Dúvidas Paleográficas II
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Dúvidas Paleográficas II
Caros Confrades,
Mais um vez necessito da vossa ajuda, possuo um assento de baptismo do do séc. XVIII da zona de Arraiolos, nos quais tenho sérias dificuldades de leitura de algumas frases e palavras do referido assento.
E como várias cabeças a pensar é melhor que uma, gostaria de saber se alguém me podia ajudar na leitura deste assento.
Deixo aqui o link para a imagem do assento baptismo, estando sublinhado a vermelho, aquilo que não consegui descortinar.
Link:
http://img139.imageshack.us/my.php?image=assento1rf6.jpg
Agradeço antecipadamente a vossa ajuda.
Cumprimentos,
Paulo Rosado
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RE: Dúvidas Paleográficas II
Caro Paulo Rosado,
Talvez não ajude muito mas a primeira frase sublinhada parece-me ser “e declarou o pai do (…?)”. Não percebo a última palavra. A segunda é “não ter tido outro do mesmo nome”. O nome das herdades não percebo.
Com os melhores cumprimentos,
D.S.
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RE: Dúvidas Paleográficas II
Caro Dsousa,
Agradeço a sua ajuda, vamos ver o que os outros confrades tem a dizer relativamente às palavras em falta.
Cumprimentos,
Paulo Rosado
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RE: Dúvidas Paleográficas II
Caro Paulo Rosado,
O termo é assinado por «o Párocho Simião Gomes Ribeiro»
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RE: Dúvidas Paleográficas II
Caro Paulo Rosado,
Continuando:
«(...) e Maria de Mira moradora na herdade do Almargem (...)»
Cumprimentos,
Arlindo Rodrigues
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RE: Dúvidas Paleográficas II
Caro Arlindo Rodrigues,
Muito obrigado pela sua ajuda, já está quase tudo decifrado.
Cumprimentos
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RE: Dúvidas Paleográficas II
Aos vinte e cinco dias do mês de Setembro de mil setecentos e vinte e nove, nesta freguesia de S. Pedro da Gafonheira, termo da Vila de Raiolos, baptizei e pus os santos óleos a um menino a que pus por nome Manuel filho de legitimo matrimónio de José Rodrigues Canelas e de sua legitima mulher Isabel Vidigal naturais e moradores desta freguesia de S. Pedro e declaro o pai do .... ser de sua parte do segundo matrimónio e pelo da parte dela não ter tido outro do mesmo nome, e foram padrinhos João Lopes, lavrador da herdade da Cequelaria e Maria de Mira moradora na herdade do Almargem em cuja fé fiz este termo que assinei, hoje dia mês e ano ut supra.
O Reverendo pároco Simão Gomes Ribeiro
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RE: Dúvidas Paleográficas II
Caro(a) "flordeacacia1",
Apenas algumas notas:
I - o primeiro nome do Pároco é "Simião" que actualmente, para além desta, também se utiliza a grafia "Semião";
II - a freguesia é S. Pedro da Gafanhoeira;
III - «(...) ser de sua parte de segundo matrimónio e primeiro da parte dela (...)»;
Cumprimentos,
Arlindo Rodrigues
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RE: Dúvidas Paleográficas II
Caros "flordeacacia1" e Arlindo Rodrigues
Agradeço mais uma vez o vosso esforço na decifração deste assento, só falta mesmo uma palavra, mas confesso que por mais que olhe para ela, não consigo sequer imaginar o que será.
De qualquer forma, não consigo perceber o porquê do padre ter mencionado esta declaração do Pai(que não encontro em nenhum assento anterior):
"...declaro o pai do .... ser de sua parte do segundo matrimónio e pelo da parte dela não ter tido outro do mesmo nome..."
Será que o que o Padre quer dizer é que o pai declarou que era o seu segundo matrimónio, e no caso da mãe é o primeiro matrimónio??
Cumprimentos,
Paulo Rosado
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RE: Dúvidas Paleográficas II
Bons Dias Caros Confrades
Para mim a palavra que vos falta é recém, ou seja "... e declarou o pai do recém ser da parte dele do segundo matrimónio e dela o primeiro e não ter outro do mesmo nome...."
Esta é a minha interpretação.
Cumprimentos
FS
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RE: Dúvidas Paleográficas II
Caro Paulo Rosado,
Como eu tinha referido na minha mensagem anterior:
> O que está escrito é «(...) e primeiro da parte dela (...)»;
> E também: « (...) declarou o Pai (...) »
A indicação de que se o casamento era o primeiro, ou não, aparece na grande maioria do registos a partir de uma dada época (não tenho agora presente a partir de quando). Por isso é muito comum encontrar nos registos de casamento expressões do tipo:
- "filho do primeiro matrimónio de ambos";
- "filho do primeiro matrimónio de ambas as partes";
- "filho do primeiro matrimónio do pai e do segundo da mãe";
Cumprimentos,
Arlindo Rodrigues
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RE: Dúvidas Paleográficas II
Caro(a) FS,
Chegou lá!
Identificou o que nenhum de nós tinha conseguido até ao momento. Depois de sabermos parece óbvio, não é? Chegar lá é que não foi fácil.
Cumprimentos,
Arlindo Rodrigues
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RE: Dúvidas Paleográficas II
Caro Paulo Rosado
A sua interpretação está correcta. Nos registos é habitual ser o filho referido como primeiro ou segundo do nome (ou mais, já vi ser sexta do nome de um casal em que as meninas eram todas Marias) e também se é filho do primeiro casamento de ambos ou não como neste caso. Aqui fica também a saber-se que nem do primeiro casamento do pai havia outro filho Manuel.
A freguesia é São Pedro da Gafanhoeira que ainda hoje existe com esse nome
O nome do padre é Simião (Simeão)
A primeira herdade é da Chequelaria
A segunda herdade é do Almarguem (Almargem. Ainda tem esse nome actualmente e fica na referida freguesia de São Pedro da Gafanhoeira , Arraiolos)
Quanto à palavra misteriosa (que por acaso já não faz falta para se obterem dados) parece-me ser iniciada por um U e ter lá um z. Ainda pensei que fosse alguma abreviatura de ungido/unzido mas não consegui decifrar.
Cumprimentos.
Maria Manuela Pereira
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RE: Dúvidas Paleográficas II
Caros FS, Arlindo Rodrigues e Maria Manuela
Mais uma vez os meus mais sinceros agradecimentos. Mais uma vez coloco aqui questões para as quais obtenho sempre respostas, o que prova que este fórum está muito vivo, e que cada vez mais os utilizadores deste fórum se ajudam mutuamente nas respectivas pesquisas.
No que diz respeito à minha questão, ela foi muito bem esclarecida, e de facto com vossa confirmação, conseguir validar a minha interpretação.
Quanto à palavra em questão, de facto não é de importância extrema para os dados a extrair deste assento, era apenas uma curiosidade minha.
Parece-me admissível que a palavra "recém" se enquadrasse perfeitamente nesta frase como refere o confrade FS, no entanto, tal como indica a confrade Maria Manuela, também me parece que a palavra começa por um "U" ou "V"(isto tendo como comparação a palavra "Vinte" no início do assento, e a palavra "Ut" no fim do assento), mas não quero mais tomar o vosso precioso tempo numa palavra que, para o que pretendo extrair do assento, não é de todo importante.
Cumprimentos,
Paulo Rosado
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RE: Dúvidas Paleográficas II
Caro Paulo Rosado,
Definitivamente o Confrade "FS" viu a luz!
A dita palavra é mesmo "recém".
Compreendo que a primeira letra possa ter levantado dúvidas (mas não é "v" nem "u", de todo), mas as restantes 4 letras não deixam dúvidas: "...ecem"".
Cumprimentos,
Arlindo Rodrigues
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RE: Dúvidas Paleográficas II
Caro Arlindo Rodrigues,
Tem toda razão, a primeira letra deve ser um "R" muito estilizado pelo padre.
Já assumi na minha transcrição que a palavra em falta é "recém"
Muito obrigado.
Cumprimentos,
Paulo Rosado
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RE: Dúvidas Paleográficas II
Boa tarde Confrades,
Cá estou novamente a solicitar uma pequena ajuda na leitura da 3ª linha de um assento de casamento , Viseu, Vilaboa.
Agradecida.
Maria Emília
http://img231.imageshack.us/my.php?image=casdejcorreiaeanglicavj9.jpg
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