naturais e moradores em Vinhó, onde foram proprietários e lavradores.
Tiveram seis filhas, a saber:
XII – D. ELIZABETH DE CASTRO FILIPE, nasceu em New Bedford, Estado de Massachusetts, Estados Unidos da América, a 18 de Fevereiro de 1921, diplomada com os curso geral de piano e de canto do Conservatório Nacional, e com o curso superior de piano do Conservatório de Música de Coimbra, tendo sido proprietária da Cerâmica do Mondego e da quinta do Relógio, em Reveles.
Casou em Coimbra, no templo da Rainha Santa Isabel, freguesia de Santa Clara, a 6 de Outubro de 1945 com FRANCISCO RODRIGUES MARTINS, que nasceu no lugar das Cerdeiras, freguesia de Lamas, concelho de Miranda do Corvo, a 26 de Março de 1912, e faleceu em Coimbra, freguesia de Santo António dos Olivais, a 8 de Novembro de 1983, licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, advogado, conservador do registo civil em Penela e em Montemor-o-Velho, presidente da Câmara Municipal de Penacova e da Câmara Municipal de Miranda do Corvo, senhor da quinta de Chão de Lamas, onde se ergue a casa armoriada dos antigos morgados desse lugar, aos quais havia sido adquirida pelos seus ascendentes, tendo ainda sido administrador de empresas. Era filho de Ângelo Rodrigues, natural do lugar de Urzelhe, freguesia de Lamas, proprietário, e de sua mulher D. Olímpia Martins, natural do dito lugar das Cerdeiras, os quais se receberam na Repartição do Registo Civil do Rio de Janeiro a 10 de Junho de 1911; neto paterno de Sertório Rodrigues, natural de Urzelhe, e de sua mulher D. Rosário de Jesus, natural do lugar de Monforte, freguesia de Almalaguês, concelho de Coimbra; e neto materno de Francisco Fernandes Martins, natural do lugar do Lombo, freguesia de Lamas, e de sua mulher D. Maria de Jesus, natural das Cerdeiras.
Tiveram quatro filhos, dez netos e está para nascer a sétima bisneta.
XII – D. LILLIAN DE CASTRO FILIPE, nascida em Central Falls, Estado de Rhode Island, Estados Unidos da América, a 19 de Setembro de 1924, licenciada em Filologia Germânica pela Universidade de Coimbra, que foi co-proprietária da Cerâmica de Mortágua e da Cerâmica Progresso, esta na Pampilhosa do Botão.
Casou no templo da Rainha Santa Isabel, freguesia de Santa Clara, no mesmo dia que sua irmã, 6 de Outubro de 1945 com ANTÓNIO HENRIQUE DE ELIAS NUNES VICENTE, nascido em Coimbra a 13 de Agosto de 1920 e aí falecido, na freguesia de Santo António dos Olivais, a 17 de Dezembro de 1987, professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, director dos Serviços de Neurologia e Psiquiatria dos Hospitais da Universidade, e do Laboratório de Neuropatologia do Instituto de Patologia de Coimbra, tendo sido recentemente homenageado pela Câmara Municipal de Coimbra com a atribuição do seu nome a uma das ruas da cidade. Era filho de António Nunes Vicente, industrial e proprietário, natural de Coimbra, freguesia de Santa Cruz, e de sua mulher D. Rosa Casanova de Elias, natural da mesma cidade, freguesia de Santa Clara; neto paterno de João Nunes Vicente e de sua mulher D. Clementina Rosa Bizarro, moradores em Coimbra; e neto materno de Henrique Elias Balmaña e de sua mulher D. Marta Casanovas, moradores na mesma cidade.
Tiveram nove filhos, a segunda dos quais faleceu inesperadamente há dias, vinte seis netos e, se não me engano, onze bisnetos.
XII – D. IRENE DE CASTRO FILIPE, nasceu em Central Falls, Estado de Rhode Island, Estados Unidos da América, a 7 de Outubro de 1926, licenciada em Filologia Germânica pela Universiadde de Coimbra, e igualmente co-proprietária da Cerâmica de Mortágua e da Cerâmica Progresso.
Casou no templo da Rainha Santa Isabel, freguesia de Santa Clara, a 8 de Abril de 1953 com LUIZ FERNANDES DOS SANTOS, nascido na freguesia de Ourondo, concelho da Covilhã, a 12 de Dezembro de 1923 e falecido em Coimbra, freguesia de (?), a 11 de Novembro de 1977, proprietário e administrador de empresas; filho de Cândido Gonçalves dos Santos, natural da freguesia de Erada, concelho da Covilhã, proprietário, e de sua mulher D. Maria Amélia Fernandes, natural de Ourondo.
Tiveram quatro filhas e nove netos.
XII – D. MARIA HELENA DE CASTRO FILIPE, nasceu em Lisboa, freguesia de São Sebastião da Pedreira, a 15 de Setembro de 1928, tendo sido aluna do curso de Medicina da Universidade de Coimbra e igualmente co-proprietária da Cerâmica de Mortágua e da Cerâmica Progresso.
Casou em Coimbra, na igreja paroquial de Santo António dos Olivais, freguesia do mesmo nome, a 26 de Abril de 1952, com JOSÉ DE GOUVEIA MONTEIRO, nascido no lugar do Caramulo, freguesia do Guardão, concelho de Tondela, a 7 de Junho de 1922 e falecido em Coimbra, freguesia de (?), a 5 de Julho de 1994, reitor da Universidade de Coimbra (1970-1971), professor catedrático da Faculdade de Medicina, presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (1974-1976), fundador do Centro e director do Serviço de Gastrenterologia dos Hospitais da Universidade, condecorado pelo Presidente da República com o grau de Grande-Oficial da Ordem de Cristo e agraciado com a Medalha de Ouro da Cidade de Coimbra, cuja Edilidade também atribuiu o seu nome a uma das principais avenidas de acesso ao centro da cidade. Era filho de José dos Santos Monteiro, natural da freguesia de Aldeia de Santa Margarida, concelho de Idanha-a-Nova, proprietário, e de sua primeira mulher D. Aurora de Gouveia, natural da freguesia de Ervedal da Beira, concelho de Oliveira do Hospital; neto paterno de Francisco dos Santos Caria, e de sua mulher D. Maria da Conceição Monteiro, moradores em Aldeia de Santa Margarida; e neto materno de Francisco Dias Ferrão de Gouveia e de sua mulher D. Maria Tavares Pereira, moradores em Ervedal da Beira.
Tiveram quatro filhos, tendo o mais velho falecido há muitos anos, e quatro netos.
XII – D. ALDA DE CASTRO FILIPE, nasceu em Lisboa, freguesia de São Sebastião da Pedreira, a 3 de Março de 1930 e aí faleceu a 27 de Agosto de 1931.
XII – D. MARIA JOSÉ DE CASTRO FILIPE, nasceu em Lisboa, freguesia de São Sebastião da Pedreira, a 20 de Março de 1935 e faleceu em Coimbra, freguesia de Santo António dos Olivais, a 30 de Julho de 2005, licenciada em Filologia Germânica pela Universidade de Coimbra, co-proprietária da Cerâmica de Souselas e da Cerâmica da Mealhada.
Casou no templo da Rainha Santa Isabel, freguesia de Santa Clara, a 1 de Agosto de 1957 com MANUEL OSÓRIO PINTO MORA, que nasceu em Pombal, freguesia de São Martinho, a 7 de Fevereiro de 1935, licenciado em Engenharia Química pela Universidade do Porto e administrador de empresas; filho de Amadeu da Cunha Mora, nascido em Pombal 10 de Novembro de 1901 e falecido em São Paulo, subdistrito de Santana, Brasil, a 19 de Abril de 1984, licenciado em Medicina pela Universidade de Coimbra, presidente da Comissão Municipal de Assistência de Pombal, fundador da Sociedade Assistencial dos Bairros e do Instituto Médico Imese, ambos em São Paulo, escritor, publicista, etc., e de sua primeira mulher D. Elvira Osório do Amaral e Sousa Pinto, nascida em Pombal, freguesia de São Martinho, a 28 de Março de 1902 e falecida em Coimbra, freguesia de Santo António dos Olivais, a 11 de Agosto de 1995, “que registou armas no Conselho de Nobreza (alvará de 15.12.1992 para Amaral, Osório, Correia e Homem)”, co-proprietária da casa dos Botelhos, em Pombal, e da roça da Praia das Conchas, em São Tomé. Neto paterno de Francisco Dias Mora, natural de Penhascoso, concelho de Mação, comerciante e industrial, vereador da Câmara Municipal de Pombal, e de sua primeira mulher D. Maria Emília Freire da Cunha, natural de Zebreira, concelho de Idanha-a-Nova, professora oficial do ensino primário em Pombal; e neto materno de Manuel Rodrigues Pinto (http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=279785), natural de Penela, freguesia de Santa Eufémia, formado pela Escola Médico-Cirúgica de Lisboa, major-médico do Quadro de Saúde do Ultramar, chefe do Serviço de Saúde da Província de São Tomé e Príncipe, médico municipal em Pombal, comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa e cavaleiro da Ordem de Cristo, sócio ordinário da Sociedade de Geografia de Lisboa, co-herdeiro da Roça da Praia das Conchas, etc., e de sua segunda mulher D. Maria Luísa Osório do Amaral e Sousa, natural da quinta das Ferrarias, freguesia de São Simão de Litém, concelho de Pombal, co-proprietária da mesma quinta e da dita casa dos Botelhos.
Viriam a divorciar-se, tendo tido sete filhos, a mais velha das quais faleceu com poucos meses de idade, e dez netos.
Um abraço
Miguel Mora
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Caro Samuel de Castro
Apenas para fazer uma correcção: a data do nascimento da minha Avó paterna, D. Elvira Osório do Amaral e Sousa Pinto, é 26 de Março de 1902 (e não 28, como por lapso escrevi na anterior mensagem).
Cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Caro Miguel Mora
Vou tentar responder as suas duvidas, mas para mim é dificil. Como é que um aluno pode esclarecer um mestre?...
Volto a repetir eu sou apenas um amador nestas coisas, por isso peco as minhas desculpas se tudo que escrevi nao foi suficiente claro.
Como Ja disse tenho muito carinho pela Casa do Cerrado de Montalegre, porque esse brazao e esses muros encerram uma das paginas mais lindas da historia da regiao de Barroso. Gostaria que acreditasse na minha sinceridade, eu vejo na Pessoa de Miguel Mora o mais legitimo representante desta nobre Casa, porque é o que a tem mais pesquisado e divulgado, desejava que assim continuasse, pode acreditar, estou muito orgulhoso do seu trabalho.
Vou voltar ao principio, que me levou a entrar neste Fórum, tenho em meu poder alguns documentos que gostaria de fossem analisados com a V/participacao.
Vamos primeiro ao assento de óbito do Arnaldo:
Arnaldo Faleceu dias depois de nascer, Julho de 1879. Filho de: José Xavier de Miranda Ataide Melo e Castro, e de Maria de Assuncao de Miranda Ataide Melo e Castro. No mesmo Assento tambem constam padrinhos, José X. de Miranda A. Melo e Castro e Maria Rita de Miranda.
O nome de ARNALDO aparece posteriormente em varios documentos. O SR. Miguel Mora tem uns eu tenho outros, sabe-se até um Arnaldo faleceu com 75 nos e que nunca foi encontrado nenhum registo de nascimento.
Este ARNALDO que aparece e desaparece será uma só pessoa?...
Eu creio que esta crianca foi baptizada quase moribunda, e correu o boato que faleceu e o padre registou-a no livro de óbitos e nao de baptismo,(é uma teoria).
E se ela sobreviveu?
Encotrar no mesmo Libro de Obitos, mas dois anos mis cedo 1877, no registo N- 7, tambem um JORDAO que faleceu com a idade de 6 meses, este filho do mesmo Pai José Xavier de Miranda Ataide e Melo, mas agora a mae é outra Maria Isabel de Miranda.
Como é que isso se explica?
Houve engano do Padre?
O documento que bate certo que ambos temos é o de Sebastiao do livro de Baptizados N-10 : Nasceu a 25-04-1878, e baptizado a 02-05.1878.
Resto das analises ficam para mais tarde, se nao sou vencido pelo cansaco.
Mas o que mais gostava era que o Confrade tivesse paciencia e esperasse por a chegada do mês de Agosto para analizar estes e outros documentos no melhor café da sua terra, ou num outro sitio aonde reinasse uma Paz fraterna.
Receba os melhores Cumprimentos deste Emigrante que tem muito respeito pelo seus antepassados e que Ama muito a sua Patria.
Manuel Miranda
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Retifico:
Encontra-se no livro de óbitos.
As minhas desculpas.
Manuel Miranda
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Caro Confrade Miguel Mora
Muito lhe agradeço as informações disponibilizadas que me servirão como complemento e correcção de dados. Com os melhores cumprimentos,
Eduardo Domingues
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Estimado Miguel Mora,
Nada a desculpar, cada coisa a seu tempo.
Agradeço a disponibilidade de ir completando os dados do anexo e pela remessa que fará de cópia de páginas das matérias contendo dados sobre os Castros.
Já passei para a base os excelentes dados que enviaste das filhas da Adelaide, o que muito lhe agradeço.
Muitíssimo obrigado por tudo. Fraterno abraço.
Samuel de Castro
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Caro Manuel Miranda
Muito agradeço as suas sempre lisonjeiras palavras e peço-lhe que me desculpe o atraso com que o estou a fazer, resultante do facto de ter estado fora durante quase toda esta semana.
As coisas agora parecem começar a fazer sentido, já que o facto de o «seu» assento respeitante ao Jordão ser de óbito é perfeitamente compatível com o «meu» de baptismo. Não restam então dúvidas de que esta criança faleceu em Montalegre com seis meses de idade (daí eu nunca lhe ter ouvido a mais pequena referência), caindo assim por terra o que eu havia conjecturado a respeito de uma hipotética alteração do nome no Crisma.
Já em relação ao Arnaldo, podem-se admitir dois cenários: ou o assento que refere corresponde ao baptismo de um moribundo (o facto de o pai ser padrinho é estranhíssimo; eu nunca tal coisa vi), lavrado por engano no livro de óbitos, mas em que a criança acabaria por sobreviver; ou então este Arnaldo faleceu de facto, e nesse caso os pais tiveram ainda forçosamente outro filho que viriam a baptizar com o mesmo nome.
Só a análise detalhada desse assento é que permitirá tirar conclusões, mas a segunda hipótese levanta desde logo muitas objecções, pois atira a data do nascimento para o intervalo Setembro de 1881 – Abril de 1885, e nesse período, como já se viu, nada consta nos livros de baptismos de Montalegre; ou então, para depois de Outubro de 1886, mas isso ainda é mais improvável, tanto pela idade da mãe como por sempre me ter sido dito que a «Tia Filomena» era a mais nova dos irmãos.
Poderia ainda ter nascido num quinto local onde os meus Trisavós pudessem ter residido, já que parece que eles não tinham parança (Redondelo, Carrazedo, Vila Pouca de Aguiar, Montalegre e novamente Carrazedo), mas isso contradiz a naturalidade que o próprio declara no seu testamento e é reafirmada na respectiva certidão de óbito, onde, em qualquer das eventualidades, a idade terá sempre de estar errada (o que é, infelizmente, muito comum).
Volto ainda a pedir-lhe o favor de me confirmar o que é que o meu Tio Arnaldo Xavier realmente vendeu em 22 de Fevereiro de 1913 ao Dr. Artur Mesquita Guimarães. Eu já dei voltas e mais voltas para tentar descobrir quando é que determinados bens foram definitivamente alienados pelos meus familiares, mas nunca tive grande sucesso em algumas dessas diligências, nomeadamente em relação à casa do Cerrado e aos solares de Valdegas e da Granja.
Como já disse e redisse, a casa do Cerrado não está descrita nos bens que ficaram por morte de José Xavier de Miranda Ataíde Melo e Castro Júnior (é assim designado em muitos documentos oficiais) nem sequer foi adjudicada a título de legítima paterna a nenhum dos seus filhos. Poderia, quem sabe, já ter sido transaccionada através de um «escrito particular», mas isso não é nada característico destas gentes, que por tudo e por nada costumavam recorrer aos serviços dos tabeliães.
Terei, certamente, o maior gosto em me encontrar consigo no próximo Verão, mas isso não é impeditivo que este assunto se esclareça rapidamente e de uma vez por todas, de modo a que ninguém possa ficar com a sensação de que há documentos absolutamente contraditórios, o que é tudo menos aquilo que eu pretendia quando iniciei este tópico.
Com os melhores cumprimentos daquele que se considera meio-transmontano
Miguel Mora
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Casa de Carrazedo e Borges em Ribeira de Pena
Caro Miguel Mora
A propósito das ligações entre os Borges da casa de Carrazedo e Ribeira de Pena, e tendo elementos retirados de um manuscrito de Francisco Xavier Canavarro de Valadares onde refere um provável casamento entre uma senhora da casa de Carrazedo e Ribeira de Pena, As inquirições de génere" dão mais alguns pormenores. Pode-me dizer de quem é a Margarida Borges filha?
I D. Margarida Borges da casa de Carrazedo (?), irmã do padre António Borges, Abade de Cavalões, próximo a Barcelos cc Pedro Pacheco d' Andrade c. 1647, padrinhos o Sargento.mór Ambrósio Gonçalves Lopes, seu tio e D. Antónia de Andrade, fal. em 1688, Snr da Casa de Fontes.
( Aquele Ambrósio Gonçalves Lopes, Sargento-mór, Sr.da Quinta de Friúme casou com Catarina da Guerra de Almeida, srª da quinta das Pereiras, filha de Pedro Borges de Almeida, este casal tem como neta Maria Borges da Guerra casada com José Pinto Borges, ver Serra Craesbeeck, Memórias Ressuscitadas, vol II, página 353)
Tiveram:
1. (II).Padre N Pacheco de Andrade, Reitor de Santa Marinha
2. (II) D. Maria Borges Pacheco, srª da Casa de Fontes casou com seu primo Francisco Gonçalves Penha, capitão de ordenanças, filho de Francisco Gonçalves Penha, 1º morgado de São Francisco Xavier (sr. da Casa de Santa Marinha em Ribeira de Pena) e de sua 2ª mulher D. Domingas Gonçalves de Matos
Tiveram entre outros:
1. (III) Caetano Borges Penha, presbítero secular, Licensiado em Direito Canonico e Civil pela universidade de Coimbra, exerceu no Brasil vários cargos eclesiasticos. Instituiu a Capela e vinculo de Sant'Ana junto a Casa de Fontes, de que foi 1º administrador chamando para seu sucessor seu irmão Baltasar. Jaz na dita sua capela."
2. (III) D. Senhrorinha Pacheco Borges Penha casou em 1750 com Rodrigo Manuel Teixeira Vahia de Miranda, capitão-mór de Vila Pouca de Aguiar.
Aquele Caetano Borges Penha fez "inquirição de génere" processo 32297 15 de Outubro de 1717, neto de Margarida Borges natural de Carrazedo da Cabugueira, freguesia de São Pedro do Bragado, concelho de Aguiar, nas testemunhas afirma:
"seus irmãos o padre António Borges, Abade de Cavalões e Padre Ventura Borges
Podem existir outras ligações entre os Borges da casa de Carrazedo e Ribeira de Pena.
Com os melhores cumprimentos
João Penha Ferreira
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Caro Miguel Mora
Fiquei contente com a sua resposta, por estarmos os dois a defender uma casa que nos é comum, só que o Confrade pode prova-lo eu nâo. É com grande prazer vou tentar esclarecer o seu pedido, o melhor que poder e souber.
Comecamos pelo ARNALDO, eu penso que é uma só pessoa:
O apontamento que tenho nâo sei aonde o pesquisei, talvez na Igreja Paroquial de Montalegre. Nunca lhe dei grande importancia porque esta crianca tinha falecido até o Confrade entrar neste Fórum. Afinal este Assento é de grande Valor.
O meu ARNALDO, (Faleceu ?) dias depois de nascer Julho de 1879, somando aos 75 anos dá 1954, que é a data aproximada do F. do seu Arnaldo, e na certidao de óbito ele nasceu em Montalegre, tem que se tratar da mesma pessoa.
Vamos ao documento que tanto deseja, que gostaria de lhe oferecer quando do nosso encontro neste Verao. "Como se descreve é a venda de uma heranca".
Trata-se de uma folha de papel selado, no final assinado pelo Arnaldo Xavier de Miranda Melo e Castro sobre os selos de 20 centavos e 30 Reis, e outros.
Transcricâo:
Titulo de Compra venda com quitacao: pelo primeiro e por mim mandado fazer e no fim por mim assinado com testemunhas, declaro eu ARNALDO XAVIER de MIRANDA e CASTRO, solteiro maior proprietario de Carrzedo da Cabuqueira, comarca de Vila Pouca de Aguiar, que pelo presente documento vendo como de facto vendido tenho, de hoje para todo o sempre ao Senhor Doutor Artur de Mesquita Guimaraes, solteiro, proprietario nesta vila e comarca de Montalegre pelo preco e quantia de quarenta e nove mil e quinhetos reis os seguintes predios: uma terra em gaspar que confronta do norte com joâo Lourenco dos Santos do sul com Abel Afonso Duarte do nascente com Vergina Alves e ao poente com herdeiros de Bernardino Batista Carneiro. - Uma terra em Eiras Verdâo ( passo só a descrever as propriedades):
Terra no sitio do Portal da Veiga ou do Guerra, ( O documento é extenso Pesso desculpa se me esqueco de alguma) . Cujos prédios sao de natureza rural e sitios no limites desta Vila de Montalegre a qual quantia confesso ter herdado no dia de hoje e anterior a este acto e por mim desde já lhe transfiro e cedo na pessoa do mesmo comprador com dominio.etc.
Quero acrescentar que vou nos proximos dias partir de ferias por 2 semanas para a ilha da Madeira, se estiver por ai diga, senao até Agosto, para melhor esclarecimentos.
Sem mais os melhores cumprimentos
" O Barrosao "
Manuel Miranda
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RE: Casa de Carrazedo e Borges em Ribeira de Pena
Caro João Penha Ferreira
Na genealogia dos possuidores da casa de Carrazedo, afirmei que o casal inicial – Gaspar Gonçalves e de Maria Borges – teria tido diversos filhos, entre os quais Gonçalo Borges e Crescência Borges. Esta suposição resulta do facto de nos assentos de baptismo de São Pedro do Bragado, freguesia a que pertence o lugar de Carrazedo, aparecerem vários indivíduos de apelido Borges a serem padrinhos, mas que eu não consigo entroncar porque o pároco se limita a indicar os seus nomes e não menciona qualquer laço de parentesco entre eles ou as crianças baptizadas.
Todavia, é difícil que não sejam seus filhos, porque para aí aponta a cronologia e a forte probabilidade de os Borges virem de fora (estou convencido que de Ribeira de Pena). Estes teriam, aliás, um estatuto social mais elevado, que irá justificar o imediato abandono do apelido Gonçalves nas gerações seguintes e a circunstância de o provável herdeiro, Gonçalo Borges, se designar a si próprio como “homẽ nobre”.
Em relação a Margarida Borges, possuo as seguintes referências:
– a 22 de Maio de 1657 foram padrinhos Gonçalo Borges e Margarida Borges;
– a 4 de Janeiro d 1665 forão padrinhos Pedro Gonçalves o «Novo» e Margarida Borges, de Carrazedo;
– a 3 de Abril de 1669 forão padrinhos Gonçalo Borges e Margarida Borges, de Carrazedo.
Indico ainda a data em que pela primeira vez são nomeados indivíduos de apelido Borges, nomeadamente:
– a 6 de Setembro de 1661 foi madrinha Helena Borges, de Carrazedo.
– a 6 de Novembro de 1667 forão padrinhos o Reverendo Padre Ventura Borges, de Carrazedo, e a mulher de Pedro Gonçalves «o Novo».
– a 4 de Dezembro de 1674 forão padrinhos Domingos Vaz e Filipa Borges, de Carrazedo
– a 13 de Julho de 1692 foram padrinhos João Borges e Maria Borges, embora neste caso não tenha a indicação do respectivo local de residência e a madrinha me pareça muito moderna para ser a mulher de Gaspar Gonçalves.
Assim, creio que Margarida Borges deverá ser filha dos sobreditos Gaspar Gonçalves e Maria Borges, e a preciosa indicação que me dá de ela ser irmã dos Padre Ventura (ou Boaventura) Borges e António Borges ainda mais reforça essa convicção. Deste último nunca tinha ouvido falar, mas sobre o primeiro já pusera a hipótese na minha mensagem inicial de ele ser tio-avô paterno do seu afilhado Manuel Borges de Sousa (IV) e provavelmente o instituidor do morgadio de Carrazedo; sabendo também que ainda estava vivo em 12 de Setembro de 1699, quando foi padrinho de Boaventura Dias, futuro sogro do Dr. Luís de Sousa Machado (V):
A circunstância de António Borges ter sido abade de Cavalões é curiosa, dado também o ter sido um membro da vizinha casa da Freixeda, em Capeludos.
Deixo-lhe ainda algumas notas soltas:
– É difícil não relacionar aquela Helena Borges com a homónima que o citado Serra Crasbeeck apresenta como mulher de Cristovão Vaz Leitão da Guerra e mãe de António Borges Leitão, que em 1721 (ou 1726) era o senhor da quinta das Pereiras.
– Tenho ainda notícia de um Padre Pascoal Pacheco de Andrade, que foi Reitor de Santiago de Soutelo, em cujo livro de baptismos aparece (creio que pela primeira vez) a 2 de Abril de 1664, e que poderá ser o mesmo que recebeu em Santa Marinha Pedro Gonçalves Penha e Catarina Pacheco (de Andrade), a 10 de Junho de 1680, e aí viria a ser padrinho do seu filho herdeiro Baltasar, a 14 de Janeiro de 1686.
– A ordem que geralmente é atribuída aos Morgados de São Francisco Xavier levanta-me algumas dúvidas: se o vínculo foi efectivamente instituído por Francisco Gonçalves Penha – a 16 de Junho de 1679, segundo Serra Crasbeeck, ou em 1678, segundo o “Portugal: diccionário histórico...”, de J. M. Esteves Pereira – é provável que ele não tenha chegado a administrá-lo mas sido apenas o seu instituidor.
– Eu presumo que conheça os notáveis artigos sobre Ribeira de Pena que constam desta última obra (e aos quais não pode ser alheia a pessoa do Dr. Canavarro de Valadares), mas o que lá se diz a respeito da segunda mulher do mesmo Francisco Gonçalves Penha é cronologicamente impossível: ele não pode ter enviuvado de “sua prima D. Izabel Pacheco d’Andrade” em 1674, ter passado “a segundas nupcias, poucos anos depois com uma outra sua prima D. Domingas Gonçalves de Mattos”, e desta ter tido um filho herdeiro que, como se viu, casou em Santa Marinha a 10 de Junho de 1680. Aliás, parece-me muito mais lógico que Isabel Pacheco tivesse sido a segunda mulher, tendo ele depois promovido o casamento do filho herdeiro (da primeira, Domingas Gonçalves de Matos) com uma irmã da madrasta, como tantas vezes sucede; e é até possível que este matrimónio estivesse previsto (ou mesmo imposto) na instituição do morgadio, ocorrida pouco antes.
– Possuo fotocópias de um interessante conjunto de artigos de jornal, da autoria do Dr. Canavarro de Valadares, com as biografias dos Capitães-mores de Ribeira de Pena, entre elas a do penúltimo, Caetano José Pacheco de Andrade e Almeida, senhor da mencionada quinta de Fontes. Se lhe puderem interessar, indique-me a sua morada ou peça o meu e-mail aos moderadores do site.
Com os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Caro Manuel Miranda
Muito obrigado pela sua pronta resposta, que vem dar mais um importante contributo para o cabal esclarecimento deste assunto.
Em relação ao meu Tio Arnaldo Xavier, só poderá haver certezas absolutas quando o assento do seu baptismo e o do suposto óbito aparecerem. Eu vou voltar a insistir com o Arquivo Distrital de Vila Real, para que todas as possibilidades em relação a Montalegre fiquem definitivamente esgotadas.
Quanto ao documento da venda, que teve a amabilidade de transcrever, o que eu "tanto" desejava era ter a certeza de que o seu objecto não era a casa do Cerrado, dado que isso poria em causa tudo o que até aqui sempre me fora dito e, inclusivamente, algumas das pesquisas que já realizara. Mas, como acabou por se confirmar, eu não estava errado, e os três prédios rústicos vendidas constam da lista dos bens da comarca de Montalegre que o dito Arnaldo Xavier herdou por morte de seu pai, lista essa por mim apresentada em anterior mensagem.
Muito boas férias e os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Casa de Carrazedo e Borges em Ribeira de Pena
Caro Joâo Penha Ferreira
Queria dar uma ajuda, nao venho acrescentar nem tirar nada do que o confrade escreveu. Tenho uma cópia do livro " Fidalgos e Nobres de Vila Pouca de Aguiar" . Talvez lhe sirva para melhor esclarecimento no que se refere ao numero 2 (III).
2 (III) D. Senhorinha Pacheco Borges Penha casou em 1750 com Rodigo Manuel Teixeira Vahia de Miranda, capitâo-mór de Vila Pouca de Aguiar.
Se consultar esse Livro esta lá o seguinte:
Rodrigo Teixeira Vahia de Miranda - 2° Morgado de N. Sra. da Piedade em Vila Meâ. Sargento-Mor e 12° Capitâo-mór de Vila Pouca de Aguiar. Nasceu a 13-10-1721 em Vila Meâ. Casou Com D. JOSEPHA MARGARIDA DE ALMEIDA CARNEIRO PINTO GUEDES. de Ribeira de Pena, filha do Dr. Caetano Pinto Borges Guedes e D. Maria Carneiro. Senhor da casa de Friume em Ribeira de Pena.
Com os melhores cumprimentos
Manuel Miranda
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Aguiar
Caro Miguel Mora,
A Casa da Tapa pertenceu de facto a João Manuel de Sousa Guedes e foram os seus herdeiros que a venderam no principio do século XX.
A Casa do Cimo de Vila (muito antiga e provavelmente não habitada por causa do mau estado), deveria ser contigua à Casa da Tapa. Foi vendida provavelmente na mesma altura e o comprador doou à autarquia a Pedra de Armas e uma escultura em pedra com figura humana que se encontravam na fachada e telhado da casa respectivamente, e que foram montadas no Jardim Luiz de Camões. A Casa do cimo de Rua foi demolida e foi lá construído um prédio!
A Casa do Cimo de Rua, do Morgados de Nossa Senhora da Conceição, tinha uma Capela no Monte do Facho, que também foi demolida para ser construida uma nova e maior(!) pois a Romaria que lá se faz assim deveria necessitar. Os Santos atribuídos à antiga Capela (dos séculos XVI, XVII) foram recentemente encontrados na Capela do Senhor (que pertencia à Casa da Tapa) e devolvidos à actual Capela de Nossa Senhora da Conceição do Monte do Facho.
Com os melhores cumprimentos,
AMGuedes
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Aguiar
Cara Ana Maria Guedes
Muito agradeço a sua mensagem a que só agora me é possível responder.
Gostaria, porém, de lhe perguntar em que é que se baseou para dizer não só que a «Casa da Tapa pertenceu de facto a João Manuel de Sousa Guedes e foram os seus herdeiros que a venderam no principio do século XX» mas também que a Capela do Senhor «pertencia à Casa da Tapa».
Pedia-lhe igualmente o favor de me confirmar se no seu texto «Casa do Cimo de Vila» e «Casa do Cimo de Rua» se referem ao mesmo edifício (creio que sim, mas não tenho a certeza), que deverá ser aquele que em “Machado de Vila Pouca de Aguiar” é ainda designado por “Casa do Capitão-Mor”. A respectiva fotografia pode aí ver-se na p. 22, e, pelo recorte, parece-me que a pedra de armas que ostentava será a tal que depois foi montada no Jardim Luiz de Camões.
Com os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Aguiar
Caro Miguel Mora,
Este assunto sobre a Casa da Tapa já há alguns anos me despertou a curiosidade, alias já o tinha abordado noutro topico onde suponho, o tenha visto. Ainda não tive oportunidade de o aprofundar, mas quem sabe, com a sua ajuda resolvemos mais um "embróglio" de Vila Pouca de Aguiar.
Quanto às suas questões, aqui estão as minhas respostas:
1- Há um pequeno livro sobre todas as Capelas de Vila Pouca de Aguiar, (do qual eu tenho fotocópias de algumas páginas). Este livro foi escrito por um Padre local e editado alguns anos após o livro do Dr. Gil e João Vilanova "Mui Nobre e Ilustre Terra de Aguiar". Esse livro das Capelas, apesar de ter algumas informações incorrectas cometidos pelo tal erro de coligir dados sem os confirmar, possui as seguintes informações interessantes:
"Capela do Senhor foi noutros tempos pertença do Solar da Tapa, do Escudeiro de El-Rei Pedro Machado, que aí teria nascido pelo ano de 1500."
(...)
"Certamente que os Senhores da Solar da Tapa doaram a capela à "Confraria do Santissimo Sacramento", possivelmente aquando da sua erecção canónica (...) não foi possivel saber quando, todavia encontramos no arquivo paroquial o livro das entradas dos irmãos (confrades) de 1788 a 1840."
(...)
"Em data não perceptivel passa a falar-se na Confraria das Almas"
(...)
"Não foi possivel encontrar qualquer documento sobre a confraria de 1840 a 1942"
(...)
Em 1910 a Câmara colocou na torre um relógio.
(...)
(A 1 de Janeiro de 1942 o Pároco Vila Pouca de Aguiar pede ao Bispo da Diocese a erecção da "Confraria do Santíssimo e das Almas")
Actualmente a Capela do Senhor é pertença, pelo que consta nas finanças, da Confraria do Santíssimo e das Almas.
2- Recentemente uma senhora com cerca de 80 anos de idade, sobrinha neta de João Manuel de Sousa Guedes (que não deixou descendência viva), confirmou-me que a sua mãe (filha de um irmão de João Manuel) nasceu e morou no Solar da Tapa até casar e vir morar para o Porto.
3- A Casa de Cimo de Vila é de facto a Casa de Cimo de Rua cuja fotografia vem na pag. 22 do livro que refere.
Fico ao seu dispor para outras questões às quais eu possa dar o meu pequeno contributo.
Com os melhores cumprimentos,
Ana Maria Guedes
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Aguiar
Cara Ana Maria Guedes
Agradeço imenso a sua mensagem, mas peço-lhe que me desculpe por só poder dar uma resposta mais completa no início da semana.
Com os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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A casa da Tapa e a capela do Senhor
Cara Ana Maria Guedes
Renovo os meus agradecimentos pelas suas anteriores mensagens, mas como estive mais tempo fora do que inicialmente previra só agora é que me é possível responder-lhe.
Com efeito, já tinha lido uma intervenção sua no tópico “familia souza machado”, mas, como resolvi então iniciar este mesmo, optei por deixar a discussão da casa da Tapa para uma fase posterior, na esperança de ir recolhendo mais elementos que permitam esclarecer o seu longo historial.
Aqui, e apesar de ter posto em evidência algumas contradições, também evitei desenvolver este assunto, quer por ser lateral em relação ao tema do tópico quer pela circunstância de conhecer relativamente mal Vila Pouca de Aguiar, não podendo assim visualizar com rigor a localização de certos edifícios que os documentos referem. Até cheguei a pedir à Câmara Municipal que me facultasse um mapa, no que não tive sucesso, e o que depois me foi enviado pelo posto de Turismo local é de escala reduzida, tendo por isso muito pouco pormenor.
Não há dúvida de que a questão das casas armoriadas e das capelas de Vila Pouca de Aguiar é complicada, exige um conhecimento do local que eu não possuo, e a meu ver está ainda inquinada por uma certa dose de desinformação.
Vou abordar primeiro a casa da Tapa e posteriormente a capela do Senhor, tentando não provocar uma confusão ainda maior do que aquela que se pretende desfazer.
A CASA DA TAPA
Se não estou enganado, foi o Eng.º José Ernesto de Menezes e Souza de Fontes quem, em “A nossa ascendência”, primeiro ligou a casa da Tapa a Sabina de Magalhães, segunda mulher de Pedro Machado. Mais tarde, na “Mui nobre e ilustre terra de Aguiar” – trabalho baseado nas pesquisas desse ilustre investigador –, explicita-se que ela a teria herdado de seu primeiro marido António Borges, juntamente com a propriedade de um dos ofícios de tabelião do judicial e notas de Vila Pouca de Aguiar, de ambas as quais viria a ser herdeira sua neta paterna Maria de Almeida (Machado), casada com Manuel Borges de Sousa, acima referido sob o n.º IV.
Por conseguinte, a posse da casa da Tapa passaria para os senhores da de Carrazedo, tendo já sido demonstrados os disparates que a respeito da sucessão das mesmas ali se disseram e posteriormente foram reproduzidos em “Machado de Vila Pouca de Aguiar”.
E com esta tese parecem concordar os seguintes factos:
– Os meus Trisavós José Xavier de Miranda Ataíde Melo e Castro e D. Maria da Assunção de Miranda Ataíde Melo e Castro (n.º IX) viveram em Vila Pouca de Aguiar durante o período em que ele exerceu o cargo de escrivão da Câmara (1872-1875), tendo ali nascido três dos seus filhos, a saber: D. Maria Júlia, Tomé e D. Maria Emília.
– Em 1886, na lista dos edifícios brasonados de Vila Pouca de Aguiar que Pinho Leal apresentou no 11.º e penúltimo volume do seu “Portugal antigo e moderno”, constava em 3.º lugar a «casa de José Xavier Athayde Mello e Castro, hoje de seu filho do mesmo nome».
– Por escritura publica lavrada a 4 de Agosto desse mesmo ano, aqueles meus Trisavós reconheceram ser devedores da quantia de 204$508 à Irmandade de S. Bento do lugar de Vilarinho, freguesia de Capeludos, tendo então hipotecado à satisfação dessa dívida «uma morada de casas com seu quintal» que possuíam em Vila Pouca de Aguiar, declarando ainda ali que «as houveram por herança de sua mai e sogra D. Anna Emilia de Sousa Leite».
– Com base nessa hipoteca, foi exarada no Livro B 27 da Conservatória do Registo Predial de Vila Pouca de Aguiar a seguinte descrição (tenho dúvidas na transcrição de alguns esses e zês, mas isso em nada altera o sentido):
«N.º 7778. Predio urbano . Uma morada de casas com seu quintal, sitas n’esta Villa Pouca d’Aguiar, onde vive Joze Vilarinho Malheiro; e confronta do nascente com Luis de Sousa Boura, poente com o tribunal Velho, norte com a estrada que vae para Mirandella e sul com a rua.
Valor venal 500:000 reis.
Extrahi esta descripção d’uma escriptura publica, lavrada nas notas do tabelião , Candido Magro, d’esta Villa, aos 4 d’Agosto de 1886, apresentada sob o n.º 4 do diario, em 17 do mesmo mes e anno.
Indice real n.º 4 f.ª de Villa Pouca, f.as 100.
O ajudante do conservador
Eduardo Augusto Rodrigues Gomes».
– A 31 de Dezembro de 1909 falecia o dito José Xavier de Miranda Ataíde Melo e Castro, e nas partilhas amigáveis celebradas por sua morte o prédio em causa – que era o único com componente urbana que o casal possuía em Vila Pouca de Aguiar – viria a ser adjudicado a título de legítima paterna à sua filha D. Maria Júlia de Miranda e Castro, mulher de José Pereira da Graça, de Vila Verde de Oura, sendo porém ressalvado que «a tulha existente na casa referida de Vila Pouca fica a ser do dominio da mãe em quanto esta viva for» (na meação da viúva estava incluído o campo de Trás das Tulhas, vasta propriedade situada no limite da mesma vila que certamente estaria relacionada com a casa em questão).
– Passado pouco tempo, a 23 de Janeiro de 1915, seria lavrada no Livro F 6 daquela Conservatória a inscrição que se segue:
«N.º 4614. Fica inscripto em favor de Francisco Borges Lobo, casado, proprietario, d’esta Villa Pouca de Aguiar, a transmissão do predio já descripto no livro B 27 sob n.º 7778, que lhe foi dado em pagamento da quantia de quarenta e nove escudos por Jose Pereira da Graça e esposa D.ª Maria Julia de Miranda, proprietarios, do logar de Villa Verde d’Oura, comarca de Chaves, actualmente residentes em Carrazedo da Cabugueira. Certidão passada pelo Escrivão do Juizo de Paz ? do Julgado do Bragado - Simão Jose Luis, extrahida do livro de registo de conciliações, contendo o auto lavrado em 27 d’abril de 1914. Indice pessoal da letra F n.º 4 p. 37
O conservador
Francisco Botelho Corrêa Machado».
À primeira vista, parece-me que as confrontações desta propriedade são compatíveis com a hipótese de se tratar da que é vulgarmente designada por casa da Tapa, mas só poderei ter a certeza depois de apurar o que era o tal «tribunal Velho» e de obter mais dados sobre as pessoas citadas nos documentos.
No entanto, em conversa telefónica que há cerca de oito meses mantive com o Padre Sebastião Esteves – o autor do livro que refere sobre as capelas de Vila Pouca de Aguiar –, ele confirmou-me que o edifício a que se chama casa da Tapa está actualmente dividido em três habitações distintas, sendo uma pertencente a uma irmã do Conselheiro Antero Alves Monteiro Diniz (actual Ministro da República na Madeira), outra a Fernando Malheiro Diniz e a restante ao Dr. Rui Fernandes Malheiro (ou Malheiro Fernandes), este habitualmente residente na cidade do Porto. Ora, não se pode ignorar que em 1886 residia na casa dos meus Trisavós José Vilarinho Malheiro, provavelmente a título de inquilino, sendo crível que o próprio ou descendentes seus tivessem acabado por adquiri-la depois de os meus Tios a terem dado em quitação de dívida a Francisco Borges Lobo.
Por outro lado, não se pode ignorar o «Luis de Sousa Boura» mencionado na confrontação do lado Nascente, que é com certeza o mesmo «Luiz de Sousa Roma» marido de «D. Lucinda de Sousa Guedes», a qual Pinho Leal apresenta como proprietária da casa da Tapa em 1886. Será que a casa dos morgados de Carrazedo confinava com a “actual” casa da Tapa e foi posteriormente demolida? Ou terá Pinho Leal feito alguma confusão? Ou será que hoje se chama erradamente casa da Tapa a outra situada nas suas imediações, que seria a tal residência que permaneceu na descendência de Pedro Machado.
Para esclarecer de vez esta trapalhada – e a de outras casas brasonadas de Vila Pouca de Aguiar – é fundamental cruzar a documentação de carácter patrimonial com os dados da Conservatória do Registo Predial, que terá sido criada cerca de 1870 (a descrição do campo de Trás das Tulhas data de 2 de Março de 1875 e consta do Livro B 8). E têm forçosamente de existir escrituras de compra e venda ou de doação, de habilitação de herdeiros, de partilhas, testamentos, inventários, etc., documentos esses em que, para além do mais, são geralmente mencionadas as descrições prediais, os artigos matriciais e as respectivas confrontações.
A maneira mais fácil será sempre a de pedir aos actuais proprietários desses edifícios que indiquem o número da respectiva descrição da Conservatória do Registo Predial (que é a dos tais Livros B ...), através da qual se poderá começar a reconstituir o seu historial, passo a passo e sempre da frente para trás, porque só assim é que as dúvidas ficarão definitivamente desfeitas.
No meu caso, e como já lhe disse, tenho a grande dificuldade de não ser de Vila Pouca de Aguiar e de nem sequer conhecer os seus actuais habitantes; e quando um desconhecido vem pedir a alguém este tipo de informação, é normalmente encarado com muita desconfiança (para que é que o fulano andará a meter o nariz nisto?; se calhar tem alguma na manga..., etc.). Ficar-lhe-ei, portanto, muito reconhecido se me puder ajudar a resolver este “embróglio” em que temos um interesse comum.
A CAPELA DO SENHOR
A primeira referência que tenho deste templo é a que consta das “Memorias ressuscitadas da provincia de Entre Douro e Minho”, publicadas em 1726 por Francisco Xavier da Serra Crasbeeck, membro da Academia Real da História, onde no Título XXXVIII, Capitulo 12.º, § 1, n.º 2, o autor afirma que:
«A capella do Sanctissimo, que fica no fim deste lugar de Villa Pouca, junto à Casa da Camara, he a mais bem composta que há nesta freguesia; e nella esta o sacrario e pertence ao Alcaide-mor Phelippe de Sousa de Carvalho, que tambem perto della tem as suas nobres casas, com hum escudo das suas armas. No meio da dita capella-mór, está huma sepultura dos segundos avos do dito alcaide-mor, paternos, em campa raza, com seo escudo de armas com aqui mostramos (***) o seo letreiro:
S(EPULTURA). DE ANT(ONI)O M(ART)I(N)Z. / E DE PHELIPE / DE. SOUSA. FA / LECEO. O AN / NO DE 1600.
[Gravura 58]
3. Na mesma igreja e cappella, se vê outra sepultura, com outro escudo de armas, com letreiros, que parece ser dos terceiros avos do dito alcaide-mor, cujas armas são as dos Alteros, Esteves e Carvalho, de quem se diz descende o alcaide-mor, pois esta sepultura pertence tambem à sua casa, como achamos por informação, que nos derão, andando-as copiando na dita cappella; a sepultura he na forma seguinte:
S(EPULTUR)A. DE ANT(ONI)O. DE / SOUSA. E. G / UI(O)MAR. B / ORJES. SUA / MULHER.
[Gravura 59]
(***) Escudo com as armas dos Sousas (de Arronches)».
Três décadas depois, a 4 de Março de 1758, o Encomendado Matias Machado haveria de redigir a memória paroquial de Vila Pouca de Aguiar integrada sob o n.º 248 no volume 40 do “Dicionário Geográfico”, compilaçao monumental que pertenceu à biblioteca do antigo convento das Necessidades e actualmente se guarda na Torre do Tombo. Em resposta ao item 13.º, o dito sacerdote declarava que:
«Tem na mesma Rua a Capella aonde está o Santissimo Sacramento igual na grandeza, e aseyo a Matriz fabrica esta Capella as duas grandes Ermandades que tem, huma do Senhor, e outra de nossa Senhora do Rozario, tem esta Ermida tres Altares; no Altar mor que he de São Sebastião está o Sacrario em outro nossa Senhora do Rozario, em outro São Bras».
Da lista dos templos da paróquia do Salvador que em 1886 Pinho Leal apresentou no já citado 11.º volume do “Portugal antigo e moderno”, constava o seguinte:
«2.º–Capella do Senhor, ou do Santissimo Sacramento.
É publica,–mais moderna e mais elegante do que a egreja matriz,–e está a pequena distancia d’ella».
Em nenhuma destas três fontes se diz que a capela do Senhor era propriedade de Pedro Machado ou de algum dos seus descendentes. E eu atrevo-me a dizer que isso não faria, aliás, muito sentido, pois custa a crer que numa terra que «sempre foi da Coroa Real» e era cabeça de uma comenda da ordem de Cristo o Santíssimo Sacramento estivesse recolhido numa capela particular, ainda por cima pertencente a uma família que nem sequer era a principal da terra.
Caso diferente é o que sustenta Serra Crasbeeck, já que o alcaide-mor era hierarquicamente a pessoa mais importante da vila, não se podendo ainda ignorar o facto de as armas da “actual” casa da Tapa serem idênticas às da sepultura descrita em primeiro lugar, que segundo esse autor estaria no «meio da dita capella-mór». Mas também aqui parece existir uma certa confusão, porque era a igreja paroquial do Salvador que tinha «capella-mór», onde, segundo o Dr. Francisco Canavarro de Valadares, António Martins de Sousa (filho de Fernão Martins de Sousa) «possuia as quatro unicas sepulturas n’ella existentes, que foram conservadas por seus descendentes, pertencendo duas aos Souzas Sampaios (...) e outras duas aos Souzas Carvalhos, alcaydes-móres de Villa Pouca d’Aguiar e seu Castello».
Mas se esta hipótese se vier a confirmar, então teremos de reformular o que tem sido dito tanto sobre a capela como sobre a casa, que a dada altura teriam de ter sido alienadas por um dos Sousas Carvalhos que foram alcaides-mores de Vila Pouca de Aguiar, o que também parece não jogar com a probabilidade de estes ainda lá terem estado presentes durante a 2.ª metade do século XVIII (José Filipe de Sousa de Carvalho teve a alcaidaria-mor por carta de 15 de Março de 1773).
Tanto quanto eu sei, não existe qualquer prova documental de que a capela do Senhor em algum tempo tivesse pertencido àqueles Machados. Tal fama parece derivar da circunstância de o Eng.º José Ernesto Fontes ter constatado que ali se realizara o casamento de Maria de Almeida (Machado) com Manuel Borges de Sousa, a 12 de Julho de 1717, mas essa é uma situação que estava longe de implicar a posse do edifício (sendo ainda necessário averiguar se aí não se costumavam receber outros casais).
Os noivos teriam, isso sim, uma ligação afectiva ao templo, no interior do qual seguramente possuíam um jazigo familiar. Ao pesquisar os óbitos de São Pedro do Bragado, encontrei os assentos de três pessoas que, apesar de terem falecido em Carrazedo, aí viriam a ser sepultadas (e estamos a falar de cortejos fúnebres a percorrerem uma distância de cerca de vinte quilómetros), a saber:
– O de Ana de Almeida, irmã de Maria de Almeida Machado, que faleceu a 22 de Setembro de 1745.
– O da própria Maria de Almeida Machado, falecida a 24 de Dezembro de 1748.
– E o de D. Maria Dias de Sousa, mulher do Dr. Luís de Sousa Machado e nora de Maria de Almeida Machado, que morreu a 6 de Abril de 1797.
Embora seja provável que os maridos destas duas últimas também tivessem sido enterrados no mesmo local, não consegui localizar os respectivos assentos devido às grandes falhas existentes nos livros paroquiais.
Mas o que também não se pode nem deve é concluir que fossem donos da capela do Senhor pelo simples facto de aí possuírem uma sepultura privativa.
Só é possível desmentir as fontes acima transcritas mediante a apresentação de provas muito concretas, sendo absolutamente indispensável – e perdoar-me-ão a insistência – o confronto com a documentação de carácter patrimonial. Até lá, andaremos sempre no campo da especulação, não podendo deixar de lamentar que já tenham sido publicadas afirmações em grande parte abusivas e que, se nada for feito, ainda se transformam em verdadeiras pela força da repetição.
Faltam-nos, efectivamente, muitos elementos e eu, neste momento, só estou razoavelmente seguro do seguinte:
– Os morgados de Carrazedo possuíam em Vila Pouca de Aguiar uma casa brasonada, certamente herdada dos antepassados de Maria de Almeida (Machado) e correspondente à tal que foi alienada pelos meus Tios José Pereira da Graça e D. Maria Júlia de Miranda e Castro.
– A capela do Senhor era, pelo menos desde a segunda metade do século XVIII, de propriedade pública, sendo uma efabulação tudo o que se tem dito a respeito da sua eventual «pertença» a Pedro Machado e aos seus descendentes.
Quanto ao resto, já não tenho a certeza de nada e, para ser sincero, estou cada vez mais confuso.
Para não baralhar tudo ainda mais, vou transcrever noutra mensagem todos os elementos que recolhi a propósito dos principais edifícios e capelas de Vila Pouca de Aguiar, elementos esses que também precisam de ser trabalhados e cruzados com informação de diversa natureza.
Com os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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Casas e capelas - fontes e bibliografia
Cara Ana Maria Guedes
Tal como prometi na minha anterior mensagem, aqui fica um apanhado dos elementos que possuo sobre casas e capelas de Vila Pouca de Aguiar, primeiro os manuscritos e a seguir os que foram extraídos de publicações.
São insuficientes, por vezes encerram contradições e, como não poderia deixar de ser, têm de ser desenvolvidos e cruzados com outro tipo de documentação, sobretudo a de natureza patrimonial.
O “Igrejário” do Arquivo Distrital de Braga é um índice do “Registo Geral” da Arquidiocese, onde, para cada freguesia, são indicadas as cotas de antigos tombos (há um da igreja Vila Pouca de Aguiar datado de 1560), emprazamentos de outras entidades (para a mesma freguesia são referidos dois da igreja de Fonte Arcada) e, sobretudo, as escrituras de obrigação à fábrica de capelas, tanto públicas como privadas.
Um dado a ter em conta é o de que em 1758 só havia na vila duas capelas de instituição particular: a dos Sousas Sampaios e a dos Sousas Canavarros, mas, como parece ser a sina de tudo o que respeita a esta terra, as invocações também não batem certo.
Outro pormenor muito interessante é o de, para além das da igreja do Salvador e capela do Senhor, existir uma torre «nas Cazas do Canavarro», o que indicia a sua antiguidade e importância.
ELEMENTOS SOBRE CASAS E CAPELAS DE VILA POUCA DE AGUIAR
Torre do Tombo, “Dicionário Geográfico”, volume 40, n.º 248, pp. 1453-1257
“(...) Ao quinto. Tem esta freguezia sinco lugares pequenos fora a Villa aonde está a Igreja, os quais são Cidadelha com duas Ermidas huma de Santa Vlaya que fabrica o lugar, e outra particular de nossa Senhora da Conceição: Nozedo que tem huma Ermida de São Sebastião para a qual tem Tribuna a Caza que ali tem o Canavarro do seu Morgado: Guilhado que tem outra Ermida de nossa Senhora dos Remedios a qual fabrica o Povo: Falperra que tem outra Ermida que fabrica o Povo com a invocação de Santo Ouvido Freyria com outra Ermida de Santa Barbara.
Ao sexto. Que a Matriz esta fora da Villa
Ao setimo. He esta Igreja do Orago do Salvador tem nella sinco Altares; no Altar mor he o do Orago, em outro o nome de Deos, em outro o da Conceyção, em outro as Almas, em outro o de S. Pedro estes dous ultimos fabricos as Irmandades de São Pedro e Almas que he as que tem a ditta Igreja
(...)
Ao treze Tem na mesma Rua a Capella aonde está o Santissimo Sacramento igual na grandeza, e aseyo a Matriz fabrica esta Capella as duas grandes Ermandades que tem, huma do Senhor, e outra de nossa Senhora do Rozario, tem esta Ermida tres Altares; no Altar mor que he de São Sebastião está o Sacrario em outro nossa Senhora do Rozario, em outro São Bras: Tem esta Rua mais a Capella de nossa Senhora da Piedade nas Cazas do Canavarro de cujo Morgado he administrador Francisco Jozé de Souza Machado de Carvalho e Canavarro Fidalgo da Caza de Sua Magestade, e Sargento mor de Cavalaria na Praça de Chaves; Há mais outra Ermida de Santo Antonio nas Cazas de que he Senhor Jozé de Souza Pereyra de São Payo: Tem mais a mesma Rua outra Ermida de S. Domingos que os vezinhos della fabricão.
(...)
Ao vinte e cinco. Não he Praça de Armas; há tres Torres na mesma Rua huma na Igreja Matriz, outra na Capella do Senhor, e outra nas Cazas do Canavarro
(...)
O asima escrito passa na verdade e o afirmo em verbo sacerdotis e fis passar esta por ordem que tive do Muito Reverendo Senhor Doutor Vigario Geral desta Comarca e asino aos quatro de Marco de mil e sette sentos sincoenta e outto
O Encomendado Mathias Machado”.
Arquivo Distrital de Braga, “Igrejário”, freguesia do Salvador de Vila Pouca de Aguiar:
– Obrigação à fábrica da capela de S. Miguel (1661, L.º 39, fl. 437)
– Obrigação à fábrica da capela de N. Sr.ª da Piedade (1729, L.º 177, fl. 12)
– Obrigação à fábrica da capela de N. Sr.ª da Conceição (1755, L.º 122, fl. 342v.)
– Obrigação à fábrica da capela de N. Sr.ª do Carmo (1760, L.º 62, fl. 289v.)
–Obrigação à fábrica da capela de N. Sr.ª da Conceição (1808, L.º 235, fl. 195v.)
Francisco Xavier da Serra Crasbeeck, “Memorias ressuscitadas da provincia de Entre Douro e Minho”, 1726, pp. 319-330
“TITULO XXXVIII
CAPITULO 1.º
Do concelho de Aguiar
§ – 1
(...)
5. No sobredito lugar de Villa Pouca (como cabeça do concelho), está a caza da Audiencia e da camara (...) De fronte da caza da camara e audiencia fica a cadeia, sufficiente para o citio, com a regalia de ter seo relogio, para o governo do povo e pelourinho. Na parede da caza da audiencia, da parte de fora, tem as armas reaes, em huma pedra muito bem feita e brevemente terão os prezos cappella fronteira, para ouvirem missa nos dias feriados.
(...)
CAPITULO 12.º
Da freguesia de São Salvador de Aguiar
§ – 1
1. A igreja de São Salvador de Aguiar he reitoria e comenda da Ordem de Christo, de que he comendador Antonio Telles da Silva. Tem sacrario e he seo reitor (**). Tem suas filliaes 8 cappellas, a saber: a de Santa Catarina e a de São Sebastião, em o lugar de Nozedo; a de São Paulo, no lugar de São Paio; a de Santa Eulalia, em o lugar de Cidadelhe; a de Nossa Senhora dos Remedios, em o lugar de Guilhado; a de Santo Antonio, em o lugar da Freira; e no lugar de Vila Pouca, a do Sanctissimo, e a de São Domingos. Tem mais alguns lugares esta freguesia; mas, como não tem cappellas, deixamos de fazer delles menção.
2. A capella do Sanctissimo, que fica no fim deste lugar de Villa Pouca, junto à Casa da Camara, he a mais bem composta que há nesta freguesia; e nella esta o sacrario e pertence ao Alcaide-mor Phelippe de Sousa de Carvalho, que tambem perto della tem as suas nobres casas, com hum escudo das suas armas. No meio da dita capella-mór, está huma sepultura dos segundos avos do dito alcaide-mor, paternos, em campa raza, com seo escudo de armas com aqui mostramos (***) o seo letreiro:
S(EPULTURA). DE ANT(ONI)O M(ART)I(N)Z. / E DE PHELIPE / DE. SOUSA. FA / LECEO. O AN / NO DE 1600.
[Gravura 58]
3. Na mesma igreja e cappella, se vê outra sepultura, com outro escudo de armas, com letreiros, que parece ser dos terceiros avos do dito alcaide-mor, cujas armas são as dos Alteros, Esteves e Carvalho, de quem se diz descende o alcaide-mor, pois esta sepultura pertence tambem à sua casa, como achamos por informação, que nos derão, andando-as copiando na dita cappella; a sepultura he na forma seguinte:
S(EPULTUR)A. DE ANT(ONI)O. DE / SOUSA. E. G / UI(O)MAR. B / ORJES. SUA / MULHER.
[Gravura 59]
4. Há nesta rua da freguesia do Salvador humas cazas antiguas e nobres, en que vive Alexandre Pereira, homem principal, já velho, proprietario dos officios de enqueredor, contador deste concelho, filho de Dominguos Pereira de Almeida, naturães de Penaguião que veio casar aqui com Senhorinha de Novaes, proprietaria dos ditos officios; e neto paterno de Simão Pereira de Mesquita, natural do dito concelho de Penaguião comarca de Lamego, e de sua mulher Leonor da Fonseca, descendente dos Pereiras do dito concelho; e asim tem nas ditas suas casas hum escudo das armas dos Pereiras nesta forma.
[Gravura 60]
5. Tambem estão junto das casas da camara e fronteiras a ellas humas nobres casas de Antonio de Souza Machado, escrivão proprietario da camera deste concelho, filho de Antonio Francisco de Aguiar, proprietario do dito officio, familiar do Sancto Officio, e de sua mulher Catherina de Sousa (prima segunda do alcaide-mor Phelippe de Sousa de Carvalho e do cappitam-mor que foi Antonio de Sousa Pereira, de quem falamos no capitulo 1, § – 1, n.º 6. Não há aqui mais de que fazer memoria.
(**) Espaço em branco.
(***) Escudo com as armas dos Sousas (de Arronches)”.
Augusto Soares de Azevedo Barbosa de Pinho Leal, “Portugal antigo e moderno”, 11.º volume, Lisboa, 1886, pp. 899-910
“(...) Demorámo-nos em Villa Pouca d’Aguiar apenas uma hora, mas impressionou-nos muito agradavelmente a sua excepciónal topographia.
(...)
Tem hoje esta parochia os templos seguintes:
1.º–Egreja matriz, fundada ou talvez reconstruida em 1704.
É um templo singelo, mas demora em sitio alto e vistoso, na extremidade O. da rua da Cadeia e da villa, dominando-a toda.
A architectura d’este templo é simples, mas elegante.
A capella mór foi ha pouco tempo accrescentada na altura e fizeram novo retabulo, que ainda não foi dourado.
Tem altar-mór e 4 lateraes:–o 1.º do lado do Evangelho è de Nossa Senhora da Conceição,–o 2.º de S. Pedro. Da parte da Epistola o 1.º é do Senhor Crucificado,–o 2.º da Santissima Trindade e almas.
A egreja carece de promptos reparos. Tem torre, mas todos os sinos estão partidos!...
O cemiterio está contiguo ao adro, para S. Tem um bom cruzeiro e alguns mauzoleus.
A casa da rezidencia parochial demora tambem junto do adro. É boa habitação e tem excellentes vistas sobre a villa e seus arredores.
–––
2.º–Capella do Senhor, ou do Santissimo Sacramento.
É publica,–mais moderna e mais elegante do que a egreja matriz,–e está a pequena distancia d’ella.
3.º–Capella de S. Domingos, tambem publica.
4.º–Capella de Nossa Senhora da Lapa, contigua á egreja matriz e communicando com ella.
É particular e pertence á nobre familia Canavarros, hoje muito dignamente representada por Pedro de Sousa Canavarro, de Santarem.
5.º–Capella de Santo Antonio, tambem particular, pertencente á familia dos viscondes de Santa Martha.
6.º–Capella de S. Bento, tambem particular, pertencente á familia Taveiras.
7.º–Capella de Nossa Senhora da Conceição Apparecida.
É particular;–pertence á familia Fernandes;–tem festa com romagem no ultimo domingo de julho,–e demóra no alto do Monte do Facho, sobranceiro á villa do lado E.–foi fundada por José Joaquim Rodrigues Fernandes–e é hoje de sua filha D. Anna Rodrigues Fernandes d’Almeida, casada com José Joaquim d’Almeida, escrivão de direito n’esta comarca.
8.º–Capella de Nossa Senhora da Luz, na Falperra, a O. da villa.
9.º–Capella de S. Sebastião, na aldeia de Cidadelha. (1).
10.º–Capella de S. Jorge, na aldeia de Guilhado.
11.º–Capella de Nossa Senhora da Saude, na mesma aldeia.
12.º–Capella de Nossa Senhora da Purificação, tambem na mesma aldeia.
13.º–Capella de Santo Antonio, na aldeia de Freiria.
14.º–Capella de S. Sebastião, na aldeia de Nozedo.
15.º–S. Payo, na aldeia d’este nome.
Estas ultimas 8 capellas todas são publicas e estão bem conservadas.
(1) Ha tambem na povoação de Cidadelha uma capella particular, com o titulo de Nossa Senhora da Conceição.
(...)
Os novos paços do concelho são o melhor edificio publico da villa.
Foram concluidos em 1880 e custaram 15:000$000 de réis approximadamente.
Os antigos paços servem de quartel ao destacamento estacionado n’esta villa e ainda conservam as armas d’el-rei D. Manuel, com a esphera armillar e a cruz da ordem de Christo.
Na velha, insalubre e immunda cadeia ainda vivem os pobres presos.
O pelourinho já desappareceu. Foi demolido, há annos, e nada resta d’elle.
–––
Tem esta villa bons edificios particulares.
Mencionaremos apenas os seguintes:
Brasonados
1.º–Casa da Tapa.
Pertenceu outr’ora a João Manuel de Sousa Guedes–e é hoje de D. Lucinda de Sousa Guedes, casada com Luiz de Sousa Roma.
2.º–Casa de Cimo da Rua.
Pertenceu antigamente a José de Moura, de Quintella, concelho de Villa Real, e é hoje de D. Francisca de Moura.
3.º–A casa de José Xavier Athayde Mello e Castro, hoje de seu filho do mesmo nome.
4.º–Casa dos Canavarros.
É hoje de Pedro de Sousa Canavarro, morador em Santarem e n’ella nasceu o general Pedro de Sousa Canavarro.
5.º–Casa do Visconde de Santa Martha.
É hoje de Evandro de Sousa Torres, de Salhariz, e de Domingos José de Sousa Junior, de Guimarães.
6.º–Casa dos Taveiras.
Foi de D. Antonia Victorina Taveira e é hoje de Francisco Teixeira Coelho de Miranda, d’esta villa.
7.º–A casa de Antonio de Sousa Guedes, na aldeia de Cidadelhe, d’esta parochia.
Edificios não brasonados
1.º–O palacete de Henrique Manuel Ferreira Botelho, no Campo de Luiz de Camões.
É moderno e muito elegante.
2.º–A casa solar do dr. Francisco José Gomes de Carvalho, na rua do Cruzeiro.
3.º–A casa de João José de Sousa Moraes, na rua Direita.
(...)
Na elegante e vistosa capella do Santissimo Sacramento ha uma irmandade d’esta invocação, fundada em 1877 com os fundos das irmandades de Nossa Senhora da Conceição e de S. Pedro, que estavam erectas na egreja parochial, mas que ao tempo se achavam em decadencia. tem a dicta capella 3 altares e arco cruzeiro, e no atrio se ergue sobre quatro columnas uma bella torre, onde está o relogio da villa”.
Francisco Canavarro de Valladares, “Souzas de Villa Pouca d’Aguiar”, in “Archivo Nobiliarchico Portuguez”, 3-..., 1918-...
A respeito de António Martins de Sousa, filho de Fernão Martins de Sousa, pode ler-se que:
“Falleceu de avançada edade no anno de 1616, como se lia no epitafio da sua sepultura na Capella-mór da Egreja Paroquial de Villa-Pouca d’Aguiar, onde possuia as quatro unicas sepulturas n’ella existentes, que foram conservadas por seus descendentes, pertencendo duas aos Souzas Sampaios, de que estamos tractando, e outras duas aos Souzas Carvalhos, alcaydes-móres de Villa Pouca d’Aguiar e seu Castello”.
Noutro capítulo, e a propósito de seu filho Filipe de Sousa, alcaide-mor de Vila Pouca de Aguiar, diz ainda o autor que:
“A instancias do arguto confessor de Affonso VI [que era o seu irmão Francisco Machado], nomearam seus paes todos os seus prasos de livre nomeação em Filippe de Souza que, assim, veio a ser senhor da Casa de habitação de seus maiores, em Villa-Pouca, bem como de muitos outros valiosos bens, reivindicando judicialmente para sua posse privativa e de seus descendentes «duas das quatro sepultutas ou carneyros brazonados da capella-mór da Igreja Matriz do Salvador d’aquella Villa-Pouca d’Aguiar, que todos eram de sua avoenga desde longos annos»”.
Luiz de Mello Vaz de São Payo, “A varonia e os apelidos do 1.º Visconde de São João da Pesqueira”, Braga, 1974, pp. 167-168
“173–J. E. F. [Eng.º José Ernesto Fontes]: (...) este lugar [de Parada] é o que fica mais a nascente da freguesia de Soutelo e bem no vale, sobre o rio Corgo que nasce uns três quilómetros ao norte, muito próximo de Vila Pouca; e até ele chegam ou chegavam as terras férteis de lavradio das propriedades importantes da vila. Essas terras eram, numa parte nada pequena, um verdadeiro latifúndio da Casa do Cimo da Rua, que, pelo casamento de uma herdeira, passou aos morgados de Quintela com solar junto à torre deste nome, a poucos quilómetros a oeste de Vila Real; também pertenciam a essa Casa terras do monte, na serra da Padrela, tão vastas que a Junta dos Serviços Florestais as requisitou há umas dezenas de anos e fez, sobranceiro à Vila, um óptimo edifício, o que levou os morgados a venderem a velhíssima Casa do Cimo da Rua (mas não as terras do vale) que os compradores logo demoliram (...).
174–L. S. [Doutor Luiz de São Payo]: O Conservador do Registo Civil de Vila Pouca, que muito amavelmente pôs à minha disposição todos os elementos de investigação, contou-me essa história da Casa do Cimo da Rua, que bem conhecera em pequeno, pois era então feitor dela pessoa de sua família, e que estava situada no alto da artéria que liga com a estrada que vai para o Oriente, para Jales; mas não sabia se as propriedades se estendiam até Parada...”.
António Gil e João Vilanova, “Mui nobre e ilustre terra de Aguiar”, Vila Pouca de Aguiar, [1992]
Em relação aos “Sousa Machado Canavarro (...) Morgados da Capela da Sr.ª da Lapa”, pode ler-se a seguinte nota:
“Como neste trabalho nos dedicamos só às casas ainda brasonadas, sobre a Casa da Capela da Sr.ª da Lapa, (situada nesta Vila, em frente aos Bombeiros) fazemos apenas uma breve rezenha”.
Também aí, e a propósito do casamento de D. Sebastiana Joaquina Eufrásia Machado Vahia de Miranda, administradora do morgadio de Nossa Senhora do Desterro, em Bornes, com Francisco de Sousa Machado de Carvalho Canavarro, administrador do morgadio de S. José, em Arcossó e “Instituidor e 1.º Morgado do vínculo e Capela de N. Sr. da Lapa em Vila Pouca de Aguiar”, se pode ler outra nota do seguinte teor:
“Até prova em contrário, diriamos que esta casa da Lapa será aquela que foram construidos os prédios conhecidos na nossa terra pelo prédios do Sá Taqueiro”.
Com os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Casas e capelas - fontes e bibliografia
Caro Miguel Mora,
Muito obrigada pela sua tão detalhada resposta.
Neste momento estou longe dos apontamentos que tenho sobre o tema, mas as minhas fontes são praticamente as que menciona, e que me fizeram surgir as dúvidas quanto à propriedade das casas.
Concordo que as teorias lançadas nos últimos anos estão quase a tornar-se oficiais dadas as vezes que são repetidas noutras publicações, apesar de algumas se contradizerem.
Concordo que só seguindo o rasto da propriedade é que se reconstitui a verdadeira história local. É muito importante verificar a propriedade nos respectivos registos.
A única certeza que tenho é que a casa à qual Soveral (2001) chama Casa do Cimo de Rua, teve na sua fachada o brasão atribuído a Lourenço de Sousa Guedes Pinto Mourão em 1756 (e que está agora no jardim), filho único e herdeiro dos Morgados de Nossa Senhora da Conceição em Vila Pouca de Aguiar (e de Santo António de Sanhoane em Penaguião).
Os seus descendentes e herdeiros, mencionados em Pinho Leal, são os dois irmãos:
- João Manuel de Sousa Guedes (o tal da casa da Tapa, sogro de Luiz de Sousa Boura, sem geração)
- António de Sousa Guedes (da Casa de Cidadelha e Capela de Nossa Senhora da Conceição no mesmo lugar, da qual o meu pai é actualmente co-proprietário)
Portanto havia de facto duas Capelas de Nossa Senhora da Conceição em Vila Pouca de Aguiar (Cidadelha fica numa das saídas da Vila), como consta, tal como refere, no Arquivo Distrital de Braga, “Igrejário”, freguesia do Salvador de Vila Pouca de Aguiar, e que eu possuo cópia:
– Obrigação à fábrica da capela de N. Sr.ª da Conceição (1755, L.º 122, fl. 342v.)
–Obrigação à fábrica da capela de N. Sr.ª da Conceição (1808, L.º 235, fl. 195v.)
Vou tentar resumir as informações orais que tenho sobre a a transmissão da propriedade da "Casa da Tapa" durante o século XX:
Terá sido vendida pelos descendentes de João Manuel de Sousa Guedes (não sei se seriam donos de toda ou apenas parte) a um senhor que lhe acrescentou uma parte nova.
A filha herdeira do tal senhor foi vendendo a casa aos bocados (mais um quarto, mais uma sala, ...) às pessoas que refere, e que começaram como inquilinos.
Suponho que o último "bocado" foi vendido há cerca de 10 anos, pois lembro-me de lá ver uma placa "vende-se", mas ninguém exterior tinha interesse em comprar pois já não se sabia onde começava nem onde acabava, dado a troca interna de quartos e salas.
Portanto o século XX não acrescenta nada à descoberta da origem da propriedade da casa da Tapa.
A chave poderá estar em João Manuel, caso a tenha adquirido, ou então, caso a tenha herdado, poderá haver confusão nos nomes das casas que deveriam ser contíguas.
Eu conheço alguma coisa de Vila Pouca, mas raramente lá vou, para grande pena minha. Penso já há algum tempo mergulhar nos registos e destrinçar o problema, que de certeza tem solução fácil, mas os meus trabalhos obrigam-me a adiar essa pesquisa para outra altura, que espero seja em breve.
Até lá podemos ir organizando os dados e as questões.
Com os melhores cumprimentos,
Ana Maria Guedes
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RE: A casa da Tapa e a capela do Senhor
Caro Miguel Mora,
Há também uma outra hipótese para a transmissão da propriedade da Casa da Tapa, que eu tinha equacionado para mais tarde resolver, e já me esquecia de mencionar.
Jaão Manuel de Souza Guedes (1801) e o seu irmão Luiz António de Souza Guedes (31.12.1799 – 4.10.1856) (pai dos últimos proprietários Souza Guedes da Casa da Tapa, no ínicio do século XX) casaram com duas irmas, filhas de José Miguel Borges de Carvalho e D. Maria Genoveva Borges de Souza.
José Miguel Borges de Carvalho era filho do Juiz Miguel Borges de Carvalho e D. Mariana Teresa Saraiva e S. Paio.
Será que os consegue enntroncar nos seus dados?
Com os melhores cumprimentos,
Ana Maria
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RE: A casa da Tapa e a capela do Senhor
Cara Ana Maria Guedes
Peço-lhe imensa desculpa pelo grande atraso desta resposta, mas, devido a uma série de contratempos, não tenho tido possibilidade de me debruçar sobre estas questões.
Muito obrigado por todas as valiosas informações que aqui deixou.
Eu, volto a insistir, que não me sinto muito à vontade para debater este tema, não só por nunca ter sido prioritário nas minhas pesquisas mas sobretudo pelo meu deficiente conhecimento da zona e falta de muitos elementos que ainda será preciso reunir.
Estou inteiramente de acordo consigo em relação à casa a que Manuel Abranches Soveral (“Machado em Vila Pouca de Aguiar”) chama “do Capitão Mór” ou “do Cimo da Rua” ter tido na fachada «o brasão atribuído a Lourenço de Sousa Guedes Pinto Mourão em 1756 (e que está agora no jardim)», até porque a fotografia que o autor apresenta na página 22 da dita obra assim o confirma; só tenho é cada vez mais dúvidas de que essa fosse efectivamente a Casa do Cimo de Rua.
Com efeito, o que Dr. Luiz de São Payo e o Eng.º José Ernesto Fontes afirmam a propósito desta casa em “A varonia e os apelidos do 1.º Visconde de São João da Pesqueira”, sustentado pelos registos prediais e pelo testemunho pessoal do próprio Conservador do Registo Civil e Predial que então ocupava esse cargo em Vila Pouca de Aguiar, corrobora e complementa o que quase um século antes dissera Pinho Leal a respeito dessa mesma “Casa de Cimo da Rua”, ligada a uma família Moura, de Quintela, junto a Vila Real, certamente a dos tais Morgados que a haviam herdado e cujos descendentes a acabariam por vender à Junta dos Serviços Florestais.
Há, com certeza, uma enorme confusão nos nomes que têm sido atribuídos a algumas das antigas casas armoriadas de Vila Pouca de Aguiar. E outro dado curioso, prende-se com o facto de, apesar de alguns autores falarem repetidamente na casa da Escaleira a propósito dos Machados, nada disseram a respeito da sua eventual localização.
A história do século XX, embora aparentemente não acrescente nada «à descoberta da origem da propriedade» destas casas, é fundamental para estabelecer aquilo a que em linguagem técnica se chama “trato sucessivo”. Na realidade, o simples conhecimento do número da respectiva descrição predial poderá facultar o historial do edifício até ao último quartel do século XIX, fornecendo ainda outros elementos importantíssimos, tais como a exacta localização, as confrontações e as eventuais desanexações.
Como para já não tenho possibilidade de examinar a documentação do Cartório Notarial de Vila Pouca de Aguiar (onde há-de aparecer alguma coisa), vou tentar obter essa informação junto dos actuais proprietários da casa da Tapa e averiguar se a Junta dos Serviços Florestais (ou a entidade que lhe tiver sucedido) pode fornecer alguns dados sobre a aquisição da casa do Cimo da Rua.
Pedia, no entanto, se a Ana Maria ou algum dos Participantes me saberá identificar o edifício a que em 1886 se chamava “o tribunal Velho”, já que esse pormenor é essencial para estabelecer a exacta localização da casa que o meu Trisavô possuía em Vila Pouca de Aguiar. Será que se estavam a referir à antiga casa da Câmara?
Quanto às ligações a Borges de Carvalho de Carvalho e Borges de Sousa que menciona na sua segunda mensagem, eu lamento não saber adiantar-lhe nada. As minhas pesquisas nos paroquiais de Vila Pouca foram muito limitadas e destinaram-se a localizar os assentos de baptismo dos irmãos do meu Bisavô que sabia terem aí nascido entre 1872 e 1876, tendo ainda consultado os casamentos entre 1725 e 1835, para documentar melhor a descendência ilegítima de Manuel Borges de Sousa (IV), que foi senhor da casa de Carrazedo da Cabugueira.
Aparecem muitos Borges em Vila Pouca de Aguiar, mas não sei se todos serão originários do mesmo tronco (os de Carrazedo procedem seguramente dos de Ribeira de Pena), e tomei então nota dos seguintes casamentos que, apesar de mais recuados, talvez lhe possam interessar:
-João Machado de Sousa, filho de João de Sousa Machado e de sua mulher Domingas Gonçalves, de Sabroso, casou a 15 de Outubro de 1725 com Isabel Pereira, filha de Baltasar Álvares Mourão e de sua mulher Maria de Sousa, de Vila Pouca de Aguiar [fl. 8];
-Miguel Borges de Carvalho, filho de Baltasar (ou Belchior) Gonçalves e de Bárbara Borges, casou a 13 de Julho de 1749 com Isabel de Sousa Chaves, filha de António Borges e de Maria de Chaves, todos de Vila Pouca de Aguiar [fl. 41v.]; sendo uma das testemunhas Miguel Borges Águia, do solar de Pensalvos, que era neto materno de Sebastião Borges de Matos e de Catarina Borges, da mesma vila;
-Miguel Borges de Sousa, filho de José Machado e de sua mulher Jacinta Borges, casou a 12 de Setembro de 1777 com Josefa Maria da Cruz, filha de João Borges de Sousa e de sua mulher Maria Teresa [fl. 125].
Como por aqui se vê, a destrinça dos Borges não ficará muito atrás do «imbróglio» dos Sousas Machados.
Com renovadas desculpas e os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: A casa da Tapa e a capela do Senhor
Caro Miguel Mora,
Claro que tem razão. Com o número da descrição predial dos edificios surgirão informações essênciais como a exacta localização e as confrontações.
Entretanto, após uma breve busca, foi encontrado o seguinte no ADVR, Registos Notariais de Vila Pouca de Aguiar, livro 36, pag 41, anos 1810-1815:
"Procuração Bastante que faz Ana Maria de Souza Guedes desta Vila a João de Souza Aguiar, Negociante e residente na Vila de Guimarães"
"(...) no ano de 1811 aos 4 de Abril (...) para escritura de compra da propriedade das casas da Tápa(?) com todos os seus pertences ... e quintais tudo no limite desta mesma Vila à Exma Dona Maria Leonor da sobredita Vila de Guimarães pelo preço e quantia de dois contos e oito centos mil reis (...)"
Umas páginas mais à frente (41 a 43v) aparece outra escritura de venda(?) (...) e compra(?) que foi feita a 5 de Dezembro de 1812 na casa do Manjor(?) José Manuel Taveira por "Dona Maria Leonor de Souza Peixoto de Guimarães aos herdeiros que ficaram do Capitão-Mor de Malta e sua mulher, Caetano de Souza Carneiro de Faria e Dona Ana Joaquina Pereira Pinto desta Vila".
Notas:
1. João de Sousa Aguiar suponho ser o tio de Maria José de Sousa cc João Manuel de Souza Guedes.
Teve CB 30.3.1832, com armas de Souza, Pinto, Guedes.
Foi pai (entre outros) de Pedro de Sousa Guedes Aguiar cc Maria Antónia de Freitas Melo e Castro. Todos Moradores em Guimarães.
2. Manjor(?) José Manuel Taveira, mais tarde Capitão-Mor de Vila Pouca de Aguiar, era casado com Dona Maria de São Bento Souza Pinto Mourão, irmã de João Manuel de Souza Guedes e de Dona Maria de Souza Guedes (que provavelmente é a Ana Maria de Souza Guedes que faz a procuração), todos filhos de Lourenço de Souza Guedes Pinto Mourão.
Espero que tenha ajudado alguma coisa.
Com os melhores cumprimentos,
Ana Maria Guedes
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RE: A casa da Tapa e a capela do Senhor
Caro Miguel Mora,
Esqueci de acrescentar que Dona Maria Leonor de Souza Peixoto que vendeu "as casas da Tapa pertençes e quintais" em 1811, deverá ser:
Maria Leonor Peixoto de Sousa de Carvalho e Menezes (*c 1770), de Guimarães, aqui na base de dados,
filha de: José Filipe de Sousa Carvalho e de Maria das Neves (ou Luísa) Peixoto de Carvalho,
neta paterna de: Caetano Baltazar de Sousa de Carvalho (*c. 1715) e Mariana Luisa Inácia de Carvalho e Menezes
bisneta paterna de: Filipe de Sousa Carvalho (*c. 1680) e Jerónima Ferreira de Eça.
Com os melhores cumprimentos,
Ana Maria Guedes
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RE: A casa da Tapa e a capela do Senhor
Estimada Ana Maria Guedes,
Como aqui no Geneall não consta, por acaso tens a ascendência da Maria Antónia de Freitas Melo e Castro ?
Agradeço-lhe pela atenção. Fraterno abraço.
Samuel de Castro
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RE: A casa da Tapa e a capela do Senhor
Cara Ana Maria Guedes
Muito agradeço as suas últimas mensagens e o interesse que tem demonstrado no esclarecimento destes “imbróglios”. A nossa discussão, apesar do desconforto que sinto e já expliquei, tem sido muito estimulante e enriquecedora, como se comprova pelos importantíssimos contributos que ontem aqui apresentou.
Creio que não estarei a exagerar ao dizer que ajudou — e muito — a repor a verdade sobre a casa da Tapa, com certeza a mais antiga residência de Vila Pouca de Aguiar ainda existente, e sobre a qual os equívocos que foram sendo ditos e repetidos já adquiriram foros de verdade incontestável.
Finalmente, começa tudo a encaixar e a fazer sentido. Francisco Xavier da Serra Crasbeeck estaria certo quando afirmou que a capela do Senhor «pertence ao Alcaide-mor Phelippe de Sousa de Carvalho, que tambem perto della tem as suas nobres casas, com hum escudo das suas armas»; armas essas que são exactamente iguais às da sepultura que ele descreve em primeiro lugar e atribui aos «segundos avos do dito alcaide-mor, paternos».
Não muito depois, os Sousas Carvalhos terão cedido à paróquia a posse da capela,. possivelmente ao tempo da sua remodelação, e a residência deles, que não pode deixar de ser a casa da Tapa, haveria de ser vendida em 1811 pela tal «Dona Maria Leonor de Souza Peixoto» — filha aparentemente primogénita (Felgueiras Gayo chama-lhe «D. M.ª Leonor Marianna de Souza Peixoto de Carv.º» e indica-a em primeiro lugar) do Alcaide-mor José Filipe de Sousa de Carvalho — a Ana Maria de Sousa Guedes, passando depois (por herança) para a posse de João Manuel de Sousa Guedes e deste para a de sua filha D. Lucinda de Sousa Guedes, casada com Luís de Sousa Boura, sendo todos os três mencionados em 1886 por Pinho Leal.
Contígua à casa da Tapa, para o lado do Poente, ficava a casa dos Machados que foram proprietários de um dos ofícios de tabelião de Vila Pouca de Aguiar, cuja posse viria a recair nos Morgados de Carrazedo devido ao casamento de Maria de Almeida (Machado) com Manuel Borges de Sousa. Na década de “70” do século XIX lá nasceram três dos filhos do meu Trisavô José Xavier de Miranda Ataíde Melo e Castro, por morte do qual passaria a fazer parte da legítima paterna da filha D. Maria Júlia de Miranda e Castro, mulher de José Pereira da Graça, que dela rapidamente se acabariam por desfazer, a 27 de Abril de 1914. Esta casa foi certamente demolida, e nesse sentido também aponta o facto de a respectiva descrição da Conservatória do Registo Predial não conter qualquer averbamento para além do que eu já divulguei em anterior mensagem.
A constatação de que o sobredito casamento se realizara na capela do Senhor terá levado alguns a assumirem que a mesma pertencia aos antepassados da noiva, que por sinal até deveriam possuir uma sepultura privativa no seu interior. E, infelizmente, essa conclusão abusiva tem perdurado e já se tornou praticamente versão oficial, mesmo da parte de quem tinha a obrigação de se sentir interpelado por coisas tão elementares quanto a incongruência das armas (relativamente a Borges, Magalhães ou Machados) e o manifesto desacordo em relação às fontes que já transcrevi.
Mas isso são outros enredos...
Grato e com os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: A casa da Tapa e a capela do Senhor
Caro Miguel Mora,
Muito obrigada pela partilha dos seus vastos conhecimentos e pelo estímulo para desvendar um dos vários "imbróglios" de Vila Pouca de Aguiar.
Eu sempre soube que alguns dos descendentes de Lourenço de Souza Guedes Pinto Mourão (outros além dos que enumera), tinham vivido, a partir do sec XIX, na Casa da Tapa. Como nunca tal tinha sido mencionado em documentos mais antigos, concluí que tinha sido adquirida aos antigos proprietários. No entanto os livros mais recentes tinham dados que entravam em desacordo com as fontes mais mais antigas, tal como Pinho Leal e Serra Crasbeeck, e só com a escritura de compra poderia saber quando a casa passou a pertencer à família,
Adiei alguns anos a pesquisa dos Registos Notariais que acabei por realizar há dois dias, aproveitando um fim-de-semana prolongado em Vila Real, graças ao estímulo dado pelo interesse e suspeitas partilhadas também por si.
Suponho que a escritura de venda da Casa da Tapa em 1811 deva ter sido feita em Guimarães, e que lá devem ser mencionados todos os bens e limites da propriedade adquirida.
Quanto às outras Casas de Vila Pouca de Aguiar, sei que foi feita na Câmara Municipal, já há cerca de 20 anos, uma exposição de fotografias antigas da Vila, onde apareciam várias casas antigas e armoriadas. Talvez aí se conseguisse identificar mais alguma.
Agora que a Casa da Tapa já foi entregue ao seu dono, a Casa do Cimo de Vila ou do Capitão Mor passou a ser o meu "imbróglio" de eleição, mas que, muito provavelmente ficará à espera da mais disponibilidade minha ou então de mais alguém que se interesse por ela.
Com os melhores cumprimentos,
Ana Maria de Sousa Guedes
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RE: A casa da Tapa e a capela do Senhor
Cara Ana Maria Guedes
Por ter tido de me ausentar, só agora é que posso agradecer as amáveis palavras que me dirigiu.
Fiquei muito contente com a reposição da verdade, que teria sido impossível sem o seu entusiástico empenho. E é tão gratificante a sensação de ver as coisas finalmente entregues aos seus legítimos donos; assim, realmente, vale a pena.
Eu sinto a falta de em muitos casos não ter hipóteses de debater seriamente estes assuntos com pessoas que partilhem os mesmos interesses, porque acho que essa troca de argumentos é muito importante e por vezes constitui o estímulo para avançar com pesquisas meio adormecidas ou por caminhos que até aí nos eram desconhecidos.
Ao iniciar este tópico, pretendia precisamente pôr algumas coisas no seu devido lugar, porque me tem surpreendido a rapidez com que certas obras se transformam em fontes, sobretudo quando contêm dados errados e afirmações que, no mínimo, foram produzidas com ligeireza e sem qualquer suporte documental. E a responsabilidade não pode ser apenas da distracção, uma vez que já verifiquei situações em que até as fontes citadas foram inquestionavelmente deturpadas.
Também já constatei que foram introduzidos na base de dados deste site elementos falseados – num caso, como julgo ter demonstrado, a partir de um mero palpite –, o que só se pode lamentar, dado a Genealogia não ser propriamente a arte da adivinhação. Mas não quero estar para aqui a maçá-la com misérias que pretendo esmiuçar em futura ocasião, pois acho que não se podem deixar passar em claro.
Muito importante é ainda o facto de a procuração referir explicitamente as “casas da Tápa”, porque também era fundamental eliminar a hipótese da eventual troca ou confusão de nomes.
É muito provável que a escritura de venda tenha sido realizada em Guimarães, e conterá certamente mais elementos sobre «os bens e limites da propriedade adquirida». Os respectivos livros notariais encontram-se no Arquivo Municipal Alfredo Pimenta (http://www.csarmento.uminho.pt/amap_32.asp), e, como se trata de um arquivo mais pequeno, situado numa terra onde houve sempre muita gente interessada pelos temas históricos e genealógicos, é até possível que existam índices das escrituras ou que os funcionários lha possa localizar com relativa facilidade.
Agradeço a informação sobre a exposição de fotografias antigas. As Câmaras Municipais deviam promover e fomentar essa recolha sistemática, e eu não entendo porque é que, com os meios que actualmente existem, os respectivos sites não apresentam boas fotografias do património edificado concelhio, nomeadamente das casas senhoriais e pedras de armas (goste-se ou não, constituem um dos melhores cartões de visita).
Quanto à Casa do Cimo de Vila, eu vou tentar seguir a pista da Junta dos Serviços Florestais e comunico-lhe logo que consiga saber alguma coisa.
Outro “imbróglio” interessante será o da heráldica. A generalidade dos autores entronca os Sousas Machados de Vila Pouca de Aguiar nos Sousas Chichorros, pelo que não deixa de ser estranho que nunca se tenham sentido interpelados pelo facto de tanto os Sousas Canavarros como os Sousas Guedes usarem armas de Sousas de Arronches. E eu estou convencido de que o brasão da casa da Tapa é idêntico ao da campa armoriado que Serra Crasbeeck descreve em primeiro lugar, devendo ambos corresponder a um escudo com as armas plenas desta linhagem, o que, se se vier a confirmar, obrigará a rever muito do que tem sido dito sobre os primitivos Sousas desta região (poderá até haver ramos distintos, de Sousas Chichorros e de Sousas de Arronches).
Não há, realmente, falta de pano para mangas!
Grato e com os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: A casa da Tapa e a capela do Senhor
Caro Miguel Mora,
Desta vez sou eu que tenho que lhe agradecer as suas amáveis palavras.
O meu interesse por estes assuntos começou pela curiosidade despertada pelas histórias que ouvi desde criança e claro, pela ligação afectiva que tenho a Vila Pouca de Aguiar. Durante muito tempo estes incentivos foram suficientes, mas a falta de uma “equipa” com os mesmos interesses e outros conhecimentos acabou por esmorecer as minhas pesquisas ocasionais.
Fiquei muito contente por ter encontrado aqui no forum alguém que pretendia fundamentar a história da Casa da Tapa e não apenas coleccionar dados sem os questionar e ainda por cima com os seus vastos conhecimentos sobre as fontes coevas e sobre as obras que não citam as fontes. Os meus parabéns e muito obrigada.
Fiquei igualmente intrigada com o plural “as casas da Tápa” que aparece na procuração encontrada. Serra Crasbeeck também as refere no plural: “… o Alcaide-mor Phelippe de Sousa de Carvalho, que tambem perto della tem as suas nobres casas, com hum escudo das suas armas”; e não tenho dúvidas que foi na casa que hoje é conhecida por Casa da Tapa que moraram alguns Sousa Guedes durante o século XIX e princípio do XX, porque conheço os seus descendentes directos. De qualquer forma concordo consigo quando diz que é fundamental eliminar a hipótese da eventual troca ou confusão de nomes, que espero ser possível com a escritura de venda.
Faltaria ainda encontrar documentação em relação à Capela do Senhor. Terá sido propriedade do Alcaide-mor Filipe de Sousa de Carvalho ou apenas da sua responsabilidade? Tem alguma ideia como desvendar isto?
Após eliminadas as dúvidas e fundamentados todos os factos, acho que deveríamos em conjunto escrever um artigo para publicação. É assim que se faz na minha área e profissão (sou das ciências exactas onde faço investigação). O que acha?
Quanto à “Casa do Cimo de Vila” ou “Cimo de Rua” que poderá ser a Casa do “Capitão-mor” (ou não), a descoberta dos seus verdadeiros proprietários poderá vir dar razão ao Professor Sampaio quanto ao antigo “imbróglio” de Vila Pouca de Aguiar.
Tal como tinha para a Casa da Tapa, também tenho uma intuição para a chave deste caso, e seria muito importante que o Miguel Mora quisesse fazer parte de mais esta “equipa de investigação”.
De facto “imbróglios” não faltam e há muito pano para mangas. Apesar de não ter muito tempo disponível, terei muito gosto em contribuir para os desvendar.
Com os melhores cumprimentos,
Ana Maria Guedes
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RE: A casa da Tapa e a capela do Senhor
Cara Ana Maria Guedes
Tive de voltar a ausentar-me, pelo que só agora é que tenho oportunidade de responder à sua mensagem. Peço-lhe, sinceramente, que me perdoe a indelicadeza e muito agradeço a sua habitual simpatia e generosidade.
O meu interesse por estes assuntos também começou muito cedo e deve-se essencialmente à estreita convivência com a minha Avó materna, que teve uma importância fundamental na definição dos meus gostos, nomeadamente na atracção pela história familiar, de que a Genealogia é, obviamente, o maior suporte. Acontece, porém, que este meu costado transmontano está longe de ser a única pesquisa em que tenho estado muito envolvido, para além de me levantar maiores dificuldades que acabam por atrasar muito a investigação, já que a consulta detalhada dos fundos paroquiais, notariais, monásticos e diocesano implica constantes deslocações e estadias em Vila Real e Braga.
Os termos “casas” e “morada de casas” aparecem constantemente na documentação, e, correndo o risco de estar a dizer algum disparate, eu creio que um dos motivos para a utilização do plural poderá residir no facto de o conjunto edificado englobar em muitos casos estruturas de diversa tipologia, tais como armazéns, currais, palheiros, adegas, casas do forno, etc.; ou ainda na série de justaposições e acrescentos tão característicos da arquitectura popular portuguesa.
Eu continuo a achar que não faz muito sentido que a capela onde estava recolhido o Santíssimo Sacramento fosse de propriedade particular, sobretudo numa vila que «sempre foi da Coroa Real» e era cabeça de uma comenda da Ordem de Cristo. É certo que o Alcaide-mor era a principal autoridade da terra, mas pode ter sido precisamente essa circunstância (aliada ao facto de residir ali ao lado e de junto ao altar-mor se encontrar uma das sepulturas de seus maiores) que levou Serra Crasbeeck a atribuir-lhe a referida posse.
Mas para desfazer as dúvidas era necessário saber se existiram situações idênticas noutras vilas da Coroa; sendo ainda de grande utilidade a opinião de alguns entendidos em questões religiosas, que vou tentar obter.
Fosse como fosse, é natural que nos fundos da arquidiocese de Braga haja algo a esse respeito, nomeadamente para a hipótese de ter havido cedência da propriedade particular (nos do bispado de Coimbra, há diversas listagens das capelas diocesanas). E se tiverem sido conservados os relatórios das visitações, também aí se poderão recolher elementos preciosos para solucionar esta questão (creio que uma de finais do século XVIII até foi publicada, o que depois lhe poderei confirmar).
Também vou ver se consigo dar uma vista de olhos nas “Memórias para a história eclesiástica do arcebispo de Braga”, publicadas entre 1732/1747 e compostas por quatro volumes da autoria de D. Jerónimo Contador de Argote. Através do site da Biblioteca Nacional, tomei ainda conhecimento que ali se encontra o manuscrito das “Noticias do Arcebispado de Braga remetidas pelo Bispo de Uranopolis”, D. Luiz Alvares de Figueiredo, constituídas por dois volumes elaborados entre 1716 e 1725, com desenhos de inscrições e plantas de diversos locais da arquidiocese (não sei se será possível requisitar o microfilme através da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra).
Relativamente às antigas sepulturas armoriadas e/ou inscritas, penso que também era urgente confirmar o que é que ainda existe no interior da capela do Senhor e da igreja do Salvador, para tentar perceber se Serra Crasbeeck e o Dr. Francisco Canavarro de Valladares estão em contradição ou, afinal, se complementam. Eu considero-os ambos muito credíveis, pelo que admito a possibilidade de se estarem a referir a realidades distintas, mas, nesse caso, não deixa de ser estranho que o primeiro tenha ignorado completamente as sepulturas da capela-mor da igreja do Salvador.
Ao esclarecimento deste assunto muito poderia ajudar, como sugeri no início deste tópico, uma incursão pelo arquivo da casa de Santa Marinha, em Ribeira de Pena, até porque, à luz das recentes descobertas da Ana Maria, adquiriu maior importância a tal notícia divulgada pelo segundo de que o Alcaide-mor Filipe de Sousa reivindicara “judicialmente para sua posse privativa e de seus descendentes «duas das quatro sepulturas ou carneyros brazonados da capella-mór da Igreja Matriz do Salvador d’aquella Villa-Pouca d’Aguiar, que todos eram de sua avoenga desde longos annos»”. Será que ali se conservava uma cópia desse processo?
Aceito, lisonjeado, o desafio para passar a escrito o resultado das nossas pesquisas, mas achava interessante que a investigação pudesse abarcar os edifícios brasonados mencionados por Pinho Leal: o 1.º está confirmado, o 3.º já não me oferece grandes dúvidas (gostava, porém, de ter a certeza do que é que seria o tal “tribunal Velho”), o 5.º ainda se mantém de pé (falta, contudo, conhecer uma parte do seu historial) e o 7.º, pelo que me disse, é sobejamente seu conhecido e nunca terá saído da posse da família. Já em relação ao 4.º (“Casa dos Canavarros”), como as citações que fiz da “Mui nobre e ilustre terra de Aguiar” aparentam ser contraditórias, não chego a perceber se foi efectivamente demolido.
Eu nem sempre confio a cem por cento no autor do “Portugal antigo e moderno”, até porque a dimensão nacional da sua obra o obrigava a recorrer a muitos informadores de qualidade necessariamente diversa, mas neste caso até estou cada vez mais convencido de que ele é capaz de ter acertado. Mas a sua relação só será compatível com o que o Doutor Luiz de Mello Vaz de São Payo e o Eng.º José Ernesto Fontes afirmaram a propósito da casa do Cimo da Rua se se considerar que o 6.º edifício (“Casa dos Taveiras”) é aquele que tinha na fachada o escudo com as armas de Lourenço de Sousa Guedes Pinto Mourão e cuja fotografia vem na p. 22 de “Machado em Vila Pouca de Aguiar”, sendo aí designado (assim sendo, erradamente) por casa “do Capitão Mór” ou “do Cimo da Rua”. Parece-lhe plausível esta hipótese?
Tendo em vista uma eventual publicação, e como eu tenho tendência a falar demais e já me deixei trair pela ingenuidade, aconselho-a a não divulgar publicamente a completa identificação das fontes que for descobrindo. Infelizmente, andam por aí alguns oportunistas sempre à espreita de se apropriarem do esforço alheio; e se tiver necessidade de me contactar pessoalmente pode pedir o meu e-mail aos moderadores do Fórum.
Com renovadas desculpas e os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Exmo Sr.
Não contesto de todo o que afirma sobre as origens remotas deste ramo da familia - desconheço mesmo se a Casa da Tapa ou de Carrazedo passaram a este ou aquele descendente...e nunca estudei o assunto.
O que contesto - PORQUE ESTÁ PROVADO PELOS ASSENTOS - é que indique como UNICA FILHA DE LUIS DE SOUSA MACHADO CANAVARRO a D Joana de Sousa e Almeida....
Como sabe o Dr Luis de Sousa Machado Canavarro tinha uma irmã (CONSTA DO GENEA E ESSA INFORMAÇÃO ESTÁ PROVADA POR ASSENTOS DE FÁCIL ACESSO)
E teve uma outra filha legítima, além da D.Joana (ESSA FILHA CONSTA DO GENEA E ESTÁ CORRECTA A INFORMAÇÃO E CONSTA DOS ASSENTOS)
Essa filha casou com António José Luis Adão de Sousa, seu primo co-irmão (sobrinho do Dr.Luis de Sousa Machado Canavarro).
Este Ramo viveu em Chaves até que à morte do meu bisavô João Augusto Barbosa, em 1921, que era descendente pela parte da mãe do Dr Luis de Sousa Machado Canavarro e de sua irmã Maria Teresa de Almeida Machado e Sousa.
Não leve a mal o meu comentário, mas a bem da verdade pela qual intervém neste tema e estando a falar/escrever sobre a minha familia, pareceu-me que também devia intervir, não fosse ficar a impressão (errada) de que andamos por aqui a inventar ligações falsas.
Não é o caso.
Atentamente
Jorge
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Caro Jorge
Vai-me desculpar, mas fiquei com a impressão de que, na realidade, não deve ter lido bem aquilo que eu escrevi.
Eu até agradeço que me contestem, porque, como o demonstram os interessantes debates que aqui tenho mantido com outros Participantes, é da discussão criteriosa destes assuntos que muitas vezes se faz luz. Só que, neste caso, está a querer atribuir-me algo que eu efectivamente nunca afirmei, isto é, que D. Joana Antónia de Sousa e Almeida era a única filha do Dr. Luís de Sousa Machado.
Recapitulando, logo no segundo parágrafo da mensagem com que iniciei este tópico, dizia eu que:
«Apesar de ter estado muito tempo sem participar activamente neste Fórum, vou acompanhando, sempre que posso, os temas que particularmente me interessam ou que de algum modo despertam a minha curiosidade.
Recentemente, e após me ter cruzado com o tópico “familia souza machado”, constatei que a respeito dos Morgados de Carrazedo (da Cabugueira) tinham sido introduzidos dados errados na base de dados deste site, pelo que decidi quebrar o jejum e voltar a intervir no sentido de as coisas serem repostas no devido lugar, que, por enquanto, é aquele que as provas documentais sustentam».
Qualquer Participante que desejasse verificar esses mesmos erros não tinha mais do que abrir o citado tópico, podendo aí ter acesso à tal mensagem com que quebrei o «jejum», datada de 9 de Abril de 2008 e até hoje sem resposta (http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=191730#lista). E se o Jorge foi o respectivo destinatário, isso deveu-se à circunstância de eu ter depreendido tanto da sua intervenção de 4 como da de 9 de Janeiro de 2007 (http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=139141#lista) e (http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=139718#lista) que seria da sua iniciativa a introdução desses dados na base do Geneall, onde, o que realmente aparece, é uma pequena parte da descendência de D. Maria Senhorinha de Sousa (machado Canavarro) e de seu marido (e primo co-irmão) António José Luís Adão (de Sousa), precisamente aquela que mais directamente lhe diz respeito (http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=595248).
Posteriormente, na mensagem que enviei a Eduardo Domingues (http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=192718#lista) voltei a explicitar esses equívocos, tendo entretanto decidido criar este tópico, onde logo de início, e uma vez mais, os tornei a evidenciar. Penso, portanto, que não devem restar dúvidas daquilo a que eu me estava a referir.
Tenho, por outro lado, repetidamente questionado determinadas afirmações que constam do opúsculo “Mui nobre e ilustre terra de Aguiar” e do livro “Machado de Vila Pouca de Aguiar”, procurando demonstrar o que julgo estar errado, embora em ambos os casos já tenha detectado outras incorrecções que estão fora do alcance deste tópico. Oportunamente, em local próprio, faço tenção de voltar a este assunto, não só por achar que não deve ser ignorado mas também para que não fique no ar qualquer suspeição a esse respeito.
Com efeito, e logo de início, eu frisei que optava por «deixar aqui algumas notas sobre o solar de Carrazedo (da Cabugueira) e os seus possuidores, no intuito de corrigir alguns dos erros a que tenho assistido». Mais tarde, quando Samuel de Castro me pediu que desenvolvesse as últimas gerações que têm ascendência “Castro”, eu respondi-lhe que a «minha mensagem inicial pretendia dar um amplo esclarecimento sobre a linha directa dos sucessivos possuidores da casa de Carrazedo e não inventariar exaustivamente toda a sua descendência».
E este era, realmente, o meu objectivo: descrever sumariamente a casa de Carrazedo e traçar a respectiva linha de sucessão. Apenas identifiquei outros filhos além do sucessor quando essa informação era relevante, a saber: nos casos de Crescência Borges e do Dr. João de Sousa Machado (por causa das ligações ao antigo solar de Vilarinho); no do João (filho mais novo de António Borges, cujos padrinhos evidenciam relações familiares a que fizera referência); e no da última geração (X), em que a posse do solar esteve repartida entre diversos irmãos, e para assim se compreender melhor o processo como ao fim de três séculos acabou por sair da família.
Mas, mesmo assim, tive sempre o cuidado de indicar a existência de outros filhos para além do sucessor, nomeadamente em relação ao Dr. Luís de Sousa Machado e sua mulher D. Maria Dias de Sousa, a respeito dos quais afirmei que:
«Tiveram pelo menos sete filhos, quatro rapazes e três raparigas, mas veio a suceder-lhes a mais velha, com certeza por falta de geração ou profissão religiosa dos seus irmãos:
VI – D. Joana Antónia de Sousa e Almeida, que segue».
Ao contrário, a pessoa que anteriormente introduzira os dados na base deste site havia apresentado D. Maria Senhorinha de Sousa (Machado Canavarro) como sendo a única filha daquele casal, atribuindo-lhe também apenas uma filha e uma neta, o que também não corresponde à verdade e assim tem permanecido sem qualquer alteração.
E se, depois, acabei por desenvolver algumas das gerações mais recentes, foi apenas corresponder às solicitações de Samuel de Castro, fortemente empenhado na construção da notável e gigantesca base de dados dos do seu apelido, ou para esclarecer questões que entretanto foram surgindo. E aliás, numa destas ocasiões, até descrevi todos os irmãos do Dr. Luís de Sousa Machado que consegui localizar, nomeadamente «D. Maria Teresa de Almeida Machado e Sousa, que foi casada com José Rodrigues Adão, natural de Vila do Conde, freguesia de Santa Iria de Valoura, concelho de Vila Pouca de Aguiar, onde ela viria a falecer ainda jovem, em consequência do parto da sua quinta filha».
Foi neste lugar de Vila do Conde que residiu uma boa parte da sua numerosíssima descendência, sendo este certamente uma das linhas que me deu mais trabalho a inventariar. E neste ponto perdoar-me-ão a imodéstia, mas não deve haver ninguém que conheça a descendência dos sucessivos ramos da casa de Carrazedo (desde os primitivos possuidores) tão bem como eu, que passei anos a consultar os microfilmes de muitas freguesias da região, de trás para a frente e da frente para trás, assento por assento, e dando uma especial relevância aos óbitos, porque são absolutamente fundamentais para se poder avaliar tudo o que diz respeito às questões sucessórias.
Mas todo esse mar de gente não era, obviamente, para aqui chamado. Poderá um dia, quem sabe, integrar uma monografia genealógica, mas por enquanto isso ainda pertence ao domínio da futurologia.
Por tudo o que fica dito, não sinto qualquer peso na consciência em relação ao objectivo a que inicialmente me propus, considerando até ter divulgado bastante mais informação do que aquela que à partida me poderia ser exigível. Mas não tenho, nem nunca quererei deter, o monopólio da verdade, pelo que todos os comentários e críticas construtivas que me forem dirigidos serão sempre muito bem-vindos.
A Genealogia não é uma ciência exacta, mas pressupõe a adopção de critérios de grande rigor, os quais, se tivessem sido seguidos, nunca teriam permitido que Guiomar de Sousa (http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=527642) pudesse constar na base de dados deste site como filha de Francisco de Sousa e de N. Porque essa é, sem qualquer margem para dúvida, uma ligação absolutamente falsa, desprovida de qualquer suporte documental e inventada a partir de um mero palpite.
Pela minha parte, também espero que não leva a mal o modo como me dirigi a si. Não sou muito dado a grandes formalidades (nem me parece que este seja o local para isso), e, como abomino o actual pulular de confrarias lusitanas, não será a mim que voltarão a ver tratar algum dos Participantes por confrade (o feminino ainda consegue ser pior). Aqui é que já era chegada a hora de inventarem alguma alternativa.
E, finalmente, se tiver interesse nos elementos que possuo sobre os filhos e netos de José Rodrigues Adão e D. Maria Teresa de Almeida Machado e Sousa, disponha.
Com os melhores cumprimentos
Miguel Mora
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Caro Miguel,
Obrigado pela sua resposta. Compreendo agora perfeitamente o intuito do tópico por si iniciado e parece-me muito útil.
Também sei que existem falhas nessas obras, mas sinceramente nunca as estudei nem confrontei com os Assentos.
Concordo consigo em várias das afirmações que faz:
1. Também não aprecio essa forma de tratamento de confrade, sinceramente não me está nos hábitos, pelo que muito agradeço que me trate por Jorge apenas.
2. Realmente fui eu que introduzi os dados da filha (minha antepassada) Maria Senhorinha de Sousa Machado Canavarro, mas desconhecia outros filhos.
Muito grato ficaria por esses dados que possui.
Não leve a mal o meu comentário, foi fruto duma má interpretação minha sobre o seu intuito.
Atentamente
Jorge
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Caro Jorge
Agradeço a sua resposta e fico contente que esteja ultrapassado qualquer mal-entendido que possa ter existido.
Como neste momento a minha disponibilidade é muito reduzida, tenho de apelar à sua paciência, porque vou precisar de algum tempo para passar os elementos que lhe referi.
Mas logo que isso me for possível, deixo-lhos aqui.
Com os melhores cumprimentos
Miguel
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Prezado Manuel Miranda
Ciente, pela leitura deste tópico, da elevada craveira intelectual dos seus intervenientes e, intuindo, pelas intervenções que tem feito, que dispõe de elementos relativos a famílias oriundas de Montalegre, nomeadamente, dos "Mirandas", muito grato ficaria se me pudesse informar se dispõe de quaisquer elementos referentes a João da Cunha Pinto de Miranda, ou de seus irmãos Padre José Alvares de Miranda e Maria Joaquina Alvares Pinto de Miranda,( de Parada do Outeiro, Montalegre) esta casada que foi com Francisco António de Sousa Pereira e Castro.
Esclareço que o João casou em Arcos de Valdevez em 1791 e faleceu em 20-4-1824;
O padre José faleceu em 19-6-1827.
Pedindo desculpa pelo abuso desta entrada,
com osmelhores cumprimentos,
Dario D. Rocha
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Estimados Dario e Manuel,
Em minha base dos Castros, não consegui entroncar o ramo do Francisco António de Sousa Pereira e Castro, pois do pai dele Félix José Pereira de Sousa e Castro c. c. Bernardina Pereira Bezerra, N-Vila da Barca, não sei a ascendência. Caso tiverem dados da ascendência do citado Félix, peço vossa gentileza de aqui informar.
Antecipo agradecimentos. Fico a disposição. Fraterno abraço.
Samuel de Castro
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Prezado Samuel
De momento apenas posso referir que Francisco (António) Sousa Pereira de Castro,que foi Capitão do Regimento de Valença,faleceu em Giela, Arcos de Valdevez, em 30-8-1815 e foi sepultado na Igreja da Misericórdia, com a sua farda, conforme dispusera em TESTAMENTO.Não constava o nome dos pais.
A viúva faleceu na mesma freguesia, em 19-3-1817.
Em S. Paio da Vila dos Arcos aparece o casamento, em 2-5-1833, de FRANCISCO ANTÓNIO DE SOUSA CASTRO, viúvo de Maria Joaquina Alvares Peixoto de Miranda, da Casa de Tora, com DONA MARIA JOAQUINA DA CONCEIÇÃO ABREU.
Suponho que, não obstante a semelhança de nomes, se trata de pessoas diferentes.
Cumprimentos,
Dario
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Estimado Dario,
Pesquisando o índice da obra "Gerações Valencianas", não encontrei nenhum dos Francisco que citas.
Relacionado com o casal que citas, informo tudo o que possuo na base:
"Carlota Pereira Pimenta de Castro – N-1858 – UFM, pg 307 - UGEM, vol 2, C-20, pg 157.
Senhora da Casa da Prova de Cima, em Paçô, Arcos de Valdevez - REAB, pg 7 e 14.
Esposo: José Pereira Pimenta de Sousa e Castro – N-1855 - Primos ??????
(Filho de Manuel Pereira Pimenta de Barbosa Aranha, N-14.1.1789. Coronel de Milícias de Arcos de Valdevez, com Patente de 16.1.1823. Brigadeiro. Comendador da Ordem de Cristo. Senhor das Casas de Coreja e da Granja, Freg. de Miranda, e de D. Caetana de Sousa e Castro Araújo Tora, ou Caetana Vicência de Sousa e Castro, neto mat. de Francisco Antônio de Sousa e Castro e de Joaquina Pinto de Miranda, ou Maria Joaquina Pinto de Miranda, bisneto de Félix José Pereira de Sousa e Castro e de Bernardina Pereira Bezerra, N-Vila da Barca ) – UGEM, C-198, pg 299 - Fhs:
A) D. Maria da Purificação – solteira
B) D. Adelaide Sofia Pereira Pimenta de Castro - Esp: José Maria Augusto da Rocha Peixoto - Fhs:
1) José Inácio Pereira Pimenta de Castro da Rocha Peixoto
Esposa: Leopoldina Pimentel de Azevedo Soares Vasques
Fhs: a) Adelaide Sofia de Azevedo Soares Vasques da Rocha Peixoto – c. c. s.
C) D. Ana - solteira
D) D. Elisa – F-solteira
E) D. Maria Augusta
F) D. Carlota
G) D. Isabel Pereira Pimenta de Castro – Esp: Antônio de Passos de Sá Tinoco – N-30.3.1895 - C-31.12.1921 – Primos – UGEM, vol I, C-20, pg 157 e C-103, pg 466 – Ver UGEM, C-198
H) Joaquim Pereira Pimenda de Sousa e Castro - UGEM, vol 2, C-20, pg 157.
Esposa: D. Maria da Purificação de Barros Lima - Fhs:
1) Francisco Pereira Pimenta de Sousa e Castro
2) José – 3) Augusto – 4) D. Júlia
I) José Pereira Pimenta de Sousa e Castro – Sr. da Casa da Prova".
Como expus toda a descendência que possuo do casal Carlota e José Pereira, note que deve estar faltando muita coisa.
Já, quanto a ascendência do José Pereira, por estar incompleta, não consegui entroncar na base. Caso conseguisse essa ligação, com certeza teria muitos outros troncos interligados à acrescentar.
Portanto, são pendências que necessito descobrir, para poder expandir toda a descendência que advem desse ramo.
Creio deverá existir alguma obra que retrate ramos das: Casas de Coreja e da Granja, Freg. de Miranda - Casa da Prova de Cima, em Paçô, Arcos de Valdevez - Casa da Tora.
Toda e qualquer informação vinculada às pessoas acima, serão muito bem recebidas.
Muito obrigado pelo retorno e na tentativa de ajudar. Continuo a disposição. Fraterno abraço.
Samuel de Castro
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Prezado Dario D. Rocha
Obrigado pelas suas palavras, mas eu nao sou merecedor, mas sim um que quer saber mais e aprende com todos os intervinientes deste Forum.
Sr. Rocha, temos os dois o mesmo problema!... Nao há livros de registos, os de Montalegre foram quase todos destruidos por um incendio.
Parada de Outeiro tambem é o local em que estou a pesquisar, o nome mais antigo que tenho é de Joana Alves de Miranda que ai nasceu a 1793, e faleceu em Fafiao Cabril a 15-12-1865. ela é minha vó da quinta geracao.
Causa-me estranheza que os nomes que procura serem: Cunha, Pinto e Alvares.
A pista que se pode seguir é a do Padre; Joao Alvares de Miranda, mas para isso tinha que ser formado na diocese de Braga. Em Agosto desloco-me a Portugal e pode ser que ele esteja registado na Biblioteca Regional, se o encontrar dou noticias.
Tenho pena de nao poder ser útil.
Receba os meus cumprimentos
Manuel Miranda
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Prezado Senhor Manuel Miranda
Agradeço a rápida resposta ao meu pedido.
Constato que, infelizmente, há uma grande quantidade de livros paroquiais desaparecidos, muitos por incendio, quer em Montalegre, como em outras terras ( Ribeira de Pena, Cabeceiras de Basto etc), o que muito dificulta as buscas.
Todos os irmãos que referi usavam os apelidos "Alvares" e "Miranda" e alguns "Pinto".
Para quem possa aceder ao ADBraga, certamente encontrará elementos esclarecedores na I.G., pois ao Padre José Alvares de Miranda corresponde o Processo 23 169.Dos elementos on line da I.G. consta que era natural de Outeiro,S. Tomé ( antiga Parada Outeiro Gerês, S. Tomé) e que era filho de João Gonçalves Araújo e Maria da Conceição.
Fico aguardando a fineza de qualquer futura informação.
Com os melhores cumprimentos,
Dario Rocha
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Ramo de Vila do Conde – Valoura
Caro Jorge
Conforme o prometido, aqui ficam as duas primeiras gerações da linha principal do ramo de Vila do Conde. Tenho bastantes mais dados das linhas colaterais que permaneceram neste lugar, que mais tarde lhe poderei enviar, quando tiver oportunidade de sistematizar melhor toda a informação (de qualquer modo, já não diz respeito a antepassados seus).
Com os melhores cumprimentos
Miguel Mora
§ …
RAMO DE VILA DO CONDE, NA FREGUESIA DE VALOURA
V – D. MARIA TERESA DE ALMEIDA MACHADO E SOUSA, filha de Manuel Borges de Sousa e de Maria de Almeida Machado, referidos no texto inicial sob o número IV, terá nascido em Carrazedo cerca de 1730. Faleceu no lugar de Vila do Conde, freguesia de Santa Iria de Valoura, concelho de Vila Pouca de Aguiar, a 3 de Julho de 1763, sendo sepultada na capela de Nossa Senhora do Rosário desse mesmo lugar, e “sacramentos somente levou o da unsam, e foy absolvida subconditione porque cheguando lhe as dores do parto lhe deu um accidente, que a privou da fala, e nam falou mais pouquos dias antes, se tinha confessado e comunguado”.
Casou, provavelmente na freguesia do Bragado, com JOSÉ RODRIGUES ADÃO, que nasceu no dito lugar de Vila do Conde a 16 de Setembro de 1720 e passados três dias foi baptizado em Santa Iria de Valoura, e foram seus padrinhos João Rodrigues Novais e Maria Novais, ambos de Vila do Conde. Faleceu nesse mesmo local, com testamento, a 29 de Novembro de 1798, tendo sido sepultado na mesma capela, “e não recebeo mais que o sacramento da Extremaunção por ser morte quazi repentina”. O noivo era irmão de António Rodrigues (Adão), que foi habilitado em 1734 pela arquidiocese de Braga [A.D.B., Inquirições de Genere, n.º 6932], sendo ambos filhos de filho de João Rodrigues da Nogueira, falecido em Vila do Conde, no estado de víuvo e com testamento, a 18 de Novembro de 1767, sendo sepultado na capela de Nossa Senhora do Rosário, e de sua mulher Catarina Gonçalves, moradores que foram nesse lugar de Vila do Conde.
Filhos de que tenho notícia, todos nascidos em Vila do Conde e baptizados na freguesia de Valoura:
VI – D. ANA MARIA CLARA, nasceu a 5 de Agosto de 1753 e passados sete dias foi baptizada pelo Padre Manuel de Aguiar, da Companhia de Jesus, sendo seus padrinhos o Padre António Rodrigues Adão e Ana Maria Adão (tios paternos). Faleceu em Vila do Conde, no estado de solteira e «com todos os sacramentos de moribundos», a 5 de Janeiro de 1773, e foi sepultada na capela de Nossa Senhora do Rosário.
VI – BENTO JOSÉ MANUEL, nasceu a 24 de Setembro de 1755 e passados sete dias foi baptizado pelo Padre António Rodrigues Adão, tendo por padrinhos o Rev.º baptizante, tio paterno, e D. Antónia de Sousa e Almeida, tia materna, moradora em Carrazedo.
Será certamente o Bento Manuel José de Sousa que, dito viúvo de Rosa de Miranda (de Vilarinho de São Bento, freguesia de Capeludos), casou novamente em Santa Iria de Valoura a 3 de Outubro de 1792 com JOANA MARIA, filha de João Rodrigues Turíbio, da Galiza, e de Maria Alves, de Vila do Conde. Nesse mesmo lugar, a 17 de Agosto de 1806, falecia Joana Maria Álvares, “m.er q. foi de Bento Manoel Adão, de Vila do Conde”, o que constitui mais um indício dessa forte probabilidade. Sem mais notícias.
VI – MANUEL JOSÉ ADÃO, nasceu a 21 de Fevereiro de 1758 e passados oito dias foi baptizado pelo Padre António Rodrigues Adão, sendo padrinhos o Dr. Luís de Sousa Machado Canavarro e sua mulher D. Maria Dias de Sousa, tios maternos, de Carrazedo.
Foi habilitado em 1778 pela arquidiocese de Braga [A.D.B., Inquirições de Genere, n.º 10377], mas acabou por casar com uma D MARIANA, cuja naturalidade e filiação desconheço. Como adiante se verá, residiam na cidade de Braga, mais propriamente na Rua de Goa, onde ainda são referenciados em Fevereiro de 1800. Sem mais notícias.
VI – ANTÓNIO JOSÉ LUÍS ADÃO, que segue.
VI – D. MARIA JOSÉ DE .SOUSA (ou Adão de Almeida Machado e Sousa, como é referida no assento do seu casamento), nasceu a 2 de Julho de 1763 e no próprio dia foi baptizada “por necessidade e perigo” pelo Padre Manuel Nogueira da Silva, “por falecer sua may asim como a lansou fora do ventre”, tendo como padrinhos o Rev.º António Rodrigues Adão e Ana Maria Adão, (tios paternos), que também o foram aquando da unção com os Santos Óleos, ocorrida passados quatro dias na igreja de Santa Iria de Valoura (deve ter nascido muito perto da meia-noite, porque o Pároco considerou que a morte da mãe ocorreu já no dia seguinte). Faleceu em Vila do Conde, no estado de viúva, a 15 de Setembro de 1833, e passados dois dias foi sepultada na capela de Nossa Senhora do Rosário.
Casou em Santa Iria de Valoura a 8 de Junho de 1789 com SEBASTIÃO CAETANO FERREIRA, tenente de Granadeiros da Praça de Chaves, natural do lugar de Bóbeda, freguesia de São Pedro de Agostém, concelho de Chaves, filho de José Martins Ferreira, capitão de Infantaria, e de sua mulher D. Isabel Maria, moradores em Bóbeda.
Enquanto casados residiram nesta povoação e deles ficou numerosa descendência, parte da qual voltará a habitar em Vila do Conde.
VI – ANTÓNIO JOSÉ LUÍS ADÃO, nasceu a 11 de Outubro de 1760 e passados oito dias foi baptizado pelo Padre António Rodrigues Adão, sendo seus padrinhos o Dr. Luís de Sousa Machado Canavarro, tio materno, com procuração do qual tocou a criança sua irmã D. Antónia de Sousa e Almeida, e Maria Caetana de Sousa, solteira, filha de Pedro Gonçalves e de sua mulher Catarina de Sousa, todos do lugar de Carrazedo.
Casou na freguesia de São Pedro do Bragado a 29 de Maio de 1792 com sua prima co-irmã D. MARIA SENHORINHA DO CARMO, que nasceu em Carrazedo a 7 de Julho de 1765 e passados três dias recebeu os Santos Óleos na igreja de São Pedro do Bragado, por ter sido baptizada em casa “por necessidade” pelo Padre João Domingos Pinto, sendo seus padrinhos o Rev.º baptizante e Nossa Senhora da Lapa. Era a segunda filha (e quarta na ordem de nascimento) do Dr. Luís de Sousa Machado (Canavarro) e de sua mulher e prima D. Maria Dias de Sousa, inicialmente referidos sob o número V.
Filhos que consegui localizar, todos nascidos em Vila do Conde e baptizados em Santa Iria de Valoura:
VII – ANTÓNIO CAETANO DE SOUSA ADÃO, nasceu a 23 de Março de 1793 e passados nove dias foi baptizado pelo Padre Manuel Nogueira da Silva, sendo padrinhos Sebastião Caetano Ferreira, tenente na Praça de Chaves, tio paterno por afinidade, e D. Jacinta (Maria) de Sousa, solteira, tia materna, de Carrazedo. Faleceu em Vila do Conde a 14 de Novembro de 1847, «só com Extrema unção por occasião d’huma queda que lhe privou o uso dos sentidos», e passados dois dias foi sepultado na capela de Nossa Senhora do Rosário.
Casou em Santa Iria de Valoura a 23 de Março de 1814 com sua prima co-irmã D. MARIANA RITA DE SOUSA (ou Ferreira de Sousa), filha dos sobreditos Sebastião Caetano Ferreira e D. Maria José de Sousa. A noiva era irmã do Padre António Luís Ferreira de Sousa, habilitado pela arquidiocese de Braga em 1816 [A.D.B., Inquirições de Genere, n.º 4060].
Tiveram numerosa geração.
VII – MANUEL JOSÉ, nasceu a 8 de Junho de 1797 e passados dez dias foi baptizado pelo Padre Francisco António Nogueira, tendo por padrinhos Manuel José Adão e sua mulher D. Mariana, tios paternos, assistentes na cidade de Braga. Apesar de não ter encontrado o seu assento de óbito, deve ter falecido muito novo, já que os pais tiveram outro filho com o mesmo nome.
VII – MANUEL, nasceu a 4 de Fevereiro de 1800 e foi baptizado passados cinco dias, sendo padrinhos os mesmos Manuel José Adão e sua mulher D. Mariana, tios paternos, assistentes na Rua de Goa da cidade de Braga. Sem mais notícias.
VII – D. MARIA DO ROSÁRIO, nasceu a 1 de Julho de 1805 e passados seis dias foi baptizada pelo Padre Francisco António Nogueira, tendo como padrinhos seu irmão António Caetano, e Nossa Senhora do Rosário.
De acordo com os dados que introduziu na base de dados deste site, casou em Chaves a 5 de Janeiro de 1820 com TURÍBIO JOSÉ DE CARVALHO (http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=595247), do qual teve larga descendência que eu não inventariei por nunca ter realizado pesquisas sistemáticas nos livros paroquiais de Chaves.
Encontro, porém, a filha D. Júlia Adelaide da Cunha e Carvalho e seu marido Augusto Alves Ferreira, escrivão dos Orfãos de Chaves, a apadrinharem um primo em Valoura a 25 de Outubro de 1860; onde no ano anterior, a 6 de Junho, também havia sucedido com seus filhos Benigno Alves Ferreira e D. Maria da Glória Alves Ferreira.
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RE: Ramo de Vila do Conde – Valoura
Caro Miguel,
muito obrigado pelas informações sobre os outros filhos. Já agora se tiver dados sobre a mulher do Dr. Luis de Sousa Machado Canavarro, muito grato lhe fico.
O que consta do Genea quanto a nós (Alvares de Carvalho+Sousa Machado, etc) fui eu que inclui.
A tetravó Julia Adelaide só teve duas filhas que sejam do meu conhecimento: Maria da Glória (minha trisavó) e a irma Constança.... Note que a minha avó era afilhada e bisneta de Julia Adelaide e dava-se em criança com a avó Maria da Glória... e nunca me referiu irmãos destas.
Se tiver mais dados agradeço
Obrigado
Jorge Barbosa Teixeira
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RE: Ramo de Vila do Conde – Valoura
Caro Jorge
Eu tenho mais dados sobre ramos que lhe são colaterais e permaneceram em Vila do Conde. São muitas pessoas, geralmente com bastantes filhos, mas nunca informatizei todos esses elementos e de momento não tenho disponibilidade para o fazer.
Por outro lado, e como já lhe disse, isso também é algo que sai fora do âmbito deste tópico. Poderei, no entanto, mandar-lhe fotocópias do material que fui recolhendo, mas mesmo assim ainda preciso de tempo para passar a limpo algumas coisas.
Quanto à mulher do Dr. Luís de Sousa Machado, já tratei a sua ascendência até aos avós, mas faço tenção de desenvolver o respectivo costado, em particular no que respeita aos Sousas, de Afonsim. Com efeito, é de toda a conveniência que sejam explicitados e esclarecidos outros erros constantes do livro “Machado em Vila Pouca de Aguiar”, nomeadamente a páginas 50-51, onde o Dr. Manuel Abranches de Soveral atribui a Maria de Sousa (Machado) um segundo casamento que nunca existiu.
E, como parece estar na moda o milagre do desdobramento, mais extraordinário se torna que, na base de dados do Geneall, a mesma senhora (http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=505509) surja ainda como mulher de Domingos Carvalho, de Ribeira de Pena, passando assim a ser 5.ª Avó de Afonso Augusto Moreira Pena, 6.º Presidente da República do Brasil. Tanto num caso como no outro, eu só gostava de ver explicitadas as fontes que sustentam tais ligações, mas será preferível discutir este assunto num tópico próprio, para não que não haja confusão de temas e seja assim menor o risco de passar despercebido.
Com os melhores cumprimentos.
Miguel
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RE: Ramo de Vila do Conde – Valoura
Caro Miguel,
Muito obrigado pela sua atenção. Efectivamente sei de outras fontes que foram detectados diversos erros no referido livro. Como lhe disse já, não investiguei o assunto. Limitei-me a obter os Assentos relativos aos meus antepassados.
Há outras informações interessantes sobre estes que gostaria de obter, por exemplo a ligação destes meus Alvares de Carvalho (do 5.º avô Turíbio José de Carvalho e de seus irmãos Benigno José e Casimiro José - estes ultimos religioso e advogado, respectivamente).... quanto ao recorrente José a história é muito interessante e "secreta", mas pelas datas e pelo nome é fácil concluir do que se trata. Essa conversa poderiamos te-la mais em privado, via e-mail, se lhe interessar.
Quanto a este nosso Ramo muito grato lhe fico pelas informações. O meu bisavô dava-se com alguns parentes deste lado Canavarro - um padre, cujo nome desconheço, e outro parente do Ramo de Santarém (estes foram inclusivé ao seu funeral, circa 1920). Quanto a estes Canavarro de Santarém a ligação que encontro é um pouco remota para ainda se tratarem como primos (embora tal não seja invulgar). Penso que pode existir uma ligação mais recente (séc. XIX) que me está a escapar. É estranho que a minha avó não me tenha falado de parentes de Valoura e arredores e que soubesse da ligação e relacionamente com os Canavarro de Santarém, com o tal padre que desconhece donde era (era de fora de Chaves)... Se (e quando puder) tiver alguma informação muito grato lhe fico.
Deixo-lhe o meu e-mail jgpabtpc@clix.pt
Abraço
jorge
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RE: Encontro
Caro Miguel
Tenho muito interesse no encontro que tinhamos combinado, Estou ao seu dispor em qualquer destes dias 10 17 e 24 de Agosto. Se estas datas nao coincidirem com as do Sr. Mora eu mesmo assim farei um desvio ao meu programa.
A minha chegada ao Porto e no dia 6 de Agosto a partida no dia 27 do mesmo mês.
Estou ansioso de o poder conhecer porque V/Ex.a é a pessoa que tem no sangue toda a Nobreza das Grandes Casas de Trás-os-Montes, principalmente a Casa do Cerrado de Montalegre e as de Vila Pouca de Aguiar.
Ficava contente com uma resposta positiva, e se esse encontro fosse para Norte de Coimbra tanto melhor.
Envio-lhe a expressâo do meu profundo reconhecimento, e os meus mais respeitosos cumprimentos
Manuel Miranda
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RE: Encontro
Caro Manuel Miranda
Só ontem é que me foi possível responder para o seu e-mail.
Agradeço, sinceramente, as palavras que aqui me dirigiu, sempre muito amáveis, mas peço-lhe que me trate com toda a informalidade.
Eu tenho tentado reconstituir todas as linhas da minha ascendência, independentemente dos respectivos estratos socioeconómicos, e algumas das pesquisas que maior gozo me têm dado são precisamente aquelas que eu iniciei sem qualquer espécie de expectativas. É evidente, porém, que quando certas famílias se destacaram no meio a que pertenciam acabaram por deixar um rasto documental muito maior, e isso acaba por facilitar muito a vida aos investigadores.
Grato e com os meus melhores cumprimentos.
Miguel Mora
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Caro Dario Rocha
Tal como prometi fiz a pequisa em Braga, mas peco desculpa porque o tempo nao deu para tudo, e tambem nao sei se vou acrescentar mais alguma coisa do que já sabe.
Os elementos que tem na sua mensagem estâo correctos apenas acrescento que o Padre Joâo nasceu a 13-10-1779 e era neto Paterno de Manuel Goncalves, natural de Paredes do Rio, e de Maria Goncalves, ela de Parada-Outeiro.
Neto Materno de Francisco de Miranda, e de Senhorinha Goncalves, ambos de Parada-Outeiro.
Sao da mesma epoca e penso que é da mesma Família, mas nao tenho provas:
Anna de Miranda, que casou com Domingos Alves (Alvares ?), de parada-Outeiro Montalegre.
Com os melhores cumprimentos
Manuel Miranda
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Aguiar
Caro Miguel Mora,
Tenho ascendência na Casa da Freixeda, será que me pode ajudar a descobrir os meu familiar anteriores a Catarina de Sousa Machado e Bernardino Monteiro?
Melhores cumprimentos,
Simão Castro Saraiva
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Aguiar
Caro Simão Castro Saraiva
Peço-lhe desculpa pela demora, devida ao facto de andar com muito pouco tempo disponível e de, nas minhas respostas, ir tentando respeitar a ordem das mensagens que vou recebendo.
Terei o maior gosto em ajudá-lo com a genealogia desses nossos antepassados comuns, mais não fosse em atenção à estima que tenho pela sua Tia Zulmira e pelo seu primo Zé Júlio.
Mais até do que pelo estreito parentesco, as casas de Carrazedo e da Freixeda estavam unidas por fortes laços de de amizade. Ainda me lembro de ouvir a minha Avó falar com sentida admiração no “Dr. Gomes da Freixeda” (considerado o melhor amigo da família), que ela tantas vezes virar chegar a casa dos seus Avós montado num cavalo muito bem aparelhado; das caçadas em que ele costumava acompanhar os seus Tios, sobretudo o Arnaldo, etc.
Tenho é de apelar para a sua paciência, pois gostaria de lhe enviar a árvore de costados do Dr. José Júlio de Sousa Canavarro carregada com os principais dados que já consegui apurar, os quais, em diversos casos, permitem completar e corrigir a correspondente informação constante da “Mui nobre e ilustre terra de Aguiar” (onde, por sinal, a notícia sobre a casa da Freixeda é uma das que me merecem menos reparos) e de “Machado de Vila Pouca de Aguiar”. Já me tenho referido aos múltiplos erros existentes nestas publicações, que, se não me engano, terão servido de base aos elementos apresentados na sua página familiar, com a qual há tempos me cruzei quando navegava por este site.
Porém, posso desde já adiantar-lhe o que possuo sobre os seus antepassados “Gomes de Carvalho”:
Francisco José Gomes de Carvalho (pai) – Formado pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (em 6 de Julho de 1841)
Nasceu a 3 de Outubro de 1813 em Vila Pouca de Aguiar, freguesia do Salvador, e foi baptizado a 7 do mesmo mês e ano na pia baptismal da igreja paroquial, sendo padrinhos José Maria Monteiro, da freguesia de Santiago de Soutelo, do mesmo concelho, e Nossa Senhora das Dores. Era filho de Francisco José Gomes de Carvalho, proprietário, e de sua mulher D. Teresa Bernarda, moradores na mesma vila; neto paterno de Francisco Gomes e de sua mulher Joana Margarida, de Vila Pouca de Aguiar; e neto materno de Francisco Xavier Monteiro e de sua mulher D. Maria Gomes, da freguesia de Nossa Senhora da Vreia de Jales.
Este Dr. Francisco José Gomes de Carvalho (pai) foi aministrador do concelho de Vila Pouca de Aguiar, por carta de 18 de Dezembro de 1865 (ver TT Online).
Francisco José Gomes de Carvalho (filho) – Formado pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (em 8 de Julho de 1884)
Nasceu a 6 de Novembro de 1860 no lugar do Banho, freguesia de Santo André de Jou, que então fazia parte do concelho de Valpaços mas actualmente pertence ao de Murça, e foi baptizado a 26 do mesmo mês e ano na igreja paroquial, sendo padrinhos os avós maternos, proprietários e moradores no mesmo lugar. Era filho de Francisco José Gomes de Carvalho, proprietário, e de sua mulher D. Bernardina Gomes Teixeira, moradores no referido lugar; neto paterno de Francisco José Gomes de Carvalho e de sua mulher D. Teresa Bernarda Gomes Monteiro, de Vila Pouca de Aguiar; e neto materno de Bento José Gomes e de sua mulher D. Joana Gomes Teixeira, do lugar do Banho da freguesia de Santo André de Jou.
Num famoso “dicionário” dos finais de Oitocentos [LEAL, Augusto Soares de Azevedo Barbosa de Pinho, “Portugal antigo e moderno”, 11.º volume, Lisboa, 1886, p. 905], pode ler-se o seguinte:
Edificios não brasonados
1.º–O palacete de Henrique Manuel Ferreira Botelho, no Campo de Luiz de Camões.
É moderno e muito elegante.
2.º–A casa solar do dr. Francisco José Gomes de Carvalho, na rua do Cruzeiro.
3.º–A casa de João José de Sousa Moraes, na rua Direita.
____
Os tres maiores proprietarios d’esta parochia na actualidade são:–dr. Francisco José Gomes de Carvalho,–dr. Francisco Botelho Correia Machado–e Francisco Teixeira Coelho de Miranda».
Segundo o n.º 30 do jornal “O Transmontano”, de 21 de Agosto de 1915, o funeral do Dr. Francisco José Gomes de Carvalho (filho) realizara-se na véspera desse dia em Vila Pouca de Aguiar, tendo Arnaldo de Miranda feito parte do 2.º turno que pegou nas borlas do caixão; e, entre as diversas coroas, podia ver-se a seguinte: «Saudade infinda, do P.e Júlio, Arnaldo, Filomena, Maria e Graça. Conduzida pelo Sr. Julio Machado. Folhagem e Violetas».
Com os melhores cumprimentos.
Miguel Mora
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Aguiar
Caro primo Miguel Mora,
Muito obrigado pela preciosa ajuda sobre os meus antepassados "Gomes de Carvalho".
Aguardo então o envio da árvore de costados do Dr. José Júlio de Sousa Canavarro.
O meu e-mail pessoal é: castro.saraiva@hotmail.com
Um abraço,
Simão Castro Saraiva
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Aguiar
Caro primo Miguel Mora,
Desculpe mais uma vez estar a incomoda-lo, mas será que me pode ajudar na data de nascimento de Maria de Sousa que casou com Paulo Rodrigues da Freixeda.
Com os melhores cumprimentos,
Simão Castro Saraiva
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Senhores da casa da Freixeda
Caro Primo Simão
Quem tem de lhe pedir desculpa, e não é pouca, sou eu, não só pelo atraso desta resposta mas sobretudo pela falta de cumprimento do que lhe havia prometido. Tal deve-se à circunstância de, por motivos diversos e inesperados, ter estado uma larga temporada no estrangeiro, encontrando-me ainda a tentar pôr em ordem os assuntos que tinha deixado pendentes.
Por outro lado, a recente disponibilização online de assentos paroquiais do distrito de Vila Real (aqueles que não foram microfilmados pelos Mormons) também me tem feito perder algum tempo com novas pesquisas, com o intuito de completar alguns dos elementos que lhe queria enviar e de ir corrigindo certos erros e inverdades (para não dizer disparates) que aparecem na Base de Dados deste site e, ao que tudo indica, num artigo publicado no último número das “Raízes & Memórias” e intitulado “Família Canavarro em Portugal: uma proposta de reflexão genealógica”.
Porém, e apesar da expectativa então criada, o concelho de Vila Pouca de Aguiar é um dos três cujos registos ainda não estão acessíveis, (os outros dois são o de Valpaços e o de Vila Real), o que também me tem impedido de completar e melhorar a informação de que disponho sobre algumas das principais “casas” daquele concelho, entre elas a de Carrazedo da Cabugueira e a da Freixeda. Foi por isso, aliás, que ainda não procedi à renovação da mensagem inicial deste tópico e que suspendi o envio de dados destinados a actualizar a Base de Dados do Geneall, de modo a reduzir ao mínimo o número dessas intervenções.
Vou ver, no entanto, se consigo ultimar rapidamente a árvore de costados do Dr. José Júlio de Sousa Canavarro, mas desde já, e para corresponder ao seu pedido (apenas parcialmente, dada a criminosa destruição ou desencaminhamento dos antigos livros paroquiais), deixo-lhe aqui algumas notas sobre estes nossos antepassados:
PAULO RODRIGUES, nasceu na Freixeda, freguesia de de Capeludos de Aguiar, cerca de 1670, e aí faleceu «de morte subita» a 23 de Julho de 1706.
Como se perderam os registos de baptismo desta freguesia anteriores a 1692, não é possível conhecer a data em que foi baptizado, mas talvez ainda venha a aparecer a cópia do respectivo assento nalguma habilitação de descendentes seus. Prova-se, porém, através de processos dessa mesma natureza, que era irmão do Licenciado Filipe Rodrigues, abade de São Lourenço de Vale Frechoso, no concelho de Vila Flor, do Padre João Rodrigues, da Freixeda (ambos habilitados para receber ordens na arquidiocese de Braga), e de Catarina Rodrigues (http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=1143102), que foi casada com Francisco de Sousa, de Afonsim.
Por conseguinte, eram todos filhos de António João, natural da Freixeda (que também tinha um irmão clérigo e outro que foi abade de São Martinho de Cavalões, no antigo termo de Barcelos e actual concelho de Vila Nova de Famalicão), e de sua mulher Domingas Rodrigues, natural de Lagobom, freguesia de Bornes de Aguiar; netos paternos de António João, do lugar da Freixeda, e de sua mulher Inês Pires, da mesma freguesia de Capeludos de Aguiar; e netos maternos de António João, «o Ferreiro», e de sua mulher Isabel Rodrigues, ambos de Lagobom, onde ela ainda residia, no estado de viúva, a 15 de Dezembro de 1648.
Paulo Rodrigues sucedeu nos bens da Freixeda e, pelo casamento, foi escrivão das guias de Vila Pouca de Aguiar (carta de 15 de Abril de 1698, de D. Pedro II), ofício esse que fora anteriormente concedido ao avô materno de sua mulher e irá permanecer na linha dos senhores da casa da Freixeda.
Casou cerca de 1695, certamente na freguesia de Vila Pouca de Aguiar (cujos assentos mais antigos datam de 1723), com MARIA DE SOUSA, que terá nascido no lugar de Nuzedo da mesma freguesia, cerca de 1670-1675 (também desapareceram os assentos de baptismo anteriores a 1766), e faleceu na Freixeda a 16 de Janeiro de 1760, tendo sido sepultada dentro da igreja de São João Baptista de Capeludos de Aguiar, filha de António Francisco de Aguiar (http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=129462), que terá nascido no lugar de Guilhado, freguesia de Vila Pouca de Aguiar, na qual continuou a residir depois de casado, embora se tenha mudado para a povoação de Nuzedo, vindo a falecer entre a 8 de Fevereiro de 1705 e 8 de Outubro de 1708, Familiar do Santo Ofício (carta de 3 de Setembro de 1676), proprietário do ofício de Escrivão da Camara de Vila Pouca de Aguiar (alvará de 15 de Junho de 1693, de D. Pedro II), que efectivamente exerceu durante muitos anos «com boa satisfação» e lhe fora concedido em virtude da renúncia que nele fizera seu cunhado Baltasar Vaz Alcoforado, sendo ainda referido como “abastado proprietario”, e de sua mulher Catarina de Sousa (que aqui surge na Base de Dados com uma quantidade de apelidos absurda), natural do lugar e freguesia de Arcossó, concelho de Chaves, na qual foi baptizada a 24 de Maio de 1651 e ainda morava, viúva e de idade muito avançada, no dia 24 de Outubro de 1730, devendo ter sido ela (e não o marido, como Albano da Silveira Pinto afirma) a herdeira da quinta do Outeiro da Veiga (ou de São José, invocação da capela aí instituída nesse mesmo ano), situada no limite da sobredita freguesia de Arcossó, onde ambos se receberam a 31 de Janeiro de 1664, sendo previamente «dispensados em 2.º e 3.º grao de affinidade».
Consequentemente, era neta paterna de Francisco Gonçalves, natural do lugar de Guilhado, freguesia de Vila Pouca de Aguiar, onde era proprietário, e de sua mulher Catarina Dias, do lugar de Tinhela de Baixo, freguesia de Bornes de Aguiar; e neta materna de Paulo Martins de Sousa, que nasceu (cerca de 1615, segundo Luiz de Mello Vaz de São Payo) no lugar de Eiriz, freguesia da Vreia de Bornes, e faleceu a 27 de Maio de 1691 no lugar e freguesia de Friões (no antigo termo de Chaves e actual concelho de Valpaços), em cuja igreja paroquial de São Pedro «se mandou sepultar», oriundo da vetusta casa de Eiriz e proprietário do ofício de escrivão das guias de Vila Pouca de Aguiar (carta de 21 de Junho de 1687; de D. Pedro II), e de sua mulher Maria Álvares (cujo nome também aparece inflacionado), natural do lugar e freguesia de Arcossó, concelho de Chaves, e aí falecida «de Morte Supta Sem Sacram.tos» a 9 de Outubro de 1679, com a qual se havia recebido nessa mesma freguesia a 2 de Janeiro de 1642, constituindo assim o tronco da família Sousa Canavarro.
Para além de um filho que veio a ser ordenado, Paulo Rodrigues e Maria de Sousa tiveram mais quatro filhas, uma das quais, Catarina de Sousa Machado (provavelmente a mais velha), já foi mencionada na mensagem inicial deste tópico, na qualidade de avó materna do Dr José Constantino de Sousa Monteiro Leite (VI). Como então referi, foi casada com o Tenente Bernardino Monteiro, natural de Sapiãos (no antigo termo de Montalegre e actual concelho de Boticas), e acabou por suceder na casa da Freixeda devido à renúncia do irmão, existindo numerosa descendência deste casal que ao longo dos tempos se foi espalhando por algumas das principais casas da região.
Logo que tal me seja possível seguirá o resto, mas talvez seja melhor iniciar um tópico específico sobre a casa da Freixeda.
Com os melhores cumprimentos e um abraço do
Miguel
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Boa tarde.
Procuro informações sobre a ascendência de:
-MANUEL TEIXEIRA MACHADO, nat. de Vreia de Bornes, filho de Ana Machado (viúva de Martinho Álvares) e de Francisco Diniz, casados em 1671 em Vreia de Bornes. Francisco Diniz era filho de Domingos Diniz e de Senhorinha Gonçalves, de Telões (Soutelinho do Mezio).
-LUCAS DE MORAIS e CUSTÓDIA GONÇALVES, casados em Carrazedo de Montenegro no dia 9 de Junho de 1715. LUCAS era filho de João Fernandes e de Catarina Martins e CUSTÓDIA era filha de Frutuoso Gonçalves e de Isabel Fernandes.
JOÃO RODRIGUES PEREIRA, casado com JOSEFA MARIA FERNANDES, ambos do lugar de Cubo, Carrazedo de Montenegro. JOÃO nasceu em 1728 e era filho de Domingos Gonçalves «o Novo» e de Maria Rodrigues (esta de Santa Leocádia).
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Miguel G.
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RE: Encontro
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Aguiar
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RE: Ramo de Vila do Conde – Valoura
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RE: A casa da Tapa e a capela do Senhor
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
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JOÃO RODRIGUES PEREIRA, casado com JOSEFA MARIA FERNANDES, ambos do lugar de Cubo, Carrazedo de Montenegro. JOÃO nasceu em 1728 e era filho de Domingos Gonçalves «o Novo» e de Maria Rodrigues (esta de Santa Leocádia).
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
Prezado Dario,
Em sua mensagem de 09-07-2008, às 00:30 hs, fazes referência ao Francisco Antônio de Sousa Castro que teria casado com Maria Joaquina da Conceição Abreu.
Em minha base dos Castros, agora mais atualizada, o Francisco Antônio de Sousa Castro que foi casado com a Maria Joaquina Álvares Peixoto de Miranda, ele FALECEU em 1815 e era filho de Félix José de Sousa e Castro, constante do BTH, vol XXVII, 1967, pg 30. Portanto, não poderia ser o que casou em 1833 com a Maria Joaquina da Conceição Abreu.
Tenho na referida base um outro Francisco Antônio de Sousa Castro (primo do acima citado) que era filho de Antônio Luís de Sousa e Castro (irmão do Félix José, acima) e de Aldonça Micaela de Abreu e Lima. Desse outro Francisco, me consta que foi Capitão de Ordenanças em 1810 e que em 1812 vivia em Giela, bastante pobre, não citando se foi casado, e tenho como referência a DA, Tomo I, pg 181 (Dicionário Aristocrático).
Antônio Luís e Félix José, eram filhos de Francisco de Sousa de Castro (ou Francisco de Sousa de Menezes, Francisco de Sousa Vasconcelos) Sr. de Tora, e de Joana Luísa de Araújo.
Tens como confirmar se esse outro Francisco é o que teria casado com a Maria Joaquina da Conceição Abreu e se deixou descendência?
Ficar-lhe-ei muito grato no que for possível apurar. Muito obrigado. Abraço fraterno.
Samuel de Castro
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
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-LUCAS DE MORAIS e CUSTÓDIA GONÇALVES, casados em Carrazedo de Montenegro no dia 9 de Junho de 1715. LUCAS era filho de João Fernandes e de Catarina Martins e CUSTÓDIA era filha de Frutuoso Gonçalves e de Isabel Fernandes.
JOÃO RODRIGUES PEREIRA, casado com JOSEFA MARIA FERNANDES, ambos do lugar de Cubo, Carrazedo de Montenegro. JOÃO nasceu em 1728 e era filho de Domingos Gonçalves «o Novo» e de Maria Rodrigues (esta de Santa Leocádia).
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Miguel
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Ag
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-LUCAS DE MORAIS e CUSTÓDIA GONÇALVES, casados em Carrazedo de Montenegro no dia 9 de Junho de 1715. LUCAS era filho de João Fernandes e de Catarina Martins e CUSTÓDIA era filha de Frutuoso Gonçalves e de Isabel Fernandes.
JOÃO RODRIGUES PEREIRA, casado com JOSEFA MARIA FERNANDES, ambos do lugar de Cubo, Carrazedo de Montenegro. JOÃO nasceu em 1728 e era filho de Domingos Gonçalves «o Novo» e de Maria Rodrigues (esta de Santa Leocádia).
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RE: Casa de Carrazedo e Borges em Ribeira de Pena
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-MANUEL TEIXEIRA MACHADO, nat. de Vreia de Bornes, filho de Ana Machado (viúva de Martinho Álvares) e de Francisco Diniz, casados em 1671 em Vreia de Bornes. Francisco Diniz era filho de Domingos Diniz e de Senhorinha Gonçalves, de Telões (Soutelinho do Mezio).
-LUCAS DE MORAIS e CUSTÓDIA GONÇALVES, casados em Carrazedo de Montenegro no dia 9 de Junho de 1715. LUCAS era filho de João Fernandes e de Catarina Martins e CUSTÓDIA era filha de Frutuoso Gonçalves e de Isabel Fernandes.
JOÃO RODRIGUES PEREIRA, casado com JOSEFA MARIA FERNANDES, ambos do lugar de Cubo, Carrazedo de Montenegro. JOÃO nasceu em 1728 e era filho de Domingos Gonçalves «o Novo» e de Maria Rodrigues (esta de Santa Leocádia).
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Miguel G.
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RE: Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Aguiar
Caro Miguel Mora,
Em correspondência de Dª Henriqueta Montalvão Canavarro e s. irmã Dª Maria Rita com o Prof. Doutor João da Providência Sousa Costa, tratam este por primo. Estas Senhoras viveram em Ribeira de Pena e eram filhas de Francisco José Ferreira de Carvalho e de s.m. Dª Eugénia Adelaide de Sousa Canavarro, natural do Lugar de Carrazedo, S. Pedro de Bragado, netas maternas de João José de Sousa Canavarro Leite e de s.m. Dª Carolina de Sousa Leite... O Prof. Doutor João da Providência Sousa Costa era bisneto de António Pereira de Sousa (1807-1889), natural de Alvações do Corgo, trineto de Francisco José Gonçalves ou de Vila Pouca e de s.m. Teresa de Jesus Pereira de Sousa. Francisco José, n. 30.06.1774, b. 8.07, em Vila Pouca de Aguiar, padrinhos, Francisco José Borges de Faria e Mª Josefa Rodrigues. João Gonçalves, fº de Antº Gonçalves e de ISABEL RODRIGUES, Escaleira, do Lugar de Paredes, Santiago de Soutelo do Vale, casou em Vila Pouca a 11.01.1758, com Joana Rodrigues, fª de José Teixeira Coelho e s.m. Isabel Rodrigues- testemunhas- Rafael de Sousa Rodrigues, João de Sousa Machado, José Machado.- Foram padrinhos dos irmãos do Francisco José:-Francisco de Sousa, soltº fº de Miguel de Sousa e de Mª Guedes, e Paula, soltª, fª de João Ferreira e Helena Ferreira, testemunhas, João Machado, João de Sousa Machado, Antº Machado; José Rodrigues e Antónia de Sousa, soltª, fª de Manuel Borges de Sousa, test. Rafael Rodrigues de Sousa e Francisco de Sousa; João Borges de Sousa e Mª de Sousa, fª de Miguel de Sousa, test.José Machado e Antº de Figueiredo; Francisco Borges de Faria e Mª Josefa Rodrigues, test. José Antº de Figueiredo e José Pereira;José Luis Machado, soltº, fº de João Rodrigues e Francisca, fª de Baltazar Rodrigues, do Lugar da Falperra, test. francisco José Faria Borges e Francisco de Sousa; Rafael Rodrigues de Sousa, c/ pro. a seu filho Henrique José de Sousa, e Mariana Teresa, m. de Miguel Borges de Carvalho, Familiar do Santo Ofício, test. o mesmo Henrique e o Padre José de Sousa Machado "clérigo in minoribus"; Rafael Rodrigues de Sousa e Josefa Mª soltª fª de José Teixeira Coelho, test.Padre Francisco José Borges de Faria e Mª Josefa Rodrigues, test. Pedro Antº Fernandes e o Padre Francisco Antº de Sousa- Batismos entre 1767 e 1781 em Vila Pouca de Aguiar.
Será que sabe porque razão entram estes padrinhos e testemunhas no batismo de Francisco José Gonçalves e seus irmãos? Seria uma grande ajuda.
Muito obrigada
Luisa Castro
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Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Aguiar
"D. Clotilde Leopoldina de Miranda Ataíde Melo e Castro, que casou com seu primo co-irmão Tomé Luís de Sousa Canavarro, 13.º e último filho de João José de Sousa Canavarro Leite, senhor da antiga quinta da Estrada e da capela de Nossa Senhora do Loreto, em Sabroso, freguesia da Vreia de Bornes, alferes de Cavalaria e último capitão-mor de Vila Pouca de Aguiar, etc., e de sua mulher e prima D. Carolina Joaquina de Sousa Leite, da casa de Carrazedo; e, por fim, D. Maria Rita de Miranda Ataíde Melo e Castro, que foi casada com seu primo co-irmão Caetano Alberto de Sousa Canavarro, irmão deste seu cunhado Tomé Luís, afirmando o Eng.º José Ernesto de Menezes e Sousa de Fontes que só a primeira é que teve geração."
Sobre este assunto e sendo descendente de João José de Sousa Canavarro Leite, sendo este avô de meu avô com o mesmo nome, gostaria de saber se o prezado Senhor Miguel Mora terá em sua posse algum documento sobre este mesmo Indivíduo, já que recentemente aderi a este forum e tenho já uma árvore avançada relativamente à família Canavarro do ramo da Vreia de Bornes (Sabroso de Aguiar= mas não disponho de nada relativo à Quinta da Estrada, tendo apenas várias imagens (um quadro) com a Capela de Nossa Senhora do Loreto...Poderia por gentileza indicar-me onde encontrar biografia ou se puder enviar-me algo sobre esse magnífico monumento entretanto criminosamente desaparecido...Além destes dois assuntos também me encantaria saber mais sobre a Casa da Capela donde provêm os ascendentes deste meu Trisavô....Fico à espera da resposta de V. Exa., Deixaria o meu contacto de email mas não sei se infringiria regras deste fórum....Despeço-me e agradeço desde já alguma indicação, ajuda ou conselho que me possa fornecer....Bem Haja!
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Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Aguiar
A D. Eugénia Adelaide era minha tia bisavó, irmã de meu Bisavô Júlio César de Sousa Canavarro, todos eles nascidos na Vreia de Bornes....Neste caso em particular, nasceu em 10.04.1846 na Quinta da Estrada situada na localidade de Sabroso..Tenho imensas informações familiares sobre todos os ramos directos e colaterais, tendo inclusivamente contacto o Sr. Francisco Providência...Desde os ramos dos primos direitos de meu bisavô de Carrazedo da Cabugueira, ramos de Ribeira de Pena, da Quinta do Poldrado, Quinta do Pinheiro, Sabroso, Lagobom, Bornes....A minha mãe deu-me imensas informações sobre tudo isso e a minha avó deixou apontamentos escritos sobre tudo isto, e já os confirmei através dos registos paroquiais coincidindo em tudo que a minha avó havia já escrito...Deixaria aqui o meu email de contacto mas não sei se será permitido, de qualquer forma responda a esta mensagem se algo necessitar, terei todo o gosto em ajudar....Bem haja!
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Senhor J.Dias
Muito boa noite!
Peço desculpa,não me conhece,mas, gostava muito contactar consigo por causa da sua trisavó
Júlia Adelaide Carvalho e Cunha e de Augusto Álvares Ferreira e é importante o que lhe vou perguntar
para desvendar um mistério que ando há muito a querer investigar.Foi uma sorte vir aqui,pois as investigações anteriores eram de 2008 e pensei que nunca iria contactar com alguém!
Vou deixar-lhe o meu email e agradeço desde já, se quiser ou puder contactar-me:
caldasmariaamelia@gmail.com
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Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Aguiar
Caro Miguel,
Inicialmente, peço-lhe que me desculpe por ingressar neste tópico.
Parabenizo as valiosas informações genealógicas apresentadas no tópico, que demonstram vasto conhecimento sobre os Machado de Vila Pouca de Aguiar.
Li em outro tópico que tens conhecimento sobre a descendência de JOSÉ RODRIGUES ADÃO e D. MARIA TERESA DE ALMEIDA MACHADO E SOUSA, seus filhos e netos.
Busco informações sobre meu trisavô:
MANOEL JOSÉ ADÃO, nascido aproximadamente entre 1813-1830, filho de Manoel (José) Adão e Quitéria Maria (casados em 14.06.1813, em Tinhela de Baixo), naturais de Tinhela de Cima, freguesia de São Marinho de Bornes, Comarca de Vila Real. São avós paternos Manoel Rodrigues e Anna Maria.
MANOEL JOSÉ ADÃO casou-se com FELIZARDA MARIA na freguesia de São Pedro de Padrela, Comarca de Chaves e, em 13.04.1958, nasceu um de seus filhos, meu bisavô, ANTONIO DOS SANTOS ADÃO, baptizado na Paroquia de São Pedro de Padrella, Comarca de Chaves..
Agradeço, desde já, qualquer informação sobre os descendentes de JOSÉ RODRIGUES ADÃO e D. MARIA TERESA DE ALMEIDA MACHADO E SOUSA e sobre eventual parentesco com MANOEL JOSÉ ADÃO, conforme informado acima.
Cumprimentos,
André Costa
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Casa de Carrazedo - Bragado - Vila Pouca de Aguiar
Caro Sr.
Consta do Genea a descendência deste casal, maus antepassados, de Vila Pouca e Chaves. Se pesquisar pelo nome dela descpbre logo. A informação está correcta e com datas e lugares de nascimento.
Cumprimentos
Jorge
PS Maria Teresa de Almeida Machado e Sousa cc José Rodrugues Adam ou Adão, tiveram pelo menos um filho qasou com uma prima direita.
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