Esclarecimentos.

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Esclarecimentos.

#217328 | ibidem | 04 ene 2009 18:02

Caros confrades

No Paço Episcopal de Lamego li num assento o seguinte:

"Em ... de 1676 recebi António de Carvalho do Cabo com Maria Gouveia Coutinho em fase de Igreja com muita parte do povo e que foram testemunhas recebi por uma sentença do Senhor Núncio de Lisboa e outra sentença que deu o reverendo vigário geral de Miranda..."

Que significam e o porquê de tais sentenças?
Seria factível supor que existem registos e cópias delas? Onde?

Creio poder descartar a consanguinidade dado que, quando tal acontece, tenho comprovado que as sentenças são explícitas e peremptórias, não deixando, por isso, margem para dúvidas.

Votos de um Bom 2009.
Antecipadamente agradecida.

Cumprimentos

Fernanda Ribeiro

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RE: Esclarecimentos.

#217350 | tmacedo | 04 ene 2009 21:24 | In reply to: #217328

Cara Fernanda Ribeiro:

Com certeza que um dos nubentos era natural ou tinha vivido no bispado de Miranda, daí ser necessária documentação proveniente daquele bispado. A intervenção do núncio deverá ter a haver com uma dispensa papal necessária em casos extremos que não sei precisar.

Cumprimentos.

António Taveira

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RE: Esclarecimentos.

#217433 | ibidem | 05 ene 2009 13:29 | In reply to: #217350

Caro António Taveira

Obrigada pela resposta.

Caso tenha alguma importância para o assunto, pormenorizo que os dois pertenciam a famílias fidalgas. Ele e só para mencionar a sua linhagem materna descendia, de entre outros, dos Cardosos e dos Meneses. Sendo o irmão mais velho Capitão-Mor da terra, como tinha sido um tio. Isto poderá significar que o dote da noiva não teria sido nada magrinho: a qualidade das pessoas, naqueles tempos, podia ser bem lucrativa.

Cumprimentos

Fernanda Ribeiro

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RE: Esclarecimentos.

#217470 | ibidem | 05 ene 2009 17:20 | In reply to: #217350

Caro António Taveira

Acabo de ler num documento coevo que o pai do nubente foi par do reino.
Quererá dizer-me, sff, quem poderia ser nessa época par do reino?

Cumprimentos

Fernanda Ribeiro

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Pares do Reino anteriores ao século XIX

#217615 | BGP | 06 ene 2009 21:02 | In reply to: #217470

Não leve a mal, Senhora Dona Fernanda, que seja eu a responder-lhe.
Os pares do reino eram seleccionados pelo rei, antes da criação da Câmara de Pares, da principal nobreza.
Contudo, subsistem perguntas: durante o período filipino desempenhavam eles alguma função estatal? Como se chamavam os membros do Conselho de Estado e Guerra? E do Conselho de Portugal?
Tem razão, o dote teve de ser chorudo! O noivo ficou com a sua fazenda substancialmente aumentada.

Ao dispor, cumprimenta-a o Bernardo Pinto

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RE: Pares do Reino anteriores ao século XIX

#217721 | ibidem | 07 ene 2009 20:47 | In reply to: #217615

Caro Bernardo Pinto

Agradeço a sua atenção.

Cumprimentos

Fernanda Ribeiro

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RE: Pares do Reino anteriores ao século XIX

#217820 | BGP | 08 ene 2009 18:05 | In reply to: #217721

Câmara de Pares. Leia-se Câmara dos Pares.

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RE: Pares do Reino anteriores ao século XIX

#217910 | BGP | 09 ene 2009 17:30 | In reply to: #217820

Os Pares do Reino no Brasil

O fidalgo, (filho d’algo), recebe essa qualificação heráldica por herança familiar, muitas vezes de famílias que se ombreavam com a família real sendo considerados os -pares do reino-.

Fonte:
A NOBREZA BRASILEIRA e o DIREITO NOBILIÁRIO

Os Pares do Reino em França

Na França os grandes nobres eram os duques e os pares do reino. O soberano costumava considerá-los como os florões de sua coroa. E também os tratava de "primos", mesmo quando não fossem seus parentes. Isto indicava um relacionamento íntimo e bondoso do rei com a cúpula da nobreza de seu país.

Fonte:
Aspectos fundamentais da nobreza numa civilização cristã

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