Padre Marçal José Espada
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Padre Marçal José Espada
Caros confrades
Entre os confrades haverá alguém que me saiba dizer a naturalidade e filiação do Padre Marçal José Espada, amigo fiel do Remexido, que comandou a guerrilha miguelista na Serra Algarvia.
Agradeço
Zé Maria
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RE: Padre Marçal José Espada
Caros confrades
Quem foi este homem que apagaram da História de Portugal? Ele tinha muita força, tinha a força de um povo que honrava e lutava por Ourique, para o vencerem foi preciso um exército, um exército, que não glorificava D. Afonso Henriques ou Viriato, mas sim interesses internacionais obscuros em nome de uma liberdade, que oprimirá Portugal para sempre!!!
O Padre Marçal José Espada, foi o comandante da guerrilha miguelista e patriotica, no Campo de Ourique, foi abatido a tiro, a 23 de Dezembro de 1839, na serra do Malhão.
"....Voltai a vista para os formosos campos a que dera existência e representação no mundo o arrojo de Colombo, e a constância dos que seguirão á sua atrevida empreza , entregues á guerra civil e á anarquia , sem credito e sem recursos, desprezados dos próprios e estranhos, e esses formosos lugares que forão algum dia a inveja da Europa cobertos de luto e de desolação!...."
"O Meu valente e numeroso Exercito correo todo ás armas. A todos os momentos recebo continuadas provas da sua acrisolada fidelidade. Finalmente a Nação toda está como hum só homem prompta a defender-se, e assim como me prestou o seu juramento solemnissimo por meio dos seus Representantes nos Três Estados do Reino, Assim Eu tambem Hei de desempenhar aquelie, que lhe Prestei perante os mesmos Três Estados; e a Promessa do Deos Todo Poderoso feita ao Santo Rei Afonso Henriques nos Campos de Ourique continuará a ser cumprida, salvando estes Reinos da impiedade e da anarquia. . .
Palácio Queluz, em 28 de Março de 1832.= Rei [D. Miguel]
E já não haverá ninguém entre os Portugueses que se lembre do Deus Ourique!!!!
Saudações fraternas
Zé Maria
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RE: Padre Marçal José Espada
Caros confrades
Colombo prometeu que iria escrever no seu Diário de Bordo, tudo sobre o Ouro, para que os Reis Católicos, fossem sabedores de tudo.
No entanto fez-lhe uma anotação à margem:
"Pode ser que esta seja a minha última anotação; que eles joguem o Diário de Bordo na água. Talvez eles o esqueçam e, um dia, a Rainha saberá que eu não era um fantasista, um sonhador fora da realidade. Eu vi uma Luz. Era como se alguém movimentasse uma tocha".
A tocha de Ourique!!!
"...Voltai a vista para os formosos campos de [Ourique] a que dera existência e representação no Mundo o arrojo de Colombo, e a constância dos que seguirão á sua atrevida empreza..."
Saudações fraternas
Zé Maria
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RE: Padre Marçal José Espada
Caros confrades
Colombo prometeu que iria escrever no seu Diário de Bordo, tudo sobre o Ouro, para que os Reis Católicos, fossem sabedores de tudo.
No entanto fez-lhe uma anotação à margem:
"Pode ser que esta seja a minha última anotação; que eles joguem o Diário de Bordo na água. Talvez eles o esqueçam e, um dia, a Rainha saberá que eu não era um fantasista, um sonhador fora da realidade. Eu vi uma Luz. Era como se alguém movimentasse uma tocha".
A tocha de Ourique!!! "Volo in te, et in semine tuo Imperium mihi stabilire, ut deferatur nomen meu in exteras gentes."
"...Voltai a vista para os formosos campos de [Ourique] a que dera existência e representação no Mundo o arrojo de Colombo, e a constância dos que seguirão á sua atrevida empreza..."
Saudações fraternas
Zé Maria
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RE: Padre Marçal José Espada
Caros confrades
O Padre Marçal José Espada, morreu baleado pelos ditos liberais apoiados pela Quádrupla Aliança, que de liberdade nada tinham, apenas obedientes a uma nova Ordem Internacional que defendia os ideias libertários e liberais da primeira fase da Revolução francesa e da Declaração dos Direitos do Homem.
Foram os mesmos liberais de Napoleão que já tinham invadido Portugal e saqueados casas, Igrejas e Conventos e profanados túmulos entre os quais se destacam o de D. João II na Batalha e o do Duque D. Diogo em Beja, no Convento de Nossa Senhora da Conceição. Os franceses nunca perdoaram a D. João VI, por este ter conseguido fugir para o Brasil. Este rei acabou por morrer às mãos dos franceses, tal como D. João II, envenenado com arsénio. O caminho estava assim aberto para corromperem a Monarquia portuguesa e vencerem Portugal e o seu Humanismo baseado em Cristo. O Humanismo português do 5º Império era assim incompatível com o Humanismo da Revolução francesa.
E foi assim que destruíram Portugal, este Rectângulo Divino da Regeneração, de Cristo. E foi assim que em consonância a Quádrupla Aliança nos roubou Olivença.
Para eles, Portugal jamais poderá ser aquele rectângulo místico começado com D. Afonso Henriques e terminado pelos grandes Sábios, D. Afonso XI e D. Vataça. (que foram beber à Grécia)
A Quádrupla Aliança, assim ficou conhecido o tratado assinado em Londres, entre os governos de Guilherme IV do Reino Unido, Luís Filipe de França, D. Pedro IV de Portugal (regente em nome de sua filha D. Maria II) e a regente de Espanha D. Maria Cristina de Bourbon, visando impor regimes liberais nas monarquias ibéricas. Tal implicava a garantia da expulsão dos infantes D. Miguel de Bragança de Portugal e D. Carlos de Borbón de Espanha, mesmo que tal obrigasse à entrada de tropas estrangeiras nos respectivos territórios.
Portugal ficou assim sozinho no Mundo, ou melhor ficou de rastos perante a Europa á espera de umas migalhas que ainda hoje lhe possam atribuir. Já mais nada nos move na vida senão uns fundos que possam vir da Europa, ficamos cativos da Europa desde a deposição do nosso glorioso Rei D. Miguel, aquele que fez a promessa de se continuar a cumprir com Ourique!!!
D. Miguel protestou formalmente à face da Europa contra a violência da Quádrupla Aliança, num documento que ficou conhecido como o "Protesto e Declaração de Génova", ponto de partida para a luta legitimada que virá a durar até 1939. Nesse documento, D. Miguel declarava "como nula e de nenhum valor" a capitulação a que, sob coacção, fora forçado em Évora-Monte. Apesar de vencido militarmente, D. Miguel não abdicava da sua legitimidade como rei de Portugal.
Muitos miguelistas não depuseram as armas, tendo alguns, passado a Espanha, em auxílio dos Carlistas, enquanto outros se dedicavam a actos de guerrilha contra o Governo de D. Maria II, em território nacional destacando-se, neste contexto, a figura do Remexido, no Algarve e o Padre Marçal José Espada no Alentejo.
Debalde a negra intriga Cavernosa
Enredo urdiu do inferno bafejado,
Que o Deus de Ourique ao Povo abençoado
Em fim restituiu a paz ditosa.
Carpia o Reino a ausência mais penosa
Do seu Rei, do seu Anjo Desejado;
Para o Danúbio, o Tejo magoado
Chorando, erguia a vista lastimosa.
Eis que o Céu se condói… Chega o momento,
Já Miguel vira a nós passos gostosos,
Tudo o que faz que Diz, tudo é portanto
Ah! Senhor! Quanto fomos venturosos!
Sois Anjo, que baixou do Firmamento;
O Chegar foi Vencer; somos ditosos
A Fiel Villa de Panoyas ergue o seu brado
De pura lealdade só nascido,
E oferta uma Companhia, que decidida
De vencer, ou morrer, tem protestado
Do Campo de Ourique o Regimento abalizado,
Saudações fraternas
Zé Maria
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RE: Padre Marçal José Espada
Caro Confrade
"O HumanismoPortuguês do 5º Império, era incompatível com o humanismo da Revolução Francesa."
Concordo em absoluto. Até porque, não existiu nenhuma réstea de Humanismo na Revolução Francesa.
Houve sim, interesses económicos de uma Burguesia endinheirada, que pretendia reforçar os seus previlégios, e se aliou ao Clero e a uma certa Nobreza, que não queriam obviamente perder nenhum dos seus.
Neste caso, o previlégio era a Isenção Fiscal, que o Rei Luís XVI, se preparava para anular.
Pelo que, falar de Revolução em nome do Povo, é escamoter a verdade, e manipular a opinião pública em proveito próprio.
O habitual "fait divers", das falsas revoluções.
Precisam sempre de uma capa de Grandes Causas, para esconder as verdadeiras motivações.
Pelo que o "Fait Divers", passa a ser "Fazer como é Habitual."
Se bem que no caso francês, talvez tenha havido de facto um motivo acrescido.
É que ambos, o Rei Luís XVI, e a Rainha Maria Antónia, conhecida por Maria Antonieta, eram descendentes da Rainha Joana, aquela a quem chamaram: A Louca.
Não será este, um excelente motivo, para assassinar todos os seus verdadeiros descendentes?!
Saudações
Airmid
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RE: Padre Marçal José Espada
Cara AIRMID
O Humanismo Português do 5º Império, era incompatível com o humanismo da Revolução Francesa.
“Se bem que no caso francês, talvez tenha havido de facto um motivo acrescido.
É que ambos, o Rei Luís XVI, e a Rainha Maria Antónia, conhecida por Maria Antonieta, eram descendentes da Rainha Joana, aquela a quem chamaram: A Louca.”
Não só por ambos serem descendentes da Louca, (que foi avó de D. Sebastião), mas essencialmente porque a Rainha Maria Antónia era filha do Imperador do Sacro- Império Romano, que sempre apoiou Portugal e o culto do Espírito Santo, em contrapartida à religião da Igreja de Roma!!! Por isso lhes chamaram de Austríaca e lhe puseram todos os defeitos, e foi arrastada para escândalo inocentemente, quando no fundo o seu combate era lutar contra a pobreza no Mundo. Os napoleónicos a partir daquela altura armaram-se em arautos da liberdade e dos direitos humanos, eram eles que mandavam, se alguém se metesse no seu caminho era aniquilado e morto, pensavam que eram donos da verdade, mas estavam enganados, a sua revolução irá levar o Mundo ao colapso e não marcará o Mundo em nada de bom, apenas poluição e miséria, o caos da Humanidade!!!
Não foi por acaso que o Sacro-Império foi dissolvido durante as guerras napoleónicas, quando era seu Imperador, Francisco I, da Áustria, precisamente um sobrinho da Rainha Maria Antónia. O Império-Sacro que se opunha ao Papa e tinha como alternativa a criação de um Sacro -Império, onde prevalecesse uma nova Era do Espírito Santo, foi vencido pelos eruditos da revolução francesa. Em Portugal, com a vitória dos franceses, nunca poderiam deixar reinar D. Miguel, um Rei que era pelo Espírito Santo, que era pelo cumprimento da promessa de Deus a D. Afonso Henriques em Panoyas do Campo de Ourique, nunca poderiam deixar governar um rei que era o governador da Ordem de Malta, herdeira da Ordem do Espírito de S. João Baptista fundada e apoiada desde a primeira pelo Sacro- Império, que foi predominantemente dominado pela Hungria, através dos tempos. Portugal tinha sido fundado com o apoio do Sacro-Império ou o não fosse D. Henrique, um freire de Moissac, um húngaro incumbido da sua fundação!!!
Por isso desde a primeira hora que nos querem colar aos franceses, mas nunca conseguirão porque a cola que usam é o cuspo. E quem cospe para o ar pode-lhes cair em cima!!!
Perante a arrogância dos franceses para com D. Miguel, para onde é que ele poderia ir exilar-se? Evidentemente para onde Portugal foi sempre apoiado desde a sua nascença, Panonias.(antigo território que englobava a Áustria e a Hungria)
Saudações
Zé Maria
"O Humanismo Português do 5º Império, era incompatível com o humanismo da Revolução Francesa."
Se bem que no caso francês, talvez tenha havido de facto um motivo acrescido.
É que ambos, o Rei Luís XVI, e a Rainha Maria Antónia, conhecida por Maria Antonieta, eram descendentes da Rainha Joana, aquela a quem chamaram: A Louca.
Não só por ambos serem descendentes da Louca, que foi avó de D. Sebastião, mas essencialmente porque a Rainha Maria Antónia era filha do Imperador do Sacro Imperio Romano, que sempre apoiou Portugal e o culto do Espírito Santo, em contrapartida à religião da Igreja de Roma!!! Por isso lhes chamaram de Austríaca e lhe pusseram todos os defeitos, e foi arrastada para escândalo inocentemente, quando no fundo o seu combate era lutar contra a pobreza no Mundo. Os napoliónicos a partir daquela altura armaram-se em araustos da liberdade e dos direitos humanos, agora eram eles que mandavam, se alguém se metesse no seu caminho era aniquilado e morto, pensavam que eram donos da verdade, mas estavam enganados, a sua revolução irá levar o Mundo ao colapso e não marcará o Mundo em nada de bom, apenas poluição e miséria, o caos da Humanidade!!!
Não foi por acaso que o Sacro Império foi dissolvido durante as guerras napoliónicas, quando era seu Imperador, Francisco I, da Áustria, precisamente um sobrinho da Rainha Maria Antónia. O Imperio que se opôs ao Papa e tinha como alternativa a criação de um Sacro Império, onde prevalecesse uma nova Era do Espírito Santo, foi vencido pelos eruditos da revolução francesa. Em Portugal, com a vitória dos franceses, nunca poderiam deixar reinar D. Miguel, um Rei que era pelo Espirito Santo, que era pelo cumprimento da promessa de Deus a D. Afonso Henriques em Panoyas do Campo de Ourique, nunca poderiam deixar governar um rei que era o governador da Ordem de Malta, herdeira da Ordem do Espirito de S. João Baptista fundada e apoiada desde a primeira pelo Sacro Imperio, que foi predominantemente dominado pela Hungria, através dos tempos. Portugal tinha sido fundado com o apoio do Sacro-Ímperio ou o não fosse o Santo D. Henrique, um freire de Moissac, um húngaro incumbido da sua fundação!!!
Por isso desde a primeiro hora que nos querem colar aos franceses, mas nunca conseguirão por a cola que usam é o cuspo. E quem cospe para o ar pode-lhes cair em cima!!!
Perante a arrogância dos franceses para com D. Miguel patra onde é que ele poderia ir exilar-se? Evidentemente para onde sempre Portugal foi apoiado desde a sua nascença, Panonias.(antigo território que englobava a Austria e a Hungria)
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RE: Padre Marçal José Espada
Caros confrades
Mais uma vez venho solicitar a ajuda dos confrades sobre a identificação, filiação e naturalidade de Marçal ou Marçalo José Espada, Ajudante e Secretário Interino do Ex. mo Senhor José Joaquim de Sousa Reis "Remechido", Brigadeiro dos Reais Exércitos de Sua Majestade o Senhor Dom Miguel.
Manuel Joaquim Espada foi um oficial do exército liberal, que na Batalha de Panoyas, travada entre liberais e absolutistas, foi um dos primeiros liberais a entrar "vitorioso" na tomada da Vila, que foi arrasada! Quem é, e donde será este Manuel Joaquim Espada, sei que houve um capitão do mesmo nome que pertenceu ao Regimento de Milícias de Alcácer do Sal e que foi demitido a 28 de Março de 1822.
Serão a mesma pessoa? Haverá alguma Relação de parentesco entre este e o Padre Marçalo? Tenho conhecimento de em Panoyas e Garvão haver uma família de apelido Espada, oriundos em S. João de Negrilhos.
O Exército Real de D. Miguel, apoiante da causa de Ourique e de Colombo, lutou naqueles Campos de Ourique em redor da vila de Panoyas, em homenagem ao nosso primeiro Rei, D. Afonso Henriques!!!
"....Debaixo do estandarte Nacional da Realeza estão [aqui] os imitadores daqueles Portugueses que, para serem independentes, travarão a 1ª batalha do Vale de S. Mamede, e encerraram no Castelo de Lenhoso a própria mãe daquele Homem, que, depois no Campo d'Ourique, aclamaram Rei. — Este Homem foi Absoluto, mas o povo sempre livre e governado com a lei, superior a tudo, e só neste sentido é que têm sido Absolutos os Monarcas Portugueses...Seriam escravos D. João de Castro, Vasco da Gama, Colombo, Cabral, Zarco, e Fernão de Magalhães? — Seria escravo esse vassalo de D. Manoel, Duarte Pacheco, que na Judia obrigava o rei de Cochim a fazer justiça declarando-lhe que, ele, como Português, nunca consentiria em arriscar a Salvação de um Reino inteiro, e a dignidade régia pela inconsiderada contunda do Soberano...?"
(Manifesto das tropas Reais que lutaram em Panoyas no Campo de Ourique, em homenagem ao nosso primeiro Rei)
Desde já os meus agradecimentos
Zé Maria
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RE: Padre Marçal José Espada
Caros confrades
Mais uma vez, a ver se alguém me dá uma pista, para encontrar origens do Padre Marçalo, que foi companheiro de luta de outro Padre, que ficou mais conhecido por Remexido!!! Que faziam dois padres a lutar durante anos embrenhados na Serra???
Só o que os fazia parar na luta, era para irem rezar!!! Que faziam pelotões de homens a rezar em plena serra do Caldeirão ou Mú??? A rezar por quêm, e para quê!!!
Cpts
Zé Maria
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RE: Padre Marçal José Espada
Será Joaquim José Espada?
" Se concedermos que Évora-Monte foi um fim, é só para marcar com essa data o começo de uma época de sistemática falsificação, em que Portugal mudou de face, e de natureza,distanciando-se em odioso divórcio governantes e governados, pela interposição de clientelas fortemente organizadas em batalha legal.
Em Évora-Monte acabaram também, em holocaustro à Liberdade, as ordens religiosas apressadamente extintas em decreto de 28 - dois dias depois! - logo promulgado por D. Pedro, a 30 de Maio, e cujo relatório abre assim."
"Senhor: Está hoje extinto, o prejuízo que durou séculos, de que a existência das Ordens Religiosas é indispensável á Religião Católica e útil ao Estado, e a opinião dominante é que a Religião nada lucra com elas, e que a sua conservação não é compatível com a civilização e luzes do século, e com a organização política que convém aos Povos."
Não sei a quem rezavam os guerrilheiros de Dom Miguel, mas atendendo a que o tal Século das Luzes, iniciou a destruição sistemática de todos os recursos naturais, indispensáveis à vida na Terra, e nos atirou para a uma crise, em que a nossa própria sobrevivência se encontra fortemente ameaçada, que as suas iluminadas cabeças são incapazes de solucionar, espero que os guerrilheiros de Dom Miguel, rezassem por nós, os Povos, miseráveis herdeiros, de tão " conveniente organização política."
Airmid
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RE: Padre Marçal José Espada
Cara AIRMID
"Senhor: Está hoje extinto, o prejuízo que durou séculos, de que a existência das Ordens Religiosas é indispensável á Religião Católica e útil ao Estado, e a opinião dominante é que a Religião nada lucra com elas, e que a sua conservação não é compatível com a civilização e luzes do século, e com a organização política que convém aos Povos."
Religião e Política, por muito que nos queiram mostrar o contrário, sempre andaram ligadas, e sempre continuarão a andar enquanto o Mundo for Mundo!!!
Tinha muito para contar mas não tenho vagar. Basta lembrar que Portugal foi fundado na base nessas mesmas Ordens Religiosas e Militares. O Alentejo foi conquistado com a ajuda da cavalaria de Ordem de Santiago e da Ordem dos Hospitalários, a primeira sob o mando de Paio Peres Correia e a segunda de Afonso Peres Farinha. Claro está que Portugal não foi fundado na mira do lucro, como os adeptos de Castela ou da França queriam. Portugal ao invés de Castela ou da França foi formado numa base social e espiritual para o Mundo, por isso foi combatido desde a sua primeira hora. Roma sempre quis Portugal debaixo do mando de Castela e por não de França, até lhe dava também bastante jeito.
Veja-se o caso da deposição do Rei D. Sancho II por Roma, apesar de nessa altura o mesmo ser apoiado por Sancho XI, o Sábio, foi derrotado e obrigado a exilar-se em Toledo, foi uma Guerra Civil terrível ceifou milhares de vida mesmo naqueles primórdios tempos, mas o Papa acabou por impor a sua vontade, e trouxe de França o Bolonhês.
Mas quem não aceitou o Rei Português que nos era imposto por Roma foi Afonso Peres de Farinha, que assim deixou os territórios conquistados, pela Ordem dos Espiritualistas, sob o mando de D. Afonso XI, O Sábio, que tinha apoiado o D. Sancho II, assim os territórios de Serpa, Moura e Mourão, conquistados com a ajuda dos cavaleiros da Ordem que seguia a doutrina do grande filósofo João Baptista, ficaram assim fora da alçada do Papa!!!
Claro que assim o rei Sábio, também não interessava ao Papa, por não colaborava e pelo contrário intrigava contra ele, então também acabou este rei, por ser deposto por uma colégio de nobres castelhanos!!!
Os Espiritualistas aos quais pertenceram D. Sancho II e o Rei Sábio, já nessa altura tinham uma concepção diferente do Mundo e o papel que a mulher deveria desempenhar na sociedade. Não foi por acaso que o Sábio escreveu as suas cantigas de Santa Maria, a mãe de Cristo que a mesma Igreja de Roma houvera ignorado como Santa durante séculos!!! Mas como em tudo é preciso muita engenharia para se fazer um plano, e esse plano para Portugal fugir ao controlo da Roma, estava a ser já planeado por D. Vataça e o seu primo Afonso o Sábio, que não eram mais do que os sucessores dos embaixadores vindos do Oriente e Grécia e chegados à Península Ibérica para apoiar os soberanos cristãos na luta contra os mouros.
O rei Sábio e sua prima Vataça deram assim inicio à formação de uma nova Casa, com muitos dos bens conquistados pela Ordem dos Hospitalários na Andaluzia, principalmente em Huelva e Sevilha, que foi a Casa de Medina e Sidónia!!! Para se fazer a Aliança entre Portugal e essa Casa, Vataça e o seu primo Sábio, planearam o casamento da filha bastarda deste nascida na Casa Medina e Sidónia, que ficou conhecida como a Princesa Rabuda, com D. Afonso III, precisamente o Rei, que o Papa tinha escolhido para suceder a D. Sancho II, ficando deste modo anulada a influencia do Papa, de Castela e da França!!! E os territórios conquistado pela Ordem dos Hospitalários, sob o comando do português Afonso Peres de Farinha puderam voltar novamente às mãos do monarca português, depois deste se ter livrado do jugo papal a que de início foi obrigado!!!
Mas D. Vataça para que o seu plano não fosse por água abaixo tratou logo do contrato de casamento do filho que iria nascer da Princesa Rabuda, com uma filha de Pedro de Aragão, onde ela estava então refugiada e exilada!!! E assim casou D. Dinis, filho da Princesa Rabuda da Casa de Medina e Sidónia, com D. Isabel de Aragão, a qual, trouxe D. Vataça pela mão!!!
E assim D. Vataça fez o Rei D. Afonso III, passar de amigo a inimigo do Papa, de tal maneira que nem se podiam ver, só depois de morrer é que o seu filho D. Dinis, conseguiu restabelecer relações amistosas como o Papa!!!
D. Vataça era uma grande religiosa, e como a religião está ligada á política também foi uma grande embaixadora de Portugal, e pela sua astúcia ficou conhecida entre os castelhanos como "espia".
Uma Guerra Civil no séc. XIII, como tudo na vida é cíclico, passado 600 anos temos outra Guerra Civil, dum lado, os materialistas liberais que andavam na mira do lucro, no outro os espiritualistas na mira do Ouro Celestial!!!
E assim em Panoyas terra que foi de D. Vataça se confrontaram novamente em tamanha batalha os nobres descendentes de D. Vataça que ainda aspiravam ao Espírito de Ourique, ao Ouro Celestial que Colombo andou a semear, e liberais materialistas saídos de um burguesia negociante das cidades, que massacraram para sempre os Campos de Ourique!!!
Na Torre de Ourique, que é o ponto mais alto da Serra do Sol ou S. Martinho, os patriotas ainda rezavam no século XIX.
“O Deus de Afonso prometeu nos Campos d«Ourique manter sobre o Trono a Dinastia do primeiro Rei dos Portugueses, e os Povos jurarão por esse mesmo Deus, que não reconheceriam em tempo algum a Dinastia de hum Rei estranho: assim na elevação de Vossa Majestade ao Trono acha-se cumprida a palavra do Omnipotente, e desempenhado o juramento dos Povo”.
De capa e volta, de calção e vara,
hei-de ir, Procurador do meu Concelho,
falar ao Senhor-Rey com fala clara,
dizer-lhe uma oratória que aparelho!
Cortes-Gerais. O Reyno se prepara
p'ra ouvir a voz dos Povos em conselho,
Monforte ao Banco-Doze me mandara.
Real! Real! - e incline-se o joelho.
Ó Deus de Ourique, cumpre o prometido!
Leva-nos contra os novos muçulmanos,
- nós somos livres, livre é o nosso Rey!
Eu reconheço-lhe o morrião florido.
Onde eu me achava há setecentos anos
com ele, já erguido, me encontrei!
(António Sardinha
Saudações fraternas
Zé Maria
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RE: Padre Marçal José Espada
Caro José Maria
"....e os Povos juraram por esse mesmo Deus, que não reconheceriam em tempo algum a Dinastia de um Rei estranho."
Afinal, o Artigo do Jornal "O Diabo", sobre Cristóvão Colombo, é da autoria do Jornalista Pedro Laranjeira, e defende a tese de Mascarenhas Barreto e Luciano da Silva.
Não refere a hipótese de Manuel Rosa, que identificaria Cristóbal Cólon, com um dos filhos do Rei Vladislau da Polónia.
Não fiquei a saber mais nada sobre Cristóvão Colombo, mas em contra-partida fiquei a conhecer melhor ainda, a Dinastia de Reis Estranhos, que "os Povos", colocaram desde há Cem Anos, no Trono de Afonso Henriques.
Fiquei a saber, que esta Dinastia, apoiou a empresa espanhola La Seda, com 200 Milhões de Euros, retirados aos contribuintes portugueses, mas que apesar disso, e talvez porque o Patrão da La Seda, o Socialista Catalão José Luís Morlanes, que também é lider Sindical da UGT espanhola, e foi conselheiro do Clube de Futebol Espanyol de Barcelona, considere 200 Milhões uma ninharia, a La Seda, vai abandonar as Fábricas de Sines e de Portalegre.
Mas, porque o sacrifício desta Dinastia Estranha, a favor dos "Povos", não mede sacrifícios, a Caixa Geral de Depósitos, vai comprar mais uma empresa falida, desta vez pela módica quantia de 4o Milhões de Euros, além de a financiar em mais 488 Milhões.
A La Seda, já tinha um prejuízo de 500 milhões de Euros, quando o Infante Sócrates, a inaugurou, mas pelos Povos, faz-se tudo!!!
António Sardinha, num rasgo de lucidez, tantas vezes característico dos que estão destinados a morrer precocemente, previu a morte política de um antigo Rei, da mesma Estranha Dinastia, Sídónio Pais.
E porque referiu Sardinha, no seu texto, quero recordar outras palavras dele, que embora escritas nos primeiros tempos do Século passado, continuam trágicamente actuais.
"Apregoa-se vai em século e meio a soberania do povo, e só descobrimos ocupando-lhe o lugar o capitalismo mais desaforado e mais omnipotente. É o oiro quem manda desbragadamente. Manda a agiotagem como nunca. Reina a bancocracia. Um feudalismo pior que o outro, visto não conhecer nenhuma limitação de ordem espiritual, nem resultar das necessidades históricas das sociedades - um feudalismo pior que o outro, escraviza a produção nas suas tenazes de ferro, ao mesmo tempo que entoa a ária estafada dos chamados Direitos do Homem."
Durante algumas semanas um dos canais temáticos, repetiu sistemáticamente, a tal ária estafada. e por cada Direito enunciado, uma Eminência do regime explicava á plebe, o seu "libertador e profundo" significado.
Passados quase cem anos, as palavras de Sardinha, soam dolorosamente, como se o tempo tivesse parado.
"Tudo se subverteu, na hora em que pôde mais a oratória de uma turba anónima de agitadores.
E de então para cá, correndo sempre atrás de uma miragem que nunca mais se alcança, os homens dividem-se furiosamente na demanda dessa fraternidade porque tanto suspiram, mas da qual cada vez se afastam mais."
O sonho de Afonso Henriques, o Fundador. O sonho de Vataça de Lascaris, a Viajante. O sonho de Cristóvão Colombo, o Xpo Ferens.
Saudações
Airmid
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RE: Padre Marçal José Espada
Cara AIRMID
Será Joaquim José Espada?
Penso que não. Porque o Padre Marçalo, aquele que rezava nos Campos de Ourique, pelo pelicano de D. João II, e pela esfera armilar de D. Manuel (aqui não estou de acordo, porque a esfera da sabedoria foi oferecida a D. Manuel por D. João II), mas que lutava também pelos exemplos de humanismo de Colombo, Albuquerque e D. João de Castro, assinava sempre o seu nome como sendo Marçalo José Espada. Pouco se sabe deste patriota que morreu a lutar nos Campos de Ourique, morreu baleado pelas costas na Serra do Malhão, pelas balas de um exército que já não o era da sua Pátria, esse mesmo exército que deveria combater a ameaça estrangeira, era ele mesmo essa ameaça, em nome de uma nova ordem internacional. Assim morreu este grande patriota no Malhão, terras que foram do Conde de Odemira, assim morreu não só um grande patriota, mas também um ilustre professor que foi em terras de Moura, que tinham sido de D. Diogo.
No século XIX ainda se rezava por Ourique, ao Deus Ourique!!!
No séc. XIX, ainda se combatia em Panoyas, em honra de D. Afonso Henriques e de Nuno Álvares Pereira!!! Lutando por Panoyas estava não só o Padre Marçalo, estavam milhares de outros patriotas, estava o Remexido, estava o Cabreira, estava o Conde de S. Miguel, cujos ascendentes foram inaugurar o Convento de Mafra, estavam os Lança que deram pernoita e agasalho a D. Miguel, na sua partida para o exílio, estavam os Palermos, estavam o alcaide-mór que combatera Napoleão, estavam os Maldonados, morgados, estava o pai da Noiva de Panoyas, enfim estava lutando todo um povo contra a ameaça estrangeira!!! Foi horrível a implantação de ideias estrangeiras no nosso país, os Campos de Ourique e a Serra algarvia foram despovoados por ordem dos governos liberais, para poderem atacar os patriotas, que então apelidavam de guerrilhas, toda a gente que habitasse em Montes, Casais e Quintas foi obrigada a deixar os seus bens e ir habitar para as localidades. Quase metade dos campos de Portugal ficaram assim abandonados e incultos, nele apenas crescia o mato e aumentavam assim os roubos e assassínios provocados por malteses que percorriam esses mesmos campos e que o governo fazia crer que eram guerrilhas. Foi o caos, mas os liberais apoiados pela maçonaria francesa, conseguiram implantar os seus ideais que nada tinham a ver connosco e com a nossa casa, com o nosso país!!!
……………
E D. Miguel acabou por cair.
Na queda do Rei de Portugal surgiu uma realeza bastarda, que a si própria se exautorava. Era a hora dos tronos "au rabais" e dos monarcas " au bon marché" - na ironia sangrenta de Balzac. A Pátria desnacionalizou-se sem mais consistência que a duma poeira solta de átomos. Os resultados temo-los em nós mesmos, na opressão que nos avilta e vitima. SÓ UM CAMINHO NOS RESTA, SE NÃO QUISERMOS DECLARAR TUDO PERDIDO, ATÉ A PRÓPRIA HONRA! É - na formula e brilhante de Mauras - realizar pela inteligência e pela vontade, com firmeza e nitidez científica, o que os nossos avós realizaram pelo costuma e pelo sentimento. Outra coisa não será senão reatar o fio interrompido pela acção da Quádrupla Aliança na jornada dolorosa de Évora-Monte.
António Sardinha
……………………………….
Evidentemente que para os Liberais, era preciso esconder, era preciso mudar Ourique. Alexandre Herculano, esse infelizmente estava enganado, estava a lutar no lado errado!!!
Alexandre Herculano atacou Panoyas pelo flanco esquerdo, pelo flanco direito e pelo central, mas as tropas patriotas que defendiam Panoyas, não “desampararam precipitada, e vergonhosamente o campo”, retiraram-se e seguiram o caminho de Ourique!!!
Saudações fraternas
Zé Maria
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RE: Padre Marçal José Espada
Caro José Maria
Encontrei o nome de Joaquim José Espada, numa reunião dos patidários do Rei Dom Miguel, onde também esteve o Remechido. Pensei que Joaquim José, pudesse ser o verdadeiro nome, e Padre Marçal, uma alcunha. Ou que talvez Joaquim José Espada e o Padre Marçal José Espada pertencessem à mesma família.
"Os Campos de Ourique e a Serra Algarvia, foram despovoados por ordem dos governos liberais, para poderem combater os patriotas que então apelidavam de guerrilhas, toda a gente que habitasse em Montes, Casais e Quintas, foi obrigada a deixar os seus bens e ir habitar para as localidades.
Quase metade dos campos portugueses ficaram assim ,abandonados e incultos."
Foi quando o êxodo começou. Não foi voluntário, foi forçado.
Talvez nem tivesse sido pleneado pelos Liberais, mas apenas uma decisão circunstâncial, que mais tarde se veio a revelar muito eficaz.
Afinal foi tudo tão simples!
Nem sequer correspondeu a uma necessidade da sociedade. foi uma medida conjuntural. E contudo, foi determinante.
Arrancaram-nos da suas casas e das suas terras, e transformaram-nos em burgueses. A luta pela sobrevivência, fez o resto.
Secaram!
Não é o que acontece ás plantas, quando se arrancam intempestivamente e se quebram as raízes?!
Nalguns ficou a memória, que pouco a pouco se foi esbantendo, com a passagem das gerações.
Noutros, nem isso.
Em muito poucos, a memória persistiu. Transfigurou-se em mil formas diferentes, e teimosamente atravessou milhares e milhares de gerações de células.
Mas também ninguém é perfeito!
Nem a Burguesia Maçónica e Hollywodesca.
Que represena agora, nestes tempos de angústia,, a sua Masterpiece.
O Pano, decorado com um Pelicano de pescoço torcido, e um compasso em Ouro, espetado num olho, abre ao som da "Marselhesa".
De folhos e lenços de renda, com um tricórnio enfiado na cabeça, a Burguesia grita, empoleirada numa réplica de ferro do Cavalo de Troia, em guinchos histéricos de retórica balofa:
"Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e consciência devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade."
Enquanto as patas do cavalo, vão pisando indiscriminadamente tudo e todos, surge D. Pedro, o do Brasil, desalinhado e ladeado por várias jovens, gesticulando furiosamente frente ao Mindelo:
"Portugueses!...Meu único interesse é a Glória e vosso bem...
Ninguém será privado nem da sua vida nem dos seus direitos civis, nem da sua propriedade...
Portugueses!...Não me obrigueis a empregar a força para vos libertar!"
E enquanto o Cavalo de Ferro, vai secando os campos e as gentes finalmente libertas, o Cavaleiro vai-se transfigurando.
O tricórneo é agora um boné de militar, e os folhos são de caqui cinzento, e as medalhas chocalham-lhe no peito, enquanto grita, que os Antigos Códigos em Sânscrito, e o de Ciro, e de Hamurabi são falsos.
No de Ciro, apenas se decreta a Liberdade de Religião, e é abolida a Escravatura.
A Carta de Direitos da Burguesia, é a única que dá aos Povos, a verdadeira Liberdade, porque a Religião é abolida, e a Liberdade Esclavagista Global, é decretada.
Por esta altura D. Pedro, o do Brasil, desaparecera já, submerso por uma chuva de apupos e botinas, na Gala do S. Carlos, enquanto gritava:
"Canalha! Canalha!"
A Orquestra, no fosso, desafinava agora, o Hino da Maçonaria.
Entretanto, num canto do palco, surgira Herculano, de Papillon, Chapéu de Braga e Colar de Fancaria, gritando em Crioulo, enquanto arrastava pela Praia do Mindelo o Visconde de Almeida Garrett, vestido por Galiano e de Colar de Rolhas ao pescoço:
Ourique nunca existiu!
Ourique nunca existiu!
Ao fundo, no grande Ecran, que constitui o único Cenário, em estilo minimalista, os restos dos portugueses, que sobraram da passagem do Século, vão-se amontoando e arrastando por entre os caixotes de lixo, na busca desesperada por cascas ou códeas, que os alimentem.
A orquestra, ensaiava agora um arranjo da Grândola Vila Morena, com acordes pífios da Internacional.
Ao longe, os campos desertos e secos ardem.
Por entre as cinzas, surge o Cavalo de Metal, e o Cavaleiro que o monta, veste agora uma longa Capa Negra.
A voz oculta do Nobel Saramago, vai repetindo em castelhano:
Ourique nunca existiu!
Qurique nunca existiu!
E quando a Orquestra, triunfante, entoa os primeiros acordes do Hino da Alegria...
E o Delfim, vestido por Armani, vai agitando de novo em gestos descordenados, uma disquete de computador, enquanto ensaia com voz de falsete, as primeiras palavras:
Portugueses! O meu único interesse é a Glória e o vosso bem!
São hipócritas os que vos pintam o Governo como inimigo...
Num clarão imenso, os Projectores fundem-se num curto-circuito.
Ninguém é perfeito!
Nem a aristocracia burguesa, nem a burguesia nobilitada.
Saudações
Airmid
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RE: Padre Marçal José EspadaErrata
Deve lêr-se.
...que representa agora, nestes tempos de angústia...
Airmid
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RE: Padre Marçal José Espada
Caro Zé Maria,
Não pude deixar de reparar que se referiu aos meus Lança de Alvalade, que acolheram D. Miguel.
Sabe porventura mais detalhes além do que referiu "Lutando por Panoyas estava não só o Padre Marçalo, estavam milhares de outros patriotas, estava o Remexido, estava o Cabreira, estava o Conde de S. Miguel, cujos ascendentes foram inaugurar o Convento de Mafra, estavam os Lança que deram pernoita e agasalho a D. Miguel, na sua partida para o exílio"? Que luta era essa?
Com os melhores cumprimentos,
Henrique Albino Figueira
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RE: Padre Marçal José Espada
Caro Henrique Albino Figueira
Era a Guerra Civil!!! Dum lado os absolutistas do outro os liberais.
Em Panoyas terra predominantemente apoiante e D. Miguel, fizeram-se algumas manifestações de apoio a Rei absolutista. Uma que merece realce foi o casamento de Joaquim Romão Louro Palmer para comemorar os 3 anos da vinda do Rei da Austria, precisamente a 22 de Fevereiro de 1830. Foi uma semana de bodo que se prolongou até ao S. Romão, santo da devoção do Noivo!!!
Para comemorar os 3 anos do regresso de D. Miguel a Portugal, Joaquim Romão Louro Palmer, um jovem panoniano e miguelista convicto, marcou o seu casamento para uma segunda-feira, dia 22 de Fevereiro de 1830, quando fazia precisamente 3 anos do regresso do seu rei predilecto a Portugal.
Foi uma semana, 7 dias de festa e bobo, desde o dia 22 até ao S. Romão comemorado a 28 de Fevereiro! Ou não fosse o Glorioso S. Romão, o Santo mais popular daquela região do Campo de Ourique e Algarve.
O Glorioso Santo “romanus abbade moritur in agro Aurichiensi in Lusitania, oppidoque Pannonijs, “ contemporâneo de S. Martinho do Dume.
S. Romão padroeiro dos lavradores e S. Fabião padroeiro dos fazendeiros, (eleito Papa por obra e graça do Espírito Santo), coexistiram pacificamente lado a lado durante séculos, em Panoyas.
O Noivo tinha as suas raízes em Panoyas e Messejana e a Noiva em Mértola e Tavira. (Ou melhor ambos os noivos tinham as suas raízes em Panoyas, na sua avoenga, Francisca da Silva do Espírito Santo.)
A noiva deste casamento de Panoyas era D. Mariana Rosa de Aragão e Brito, filha do Capitão-mór Sebastião José Teixeira de Alcoutim, também este, um miguelista convicto, e de D. Mariana Antónia d'Aragão. D. Mariana Rosa de Aragão era neta paterna de José de Brito Magro, capitão-mór de Ordenanças de Alcoutim, que lutou juntamente com o alcaide-mór de Panoyas, contra Junot, tendo o mesmo em 5 de Agosto de 1808, apoiado a Junta de Resistência de Alcoutim com 200.000 réis, assim como ter ordenado o envio de 400 voluntários de Portimão para defenderem Panoyas e S. Tiago do Cacém no Campo de Ourique, terras que tinham sido de D. Vataça. A Noiva era natural de Tavira e encontrava-se internada no Convento de S. Bernardo naquela cidade algarvia, como todas as noivas de Panoyas, também ela levou três dias e três noites a ataviar-se para o seu casamento.
Tal como Santa Clara de Assis quando se foi encontrar com São Francisco, também D. Mariana não foi capaz de tirar o seu manto de franciscana para se ir encontrar com o seu noivo que a esperava ansiosamente em Panoyas. Durante três dias e três noites com outras donzelas suas (noviças) amigas que também lá se encontravam internadas no Convento, não conseguiu ataviar-se a horas. Estava mesmo já decidida em levar por baixo do manto, o seu vestido de noiva, adornada com as jóias, foi quando no silêncio da última noite, atrasada que já estava entre o vestir e o despir, (não ía aparecer embrulhada num manto ou numa esteira de empreita!) decidiu enviar um mensageiro com uma sua procuração bastante para se puder casar sem estar presente fisicamente. Logo às primeiras horas do romper da aurora, um mensageiro partiu veloz num cavalo branco, pela estrada no sentido de Corte Figueira, para atravessar a Serra Algarvia, pelas Cortiçadas, e atingir o Campo de Ourique. Na Villa de Panoyas encontravam-se já a maior parte convidados para a cerimónia religiosa e para o repasto do rico copo-de-água, ou não fosse aquele um casamento da mais alta nobreza de todo o Campo de Ourique. Já eram 2 horas da tarde e esperava-se ansiosamente pela Noiva e os seus convidados que deviam de chegar da Cidade de Tavira, mas em vão, lá ao longe do caminho que vinha de Ourique, descortinava-se apenas um cavaleiro que velozmente e envolto numa nuvem de pó se aproximava velozmente da Villa de Panoyas, chegado ao largo do Terreiro do Paço, onde era hábito se concentrarem os convidados antes de dar entrada para a Igreja, desceu apressadamente do cavalo quase exausto, e antes que entregasse a mensagem, disse logo em voz alta para todos os que dele se aproximavam com curiosidade, a noiva não pode estar presente, mas trago aqui uma sua procuração para que o casamento de realize.
O padrinho da Noiva de Panoyas, era o capitão Joaquim José Palma, vereador da Câmara de Mértola, um convicto da causa Miguelista, procurador às Cortes de 1828 e pai do futuro Visconde de Bouzões, estando já presente entre os convidados que se encontravam no Terreiro do Paço encaminhou-se logo para o mensageiro recebendo das suas mãos a mensagem que era a si dirigida, a qual começou logo por desselar e desenrolar e começou logo por ler ali mesmo no meio da multidão de convidados, enquanto chegavam muitos populares curiosos que tentavam também meter os olhos para ver se conseguiam ler o que estava escrito na dita mensagem. Depois de ter lido a mensagem para si. Parou por um momento e exclamou alto. Meus digníssimos convidados a Noiva não pode estar presente, mas estará certamente com o seu Espírito, Faça-se o casamento para bem de Portugal.
Entre os ilustres convidados da mais alta nobreza fundiária e hereditária do Campo de Ourique houve logo um sussurro porque todos os convidados queriam ver a Noiva, a que o Provedor da Comarca, o Dr. António Teixeira de Sousa Pinto tentou logo acalmar ou não tivesse ele a oratória para dominar multidões, sendo ele um dos Provedores de Comarca a nível nacional, que mais donativos angariava para a causa miguelista, ou não fosse assim, não lhe teria sido concedida pelo rei D. Miguel no dia 28 de Agosto de 1829, a graça de usar a medalha de Ouro com a sua Real Efígie, a qual ostentava ao seu peito por entre os convidados, fazendo como que um desafio ao irmão da Noiva, o capitão Pedro José de Aragão e Brito que também havia sido galardoado com a mesma medalha pelo rei D. Miguel, no dia 13 de Maio de 1825 em reconhecimento pelos serviços prestados durante 5 anos na Guerra Peninsular contra Napoleão, lutando ao lado e sob as ordens do alcaide-mor de Panoyas, o coronel António José de Miranda Henriques, a quem D. João VI no ano de 1811 concedera o titulo de Visconde de Sousel, sendo este mais tarde comandante-chefe das forças miguelistas e que esteve sempre com D. Miguel até à convenção de Évora-Monte. Mas dentre os convidados a quem o Dr. António Teixeira de Sousa Pinto teve mais dificuldade para convencer, foi sem dúvida, as morgadas de Messejana.
O noivo de Panoyas que esperava ansiosamente pela noiva franciscana que imitava Santa Clara, era o capitão Joaquim Romão Louro Palmer, também ele, filho de uma franciscana que esteve internada no Convento de S. Francisco do Torrão, nada menos que filho da ilustre e mui nobre Senhora D. Maria Ritta Palmer Mayard Seixas de Quintanilha que em tempos casara com Inácio José Louro, pai do nubente, um nobre panoniano dos mais ricos e ilustres de todo o Campo de Ourique.
Tal como seu pai, também Joaquim Romão Louro Palmer era um homem de Panoyas e um dos nobres mais rico de todo o Campo de Ourique, a sua fama estendia-se não só a Portugal mas até à Itália donde eram naturais S. Francisco e Santa Clara.
Joaquim, Romão em honra do Glorioso Santo, não renegava a sua terra, nunca deixou de ser um franciscano, tinha muitas riquezas mas bem depressa se despegava delas, para o bem comum. E foi assim que em Tavira, quando para lá foi cumprir o serviço militar, conheceu o capitão e cirurgião-mór José Pedro de Aragão e Brito, o agraciado com a medalha de Ouro por D. Miguel, e que muito se condoía pelos pobres e doentes da guerra, a exemplo como fizera já S. Francisco, foi através dele que conheceu uma sua irmã, D. Mariana que estava internada no Convento de S. Bernardo, da Ordem Terceira do Carmo, convento este mandado construir no tempo dos Corte-Reais, fidalgos da Casa Ducal de D. Diogo de Beja, que descobriram primeiramente a América. O tempo dos descobrimentos portugueses ainda estava na mente deste panoniano e foi assim que conheceu também em Tavira, entre muitos outros, o capitão de Ordenanças, António Vicente Vizetto, um descendente de italianos que se estabeleceu em Tavira como grande armador. Apesar de serem já passados 300 anos das glorias portuguesas no Mundo, Joaquim Romão Louro Palmer e os seus Irmãos de Panoyas, estavam decididos a dar novo rumo as caravelas portuguesas, então impelidas por um vento napoleónico vindo do lado de França, o mesmo será dizer do lado de Espanha, e como de Espanha nem bom vento nem bom casamento, Joaquim Romão estava decidido a casar com uma Noiva natural da região do Sol.
O casamento fez-se mesmo sem a presença física da Noiva, só estava presente o Espírito, que era santo, o seu procurador foi o pai do Visconde de Bouzões, quase toda a nobreza da província esteve presente, a maioria dos miguelistas e mesmo alguns liberais que não sabendo como iria ser o seu futuro viam naquele casamento o protesto para fazerem uma aproximação a fim de manterem o seu “statu quo”. O Rei D. Miguel também deveria estar presente, mas por motivos de estado saúde não pode comparecer….Entre a nobreza estavam D. Tomás de Nápoles e Veiga, primo do noivo, e sua mulher D. Peregrina, este foi um dos primeiros convidados a chegar ao Terreiro do Paço, ele mesmo logo pela manhãzinha, não esperando pelo moço criado da sua casa, foi ao seu ferragial que ficava junto da Horta da Fonte, ceifar a ferragem (o verde) para a sua cavalgadura, um puro lusitano, que lhe ficara de quanto foi Coronel das Milícias do Campo de Ourique, (afim de ficar abastecido durante os dias de cerimónia e festa). Em companhia de seu filho homónimo Tomás de Nápoles, fidalgo da Casa Real, e sua esposa D. Maria da Madre Deus Rafael Saldanha e Castro.
Outro convidado, grande lavrador e proprietário era o capitão, já reformado, José Caetano da Costa que subiu à Vila desde a sua Quinta da Alfarrobeira, que apesar dos seus 78 anos, mantinha ainda um ar jovial e de aprumo, ele não quis deixar de demonstrar naquele dia, todo o seu apoio que nutria pelo Rei D. Miguel, e montado no seu cavalo castanho, subiu da sua Quinta da Alfarrobeira até ao Terreiro do Paço na Vila, vestido a rigor com a sua farda azul e galões dourados que usara quando fora capitão das Ordenanças da Vila, farda essa que ainda tinha guardada com grande estimação num baú, assim como empunhando uma bandeira Real, que sua primeira mulher, D. Mariana Bernarda Teresa quisera por testamento redigido pelo tabelião da vila, José Gonçalves de Sá, que fosse usada durante o seu funeral juntamente com as de todas as confrarias da Matriz, que foram levadas por frades Franciscanos do Convento de Messejana. Assim escreveu o tabelião panoniano,José Gonçalves de Sá, defensor da causa de D. Miguel, que defendeu Ourique nas Cortes de 1828.
“Item disse ella testadora que sendo Nosso Senhor servido de a levar da prezente vida, quer que o seu corpo seja amortalhado num Habito de Sam Francisco, dandosse à Comunidade a esmola acostumada, quer que o seu corpo seja sepultado na Matrix desta Villa,[Panoyas] e que a acompanhem os Padres da Igreja lhe deixa mil e duzentos Reis a cada hum pelo trabalho do acompanhamento desde esta Herdade [Farrobeira] athe a sepultura, quer que lhe xamem mais dois Padres a quem se dará a esmolla do costume, quer que lhe acompanhe seu corpo a Comunidade de Sam Francisco da Villa de Mesejana a quem deixa de esmola pello trabalho de acompanhamento, e officio de corpo prezente que detremina se lhe fassa, quatro mil e oito sentos Reis, quer que a acompanhem todas as cruzes e guioins da Matriz a que se dará a esmolla do costume, também quer que todos os Padres que a acompanhem o seu cadáver e asestirem ao officio de corpo prezente digam Missa pella Alma della testadora, sendo a horas e nom sendo no dia seguinte de esmolla de duzentos e quarenta Reis.
Item disse ella testadora que Roga ao Senhor Provedor da Santa Caza da Mizericordia lhe queira acompanhar o seu corpo mandando-o conduzir desta Sua morada athe a sepultura na Tumba da mesma Santa Caza com asestencia da Irmandade e levarem a bandeira Real e Dará segundo se costuma, lhe deixa de esmola trez mil e duzentos Reis.”
E o capitão como bom testamenteiro que foi de sua primeira mulher, D. Bernarda, passados que eram já 30 anos, ainda por lá continuava a empunhar a Bandeira Real, em sua memória.
O Capitão José Caetano da Costa era assim no Terreiro do Paço a atenção de todos os outros convidados, que o admiravam pela sua longa juventude, acompanhavam-no também em cavalgaduras, a sua esposa do seu terceiro casamento D. Margarida Teresa [Loução] Fortes, assim como os seus filhos, Bernardo António da Costa, alferes e depois capitão que foi em Elvas, filho do seu primeiro matrimónio; Jacinto Chaveiro da Costa, filho do seu segundo casamento com D. Ana Chaveiro Raposo, e afilhado do Capitão-mór Jacinto Pais de Matos; assim como os seus dois outros filhos mais novos do seu último casamento, mas que já se regiam como emancipados desde o ano de 1822, José Caetano da Costa e Silva de 24 anos de idade, já ordenado em Ordens Menores, que irá mais tarde ser Prior da Vila de Panoyas, e Manuel Caetano da Costa de 22 anos de idade, que casou com D. Mariana Parreira Espada de Alvalade. (Irmã do celebre padre Marçal José Espada?) filha do capitão do Regimento de Milícias a cavalo, Anacleto José da Silva, camarada do mesmo regimento do morgado de Panoyas, D. Miguel da Câmara Maldonado.
António Mestre Guerreiro Afilhado de Aboim, que irá ser nomeado por D. Miguel a capitão das Ordenanças da Vila, em 13 de Dezembro de 1830, também não quis deixar de estar presente na cerimónia, como descendente que ainda era dos primeiros Aboins que nos tempos de D. Afonso III foram feitos Senhores de territórios no Campo de Ourique, este não foi preciso partir do Carrascal, herdade que trazia arrendada ao Morgado de Messejana, porque tinha casa de moradia mesmo no meio do Terreiro do Paço, para puder assistir à festa. Acompanhavam-no a sua irmã Maria Inácia Guerreiro de Aboim e o seu irmão Barnabé Guerreiro Afilhado de Aboim, moço solteiro que se casará no próximo dia 10 de Junho daquele mesmo ano com D. Maria Joana de Panoyas, e terá como padrinho o seu irmão António Mestre Afilhado e o Reverendo Francisco Marques Pereira Jorge, beneficiado da Matriz.
O capitão do Regimento de Milícias do Campo de Ourique, Tomé António da Costa que foi graduado em capitão 17 de Dezembro de 1798, pela reforma do capitão José Caetano da Costa, também ele deixou a sua labuta na herdade da Cabeça do Marco, que trazia arrendada ao Convento de Alferrar dos Paulistas da Serra da Arrábida, (convento fundado por Mendo de Oliva, amigo do Infante D. Fernando, duque de Viseu e Beja) por renda de moio e meio de trigo e uma marrã de confiança (ou doze bácoros) para poder vir passar uns dias na sua moradia da Rua da Cruz, para melhor acompanhar os acontecimentos. Em sua companhia vinha a sua filha D. Francisca Amélia da Costa e seu marido José Tomás Neto Serrão, moradores na Vila, e o seus filhos João António da Costa e José António da Costa, deste último descenderá José Julio da Costa?, um outro militar e grande agrário que (mais tarde) no tempo da república serviu de medianeiro entre o governo e assalariados do Vale de Santiago, que se encontravam em greve, foi traído na sua honra e por isso assassinou o Presidente da Republica, Sidónio Pais.
Do Reguengo vieram os primos e padrinhos de baptismo do Noivo, o capitão João António de Matos Sousa Palermo e o seu irmão António José de Matos Sousa Palermo, procurador do comendador de Panoyas, filhos de Afonso de Matos Sousa Palermo, sargento-mor que foi das Ordenanças da Vila de Panoyas e vilas anexas, ambos primos do capitão-mór Jacinto Pais de Matos. Em companhia de António José de Matos Sousa Palermo, procurador bastante do comendador da Vila de Panoyas, vinham a sua esposa D. Ana Gertrudes Parreira Lança, de cujo casamento realizado na Igreja de S. Romão, tinham sido padrinhos respectivamente o capitão-mór e José Inácio Louro, o pai do Noivo, e seu cunhado Joaquim António Parreira Lança do Carvalhal, de Alvalade. Ficaram hospedados durante a cerimónia nas casas de seu pai na Rua da Igreja, compostas de casa fronteira com seu sobrado, salão e alcova, corredor, quintal, celeiro e cavalariça, casas essas situadas na banda sul da rua da Igreja, defronte da Câmara, e que foram depois mais tarde vendidas por António José de Matos Moreira e a sua irmã D. Teresa Francisca de Matos Correia, casada com António de Lemos Mascarenhas de Sousa, capitão da 3ª Companhia do Batalhão de Voluntários Realistas de Beja e Sargento-mór das Ordenanças, que irá a 27 de Setembro de 1831, em reunião da Câmara de Beja, dar o seu apoio ao Rei D. Miguel.
Do Soveral, veio o capitão António de Mira Franco, filho de Manuel Luís Franco, e de Maria Jacinta Fernandes Colaço, de Castro Verde, filha do capitão Manuel Rodrigues Mangas e de Iria Mestre, ambos de Mértola, que casaram em Panoyas, tendo a cerimónia sido realizada e abençoada pelo Revº. Dr. António de Almada Pereira de Guevara e Macedo, Comissário do Santo Ofício e Prior de Messejana, por licença do Prior de Panoyas Dr. Manuel Soares Velho. Manuel Luís Franco, Provedor que foi da Santa Casa da Misericórdia da Vila de Panoyas, e primo co-irmão de Dona Maria Inácia Franco que fora casada em primeiras núpcias com o capitão José da Silva Gamito Canhestro da Fonterrata e em segundas núpcias com José do Monte Mira, de Vila de Frades. Era também ainda tio da noiva, por ela ser filha de sua irmã Em companhia de António Mira Franco, vinham ainda como convidadas, a sua mãe, D. Maria Jacinta Fernandes Colaço, já muito velha e doente, que se andava a tratar com o Dr. Barrasquinho, médico do partido da Vila de Messejana, assim como as suas duas irmãs, D. Inácia Rosa Matos Franco, casada com Bernardino José da Silva Linhares, Oficial Ajudante do Número, filho de João Henriques Colaço e de Joana da Rosa dos ( Giões?), e a outra irmã, D. Ana Jacinta Colaço Franco, casada com Álvaro José de Mira Brito, filho de José de Mira Brito e de D. Maria Salazar de Alorna, que tiveram como testemunhas de casamento o Capitão-mór Jacinto Pais Matos de Santa Luzia e o Sargento –mór Afonso de Sousa Palermo, do Reguengo. Ambas as irmãs de António Mira Franco, amparavam a mãezinha, que fazia muito gosto em assistir a este casamento de Panoyas, o último, dizia ela!
Da Laborela, veio Inácio José de Vilhena, procurador da vila de Panoyas às Cortes de 1828, em companhia de sua esposa, a Excelentíssima Senhora D. Joana Maria Chaveiro Raposo, que tinha ficado viúva de Vicente Sobral da Laborela, que depois casou em 2ªnúpcias no dia 13 de Maio de 1813 na Igreja de S. Romão, filial da Matriz da Vila de Panoyas. Inácio José de Vilhena a quem o Rei D. Miguel reconhecendo os seus préstimos em prol da sua causa irá promover a capitão de Ordenanças da Vila Panoyas e Messejana a 19 de Maio deste mesmo ano de 1830. D. Joana não quis deixar passar este dia de festa muito especial na Vila de Panoyas, sem colocar o seu cordão de ouro e os seus brincos de diamante e uma grande cruz de oiro ao peito e o seu vestido com botões de ouro e seus sapatos com cadeados de ouro. Em sua companhia vinha o seu afilhado António Pereira Vilhena, (que irá mais tarde servir em Moçambique a mando de Freire de Andrade e Paiva Couceiro, regressando à metrópole com o Gungunhana)
Da Herdade da Bouzana veio o capitão José Lourenço Lobo, filho do falecido capitão das Ordenanças da Vila, Manuel Lourenço Lobo, e afilhado do capitão-mór reformado Jacinto Pais de Matos. Vinha em companhia da sua esposa D. Sebastiana Antónia Vilhena do Malha–Ferro e das suas filhas.
Da Corte de S. Romão veio o capitão Cabrita de Paderne intimo amigo do Remexido, que andava a pensar já acampar as suas tropas no Campo de Ourique, o qual já tinha comprado terreno para construir moradia junto da Corte, pelo que já tinha comprado terreno para esse fim a … pela quantia de … reis pois que os homens do Remexido, General de D. Miguel, tinham que estar bem posicionado para controlarem o Regimento dos Auxiliares do Campo de Ourique.
Da Ferraria chegou o capitão António Mestre Pessanha com a sua esposa D. Maria Coelho (Palma?) e filhas, para passarem a semana de festa nas suas casas de moradia na Vila, e assistirem ao casamento. António Mestre Pessanha, como bom cristão que era e em honra dos seus antepassados já tinha feito testamento aberto para que quando morresse fosse amortalhado no hábito de S. Francisco. E seria sua vontade ser conduzida do seu Monte até às suas casas de moradia na Villa Panoyas, na tumba da Misericórdia por quatro homens a quem se daria 240 réis a cada um. E da sua casa até à Igreja seria sua vontade que fosse acompanhado por todas as cruzes e guiões pertencentes às confrarias da Igreja Matriz de S. Pedro, Príncipe dos Apóstolos, e acompanhado por seis padres das ditas suas casas até à dita Igreja Matiz, e desejava que do seu Monte até à sepultura o acompanhassem vinte mulheres pobres a quem se daria a cada uma 150 réis. Seria também sua vontade deixar missas aos Santos da sua veneração. Para os seus vários afilhados que se lhe desse uma borrega a cada um mas ao seu afilhado José, filho de José Diogo, se desse uma bácora. Nomeara suas herdeiras, as suas filhas Maria e Teresa e a sua mulher Maria Coelha por testamenteira.
Do Penedo Gordo, Herdade do termo de Panoyas, vieram o ex-juiz de Fora, Gervásio de Carvalho de Miranda e a sua esposa D. Mariana Barbara Guerreiro de Brito, onde nesse mesmo Monte e Herdade no dia 30 de Dezembro de 1808, tinham celebrado escritura de contrato de casamento com cláusula se no caso de não haver filhos, ficarem os bens que eram de cada um como antes do casamento, que teve como testemunhas o Reverendo Padre João Sérgio da Silva Gago e Alexandre Joaquim Gago, ambos da Vila de Panoyas. D. Mariana haveria de salvaguardar os seus bens pois ela além desta herdade do Penedo Gordo, era proprietária de várias, entre as quais estava a Herdade do Monte Novo do Castelão no termo de Odemira, que pagava anualmente de foro remível 4.000 réis à Confraria de Nossa Senhora do Rosário da Igreja de São Martinho das Amoreiras, que tinha como procurador, Jacinto António Gago de Panoyas para os cobrar.
Do mesmo Monte e Herdade veio António de Almada Pereira, escrivão que tinha sido da correição da Comarca do Campo de Ourique, agora aposentado por doença. António Almada Pereira era descendente de uma família vinda de Tavira e Santo André que se fixou em Panoyas do qual descende o grande escritor e pintor modernista Almada Negreiros.
Da Rua do Espírito Santo acompanhado com a sua esposa D. Ana Teodora Martins de Macedo veio como convidado Alexandre Joaquim Gago a quem o Rei D. Miguel por provisão fêz escrivão da Câmara e mais tarde tabelião do Judicial e Notas da Vila de Panoyas. Quando escrivão da câmara transcreveu de “Verbo ad verbum” o livro do Lançamento do Novo Regimento dos Verdes da Vila de Panoyas. Esta transcrição fiel do velho livro do tempo de D. João V, é ainda considerada uma obra de arte pelo estilo (cursivo) de caligrafia que o autor imprimiu à sua obra, encontrando-se o livro presentemente no Museu Etnográfico de Messejana. Em companhia de Alexandre Joaquim Gago vinham além da sua esposa D. Ana Teodora de Macedo, a sua filha D. Antónia uma donzela de 18 anos, assim chamada por ser afilhada de D. Antónia Bernarda de Andrade da Gama e Pina, nora do capitão-mór Francisco Parreira de Vilhena.
Da mesma Rua do Espírito Santo, onde tinha a sua casa de aposentaria, veio o Reverendo Dr. Juiz da Ordem, da Comarca do Campo de Ourique, Caetano Gomes Leitão, e o seu escrivão Manuel Guerreiro Contreiras. Casas onde a 18 de Dezembro de 1829, tinha o referido Dr. Juíz da Ordem nomeado Jacinto Chaveiro da Costa, fabriqueiro interino da Igreja Matriz da Vila de Panoyas, por motivo de José Inácio Louro, pai do Noivo, não querer continuar a servir no cargo. Ficando assim, a partir desta data, o filho do capitão José Caetano da Costa responsável pelo cofre da fábrica, bem como a dar conta fielmente de tudo o que nele se achar.
Da Rua da Igreja vieram os pais do Noivo, José Inácio Louro e a sua esposa D. Maria Rita Palmer., assim como os seus filhos, irmãos do Noivo: António de 23 anos, que teve como padrinhos de baptismo o capitão-mór da Vila, Jacinto Pais de Matos e o Meritíssimo Dr. Juiz da Ordem Manuel Soares Velho. José Inácio Louro, era um proprietário de sucesso (com a graça de S. Fabião) tinha já adquiridas mais de 11 herdades só no concelho de Panoyas, e entre muitas outras, a Herdade dos Elvas (Aldeia dos Elbas), a Herdade dos Escanhados no termo de Messejana, a Herdade dos Brancos em Casével que comprou a 20 de Agosto de 1818, ao Alferes Pedro Tomás Branco, morador em Aljustrel, (militar do Regimento de Évora que se reformou com a patente de capitão em 4 de Agosto de 1828) pela quantia de 268.800 réis mais 53.760 réis de sisa, esta mesma herdade no ano de 1833, pertencia já a sua filha D. Rita Maria Palmer que era casada com (o alferes) Jacinto Pais de Matos, a quem Sua Majestade El-Rei D. Miguel em resolução de 8 de Fevereiro de 1832, tomada por consulta do Conselho de Guerra, houve por bem promover a capitão da 2ª companhia de Ordenanças de Castro Verde, O Vale de Rodrigo em Colos, Herdade de Vale Longo de Baixo, adquirida em 1815 pelo pagamento da dívida 415.000 réis que José Martins seu proprietário, lhe era devedor pela compra de uns porcos; em 1817 comprou a Herdade das Pias ao Alferes Granadeiro do Regimento de Milícias do Campo de Ourique, Joaquim António Parreira, de Alvalade, pela quantia de 480.000 réis tendo pago mais 96.000 réis de sisa,
De Lisboa, do seu palácio no Bairro do Mocambo, próximo do Antigo Convento dos Santos Mártires Veríssimo, Máxima e Júlia, (Santos-o-Velho) vieram como convidados, o Visconde de Sousel, António José de Miranda Henriques, alcaide-mor e comendador da Vila de Panoyas, e Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Corte, de El-Rei D. Miguel, em sua companhia vinha a sua esposa, a Viscondessa de Sousel, D. Joana Maria do Resgate de Saldanha da Gama, que já trazia prontos, 24 capotes para oferecer gratuitamente às tropas miguelistas, assim como o administrador da sua Casa, o Juiz Desembargador Joaquim Gomes Teixeira, cavaleiro da Ordem de Cristo. O visconde de Sousel não queria assim perder a oportunidade de apoiar D. Miguel na terra de que era seu alcaide-mór e comendador, a exemplo como já o fizera em Lisboa quando esteve no Senado entre outras altas individualidades que apoiaram D. Miguel a Rei de Portugal. Na comitiva do comendador vinha também além da sua filha, D. Ana Joaquina Maria do Resgate Miranda Henriques, o conde da Bobadela, seu marido, assim como um primo de sua filha, Manuel de Saldanha da Gama de apenas 10 anos de idade, que o casal trouxera de Lisboa para vir conhecer o Alentejo. Por coincidência do destino, este primo da Senhora de Panoyas, terá depois uma filha D. Maria Luisa de Saldanha da Gama, baronesa de Marinho, que será madrinha de baptismo de D. José Xavier Teles da Gama, Marquês de Niza e Conde da Vidigueira, realizado na Igreja Matriz de S. Pedro de Panoyas, e nascido precisamente no dia de S. João de 1877 nestas mesmas casas do Comendador em Panoyas, onde se hospedara a família Miranda Henriques convidada para o casamento de Joaquim Romão Louro Palmer, casas situadas também elas na Rua da Igreja, que confinavam a sul com as do morgado de Almodôvar. Em Lisboa na Igreja de Santos-o-Velho, (onde Cristóvão Colombo assistia à missa), também se casará mais tarde, D. Maria Mendes natural de Panoyas com o Conde da Vidigueira e Marquês de Niza, tudo gente nobre e vizinha do Bairro de Mocambo, hoje conhecido por Madragoa, onde a partir do século XVI devido à presença da Paço Real naquele aprazível lugar junto ao rio proporcionou a construção de casas senhoriais e de conventos, entre os quais se realça o Palácio dos Duques de Aveiro, descendentes de D. João II.
Também de Lisboa, mas do Largo dos Anjos, (Bairro da Mouraria) veio D. Miguel José da Câmara Maldonado, que foi capitão do Regimento de Voluntários Reais de Milícias a Cavalo, morgado de Panoyas e vedor da Chancelaria Real e a sua filha Feliciana Micaela Maldonado casada com Bernardo Murzelo Falcão, (irmão dos anteriormente citados). Com esta comitiva de Lisboa era para ter vindo o rei D. Miguel, mas que por motivo muito grave de saúde não pode estar presente fisicamente em Panoyas.
De Tavira veio Tomás Cabreira com a sua esposa D. Ana Paula Vizetto, filha de António Vicente Vizetto, armador e capitão das ordenanças daquela cidade algarvia. Em companhia de D. Ana Vizetto vinham os seus pais António Vicente Vizetto e Catharina Máxima do Espírito Santo, o seu irmão Joaquim Vizetto e a sua irmã D. Teresa Paula Vizetto com o seu marido Vicente da Fonseca Pimentel Penela e Gusmão, vereador do Senado de Tavira, que era ainda primo do Noivo de Panoyas, pela parte de seu avô materno Joaquim Romão da Veiga e Gusmão, que teve o Ofício de Escrivão da Câmara e Órfãos da Vila da Messejana, por carta de 20 de Fevereiro de 1780. Nesta comitiva de Tavira também viera a mãe de Vicente Gusmão, D. Brites Pimentel, que foi subprioreza da Ordem Terceira do Carmo, em Tavira e ainda José Agostinho Estácio da Veiga, que foi Cavaleiro-fidalgo da Casa Real, e um fervoroso partidário do Rei D. Miguel e esforçado militar que lutou ao lado do alcaide-mór de Panoyas e do irmão da Noiva de Panoyas contra os invasores franceses.
Tomás Cabreira era então capitão de uma Companhia (a mesma de Bernardo António da Costa de Panoyas) do Regimento de Infantaria de Elvas, que mais tarde a 27 de Fevereiro de 1832, por ordem de D. Miguel será graduado em Major do Regimento de Infantaria de Tavira, terra Natal de sua mulher D. Ana Paula Vizetto, amiga e parente da Noiva de Panoyas, ambas estiveram internadas no Convento de S. Bernardo. Em companhia de Tomás Cabreira, daquela Praça Forte do Alentejo, veio também o já citado capitão António Bernardo da Costa de Panoyas, que mais tarde lhe arrendará a Herdade da Ferraria, herdade contígua à Farrobeira, que Tomás Cabreira herdara de seu tio Gil Vaz Curvo de Cabreira, de Castro Marim. Esta Herdade da Ferraria já tinha sido de Pedro Gomes de Brito e Belchior de Brito Álvelos, possivelmente descendentes de Fernão Gomes de Brito, o que sucedeu ao Infante D. Henrique na navegação e comércio da costa africana, a quem pertenceram todas aquelas terras a poente da Vila de Panoyas.
De Elvas, e em companhia de Bernardo António da Costa de Panoyas e Tomás Cabreira, veio também Ludovico José da Rosa, que era major do Regimento e que depois a 23 de Junho de 1832, também foi transferido para Tavira.
Da Aldeia da Conceição veio o capitão José Inácio Lança, genro de José Nobre da Conceição, um lavrador de sucesso que já comprara várias propriedades no termo da vila de Panoyas, acompanhado de sua esposa D. Joaquina Angélica Nobre, e do seu irmão homónimo José Inácio da Lança casado com D. Matilde Barbara Palma, neta do padrinho da Noiva de Panoyas, assim como o Padre Torres da Aldeia da Conceição, seu intimo amigo.
De Ourique vieram José Gonçalves de Sá, natural de Panoyas, que teve como padrinhos de baptismo o Beneficiado da Matriz, António Mestre Afilhado e D. Mariana Parreira filha do capitão Francisco Parreira de Vilhena, casada com Miguel Gomes Deniz de Panoyas. José Gonçalves de Sá desempenhava os ofícios de escrivão da Câmara, tabelião, e Monteiro-mór e foi eleito Procurador às Cortes de 1828, acompanhavam-no a sua esposa D. Mariana Bernarda Joaquina de Abreu e seus filhos Salvador Rodrigues Peixeiro, Manuel Gonçalves de Sá e José Gonçalves de Sá, todos clérigos que já haviam recebido as Ordens Maiores, que aproveitaram esta oportunidade para passarem uns dias na Vila de Panoyas em casas de seu pai e avô Manuel Gonçalves de Sá e do seu irmão e tio Pedro José de Sá, que era avaliador do concelho.
Daquela Vila veio também, Marcos Loução Fortes, que foi Alferes, Capitão e Sargento-Mor de Ordenanças, casado com D. Maria Inácia Guerreiro de Aboim, natural de Panóias, irmã de António Mestre Guerreiro de Aboim, que era então juiz Ordinário na Vila de Panoyas, vinha também em sua companhia o seu compadre o Dr. José Francisco Parreira de Vilhena, e a sua esposa D. Antónia Bernarda de Andrade da Gama e Pina, que foi padrinho da sua filha Inácia.
De Castro Verde chegou o capitão-mór das Ordenanças, António José Maria Moreira de Matos, (filho do coronel de Cavalaria, Jacinto Pais de Matos do Reguengo) que no ano de 1814, vendera a José Inácio Louro, pela quantia de 200.000 réis as partes mistas da Herdade da Fonterrata, como procurador que tinha sido de Manuel Luís Franco, viúvo, herdeiro da dita Herdade por parte de sua tia materna D. Maria Inácia Franco. Em sua companhia vinham a sua esposa D. Alexandrina Rosa Balbina Franco; e os seus filhos, José Joaquim Moreira de Matos Franco, que tinha sido ordenado sub-diácono em 1827 e Jacinto Pais Matos Franco que recebeu ordens menores em 1819, mas renunciou ao sacerdócio e casou com D. Maria Rita Palmer, natural de Panoyas e irmã do noivo. Jacinto Pais de Matos Franco, cunhado do Noivo, era alferes de Ordenanças, depois, em Fevereiro de 1832, por resoluções tomadas em Conselho de Guerra, sua majestade el-Rei D. Miguel achou por bem promovê-lo a capitão da 2ª companhia de Ordenanças de Castro Verde.
De Santiago do Cacém chegou Torpes de Mello e a sua irmã D. Maria Madalena de Mello, donos do Brejo, desta vila veio também o Capitão-mór de Ordenanças de S. Domingos e Vale de Santiago, João Beja Falcão e a sua esposa D. Barbara Joaquina Fortes, prima da mulher do capitão José Caetano da Costa de Panoyas, traziam também a sua filha D. Mariana Lúcia Beja Falcão, casada com João Pedro Resende Lopes, destes irá nascer em Odemira, José Maria Lopes Falcão que irá casar com uma filha de José Inácio Lança da Torre Vã que também se encontrava no casamento em Panoyas. Ficaram todos hospedados na casa do seu compadre capitão Tomé António da Costa, pois era padrinho do seu filho João António da Costa de 29 anos de idade.
De Beja veio João António Guerreiro d' Aboim Leitão de Aguiar Cordes, Coronel do Regimento de Milícias de Beja. Administrador do morgado de Almodôvar, que tinha solar na Rua da Igreja e duas herdades no concelho de Panoyas. A Herdade da Cruz da Pedra andava arrendada ao capitão Tomé António da Costa e a do Monte Branco, no dia 10 de Agosto de 1815 tinha-a arrendado ao capitão António José de Matos Moreira de Panoyas, juntamente com a Herdade da Hortinha. O seu solar na vila situava-se na Rua da Igreja, mesmo em frente das casas de moradia dos pais do noivo, casas estas, que para a festa de casamento, o morgado lhes cedeu gentilmente para que houvesse espaço para poder albergar os numerosos convidados que afluíram à vila. (Ainda no meu tempo de menino lhe chamavam as casas do morgado Lino). O Morgado em apoio à causa de D. Miguel, ofereceu uma parelha para o Serviço dos Parques de Artilharia, parelha de mulas essas que ficaram nas suas cavalariças da Vila de Panoyas, às ordens do Remexido.
De Beja e em companhia do Morgado de Almodôvar, veio também José Maria Cordovil de Barahona, alferes da companhia de cavalaria do Batalhão de Beja dos Corpos de Voluntários Realistas de Beja, que o rei D. Miguel irá promover a 15 de Junho de 1832.
Da Rua do Espírito Santo veio Francisco Máximo Borja Gago, admitido que tinha sido a Ordens Menores, quando tinha 22 anos de idade, mas agora prior em Santana da Serra e administrador de uma capela do panoniano, Manuel Gomes Raposo, fidalgo da Casa Real e capitão de uma companhia de Infantaria que lutou nas fronteiras, durante a Guerra da Restauração.
De Mértola veio Manuel Coelho Palma, Alferes da 4ª Companhia do Batalhão de Mértola dos Corpos Voluntários Realistas, afectos ao governo de D. Miguel, criado por decreto de 26 de Maio de 1828, que visava reunir elementos não pertencentes à 1ª linha do Exercito, com idade até 50 anos, em companhia deste militar miguelista vinha a sua esposa D. Teresa de Jesus e sua irmã Rosa Maria da Palma, todos eles donos da posse da Herdade dos Penilhos de Cima, no termo da Vila de Panoyas. Vinha também a D. Matilde Barbara Palma, sobrinha do padrinho do noivo de Panoyas, casada com José Inácio Lança, um primo homónimo de José Inácio Lança da Torre Vã, os quais terão depois uma filha, Cecília Perpetua Lança que se irá casar com Joaquim da Lança Nobre Falcão, um neto do Inácio José da Torre Vã.
Era a Guerra Civil!!! Dum lado os absolutistas do outro os liberais e passados 3 anos travou-se uma grande batalha em Panoyas, enquanto a cidade de Lisboa foi tomada pelos liberais sem único tiro, na Vila de Panoyas travou-se uma batalha a 14 de Agosto de 1833, houve muitos mortos e feridos e assim os Liberais entravam vitoriosos na Vila de Panoyas e inauguravam um novo cemitério. Na vila de Panoyas e em todo o Portugal!!!
A vila de Panoyas foi arrassada e o seu concelho degolado!!!
-O pai da Noiva de Panoyas o capitão Sebastião José Teixeira foi fuzilado, e enterrado no cemitério do convento do Carmo de Tavira.
-O Tomás Cabreira foi morto na cadeia.
-O alcaide-mór de Panoyas foi deposto de todos os cargos políticos e militares que tinha, aquando se rendeu em Évora-Monte.
-O capitão Tomé António da Costa, morreu em 1836 e foi a enterrar no cemitério de Panoyas, feito pelos liberais não se podendo enterrar nos jazigos da familia na Igreja Matriz, foi mesmo recusado pelo prior de lhe administrar os sacramentos.
-O conde de S. Miguel, devido à perseguição dos liberais a sua Casa foi à falência e o titulo foi extinto.
-O morgado de Panoyas, D. José Da Camara Maldonado, perdeu a chancelaria real, que já estava na familia desde o rei D. João IV
-António Mascarenhas de Sousa, casado com D. Teresa da Lança Parreira do Reguengo, a 18 de Julho de 1833, foi obrigado pelas tropas liberais a assinar um auto da Câmara de Alvalade a apoiar os liberais.
-O seu tio Joaquim António da Lança Parreira, do Carvalhal por ter acolhido D. Miguel na sua casa em Alvalade, acabou por perder todos os cargos nobres que tinha naquela vila.
- Os Palermos perderam todos os cargos nobres que tiveram na vila.
- Joaquim Romão Louro Palmer acabou por perder todos os cargos nobres que tinha na Vila, mas ganhou uma noiva, A Noiva de Panoyas!!!
Com tantas pessoas citadas não sei se conseguirá ver os seus Lanças de Alvalade que deram pernoita e agasalho a D. Miguel, na sua partida para o exílio.
Com os melhores cumprimentos
Zé Maria
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The Templar Code
Documentary : Decoding The Past - The Templar Code - Pt 1
http://www.guba.com/watch/3000095481?category_id=460&duration_step=0&filter_tiny=0&pp=40&sb=5&set=-1&sf=0&size_step=0&o=338&sample=1249599517:e09c9a46fac177e532da595f382b77df7252e146
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Decoding The Past - The Templar Code - Pt 2
http://www.guba.com/watch/3000095483?duration_step=0&fields=8&filter_tiny=0&pp=5&query=1074341&sb=7&set=-1&sf=0&size_step=0&o=2&sample=1249599577:97ccb5fa5bd9ff8da0352f9f4e3dfe1165eb0465
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José Manuel CH-GE
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RE: Padre Marçal José Espada
Caro Zé Maria
Boa noite!Esta tarde estive a consultar a obra REBELDES E INSUBMISSOS -Resistências Populares ao Liberalismo (1834-1844)de Maria de Fátima Sá E Melo Ferreira e quem me havia de dizer que a culminar teria tão boa leitura deste seu contributo que acabei de ler com tanta satisfação.Também por muitos nomes que me são familiares e ligados a minha família.
A informação que aqui colocou é deveras valiosa para mim, em particular. Bem haja.
Admiro os conhecimentos que tem sobre a região da antiga comarca de Ourique.
Vem a propósito referir que a casa do meu avô Manuel Guerreiro, do Castelo, freg. de Santana da Serra foi toda confiscada pelo governo liberal,apenas ficou a herdade do Castelo, onde residia.
Um grande abraço do amigo
Rafael
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RE: Padre Marçal José Espada
Caro Zé Maria
Lembrei-me agora de referir, vem a propósito dizer-lhe que possuo um Crucifixo e um sabre de cavalaria que pertenceu ao "tio" Barnabé Guerreiro Afilhado Camacho de Aboim que foi grande lavrador e senhor da casa do Vale de Loulé, freg. de São Barnabé e que o Rev.º Padre Francisco Máximo Borja Gago é avô da tb.minha prima Josezinha Maximina Borges Gago casada com Augusto Duarte Guerreiro, primo-irmão de meu pai,com descendência.
Rafael
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RE: Lanças de Alvalade
Caro Zé Maria,
Obrigado por todas as achegas que deu.
Efectivamente os meus Lança Parreira são os de Alvalade (e da Herdade do Carvalhal, que ainda hoje está na minha família). As suas convicções miguelistas ainda hoje estão presentes na memória da família, bem como o talher de prata que D. Miguel deixou em Alvalade.
Contudo, esclareça-me o seguinte: quando diz "Joaquim António da Lança Parreira, do Carvalhal por ter acolhido D. Miguel na sua casa em Alvalade, acabou por perder todos os cargos nobres que tinha naquela vila" não estará a fazer confusão? Os dados que tenho é que quem recebe D. Miguel na sua casa é o Capitão José da Lança Parreira e Luis da Lança Parreira, seu filho (meus 6º e 5º avôs, respectivamente). Este Joaquim António seria quem?
E D. Teresa da Lança Parreira do Reguengo, casada com António Mascarenhas de Sousa a 18 de Julho de 1833? Seria uma das filhas de Luis da Lança Parreira casado em 1 de Maio de 1821 com D. Teresa Luisa Parreira da Lança?
Se me puder ajudar, desde logo obrigado.
Com os melhores cumprimentos,
Henrique Albino Figueira
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RE: Lanças de Alvalade
Caro Henrique Albino Figueira
Eu tenho a Teresa da Lança Parreira como sendo prima de Luís da Lança Parreira e sobrinha de José da Lança Parreira, de Joaquim António Parreira da Lança do Carvalhal e do Padre João António Parreira da Lança, portanto sendo estes irmãos de sua mãe Ana Gestrudes da Lança Parreira.
Está confirmado por documentação coeva que foi na casa de Alvalade que os Lança Parreira deram efectivamente estadia a D. Miguel, ou seria na Herdade do Carvalhal?
Você tem algum ascendente destes Lanças chamado Simão Fernandes cc. Domingas Teresa?
Sabe-me dizer quem é a outra Ana Gestrudes da Lança Parreira que casou com André Parreira em Alvalade no ano de 1858, que tiveram como testemunhas o Padre José da Lança (Parreira), Prior de S. Domingos e João Nobre de Sousa de Messejana? E quem são o casal José da Lança Parreira e D. Maria Felizarda em 1852? Agradecia caso soubesse, de me acrescentar algo.
Com os melhores cumprimentos
Zé Maria
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RE: Lanças de Alvalade
Caro Zé Maria,
Passo a fazer saber a minha genealogia desde o meu 8º avô (Lança e Parreira):
- Luis Fernandes Pinto, natural de São Romão do Sado (S.R. do S.) c.c. Mariana Lança, nat. Santa Vitória, Beja. Tiveram:
- Simeão (Simão) Fernandes Lança, nat. S.R. do S., c.c. Domingas Teresa Parreira, nat. Santa Margarida do Sado, filha de João Parreira (nat. Alvalade) e de Isabel Duarte, nat. São Domingos, Santiago do Cacém, ambos moradores na Herdade do Carvalhal, Alvalade, tiveram ainda João Parreira, lavrador da Herdade do Carvalhal que c.c. D. Joana Pacheco Nobre em 5-02-1776, Alvalade. Sem descendência.
- Simeão Fernandes Lança e Domingas Teresa Parreira tiveram:
- José da Lança Parreira, n. 12 Out. 1763, S.R. do S., Capitão de Ordenanças de S. Romão e S. Mamede (11 Março 1796). Casou em 2 Maio 1792, S.R. do S., com D. Felizarda Joana de Faria, nat. S.R. do S., Morador na Casa da Praça, Alvalade. Tiveram:
- Luis da Lança Parreira, n. 18 Abril 1800, S.R. do S., Morador na Casa da Praça, Alvalade. Presidente (1840, 1845, 1846) e Vereador (1837) da Câmara Municipal de Messejana. Casou em 1 Maio 1821, S. R. do S., com D. Teresa Luisa da Lança Parreira, n. 15 de outubro 1800, Alvalade. Ela filha de Joaquim António Parreira da Lança, nat. Alvalade [irmão de João António Parreira da Lança, ambos filhos de António Parreira Correia, nat. Santa Margarida do Sado e de Mariana da Lança, nat. S.R. do S.] e de D. Teresa Maria Pombeira, n. 30 Agosto 1778, Aljustrel.
Tiveram, pelo menos 7 filhos:
- 7º - D. Ana Gertrudes da Lança Parreira, n. 15 Maio 1832, Alvalade, moradora na Casa da Praça. Casou em 20 Abril 1858, Alvalade com André da Lança, n. 15 Fevereiro 1817, Ervidel. Tiveram pelo menos 3 filhos:
- 3º - D. Maria Felizarda Parreira da Lança, n. 12 Abril 1860, Alvalade, moradora na Casa da Praça. Casou 1 Janeiro 1879, Alvalade com Henrique Rodrigues Albino. Tiveram:
- minha bisavó - D. Emília Henriqueta Parreira Albino.
Uma das razões para que D. Miguel tenha ficado na Casa de Alvalade, e tenho duas fontes diferentes a apontar que foi na casa da Vila que El-Rei ficou, é a seguinte:
- Simeão Fernandes Lança c.c. Domingas Teresa Parreira tiveram, além de José da Lança Parreira, António Parreira da Lança, Capitão-Mor de Ordenanças de Santiago do Cacém (28 de Junho de 1824). Casou com D. Feliciana Teresa Nobre Pacheco, filha de António Gonçalves e de Catarina Nobre.
Tiveram:
6.2.1 - João Parreira da Lança Nobre Pacheco c.c. D. Maria Cristina Luzeiro de Roboredo Infante de Lacerda, filha de D. Doroteia do Patrocínio Infante de Lacerda e de Carlos José Luzeiro de Roboredo.
Isto para dizer que Simão Infante de Lacerda Sousa Tavares, comandante das forças que acompanharam D. Miguel, era primo direito de Luis da Lança Parreira (filho de José da Lança Parreira).
É o que tenho.
Com os melhores cumprimentos,
Henrique Albino Figueira
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RE: Lanças de Alvalade
Caro Henrique Albino Figueira
Sendo assim confirma-se o que afirmei, que D. Teresa da Lança Parreira natural de Panoyas era prima co-irmã de Luis da Lança Parreira natural de Alvalade.
É interessante (e é de ter em conta), a maneira como justifica a aproximação entre Luís da Lança Parreira de Alvalade e Simão Infante de Lacerda Sousa Tavares, comandante que acompanhava D. Miguel para que o comandante das tropas miguelistas tenha escolhido a casa do seu primo em Alvalade para o soberano vencido (mas não covencido) repousar a sua última noite em Portugal.
Mas também não é menos importante recordar que se deve ter também em conta, que o alcaide-mór de Panoyas era o comandante máximo das tropas da Corte de D. Miguel e tinha no pai de D. Teresa da Lança Parreira de Panoyas e cunhado de Luís da Lança Parreira, não só um seu apoiante como seu procurador Bastante na administração da comenda da Villa de Panoyas. E era em volta do comendador e alcaide-mór de Panoyas, António José de Miranda Henriques que deviam girar os outros comandantes subalternos miguelistas onde se inclue esse Luzeiro de Roboredo Infante de Lacerda, e era em volta do comendador e alcaide-mór de Panoyas, que gravitava assim toda a família dos Lança Parreira do Campo de Ourique, é que ele era descendente de D. Vataça, e dos Britos da Mina de Panoyas!!! E os Luzeiro Reboredo, também descendem dos Miranda Henriques e também lá os encontrei algumas vezes em Panoyas!!!
Quanto à possibilidade de D. Miguel ter pousado no Carvalhal e não na Vila de Alvalade, fiz essa observação porque não conheço documentação coeva e era no Carvalhal que passava a estrada que vinha de Évora e Ferreira do Alentejo, passando por Torre Vã de Panoyas e que depois seguia na direcção do Carvalhal onde tinha o porto de passagem da Ribeira de Campilhas e que seguindo depois por S. Domingos, Vale de Água, Vale Seco, Morgavel chegava finalmente a Sines. Existe mesmo uma lenda em S. Domingos que o Rei D. Miguel por lá terá passado e pedido água para beber, a uma habitante da aldeia!!! E se se confirmar esta lenda D. Miguel teria forçosamente de ter passado ao Porto do Carvalhal, e para ter repousado na Vila de Alvalade teria de ter feito um grande desvio na rota da estrada principal!!!
Os meus melhores cumprimentos
Zé Maria
P.S. Não consigo confirmar como Luís da Lança Parreira era primo de Simão Infante de Lacerda Sousa Tavares, possivelmente através de sua mãe D. Felizarda Joana de Faria?
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RE: Padre Marçal José Espada
Cara AIRMID
"Encontrei o nome de Joaquim José Espada, numa reunião dos partidários do Rei Dom Miguel, onde também esteve o Remechido. Pensei que Joaquim José, pudesse ser o verdadeiro nome, e Padre Marçal, uma alcunha. Ou que talvez Joaquim José Espada e o Padre Marçal José Espada pertencessem à mesma família."
Houve muitas famílias dilaceradas pela Guerra Civil, parentes haviam que combatiam por um lado outros combatiam por outro. Também tenho um Manuel Joaquim Espada, como parente próximo do Padre Marçalo José Espada e que foi um dos primeiros a entrar "vitorioso" na Vila de Panoyas, afinal este Espada combateria assim em oposição ao Joaquim José Espada e ao Padre Marçal José Espada. Afinal este Espada que entrou "vitorioso" na Vila de Panoyas, tinha interesses naquela mesma Vila e até era casado com uma neta de um panoniano. Manuel Joaquim Espada foi recomendado ao Regente D. Pedro, pelo Corregedor de Beja por ter sido dos primeiros combatentes liberais, que afrontaram o inimigo, matando-lhe, e aprisionando-lhe muita gente!!! Quem terá sido este Manuel Joaquim Espada que terá sido casado com D. Jacinta Albertina ou Albina de Assis Espada e foram moradores em Ferreira do Alentejo???
Houve muitas famílias dilaceradas pela Guerra Civil e houve também muitos campos que foram despovoados à força e ficaram incultos durante muitos e muitos anos que se seguiram!!! Foi uma Guerra da Cidade contra o Campo. E o Campo de Ourique ficou inculto e foi logo extinto como Comarca. Foi aí por essa altura que começaram a plantar as pessoas em casas blocos para melhor as poderem dominar, porque no campo elas sobreviviam com a sua agricultura de auto-suficiência e eram invencíveis, trazendo-as para a cidade seriam melhor controladas e quando não tiverem emprego para lhes dar, controlam-nas com um subsídio! Assim foi fácil à Cidade vencer o Campo.
"Afinal foi tudo tão simples!
Nem sequer correspondeu a uma necessidade da sociedade, foi uma medida conjuntural. E contudo, foi determinante.
Arrancaram-nas das suas casas e das suas terras, e transformaram-nos em burgueses. A luta pela sobrevivência, fez o resto.
Secaram!
Não é o que acontece às plantas, quando se arrancam intempestivamente e se quebram as raízes?!"
E assim a Cidade se transformou num monstro que tudo consome ou transforma em lixo. Lixo que deixaremos aos nossos vindouros como prova da nossa civilização!!!
A história desse período desgraçado, escrita inteiramente pelo partido vencedor, precisa de ser reescrita por ser falsa e caluniosa para todos os nossos patriotas !!!
Ourique existiu e foi em Panoyas!!! Panoyas guarda os Mistérios mais Sagrados da nossa Santa Religião!!!
Saudações fraternas
Zé Maria
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RE: Padre Marçal José Espada
Caro José Maria
"E assim a Cidade se transformou num monstro que tudo consome ou transforma em lixo. Lixo que deixaremos aos nossos vindoros como prova da nossa civilização!!!"
A imensa ironia de todo este processo histórico, reside no facto de que todas as Revoluções Burguesas, que demagógicamente agitaram a bandeira do Humanismo, transformaram afinal os homens em mercadoria.
A farsa da Liberdade; A farsa de Fraternidade; A farsa da Igualdade:
Elevaram-nos à condição de Peça de Mobiliário, ou Saco de Batatas.
O que constitui de facto, uma escalada vertiginosa na pirâmide da Ascensão Social.
Abandoná-mos o trabalho duro e escravizante de cavar a nossa Terra e plantar as nossas batatas, para nos transformar-mos nós próprios em meras sacas de batatas, que outros compram e vendem ao preço que eles próprios impõem.
Inteligente! Muito inteligente mesmo!
Suponho que tenhamos todos nós, que fomos abençoados com tão feliz destino, de estar muito agradecidos aos cérebros, que deram à luz tão brilhante ideia.
Pela parte que me toca, só não lhes estendo a passadeira vermelha, porque o vermelho, definitivamente não combina comigo.!
A Marselhesa, também não!
E pelos homens como o brasileiro D. Pedro, que negoceiam a invasão da Terra dos seus antepassados, por tropas estrangeiras, lamento dizê-lo, mas tenho o maior desprezo.
Desprezo, que se estende a todos os que foram coniventes no passado, e a todos os que são coniventes no presente.
Porque, caro José Maria, e era aqui que eu queria chegar, não serve dizer que os outros foram culpados.
Que nós pobres coitados, fomos enganados. Que nos prometeram uma vida melhor.... e toda essa demagogia barata.
Ou que julgávamos que era verdade a velha história que contavam, da libertação dos povos do Feudalismo.
E que o bom era o brasileiro, que até "nos deu" uma Carta Constitucional, ou outra farsa no mesmo estilo.
Porque todos naquela época, souberam o que tinham à sua frente.
Se não reagiram, foi ou por interesse ou por cobardia. Sinceramente, não sei qual é mais degradante!
E pior, muito pior, ainda permitiram que fosse contada uma história falsa.
Não me refiro, como é evidente aos que lutaram como puderam e com o que puderam, e infelizmente perderam, e muitos morreram.
Refiro-me aos que sabendo de tudo, se calaram.
Aos que com o seu silêncio cúmplice, sob a capa da vitimização, permitiram que se propagasse uma infâmia.
A culpa, nunca é só dos oportunistas, e das máfias do poder. A culpa é também dos que se acomodam e consentem.
Se todos tivessem estado ao lado de Dom Miguel, teria sido outro o resultado. Mas como muitos só pensam em si próprios, foi o que se viu.
Alexandre Herculano, o grande, até pode comprar terras, e intercalar um E entre os dois últimos apelidos, passando a ser De Carvalho E Silva. E Jõao Baptista, até passou a ser o Dandy, Visconde de Almeida Garrett.
Mas muitos dos que então foram coniventes, comeram mais tarde "o pão que o diabo amassou", já que o declínio de Portugal, se acentuou vertiginosamente.
"A História desse período desgraçado, escrita inteiramente pelo partido vencedor, precisa de ser reescrita, por ser falsa e caluniosa para todos os nossos patriotas!!!"
Deve ser reescrita, sim. Quanto mais não seja, para que a justiça seja feita.
O que lamento, é que de tantas vezes que nos extinguimos e recomeçámos, sempre cometemos os mesos erros.
Um dos grupos de "Discussão da Tora", defendia num debate que penso ter durado cerca de dois anos, que "Deus não devia ter criado o Homem". Os opositores defendiam o contrário.
Finalmente, chegaram a um consenso.
"Deus não devia ter criado o Homem, mas já que o criou, que seja virtuoso".
Passado pouco tempo, Hitler dava início a um dos maiores Genocídios da História!
Saudações
Airmid
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RE: Padre Marçal José Espada Errata
Deve Lêr-se:
Abandonámos...
...de Carvalho e Araújo...
...João Baptista da Silva Leitão de Almeida...
...mesmos erros...
Airmid
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RE: Padre Marçal José Espada
Caro José Maria
Ainda a propósito dessa época desgraçada, convém referir, que D. Pedro, o do Brasil, fez muito mais que destruir Portiugal. Ele, e a Santa Aliança em quem se apoiou, também destruíram, ou tentaram destruir, a História dó Grão-Pará, e a sua estreita ligação a Portugal.
O Grão-Pará, permanrceu Português, quando a Maçonaria e D. Pedro decretaram a Independência do Brasil.
Mas D. Pedro, não usou a força militar estrangeira, só para destruir a Terra dos seus Antepassados. Usou-a também para obrigar o Grão-Pará a ser "liberto". Aqui, foi a Almada Inglesa, quem "convençeu", o Grão-Pará, a ser integrado no Império de D. Pedro.
Mais tarde em 1835, o Grão-Pará formará uma República Independente, que será igalmente destruida, pelas forças Imperiais.
É precisamente no Grão-Pará que se situa Marajó, e Santarém, cuja Estação Arqueológica é da máxima importância.
Aqui existe a tal Terra Preta, que se autorregenera, e permite o cultivo, particularmente de Árvores de Fruto, e cujo processo de fabricação é completamente desconhecido na actualidade.
Piri Reis, representa no seu Mapa toda esta zona, inclusivé as culturas. Tal como também representa, o Arquipélago de S. Pedro e S.Paulo - O tal Manto Abissal à superfície da Crosta.
Não foi por por acaso, ou o Destino, que determinaram a Independência do Brasil, e a usurpação, de novo, por um estrangeiro do Trono Português.
Outros interesses o determinaram, mas nenhum deles foi o interesse dos Povos.
O Futuro, julgará D. Pedro.
Saudações
Airmid
Airmid
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RE: Lanças de Alvalade
Existe aqui um erro:
"Simão Infante de Lacerda Sousa Tavares, comandante das forças que acompanharam D. Miguel, era primo direito de Luis da Lança Parreira (filho de José da Lança Parreira)."
Simão Infante de Lacerda era primo direito de Maria Cristina Luzeiro de Reboredo Infante de Lacerda casada com João Parreira da Lança Nobre Pacheco (meus 4 avós) e esse sim, primo direito de Luis Parreira da Lança.
A meu ver, não havia ligação directa entre Simão Infante de Lacerda e Luis Lança Parreira
Sobre a questão referida no post: outro esclarecimento: Não existe um "Luzeiro de Reboredo Infante de Lacerda" existe sim uma senhora Maria Cristina, filha de Carlos José L R e de uma senhora Infante de lacerda, casada com um Parreira da Lança, primo direito de Luis, como já referi.
Sobre a questão dos percursos, existe essa teoria de vale Seco, Morgavel, etc etc.
Está provado por relatos e tradição que o Senhor D. Miguel veio de Alvalade, pela estrada de S. Domingos, almoçou e descansou na Dordem (entrada de Santiago do Cacém), passou a sul de Santiago (zona do canal), passou e bebeu água na Quinta do Ortiga e chegou a Sines a meio da tarde onde embarcou.
Cumprimentos
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RE: Lanças de Alvalade
Caro confrade
Bem me parecia, por isso me interroguei!
Quanto ao percurso utilizado por D. Miguel para atingir Sines, ainda não vi nada nas fontes.
Acho estranho ter ido ficar a Alvalade. Poderá muito bem ter havido confusão com a família.
Cumprimentos
Zé Maria
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RE: Lanças de Alvalade
Olá
Sobre a questão de Alvalade, o porquê da escolha, não sei (tenho algumas teorias mas reservo-me o direito de as explicitar mais tarde se for o caso disso)
É um assunto que me tenho debruçado à algum tempo e ainda não tenho nada em concreto, apenas as minhas teorias.
Sobre a passagem e estadia isso é um facto histórico, provado por varias fontes e pela tradição.
Existem fotografias da casa entretanto demolida, relatos e alguns objectos, entretanto perdidos, que foram deixados pela comitiva.
Pode ver mais informação em http://www.alvalade.info/ ou http://www.angelfire.com/pq/unica/il_hr_evora_monte.htm
Tenho ainda outros elemntos.
Se quiser, o meu contacto é
franciscolobo@larquitectos.pt
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RE: Lanças de Alvalade
Caros confrades
O que faria os padres Marçalo José Espada e Joaquim José de Sousa Reis, a abandonarem a batina e a ingressarem na luta armada de guerrilhas para defenderem a que chamavam a "Nossa Santa Religião"???
Constatei que estes padres mantinham contactos com o núcleo de homens da Vila de Panoyas entre eles, o Prior, e seus familiares, o Juíz da Ordem e o Beneficiado.
O Prior de Panoyas, Francisco António da Lança Cordeiro era uma pessoa influente nos meios eclesiásticos, assim faz um requerimento às Cortes para que se realizarem certas reformas na Igreja, depois de uma consulta [ao Tribunal] da Mesa da Consciência e Ordens, datada de 27 de Dezembro de 1821, em secção das Cortes realizada a 3 de Janeiro de 1822 o mesmo foi aprovado e passou à respectiva comissão. A 4 de Maio desse mesmo ano, por resolução das Cortes, o Prior de Panoyas vê seus diplomas ser aprovados que contemplavam certos benefícios eclesiásticos.
O Prior de Panoyas esteve ao lado do príncipe Regente D. João VI nas reformas eclesiásticas, quando este faleceu apoiou desde a primeira hora, D. Miguel ao trono de Portugal. No dia 1 de Outubro de 1829, Sua Majestade El Rei D. Miguel, tomando em consideração e agradecimento a todo o que lhe representou Francisco António da Lança Cordeiro, como Prior da Villa de Panoyas, recebeu-o em Audiência e houve por bem conceder-lhe a Graça de poder usar da Medalha de ouro com Real Efígie, e a mesma Graça concedeu também a seu pai, mãe, e irmãos, assim como ao seu coadjuvador no Beneficiado da sua Igreja o padre Francisco Marques Ferreira Jorge.
Não era a qualquer pessoa que El Rei D. Miguel concedia a medalha com a sua efígie, mas a todos aqueles que como o Prior de Panoyas e sua família, se distinguiram numa grande causa, lutando pela preservação da nossa Santa Religião. Panoyas continuava a ser assim desde D. Vataça a sede Espiritual da Ordem de Santiago da Espada e nela pousava então o Meritíssimo Dr. Juiz da Ordem de Santiago, Dr. Manuel Soares Velho.
Por decreto de 25 de Maio de 1825, José Pedro da Lança Cordeiro, parente do prior de Panoyas, já tinha sido provido na dignidade de Prior Mor do Real Convento de Palmela, da Ordem Militar de Santiago da Espada e acumulava também o lugar de conselheiro do rei D. Miguel.
No ano de 1830, a 22 de Fevereiro, para comemorar os 3 anos da vinda de D. Miguel, da Áustria para Portugal, realizou-se um grande casamento, de Joaquim Romão Louro Palmer, um nobre panoniano, e D. Mariana Rosa de Aragão e Brito uma donzela internada no Convento de S. Bernardo em Tavira, que foi o protesto para se fazer uma grande festa de apoio ao rei D. Miguel, onde este também deveria estar presente, só que o Rei D. Miguel, por motivos de saúde não pode estar comparecer!!! Neste casamento esteve a maior parte da nobreza do Campo de Ourique e Algarve, nobreza essa, que na sua maioria apoiava o Rei D. Miguel se atendermos às suas dádivas em dinheiro ou em géneros para a causa Miguelista!!! Neste casamento estiveram presente vários apoiantes de D. Miguel, já agraciados com a medalha de Ouro com a Efígie de El-Rei D. Miguel, casamento este, que foi celebrado como não poderia deixar de ser, pelo Prior de Panoyas coadjuvado pelo seu parente, o Prior de Messejana, Joaquim Baptista da Lança Cordeiro e pelo seu Beneficiado Francisco Marques Ferreira Jorge, todos eles já agraciados com a medalha de ouro com a Real Efígie.
Passados pouco mais de três anos, toda aquela festa e alegria que reinava naqueles Campos de Ourique, se transformaria numa grande tristeza e pesadelo. Tristeza e pesadelo que já duram há mais de 200 anos, Portugal perdia Ourique, Portugal perdia a sua identidade!!!
Durante o mês de Agosto de 1833, convergiram para a Vila de Panoyas, milhares de patriotas vindos de todo o Portugal, (desde o Algarve até ao Minho), e a 14 de Agosto, calcula-se que nos subúrbios da Villa cerca de 3.000 patriotas em armas defendiam a Vila de Panoyas, considerada o Santuário do Espírito Santo (Domus Columbae)!!!
A maçonaria manda de Lisboa um Corpo Constitucional em direcção a Panoyas, chegam a Santa Luzia a 14 de Agosto de 1833, onde tomam posição contra o que então consideravam os rebeldes, que se posicionavam em três colunas em volta da Vila de Panoyas. Travou-se uma batalha entre as forças Imperiais de D. Pedro comandadas pelo Corregedor da Comarca de Beja, Joaquim António da Costa Sobrinho e pelo "Bruto" pseudónimo do maçon Francisco Correia de Mendonça Pessanha de Lagos. O embate entre as forças liberais e miguelistas foi violento. Os maçons liberais viram que o inimigo estava formado em três colunas, destacaram uma para os flanquear pela direita, e outra pela esquerda, deixando em reserva cerca de 600 homens. O Corregedor de Beja, decidiu acometer com os seus homens as fortíssimas posições dos patriotas miguelistas, para esse fim mandou logo que parte da Cavalaria marchasse pela direita às alturas das Mesas, onde vão dar as estradas de Garvão, Castro Verde e Ourique, para poder cortar a esquerda dos miguelistas; ordenou que a outra parte da Cavalaria fosse pelas montanhas do Moinho Novo; e que a Infantaria, e o resto da Cavalaria avançassem pelo centro, os patriotas miguelistas que defendiam a Vila de Panoyas posicionavam-se no cerro dos Macorados, para defenderem a Vila dos inimigos vindo do lado de Santa Luzia, foram então surpreendidos, por uma coluna inimiga que os contornou a Sul pelo lado de Ourique, na sua formidável posição dos Macorados, tendo então sido sujeitos a tão intenso fogo da sua mosquetaria Imperial e macónica, que fez que fossem obrigados a fazer uma retirada estratégica, para se juntarem a Molelos em Beja!!!
No entanto a segunda coluna da vinha da esquerda, que o Corregedor comandava com o Cadete João Paulo de Carvalho, encontrou os miguelistas à entrada do Valverde, e caiu sobre eles, matando vários dos seus homens, que os levou em desordenada fuga pelas alturas ate à Vila, e daí pela estrada de Ourique.
A força liberal do centro comandada pelo então maçom, Alferes de Cavalaria, Correia Francisco de Mendonça Pessanha, e auxiliada pelo Juiz de Fora de Beja , apresentou-se combatendo os patriotas miguelistas, que estavam em frente da Vila. A desproporção da força de cavalaria era tal que os miguelistas, apesar de ter abatido ainda vários soldados inimigos e cavalos, tiveram de fazer uma retirada precipitada, deixando em campo, muitos mortos e prisioneiros. Enfim, passado 21 dias da queda de Lisboa, e de resistência ás forças liberais, estas entravam " vitoriosas" na Vila de Panoyas, a terra de D. Vataça!!!
Escrevia de Panoyas, o comandante do exército liberal que entrou "vitorioso" no dia 14 de Agosto de 1833, ao rei D. Pedro IV, que estava no Palácio das Necessidades em Lisboa, governando como regente da sua filha D. Maria que era ainda de menor idade!!!
"......Os nossos entraram vitoriosos em Panoyas, cujos Habitantes os receberão com o maior alvoroço. Não há expressões, com que se possam descrever as violências praticadas naquela Vila pelos rebeldes depois de roubarem todo o dinheiro, que encontraram nas casas mais abastadas, cevaram a sua ira destruindo móveis, portas, janelas, forros,(telhados) papeis, e documentos dos Cartórios públicos,…”
Imagine-se os maçons liberais a invadirem a Igreja de São Pedro da Vila de Panoyas para a vandalizarem, e serem recebidos pelo Prior e seus auxiliares todos eles ostentando ao seu peito a medalha de ouro com a efígie de El Rei D. Miguel. Claro que não escapou nada “ …nem o livro dos óbitos, nem os objectos sagrados…” e do último Prior de Panoyas nunca mais se ouviu falar, seria possivelmente mais um, dos milhares de mortos às mãos dos maçons liberais, que para ocultarem os seus crimes fizeram desaparecer os livros dos óbitos!!!
E foi assim por a maçonaria ter vencido os verdadeiros patriotas em Panoyas que a Sua Majestade Imperial a partir do Palácio das Necessidades enalteceu "o Corregedor da Comarca de Beja, Joaquim António da Costa Sobrinho, dando parte da vitoria, que alcançou junto a Panoyas contra forças rebeldes, que ali se achavam, e que ele Corregedor atacou com toda a intrepidez, apesar da extraordinária superioridade numérica do inimigo: Manda Sua Majestade Imperial declarar-lhe que Ouviu com particular agrado a narração dos feitos obrados pela força do seu comando, e que Espera que eles continuem a tornar-se cada vez mais beneméritos da Pátria,"
Infelizes feitos, que de beneméritos nada tiveram, senão a miséria, a fome e a perda de memória de uma Nação fundada em Panoyas do Campo de Ourique.
O que era a "Nossa Santa Religião" que tinha como seu Deus, Ourique???
Porque lutavam os padres Marçalo José Espada, Joaquim José de Sousa Reis, Francisco António da Lança Cordeiro, José Pedro da Lança Cordeiro, Joaquim Baptista da Lança Cordeiro e Francisco Marques Ferreira Jorge e Manuel Soares Velho??? É que todos eles, entre muitos outros, tiveram Panoyas como ponto de encontro!!!
Panoyas de Ourique, a terra de encontros e desencontros!!!
Saudações fraternas
Zé Maria
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RE: Lanças de Alvalade
Caro Henrique Albino
Obrigado pelo esclarecimento e talvez com a referencia de quem lhe apontou essa hipotese.
Melhores cumprimentos
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RE: Lanças de Alvalade
Caros confrades
Finalmente descobri a naturalidade do Padre Marçal José Espada, o patriota que com tantos outros morreu na serra lutando contra os invasores napoliónicos e maçónicos que em 200 anos acabaram por destruir a nossa Pátria, como Nação livre e independente e respeitada em todo o Mundo!!!
Tal como não poderia deixar de ser o Padre Marçal José Espada era natural da cidade de Beja, a cidade da Paz, a cidade donde saiu para o Mundo, o Príncipe da Paz!!!
O Padre Marçal e muitos outros padres lutavam no Alentejo e Algarve pela Nossa Santa Religião, a nossa santa religião que os franceses e os maçons combatiam e nem queriam ouvir falar!!!
O Padre Marçalde Beja tal como o Padre Paulo de Portalegre, nunca morrerão no coração dos verdadeiros patriotas!!!
"...Senhora[ D.Isabel de Bragança] digo isto não para escandalizar os corações, máxime contra os mortos do que toda a alma Cristã se deve guardar mais por aviso dos vivos, e pelo que disse no começo, que no fim, e [pela] morte se demostra o louvor, ou doesto de cada um, e que estes Senhores El-Rei, e o Duque não foram tanto os culpados nos feitos, em que muitos os culpam, ao menos quanto alguns cuidam, e o que a fim demonstra , porque este de que agora falei, quando foi a morte do Duque de Viseu, com que Deus haja misericórdia, indo eu visitar a Setúbal, onde então estava, ele me disse, que vos parece isto, Padre, eu respondi: "mal ao menos pela tal morte, e pelo próprio sangue, e carne", e ele respondeu não se podia al fazer, pelo que depois o vi em Beja tão descontente de si que me disse, maus mundos são estes, e piores os vereis; tudo isto Senhora digo com temor, e amor de Deus, e que convém aos Príncipes abrir os olhos, e guardarem-se de Achitofel..."(Paulo de Portalegre)
Tanto o Padre Marçal como o Padre Paulo lutaram na cidade de Beja, pela Paz no Mundo!!!
A Paz, que só a Nossa Santa Religião poderá levar a todo o Mundo!!!
Saudações fraternas
Zé Maria
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RE: Padre Marçal José Espada
Caro Confrade:
Após inúmeras diligências da minha parte para conhecer elementos de identificação e factos mais marcantes da vida
de Joaquim Romão Louro Palmer, eis que me deparo com este seu trabalho extremamente valioso e tornado público,
logo ainda mais louvável. Esta valorização é extensiva aos confrades José Maria Ferreira e Henrique Ferreira.
O meu interesse prende-se com o facto de minha mulher descender de José Pedro de Aragão e Brito, logo de Sebastião
José de Brito Magro, independentemente do seu enquadramento histórico, igualmente muito relevante.
Grato pois ficaria se pudesse satisfazer este meu interesse, particularmente quanto à identificação de Joaquim Romão
Louro Palmer (datas de nascimento e óbito e respectivos locais) e sua actividade civil ou militar posterior à partida de D. Miguel
Tanto quanto julgo saber, foi presidente da Câmara de Tavira.
Na oportunidade gostaria de saber pormenores, se os houver, à cerca da morte do Capitão Sebastião José de Brito (sogro), em defesa da causa miguelista.
Peço desculpa de algum erro que possa ter cometido e agradeço contributos para os meus conhecimentos sobre tema.
Os meus melhores cumprimentos
Fausto Alves.
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RE: Padre Marçal José Espada
Confrade
Renovo as minhas saudações pelo extraordinário trabalho realizado. Precioso.
Solicito o favôr de, caso disponha dos mesmos, de me informar a data do nascimento, ocorrido, julgo, em Panoias, bem como a data e local onde se verificou o óbito de Joaquim Romão Louro Palmer.
Os meus melhores e sinceros cumprimentos.
Fausto Alves
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Padre Marçal José Espada / Lanças de Alvalade
Caros Confrades,
Será que me podem ajudar a identificar relações familiares entre os Gago e os Lança referidos neste tópico e os Fialho Gago, de Cuba, que elenquei até ao séc. XVII no tópico:
https://geneall.net/pt/forum/186930/fialho-gago-de-cuba/#a416213 ?
Obrigado!
NFO
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Padre Marçal José Espada
Caro Zé Maria
Espero que esteja bem pois já não falamos há uns tempos.
Passei por este seu texto que achei muito interessante e rico de informação.
Diga-me, este texto faz parte de algum livro seu? Está publicado?
Um forte abraço do Joaquim Falcao de Lima
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Padre Marçal José Espada
Caro Joaquim Falcão
Estou bem, obrigado, assim também espero em relação a si.
Não tenho, nem penso, publicar. São meros apontamentos que eu tinha e compartilhei para com os confrades.
Um grande abraço
Zé Maria
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